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MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
S ECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E
TRANSFORMAÇÃO MINERAL
CPRM - SERV I ÇO G E OLÓ GIC O DO BR AS I L
PROD EE M - PRO G RAMA DE DESEN VOL VIM ENTO
ENERGÉTICO DOS ESTADOS EM UNI CÍPI OS
PROJETO CADASTRO
DE FONTES DE
ABASTECIMENTO POR
ÁGUA SUBTERRÂNEA
ALAGOAS
DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO
DE FELIZ DESERTO
CPR M
Ser vi ço Geológi co do Brasi l
Secretaria de Geologia,
Mineração e Transfor mação Mineral
Secretaria de Pl anej amento
e Desenvolvi mento Ener géti co
Ministéri o de
Minas e Energia
Agosto/2005
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
Silas Rondeau Cavalcante Silva
Ministro de Estado
SECRETARIA EXECUTIVA
Nelson José Hubner Moreira
Secretário Executivo
SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E
DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO
Márcio Pereira Zimmermam
Secretário
SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO
E TRANSFORMAÇÃO MINERAL
Cláudio Scliar
Secretário
PROGRAMA LUZ PARA TODOS
Aur élio Pav ão
Diretor
SERVI ÇO GEOL ÓGICO DO BRASIL – CPRM
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
ENERG ÉTICO DOS ESTADOS E
MUNICÍPIOS
PRODEEM
Luiz Carlos Vieira
Diretor
Agamenon S érgio Lucas Dantas
Diretor-Presidente
Jos é Ribeiro Mendes
Diretor de Hidrologia e Gest ão Territorial
Manoel Barretto da Rocha Neto
Diretor de Geologia e Recursos Minerais
Álvaro Rog ério Alencar Silva
Diretor de Administra ção e Finan ças
Fernando Pereira de Carvalho
Diretor de Rela ções Institucionais e
Desenvolvimento
Frederico Cláudio Peixinho
Chefe do Departamento de Hidrologia
Fernando Antonio Carneiro Feitosa
Chefe da Divisão de Hidrogeologia e Explora ção
Ivanaldo Vieira Gomes da Costa
Superintendente Regional de Salvador
Jos é Wilson de Castro Tem óteo
Superintendente Regional de Recife
Hélbio Pereira
Superintendente Regional de Belo Horizonte
Darlan Filgueira Maciel
Chefe da Resid ência de Fortaleza
Francisco Batista Teixeira
Chefe da Resid ência Especial de Teresina
Ministério de Minas e Energia
Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético
Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral
Programa Luz Para Todos
Programa de Desenvolvimento Energético dos Estados e Municí pios - PRODEEM
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial
PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO POR
ÁGUA SUBTERRÂNEA
ESTADO DE ALAGOAS
DIAGNÓSTICO DO MUNICÍ PIO DE FELIZ DESERTO
ORGANIZA ÇÃO DO TEXTO
João de Castro Mascarenhas
Breno Augusto Beltrão
Luiz Carlos de Souza Junior
Recife
Agosto/2005
COORDENA ÇÃO GERAL
Frederico Cláudio Peixinho - DEHID
COORDENA ÇÃO T ÉCNICA
Fernando Ant ônio C. Feitosa - DIHEXP
COORDENA ÇÃO ADMINISTRATIVOFINANCEIRA
Jos é Emílio C. de Oliveira – DIHEXP
APOIO T ÉCNICO-ADMINISTRATIVO
