Aplicação da técnica de isostretching no tratamento da escoliose

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Aplicação da técnica de isostretching no tratamento da escoliose
idiopática
Suelen Pereira Priante Bavaresco1
Dayana Priscila Maia Mejia2
[email protected]
Pós-graduação em Traumato-ortopedia com ênfase em terapias manuais – Faculdade Ávila
Resumo
A escoliose idiopática ou de origem desconhecida, é um comprometimento postural
caracterizado por uma curvatura lateral acompanhada por rotação das vértebras da coluna,
causando uma série de alterações musculoesqueléticas que podem gerar patologias
secundárias e comprometer a qualidade de vida de muitas pessoas. Este estudo tem como
objetivo descrever a técnica de Isostretching no tratamento da escoliose idiopática
possibilitando a aquisição de novos conhecimentos sobre a utilização da técnica de
Isostretching no tratamento da escoliose. O Isostrecthing é definido como uma ginástica
postural, global e ereta, postural porque os exercícios são realizados dentro de uma posição
vertebral correta, durante alguns segundos, o tempo de uma expiração longa e profunda,
global porque o corpo todo trabalha a cada exercício, dando prioridade a coluna vertebral,
e ereta porque solicita da coluna vertebral um autocrescimento.
Palavras-chave: escoliose, aplicação, isostretching.
1. Introdução
Segundo Rocha (2001), a coluna influencia e é influenciada por posicionamentos e esforços
das cinturas pélvica e escapular e dos membros superiores e inferiores, respectivamente. É
também o centro distribuidor dos elementos nervosos que comandam e coordenam os
movimentos corporais. Abriga a medula espinhal, parte do sistema nervoso central, elemento
essencial para suas ações de comunicação sensitiva e motora em todos os segmentos abaixo
do crânio.
A escoliose surge então como um comprometimento da coluna caracterizado por uma
curvatura lateral da coluna com mais de 10 graus. Em adultos, a escoliose pode se iniciar nos
anos da adolescência ou se desenvolver durante a vida adulta (NETTER, 2006).
Lopes (1995) especifica que a escoliose é uma deformidade complexa da coluna vertebral,
nos três planos do corpo (frontal, sagital e transversal), no qual o principal componente é o
desvio lateral anormal do plano frontal, sendo uma condição potencialmente progressiva que
compromete a postura corporal.
Basicamente, a escoliose conduz a desequilíbrios de força e comprimento musculares no
tronco, apresentando a musculatura do lado côncavo de maneira retraída e músculos mais
alongados no lado convexo da curvatura, o que caracteriza um problema de assimetria
muscular. As escolioses idiopáticas apresentam progressão muito relacionada à velocidade de
crescimento, sendo por demais importante determinarmos o potencial de crescimento do
paciente e sua maturidade esquelética (KNOPLICH, 2003).
O princípio cirúrgico para a correção da escoliose consiste na produção de uma artrodese,
termo que se refere à transformação de uma articulação em uma fusão interóssea. As curvas,
portanto, são corrigidas, transformando-as numa só estrutura óssea, que não mais poderá
deformar-se, porém podem surgir complicações: a correção insatisfatória, a não-consolidação
da artrodese, a infecção, a lesão neurológica e a hipovolemia.(ROCHA, 2001)
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¹Pós-graduando em Traumato-ortopedia com ênfase em terapias manuais
²Mestrando em Bioética e Direito em Saúde, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Graduada em
Fisioterapia.
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Rocha (2001) ressalta ainda que as deformidades e alterações posturais não devem ser
analisadas apenas no que diz respeito à estrutura óssea, mas sim, pelo conjunto funcional, que
é representado por esse importante elemento do nosso organismo.
O tratamento da escoliose idiopática geralmente é conservador dependendo do grau a base de
fisioterapia tanto para a correção como prevenção e conscientização postural.
Atualmente a fisioterapia, dispõe de um leque de técnicas inovadoras para o tratamento da
coluna, entre eles surge o Isostretching, que se define como uma ginástica de higiene e
manutenção da coluna que age ao mesmo tempo sobre as patologias crônicas da coluna na
origem mecânica, na prevenção destas, e na aquisição de uma boa forma física em geral.
É importante possibilitar uma conscientização corporal do próprio indivíduo, principalmente,
em relação a uma postura correta e a melhor maneira de minimizar todo o esforço pelo qual o
corpo é submetido nas infinitas atividades diárias (VERDERI, 2001).
Desta forma, esse estudo objetivou propor o uso do método como coadjuvante no tratamento
convencional da escoliose idiopática, fazendo uma revisão acerca de todo o complexo da
coluna, verificando a empregabilidade da técnica como alternativa eficaz na melhora da
conscientização postural e assim evitar as complicações musculoesqueléticas que podem
surgir em decorrência da escoliose.
