Revista Perio Março 2014 - 05-05-14.indd

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Braz J Periodontol - March 2014 - volume 24 - issue 01
AVALIAÇÃO CLÍNICA PERIODONTAL DE INDIVÍDUOS
PORTADORES DE APARELHOS ORTODÔNTICOS COM
BRAQUETES CONVENCIONAIS E AUTOLIGÁVEIS
Evaluation of periodontal clinical parameters of patients with orthodontic appliances with
conventional and self-ligating brackets
Renata Garbelini Corghi1, Danilo Fantini Malavazi2, Marcelo Melo Quintela2, Davi Romeiro Aquino3, Hélio Gomes da Silva4,
Caio Vinicius Gonçalves Roman-Torres5
1
Aluna do curso de especialização em Ortodontia UNIMES/SP
2
Mestrando em Odontologia - UNISA, Professor do curso de Especialização em Ortodontia – UNIMES/SP
3
Professor Doutor do Programa de Pós Graduação em Odontologia – UNITAU
4
Doutorando em Odontologia - UNITAU
5
Professor Doutor do Programa de Mestrado em Implantodontia da UNISA/SP; Professor Assistente da disciplina de Periodontia UNIMES/SP
Recebimento: 04/12/13 - Correção: 22/01/14 - Aceite: 24/02/14
RESUMO
O acúmulo de biofilme dental proporcionado pela presença dos aparelhos ortodônticos pode, em alguns casos,
iniciar ou manter quadros patológicos de gengivite e periodontite. Com o aprimoramento das técnicas e materiais,
surgiram no mercado os braquetes autoligáveis que não necessitam de ligaduras elásticas ou metálicas para manter o fio
em posição. Sabe-se que a presença e a degradação elástica podem acentuar a quantidade de biofilme acumulado. O
objetivo do presente estudo é verificar qual o grau de comprometimento periodontal verificado com o uso de braquetes
convencionais (de ligadura elástica) e braquetes autoligáveis. Foram avaliados 32 voluntários: 16 indivíduos portadores
de aparelhos com braquetes convencionais e 16 indivíduos portadores de aparelhos com braquetes autoligáveis. Foram
avaliados parâmetros clínicos periodontais como profundidade de sondagem (PS), índice de placa (IP) e índice gengival
(IG). Os resultados mostraram valores de PS semelhantes, sem diferença entre os grupos. Para IP e IG foi observada
diferença estatística apenas quando avaliada a presença de biofilme junto ao braquete, sendo maior nos indivíduos com
aparelhos convencionais (p<0,05). Concluiu-se que a retenção de biofilme junto ao braquete é maior nos aparelhos
convencionais, devido à necessária incorporação de elementos de ligadura no sistema de união braquete-fio e que
avaliações em longo prazo permitirão verificar condições semelhantes em pacientes com uso estendido de aparelhos
ortodônticos.
UNITERMS: Aparelhos Ortodônticos; Placa Dentária; Braquetes. R Periodontia 2014; 24:30-34.
INTRODUÇÃO
Vários estudos avaliando o impacto da presença de
aparelhos ortodônticos e suas variáveis e a condição dos
tecidos circundantes têm sido realizados. O acúmulo de
biofilme dental proporcionado pela presença dos aparelhos
ortodônticos pode, em alguns casos, iniciar ou manter
quadros patológicos de gengivite e periodontite. Um bom
padrão de higiene oral executada pelos pacientes sempre
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será fundamental na prevenção de patologias e o incentivo
do profissional parece influenciar bastante os atos de higiene.
Com o aprimoramento das técnicas e materiais surgiram
no mercado os braquetes autoligáveis que possuem um
mecanismo embutido que pode ser aberto e fechado para
inserção, manutenção e remoção do fio e não requerem
uma ligadura elástica ou de aço. Esse recurso autoligante
parece sugerir melhor controle de biofilme dental.
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Braz J Periodontol - March 2014 - volume 24 - issue 01 - 24(1):30-34
A efetivação de uma higiene bucal adequada é tarefa
difícil para a população em geral e ainda mais laboriosa na
presença de aparelhos ortodônticos fixos. Durante seu uso,
a habilidade do paciente em manter a higiene bucal reduz,
pois se torna mais complexo o uso da escova e do fio dental
(Rosenbloom & Tinanoff, 1991; Souza et al., 2008). Os nichos
de retenção de biofilme promovido pelo desenho do aparelho
aumentam significativamente a colonização bacteriana
(Gibbons & Nygaard, 1970; Levin et al., 2011). Uma vez o
biofilme sendo acumulado e mantido, há ampliação do risco
de doenças periodontais e cárie.