Sara Maria Pinotti Benvenuti-DIHEXP
COORDENA ÇAO REGIONAL
Jaime Quintas dos S. Colares - REFO
Francisco C. Lages C. Filho - RESTE
Jo ão Alfredo C. L. Neves - SUREG-RE
Jo ão de Castro Mascarenhas – SUREG-RE
Jos é Alberto Ribeiro - REFO
Jos é Carlos da Silva - SUREG-RE
Luiz Fernando C. Bomfim - SUREG-SA
Oderson A. de Souza Filho - REFO
EQUIPE T ÉCNICA DE CAMPO
SUREG-RE
Ari Teixeira de Oliveira
Breno Augusto Beltr ão
Cícero Alves Ferreira
Cristiano de Andrade Amaral
Dunaldson Eliezer G. A. da Rocha
Franklin de Moraes
Frederico Jos é Campelo de Souza
Jardo Caetano dos Santos
Jo ão de Castro Mascarenhas
Jorge Luiz Fortunato de Miranda
Jos é Wilson de Castro Temoteo
Luiz Carlos de Souza J únior
Manoel Julio da Trindade G. Galv ão
Saulo de Tarso Monteiro Pires
S érgio Monthezuma Santoianni Guerra
Simeones Néri Pereira
Valdecílio Galv ão Duarte de Carvalho
Vanildo Almeida Mendes
SUREG-SA
Edmilson de Souza Rosas
Edvaldo Lima Mota
Hermínio Brasil Vilaverde Lopes
Jo ão Cardoso Ribeiro M. Filho
Jos é Cl áudio Viegas
Luis Henrique Monteiro Pereira
Pedro Ant ônio de Almeida Couto
V ânia Passos Borges
SUREG-BH
Ang élica Garcia Soares
Eduardo Jorge Machado Sim ões
Ely Soares de Oliveira
Haroldo Santos Viana
Reynaldo Murilo D. Alves de Brito
REFO
Ân gelo Tr évia Vieira
Felicíssimo Melo
Francisco Alves Pessoa
J áder Parente Filho
Jos é Roberto de Carvalho Gomes
Liano Silva Veríssimo
Luiz da Silva Coelho
Rob ério B ôto de Aguiar
RECENSEADORES
Ac ácio Ferreira Júnior
Adriana de Jesus Felipe
Alerson Falieri Suarez
Almir Gomes Freire – CPRM
Ân gela Aparecida Pezzuti
Antonio Celso R. de Melo - CPRM
Antonio Edílson Pereira de Souza
Antonio Jean Fontenele Menezes
Antonio Manoel Marciano Souza
Antonio Marques Honorato
Armando Arruda C. Filho - CPRM
Carlos A. G óes de Almeida - CPRM
Celso Viana Marciel
Cícero Ren é de Souza Barbosa
Cl áudio Marcio Fonseca Vilhena
Claudionor de Figueiredo
Cleiton Pierre da Silva Viana
Cristiano Alves da Silva
Edivaldo Fateicha - CPRM
Eduardo Benevides de Freitas
Eduardo Fortes Cris óstomos
Eliomar Coutinho Barreto
Emanuelly de Almeida Le ão
Emerson Garret Menor
Emicles Pereira C. de Souza
Ér ika Peconnick Ventura
Erval Manoel Linden - CPRM
Ewerton Torres de Melo
F ábio de Andrade Lima
F ábio de Souza Pereira
F ábio Luiz Santos Faria
Francisco Augusto A. Lima
Francisco Edson Alves Rodrigues
Francisco Ivanir Medeiros da Silva
Francisco Jos é Vasconcelos Souza
Francisco Lima Aguiar Junior
Francisco Pereira da Silva - CPRM
Frederico Antonio Araújo Meneses
Geancarlo da Costa Viana
Genivaldo Ferreira de Ara újo
Gustavo Lira Meyer
Haroldo Brito de Sá
Henrique Cristiano C. Alencar
Jamile de Souza Ferreira
Jaqueline Almeida de Souza
Jeft é Rocha Holanda
Jo ão Carlos Fernandes Cunha
Jo ão Luis Alves da Silva
Joelza de Lima Enéas
Jorge Hamilton Quidute Goes
Jos é Carlos Lopes - CPRM
Joselito Santiago Lima