2. Coluna vertebral
A coluna vertebral consiste de uma unidade funcional sobre a outra desde o sacro, finalmente
suportando, na parte superior, a cabeça. A coluna vertebral não é uma estrutura reta, mas com
várias curvas. A parte inferior curva-se formando a inclinação da região lombar. Do ponto de
vista do médico, isso é chamado lordose lombar. Esta curvatura se dá por meio de 5
vértebras, as vértebras lombares. Para conservar o alinhamento do centro da gravidade, a
coluna vertebral acima da lordose lombar curva-se em sentido contrário, formando uma curva
oposta da coluna torácica, denominada cifose dorsal que possui 12 vértebras. O pescoço está
situado na parte superior da coluna torácica; é a coluna cervical. As 7 vértebras da coluna
cervical formando uma curva diferente daquela da coluna torácica, semelhante a curvatura da
coluna lombar: uma lordose cervical (CAILLIET, 2002).
A aparição das curvaturas da coluna acompanha o processo da evolução da espécie humana e
o desenvolvimento do indivíduo. De acordo com Kapandji (2000), durante a filogênese, isto
é, no percurso de passagem da posição quadrúpede à posição bípede, levou à retificação e
depois à inversão da curvatura lombar, inicialmente côncava para a frente. Deste modo
apareceu a lordose lombar côncava para trás. De fato, a retroversão pélvica não "absorveu"
totalmente o ângulo de retificação do tronco, ainda persiste um certo ângulo que a curvatura
da coluna lombar deve anular. Assim, se explica esta lordose lombar que, por outra parte,
varia segundo os indivíduos, dependendo do grau de anteversão ou de retroversão da pelve.
Já durante a ontogênese, isto é, no percurso do desenvolvimento do indivíduo se pôde
comprovar como, no caso da coluna lombar, ocorre a mesma evolução. No primeiro dia de
vida, a coluna lombar é côncava para a frente. Com cinco meses, a curvatura continua sendo
ligeiramente côncava para a frente; e somente aos treze meses a coluna lombar se toma
retilínea. A partir dos três anos se pode apreciar uma ligeira lordose lombar que vai se
consolidar aos 8 anos e adotar sua curvatura definitiva aos 10 anos. Deste modo, a evolução
do indivíduo é paralela à evolução da espécie.
Na verdade, a coluna vertebral constitui o pilar central do tronco. De fato, se na sua porção
dorsal a coluna vertebral se aproxima do plano posterior que se localiza a um quarto da
espessura do tórax, na sua porção cervical, a coluna vertebral se situa mais para o centro, no
terço da espessura do pescoço. Na sua porção lombar, a coluna vertebral é totalmente central,
visto que se localiza na metade da espessura do tronco. Na sua porção cervical, a coluna
vertebral suporta o crânio e deve situar-se o mais próximo possível do seu centro de
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gravidade. Quanto à sua porção dorsal, os órgãos do mediastino, especialmente o coração,
deslocam a coluna vertebral para trás. Contudo, na sua porção lombar, a coluna vertebral, que
suporta o peso de toda a parte superior do tronco, recupera uma posição central, constituindo
uma proeminência na cavidade abdominal (KAPANDJI, 2000).
A coluna encerra e protege a medula espinhal, sustenta a cabeça e serve como ponto de
fixação para as costelas, o cíngulo do membro inferior e os músculos do dorso. As curvaturas
da coluna vertebral aumentam sua resistência, ajudam a manter o equilíbrio na posição ereta,
absorvem os choques na deambulação e na corrida e auxiliam a proteger as vértebras contra
fraturas (TORTORA, 2006).
A estabilidade da coluna é descrita por Kysner (2009), em três subsistemas: passivo
(estruturas inertes/ossos e ligamentos), ativo (músculos) e controle neural.
a) Estruturas Inertes e sua influência na estabilidade
De acordo com Penjabi, quando os segmentos vertebrais estão na zona neutra, as cápsulas
articulares inertes e os ligamentos proporcionam mínima resistência passiva ao movimento e,
portanto mínima estabilidade. A medida que o segmento se move para zona elástica, as
estruturas inertes proporcionam retenção como resistência passiva ao movimento que ocorre.
b) Músculos e sua influência na estabilidade
Os músculos do pescoço e do tronco não só agem como mobilizadores primários ou
antagonistas ao movimento causado pela gravidade durante a atividade dinâmica, mas
também são importantes estabilizadores da coluna. Sem a atividade estabilizadora dinâmica
dos músculos do tronco, a coluna entraria em colapso na posição ereta.
Se um segmento individual é instável, as cargas compressivas provenientes dos cabos de
sustentação globais podem levar a uma situação dolorosa ou à sua perpetuação, à medida que
os tecidos inertes são sobrecarregados no final da amplitude daquele segmento.
