Caro aluno, Seja bem-vindo à Unidade Diabetes Mellitus!

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Curso de Especialização em Saúde da Pessoa Idosa
Módulo 07
Principais agravos de saúde da pessoa idosa
Unidade 01
DIABETES MELLITUS
Lição 01
Introdução
Introdução
Caro aluno,
Seja bem-vindo à Unidade Diabetes Mellitus!
Nesta unidade, trataremos sobre a doença Diabetes Mellitus e suas especificidades.
Veremos os critérios utilizados para diagnóstico da doença, a meta de tratamento para o
idoso portador de diabetes e os cuidados específicos que esse paciente deve tomar para
evitar o agravo de sua patologia.
Abordaremos, também, a importância de os profissionais de saúde incentivarem mudanças
no estilo de vida da população, prevenindo, assim, o surgimento de doenças que podem
ser evitadas com um pouco mais de cuidado e atenção.
Por fim, estudaremos os possíveis tratamentos medicamentosos e os transtornos que os
mesmos podem causar na pessoa idosa, e os não medicamentosos, que proporcionarão
melhor qualidade de vida ao paciente.
Bons estudos.
Lição 02
A doença diabetes mellitus
O diabetes mellitus é caracterizado por elevação anormal da concentração de glicose sanguínea,
resultado de defeito na secreção de insulina e/ou defeito na ação da mesma.
Vejamos os dois tipos de diabetes existentes:
Tipo 1
Representa 8% dos casos entre a população em geral, com início na infância e adolescência, quando
ocorre a destruição total das células produtoras de insulina.
Tipo 2
Além de ser o mais comum, esse tipo de diabetes está significativamente relacionado à genética, ao
envelhecimento, ao excesso de peso e ao sedentarismo.
O diabetes tipo 2 incide em, aproximadamente, 40% dos brasileiros com mais de 65 anos.
Entre os idosos, portanto, a presença do diabetes tipo 2 deve ser atentamente considerada, uma
vez que de 45 a 50% das pessoas com diabetes não sabem que são portadoras da doença.
Saiba Mais
Quando mal controlado, o diabetes pode, ao longo do tempo, causar complicações como cegueira,
amputação de membros e insuficiência renal, que se desenvolvem silenciosamente (Brasil, 2006).
Lição 03
É recomendável que se faça o rastreamento de diabetes em adultos assintomáticos com PA
sustentada (tratada ou não) maior que 135/80 mmHg, não se aplicando a outros critérios como
obesidade, histórico familiar ou faixa etária.
Tal conduta leva em consideração as evidências do elevado risco de desenvolvimento de doenças
cardiovasculares que podem decorrer da associação das duas condições apresentadas (VILLAS
BOAS, 2010).
2
Vejamos, no quadro a seguir, os valores plasmáticos da glicose que devem ser considerados ao
fazer o diagnóstico:
* O jejum é definido como a falta de ingestão calórica por no mínimo 8 horas.
** A glicemia plasmática casual é aquela realizada a qualquer hora do dia, sem se observar o intervalo desde a última
refeição.
Importante
Para que o diagnóstico de diabetes mellitus seja confirmado, é necessária a repetição do teste em
um outro dia, a menos que haja hiperglicemia inequívoca com descompensação metabólica aguda
ou sintomas óbvios de DM.
3
Lição 04
A meta de tratamento para as pessoas diabéticas é manter os níveis de glicemia o mais próximo
possível do normal, o que significa alcançar uma hemoglobina glicosilada em torno de 7%.
Geralmente, isso corresponde a uma glicemia de jejum menor que 140 mg/dL.
Porém, o grande benefício do tratamento está em manter o controle dos níveis pressóricos, ou
seja, uma pressão arterial menor ou igual a 135/80.
Dessa forma, pode-se reduzir a morbimortalidade cardiovascular dos pacientes diabéticos.
Importante
Devemos nos lembrar que, como vimos no módulo de prevenção, o valor da hemoglobina glicada
em idosos não é um consenso, mas são aceitos valores distintos do adulto jovem.
Segundo a American Geriatric Society, são aceitos valores abaixo de 7% em idosos robustos e 8%
em idosos frágeis ou com expectativa de vida menor que 5 anos.
4
Lição 05
Cuidados necessários
No cuidado ao idoso portador de diabetes, é importante atentarmos para as seguintes questões:
5
Prevenção da doença
A melhor intervenção é a prevenção da doença e das suas complicações. Diante isso, as equipes
de saúde, especialmente da atenção básica, devem investir em mudanças no estilo de vida da
população.
Tais mudanças podem ocorrer, principalmente, por meio do estímulo à atividade física e
alimentação saudável.
Também é de tamanha importância que profissionais como nutricionistas, professores de
educação física, assistentes sociais, psicólogos e odontólogos sejam inseridos no processo de
prevenção da DM.
Em situações mais complexas de manejo na atenção domiciliar/básica, como nos casos de
diabetes de difícil controle ou na decorrência de complicações, haverá a necessidade de uma
consulta especializada em unidades de referência secundária ou terciária.
Tal consulta terá a finalidade de garantir a atenção integral ao portador.
6
Reflexão
Chegou a hora de refletirmos, juntamente com os profissionais de nossas
equipes, o que estudamos até aqui.
Abaixo seguem alguns tópicos importantes para nortear nossa reflexão...
7
Conclusão
Durante a unidade, vimos a definição da doença diabetes mellitus e os dois tipos de diabetes
existentes. Aprendemos também que, quando mal controlado, o diabetes pode, ao longo do
tempo, causar complicações como cegueira, amputação de membros e insuficiência renal.