Josemar Moura Bezerril Junior
Julio Vale de Oliveira
K ênia Nogueira Di ógenes
Marcos Aurélio C. de G óis Filho
Matheus Medeiros Mendes Carneiro
Michel Pinheiro Rocha
Narcelya da Silva Ara újo
Nic ácia Débora da Silva
Oscar Rodrigues Acioly Júnior
Paula Francinete da Silveira Baia
Paulo Eduardo Melo Costa
Paulo Fernando Rodrigues Galindo
Pedro Hermano Barreto Magalh ães
Raimundo Correa da Silva Neto
Ramiro Francisco Bezerra Santos
Raul Frota Gon çalves
Saulo Moreira de Andrade -CPRM
S érvulo Fernandez Cunha
Thiago de Menezes Freire
Valdirene Carneiro Albuquerque
Vicente Calixto Duarte Neto - CPRM
Vilmar Souza Leal – CPRM
Wagner Ricardo R. de Alkimim
Walter Lopes de Moraes Junior
TEXTO
ORGANIZA ÇÃO
Breno Augusto Beltr ão
Jo ão de Castro Mascarenhas
Luiz Carlos de Souza Junior
CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICIPIO E
DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS
CADASTRADOS
Breno Augusto Beltr ão
Frederico Jos é Campelo de Souza
Jardo Caetano dos Santos
Jo ão de Castro Mascarenhas
Luiz Carlos de Souza J únior
ASPECTOS SOCIOECON ÔMICOS
Breno Augusto Beltr ão
Liliane Assunção Serra Ramos Campos
Maria L úcia Acioli Beltr ão
FIGURAS ILUSTRATIVAS
Aloízio da Silva Leal
Fabiane de Andrade Lima Amorim Albino
Jaqueline Pontes de Lima
N úbia Chaves Guerra
Waldir Duarte Costa Filho
MAPAS DE PONTOS D’ ÁGUA
Robson de Carlo Silva
Fabiane de Andrade Lima Amorim Albino
BANCO DE DADOS
Desenvolvimento dos Sistemas
Josias Barbosa de Lima
Ricardo C ésar Bustillos Villafan
Coordena ção
Francisco Edson Mendonça Gomes
Administração
Eriveldo da Silva Mendon ça
Consist ência
Breno Augusto Beltr ão
EDITORA ÇÃO ELETR ÔNICA
Aline Oliveira de Lima
Fabiane de Andrade Lima Amorim Albino
Jaqueline Pontes de Lima
SUPORTE T ÉCNICO DE EDITORA ÇÃO
Claudio Scheid
Jos é Pessoa Veiga Junior
Manoel J úlio da T. Gomes Galv ão
Roberto Batista dos Santos
ANALISTA DE INFORMA ÇÕE S
Dalvanise da Rocha S. Bezerril
RESTE
Antonio Reinaldo Soares Filho
Carlos Ant ônio Luz
Cipriano Gomes Oliveira
Heinz Alfredo Trein
Ney Gonzaga de Souza
CPRM - Serviço Geol ógico do Brasil
Projeto cadastro de fontes de abastecimento por água subterr ânea. Diagn óstico
do município de Feliz Deserto, estado de Alagoas/ Organizado [por] Jo ão de Castro
Mascarenhas, Breno Augusto Beltr ão, Luiz Carlos de Souza Junior. Recife:
CPRM/PRODEEM, 2005.
12 p. + anexos
EM DESTAQUE
Almir Ara újo Pacheco- SUREG-BE
Ana Cl áudia Vieiro – SUREG-PA
Bráulio Rob ério Caye - SUREG-PA
Carlos J. B. Aguiar - SUREG-MA
Geraldo de B. Pimentel – SUREG-PA
Paulo Pontes Ara újo – SUREG-BE
Tom ás Edson Vasconcelos - SUREG-GO
“Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea, estado
de Alagoas”
1. Hidrogeologia – Alagoas - Cadastros. 2. Água subterr ânea – Alagoas Cadastros. I. Mascarenhas, Jo ão de Castro org. II. Beltr ão, Breno Augusto org. III.
Souza Júnior, Luiz Carlos de org. I. Título.