A estabilização dinâmica da coluna vertebral é fornecida pela musculatura intrínseca e
extrínseca. A musculatura extrínseca se refere ao trapézio e ao latíssimo do dorso, juntamente
com o elevador da escápula, originando-se na parte occipital posterior e inserindo-se no ápice
da escápula, os rombóides unindo os processos espinhosos torácicos a borda medial da
escápula e os músculos estabilizadores do ombro, como o serrátil, que se origina na borda
medial anterior da escápula e insere-se no gradil costal anterior. Outros dois grupos
musculares importantes, por serem estabilizadores vertebrais, são o quadrado lombar e o
iliopsoas, que se originam dos processos transversos e se inserem respectivamente na crista
ilíaca posterior e no trocânter menor do fêmur. Os abdominais, por aumentarem as forças
intrabdominais estabilizam a coluna secundariamente e, sua importância é maior nos quadros
dolorosos (SIZÍNIO, 2003).
c) Controle neurológico e sua influencia na estabilidade
O sistema nervoso coordena a resposta dos músculos às forças esperadas e inesperadas no
momento correto e com a intensidade correta por meio da modulação de rigidez e movimento
de acordo com as várias forças impostas.
d) Respiração na postura e na estabilidade
A inspiração e a extensão da coluna torácica elevam a caixa torácica e alinham a coluna. Os
músculos intercostais funcionam como músculos posturais para estabilizar e mover as
costelas e agem como uma membrana dinâmica entre elas, prevenindo a sucção e a ruptura
para fora dos tecidos moles durante as mudanças de pressão da respiração. (KYSNER,
2005).
A importância de uma função respiratória regular e eficaz sempre foi universalmente
reconhecida. Segundo a cultura oriental, pelo controle da respiração, o homem não só alcança
um maior domínio sobre o corpo e sobre as emoções, como tem condições de controlar a
energia vital. Para a cultura ocidental, mediante a respiração se alcança e se mantém o
equilíbrio psicofísico (TRIBASTONE, 2001).
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2. Músculo esquelético
Como seu próprio nome sugere, a maior parte do tecido muscular esquelético está fixada em
ossos e move as partes do esqueleto. Ele é estriado; isto é, as estrias, ou faixas alternadas
claras e escuras são visíveis ao microscópio. Ele é voluntário, pois pode ser levado a contrair
e relaxar por controle consciente. Devido à presença de poucas células que podem sofrer
divisão celular, os músculos esqueléticos tem capacidade de regeneração limitada.
Por meio da contração sustentada ou alternando a contração e o relaxamento, o tecido
muscular tem cinco funções-chave: produzir os movimentos do corpo, estabilizar as posições
do corpo, regular o volume dos órgãos, mover as substancias no interior do corpo e produzir
calor.
Cada músculo esquelético é um órgão separado composto de centenas a milhares de células
musculoesqueléticas denominadas fibras musculares. Devido a sua forma alongada, os
tecidos conjuntivos circundam as fibras musculares e os músculos interiores nos quais
penetram os vasos sanguíneos e os nervos.
Os músculos esqueléticos contem três tipos de fibras musculares que estão presentes em
proporções variadas nos diferentes músculos do corpo.esses tipos de fibra são: oxidativas
lentas (tipo I), fibras oxidativo-glicolíticas rápidas (IIa) e fibras glicolíticas rápidas (IIb). A
maioria dos músculos esqueléticos é uma mistura dos três tipos de fibras musculares
esqueléticas, cerca da metade sendo de fibras oxidativas lentas.
As proporções variam um pouco dependendo da atividade do músculo, do programa de
treinamento do indivíduo e de fatores genéticos. Os músculos posturais, do pescoço, do dorso
e das pernas, de atividade continua tem uma alta proporção de fibras oxidativas lentas. Vários
tipos de exercícios podem induzir alterações nas fibras de um músculo esquelético
(TORTORA, 2006).
3. Alongamento muscular
Kysner (2005) define o alongamento como um termo geral usado para descrever qualquer
manobra fisioterapêutica elaborada para aumentar a extensibilidade dos tecidos moles,
melhorando, desse modo a flexibilidade com o aumento do tamanho das estruturas que, de
modo a se adaptarem, encurtaram-se e tornaram-se hipomóveis com o tempo.
Os exercícios de alongamentos podem ser executados por uma pessoa de três maneiras:
estaticamente, balisticamente e contração-relaxamento. O alongamento estático consiste em
distender sem “sacudir” nem forçar, mantendo-se a seguir a posição distendida final por
determinado período de tempo. O alongamento balístico consiste em “sacudidelas” ou em
movimentos ativos. A posição alongada final não é mantida. O alongamento por contraçãorelaxamento consiste em alongar até os limites do movimento realizando uma contração
estática contra alguma posição por uns poucos segundos, relaxando e alongando ainda mais.