Além disso, tornamo-nos capazes de reconhecer os valores plasmáticos da glicose que devem ser
considerados ao fazer o diagnóstico da doença.
Agora, sabemos que o grande benefício do tratamento está em manter o controle dos níveis
pressóricos, ou seja, uma pressão arterial menor ou igual a 135/80 e, que existem alguns
cuidados necessários que devem ser tomados pelo portador da doença a fim de evitar seu avanço.
Sabendo que a melhor intervenção é a prevenção da doença e das suas complicações, concluímos
que as equipes de saúde, especialmente da atenção básica, devem investir em mudanças no estilo
de vida da população.
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS)
Lição 1
Caro aluno,
Seja bem-vindo à Unidade Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)!
Nesta unidade, trataremos sobre a hipertensão arterial sistêmica (HAS) e as alterações a
que essa doença é associada.
Durante nosso estudo, veremos os fatores-chave para que essa doença se manifeste e a
forma como o profissional de saúde pode chegar ao diagnóstico correto.
8
Veremos, também, alguns cuidados necessários para a verificação da PA, a fim de evitar
possíveis erros no diagnóstico da doença.
Por fim, estudaremos as principais formas de tratamento e controle da PA, sendo eles
medicamentosos e não medicamentosos.
Bons estudos.
Introdução
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis
elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Tal patologia associa-se, frequentemente, a...
A pressão arterial depende de mecanismos reguladores interligados que sofrem alterações decorrentes do
processo de envelhecimento.
Essa patologia apresenta alta prevalência e baixas taxas de controle, sendo considerada um dos principais
fatores de risco modificáveis e um dos mais importantes problemas de saúde pública.
Saiba Mais
Estudos de prevalência indicam que 50% dos indivíduos entre 60 a 69 anos e 75% acima de 75 anos
apresentam níveis pressóricos maior ou igual a 140/90 mmHg.
9
Lição 2
Fatores-chave
Meta ideal de tratamento
O diagnóstico correto e a persistência dos pacientes no acompanhamento são fatores-chave muito importantes
para atingir a meta ideal de tratamento e reduzir a morbimortalidade cardiovascular.
Fatores-chave
Cuidados para a verificação da PA
A verificação da PA é um procedimento simples e valioso. No entanto, são recomendados alguns cuidados para
que sua medida seja realizada de forma correta. Vejamos:
Prática da verificação da PA
Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital;
Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial;
10
Estimar o nível da pressão sistólica pela palpação do pulso radial. O seu reaparecimento corresponderá à PA
sistólica;
Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem compressão
excessiva;
Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica, obtido pela palpação;
Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo);
Determinar a pressão sistólica pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff), que é, em geral, fraca seguida
de batidas regulares, e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação;
Determinar a pressão diastólica no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff);
Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e, depois, proceder à
deflação rápida e completa;
Determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da sistólica /
diastólica / zero, caso os batimentos persistam até o nível zero;
Esperar em torno de um minuto para nova medida;
Informar os valores de pressões arteriais obtidos para o paciente;
Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o braço em que a pressão arterial foi medida.
Prática da verificação da PA
Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital;
Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial;
Estimar o nível da pressão sistólica pela palpação do pulso radial. O seu reaparecimento corresponderá à PA
sistólica;
Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem compressão
excessiva;
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Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica, obtido pela palpação;
Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo);
Determinar a pressão sistólica pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff), que é, em geral, fraca seguida
de batidas regulares, e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação;
Determinar a pressão diastólica no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff);
Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e, depois, proceder à
deflação rápida e completa;
Determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da sistólica /
diastólica / zero, caso os batimentos persistam até o nível zero;
Esperar em torno de um minuto para nova medida;
Informar os valores de pressões arteriais obtidos para o paciente;
Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o braço em que a pressão arterial foi medida.
Fatores-chave
Fatores influentes na PA do idoso
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A medida da PA no idoso pode sofrer influência de fatores que interferem na obtenção de resultados fidedignos.
A pseudo-hipertensão, o hiato auscultatório e a hipotensão postural podem ser fatores intervenientes na medida
da PA no idoso, implicando, diretamente, no correto diagnóstico e tratamento da HAS.
É de tamanha importância a realização de uma anamnese detalhada do idoso a respeito de:




Hábitos de vida e alimentares;
Comorbidades;
Utilização atual ou prévia de medicamentos ou drogas;
Histórico familiar para HAS e/ou doenças cardiovasculares
Além da aferição em consultório, a HAS pode ser diagnosticada e acompanhada através de:

Automedida da pressão arterial;

MRPA (monitorização residencial da pressão arterial);

MAPA 24 horas (monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas).
No exame físico, o profissional de saúde deve buscar identificar possíveis lesões de órgão-alvo.
Lição 3
Exames laboratoriais
13
Valores de microalbuminúria e hemoglobina glicada em indivíduos com diabetes mellitus e síndrome metabólica
com um ou dois fatores de risco auxiliam na estratificação.
Problemáticas e sugestões
As condutas para o tratamento e controle da HAS são classificadas em medicamentosas e não medicamentosas.
O aspecto mais importante do tratamento HAS é a adesão do pacientes, uma vez que ele é a causa principal da
PA não controlada, representando assim um risco significativo de eventos cardiovasculares.
Vejamos as principais problemáticas e sugestões para adesão do tratamento:
Precisamos entender o tratamento como um processo multifatorial, estruturado a partir da relação entre quem
cuida e quem é cuidado, que envolve a constância, a perseverança e a frequência.
Tratamentos
Tratamento não medicamentoso
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Essas recomendações são para todos os pacientes acometidos por este agravo, independente da idade, não
havendo recomendações específicas para idosos.
Não podemos nos esquecer que, como visto no módulo de prevenção, as metas para níveis pressóricos em
idosos são controversas. Para saber mais sobre o assunto, acesse:
www.sbgg.org.br/profissionais/arquivo/diretrizes/diretriz_cardiogeriatria.pdf.
Tratamentos
Tratamento farmacológico
O tratamento farmacológico é indicado para hipertensos moderados e graves, e para aqueles com fatores de
risco para doenças cardiovasculares e/ou lesão importante de órgãos-alvo.
No entanto, a terapia medicamentosa, apesar de eficaz na redução de valores pressóricos, morbidade e
mortalidade, tem alto custo e pode ter efeitos colaterais que motivem o abandono do tratamento.
É importante considerarmos que...
1- A dose inicial deve ser mais baixa, e o incremento de doses ou a associação de novos
medicamentos devem ser feitos com mais cuidado, especialmente em idosos frágeis.
2- Devemos considerar todos os fatores de risco, pois esses devem nortear a escolha do antihipertensivo inicial.
3- A maioria dos pacientes necessita de terapia combinada, principalmente para o controle
adequado da pressão sistólica.
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4- Diferentes agentes podem melhorar a morbimortalidade, tais como:






