Unidade 2 – Ética Antiga

Propaganda
Unidade 2 – Ética Antiga
1º Bimestre – M2 – Filosofia
E-mail: [email protected]
Os Sofistas
•
•
•
•
•
•
•
•
movimento intelectual na Grécia do séc. V (a.n.e.).
"sofista" — mestre ou sábio - sofia (sabedoria).
saber a respeito do homem político e jurídico.
não ambiciona um conhecimento gratuito especulativo.
mestres que ensinam a arte de convencer, ou retórica.
Ensinam a arte de expor, argumentar ou discutir
Cobram para ensinar.
colocam em dúvida não só a tradição, mas a existência
de verdades e normas universalmente válidas.
Os Sofistas
• Protágoras (491/481 ? A.c.)
• relativismo ou
subjetivismo.
• tudo é relativo ao
sujeito, ao "homem,
medida de todas as
coisas“.
Os Sofistas
• Górgias sustenta que é impossível saber o
que existe realmente e o que não existe.
Sócrates
• Nasce em Atenas em 470
(a.n.e.); adversário da
democracia ateniense e
mestre de Platão;
• acusado de corromper a
juventude e de impiedade
é condenado a beber
cicuta e morre em 399.
Sócrates
• Compartilha o desprezo dos sofistas pelo
conhecimento da natureza, bem como sua
crítica da tradição, mas rejeita o seu
relativismo e o seu subjetivismo.
• o saber fundamental é o saber a respeito
do homem (daí a sua máxima: "conhecete a ti mesmo"),
Sócrates
ética racionalista:
• a) uma concepção do bem (como felicidade da alma) e
do bom (como o útil para a felicidade);
• b) a tese da virtude (areté) — capacidade radical e
última do homem — como conhecimento, e do vício
como ignorância (quem age mal é porque ignora o bem;
por conseguinte, ninguém faz o mal voluntariamente)
• c) a tese, de origem sofista, segundo a qual a virtude
pode ser transmitida ou ensinada.
Execução de Sócrates com sicuta, Jacques Louis David
(1787)
Sócrates
• bondade, conhecimento e felicidade se
entrelaçam estreitamente. O homem age
retamente quando conhece o bem e,
conhecendo-o, não pode deixar de
praticá-lo; por outro lado, aspirando ao
bem, sente-se dono de si mesmo e, por
conseguinte, é feliz.
Platão
• Atenas (427 - 347 a.c.)
• Discípulo de Sócrates e,
como este, inimigo da
democracia ateniense.
• A ética se relaciona
intimamente com a
filosofia política.
• a polis é o terreno da vida
moral.
Platão
• A ética de Platão depende:
• a) da sua concepção metafísica (dualismo do mundo
sensível e do mundo das idéias permanentes, eternas,
perfeitas e imutáveis, que constituem a verdadeira
realidade e têm como cume a Idéia do Bem, divindade,
artífice ou demiurgo do mundo);
• b) da sua doutrina da alma (princípio que anima ou
move o homem e consta de três partes: razão, vontade
ou ânimo, e apetite; a razão que contempla e quer
racionalmente é a parte superior, e o apetite,
relacionado com as necessidades corporais, é a
inferior).
Concepção metafísica de Platão
Doutrina da alma
Platão
• Como o indivíduo por si só não pode
aproximar-se da perfeição, torna-se
necessário o Estado ou Comunidade
política.
• O homem é bom enquanto bom cidadão.
• A Idéia do homem se realiza somente na
comunidade.
• A ética desemboca necessariamente na
política.
Estado ideal à semelhança da alma
Aristóteles
• se realiza mediante a aquisição de certos
modos constantes de agir (ou hábitos) que
são as virtudes.
• Estas não são atitudes inatas, mas modos
de ser que se adquirem ou conquistam
pelo exercício e, já que o homem é ao
mesmo tempo racional e irracional.
O que é virtude para Aristóteles?
• a virtude consiste no
termo médio entre
dois extremos (um
excesso e um
defeito).
• a virtude é um
equilíbrio entre dois
extremos instáveis e
igualmente
prejudiciais.
Vício por
excesso
Temeridade
CORAGEM
Vício por
deficiência
Covardia
Libertinagem
TEMPERANÇA
Insensibilidade
Esbanjamento
PRODIGALIDADE
Avareza
Vulgaridade
MAGNIFICÊNCIA
Vileza
Vaidade
RESPEITO
PRÓPRIO
PRUDÊNCIA
Modéstia
Ambição
VIRTUDE
Moleza
Vício por
excesso
Irascibilidade
GENTILEZA
Orgulho
VERACIDADE
Zombaria
AGUDEZA DE
ESPÍRITO
AMIZADE
Condescendência
Inveja
VIRTUDE
JUSTA
INDIGNAÇÃO
Vício por
deficiência
Indiferença
Descrédito
próprio
Rusticidade
Enfado
Malevolência
Aristóteles
• a comunidade social e política é o meio
necessário da moral.
• O homem é, por natureza, um animal político.
• a vida moral é uma condição ou meio para uma
vida verdadeiramente humana: a vida teórica na
qual consiste a felicidade.
• a maior parte da população mantém-se excluída
não só da vida teórica, mas da vida política.
CINISMO
Para alguns, os cínicos pregavam uma “vida de
cachorro”, privada de prazeres, de bens materiais.
“Os cínicos eram filósofos que buscavam uma
vida simples e serena, em harmonia com a
natureza e os instintos humanos, livre das
convenções. (...) Para eles, a verdadeira felicidade
correspondia ao autodomínio e à liberdade”
(FURTADO, 2007, p. 17).
ESTOICISMO
“A designação estoico deriva de stoá, palavra grega que
significa (...) portal. Fundada por Zenão, de Cício – que pela
condição de estrangeiro não poderia adquirir imóveis em
Atenas -, essa escola reunia seus discípulos sob um pórtico.
Eles entendiam a Filosofia como vida contemplativa, distante
da influência das paixões. Acreditavam que uma pessoa era um
microcosmo, ou seja, uma espécie de mundo em miniatura,
que refletia o mundo maior, chamado macrocosmo, e sua
ordem necessária, garantida por uma razão divina. Segundo
essa visão, processos naturais, como a enfermidade e a morte,
seriam igualmente regidos pelas leis da natureza. Portanto, o
homem deveria aprender a aceitar o seu destino.” (FUTADO,
2007, p. 18).