Esse sistema recebe também a designação de facilitação neuromuscular proprioceptiva, ou
método FNP. Todos os três tipos de alongamento aprimoram a flexibilidade porém o método
estático deve ser preferido, pois existe menos perigo de dano tecidual, a demanda energética é
menor e realiza-se a prevenção e/ou consegue-se aliviar a tensão e a dores musculares, o
método balístico é menos preferido. No alongamento estático e no contração-relaxamento, os
órgãos tendinosos de Golgi são distendidos, resultando em inibição da contração ou, em
outras palavras, em relaxamento dos músculos implicados no alongamento. Como resultado,
a distensão é maior e menos dolorosa. Com o alongamento balístico, o ressalto e o espasmo
causam espasmos dos fusos musculares que, por sua vez, induzem contração dos músculos
que estão sendo alongados, nesse caso, em verdade o alongamento é dificultado e pode ser
mais doloroso. (FOSS, 2000)
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Kysner (2005) define ainda que o alongamento estático é um método comumente usado no
qual os tecidos moles são alongados apenas um pouco além do ponto de resistência do tecido
e, então, mantidos na posição alongada com uma força constante durante certo período.
Um certo grau de elasticidade é um atributo importante nos músculos esqueléticos e suas
conexões de tecido conjuntivo. A maior elasticidade contribui para um maior grau de
flexibilidade, aumentando a amplitude de movimento de uma articulação (TORTORA, 2006).
Flexibilidade é a capacidade de mover uma única articulação ou uma série de articulações de
modo suave e com facilidade, ao longo de uma amplitude de movimento sem restrições e
indolor. A flexibilidade está relacionada com a extensibilidade das unidades
musculotendineas que atravessam uma articulação com a habilidade de relaxar ou deformar e
ceder a uma força de alongamento (KYSNER, 2005).
Foss (2000) conceitua a flexibilidade estática como a amplitude de movimento ao redor de
uma articulação. Os limites estruturais para a flexibilidade são osso, músculo, ligamentos e
outras estruturas associadas à capsula articular, tendões e outros tecidos conjuntivos, e pele.
A cápsula articular e os tecidos conjuntivos associados, assim como o próprio músculo,
geram a maior parte da resistência à flexibilidade. No extremo do movimento articular, os
tendões desempenham um efeito mais limitante. Já que a flexibilidade pode ser modificada
por meio do exercício, o mesmo pode ocorrer com as limitações impostas por estes tecidos
moles. A razão disso, pelo menos em parte, relaciona-se com a natureza elástica de alguns
dos tecidos.
Quando um tecido mole é alongado, ocorrem alterações elásticas, viscoelásticas ou plásticas
(TORTORA, 2006).
4. Isometria
A força muscular é entendida como a força ou tensão que o músculo ou, mais corretamente,
um grupo muscular consegue exercer contra uma resistência em um esforço máximo.
Existem quatro tipos básicos de contração muscular: isométrica, isotônica, isocinética e
excêntrica. O termo isométrico significa literalmente comprimento (métrico) igual ou
constante (iso). (FOSS, 2000).
Na contração isométrica não há mudança no comprimento do músculo, mas o músculo
desenvolve uma tensão considerável. As contrações isométricas são importantes na
manutenção da postura e na sustentação de objetos na posição fixa O exercício isométrico é
uma forma de exercício em que um músculo contrai e produz força sem uma mudança
apreciável no seu comprimento e sem movimento articular. (TORTORA, 2006).
Os músculos posturais do tronco e membros inferiores precisam contrair-se isometricamente
para manter o corpo ereto contra a gravidade e fornecer uma base de estabilidade para o
equilíbrio e os movimentos funcionais na posição ereta.
Os exercícios de estabilização são formas de exercício isométrico usada para desenvolver um
nível submáximo, porém sustentado, de co-contracao visando melhorar a estabilidade
postural ou a estabilidade dinâmica de uma articulação por meio de contrações isométricas
resistidas no meio da amplitude, em posições antigravitárias e em posturas com apoio de
peso, se estas forem permitidas. (KYSNER, 2005).
Segundo Tortora (2006), as contrações isométricas são importantes para a manutenção da
postura e sustentação de objetos em uma posição fixa.
5. Postura
Postura é o alinhamento das partes do corpo quando se está em pé, sentado ou deitado. A
postura é descrita pelas posições das articulações e dos segmentos do corpo e também em
termos de equilíbrio entre os músculos que cruzam as articulações (KYSNER, 2005).
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Já Cailliet (2002), considera como sendo postura correta aquela que apresenta uma pequena
lordose da coluna lombar chamado de redução da lordose ou achatamento da curvatura do
dorso. A cabeça, na parte superior da coluna vertebral precisa se equilibrar diretamente sobre
o sacro para assegurar um equilíbrio perfeito e sem esforço o que requer curvas bem
equilibradas sobre o centro da gravidade.
É interessante notar que Kapandji (2000) relata em sua obra que através do índice raquidiano
de Delmas pode-se medir a importância das curvaturas da coluna vertebral que consiste na
relação existente entre o comprimento alcançado pela coluna vertebral do platô da primeira
vértebra sacral até o atlas e a altura entre o platô superior de S1 e o atlas. De fato, A. Delmas
demonstrou que a coluna vertebral com curvaturas pronunciadas é de tipo funcional
dinâmico, enquanto a coluna vertebral com curvaturas pouco acentuadas é de tipo funcional
estático.