CDD 551.49098135
Permitida a reprodução desde que mencionada a fonte
APRESENTAÇÃ O
A CPRM – Serviço Geológico do Brasil, cuja missão é gerar e difundir
conhecimento geológico e hidrológico básico para o desenvolvimento sustentável do
Brasil, desenvolve no Nordeste brasileiro, para o Ministério de Minas e Energia,
ações visando o aumento da oferta hí drica, que estão inseridas no Programa de
Água Subterrânea para a Região Nordeste, em sintonia com os programas do
governo federal.
Executado por intermédio da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial,
desde o iní cio o programa é orientado para uma filosofia de trabalho participativa e
interdisciplinar e, atualmente, para fomentar ações direcionadas para inclusão social
e redução das desigualdades sociais, priorizando ações integradas com outras
instituições, visando assegurar a ampliação dos recursos naturais e, em particular,
dos recursos hí dricos subterrâneos, de forma compatí vel com as demandas da
região nordestina.
É neste contexto que está sendo executado o Projeto Cadastro de Fontes de
Abastecimento por Água Subterrânea, localizado no semi-árido do Nordeste, que
engloba os estados do Piauí , Ceará, Rio Grande do Norte, Paraí ba, Pernambuco,
Alagoas, Sergipe, Bahia, norte de Minas Gerais e do Espí rito Santo. Embora com
múltiplas finalidades, este projeto visa atender diretamente as necessidades do
PRODEEM, no que se refere à indicação de poços tubulares em condições de
receber sistemas de bombeamento por energia solar.
Assim, esta contribuição técnica de significado alcance social do Ministério de
Minas e Energia, em parceria com a Secretaria de Geologia, Mineração e
Transformação Mineral e com o Serviço Geológico do Brasil, servirá para dar
suporte aos programas de desenvolvimento da região, com informações
consistentes e atualizadas e, sobretudo, dará subsí dios ao Programa Fome Zero, no
tocante às ações efetivas para o abastecimento público e ao combate à fome das
comunidades sertanejas do semi-árido nordestino.
José Ribeiro Mendes
Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial
CPRM – Serviço Geológico do Brasil
SUMÁ RIO
APRESENTAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
2. ÁREA DE ABRANGÊNCIA
3. METODOLOGIA
4. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍ PIO DE FELIZ DESERTO
4.1
4.2
4.3
4.4
- LOCALIZAÇÃO E ACESSO
- ASPECTOS SOCIOECON ÔMICOS
- ASPECTOS FISIOGRÁFICOS
- GEOLOGIA
5. RECURSOS HÍ DRICOS
5.1 - ÁGUAS SUPERFICIAIS
5.2 - ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
5.2.1 - DOMÍ NIOS HIDROGEOL ÓGICOS
6. DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS CADASTRADOS
6.1 - ASPECTOS QUALITATIVOS
7. CONCLUS ÕES E RECOMENDA ÇÕES
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
1 - PLANILHAS DE DADOS DAS FONTES DE ABASTECIMENTO
2 - MAPA DE PONTOS DE ÁGUA
3 - ARQUIVO DIGITAL - CD ROM
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Feliz Deserto
Estado de Alagoas
1. INTRODU ÇÃO
O Polígono das Secas apresenta um regime pluviom étrico marcado por extrema irregularidade
de chuvas, no tempo e no espaço. Nesse cen ário, a escassez de água constitui um forte entrave ao
desenvolvimento socioecon ômico e, at é mesmo, à subsist ência da popula ção. A ocorr ência cíclica
das secas e seus efeitos catastr óficos s ão por demais conhecidos e remontam aos prim órdios da
hist ória do Brasil.
Esse quadro de escassez poderia ser modificado em determinadas regi ões, atrav és de uma
gest ão integrada dos recursos hídricos superficiais e subterr âneos. Entretanto, a car ência de estudos
de abrang ência regional, fundamentais para a avaliação da ocorr ência e da potencialidade desses
recursos, reduz substancialmente as possibilidades de seu manejo, inviabilizando uma gest ão
eficiente. Al ém disso, as decis ões sobre a implementa ção de a ções de convivência com a seca
exigem o conhecimento b ásico sobre a localiza ção, caracteriza ção e disponibilidade das fontes de
água superficiais e subterr âneas.