Diuréticos;
Tiazídicos;
Inibidores da ECA;
Betabloqueadores em combinação;
Bloqueadores do receptor AT1;
Bloqueadores de canais de cálcio de ação longa.
5- Evidencias sugerem que o tratamento da hipertensão no idoso reduz a incidência
dedéficit cognitivo e demência.
6- Há de se considerar também o alto índice de idosos fazendo uso de polifármacos, favorecendo a
presença de hipotensão postural ou ortostática, além de efeitos colaterais adversos.
Decisão terapêutica
Vejamos, na tabela a seguir, a decisão terapêutica da hipertensão arterial segundo o risco cardiovascular:
16
Reflexão
Chegou a hora de refletirmos, juntamente com os profissionais de nossas
equipes, o que estudamos até aqui.
Abaixo seguem alguns tópicos importantes para nortear nossa reflexão sobre
os critérios para diagnóstico e a classificação da HAS...
Conclusão
Durante o estudo da unidade, tratamos sobre a hipertensão arterial sistêmica (HAS) e as alterações que,
frequentemente, essa patologia é associada. Além disso, vimos que essa doença é considerada um dos mais
importantes problemas de saúde pública.
Aprendemos que a HAS é diagnosticada pela detecção de níveis elevados e sustentados de PA pela medida
casual e analisamos os cuidados que devem ser tomados para a verificação da PA.
Passamos a compreender que a pseudohipertensão, o hiato auscultatório e a hipotensão postural podem ser
fatores intervenientes na medida da PA no idoso, implicando, diretamente, no correto diagnóstico e tratamento
da HAS.
Agora, somos capazes de identificar a necessidade de exames laboratoriais, tratamentos farmacológicos e não
farmacológicos e medidas terapêuticas para o controle da doença.
17
DISLIPIDEMIA
Lição 01
Car@ alun@,
Seja bem-vind@ à Unidade Dislipidemias!
Nesta unidade, trataremos sobre a dislipidemia e os cuidados necessários que devem ser
tomados pelos pacientes para não agravarem seu estado de saúde.
Abordaremos, também, os valores referenciais do perfil lipídico e algumas evidências
científicas a respeito da doença e de sua prevenção.
Por fim, estudaremos as formas de tratamento medicamentoso e não medicamentosos,
incluindo recomendações dietéticas a fim de diminuir a hipercolesterolemia do paciente.
Bons estudos.
Ao longo da vida, devido a alterações hormonais, ocorrem mudanças no metabolismo das
lipoproteínas.
Tais mudanças levam à redução da síntese endógena do colesterol, caracterizando a dislipidemia,
um fator relevante para o desenvolvimento da aterosclerose.
Evidências epidemiológicas contundentes relacionam os baixos níveis de colesterol nas partículas
de HDL (HDL-C) com o maior risco de morbimortalidade por doenças coronarianas, assim como a
elevação de triglicerídeos e LDL colesterol (LDL-C).
Para a determinação do perfil lipídico, o paciente deve manter a
dieta habitual, o estado metabólico e o peso estáveis por, pelo
menos, duas semanas antes da realização do exame.
Além disso, o paciente deve evitar ingestão de álcool e atividade
física vigorosa nas 72 e 24 horas que antecedem a coleta de
sangue, respectivamente.
18
Lição 02
Valores referenciais do perfil lipídico
Vejamos os valores referenciais do perfil lipídico na tabela abaixo:
Sugestão de leitura...
Para saber mais sobre dislipidemias e prevenção da aterosclerose, acesse a V DIRETRIZ
BRASILEIRA DE DISLIPIDEMIAS E PREVENÇÃO DA ATEROSCLEROSE.
19
Lição 03
Evidências CientíficasDiagnóstico da diabetes mellitus
A partir de evidências científicas...
...recomenda-se a avaliação de rotina em mulheres com idade acima de 45 anos, pois essas apresentam
risco aumentado para doença arterial coronariana.
...recomenda-se avaliação de rotina em homens com idade igual ou acima de 35 anos.
...a National Cholesterol Education Program's Adult Treatment Panel III (ATP III) e a American Heart
Association recomendam dosagem para adultos com 20 anos de idade a cada 5 anos.
...a American College of Obstetricians and Gynecologists recomenda avaliação de rotina em mulheres
acima de 45 anos a cada 5 anos; a avaliação de mulheres com 19 a 44 anos deve ser baseada nos fatores
de risco (Vilas Boas, 2010).
Lição 04
Tratamentos não medicamentososMeta de tratamento
São tratamentos não medicamentosos das dislipidemias:

Perda de peso;

Atividade física;

Terapia nutricional;

Cessação do tabagismo.
20
Lição 05
Recomendações dietéticas
Vejamos uma tabela de recomendações dietéticas para a redução da hipercolesterolemia:
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia. V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da
Aterosclerose. Arq Bras Cardiol. 2013; 101 (4Supl.3): 1-22
21
Tratamentos medicamentosos
Lição 06
Nos idosos, as estatinas são a primeira escolha.
A tolerância ao medicamento é boa, embora efeitos indesejáveis possam
ocorrer, mesmo com baixas dosagens.
Alguns exemplos desses efeitos são:

Fraqueza;

Câimbras;

Dores musculares.
Reflexão
Chegou a hora de refletirmos, juntamente com os profissionais de nossas
equipes, o que estudamos até aqui.
Abaixo seguem alguns tópicos importantes para nortear nossa reflexão
sobre a dislipidemia...
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Conclusão
Durante a unidade, tratamos sobre as mudanças que ocorrem no metabolismo das lipoproteínas
devido a alterações hormonais. Vimos também que tais mudanças levam à redução da síntese
endógena do colesterol, causando as dislipidemias.
Em seguida, estudamos os valores referenciais do perfil lipídico e algumas avaliações específicas
sugeridas a partir de evidências científicas.
Agora, somos capazes não só de detectar a doença, mas também o melhor tipo de tratamento
para cada paciente, utilizando medidas medicamentosas, não medicamentosas e recomendações
dietéticas específicas.
DOENÇAS PULMONARES NO IDOSO
Lição 01
Introdução
Car@ alun@,
Seja bem-vind@ à Unidade Doenças Pulmonares no Idoso!
Nesta unidade, trataremos sobre as doenças pulmonares no idoso, em específico a doença
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
Estudaremos os fatores necessários para a confirmação do diagnóstico e a importância da
atenção do profissional da saúde ao fazê-lo, já que é comum que a asma brônquica seja
confundida com a DPOC.
Veremos, ao final da unidade, o tratamento para a DPOC e suas especificidades em casos
de pacientes idosos.
Bons estudos.
23
O sistema respiratório, assim como os demais sistemas do
organismo, sofre alterações com o processo de envelhecimento
Tais alterações podem ser tanto anatômicas quanto no
funcionamento do tórax, tornando esse sistema mais suscetível a
doenças.
Entre as principais afecções, as mais comuns são:





Asma;
Gripe;
Enfisema;
Bronquite;
Pneumonia.
Lição 02
Doença pulmonar obstrutiva crônica
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) caracteriza-se pela presença de obstrução crônica e
progressiva do fluxo aéreo associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões, devido à
inalação de partículas ou gases tóxicos, principalmente o tabagismo.
A inflamação crônica pode produzir inflamação na árvore brônquica
(asma/bronquite), nos bronquíolos (bronqueolite obstrutiva) e no
parênquima pulmonar (enfisema).
Embora a DPOC comprometa os pulmões, essa patologia também
produz consequências sistêmicas significativas.
No Brasil, estima-se que 12% da população acima de 40 anos
apresenta a doença, sendo a sexta principal causa de morte
A dispneia é geralmente progressiva, referida em fase mais avançada
da doença e considerada o principal sintoma associado à
incapacidade, redução da qualidade de vida e de pior prognóstico.
24
Confirmação do diagnóstico
Para a confirmação do diagnóstico, além da história clínica, a espirometria com a curva de
volume-tempo é obrigatória, pois permite a avaliação de parâmetros clínicos importantes como:



A relação VEF1/CVF;
A CVF (capacidade vital forçada);
O VEF1 (volume expiratório forçado no primeiro segundo).
A existência de limitação do fluxo aéreo é definida pela presença da relação VEF1/CVF abaixo de
0,70 pós-broncodilatador.
Na DPOC deve-se solicitar, rotineiramente, uma radiografia simples de tórax nas
posições póstero-anterior e perfil, com a finalidade principal de afastar outras doenças
pulmonares e identificar bolhas, com possível indicação cirúrgica.
Asma brônquica versus DPOC
No diagnóstico diferencial, precisamos nos lembrar que a asma brônquica é a doença que mais se
confunde com a DPOC.
As principais características diferenciais da asma brônquica são:






Não tabagismo;
Histórico familiar;
Início na infância ou adolescência;
Boa resposta ao corticoide inalado;
Variação acentuada do grau de sintomas e sinais;
Reversibilidade completa da limitação do fluxo aéreo.
Saiba mais
Para saber mais sobre asma brônquica no idoso,
http://www.asmabronquica.com.br/medical/asma_idoso.html
25
Tratamento da DPOC
Para o tratamento do portador de DPOC, são necessários os seguintes cuidados:

Utilizar inaladores (broncodilatadores) para abrir as vias aéreas, tal como brometo de
ipratrópio (Atrovent) e Beta2 agonista de curta duração (fenoterol e terbutalina).

