BOLETIM INFORMATIVO DE 16 A 18 DE AGOSTO DE 2016 CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA Matérias votadas em Plenário – Saúde Processo nº 2015000315 – Ver. Zander - institui o programa municipal de prevenção e imunização ao vírus sincicial respiratório (VRS). (aprovado 2ª votação). Processo nº 2015000398 – Ver. Zander - obriga a inclusão da tipagem sanguínea e do fator rh nos documentos de identificação de recém-nascidos, nos termos que especifica. (aprovado 2ª votação). Processo nº 2016000039 – Ver. Cida Garcez - dispõe sobre a criação do sistema móvel de coleta de sangue na estrutura da secretaria municipal de saúde e dá outras providências. (aprovado 2ª votação). Processo nº 2015000421 – Ver. Carlos Soares - institui a política de assistência integral às pessoas portadoras de hemoglobinopatia "s" ou doença falciforme no âmbito do município de Goiânia. (aprovado 2ª votação). Processo nº 2016000027 – Prefeito - Veto integral ao autógr. lei nº 95/16 (PL 183/14 -ver. Paulo da Farmácia) > que obriga criação de vagas de estacionamento p/ doadores de sangue em frente aos laboratórios e demais locais onde haja coleta de sangue. (Veto Derrubado). Matérias votadas em Plenário – Saúde Elias Vaz denuncia falta de atendimento a pacientes com HIV A Tribuna Popular da Câmara Municipal vai receber, durante sessão nesta terça-feira, às 9h30min, integrantes de ONGs voltadas a pacientes com HIV em Goiânia, a convite de Elias Vaz (PSB). Elas denunciaram ao vereador que portadores da doença que moram na capital não são mais atendidos pelo Condomínio Solidariedade, ligado à Secretaria Estadual de Saúde. O problema começou em fevereiro de 2014, quando a gestão da entidade foi transferida para a Organização Social (OS) Instituto Sócrates Guanaes. O atendimento ficou restrito a pacientes do interior. Aos moradores de Goiânia restou apenas uma alternativa: o HDT, que não tem atendimento global, como explica o voluntário e idealizador do Condomínio Solidariedade, André Luiz de Melo Santos. “O Condomínio era uma referência para portadores de HIV e eles perderam isso. Lá, a preocupação não é só com as condições físicas da pessoa, mas com o estado geral, é um centro integrado de atenção ao paciente”. A unidade oferece atendimento multidisciplinar, com fisioterapia, odontologia, psicologia, enfermagem e oficinas de artesanato, entre outras atividades. Segundo André, os pacientes da capital ficaram desassistidos e alguns até estão mudando de endereço para serem recebidos no Condomínio Solidariedade. “Há casos de pessoas que mudaram para cidades próximas, como Aparecida de Goiânia, para conseguir atendimento. O portador de AIDS tem uma situação muito vulnerável, precisa realmente de um olhar mais atento do poder público”, afirma. Elias Vaz diz que o Estado deixou de oferecer o serviço aos pacientes de Goiânia sem entrar em acordo com o Município. "As pessoas não tem opção de local para realizar o tratamento. O Estado simplesmente cancelou o programa de atendimento aos pacientes com HIV sem pactuar com o Município, que não realiza esse tipo de serviço. É preciso rever essa situação e oferecer tratamento digno a esses pacientes. O poder público não está fazendo favor, saúde é direito de todos”, destaca o vereador. (Da Assessoria do Vereador) Nesse sentido, o vereador começou hoje (16) a coleta de assinaturas dos 34 outros vereadores para enviar o documento ao governador Marconi Perillo e prefeito Paulo Garcia. "Trata-se de uma iniciativa fundamental em defesa desses pacientes que não tem um local para atender essas pessoas", comentou ele. Segundo ele, a falta de uma política de assistência aos portadores do HIV na capital "é uma coisa absurda, sem nexo. Esse programa de atendimento de ser imediatamente implantado pelo Estado e prefeitura", reafirmou. A vereadora Cristina Lopes, PSDB, fez coro às manifestações de Elias Vaz ao dizer que "a situação, em Goiânia, é extremamente preocupante. Trabalho nessa área e posso dizer que aumentou a proliferação do vírus entre os jovens, que fazem sexo sem proteção. O caso é grave, portanto, e precisamos do apoio público a essa reivindicação feita pelo colega nesta Casa". O vereador do PSB disse que existem vagas para atender esses pacientes mas acontece que o Condomínio Solidariedade, ligado à Secretaria Estadual de Saúde, não estão atendendo esses pacientes, desde que a gestão da entidade foi transferida para a Organização Social Instituto Sócrates Guanaes. Na sessão de hoje, o idealizador do Condomínio Solidariedade, André Luis dos Santos, ocupou a tribuna da Câmara, a convite de Elias Vaz, para falar sobre o assunto:"O portador de Aids tem uma situação muito vulnerável, precisa de um olhar atento do poder público", citou. Aprovado projeto de incentivo a coleta de sangue Hoje (16), foi aprovado em segunda e última votação projeto de lei da vereadora Cida Garcêz (PMN) que cria o Sistema Móvel de Coleta de Sangue com o objetivo de levar a coleta de sangue até as