Para um efetivo gerenciamento dos recursos hídricos, principalmente num contexto
emergencial, como é o caso das secas, merece aten ção a utilização das fontes de abastecimento de
água subterr ânea, pois esse recurso pode tornar-se significativo no suprimento hídrico da população
e dos rebanhos. Neste sentido, um fato preocupante é o desconhecimento generalizado, em todos os
setores, tanto do n úmero quanto da situação das captações existentes, fato este agravado quando se
observa a grande quantidade de captações de água subterr ânea no semi- árido, principalmente em
rochas cristalinas, desativadas e/ou abandonadas por problemas de pequena monta, em muitos casos
passíveis de serem solucionados com a ções corretivas de baixo custo.
Para suprir as necessidades das institui ções e demais segmentos da sociedade atuantes na
regi ão nordestina, no atendimento à popula ção quanto à garantia de oferta hídrica, principalmente
nos momentos críticos de estiagem, a CPRM est á executando o Projeto Cadastro de Fontes de
Abastecimento por Água Subterrânea em conson ância com as diretrizes do Governo Federal e dos
prop ósitos apresentados pelo Minist ério de Minas e Energia.
Este Projeto tem como objetivo a realiza ção do cadastro de todos os po ços tubulares, po ços
2
amazonas representativos e fontes naturais, em uma área de 722.000 km da regi ão Nordeste do
Brasil, excetuando-se as áreas urbanas das regi ões metropolitanas.
2. ÁREA DE ABRANG ÊNCIA
A área de abrang ência do projeto de cadastramento (figura 1) estende-se pelos estados do
Piauí, Cear á, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e
Espírito Santo.
Figura 1 – Área de abrang ência do Projeto
1
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Feliz Deserto
Estado de Alagoas
3. METODOLOGIA
O planejamento operacional para a realiza ção desse projeto teve como base a experi ência da
CPRM nos projetos de cadastramento de po ços dos estados do Cear á e Sergipe, executados com
sucesso em 1998 e 2001, respectivamente.
Os trabalhos de campo foram executados por microrregi ão, com áreas variando de 15.000 a
2
25.000 km . Cada área foi levantada por uma equipe coordenada por dois t écnicos da CPRM e
composta, em m édia, de seis recenseadores, na maioria estudantes de nível superior dos cursos de
Geologia e Geografia, selecionados e treinados pela CPRM.
O trabalho contemplou o cadastramento das fontes de abastecimento por água subterrânea (po ço
tubular, poço escavado e fonte natural), com determinação das coordenadas geogr áficas pelo uso do
Global Positioning System (GPS) e obten ção de todas as informa ções passíveis de serem coletadas
atrav és de uma visita t écnica (caracterização do poço, instalações, situação da capta ção, dados
operacionais, qualidade da água, uso da água e aspectos ambientais, geol ógicos e hidrológicos).
Os dados coletados foram repassados sistematicamente a Divis ão de Hidrogeologia e
Explora ção da CPRM, em Fortaleza, para, ap ós rigorosa an álise, alimentarem um banco de
dados. Esses dados, devidamente consistidos e tratados, possibilitaram a elabora ção de um
mapa de pontos d’ água, de cada um dos municípios inseridos na área de atua ção do Projeto,
cujas informa ções s ão complementadas por esta nota explicativa, visando um f ácil manuseio e
compreens ão acessível a diferentes usu ários.
Na elabora ção dos mapas de pontos d‘ água, foram utilizados como base cartogr áfica os mapas
municipais estatísticos em formato digital do IBGE (Censo 2000), elaborados a partir das cartas
topogr áficas da SUDENE e DSG – escala 1:100.000, sobre os quais foram colocados os dados
referentes aos po ços e fontes naturais contidos no banco de dados. Os trabalhos de arte final e
impress ão dos mapas foram realizados com o aplicativo CorelDraw. A base estadual com os limites
municipais foi cedida pelo IBGE. O mapa de pontos d’ água foi gerado a partir da Base Cartogr áfica
Digital do Estado de Alagoas, cedida pela Secretaria Executiva de Meio Ambiente, Recursos Hídricos
e Naturais – SEMARHN.
