3ª Aula Teórica Morte Celular e Doença Leccionada em 9/10/2006 Entregue em 1/1/2007 Desgravada por: Sir António Lopes Sir Carlos Queirós Sir Joaquim Teixeira Optamos por fazer a desgravação integral do que a prof disse sem adicionar qualquer fundamento teorico, já que, livros temos todos e por sinal não são muito curtos e assim é uma maneira de perceber quais as partes que a prof deu preferência na aula. Morte celular e doença,.........Não comecem já a escrever por amor d Deus, este pessoal de medicina só gosta de estar com a cabeça para baixo...... cabeças ao ar..... Há 2 grandes tipos de morte celular, um dos quais é a necrose o qual já discutimos exaustivamente, e que discutimos como modelo muito bem caracterizado a morte celular por hipóxia, a morte celular por isquemia, o enfarte do miocárdio. Mostrou uma imagem do seminário com um enfarte do miocárdio. Também já viram uma lâmina com processo apoptótico, em que se nota no centro germinativo dos gânglios linfáticos, macrófagos cheios de restos celulares os chamados corpos apoptóticos, este processo de morte celular é muito rápido, e por isso quase não se dá conta nos tecidos que estudamos, as imagens mais frequentes que encontramos retratam o fim do processo, ou seja, a fagocitose dos restos de células que morreram por apoptose, os corpos apotóticos nos citoplasma de macrófagos. Estas 2 imagens (imagens microscópicas tipicas de necrose tecidual) evidenciam que a necrose traduz morte celular com lesão das membranas citoplasmáticas, da qual decorre a perda do conteúdo das células para o interstício, desencadeando sempre um processo inflamatório. Na apoptose não se vem polimorfonucleares nenhuns, não tem processo inflamatório. È um processo silencioso,perfeitamente contido na célula que morre, e nas células ao lado que fagocitam o resto. A propósito do enfarte do miocárdio, na periferia, nas zonas de necrose isquemica, há células que morrem por um processo que não e a 1/11 necrose é a apotose. São 2 processos de morte distintos, regulados de forma diferente, embora não sejam processos que não possam coexistir. E da mesma maneira estímulos que inicialmente desencadeiam processo apoptótico podem ao longo do processo ser modificados para uma forma necrótica. As vezes que isto acontece, tem a ver mais com a intensidade do que com a natureza. Há estímulos que desencadeiam sempre apoptose e estímulos que desencadeiam certamente necrose, mas há estímulos que desencadeiam habitualmente necrose, mas se a intensidade desse estímulo não for muito marcada o processo pode ser de apoptose daí existir apoptose na periferia do enfarte. Da mesma maneira já ouviram dizer que há muitas drogas para o tratamento de neoplasias que em situações experimentais causam necrose. Embora não seja isso que os médicos pretendam quando se trata uma neoplasia, pois imaginem o tumor necrosar, e desencadear um processo inflamatório gigante. Por isso as drogas da prática clinica são usadas em doses que apenas desencadeiam essencialmente apoptose. Este tipo de relação tem muito a ver com a intensidade embora haja estímulos que em nenhuma circunstancia condicionam necrose apenas condicionam apoptose e vice-versa.....não imaginam uma queimadura estimule apoptose. Nos textos mais recentes é assunto muito na moda. Agora uma imagem de autofagia sob o título tipos de morte celular. Já discutimos a autofagia sendo que é um processo de adaptação a condições adversas do meio, a excessos ou a resposta particulares como por exemplo o excesso de produção de algumas organelas durante um período de tempo limitado, que depois não precisas tantas e são destruídas por autofagia. Mas como se avança tanto, se lerem um texto de morte celular programada provavelmente lêem que morte celular programa envolve 3 tipos de morte: apoptose, necrose e autofagia. Isto tem 2 aspectos muitos curiosos; (acabem com o conceito pateta que a morte celular programada é a apoptose, é tão programada em termos