Instruções de higiene oral devem ser constantes após
a colocação dos aparelhos ortodônticos. Durante todas
as visitas é importante um adequado controle do biofilme
pelo paciente. Os aparelhos ortodônticos frequentemente
proporcionam um efeito negativo na higiene oral que quando
não bem executada pode determinar a interrupção do
tratamento até que a saúde oral esteja estabelecida (Levin et
al., 2011). Um recente estudo evidenciou multicolonização
de braquetes metálicos por microrganismos patogênicos já
a partir do primeiro mês de uso, reforçando a necessidade de
instruções de higiene oral constante (Andrucioli et al., 2012).
A finalidade do tratamento ortodôntico é promover
saúde bucal por meio da adequação oclusal, já que a
correção ortodôntica promove um melhor contorno da
gengiva, distribuição adequada das forças mastigatórias
(com diminuição do trauma oclusal), e introduz melhora nos
cuidados com a higienização (Lidel et al., 2011), ao mesmo
tempo em que dentes alinhados acumulam um menor volume
de biofilme bacteriano (Anhoury et al., 2002). No entanto, é
consenso entre alguns autores (Gibbons & Nygaard, 1970;
Melsen et al., 1988; Levin et al., 2011) que os indivíduos
usuários de aparelhos ortodônticos retêm mais biofilme dental
em torno dos elementos constituintes destes aparelhos em
comparação com aqueles que não os usam.
Quando avaliados os materiais utilizados na composição
do aparelho ortodôntico alguns estudos mostram que o
acúmulo de biofilme será maior em braquetes ligados com
elastômeros quando comparados com amarrilho metálico
(Türkkahraman et al., 2005); que braquetes cerâmicos
poderão acumular menos quantidade de biofilme que
braquetes metálicos (Lidel et al., 2011).
Um fator que deve ser considerado é que mesmo
indivíduos com melhor acesso à informação e relativamente
cientes de noções de saúde e higiene bucal, podem
apresentar alterações na microbiota bucal. Tais ocorrências
servem como alerta aos profissionais da Odontologia, visto
que não somente o ortodontista está envolvido com a saúde
do paciente em tratamento ortodôntico, mas uma equipe
interdisciplinar precisa contribuir nas áreas demandadas. O
presente trabalho pretende verificar em estudo prospectivo
e comparativo qual o grau de comprometimento periodontal
verificado com o uso de braquetes convencionais e braquetes
autoligáveis, ambos de qualquer marca comercial. Tal
trabalho se justifica em razão da tendência de substituição
dos braquetes “acionados” por ligaduras (convencionais) por
aqueles que possuem um sistema próprio de travamento
(autoligáveis).
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METODOLOGIA
O presente estudo do tipo transversal foi submetido e
aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade
Metropolitana de Santos (CAAE nº 04530512.6.0000.5509/12).
Os pacientes incluídos receberam informações detalhadas a
respeito da pesquisa, seus objetivos, importância e benefícios.
Foram incluídos no estudo os voluntários que atenderam
os seguintes critérios: idade entre 29 e 40 anos; dentadura
permanente; sem alterações sistêmicas que pudessem
influenciar ou interferir com a saúde bucal, e uso de aparelho
ortodôntico entre 9-17 meses. Foram excluídos os pacientes
que fazem uso ou que utilizaram hormônios esteroidais,
antibióticos e/ou antissépticos bucais nos três meses
anteriores ao início da pesquisa; os que foram submetidos
a tratamentos odontológicos nos últimos três meses; os
que tiveram indicação de extrações de dentes permanentes;
fumantes; grávidas ou lactantes. Os aparelhos ortodônticos
utilizados deveriam ser do tipo metálico e fixo, com sistema
de braquetes convencionais de qualquer marca ou desenho,
e sistema de braquetes autoligáveis sem distinção entre ativos
ou passivos.
Foram avaliados 32 voluntários oriundos da clínica de
especialização em Ortodontia da Faculdade de Odontologia
da Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES) sendo:
dezesseis indivíduos portadores de aparelhos ortodônticos
com braquetes convencionais denominado BCon e dezesseis
indivíduos portadores de braquetes autoligáveis denominado
BAut. Parâmetros clínicos periodontais, como profundidade de
sondagem (PS), índice de placa (IP) e índice gengival (IG), foram
avaliados. Para PS foram avaliados seis sítios por dente, para IP
e IG quatro sítios foram avaliados por dente (vestibular, mesial,
palatina e distal); junto ao braquete também foi verificado o
acúmulo de biofilme. Os dados obtidos receberam tratamento
estatístico adequado.