H á municípios em que ocorrem alguns casos de poços plotados fora dos limites do mapa
municipal. Tais casos ocorrem devido à imprecis ão nos traçados desses limites, seja pela pequena
escala do mapa fonte utilizado no banco de dados (1:250.000), seja por problemas ainda existentes
na cartografia estadual, ou talvez devido a informa ções incorretas prestadas aos recenseadores ou,
simplesmente, erro na obten ção das coordenadas.
Al ém desse produto impresso, todas as informa çõe s coligidas est ão disponíveis em meio
digital, através de um CD ROM, permitindo a sua contínua atualiza ção.
4. CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICÍPIO DE FELIZ DESERTO
4.1 - Localiza ção e Acesso
O município de Feliz Deserto est á localizado na regi ão sul do Estado de Alagoas, limitando-se
a norte com o município de Coruripe, a sul com Pia çabu çu, a leste com o Oceano Atl ântico e a oeste
2
com Penedo. A área municipal ocupa 91,78 km (0,33% de AL), inserida na meso-regi ão do Leste
Alagoano e na micro-regi ão de Penedo, predominantemente, na Folha Pia çabu çu (SC.24-Z-B-III), na
escala 1:100.000, editada pelo MINTER/SUDENE em 1989.
A sede do município tem uma altitude de aproximadamente 6,0 m e coordenadas geogr áficas
de 10°17’31,2’’ de latitude sul e 36°18’21,6’’ de longitude oeste.
O acesso a partir de Macei ó é feito através da rodovia pavimentada AL-101, com percurso em
torno de 156 km (figura 2).
2
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Feliz Deserto
Estado de Alagoas
01
-1
01
A
BR
B R -1 0
A L- 4 65
05
4
CANAPI
-1
6
1
MATA GRANDE
L -1
PE
RN
AM
BU
CO
B
3
R-
PE
RN
AM
BU
CO
CO
BU
AM
RN
PE
AL
3
B R -42
B R-3
AT
LÂ
NT
IC
O
BR
AL 4 13
4
42
OURO BRANCO
INHAPI
ÁGUA
BRANCA
16
-120
AL
BR 10
1
0
0
ARAPIRACA
AL
-1
10
01
-10°
36°
AL
AL-1
10
R1
AL
-10
1
AL -10 5
TRAIPU
B
1
AL
-1
22
-9°30´
35°30´
OC
EA
NO
AL
13
0
BATALHA
10
4
AL
R-
PÃO de AÇÚCAR
-
-
SE
RG
IPE
BR-316
B
PIRANHAS
6
-3 1
AL -220
BR
OLHO D’ÁGUA
do CASADO
A L -11 5
SANTANA do
IPANEMA
DELMIRO GOUVEIA
45
5
N
SE
RG
IPE
10
1
FELIZ
DESERTO
A L-
100 km
Convenções
Sede do município
Rodovias Federais:
pavimentadas
não pavimentadas
Rodovias Estaduais:
pavimentadas
não pavimentadas
Estradas vicinais
Figura 2 – Mapa de acesso rodovi ário
4.2 - Aspectos Socioecon ômicos
O município foi criado em 1960, desmembrado de Piaçabu çu. Segundo o censo 2000 do IBGE,
a popula ção total residente é de 3.836 habitantes, dos quais 1.928 do sexo masculino (50,30%) e
1.908 do sexo feminino (49,70%). S ão 2.848 os habitantes da zona urbana (74,20%) e 988 os da
2
zona rural (25,80%). A densidade demogr áfica é de 41,80 hab/km .
A rede p ública de sa úde n ão disp õe de hospital, tendo apenas 03 Unidades Ambulatoriais e 01
Posto de Sa úde. N ão existem consult órios m édicos ou odontol ógicos registrados no município.