biológicos como outra morte qualquer) primeiro alguns textos não consideram necrose dentro da morte programada é sempre um acidente, não faz parte da vida natural das células, acontece por um acidente. Mas a autofagia pode, não constitui sempre, um processo de morte. Segundo a relação entre a autofagia e a apoptose ultimamente tem sido muito estudada, e há alguns modelos que provam que um processo que começa por ser de autofagia devido a uma adaptação a certas condições de escassez de nutrientes, o que faz com que as células poupem cada vez mais chegando a usar os seus próprios constituintes.Isto por vezes é um passo que pode desencadear apoptose. 2/11 Na aula de hoje, vamos focar-nos neste problema. Uma revisão rápida do processo apoptótico para perceberem que não é um processo programado num sentido restrito não e um suicídio celular, é uma resposta celular a estímulos diferentes, é um processo regulado por morte e degradação, (não vamos aprofundar o que quero dizer com isto porque morte é um conceito filosófico, é uma coisa que não se consegue marcar, não se sabe dizer com precisam quando é que a célula morreu), e é um processo de destruição da própria célula. Finalmente é um processo essencial de morfogénese, na homeostasia nos tecidos adultos, e muito importante na eliminação de células anormais. O ponto que vamos abordar nesta aula é perceber que a apoptose é um complemento da patogenia do processo de doença, de muitas doenças diferentes quer inflamatórias, quer degenerativas, quer neoplasicas, a desregulação da apoptose participa patogenicamente, ou seja, é mecanismo de doença, em doenças inflamatórias em doenças neoplasicas em doenças degenerativas. Como sabem a apoptose é um processo muito rápido em H+E nós temos apenas a noção da pontinha do iceberg, mas se estudarmos a apoptose por métodos próprios e o túnel é um deles. Evidencia as células no processo de apoptose, sem estarem fagocitadas em corpos apoptoticos, é um método regulado por florescência que o que esta aqui de verde florescente são células em apoptose. (mostrou uma imagem de microscopia de um tecido aparentemente normal e uma imagem resultante do método túnel desse mesmo tecido em que aparecia grande parte da imagem a verde, quis explicar com isto que um tecido aparentemente saudável pode estar activamente num processo apoptótico). Também já viram imagens de cultura celular em que as células foram induzidas a morrer, os aspectos importantes das alterações morfológicas a nível histológico, são projecções, bolhas da membrana citoplasmática, a condensação nuclear e sua fragmentação. Isto é perfeitamente possível de observar em condições particulares numa cultura de células. Claro que numa cultura não temos células na vizinhança para fagocitar os restos apoptóticos. (Mostrou uma imagem de uma célula com alterações nucleares, nomeadamente condensação da cromatina com sua fragmentação em massas separadas, e com um citoplasma muito desfeito, logo, ao mesmo tempo que vai havendo degradação cromatinica vai haver também degradação dos constituintes citoplasmáticos). O processo de degradação nuclear do DNA na morte por apoptose é muito particular e acontece sempre nos intervalos entre os nucleossomas. O 3/11 DNA está enrolado em volta das histonas e separado por umas “pontezinhas” e no processo apoptótico a degradação do DNA é absolutamente própria e acontece essencialmente à custa de umas enzimas. São as caspases que vão activar uma endonuclease que corta o DNA nos intervalos entre os nucleossomas. Assim, as caspases são elementos centrais no processo de morte e degradação celular. São uma família relativamente numerosa (14-15 caspases diferentes) de proteases que têm no seu local activo cisteína e existem no nosso organismo na forma inactiva com um pró-domínio comprido ou um pró-domínio curto e depois duas outras regiões que vão ser hidrolisadas constituindo primeiro um dímero e depois um tetrâmero, sendo esta a forma activa das