Após a avaliação clínica, os indivíduos receberam
instruções de higiene oral e aqueles que necessitavam de
maiores cuidados – como raspagem supra e/ou subgengival
e foram encaminhados para tratamento.
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RESULTADOS
Foram avaliados 32 indivíduos, divididos em dois grupos:
braquetes convencionais (BCon) e braquetes autoligáveis
(BAuto); com média de idade de 35,42 e tempo médio de
utilização de aparelho ortodôntico de 14 meses para o grupo
BCon e média de idade de 32,11 e tempo médio de utilização
de 12 meses para o grupo BAuto (Tabela 1). Os valores de PS
receberam tratamento estatístico com o teste ANOVA two
way e foi observada média maior no segmento posterior
quando comparado com o anterior e média geral de PS sem
diferença quando comparado os dois grupos (Tabela 2).
Para IP e IG foi utilizado para tratamento estatístico o
teste Qui-quadrado por ser observada frequência absoluta;
houve diferença entre os grupos, favorável ao grupo BAuto,
tanto quando avaliada a quantidade de placa visível e junto
ao braquete, mas diferença estatística foi observada apenas
para presença de biofilme junto ao braquete (Tabela 3).
Tabela 1: Descrição dos indivíduos avaliados no estudo
Aparelho
Idade
Gênero
Tempo com aparelho (meses)
Convencional
35,4 ± 4,6
9 fem/7 masc
14 ± 3
Autoligável
32,11 ± 2,9
7 fem/9 masc
12 ± 3
Tabela 2: Parâmetros clínicos periodontais avaliados
Profundidade
sondagem
Sangramento à
sondagem
Sangramento
espontâneo
Placa visível
Placa
braquete
Convencional
1,71
50,00%
13,33%
68,75%
56,25%
Autoligável
1,72
47,05%
6,25%
56,25%
26,66%
Valor de p
0,939
0,999
0,589
0,410
0,035*
Teste Qui-quadrad
DISCUSSÃO
Muitos fatores poderiam afetar a colonização microbiana
indígena presente na cavidade bucal dos seres humanos,
incluindo os aparelhos ortodônticos. Quando instalados,
servem como reserva de biofilme e fonte de infecções, visto
que ocorre grande acréscimo nos nichos de retenção de
biofilme devido à sua configuração e superfície. No entanto,
a capacidade de adesão e o crescimento dos microrganismos
nos aparelhos podem também ser influenciados pelo tipo
de material do braquete, tipo de ligadura usada, bandagem
ou colagem dos acessórios ortodônticos, dieta, entre outros
(Huser et al., 1990; Fournier et al., 1998; Brusca et al., 2007;
Souza et al., 2008; Lidel et al., 2011).
É impor tante lembrar que os pacientes com
comprometimento periodontal prévio diferem daqueles
com o periodonto sadio, como os que foram incluídos neste
estudo. Desta forma, devem ser consideradas as necessidades
e limitações individuais de cada paciente, no sentido de
averiguar, antes da colocação do aparelho, a real capacidade
dos tecidos periodontais e dentários de receberem a terapia
ortodôntica (Zachrisson & Alnaes, 1973; Alexander, 1991).
No presente estudo os indivíduos avaliados não possuíam
diferenças significantes entre os grupos com relação a PS,
tempo com o aparelho e idade dos indivíduos; fatos que
colaboraram com a homogeneidade dos grupos, permitindo
comparação adequada entre os indivíduos avaliados.
Assim como outros estudos (DiamantI-Kipioti et al., 1987;
Bollen et al., 2008) quando avaliadas as médias de PS anterior
e posterior notou-se diferença sendo explicado pela anatomia
gengival e óssea presente nessas regiões. Não eram esperadas
diferenças entre os grupos para PS, pois se trata de um estudo
transversal, com grupos similares, e com pouca ou nenhuma
presença de doença periodontal.
Braquetes do grupo BAuto apresentaram melhores
resultados que os braquetes do grupo BCom, provavelmente
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se o tempo de utilização do aparelho fosse maior poderia
fazer com que o biofilme acumulado fosse capaz de inflamar
o tecido gengival e provocar sangramento a sondagem ou
até mesmo espontâneo, mas acreditamos que essa diferença
seria totalmente favorável aos braquetes do grupo BAuto.