Utilizar corticoides, pois tais medicamentos apresentam, em muitos idosos, ação benéfica,
tanto por sua ação anti-inflamatória quanto por possível potencialização da ação dos
broncodilatadores.

Utilizar antibióticos quando ocorra, pelo menos, duas das seguintes alterações:
• aumento do volume de escarro;
• aumento da intensidade da dispneia;
• alteração do seu aspecto para purulento.

Praticar exercícios de reabilitação pulmonar, já que auxiliam os idosos a respirarem melhor,
fazendo com que eles possam permanecer menos sintomáticos e mais ativos.

Evitar o ar muito frio.

Reduzir a poluição ambiental, eliminando fumaça de lareira, fogão de lenha e,
principalmente, fumaça de cigarro.

Ter acompanhamento periódico de um especialista.

Utilizar a oxigenoterapia quando os pacientes apresentarem hipoxemia franca. O número
de horas necessária/dia é indicado com base nos resultados da gasometria arterial em ar
ambiente, sendo que uma PaO2 < 55 mmHg ou SaO2 < 88%, por exemplo, tem uma
indicação de 15 horas diárias ou mais.
Saiba mais
No manejo domiciliar, deve-se ficar atento a sinais de piora como:




Piora da falta de ar;
Piora da sensação de fadiga;
Câimbras ou fraqueza muscular;
Despertar noturno com falta de ar;
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