enzimas. A constituição desta forma activa é capaz de activar sequencialmente todas as outras caspases. Algumas caspases são capazes ( agora a prof foi extremamente hilariante, repetindo “ caspases, capazes, sem esse”) de se auto-activarem. São estas as caspases de domínio longo, chamadas caspases iniciadoras. São capazes de sofrerem um processo de auto-activação quando estão perto umas das outras e a partir daí desencadeiam a activação das restantes caspases. Quando pensamos em desregulação da apoptose e doença intuitivamente pensamos em doenças degenerativas, ou seja apoptose a mais. Mas a apoptose também participa em neoplasias. Como? Apoptose a menos! Brilhante! Vês como sabias? Pra quê desgravar a aula? Já sabes tudo pá! Vai trabalhar pró IPATIMUP! E nas doenças inflamatórias? Ah, e agora? Diz, anda lá! Pois é!! Vês como te faço falta? Nas doenças inflamatórias a apoptose pode participar por défice ou por excesso, depende do processo. Vamos agora ver os mecanismos de regulação da apoptose para sabermos, nos diferente contextos de doença, qual é o mecanismo desregulado. Há duas formas major de desencadear a apoptose: a via extrínseca e a via intrínseca ou mitocondrial. Via intrínseca – tem o papel essencial das mitocôndrias, daí que por vezes se chame via mitocondrial. Via extrínseca – decorre do envolvimento de receptores particulares na membrana de algumas células, pois nem todas as células têm receptores ditos “de morte”. Este processo é também designado de apoptose por indução, pois a ligação de uma substância ao seu respectivo receptor induz a apoptose. Há vários tipos de receptores, os mais importantes são o TNF-1 e o ??CD95??. São receptores com uma porção intracitoplasmática. É de notar que há receptores muito parecidos mas aos quais falta a porção intracitoplasmática. Os mesmos ligandos podem ligar-se a estes receptores 4/11 mas só há transmissão de sinal para dentro da célula quando os receptores possuem porção intracitoplasmática. Assim, os receptores que não possuem esta porção são conhecidos como receptores decoy ou amortecedores(pois amortecem os estímulo, captando-o e não transmitindo o seu sinal). Quando não há ligandos os receptores mortíferos estão sossegados na membrana, na porção intracitoplasmática há uma área particular que se chama o domínio de morte e no citoplasma das células há muitas moléculas, entre as quais as pró-caspases que estão ali soltas, quietas e sossegadas. Quando há interacção entre os ligandos e os respectivos receptores, os receptores oligodimerizam o que vai induzir o recrutamento de várias moléculas que interactuam com a porção intracitoplasmática do receptor, moléculas adaptadoras que fazem a ponte entre o domínio de morte e a pró-caspase e que recrutam as pró-caspases, pró-caspases iniciadoras 8 ou 10, de domínio longo capazes, nestas circunstâncias, de se auto-activarem. A partir daqui a célula morre, ou melhor, estão criadas condições para que a célula morra, pois a célula pode mesmo assim não morrer. Ou seja, não basta ter receptores de morte e ter ligandos para os receptores de morte para garantir que a célula morra, pois este processo pode ser bloqueado por um conjunto de moléculas chamadas inibidores distais da apoptose. Estas moléculas inibem as caspases já activas ou a própria activação das caspases. Há um processo ainda mais directo, ainda mais simples. È um processo pelo qual os Linfócitos T citotóxicos matam as células. Estes Linfócitos T produzem uma substância que perfura a membrana das células a ??perfurina?? e “injectam” no interior da célula uma molécula, a granzima B que tem a capacidade de directamente activar a pró-caspase. As moléculas adaptadoras são muito importantes. Havendo diferentes tipos. Nem todas as moléculas adaptadoras condicionam a morte celular. Há algumas que desviam a sinalização para um factor de transcrição que vai promover a transcrição de uma data de genes que vão bloquear a morte celular. Portanto há