Cailliet (2002) diz ainda que a postura é importante pela aparência agradável do individuo
que exige uma boa postura, além de também revelar ao observador o estado mental do
individuo. A postura pode sofrer influência do hábito, do treinamento e do condicionamento,
também podem ser afetadas pelas modificações estruturais, na forma dos corpos vertebrais
provocadas por enfermidades, lesões ou defeitos no desenvolvimento da coluna vertebral na
infância.
Na postura ereta, a linha de gravidade atravessa as curvaturas vertebrais, que se equilibram
anteriormente e posteriormente, e fica perto do eixo de rotação das articulações dos membros
inferiores. A força da gravidade impõe uma carga às estruturas responsáveis por manter o
corpo ereto e, assim, oferece um desafio contínuo à estabilidade e ao movimento eficiente.
(KYSNER, 2005).
A coluna vertebral ereta mantém-se sobre uma base razoavelmente plana e estável, o sacro.
Por sua vez, a coluna vertebral mantém-se ereta devido à pressão dos discos que separam os
corpos vertebrais, tornando tensos os ligamentos longitudinais. Essas estruturas mantêm a
coluna ereta (CAILLIET, 2012).
Kapandji (2000) diz que a coluna vertebral é o eixo do corpo e deve conciliar dois
imperativos mecânicos contraditórios: a rigidez e a flexibilidade. Ela consegue esta façanha
graças à sua estrutura mantida. A flexibilidade do eixo vertebral é devido à sua configuração
por múltiplas peças superpostas, unidas entre si por elementos ligamentares e musculares.
Deste modo, esta estrutura pode deformar-se apesar de permanecer rígida sob a influência dos
tens ores musculares.
Tanto os músculos superficiais (globais) quanto os profundos (intrínsecos) trabalham para
manter a postura ereta. Os músculos globais sendo multisegmentares são grandes cabos de
sustentação que respondem às cargas externas impostas ao tronco, que deslocam o centro de
massa. Os músculos globais são incapazes de estabilizar segmentos vertebrais individuais,
pois eles têm pouca ou nenhuma inserção direta nas vértebras. Os músculos mais profundos,
intrínsecos, que têm inserções segmentares, respondem independentemente da direção do
movimento. Eles proporcionam suporte dinâmico aos segmentos individuais da coluna e
ajudam a manter a cada segmento uma posição estável, de modo que os tecidos inertes não
sejam sobrecarregados aos limites do movimento. Tanto os músculos globais quanto os
intrínsecos têm papéis fundamentais ao prover a estabilidade à coluna multissegmentar.
(KYSNER, 2005).
Outros dois grupos musculares importantes, por serem estabilizadores vertebrais, são o
quadrado lombar e o iliopsoas, que se originam dos processos transversos e se inserem
respectivamente na crista ilíaca posterior e no trocânter menor do fêmur. E ainda os
abdominais, por aumentarem as forças intrabdominais estabilizam a coluna secundariamente
e, sua importância é maior nos quadros dolorosos (SIZÍNIO, 2003).
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Kysner (2005) diz também que são encontradas maiores porcentagens de fibras do tipo I do
que II em todos os músculos da coluna, o que é um reflexo da sua função postural e
estabilizadora.
Embora a boa postura não deva causar dor, a má postura também pode não causar dor, mas a
tendência é provocá-la (CAILLIET, 2002).
Má postura é uma postura que se desvia do alinhamento normal, porém sem limitações
estruturais. Se a má postura continua, consequentemente se desenvolvem desequilíbrios de
força e flexibilidade (KYSNER, 2005).
6. Escoliose
A escoliose é uma curvatura lateral da coluna com mais de 10 graus. Em adultos, a escoliose
pode se iniciar nos anos da adolescência ou se desenvolver durante a vida adulta, geralmente
secundária a alterações degenerativas do disco, osteoporose ou ambos. Outras causas incluem
condições neuromusculares, como paraplegia pós-traumática (NETTER 2006).
Kapandji (2000) conceitua escoliose como uma associação de incurvação ou uma inflexão
permanente da coluna vertebral a uma rotação dos corpos vertebrais.
Weiss (1994), citado por Carrière (1999), relata que a proporção entre mulheres e homens
com escoliose idiopática é de 4:1; a proporção é a mesma em casos de escoliose com menos
de 10 graus. A progressão da escoliose pode ser influenciada pelo tipo de problema e pela
idade do paciente. Weiss diz ainda que “Quanto mais jovem o paciente, maior o risco de
progressão da escoliose”.