Filósofo grego do período helenístico. Filósofo do
Jardim. Defende uma filosofia essencialmente
prática com um único objetivo: a felicidade. A
felicidade é possível ser alcançada na
interioridade da alma. Para isso Epicuro defendia
a idéia de que a filosofia deveria ser
eminentemente terapêutica (remédio-cura). Seu
poder terapêutico deveria curar dos males (O
SOFRIMENTO- DOR) para liberar a vida para o
maior dos bens = O PRAZER (Hedoné).

PARADOXO DE EPICURO:

“Deus, ou quer impedir os males e não pode, ou
pode e não quer, ou não quer nem pode, ou quer e
pode. Se quer e não pode, é impotente: o que é
impossível em Deus. Se pode e não quer, é
invejoso: o que, do mesmo modo é contrário a
Deus. Se nem quer nem pode, é invejoso e
impotente: portanto, nem sequer é Deus. Se pode e
quer, o que é a única coisa compatível com Deus,
donde provém então a existência dos males? Por
que razão é que não os impede?”
O PRAZER É O SUMO BEM
Vida feliz através de um hedonismo sofisticado. O fim último é o prazer. Discriminação dos
prazeres.
EXISTEM VÁRIOS TIPOS DE PRAZER
NATURAIS E
NECESSÁRIOS
NATURAIS E NÃO
NECESSÁRIOS
NEM NATURAIS NEM
NECESSÁRIOS
Ligados à conservação
Prazeres supérfluos
Prazeres vãos da glória,
honra,
•Devem ser Buscados por
eliminarem a dor
• Comer e beber com refino
•Riquezas, poder, etc.
•Beber quando se tem sede
• Comer quando se tem fome
•Repousar quando com sono, •Abrigar-se no luxo, etc
etc.
•Vestir-se sofisticadamente




Os do PRIMEIRO grupo estão ligados à
eliminação da dor-sofrimento.
Os do SEGUNDO grupo não têm LIMITES,
pois não subtrai a dor do corpo, mas estão em
função do prazer pelo prazer.
Os do TERCEIRO grupo, além de não
eliminarem a dor, causam perturbação da
alma.
Por isso a felicidade requer pouca coisa, o
supérfluo atrai o supérfluo. “A quem não basta
pouco, nada basta”, diz Epicuro.
Download