duas maneiras de as células com receptores mortíferos não morrerem: ou por acção dos inibidores distais da apoptose ou devido ao desvio do sinal por moléculas adaptadoras. A distribuição dos receptores FAS – CD95 é relativamente restrita e é verdadeiramente importante na população linfóide. A expressão destes receptores e dos seus ligandos faz parte da biologia linfóide normal e é obviamente quando anormal, um mecanismo de doença. Para além de sempre presente nos linfócitos T, nos linfócitos B o receptor só está presente em determinadas fases, tem uma expressão restrita a fases de activação. Para além disso está presente no fígado, coração e rim que são órgãos 5/11 MUIIIIITO importantes e que por vezes até são sujeitos a transplantes( e agora a pérola da aula, e passo a citar: ) entre indivíduos diferentes!!! O ligando está expresso também nos linfócitos T, reparem que os Linfócitos T são capazes de exprimir sempre o receptor e em condições de activação exprimem também o ligando, e este ligando está também presente em locais especiais chamados “ santuários imunológicos”. Porquê? Está presente em alguns territórios que, chegando lá os linfócitos T, o ligando destes tecidos liga-se ao receptor do ligando dos linfócitos T e os linfócitos T morrem. São assim locais em que a resposta imunológica está impedida de funcionar. Por exemplo isto para concretizar: algumas neoplasias, leucemias linfóides e leucemias linfoblásticas, uma coisa do conhecimento geral, já toda a gente ouviu falar de leucemias linfoblásticas. Já? Leucemias agudas dos jovens que morrem, que aparecem em histórias, nas novelas, nos cinemas, e por aí fora, é sempre uma coisa muito dramática, não é? Certo?! Por vezes, a doença desapareceu com o tratamento em tudo o que é sítio, mas ficam meia dúzia de células, por exemplo, no caso dos rapazes, nos testículos. E isto pode ser o suficiente para que aquelas células poderem ficar lá quietinhas e a resposta imunológica do hospedeiro é completamente incapaz de as destruir e podem ser a fonte, digamos assim, de um novo surto da doença. Estão a perceber a noção de santuário imunológico? Pronto, é isto… Como é que isto funciona na biologia normal? E é importante perceberem na biologia normal, funciona assim… É através deste mecanismo de apoptose de linfócitos T que conhecem os nossos próprios antigénios, certo? Imaginemos que isto é uma célula nossa e que estão ali antigénios nossos. Claro que nós sabemos que na fase de maturação central na medula óssea e no timo grande parte das células que conhecem os nossos antigénios são eliminadas, mas não são todas – este processo não é perfeito. Certo? A biologia não é perfeição. E há, vão estudar na imunologia, um processo de tolerância periférica, certo? E a tolerância periférica é isto mesmo. Se tivermos células nossas a exprimir antigénios nossos e algumas populações linfóides nossas que os reconhecem e não gostam de os reconhecer porque desencadeariam uma resposta para matar as nossas células, certo? Quando eles são chamados ao local e na medida em que são muitos deles chamados, grande parte deles (um soluço ou pelo menos engoliu a seco) , eles exprimem o receptor e activados exprimem o ligando o que significa que eles se anulam e se matam. Estão a entender? Tá percebido? Portanto é mantido sobre controlo o número de linfócitos periféricos que nós temos que reconhecem as nossas próprias células de forma a que não nos faça mal nenhum à custa deste processo. Tamos entendidos? Tamos? Sim ou não? (silêncio) 6/11 Uma outra situação da biologia normal é que este processo de morte celular está sempre a acontecer e é fundamental - é no centro germinativo. Devia ter posto aqui uma bolinha, mas vocês percebem que estas células B B B B só com um T lá metido no meio, isto é território do centro germinativo, em que há muitos células B a responderem a antigénios e a fazerem muitos anticorpos. Acontece muita coisa no centro germinativo, mas uma das coisas