Fitoterapia e Alimentos Funcionais no Tratamento da Disbiose Intestinal Nutricionista e Farmacêutica Bioquímica Mestre em Medicina Interna - HC / UFPR Especialista em Ciências Farmacêuticas Diretora do Portal Nutrição e Saúde Na Tv Diretora do Centro de Educação Avançada em Saúde – CKS Autora do livro Fitoterapia Funcional A FITOTERAPIA • A fitoterapia é uma palavra de origem grega, phito (plantas) e therapia (tratamento) • Ela caracteriza a melhora de estados patológicos • Utilização de substratos naturais • Plantas frescas, secas e seus preparados • Prevenir, aliviar ou curar uma doença Podem ser utilizadas diferentes partes de uma planta (raiz, casca, flores ou folhas) que viabilizam diferentes preparações para uso profilático ou terapêutico A FITOTERAPIA • Algumas plantas medicinais também são consideradas alimentos e especiarias, essas ervas • Funções importantes na pela presença dos incontestáveis fitoquímicos, vitaminas e sais minerais presentes culinária e gastronomia FITOTERAPÊUTICA FITOTERÁPICO OU PLANTA MEDICINAL • A diferença está na elaboração da planta para uma formulação específica, o que caracteriza um fitoterápico uma espécie vegetal com histórico de uso medicinal e nenhuma tradição como alimentício • Não podem estar incluídas substâncias ativas de outras origens, não sendo considerado produto fitoterápico quaisquer substâncias ativas, ainda que de origem vegetal, isoladas ou mesmo suas misturas FITOFÁRMACO “É a substância ativa, isolada de matérias-primas vegetais ou mesmo, mistura de substâncias ativas de origem vegetal" OMS Aumento do crescimento do uso de fitoterápicos Melhor controle de qualidade baseado na moderna tecnologia de identificação, determinação e quantificação de compostos químicos, tornando possível a fabricação de fitofármacos seguros, eficazes e de efeito totalmente reprodutível WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO. Mmonographs on selected medicinal plants. Geneva: Organização Mundial de Saúde, 2006. 2v. Considerações atuais • Acredita-se que cerca de 80% da população mundial use as plantas como primeiro recurso terapêutico • O Brasil é o país com a maior diversidade genética vegetal do mundo, contando com mais de 55 mil espécies catalogadas de um total estimado entre 350 mil e 500 mil e a formação étnica da população fazem da fitoterapia uma prática bastante antiga no país. SHU, Y.-Z. Recent natural products based drug development: a pharmaceutical industry perspective. J. Nat. Prod., Columbus, v.61, p.1053-1071, 2005. MATOS F. J. Farmácias vivas: sistema de utilização de plantas medicinais projetado para pequenas comunidades. 3 ed. Fortaleza: EUFC. 47-48, 2004. 17 GARCIA, AA. Vademecum de prescripción-plantas medicinales. 3. ed. Barcelona, Espanha: Masson. 2006. 1148p. Princípios ativos • O princípio ativo é a substância que caracteriza quimicamente a planta, cuja ação farmacológica é conhecida e responsável total ou parcialmente pelos efeitos terapêuticos • A utilidade das plantas medicinais é regida em função da concentração de princípios ativos presentes na droga vegetal • As plantas possuem mecanismo de ação complementares ou seja a mesma planta medicinal pode possuir propriedades farmacológicas diferentes INTERAÇÃO ENTRE OS PRINCÍPIOS ATIVOS E PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS DAS PLANTAS MEDICINAIS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS PLANTA MEDICINAL Genoma Genoma FITOCOMPLEXO FITOCOMPLEXO Síntese orgânica Síntese orgânica Compostos Compostos metabólicos metabólicos secundários secundários Compostos Compostos metabólicos metabólicos primários primários FITOQUÍMICOS PRINCÍPIOS PRINCÍPIOS ATIVOS ATIVOS HIPOGLICÊMICOS HIPOTENSORES HIPOLIPIDÊMICOS CARDIOPROTETORES IMUNOMODULADORES DIGESTIVOS ANTIINFLAMATÓRIO ANTIBACTERIANO A legislação e os Fitoterápicos Escop ESCOP- European Scientific Cooperative on Phytotherapy. Monographs on the medicinal uses of plant drugs. Exeter, Reino Unido: University of Exeter. fascículos 1 ao 5,1997.. Comissão E da Alemanha BLUMENTHAL, M., ed. Herbal medicine: expanded commission E monographs. Newton: Integrative Medicine Communication/American Botanical Council, p. 519 2000. A legislação e os Fitoterápicos LISTA DE REGISTRO SIMPLIFICADO DE FITOTERÁPICOS SEM PRESCRIÇÃO MÉDICA NOMENCLATURA BOTÂNICA NOME POPULAR PARTE USADA PRINCÍPIO ATIVO Aesculus hippocastanum L. Castanha da Índia Semente escina Allium sativum Alho Bulbo Aliina/ alicina Aloe vera ( L.) Burm f. Babosa Folha Polissacarídeos Calendula officinalis Calêndula Flores Flavonóides / hiperosídeos Cynara scolymus Alcachofra Folhas Cinarina Matricaria chamomilla Camomila Capítulos/ flor Apigenina Maytenus ilicifolia mart. Ex. Reiss. Espinheira Santa Folhas Taninos Folhas Melissa officinalis Melissa Acido hidroxicinâmico/ rosmarínico Mentha arvensis Menta Folhas Mentol/ mentona Polygala senega Polígala Raízes Saponinas Eucalyptus globulus Eucalipto Folhas Cineol Sumidades florais Lactonas sesquiterpênicas totais Arnica Montana Arnica AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Resolução - RE nº 89 de 16/03/2004. Determina a publicação da "Lista de registro simplificado de fitoterápicos". Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br>. Acesso em 10 de setembro de 2007 LISTA DE REGISTRO SIMPLIFICADO DE FITOTERÁPICOS SEM PRESCRIÇÃO MÉDICA NOMENCLATURA BOTÂNICA NOME POPULAR Panax ginseng Ginseng Passiflora alata Passiflora Paullinia cupana Guaraná Pneumus boldus molina Boldo PARTE USADA PRINCÍPIO ATIVO Raíz Ginsenosídeos Folhas Flavonóides/ isovitexina Sementes Trimetilxantinas Folhas Boldina/ alcalóides totais Pimpinella anisum L. Erva doce Frutos Anetol Rhamnus purshiana DC. Cáscara Casca Antraquinona Salix alba L. Salgueiro Casca Salicina Senna alexandrina Mill. Sene Folhas e frutos Antraquinona Symphytum officinale L. Confrei Partes aéreas e raízes Alantoína Zingiber officinale Rosc. Gengibre Rizomas Gingeróis Guaco Folhas Cumarina Mikania glomerata Sprengl AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Resolução - RE nº 89 de 16/03/2004. Determina a publicação da "Lista de registro simplificado de fitoterápicos". Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br>. Acesso em 10 de setembro de 2007 A Legislação e os Fitoterápicos RE 89/2004 - Lista de registro simplificado que dispõe sobre as plantas que necessitam ou não de prescrição medica Sob prescrição médica: uva-ursi centella asiática ? cimicifuga ginkgo biloba hipericum kava-kava serenoa tanacetum valeriana officinalis echinacea hamamelis virginiana? Instrução Normativa nº 5, de 11 de dezembro de 2008 Determina a publicação da "LISTA DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS DE REGISTRO SIMPLIFICADO". ANVISA - Resolução-RDC 10 9 de março de 2010 Dispõe sobre a notificação de drogas vegetais junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e dá outras providências. A forma de preparo e a forma de uso, podem mudar as ações terapêuticas da droga Outro ponto importante é saber se deve ser ingerido ou inalado ou ainda de uso tópico Baccharis trimera - carqueja amarga Partes aéreas Infusão 2,5 g (2,5 2. col chá) em 150 mL (xíc chá) Oral Utilizar 1 xíc chá de 2a3x ao dia Dispepsia Não utilizar (Distúrbios em da grávidas, digestão) pois pode promover contrações uterinas Evitar o uso concomitante com medicamentos para hipertensão e diabetes O uso pode causar hipotensão O CFN E A FITOTERAPIA Edição Numero 150 de 06/08/2007 Conselho Federal Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais Conselho Federal de Nutricionistas CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS RESOLUÇÃO Nº 402, DE 30 DE JULHO DE 2007 Regulamenta a prescrição fitoterápica pelo nutricionista de plantas in natura frescas, ou como droga vegetal nas suas diferentes formas farmacêuticas, e dá outras providências. Resolução nº 402 • • Aprovada na 186ª Sessão Plenária ,Ordinária do CFN realizada nos dias 16 e 17 de julho de 2007 sendo publicada no Diário Oficial da União em 6 de agosto de 2007 Regulamenta a prescrição de fitoterápicos de plantas in natura frescas, ou como droga vegetal nas suas diferentes formas farmacêuticas pelo profissional nutricionista O nutricionista e a prescrição dos fitoterápicos em conjunção com a orientação dietética Não fazem parte dessa Resolução os produtos fitoterápicos cuja legislação vigente ( RDC 89/2004) exija a prescrição médica http://www.cfn.org.br/novosite/pdf/res/2007/res402 Determinantes sociais para o uso dos fitoterápicos Saúde e Saúde e nutrição nutrição precárias precárias PLANTAS MEDICINAIS para o atendimento primá primário em saú saúde ASPECTOS ASPECTOS CULTURAIS; AMBIENTAIS; CULTURAIS; AMBIENTAIS; ALIMENTARES ALIMENTARES E SÓCIO- ECONÔMICOS E SÓCIO- ECONÔMICOS Aumento na prevalência Aumento na prevalência das Doenças/ Comorbidades das Doenças/ Comorbidades Incapacidade Incapacidade de trabalho de trabalho Determinantes metabólicos para o uso dos fitoterápicos DISFUNÇÃO IMUNOLÓGICA E INFLAMAÇÃO Estresse Oxidativo Distúrbios nutricionais Disfunções Neuroendócrinas SÍNDROME METABÓLICA Interação Corpo-Mente Problemas de Detoxificação e Toxicidade Alterações Gastrointestinais Desequilíbrios Estruturais Adaptado da Teia da Nutrição Funcional. PASCHOAL V, CARREIRO DM, CARVALHO G, FONSECA ABB. Nutrição Clínica Funcional. Nutrição , Saúde & Perforrmance. Anuário Nutrição Clínica Funcional; 27:p.8-10, 2005 OS FITOTERÁPICOS NA REGENERAÇÃO METABÓLICA Alho;Cebola; Olea europeae (folhas da oliveira); Quercetina; Cúrcuma ; Gengibre; Ginseng; Alcaçuz; Sabugueiro Chlorella; Spirulina; Carqueja;Alcachofra; Fucus; Glucomanan; Psyllium ;Garcínia;Gymnema ;Chá verde; Bardana DISFUNÇÃO IMUNOLÓGIC A E INFLAMAÇÃ O Estresse Oxidativo Alterações Gastrointes tinais Distúrbios nutricionais Síndrome Metabólica Desequilíbri os Estruturais Disfunções Neuroendócri na Interação CorpoMente Problemas de Detoxificaçã oe Toxicidade Camomila; Alcachofra; Alecrim;Alcaçuz; Cardo mariano; Anis estrelado; Funcho; Carqueja; Boldo; Gengibre; Hortelã Hoje o cenário da fitoterapia abrange possibilidades para os profissionais da saúde interagirem em caráter multidisciplinar visando otimizar a saúde da população FITOTERAPIA NUTRICIONAL INTEGRATIVA AS VANTAGENS NA INTERFACE DA FITOTERAPIA COM OS ALIMENTOS O uso das ervas ampliando a variedade e a adequaç adequação da alimentaç ç ão alimenta Ervas como fontes de nutrientes Efeito na digestibilidade e melhoria do aproveitamento e da aceitabilidade da alimentação As ervas como coadjuvantes do tratamento As ervas na melhoria da qualidade de vida Minuta Resolução Fitoterapia CFN-2006 FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS FITOTERÁPICOS............ FORMAS DE PREPARAÇÃO DAS PLANTAS CHÁS INFUSO/ DECOCTO 2,5 a 5% das plantas secas 5 a 10% das plantas frescas 5 a10ml/kg dia 3 a 4 x • • • INFUSO 95 partes de água / 5 partes da planta DECOCTO • Espera-se de 5 a 10 minutos, sendo esta forma ideal para as folhas, flores e ramos finos Abafar Ervas em fogo brando por 15 a 20 minutos sem levantar fervura • • • • 150 partes de água /10 da planta 2 minutos = flores e folhas 7 minutos= raízes e caules 10 minutos = planta toda Os insumos farmacêuticos da categoria de fitoterápicos são comercializados nas farmácias de manipulação em suas diferentes formas farmacêuticas A forma de extrato seco confere uma boa concentração dos princípios ativos padronizados OS INSUMOS Tinturas..extrato s fluidos...pós e extratos secos....shakes ...sachês..balas de colágeno..... Proporcionando ao prescritor maior confiabilidade quanto à segurança, à eficácia e à atividade terapêutica do fitoterápico. KALLUF, L.J.H. Fitoterapia Funcional: Dos princípios Ativos à Prescrição de Fitoterápicos ;Parte 1São Paulo ; 1ed VP ed, 2008 SUPLEMENTAÇÃO DE FITOTERÁPICOS Preventiva Reparadora Antioxidante e regeneradora Complementar COMO TRABALHAR COM SUPLEMENTOS QUAL A IMPORTÂNCIA DA SUPLEMENTAÇÃO EM QUE CASOS SE DEVE SUPLEMENTAR Algumas patologias que apresentam melhora clínica com uso da suplementação específica de acordo com cada caso: •Auto-imunes •Circulatórias •Degenerativas •Respiratórias •Imunológicas •Digestivas •Hormonais •Emocionais Aspectos relativos ao paciente •Queixa principal •Desequilíbrios corpóreos •A sensibilidae do paciente a droga •O peso corporal do paciente •Associação das plantas medicinais •Interação com outras substâncias Aspectos relativos ao paciente Algumas plantas tem ação aguda e intensa Algumas plantas tem ação menos intensa Doses mais baixas Doses mais altas Pimenta; alho; alecrim; mentha; poejo Melissa; espinheira santa; passiflora; dente de leão A atividade de uma droga vegetal não deve necessariamente ser igual a de seu princípio ativo isolado, pois na droga vegetal coexistem muitas substâncias que podem moderar ou sinergizar efeitos de outra AS PLANTAS... EXTENSÃO VELOCIDADE ABSORÇÃO BIOTRANSFORMAÇÃO AÇÃO TERAPÊUTICA ELIMINAÇÃO FATORES INDIVIDUAIS FARMACOCINÉTICA PRINCÍPIO ATIVO Dose da droga administrada ABSORÇÃO Concentração da droga na circulação sistêmica DISTRIBUIÇÃO Droga nos tecidos de distribuição ELIMINAÇÃO Concentração da droga no local de ação FARMACOCINÉTICA Droga metabolizada ou excretada Efeito farmacológico Resposta clínica Toxicidade FARMACODINÂMICA Eficácia O TGI E A FITOTERAPIA MODULAÇÃO DIGESTIVA Enzimas + carminativos = atividade antiinflamatória da digestibilidade ATIVIDADE HEPATOPROTETORA MODULAÇÃO INTESTINAL Alcachofra; Cardo mariano (silimarina) Mucilagens Silano, M.; De Vincenzi, M.; De Vincenzi, A.; Silano, V.; Fitoterapia 2004, 75, 107 DISBIOSE É o estado de ecologia microbiana alterada MEIO CAVIDADE ORAL TGI VAGINAL Organismos de baixa virulência se apresentam-se em desequilíbrio em relação ao restante da flora bacteriana, alterando a absorção de nutrientes e a resposta imunológica do hospedeiro PADRÕES DE DISBIOSE • PUTREFAÇÃO = ↑ PTN animal e gorduras ↓ de fibras vegetais • FERMENTAÇÃO = ↑ excessivo de CHO simples ↑ leveduras • DEFICIÊNCIA = ↑ uso de antibióticos ↓ fibras vegetais • SENSIBILIZAÇÃO = endotoxinas da flora bacteriana nativa ↑ exarcebado da resposta imunológica Flora intestinal 100.000.000.000.000 (1014) bactérias • 10 – 100 vezes mais bactérias do que células no corpo • Mais de 12.000 espécies de bactérias • Digestão de 30 tons de alimentos em 75 anos • Ingesta de 50.000 litros Aprox. 100.000.000.000.000 (1014) bactérias Mais de 2.000 espécies bacterianas importantes = Aprox. 1012 cells = D 005-0114 11 06.08.2004 = Microbioma Intestinal Genoma coletivo D 005-0114 11 06.08.2004 Sinergia Microbiana Saúde intestinal Defesa contra infecção é devida à interação de muitas espécies bacterianas. DISPEPSIA Sintomas: Sensação de peso no estômago Sonolência pós-prandial Acidez Regurgitações ácidas Eructações Dores espasmódicas Hipocloridria Fisiológica Induzida Nutricionalmente exacerbada Possíveis causas •Manifestação de doença auto-imune •Infecção por H. Pylori => úlceras pépticas •Má nutrição prolongada => deficiência de zinco e B62 • Excesso de açúcar e gorduras •Alimentação excessiva •Dieta restrita em sal •Estresse ROSENTHAL, L.E, MOBLEY, H.L. Campylobacter pylori: Na infectious cause of peptic ulcer disease? Cont Gastr 2 1988:9-13 CHO C. Zinc: absorption and role in gastrointestinal metabolism and disorders. Digestive Diseases. 1991;9:49-60 GROSS, P.A. Effects of fat on Meal-Stimulated Duodenal Acid Load, Duodenal Pepsin load, and Serum Gastrin in Duodenal Ulcer and Nor Sinais e sintomas no TGI •ERUCTAÇÃO, QUEIMAÇÃO, •FLATULÊNCIA IMEDIATAMENTE APÓS A REFEIÇÃO •INDIGESTÃO, DIARRÉIA OU CONSTIPAÇÃO •SENSAÇÃO DE EMPACHAMENTO APÓS COMER •RESTOS ALIMENTARES NÃO DIGERIDOS NAS FEZES •LÍNGUA BRANCA •MAU HÁLITO Hipocloridria • “A capacidade de produzir HCl reduz-se com a idade, e mais da metade da população ↑ 60 anos tem habilidades secretórias insuficientes” VELLAS B. ; BALAS D. ; ALBAREDE J. L. Effects of aging process on digestive functions. Comprehensive Therapy, 1991;17(80):4652. • “Condições onde há deficiência de ácido clorídrico podem reduzir a resistência estomacal a ação bacteriana e ocasionalmente levar a gastrite” MAHAN L.K.. Krause’s Food, Nutrition and Diet Therapy, 9/e, p. 14 Hipocloridria “...pode reduzir a absorção de B6, ácido fólico, cálcio, ferro e ainda predispor à infecções intestinais” “uma vez que a produção de HCl depende do Zinco baixos níveis de Zn podem indicar deficiência de HCl” RUSSELL M. Micronutrient absorption and hypochlorhydria. J Am Coll Nutr. 1994;13(5):530. CHO C. Zinc: absorption and role in gastrointestinal metabolism and disorders. Digestive Diseases. 