NANOTECNOLOGIAS APLICADAS NA LIBERAÇÃO DO TUBERCULOSTÁTICO RIFAMPICINA ? UMA REVISÃO FRANCISCA DOS SANTOS, DOCENTE DO CURSO DE FARMÁCIA DA FACULDADE SANTO AGOSTINHO-FSA; VICTOR MARLOS DA SILVA NASCIMENTO, GRADUANDO EM FARMÁCIA DA FACULDADE FACID DEVRY; OGENYA RAFAELA BISPO DE SOUZA , GRADUANDA EM FARMÁCIA DA FACULDADE SANTO AGOSTINHO-FSA; OSMAR GALVÃO BISPO DE SOUZA, GRADUANDO EM FARMÁCIA DA FACULDADE SANTO AGOSTINHO-FSA; DANIELLY SILVA DE MELO, GRADUANDA EM FARMÁCIA DA FACULDADE SANTO AGOSTINHO-FSA; MAURÍCIO DE SOUSA OLIVEIRA, GRADUANDO EM FARMÁCIA DA FACULDADE SANTO AGOSTINHO-FSA; ANDERSON WILBUR LOPES ANDRADE, MESTRANDO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ; LYGHIA MARIA ARAÚJO MEIRELLES, DOCENTE DO CURSO DE FARMÁCIA DA FACULDADE SANTO AGOSTINHO-FSA; Introdução: A tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis. No cenário brasileiro, vem-se firmando como uma das principais causas de morbimortalidade, atingindo diversas faixas etárias e classes sociais (GOUVEIA et al, 2010). A rifampicina (RIF) é um dos agentes antituberculosos ativos mais utilizados, e sua baixa solubilidade requer a administração de altas doses, provocando efeitos colaterais sérios. E uma forma de modificar, proteger e/ou controlar a liberação de fármacos seria através do uso de nanossistemas. Portanto, procedeu-se o levantamento bibliográfico da aplicação de nanotecnologias para auxiliar na liberação da RIF, com o objetivo de nortear futuras pesquisas. Materiais e Métodos: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados Science Direct, PubMed e Web of Science, entre 2011 e 2015. As palavras-chave utilizadas na busca foram Rifampicin e Nanotechnology, de modo mesclado. Selecionou-se artigos que abordavam o perfil de liberação do fármaco e sua biodisponibilidade com o uso da nanotecnologia na sua obtenção. Resultados e Discussão: Devido a RIF pertencer à classe II do Sistema de Classificação Biofarmacêutico, ou seja possuir baixa solubilidade aquosa, várias técnicas vêm sendo utilizadas para melhorar sua dissolução, dentre elas nanopartículas, dispersão sólida, microemulsões, formação de sais, complexos de inclusão, dentre outros 6. Uma das maiores limitações do tratamento da tuberculose é sua toxicidade, o que minimiza a adesão do paciente. Para contornar este problema Mehanna, Mohyeldin e Elgindy (2014) sugerem que a administração pela via inalatória reduz o efeito sistêmico dos fármacos, além de ser menos invasiva. No entanto, não há nenhum produto sob estudo nos órgãos regulamentadores abordando esta nova via. A maioria dos sistemas _______________________________________________________________________________ Revista Brasileira de Biodiversidade e Biotecnologia GPI Cursos - Teresina-PI - CNPJ:14.378.615/0001-60 Registro: http://gpicursos.com/slab2015/Sistema/trabalho-pdf.php?id=401" estudados ainda empregam a via oral de administração, a qual é comprometida pela degradação estomacal da RIF, aumentada na presença de isoniazida (INH). Moretton et al (2014) desenvolveu micelas poliméricas de RIF preparadas extemporaneamente em dose fixa com INH. Ensaios farmacocinéticos em ratos indicaram proteção do ativo através da nanoencapsulação, com biodisponibilidade aumentada em 3,3 vezes comparada ao fármaco isolado. Nanopartículas lipídicas sólidas (NLS) de RIF administradas via oral apresentaram uma biodisponibilidade 8,14 vezes maior que o fármaco livre, com liberação sustentada durante 5 dias após dose única. O resultado é atribuído à degradação da NLS por lipases do micoplasma, aumentando a concentração de RIF próximo ao patógeno. Ainda ressalta-se a estabilidade em meio ácido obtida com o sistema (SINGH et al, 2015). Conclusão: A partir da pesquisa realizada percebe-se que embora a via inalatória seja considerada ideal, muito têm-se avançado com o uso da nanotecnologia, a partir do incremento de solubilidade ou aumento da estabilidade do fármaco em condições fisiológicas com o uso dos mais variados sistemas. _______________________________________________________________________________ Revista Brasileira de Biodiversidade e Biotecnologia GPI Cursos - Teresina-PI - CNPJ:14.378.615/0001-60 Registro: http://gpicursos.com/slab2015/Sistema/trabalho-pdf.php?id=401"