que acontece se bem se lembram é que as células B activadas exprimem o receptor, só quando estão activadas. E alguns dos linfócitos que estão ali, que passam perfeitamente despercebidos no centro germinativo, contribuem para matar parte destas células B e conter o processo, senão isto crescia, crescia e crescia infinitamente. Há outras formas de morte das células B no centro germinativo e outros mecanismos mas este é o mecanismo de morte por células que estão ao lado, pelas vizinhas. É o mecanismo by standart, percebem o que eu quero dizer? Mas que funciona… imaginem que este mecanismo não funciona e, provavelmente vamos ter respostas imunológicas desproporcionadas. Quer dizer, devíamos ser capazes de conter a produção de anticorpos durante um determinado tempo, mas se este mecanismo estiver anormal, essa produção é mantida e nós temos anticorpos a mais. E consequências, às vezes nefastas, desse excesso temos uma resposta excessiva. Entendem o que eu estou a dizer? Outra forma, outro mecanismo óbvio de infecção de funcionamento agora já um processo de doença: células infectadas por vírus, frequentemente, exprimem (no contexto dos complexos de histocompatibilidade II) antigénios do vírus que lá está dentro. Percebem? Isto vai desencadear chamada de linfócitos, linfócitos T Helper, mas os linfócitos T Helper fazem imensas coisas e, entre as coisas que fazem, chamam linfócitos T Citotóxicos. Os linfócitos T Citotóxicos vão matar as células por mecanismos que já vimos. Percebido? Tá? E o exemplo clássico daquilo que eu já vos disse, o estroma testicular e o problema de células que estejam no estroma testicular, do próprio estroma testicular ou algumas células malignas capazes de exprimir o ligando. Certo? Imaginem células malignas, que na sua condição de malignidade adquiriram a capacidade de exprimirem a CD95 ligando, o que é que lhe vai acontecer? Escapam à vigilância imunológica necessariamente porque matam os linfócitos. Estão a entender? Tá percebido? Um quadro resumo de perturbações deste mecanismo, perturbações da apoptose por indução e situações de doença. A apoptose excessiva, um exemplo muito fácil que não vamos obviamente detalhar aqui, que tem em si diferentes tipos de mecanismos mas fiquem pelo menos com esta associação: rejeição de enxertos. Certo? 7/11 A apoptose por indução deficiente, o que significa é que nós vamos ter células que deviam morrer mas não morreram por este mecanismo, a mais e as consequências disso. Certo? E então vamos ter algumas situações de doenças linfoproliferativas, excesso de linfócitos T que funcionam e dão doença. E muitas vezes isto no quadro daquilo que se chamam doenças autoimunes. Como exemplos modelos deste tipo de situações, temos uma situação nos humanos que é esta, é uma situação hereditária de mutações inactivantes nas Caspase 13 e os doentes naturalmente têm linfócitos T a mais e linfócitos T a mais auto-reactivos e têm um quadro de doença muitíssimo parecido com uma doença que vocês vão estudar para a próxima semana que se chama lúpus eritematoso disseminado ou sistémico. Certo? É uma situação humana, digamos que um modelo da natureza da doença. Temos mutações do FAS e do ligando, isto ainda não está suficientemente, quer dizer não há ainda muito conhecimento de situações humanas. Há situações pontuais, não há quadros nosológicos que possam ser exemplos destas situações. Mas há modelos de animais, ratinhos com mutações deste tipo que têm nomes próprios, não interessa o nome de cada uma das mutações, que são modelos também animais de doenças humanas de tipo auto-imune, de tipo linfo-proliferativo da família do lúpus e coisas parecidas. Percebido? Meio-dia menos… um quarto?! Dez?!!! Horrível… Via intrínseca, componentes essenciais desta via. A família Bcl2, as mitocôndrias. A família Bcl2 tem vários membros: membros protectores e membros agressores. A mitocôndria liberta N componentes, quando envolvida nesta processo. Now é só olhar para lá