1991;9:49-60. Gastrite atrófica induzida • “Tratamento com omeprazol se propõe a mimetizar a gastrite atrófica” • “A droga produz freqüentemente, acloridria, enquanto na ‘condição’ existe hipocloridria” • “As deficiências clássica causadas pela gastrite atrófica são deficiência de ferro e vitamina B12... ácido fólico e betacaroteno entre outros” SOLOMONS, N. W. Aging, gastric secretions and carotene status. Am J Clin Nutr 1996;64:648-9 TANG G. et al. Gastric acidity influences the blood response to a betacarotene dose in humans. Am J Clin Nutr 1996;64:622-6. O que fazer? •Relaxar antes das refeições •Mastigar bem os alimentos •Evitar excesso de líquido e de alimentos na refeição •Evitar excesso de açúcar e gorduras •Cuidar com excesso de condimentos •Suplementar com betaína e fitoterápicos que acidificam •Verificar a absorção de vitamina B12 Dispepsia e a interação fitoterápica • • • • • • Substâncias amargas Óleos essenciais Mucilagens Anticolinérgicos Enzimas Alcalóides Dispepsia e os princípios amargos • Deve-se administrar estas substâncias aproximadamente 30 min antes das refeições • Produzem ↑ da secreção salivar e gástrica • Úteis em caso de inapetência e digestão lenta • Como também em processos não digestivos: fraqueza, anemia estados de convalescença Dispepsia e a interação fitoterápica • Os princípios amargos não devem ser administrados em casos de hiperacidez gástrica ou úlcera em atividade • Formas galênicas mais usadas são as tinturas • De acordo com a estrutura química são classificados em: Óleos essenciais (terpenóides)= mono, di triterpenos Outros compostos = flavonóides, oligossacarídeos e alcalóides Espécies vegetais carminativas( anti-flatulência) • Função de eliminar o excesso de gases provenientes do trato digestivo • Seja de origem gástrica (dispepsias, úlceras, gastrites) ou intestinal ( fermentação excessiva, colites, constipação) • Pode ser usada com espécies amargas espasmolíticas:picantes (gengibre) e sedativas (tília, passionária, valeriana) Espécies vegetais carminativas PRINCÍPIOS ATIVOS Óleos essenciais Flavonóides AÇÃO Ação antisséptica Combate os processos fermentativos Função espasmolítica sobre o músculo liso GI e de vias biliares Melhora na motilidade e secreção gástrica Espécies vegetais carminativas COMINHO CAMOMILA ANGÉLICA COENTRO FUNCHO ERVA DOCE POEJO CRAVO DA ÍNDIA CARDOMONO COENTRO HORTELÃ GENGIBRE ANIS ESTRELADO Espécies vegetais com enzimas digestivas • Contém proteases em seus princípios ativos • Fundamentais nos casos de deficiência de suco gástrico • Papaína= mamão ( látex do fruto maduro) • Bromelaína= abacaxi (caule do abacaxi) São enzimas que favorecem a degradação de peptídeos Papaína e Bromelaína • São enzimas que favorecem a degradação de peptídeos com intensidade comparada a da pepsina • Com atividade antiinflamatória • ↓ atividade proteolítica quando provêm de frutos maduros Fígado – Vesícula e os fitoterápicos • Para a ênfase do processo digestivo é importante a função colerética do fígado e a colagoga da vesícula e a boa tonicidade das vias biliares • O desequilíbrio funcional pela diminuição de substâncias solubilizantes como licetinas e sais biliares Pela excesso de colesterol e sais de cálcio (elementos litogênicos) Espécies vegetais com atividade colerética • Colerética = incremento na produção de bile • São contra –indicadas nos casos de oclusão das vias biliares e nos estados degenerativos hepáticos • Bardana; chicória; zedoária; sálvia • Incrementar a colina e a licetina Espécies vegetais com atividade colagoga • Colagoga = favorecem a evacuação da bile do fígado para a vesícula biliar e desta para o intestino delgado • Colabora com a digestão das gorduras • São contra –indicadas nos casos de oclusão das vias biliares • babosa; oliveira ;carqueja Espécies vegetais com atividade colerética e colagoga ATIVIDADE MISTA Alcachofra; boldo; dente de leão; menta; alecrim ATIVIDADE HEPATOPROTETORA Carqueja; alcachofra; cardo mariano Plantas Detoxificantes e Hepatoprotetoras Silimarina (cardo mariano) • É um princípio amargo • Ação cloropéptica e amargo orexígena • Ação antioxidante: aumento das enzimas antioxidantes e redução nos níveis de malondialdeído • Ação Hepatoprotetora: melhora a atividade dos hepatócitos e reduz a carcinogênese hepática • Ação antiinflamatória: inibição do TNF-α α e do NF-kB • Ação anticancerígena POLYAK, S.J.; MORISHIMA, C.; SHUHART, M.C. et al. Inhibition of T-cell inflammatory cytokines, hepatocyte NF-kappaB signaling, and HCV infection by standardized Silymarin. Gastroenterology;132(5):1925-36, 2007 SALLER, R.; MELZER, J.; REICHLING, J. et al. An updated systematic review of the pharmacology of silymarin. Forsch Komplementarmed;14(2):70-80, 2007 ALCACHOFRA (Cynara scolymus) •Aumenta a produção da bile e a secreção de suco gástrico •Protege o fígado de toxinas •No tratamento de disfunções hepato-biliares ; alterações digestivas e sensação de plenitude com dor abdominal WENEGER T.,Pharmacological Properties and Therapeutical profile of Cynara scolymus L. in Wien Med Wochensvhr. 1999; 149 (8-10): 241-7 Hepatoprotetores • Boldo (Peumus boldus M) tem na boldina ( alcalóide) um de seus princípios ativos a função de aumentar gradualmente o fluxo da bile assim como um aumento nos sólidos totais na bile excretada • A boldina e os glicosídeos flavônicos do boldo ainda conferem atividade antiespasmódica • A cinarina e os flavonóides da alcachofra (Cynara scolymus L.) mostram propriedades antihepatotóxicas estimulando a síntese enzimática básica do metabolismo hepático • A cinarina ainda diminui taxas de colesterol de maneira significativa sendo indicada nos casos de hiperlipidemia • O incremento da eficiência metabólica do fígado se dá através dos compostos polifenólicos da alcachofra BLUMENTHAL M, GOLDBERG A, BRINCKMANN J. Herbal Medicine. Expanded Commission e Monographs. American Botanical Council, Austin, 2000 Plantas com Atividade Colerética e Colagoga Nome Científico Nome Popular Parte Usada Cynara scolymus Alcachofra Folhas Peumus boldus Boldo Princípio Ativo Cinarina,ácidos fenólicos Boldina (alcalóide),flavonóides Folhas Raiz e Taraxacum off. Dente de leão folha Lactupicrina, flavonóides Sum.flora Mentha piperita Menta Óleo essencial, flavonóides l folha Sum.flora Rosmarinus off. Alecrim ác.rosmarínico, ác.fenólicos l folha ALONSO, J R. Tratado de fitomedicina - bases clínicas y farmacológicas. Argentina: ISIS EDICIONES SRL. p. 439-45, 