Inchaço nos pés, tornozelos ou nas mãos;
Piora da tosse, aumento da expectoração ou dor torácica;
Tosse com expectoração sanguinolenta, com cheiro forte, de cor amarelada ou verde.
Lição 03
Tratamento do idoso portador de DPOC
Importante
Embora os idosos portadores de DPOC tenham incorporado um estilo de vida com fatores de risco
para o surgimento da doença, a equipe de saúde deve buscar alternativas para melhorar as
condições de vida e saúde desses pacientes.
Esses profissionais devem ter como premissa o respeito e a autonomia, com propostas
compartilhadas de intervenções que possibilitem mudanças nos hábitos dos pacientes, evitando o
agravamento da doença.
27
Reflexão
Chegou a hora de refletirmos, juntamente com os profissionais de nossas
equipes, o que estudamos até aqui.
Abaixo, seguem alguns tópicos importantes para nortear nossa reflexão
sobre os critérios para diagnóstico e a classificação das doenças
pulmonares no idoso...
Conclusão
Nesta unidade, vimos que devido a alterações sofridas no processo de envelhecimento, o sistema
respiratório acaba ficando mais suscetível a doenças. Entre elas, destacamos a doença pulmonar
obstrutiva crônica.
Abordamos a forma pela qual a DPOC deve ser diagnosticada e os cuidados necessários que os
profissionais da saúde devem tomar para evitar o surgimento de novas doenças pulmonares ou
bolhas.
No que diz respeito ao tratamento do portador de DPOC, visualizamos os medicamentos que
devem ser utilizados e as medidas que devem ser tomadas para amenizar os sintomas do
paciente.
Agora, sabemos que, ao tratarmos dos pacientes idosos, devemos ter como premissa o respeito e
a autonomia, com propostas compartilhadas de intervenções que possibilitem mudanças nos
hábitos dos pacientes, evitando o agravamento da doença.
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Glossário
-A
Aterosclerose: Atualmente, a aterosclerose é considerada uma doença inflamatória crônica, provavelmente iniciada
por disfunção endotelial associada a fatores inerentes à ativação do sistema imunológico.
-C
Curva de volume-tempo: Avaliação espirométrica que auxilia na interpretação de que o tempo de expiração foi
adequado.
-D
Dispneia: O termo é utilizado para caracterizar uma experiência de sensações respiratórias desconfortáveis. Para
saber mais, clique aqui.
Doenças coronarianas: Caracterizada pelo estreitamento dos vasos que suprem o coração em decorrência do
espessamento da camada interna da artéria devido ao acúmulo de placas.
-F
Fibromialgia: Síndrome clínica que se manifesta, principalmente, com dores por todo o corpo. Muitas vezes, o
paciente tem dificuldade em definir se sente dores nos músculos ou nas articulações. Tem como característica a
grande sensibilidade ao toque e a compressão de pontos determinados no corpo.
-H
Hemoglobina glicosilada: Forma de hemoglobina presente naturalmente nos eritrócitos humanos. É útil na
identificação de altos níveis de glicemia durante períodos prolongados.
HDL-C: Lipoproteína de alta densidade são pequenas partículas cuja função é carrear o colesterol até o fígado
diretamente ou transferir ésteres de colesterol para outras lipoproteínas. Essas partículas são compostas por 50% de
proteínas , 20% de colesterol, 30% de triglicerídeos e vestígios de fosfolipídios.
Hormonioterapia: A manipulação do sistema endócrino é um procedimento bem estabelecido para o tratamento de
algumas neoplasias malignas hormoniossensíveis. Inicialmente utilizada no câncer de mama, a hormonioterapia foi
sendo subsequentemente aplicada a outros tumores que mostravam hormoniossensibilidade incontestável, como os
carcinomas de endométrio e de próstata e os tumores tiroidianos iodocaptantes.
-I
Imunoterapia: Tratamento do câncer que promove a estimulação do sistema imunológico, por meio do uso de
substâncias modificadoras da resposta biológica.
-L
LDL-C: Lipoproteínas de baixa densidade, são partículas diminutas que, mesmo quando em grandes concentrações,
não são capazes de turvar o plasma.
Lipoproteínas: Conjunto composto por proteínas e lipídeos, organizados de modo a facilitar o transporte dos lipídeos
pelo plasma sanguíneo.
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Líquido sinovial: Líquido transparente e viscoso das cavidades articulares e bainhas dos tendões. Tem a função de
lubrificar as articulações sinoviais, permitindo seu movimento suave e indolor.
-N
Níveis séricos: Concentração ou quantidade de uma substância no sangue. A palavra sérico é sinônimo de plasmático.
Nódulos de Heberden: Neoformação óssea que ocorre durante a instalação da osteoartrite, dando origem às
proeminências ósseas nas articulações distais dos dedos das mãos.
-O
Osteopenia: Diminuição da massa óssea. Diagnosticada pela densitometria óssea, se não tratada, pode levar ao
desenvolvimento de osteoporose.
-Q
Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças
causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia
antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
-R
Radioterapia: Método capaz de destruir células tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes.
-S
SN simpático: O sistema nervoso simpático faz parte do sistema nervoso autônomo. É responsável pelo estímulo de
ações que permitem ao organismo responder a situações de estresse, como a reação de lutar, fugir ou discutir. Entre
tais ações, podemos citar a aceleração dos batimentos cardíacos, o aumento da pressão arterial, o aumento da
adrenalina, a concentração de açúcar no sangue, entre outros. Através da ativação do metabolismo geral do corpo,
essas ações se processam de forma automática, independentemente da nossa vontade.
-T
TG: Os triglicerideos são a principal gordura originária da alimentação, mas podem ser sintetizados pelo organismo.
Tireoidectomia: Cirurgia para retirada total ou parcial da glândula tireoide.
Tireoidites: Conjunto de doenças inflamatórias que afetam a glândula tireóide. Em alguns casos, o paciente sente
dores, enquanto em outros aparecem apenas os sintomas básicos do hipertireoidismo ou do hipotireoidismo.
TVP: Trombose venosa profunda é o desenvolvimento de um trombo (coágulo de sangue) dentro de um vaso
sanguíneo venoso com consequente reação inflamatória do vaso, podendo determinar obstrução venosa total ou
parcial.
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Créditos
Coordenação
Luciana Branco da Motta
Célia Pereira Caldas
Equipe Pedagógica
Equipe técnica
Coordenador Técnico
Felipe Docek
Coordenadora Pedagógica
Marcia Taborda
Analista de Projetos
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Assistente Pedagógico
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Assistente de Comunicação
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Produção técnica
Autora
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Desenhistas Gráficos
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Desenhistas Instrucionais
Ana Carolina Pessoa
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Desenvolvedor
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Luiz Paulo Baçal Vasconcelos
Secretárias
Manuela Marco
Adriana Costa
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Reitor
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Vice-Reitor
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Sub-Reitora de Graduação
Lená Medeiros de Menezes
Sub-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa
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Sub-Reitora de Extensão e Cultura
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Coordenação Geral UnASUS UERJ
Paulo Roberto Volpato Dias
Coordenação Executiva UnASUS UERJ
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