e entender; são muitos os genes da família Bcl2 e não estão todos aqui representados, têm vários domínios comuns entre eles, caso contrário não constituiriam uma família. Mas aqui a única coisa que eu os chamo aqui a atenção é um facto de termos um grupo deles, aqui juntinhos a verde, são os chamados protectores e um grupo deles ou dois grupos deles aqui a roxo, embora alguns deles estão a rosa e outros mais carregadinhos. Os mais carregadinhos têm em comum terem apenas um único domínio, que é o domínio Dh3, e é extraordinariamente importante o papel biológico destas moléculas que têm apenas o domínio Dh3. Penso que já sabem que o modelo funcional da família Bcl2 é mais ou menos isto: eles emparelham uns com os outros, estão ou livres no citoplasma ou atensos (?) na membrana das mitocôndrias e este emparelhamento pode ser entre protectores e entre protectores e agressores e vai mudando. Este emparelhamento é um fenómeno dinâmico, pode ir mudando, e em função do emparelhamento destes membros mudar é, por isso, que pode haver no citoplasma das células níveis destas duas 8/11 moléculas Bax e Bak livres. E isto não é bom, certo? Moléculas deste tipo Bax e Bak livres são moléculas profundamente perigosas, porque têm a capacidade elas próprias de lesarem a mitocôndria, entendido? Quando a mitocôndria é lesada por estas duas moléculas, libertam um número grande de substâncias para o citoplasma. A primeira a ser descrita neste processo já conhecida à muitos anos é o citocromo c. Mas algumas outras existem com papéis muito particulares e importantes. A importância do citocromo c é que vai constituir um complexo citoplasmático com mais uma procaspase iniciadora, desta vez a 9, o ATP e uma molécula chamada Apaf-1 (n sei se é este o nome, n consegui ouvir na gravação, tive de ver no google, mas tenho quase a certeza) e este apoptossoma, esta congregação de moléculas diferentes, mais uma vez, cria condições de auto-activação da caspase 9 e, a partir daqui, cascata de caspases. Mais uma vez este é um quadro que tem essencialmente a mesma coisa, membros protectores, membros agressores de vários tipos, mas estes são péssimos porque são os agressores directos, certo? Libertação de N substâncias, constituição do apotossoma. Mas este processo pode ser bloqueado de várias maneiras, isto é, por exemplo, não permitindo que haja Bax e Bak livres no citoplasma, fixando-o. Fixando-o a membros protectores, Percebido? Mas isso é regulação dentro da própria família, no entanto mais uma vez estas moléculas, os inibidores distais, podem ainda participar e bloquear o processo de morte. Estes inibidores distais são uma família que não é muito numerosa e que tem, por exemplo, um região que recruta caspases e uma região, por exemplo que é capaz de destruir moléculas, etc. E como é que isto funciona? Funciona da seguinte maneira: são moléculas um pouco como amortecedoras, imaginem aqui todo bem solto na célula: mitocôndrias, caspases e iap’s (proteínas indutoras de apoptose). Se por acaso há um estímulo da apoptose activa-se a caspase e temos iap’s livres eles bloqueiam as caspases, certo? E a células vive. Se por outro lado sair grande quantidade desta molécula, que tem este nome particular, Diablo ou Smac. Este molécula que também é libertada pela mitocôndria interactua com os iaps e se eles estiverem ocupados nesta interacção naturalmente que as caspases livres não podem ser bloqueadas. Estão a perceber? Alguns exemplos de participação deste mecanismo de apoptose em processos de doença. Quando esta apoptose ocorre em excesso, frequentemente a apoptose por via mitocondrial resulta de uma coisa e, isto é uma ideia importante, nem que não passemos deste slide, resulta de uma coisa importante que é a privação de sinais de sobrevivência. Na tal ideia muito rígida que a apoptose é programada, está lá pronta a funcionar e pronto acabou – é uma ideia para abandonar completamente. Estas células 9/11 todas estão um equilíbrio