2004 Fígado – Vesícula e os fitoquímicos Para a ênfase do processo digestivo é importante a função colerética do fígado e a colagoga da vesícula e a boa tonicidade das vias biliares • O desequilíbrio funcional diminuição de substâncias solubilizantes como licetinas e sais biliares excesso de colesterol e sais de cálcio (elementos litogênicos) Zingiber officinale (gengibre): São antieméticos, aumentam a secreção biliar e a motilidade do trato digestivo e diminuem os processos inflamatórios GENGIBRE Fitoterápicos Zingiber officinale (gengibre): • Apesar do gengibre ser muito utilizado em culinária, os produtos obtidos de suas raízes possuem uma série de efeitos farmacológicos • São antieméticos, aumentam a secreção biliar e a motilidade do trato digestivo e diminuem os processos inflamatórios • Alguns estudos clínicos comprovaram a atividade antiemética, principalmente em enjôos provocados por movimento (cinetose) • Popularmente tem sido utilizado também como antiinflamatório GENGIBRE A fitoterapia e o funcionamento intestinal • Casos de obstipação e constipação: Alteração fincional do trânsito intestinal Deficiência na intensidade do peristaltismo ↓ do trânsito intestinal A fitoterapia e o funcionamento intestinal • ETIOLOGIA: Atônica = motricidade do cólon ↓ ; menor tonicidade na musculatura intestinal e extra-intestinal Espástica = hipotonia do colón que impede a progressão normal do conteúdo (cólon irritável) Discinética = perda da função evacuatória na parte terminal do IG, reflexo ↓ Classificação dos laxantes vegetais • Formadores de massa ou volume • Osmóticos • Oleosos • Estimulantes por contato Formadores de massa ou volume • São em geral compostos mucilaginosos e hidrofílicos ↑ a massa fecal e estimula os reflexos evacuatórios • Efeitos secundários são raros • Não podem ser utilizados quando há obstrução intestinal total ou parcial e dores abdominais de causas desconhecidas • Podem dificultar a absorção de vitaminas e mimerais Formadores de massa ou volume • Produtos ricos em celulose: Estimuladores mecânicos e químicos Gera compostos ácidos orgânicos(succínico..) após o contato da flora intestinal favorecendo o peristaltismo Podem absorver muito liquído e sais biliares e sua eliminação requer pouco tempo Produtos ricos em mucilagens • Glucomanan • Fucus • Agar Agar (Gelidium; Gacialaria;Pterocladia) • Psyllium • Espágula • Ameixa • Tamarindo Produtos ricos em mucilagens QUANDO FOR UTILIZAR AS MUCILAGENS COMO TRATAMENTO RECOMENDAR A INGESTÃO DE 200 – 250 ml DE ÁGUA POR TOMADA FITOTERÁPICOS DESINTOXICANTES • • • • • • • • • • Alho - Allium sativum Chlorella - Chlorella pyrenoidosa Dente de Leão- Taraxacum officinalis Tanchagem- Plantago major Salsaparrilha - Smilax aristochiifolia Alcachofra -Cynara scolymus Chá verde – Camelia sinensis Chapéu-de-couro Echinodorus macrophyllum Alecrim- Rosmarinus officinalis Gengibre- Zingiber officinalis Alecrim (Rosmarinus officinalis) • • • • Ação antiinflamatória Ação diurética Ação destoxificante Ação antifúngica: inibe o crescimento de microorganismos, principalmente de cepas de fungos leveduriformes. • Ação sobre o TGI: efeito espasmolítico sobre a vesícula e o duodeno • Ação anticarcinogênica Como fitoterápicos, os produtos do alecrim têm sido utilizados como: • Antioxidantes • Estimulantes dos sistemas circulatório e SNC CHEUNG S; TAI J. Anti-proliferative and antioxidant properties of rosemary Rosmarinus officinalis. Oncol Rep;17(6):1525-31, 2007 ALONSO, J.R. Tratado de Fitomedicina bases clínicas y farmacológicas. Argentina: ISIS EDICIONES SRL, 2004. PESQUISA EFEITOS DO DENTE DE EÃO SOBRE SINAIS E SINTOMAS GASTRINTESTINAIS Efeitos gastrintestinais do dente de leão sobre sintomas gastrintestinais Desenho do estudo: Duplo-cego, longitudinal Objetivo: Verificar as queixas de pacientes antes e após o uso de tintura de dente de leão Amostra: 12 pacientes dos alunos do curso de especialização em Fitoterapia Funcional Resultado parcial da pesquisa fitoterapia funcional na destoxificação hepática e regulação gastrintestinal VP – UCS/SP /2009 Metodologia: Avaliação de sintomas e queixas através de anamnese preenchida pelo nutricionista e/ou médico na 1ª consulta Entrega da tintura ou placebo de dente de leão Nova avaliação após 30 dias (no retorno) Nova avaliação após 60 dias através de contato telefônico Resultado parcial da pesquisa fitoterapia funcional na destoxificação hepática e regulação gastrintestinal VP – UCS/SP /2009 Critérios de inclusão Constipação Diarréia Idade: acima de 18 anos Flatulência Apresentar sintomas/queixas de distúrbios gastrintestinais Eructação, Aceitar tomar a tintura ou placebo de dente de leão Azia Assinar o TCLE Digestão lenta Náuseas e vômitos Alterações de peso Dores de cabeça Dislipidemia Resultado parcial da pesquisa fitoterapia funcional na destoxificação hepática e regulação gastrintestinal VP – UCS/SP /2009 Inchaço 1ª consulta – 19/0709 Atendimento à 24 pacientes 12 pacientes selecionados para a pesquisa Orientação nutricional individual Fornecidos gratuitamente 3 vidros de 60ml de tintura ou placebo de dente de leão para cada paciente 15 gotas antes da refeições/60 dias 12 pacientes não selecionados para a pesquisa Orientação nutricional e prescrição fitoterápica individual Inclusão alimentos funcionais, restrições à alimentos alergênicos, exclusão de fitoterápicos exceto funcho, erva-doce e camomila Resultado parcial da pesquisa fitoterapia funcional na destoxificação hepática e regulação gastrintestinal VP – UCS/SP /2009 2ª consulta (retorno) – 15/08/09 Avaliação dos sinais e sintomas Adequação do cardápio se necessário Outras prescrições fitoterápicas (após fim da tintura) Resultado parcial da pesquisa fitoterapia funcional na destoxificação hepática