Para a presença de biofilme junto ao braquete foi
observada diferença estatisticamente maior nos indivíduos
com braquetes BCon quando comparados com os que
estavam utilizando o sistema BAuto. Esta diferença deve-se
ao fato de que neste sistema não é necessária a utilização
de ligaduras elásticas para prender o fio junto ao braquete,
diminuindo o número de áreas possíveis de acumulo
de biofilme, de aumento da quantidade de placa visível;
facilitando a higiene executada em casa pelo paciente e
quando comparados com braquetes cerâmicos os braquetes
convencionais também favorecem o acúmulo de biofilme
(Anhoury et al., 2002).
Todos os indivíduos deste estudo receberam técnicas
de higiene bucal e não tiveram grandes mudanças nos seus
hábitos de higiene oral, apenas adequação de técnicas de
escovação e utilização de forma correta do fio dental. Os
resultados do presente estudo evidenciam não haver diferenças
clínicas entre os aparelhos avaliados nesta amostragem de 14
meses para BCon e 12 meses para BAuto. A única diferença é
a quantidade de biofilme junto ao braquete, sendo este fator
importantíssimo, pois o acúmulo exagerado de biofilme dental
poderá influenciar na microbiota presente e alterá-la para uma
microbiota patogênica, influenciando no estado de saúde
dos tecidos gengivais (Bloom & Brown, 1964; Rosenbloom &
Tinanoff, 1991; Marcotte & Lavoie, 1998; Brêtas et al., 2005;
Kolenbrander et al., 2006).
Ainda é escasso na literatura o número de estudos
relatando a influências do sistema autoligável, e a biomecânica
por eles empreendida, nos tecidos periodontais. Porém,
sabe-se que a movimentação ortodôntica, ainda que
apropriadamente realizada, induz a alterações geralmente
transitórias dos tecidos gengivais (Melsen et al., 1988). Caso
haja doença periodontal simultânea ou previamente ao uso
da aparatologia fixa, essas alterações podem evoluir até
patamares mais patológicos. Assim, a anamnese e exame
clínico do candidato ao tratamento ortodôntico precisam ser
realizados com bastante cuidado.
Uma vez estando livre de doenças bucais e gozando
de boa saúde geral, o paciente pode dar início à terapia
ortodôntica. Durante este período, é importante que
seja inserido em programas de higiene bucal para manter
a integridade apresentada inicialmente. Consultas mais
frequente e auxílios de profissionais de outras especialidades
podem ajudar no controle do biofilme supragengival,
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mantendo os pacientes em condições saudáveis sem o
desenvolvimento de problemas periodontais.
CONCLUSÃO
No presente estudo concluímos que os braquetes com
sistema autoligáveis retém menor quantidade de biofilme
dental, facilitando a manutenção da saúde periodontal em
pacientes ortodônticos.
ABSTRACT
The accumulation of biofilm provided by the presence
of orthodontic appliances may, in some cases, initiate or
maintain pathological gingivitis and periodontitis. With the
improvement of techniques and materials, have emerged
in the market ligating that do not require metal or elastic
bandages to keep the wire in place. It is known that the
presence and elastic degradation can enhance the amount
of accumulated biofilm. The aim of this study is to assess the
degree of periodontal involvement checked using conventional
brackets (for ligation) and ligating. We evaluated 32 subjects:
16 individuals with devices with conventional brackets and
16 individuals with ligating appliances. We evaluated clinical
periodontal parameters such as probing depth (PD), plaque
index (PI) and gingival index (GI). The results showed similar
values ​​of PS, with no difference between groups. For IP and
IG, statistical difference was observed only when the presence
of biofilm assessed by the bracket, being higher in individuals
with braces (p <0.05). Concluded that the retention bracket
along the biofilm is higher in conventional devices, because
the necessary incorporation of elements of the system ligation
bracket-wire bonding, and long-term evaluations will check
conditions similar in patients with extended use of apparatus
orthodontics.
UNITERMS: Orthodontic Appliances; Dental Plaque;
Braces.
Declaração: Os autores declaram a inexistência de
conflito de interesse e apoio financeiro relacionados ao
presente artigo.
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Endereço para correspondência:
Caio Vinicius G. Roman-Torres
Rua Waldomiro Silveira, 18 – Apto 71
CEP: 11065-200 – Santos – SP
E-mail: [email protected]
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