permanentemente dinâmico. E modificam-se as quantidades de algumas destas moléculas em circunstâncias muito diversas. Este processo de manter a vida é um processo activo. Estão a entender? Portanto, a maioria das vezes, a apoptose por via mitocondrial resulta da falta de sinais capazes de manter a vida e a integridade mitocondrial neste tipo de mecanismos biológicos. Certo? Já falámos que é este o processo, é a falta dos tais factores de sobrevivência que fazem com que algumas células na periferia dos enfartes morra com este mecanismo de apoptose. Percebido? E da mesma maneira na periferia dos AVC’s. Acredita-se que são também mecanismos de apoptose, por esta via mitocondrial que participam na perda de células na doença de Alzheimer e noutras doenças neurológicas muito particulares que infelizmente não vamos ter tempo de detalhar. Este processo também participa naturalmente em doenças inflamatórias e eu ponho aqui infecções víricas. É muito curioso estudar ou pensar de que maneira é que várias… A parte final do texto aquela parte que e uma foda pagar as fotocopias ta agora. Com 99% de certeza, esta aula tinha mais meia hora, mas a fome dá a tds, mesmo aos profs.....Como este espaço é utilizado para nos recrearmos a nível pessoal, vou deixar o meu testemunho, pois acho d extrema importância este texto final, já que nos faz esquecer dos exames, e parar um bocado o exaustivo estudo.... Sim eu sei, é uma xatice ter de pagar mais estes textos que provavelmente vem numa folha à parte, só mesmo para obrigar a pagar mais uma fotocópia, e que não têm, nada mais nada menos, que um monte de #”**=#* dita por pessoas que estão a largar toda a frustração do trabalho que é desgravar uma aula, só comparável à frustração de elaborar uma revisão sistemática inteira e ter no fim o prof Altamiro a dizer: Mas que bela m##**** que aqui têm, recomecem tudo d novo...... Aqui ficam alguns pensamentos, alguns meus, outros de quem os apanhar.... ⇒ Só se consegue perceber tudo depois do exame ⇒ Qualquer prof parte do principio que o aluno não tem mais nada que fazer senão estudar a cadeira que ele ensina ⇒ Sempre que chega a nossa vez, há sempre uma troca de regente, para pior, ou se continua, percebe que está na hora de aumentar a dificuldade da cadeira ⇒ Um boato no hospital desloca-se sempre para o local onde puder causar mais danos ⇒ Quanto menos fizeres menos te enganas ⇒ Um objecto inanimado poderá sempre mover-se o suficiente para se atravessar no nosso caminho ⇒ Não há nada que seja “tão pequeno” que não possa crescer demasiado ⇒ (A propósito de revisões sistemáticas) Roubar ideias a uma pessoa é plagio, roubar as ideias de várias pessoas é investigação ⇒ Os que sabem – fazem 10/11 Os que não sabem - ensinam Os que não sabem ensinar – administram Carlos Queirós (káttò) Isto até não custou nd, foram só uns 3 meses de espera, mas valeu a pena ou n?.. Decidimos dps de 2 horas de reunião, com avanços e recuos nas negociações, que íamos fazer uma verdadeira aula desgravada, isto é uma desgravação integral da aula, pois assim a aula fica perfeita, os erros não são da nossa responsabilidade, são de quem deu a aula. Por isso se quiserem encontrar erros procurem nas aulas dos anos anteriores. Se quiserem estudar procurem imagens já que nós n as temos. Agr este era o espaço de mandar pró ar uma piadinha pra desanuviar o ambiente, mas n vou fazer isso, porque era estúpido e infantil. P.S.: Como devem ter reparado falta alguma coisa no final da aula, podem agradecer ao gravador da tatas (k já me deixou fikar mal o ano passado na entrevista de psicologia) por n ter gravado os últimos 3 minutos da aula, tb n era nd de mais, eram só as perguntas de exame…. Se quiserem os nossos mails para tirarem dúvidas! lol desculpem mas n consegui lol Boa sorte pra frequência e um 2007 cheio de muitas coisas boas….. TóZé TóZé Lopes – [email protected] Káttò Queirós - niedved@ hotmail.com Kim Texeira - joaquimcruzteixeira@ hotmail.com 11/11