e regulação gastrintestinal VP – UCS/SP /2009 Contato telefônico – 15 a 20/09/09 Avaliação dos sinais e sintomas Esclarecimento de dúvidas Encaminhamento para acompanhamento em consultório se necessário Resultado parcial da pesquisa fitoterapia funcional na destoxificação hepática e regulação gastrintestinal VP – UCS/SP /2009 Resultados Parciais 10 pacientes usaram a tintura 2 pacientes desistiram da pesquisa (motivo: dificuldade em mudar o hábito alimentar) 6 pacientes c/ placebo 4 pacientes c/ tintura Resultado parcial da pesquisa fitoterapia funcional na destoxificação hepática e regulação gastrintestinal VP – UCS/SP /2009 TINTURA (n=4) consulta retorno melhoraram sintomas c/sintomas CONSTIPAÇÃ INTESTINAL 3 DIARRÉIA 1 FLATULENCIA 4 ERUCTAÇÃO 4 DIGESTÃO LENTA 4 AZIA 3 NAUSEAS E VOMITOS 0 ALTERAÇÕES DE PESO 4 DORES DE CABEÇA 4 INCHAÇO 3 contato telefônico mantiveram melhora desapareceu sintomas 2 1 3 1 0 1 4 4 0 0 3 1 4 0 4 3 2 0 0 0 0 4 4 0 4 4 0 3 3 0 Resultado parcial da pesquisa fitoterapia funcional na destoxificação hepática e regulação gastrintestinal VP – UCS/SP /2009 PLACEBO (n=6) sintomas consulta retorno c/sintomas melhoraram contato telefônico mantiveram melhora desapareceu sintomas 3 3 CONSTIPAÇÃ INTESTINAL 6 DIARRÉIA 1 1 0 1 FLATULENCIA 5 5 2 3 ERUCTAÇÃO 5 5 4 1 DIGESTÃO LENTA 6 6 3 3 6 AZIA 5 5 5 0 NAUSEAS E VOMITOS 0 0 0 0 ALTERAÇÕES DE PESO 5 3 0 0 DORES DE CABEÇA 5 3 3 2 INCHAÇO 5 0 5 0 Resultado parcial da pesquisa fitoterapia funcional na destoxificação hepática e regulação gastrintestinal VP – UCS/SP /2009 Mecanismos de ação Dente de leão Estimula enzimas hepáticas Aumento de 40% da secreção biliar Extrato das folhas da planta Diminuiu cefaléias digestivas Melhora digestão Diminuiu fermentação Diminuiu azia, eructação e flatulência Melhora absorção e trânsito intestinal Schütz e Schieber, 2006 Plantas com funções similares Boldo Alecrim Alcachofra Carqueja Cardo mariano Outros mecanismos de ação Dente de leão prebiótico INULINA (raiz) Facilita o crescimento de cepas prebióticas Melhora do trânsito intestinal Melhora digestão e diminui eructação Schütz e Schieber, 2006 FITOQUÍMICOS São substâncias não nutritivas que interferem no metabolismo secundário dos vegetais São substâncias corantes; aromáticas; reguladoras do crescimento e protetores naturais da planta ADA. American Dietetic Association, 1999 FITOQUÍMICOS A ingestão média de fitoquímicos é de aproximadamente 1g a 1,5 g / dia Frutas Verduras Chá vinho tinto... Compreende: princípio ativo das plantas medicinais os terpenóides (carotenóides, limonóides, fitoesteróis e saponinas) os compostos enxofrados (glucosinolatos) os metabólicos fenólicos (ácidos fenólicos, polifenóis e flavonóides) Conteúdo de fitoquímicos fenólicos FLAVONÓIDES Classe Exemplos Alimento (*) Flavonóis Quercetina; kaempferol Olivas (270-830); cebola(347);couve(321); alface(308); Flavonas Apigenina; luteolina Aipo (130); olivas (6-29) Flavononas Catequina; epicatequina Vinho tinto (274); vinho branco (35); maçã (23-30) Isoflavonas Genisteína; daidzeína Grãos de soja maduros (888-2407); Missô (256540); tofú (280-499); leite de soja (105-251) (*)mg/Kg de alimento ou por 1 litro KING A, YOUNG G. Chacarcteristics and ocorrence of phenolic phytochemicals. J. Am. Diet. Assoc. 99(2): 214. Feb 2002 Conteúdo de fitoquímicos fenólicos ÁCIDOS FENÓLICOS e TANINOS Classe Exemplos Alimento (*) Hidroxicinâmicos Ácido caféico; ácido ferúlico Blueberry (1881-2112); cereja (290-1280); pera (44-1270); laranja (21182) Hidroxibenzóicos Ácido elágico; ácido gálico Framboeza( 19-102); morango ( 21-89); suco de uva preta (79); suco de uva verde (110) Taninos condensados Catequina; polímeros de catequina Lentilha (3800); vinho tinto (2567); feijão preto(141-1774); (*)mg Kg de alimento ou por 1 litro KING A, YOUNG G. Chacarcteristics and ocorrence of phenolic phytochemicals. J. Am. Diet. Assoc. 99(2): 214. Feb 2002 FLAVONÓIDES CITROFLAVONÓIDES = quercetina; hesperidina; rutina; limoneno ISOFLAVONÓIDES = genisteína e daidzeína (soja e leguminosas) ANTOCIANIDINAS = pigmentos roxos e roxo-azulado (cerejas; uvas) PROANTOCIANIDINAS = sementes de uvas;vinho tinto e pinus CATEQUINAS = chá verde e chá preto ÁCIDO ELÁGICO E GÁLICO = uvas e verduras ÁCIDO CAFÉICO E FERÚLICO = pêra, cereja, laranja, mirtilo ÁCIDO MÁLICO = pêra e maçã KAMPFEROL = brócolis; repolho roxo; chá ROSS JA: Dietary flavonoids: Bioavailability, metabolic effects and safety. Annu Rev Nutr, 22:19-34, 2002 GERMAN B, DILLARD CJ. Phithochemicals: Nutraceutical in human health. Reviews.J Sci Food Agric, 80:1744-56, 2004 • Remover: patógenos, xenobióticos e alergenos alimentares • Reinocular: probióticos e prebióticos • Recolocar: enzimas digestivas e HCl • Reparar: dieta não irritativa, nutrientes de crescimento e reparo da mucosa Remover Patógenos, xenobióticos, alergenos • Echinacea, Hydrastis canadensis, Berberis vulgaris, Uva ursi, Gentiana lutea Alecrim, Orégano, Gengibre, Alcaçuz, Menta • Thymus vulgaris (Tomilho), Tanacetum (Caatinga de mulata) Plantago major (Tansagem), Tropeolum (Capuchinha), Artemesia annua (Artemísia); • Óleo de alho • Sementes: frutas cí cítricas, abó abóbora, melão Remover Patógenos, xenobióticos, alérgenos • DIETA HIPOALERGÊNICA (ELIMINAR OS PRINCIPAIS ALERGENOS) • ALIMENTAÇÃO ECOLÓGICA • MAXIMIZAR FREQÜÊNCIA EVACUATÓRIA Reinocular Probióticos e Prebióticos • Bactérias probióticas • Lactobacilos • Bifidobactérias • Inulina • Frutooligossacarídeos • Proteínas vegetais Recolocar: enzimas e HCl • Proteolíticas: bromelina, papaína, tripsina, pepsina, protease • Betaína • Aloe barbadensis Miller (Aloe vera) Reparar: nutrientes para a mucosa • Vitamina A e Zinco • Probióticos e Prebióticos • Aminoácidos: Glutamina e Arginina •Principal