pessoas em campanhas de incentivo e educação para a doação de sangue. “A idéia é realizar os mesmos exames ofertados pelo Hemocentro e, assim, cooperar com o aumento dos estoques dos bancos de sangue”, explica a vereadora. Ela diz que o Hemocentro registrou uma queda de 40% das doações de sangue no início do ano e que, segundo o Ministério da Saúde, apenas 1,8% da população brasileira entre 16 a 69 anos doam sangue. “Se confrontarmos com o que a Organização das Nações Unidas defende, nosso país está a 1,2% do que é considerado ideal”. Pelo projeto, as ações serão feitas em veículos adaptados com a estrutura necessária para colher e guardar as bolsas de sangue com higiene e segurança. A Secretaria Municipal de Saúde - que ficará responsável por criar e administrar essas ações - poderá firmar parceria com outras instituições públicas ou com a iniciativa privada. Goiânia terá programa de assistência aos portadores de anemia falciforme Os vereadores da Câmara Municipal de Goiânia aprovaram projeto de lei que cria o programa de assistência integral às pessoas portadoras de hemoglobinopatia S ou anemia falciforme. “A anemia falciforme é uma das enfermidades genéticas e hereditárias mais comuns no mundo”, diz o autor do projeto, vereador Carlos Soares (PT). Os portadores da doença não herdam dos pais a hemoglobina - pigmento que dá a cor vermelha ao sangue - do tipo A. Em seu lugar, produz a hemoglobina S, que não oxigena bem os tecidos e órgãos devido à forma de meia lua ou foice - por isso falciforme - em vez de ter a forma redonda das hemácias normais. Essas células defeituosas têm dificuldade de passar pelas artérias ocasionando o entupimento, consequentemente muitas dores, e provocando anemia que não se corrige nem com alimentação nem com a ingestão de ferro. A mutação que configura a anemia falciforme teve origem no continente africano e pode ser encontrada em populações principalmente da África, Arábia Saudita e Índia. No Brasil, devido à grande miscigenação, a doença expandiu tornando-se parte de um grupo de doenças relevantes que não é restrita apenas à população negra. Os portadores de Hemoglobinopatia S sofrem crises de anemia dolorosas, variando de gravidade e de tipo conforme a faixa etária. Os bebês têm mais infecções e dores com inchaço nas mãos e nos pés. Nas crianças maiores, as dores estão mais localizadas nas pernas, nos braços e na barriga. Alguns doentes podem ter derrames cerebrais com lesões graves e definitivas. As crianças apresentam palidez e geralmente “o branco dos olhos” amarelado, sintoma chamado icterícia. Nos adultos, as crises mais frequentes também são de dores nos ossos e complicações devido a danos ocorridos ao longo da vida em órgãos importantes como fígado, pulmões, coração e rins. Também é comum o aparecimento de feridas nas pernas devido à cicatrização mais difícil. O diagnóstico é feito por meio do Teste do Pezinho nos primeiros dias de vida da criança ou pela eletroforese de hemoglobina, feita em qualquer idade. A anemia falciforme é grave e, se não devidamente diagnosticada e tratada, pode ocasionar a morte. O projeto de lei aprovado em segunda e última votação na manhã de hoje (16) determina que seja criado um grupo de trabalho com a participação de técnicos da área da saúde, integrantes do Movimento Negro e da Associação de Portadores de Anemia Falciforme do Estado de Goiás. Todos auxiliarão na condução do projeto com o objetivo de por em prática a política de assistência. Após a sanção da lei pelo prefeito Paulo Garcia, ficará assegurado o exame de eletroforese de hemoglobina gratuito para qualquer cidadão em todos os postos de saúde e hospitais municipais, bem como os demais exames a serem realizados após o diagnóstico da doença, e o acesso aos medicamentos que compõe a rotina do tratamento da doença. Também deverá ser criado um cadastro de informações e acompanhamento dos portadores da anemia falciforme. A notificação dos casos positivos deverá ser encaminhada à Secretaria Municipal de Saúde por todas as maternidades, hospitais e congêneres, laboratórios de análises clínicas e demais serviços de saúde. Soares apresenta projeto que cria carreira para auditores de atividade urbana e saúde O vereador Carlos Soares (PT) apresentou hoje (17) emenda à Lei Orgânica do Município (LOM) que permite criar carreira específica para auditores da fiscalização de atividades urbanas e saúde pública, além de destinar recursos prioritários para a realização de suas atividades. Serão beneficiados fiscais de Posturas, da Vigilância Sanitária e da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma). A justificativa do parlamentar é que a proposta, além de atender à reivindicação dessas categorias, é necessária em “função do regular exercício do poder de polícia, previsto no Código Tributário Nacional e no Código Tributário Municipal”. A matéria segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que designará relator antes da primeira votação em plenário.