Esquematicamente, dividem-se as escolioses em primárias e secundárias. As primeiras
decorrem de alterações intrínsecas da coluna vertebral. As demais são atitudes decorrentes de
posicionamentos ou de distúrbios em elementos externos à coluna, por exemplo, uma
diferença de comprimento dos membros inferiores. As escolioses primárias também podem
ser divididas em congênitas e adquiridas, e estas últimas, mais uma vez em idiopáticas,
traumáticas, infecciosas, neuromusculares, tumorais e degenerativas (ROCHA, 2001).
As escolioses podem ser: estruturais e não-estruturais. As curvas estruturais são fixas, ou seja,
não se corrigem com a flexão lateral ou tração do tronco. As não-estruturais corrigem-se na
flexão lateral do tronco, tendo, frequentemente sua etiologia em função de uma obliquidade
pélvica ou diferença de comprimento de membros. A maioria das curvas tem uma principal e
uma compensatória, que tem por função, tentar manter a cabeça e o tronco alinhados
verticalmente (TECKLIN, 2002).
Quando ocorre escoliose em pequeno grau, forças de torção e lateralização se somam as
forças compressivas levando a descompensação do tronco e, consequentemente a piora da
escoliose. A progressão dependera da ação da gravidade e da qualidade muscular, o que
explica a rápida progressão nos casos de deformidades paralíticas, com sua característica
colapsante (SIZÍNIO, 2003).
Uma curva resultante de uma pelve que não está nivelada em uma coluna vertebral flexível é
chamada de escoliose funcional ou idiopática. Escoliose significa uma curvatura lateral da
coluna vertebral. Funcional implica que é temporária e sem alterações ósseas. Só ocorre uma
escoliose funcional quando a pessoa está em posição ereta, desaparecendo quando ela se deita
(CAILLIET, 2012).
As vértebras escolióticas apresentam rotação importante no seu plano transverso, sendo que
os processos espinhosos são voltados para a convexidade e os transversos para o posterior no
lado convexo da deformidade, levando à torção do tronco e à consequente elevação das
costelas, criando a giba torácica clássica (SIZÍNIO, 2003).
A dor localizada na área da curvatura é o sintoma mais comum. Possíveis causas incluem
desequilíbrio do tronco com subsequente fadiga muscular ou sobrecarga da
faceta/disco/ligamento, osteoporose e estenose da coluna. Os sintomas da radiculopatia são
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mais comuns em pacientes com escoliose degenerativa. Uma disfunção pulmonar significante
é improvável a menos que o paciente apresente co-morbidades como tabagismo e doença
pulmonar preexistente.
Netter (2006) relata que a progressão da curva pode ocorrer em adultos com escoliose
idiopática do adolescente. A progressão é bastante improvável quando a escoliose é inferior a
30 graus no final do crescimento, mas ocorre frequentemente com curvas torácicas entre 50 e
75 graus e curvas tóraco-lombares ou lombares desequilibradas com mais de 30 graus.
Adultos mais velhos que apresentam alterações degenerativas apresentam maior
probabilidade de progressão da curva.
Nas escolioses, a associação de forças deformantes leva mais frequentemente ao
desenvolvimento de cifoescoliose, podendo ocorrer também a lordoescoliose, com escoliose
preferencialmente do lado direito da região torácica nos casos idiopáticos (SIZÍNIO, 2003).
O tratamento conservador da escoliose dolorosa é similar ao tratamento de outras condições
crônica. As indicações para o tratamento cirúrgico incluem dor intratável ou presença de
curvas estruturalmente significante com progressão documentada. O tratamento cirúrgico
inclui estabilização (fusão) com fixação segmentar, que proporciona estabilidade para uma
deambulação precoce (NETTER, 2006).
Segundo Cailliet (2002), as metas comuns para todas as possibilidades de tratamentos
disponíveis para a escoliose são:
- estabilização da coluna, especialmente com o fortalecimento da musculatura abdominal
intrínseca (genuína) da coluna.
- obter percepção corporal e possibilitar autocorreção de postura e hábitos defeituosos.
- aumentar a mobilidade da coluna/caixa torácica e dos membros.
- conseguir simetria.
- aumentar a capacidade vital
- reduzir a dor
Filho (2000) diz que a cinesioterapia é utilizada para manutenção por tempo mais prolongado
da ausência do quadro álgico, estabilizando as curvaturas. Isso faz com que haja melhora
significativa da postura corporal, além de aumentar a autoestima, prevenir sequelas graves
circulatórias e respiratórias, favorecendo a qualidade de vida.
Weiss (1994) salienta que os exercícios que começam em posição assimétrica e com a coluna
em flexão, flexão lateral ou rotação melhoram a atividade muscular dos músculos
intercostais, intrínsecos da coluna e abdominais.
7. Isostretching
O método Iso-Stretching foi criado em 1974 na França, por Bernard Redondo,
cinesioterapeuta do Esporte e vice-presidente da Sociedade Francesa de Cinesioterapeutas do
Esporte. (PESSOA, 1997).