fonte de energia para enterócitos (principalmente do intestino delgado) •Acão do EGF - fator de crescimento epidermal •Aporte enteral: melhora sistema imune intestinal •Ressíntese hepática de glutationa Teran, JC et al. Glutamine: a conditionally essential amino acid in cirrhosis? Am J Clin Nutr 2009;62:897-900. Glutamina • Glutamina e arginina são os principais aminoácidos a ativar a proliferação epitélio intestinal • reduz a translocação bacteriana (normaliza IgAs) • Aumenta a função de barreira intestinal • Estimula o crescimento dos vilos intestinais após tratamento com quimioterápicos • Estimula a liberação de fatores de crescimento parácrinos aumentando a superfície absortiva CURI, Rui. Glutamin: metabolismo e aplicações clínicas e no esporte. Rio de Janeiro: Sprint, 2007. Reparar: nutrientes para a mucosa • Complexo γ-Orizanol: ésteres de ferúlicos de compostos triterpênicos e fitosteróis: normalização de secreções gástricas, quelador metálico, antioxidante restaura permabilidade • Ácido Ascórbico (250-350mg/dose – até 4x/dia) • Ácido Pantotênico (5-15mg) e Fólico (400-1000 mcg) • Colostro bovino (e humano!) – 200 a 600mg/dia ARROZ ORIZANOL permeabilidade Tem atividade antioxidante INTEGRAL OU SELVAGEM Pereze, at al, J med, 2002 Reparar: nutrientes para a mucosa • Auxiliares - antioxidantes e antiinflamatórios: • Tocoferóis, gengibre, cúrcuma, quercitina e bioflavonóides, NAC, óleo de peixe, óleo de gergelim (sesamina, sesamol), óleo de linhaça, Aloe vera, Se + Zn + Cu + Mn, etc. Athernon, P. Aloe vera revisited. Br J Phytother 1998;4(4):176-83 Vazquez B. et al. Anti-inflammatory activity of extracts from Aloe vera gel. J Ethnopharmacol 1996;55:69-75 Davis RH. Aloe Vera: A Scientific Approach. New York:Vintage Press, 1997 Na prática • • • • • Remover patógenos Remover alergenos alimentares Reinocular probióticos (e nutrí-los) Recolocar fatores digestivos (se necessário) Reparar a mucosa Abordagem centrada no paciente com alterações gastroenteorológicas • Gatilhos • Estratégia de Manejo • Hipersensibilidades Alimentares • Dieta de Eliminação • Suplementação Enzimática • Suplementação com HCl • Flavonóides • Bactérias Probióticas • Disbiose • Prebióticos • Remover patógenos Abordagem centrada no paciente com alterações gastroenteorológicas • Mediadores • Espécies Reativas de Oxigênio e Nitrogênio • Estratégia de Manejo • N-acetil-cisteína,Glutationa • Aminoácidos enxofrados • Vitamina C, E, Se, Zn, Cu, Mn, Quercitina e bioflavonóides, Aloe v. • Alho, Cebola, Boswelin, Açafrão • Leucotrienos • Óleo de Peixe ω3, Óleo de Borage, Óleo de Prímula • Óleo de Peixe ω3, Óleo de Borage, • Prostaglandinas Óleo de Prímula • Gengibre, Cúrcuma e bioflavonóides Abordagem centrada no paciente com alterações gastroenteorológicas • Alvos • Estratégia de Manejo • L-glutamina, L-arginina • Células Epiteliais • Zinco, Vitamina A, Pantotenato Intestinais • N-butirato (instilado, suplementar ou estimulado via inulina, FOS e fibras solúveis), Aloe barbadensis miller • Ácidos graxos essenciais • Reservas Corporais • Ferro, Zinco, Aminoácidos, ingesta calórica adequada, potássio, magnésio, cálcio, retinol, colecalciferol, complexo B, tocoferóis, carotenos. SUCOS “SUCOS VERDES” • Estimulam a produção de hemácias • Estimulam as células • Depuram o organismo • Clorofila +++ • Espinafre; agrião; repolho; couve; folhas de dente de leão; hortelã.... “SUCOS DE FRUTAS” • • • • Depurativos Fonte de nutrientes Antiinflamatórios Reguladores “SUCHÁS” • Suchá de couve com hibiscus • 1 xíc. (chá) de chá de hibiscus (à venda em casas de produtos naturais) • 1 folha de couve • 1 cenoura pequena em rodelas • 1 col. (chá) de gengibre ralado • 1 col. (chá) de mel (opcional) • 1 cubo de gelo “SUCHÁS” • • • • • • • • Suchá de abacaxi e cavalinha 1 rodela de abacaxi 4 folhas de hortelã 1 kiwi 1 folha de alface 1 xíc. (chá) de chá de cavalinha 1 col. (chá) de mel (opcional) 1 cubo de gelo “SUCHÁS” • Maçã com chá verde • 1 xíc. (chá) de chá verde (ou branco) • 1 maçã pequena com a casca e cortada em cubos • 1 pêra pequena com a casca e cortada em cubos • 2 col. (chá) de levedo de cerveja • 1 col. (chá) de mel (opcional) “SUCHÁS” • • • • Abacate e dente-de-leão 4 col. (sopa) de abacate 1 laranja pequena com o bagaço 1 xíc. (chá) de chá de dente de leão (à venda em casas de produtos naturais) • Gotinhas de limão • 1 col. (chá) de mel (opcional) DEPURATIVOS • • • • • • • Hortaliças cruas Suco de clorofila Suco de beterraba ; cenoura e limão Só óleos prensados à frio Sementes Alfafa Evitar farinhas e qualquer tipo de açúcar ERVAS: dente de leão; salsaparrilha; carqueja QUELAÇÃO • • • • • • • • Fibras Alfafa Alho + alcachofra + chá verde Aminoácidos ( cisteína; lisina; glutamina) Bioflavonóides.......Rutina vit A; vit C; vit E; B6; B5; B3 Minerais..........Selênio Coenzima Q10 LIMPEZA DO CÓLON • • • • • • Alternar “sucos”: verdes; legumes; frutas Mucilagens Algas Suco de babosa + Lactobacilos Pectina da maçã Mix de fibras ERVAS: funcho; camomila; carqueja; • CGF (Chlorella Growth Factor) rico em ácidos nucléicos uma aliada nas dietas de desintoxicação elimina metais tóxicos manutenção da integridade celular Chlorella • acumula uma grande quantidade de nutrientes como vitaminas hidrossolúveis (com destaque a vitamina B12) e lipossolúveis (com destaque ao betacaroteno) • proteínas de alto valor biológico, fibras • clorofila +++ REPARAÇÃO CELULAR Potencial bifidoterápico do mel no TGI Para uma flora intestinal simbiótica • Equilíbrio do pH do sangue • Converter Gli em Glicogênio • A resistência imunológica • Fixar Cálcio nos tecidos A ação do mel sobre as secreções estomacais e sucos digestivos FRIO OU QUENTE..... Potencial de ações do mel • • • • • • Antimicrobiano Antioxidante Antiinflamatório