Desde 1994 o Isostretching vem sendo divulgado no Brasil por seu próprio autor Bernard
Redondo que o define como um método Postural, porque a maioria dos exercícios são
executados dentro de uma posição vertebral correta, por alguns segundos, o tempo de uma
longa expiração. Global ou total, porque o corpo todo trabalha a cada exercício, pois
musculação e relaxamento são incluídos a cada postura, e por fim Ereto, porque
contrariamente às ginásticas em cifose ou em extensão ele solicita à coluna vertebral em
autoengrandecimento, a fim de trabalhar mais especificamente a musculatura paravertebral
profunda acrescentando força, mobilidade e assim harmonizar as curvaturas naturais do
corpo.
O Isostretching é uma técnica utilizada tanto na prevenção como na melhora das patologias
crônicas da coluna vertebral, de origem mecânica, e na aquisição de uma boa forma física.
Trabalha a musculatura profunda, diminui o enrijecimento, melhora o movimento, corrige a
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postura e desenvolve a consciência das posições corretas da coluna e melhora da capacidade
respiratória (LUCIVANY, 2003).
O controle respiratório, o domínio das sensações e da posição é base do Isostretching,
acrescentando um intenso trabalho muscular. A técnica consiste em utilizar todas as
estruturas necessárias para o bom funcionamento da coluna levando em conta o sistema
hidropneumático interno assegurado pelos pulmões na parte superior e pelo abdômen na parte
inferior separados pelo músculo diafragma. O tempo de manutenção da postura é regido pela
expiração profunda e prolongada por cerca de 6 segundos e ao final relaxa-se liberando a
isometria postural sem modificar a posição de base, e somente ao final das séries o repouso
total. Ainda como base do método surge o quadril como soberano na postura, condicionandoo como ponto de referência para a correção postural, a coluna se alinha sobre o quadril à
medida que este se posiciona. (REDONDO, 2001)
De acordo com Redondo (2006), o corpo humano apresenta uma:
- Musculatura superficial: responsável pelo movimento, com fibras paralelas e em direção
oblíqua em relação aos eixos do esqueleto, com inserções nas faces laterais dos ossos,
permitindo desta forma os movimentos e as rotações articulares. Esses músculos são
comandados pelos moto-neurônios alfa-fásicos de grosso calibre e de condução rápida, que
transmite impulsos amplos e breves.
- Musculatura profunda: suas fibras são oblíquas, mas com componentes mais paralelos ao
eixo dos ossos. São fibras lentas, mas com uma ação durável que põe em ação um grande
número de fibras controladas pelos moto-neurônios alfa-tônicos.
A contração isométrica dos glúteos e músculos da coxa auxiliarão a estabilização da estática
da pelve e a contração da cintura escapular atuará estabilizando a estática apical da coluna
(PESSOA, 1997).
As séries são compostas de exercícios:
- Simétricos dentro do eixo, a fim de evitar as rotações que lhes são resultantes de todo o
movimento fornecendo tensão aumentando as dificuldades.
- Assimétricos que vão aumentar as restrições e as limitações articulares.
A técnica utiliza ainda como forma de dificultar os exercício o bastão (de 1m a 1,20) e a bola
(de 1 a 3kg) a fim de posicionar a bacia e a coluna vertebral.
As bases da técnica são:
- escolher uma posição, devagar e progressivamente.
- colocar o quadril com uma rotação contrária ao sentido provocado pela tensão muscular
dos membros inferiores.
- não modificar atitude correta apesar das várias posições dos membros superiores.
- corrigir as compensações e posições erradas.
O trabalho respiratório de expiração e de inspiração profunda vai desenvolver a capacidade
vital, evitando os bloqueios respiratórios, as pressões particularmente sobre o diafragma
inferior, determinando o tempo de sustentação da postura. Os paravertebrais profundos se
ativam permanentemente por pulsos em busca de equilíbrio, de alguma maneira uma
atividade proprioceptiva permanente. Eles iniciam também o movimento e asseguram a
permanência da atitude corrigida, atividade isométrica de resistência.
Ainda segundo Redondo (2006), o equilíbrio passivo e ativos das tensões é indispensável
para a perfeita coexistência da estabilidade e da mobilidade. Pode se dizer então que, fora os
traumatismos, as condições lesionadas provocando as patologias comuns da coluna vertebral
são aquelas ligadas à flexibilidade e as situações prolongadas de inversão das curvaturas.
Sendo assim o principal foco da técnica baseia-se em dar mais atenção à estrutura profunda
onde as dores instalam-se facilmente.
10
Um estudo realizado por SÁ, et al., pesquisou sobre a eficácia da técnica na flexibilidade de
portadores de escoliose idiopática concluiu que após 10 sessões de fisioterapia realizadas foi
possível comprovar o aumento da flexibilidade geral do paciente, melhora do alinhamento
postural, redução do quadro álgico, aumento da ADM dos MMII e coluna vertebral graças ao
desenvolvimento do alongamento, flexibilidade e força dos músculos isquiotibiais e
paravertebrais, e demais cadeias musculares. Concluiu ainda que não houve alteração quanto
ao ângulo de Cobb das curvas escolióticas, porém com o aumento da flexibilidade e liberação
das retrações das cadeias musculares, houve diminuição da rotação vertebral, concluindo que
a musculatura encurtada e retraída, antes do tratamento, tracionava as vértebras em direção ao
lado côncavo da curva tóraco-lombar. O técnica utilizada num período de um mês não
reduziu as curvas escolióticas, todavia com o aumento da flexibilidade e liberação das
retrações das cadeias musculares houve diminuição do grau de rotação das vértebras L3 e L4,
retardando desta maneira a instalação e desenvolvimento da escoliose.
Em uma outra pesquisa realizada por Santos et al., (2009), buscou-se verificar os efeitos em
relação à dor, flexibilidade e satisfação dos trabalhadores depois de alongamentos do
Isostretching associado a ginástica laboral e foi observado redução do quadro álgico de
ombro, região lombar e membros inferiores.
Carvalho (2008), concluiu que a contribuição do Isostretching pode não estar ligada apenas
ao aprimoramento da força muscular, mas, associadamente, propiciar maior ativação e
controle neuromuscular abdominal melhorando a performance da marcha consequente à
maior estabilização do tronco em idosos submetidos ao tratamento com Isostretching.
Por outro lado, outro estudo realizado por Durante et al., analisou comparativamente a
eficácia da cinesioterapia convencional e o método Isostretching e concluiu que não houve
diferenças entre o método Isostretching e cinesioterapia convencional no tratamento do
processo álgico da coluna lombar.
8. Metodologia
Neste trabalho foram apresentados conceitos amplos e variados sobre a coluna vertebral,
escoliose e a própria técnica de Isostretching. Foram discutidos ainda, de maneira
generalizada, as estruturas ósseas da coluna, bem como suas propriedades de tecidos moles e
os benefícios do alongamento e isometria, essenciais ao entendimento dos princípios que
norteiam o método Isostretching. Utilizou-se artigos científicos de revisões bibliográficas,
estudos de casos e livros de fisioterapia ortopédica e ainda do próprio criador da técnica,
Bernard Redondo.
9. Resultados e Discussão
Através da análise dos diversos artigos utilizados neste trabalho, podemos observar que o
interesse pela técnica de Isostretching vem crescendo bastante nos últimos anos com boa
aceitação dos profissionais e pacientes que buscam um tratamento dinâmico e eficaz para as
patologias da coluna, especialmente a escoliose. Grande parte dos artigos citados mostrou que
com o emprego da técnica pôde melhorar a consciência corporal, restabelecendo assim o
melhora do alinhamento postural, redução do quadro álgico, ganhos de flexibilidade e força.
Alguns outros artigos fizeram uma análise comparativa do emprego do Isostretching somente
versus o tratamento com cinesioterapia convencional e não houve grandes diferenças.
Conclusão
A proposta desta pesquisa foi justamente mostrar a utilização da técnica Isostretching no
tratamento de escoliose idiopática, buscando o conhecimento das bases da técnica e verificar
sua eficácia.
11
Após esta analise das diversas fontes científicas utilizadas, e revisão sistemática da coluna
podemos observar que os princípios que se baseia da técnica Isostretching são fundamentais
em qualquer protocolo de tratamento dos desvios da coluna. A isometria e alongamento
muscular combinados proporcionam ao paciente uma potencialização dos resultados
esperados para a correção e conscientização da postura fortalecendo de maneira dinâmica
toda a musculatura estática da coluna. Dessa forma, todo o trabalho muscular realizado pela
técnica previne e trata os desequilíbrios musculares provenientes da escoliose idiopática,
resultando em qualidade de vida ao paciente.
Nas análises comparativas pesquisadas do método com a fisioterapia convencional, percebeuse que alguns autores relataram não haver grandes diferenças, porém com o aumento da
flexibilidade, consciência corporal e condicionamentos ganhados através do emprego da
técnica comprova-se realmente sua eficácia no tratamento da patologia, não revertendo-a
totalmente, mas tratando-a nos comprometimentos musculares decorrentes desta e
proporcionando bons hábitos na manutenção da postura. Observa-se ainda que a técnica
possui grande aceitabilidade por parte dos profissionais que buscam dinamismo e eficácia no
tratamento da coluna, havendo assim um grande número de estudos sobre a técnica que ainda
possui poucos anos de existência. Assim, cumpre-se o objetivo deste estudo agregando mais
conhecimentos acerca da técnica a todos os fisioterapeutas e os mais diversos profissionais da
área da saúde para o tratamento da coluna combinados a essa respeitosa ginástica harmônica
da coluna, incorporando-o como mais uma alternativa no tratamento da escoliose idiopática.
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