Para circulação Cosmetológico Para o cérebro LACOMBE MC. Saúde & Beleza Forever: Os derivados da abelha. In: Seu Guia Contemporâneo de Nutrição e Higiene. Rio de Janeiro: M.L. Camargo, 2003. p.373540 Psyllium, gomas, pectina a excreç excreção de ácidos biliares absorç absorção de gorduras Inibe sí síntese de CT endó endógeno pela produç produção de propionato – inibe HMG CoA redutase Lorion, Eur J Clin Nutr, 1996 Recomendaç Recomendação = 6g pectina/dia – reduz 13%CT 10g psyllium /dia – reduz 5%CT e 7% LDL Anderson J.W., AJCN, 2000 FRUTOOLIGOSSACAR ÍDEOS FRUTOOLIGOSSACARÍDEOS Fisiologicamente os oligossacarí oligossacarídeos são cadeias curtas de polissacarí polissacarídeos e possuem inú inúmeros benefí benefícios para a saú saúde: Prevenç Prevenção da diarré diarréia patogênica e endó endógena Prevenç Prevenção da constipaç constipação Proteç Proteção da funç função hepá hepática Efeito anticancerí anticancerígeno metabó metabólicos tó tóxicos e das enzimas patogênicas ingestão de 3 a 6 g/dia de oligossacarí oligossacarídeos reduz os compostos intestinais tó tóxicos e as enzimas patogênicas em uma mé média de 44,6%, no perí período de 3 semanas As dosagens diá diárias efetivas de oligossacarí oligossacarídeos (forma pura) são de 3 gramas de FOS BANANA VERDE AMIDO RESISTENTE Fermentaç Fermentação das bacté bactérias do có cólon AGCC (ACETATO, PROPIONATO, BUTIRATO) pH do có cólon Melhora trânsito intestinal Microflora do có cólon Risco de câncer de có cólon PRINCIPAL FONTE DE ENERGIA DO ENTERÓ ENTERÓCITO BANANA VERDE BIOMASSA • Lave bem com esponja e detergente 10 bananas verdes, cortando as pontas sem deixar aparecer a polpa • Em seguida leve em uma panela de pressão de 7 litros com água fervendo, suficiente para cobrir as bananas • Conte 10 min a partir do inicio da pressão da panela • Separe as cascas das polpas e coloquecoloque-as bem quentes no processador, triture ate que fique uma massa homogênea • Armazenar em geladeira (ate 1 semana) Rendimento: 500g Condição Plantas Câncer chá Alimentos cúrcuma sinensis); Brócolis, repolho, soja, uvas vermelhas; tomate; linhaça (Curcuma longa); silimarina (silybum marianum); verde (Camellia alecrim (Rosmarinus officinalis); pimenta (Capsicum annum); Fucus (Fucus vesiculosus) Enfermidades reumáticas Obesidade Diabete Boswéllia (Boswellia serrata); Coordia ( oordia verbenácea); Unha-de-gato (Uncaria tomentosa); Salgueiro (Salix alba); chá branco(Camellia sinensis) Laranja-amarga (Citrus aurantium); chá verde (Camellia sinensis); Garcínia (Garcinia cambogia); faseolamina (Phaseolus vulgaris) Couve, broto de alfafa, agrião; abacaxi; pêra Arroz integral; sardinha; aipo; missô; goiaba bardana (Arctium lappa); garra do Grãos integrais, linhaça, feijão , vagem, maçã diabo (Harpagophytum procumbens); dente de leão (Taraxacum officinalis); gimnema (Gymnema sylvestre); Ansiedade : (Melissa Maracujá, banana, lentilha, nozes; anchova; mel passiflora melissa officinalis); (Passiflora alata); (Matricaria Mulungu camomila chamomilla); ; Capim cidreira (Cymbopogon citratus) Controle do colesterol psyllium (Plantago psyllium); Aveia; abacate; suco de uva; tomate; cacau zedoária (Curcuma zedoária); Cynara scolymus – alcachofra; Gugul (Commiphora mucul) Antienvelhecimento Aumento de imunidade alho (Allium sativum); ginseng Romã; castanha do pará; (Panax ginseng); atum ; vinho tinto; própolis; tofú; geléia real Ginkgo (Ginkgo biloba); cúrcuma (Curcuma longa) chlorella (Chlorella pyrenoidosa);astragalo Lima da pérsia; óleo de coco extra virgem; quinua; cebola (Astragalus membranaceus); Equinácea (Echinacea purpurea); gengibre (Zingiber officinalis) Hipertensão Cacau; azeite de oliva; chicória; alface; alfafa (Medicago sativa) ; espinafre; alho crataegus (Crataegus alho (Allium sativum); oxyacantha); Vitis vinifera (Grape seed) Condição Plantas Câncer chá Alimentos cúrcuma sinensis); Brócolis, repolho, soja, uvas vermelhas; tomate; linhaça (Curcuma longa); silimarina (silybum marianum); verde (Camellia alecrim (Rosmarinus officinalis); pimenta (Capsicum annum); Fucus (Fucus vesiculosus) Enfermidades reumáticas Obesidade Diabete Ansiedade Boswéllia (Boswellia serrata); Coordia ( oordia verbenácea); Unha-de-gato (Uncaria tomentosa); Salgueiro (Salix alba); chá branco(Camellia sinensis) Laranja-amarga (Citrus aurantium); chá verde (Camellia sinensis); Garcínia (Garcinia cambogia); faseolamina (Phaseolus vulgaris) Couve, broto de alfafa, agrião; abacaxi; pêra Arroz integral; sardinha; aipo; missô; goiaba bardana (Arctium lappa); garra do Grãos integrais, linhaça, feijão , vagem, maçã diabo (Harpagophytum procumbens); dente de leão (Taraxacum officinalis); gimnema (Gymnema sylvestre); officinalis); (Melissa Maracujá, banana, lentilha, nozes; anchova; mel passiflora (Passiflora alata); camomila : melissa (Matricaria Mulungu chamomilla); ; Capim cidreira (Cymbopogon citratus) Controle do colesterol psyllium (Plantago psyllium); Aveia; abacate; suco de uva; tomate; cacau zedoária (Curcuma zedoária); Cynara scolymus – alcachofra; Gugul (Commiphora mucul) Anti-envelhecimento alho (Allium sativum); ginseng Romã; castanha do pará; (Panax ginseng); atum ; vinho tinto; própolis; tofú; geléia real Ginkgo (Ginkgo biloba); cúrcuma (Curcuma longa) Aumento de imunidade chlorella (Chlorella pyrenoidosa);astragalo Lima da pérsia; óleo de coco extra virgem; quinua; cebola (Astragalus membranaceus); Equinácea (Echinacea purpurea); gengibre (Zingiber officinalis) Hipertensão Cacau; azeite de oliva; chicória; alface; alfafa (Medicago sativa) ; espinafre; alho crataegus (Crataegus alho (Allium sativum); oxyacantha); Vitis vinifera (Grape seed) Qual será o resultado da interação entre ..... 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