Na área educacional, s ão 04 escolas de ensino pr é-escolar, com 171 alunos matriculados, 05
escolas de ensino fundamental, com 1.126 alunos matriculados e 01 escola de ensino m édio, com
113 alunos. No município, existem 1.636 habitantes alfabetizados com idades acima de 10 anos
(42,60% da popula ção).
Existem 2.853 eleitores cadastrados no município (74,40% da popula ção).
No município existem 885 domicílios particulares permanentes, dos quais 752 (85,00%)
possuem banheiro ou sanit ário e destes, apenas 09 (1,00%) possuem banheiro e esgotamento
sanit ário via rede geral. Cerca de 822 (92,90%) s ão abastecidos pela rede geral de água, enquanto
que 51 (5,80%) s ão abastecidos por po ço ou nascente e 12 utilizam outras formas de abastecimento
(1,30%). Apenas 726 (82,00%) domicílios s ão atendidos pela coleta de lixo, evidenciando a exist ência
de uma fonte de s érios problemas ambientais e de sa úde p ública para a popula ção.
Existe 01ag ência dos Correios no município. N ão h á infra-estrutura banc ária.
Possui 05 estações repetidoras de TV e 03 jornais di ários. A justi ça conta com conselho tutelar.
A infra-estrutura urbana indica 70% das vias pavimentadas e 100% iluminadas. O Município participa
do Programa Comunidade Solid ária para recebimento de auxílios, bem como de programas de
gera ção de trabalho e renda.
O PIB de Feliz Deserto foi de U$ 9.640.080,00 e o PIB per capita foi de U$ 2.610,00 em 1998.
O FPM = R$ 1.275.321,71, o ITR = R$ 2.074,55 e o Fundef = 242.915,14 (Anu ário Estatístico de
Alagoas – 2001). O sal ário m édio mensal é de R$ 256,75 (98,80% do sal ário mínimo nacional)
3
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Feliz Deserto
Estado de Alagoas
As principais atividades econ ômicas do município são: Com ércio, servi ços e pesca. Atualmente
conta com 17 empresas com CNPJ, atuantes (1998), ocupando 187 pessoas (4,90% da popula ção).
Na área de pecu ária, conta com os seguintes rebanhos (cabe ças): bovinos – 356; suínos – 40;
eq üinos – 85; asininos – 01; muares – 32; caprinos – 15; Ovinos – 103; aves – 617. A produ ção
leiteira é de 12.000 litros, a de ovos de galinha –1.000 d úzias.
Na área agrícola: Coco-da-baía – 610 ha (1.864.000 frutos); Manga – 01ha (33.000 frutos);
Maracuj á – 02 ha (76.000 frutos); Cana-de-a çucar – 1.801 ha – (64.164 t); Feij ão – 07 ha (02 t) e
Mandioca –01 ha (03 t).
3
O Extrativismo produz 04 t de carvão vegetal e 604 m de lenha..
No ranking de desenvolvimento, Feliz Deserto est á em 25º lugar no estado (25/101 municípios)
e em 4.499º lugar no Brasil (4.499/5.561 municípios) (www.desenvolvimentomunicipal.com.br).
4.3 Aspectos Fisiográficos
O município de Feliz Deserto est á inserido na unidade geoambiental da Baixada Litor ânea,
com relevo formado pelas Áreas Arenosas Litor âneas, onde se incluem as restingas, as dunas e os
mangues. As dunas t êm maior express ão nos litorais cearense e potiguar e, em menor propor ção do
litoral sul da Bahia at é o sul de Alagoas.Quanto às restingas e os mangues são mais expressivos no
litoral maranhense e nos litorais da Bahia e Pernambuco respectivamente.
Essa unidade apresenta um alto potencial de água de superfície, com rios que des águam em
estu ários e formam um sistema bastante intricado de circula ção de água, com freq üentes
contamina ções pela água do mar.
O potencial de água subterr ânea é alto, geralmente com águas de boa qualidade encontradas a
pouca profundidade, geralmente sobrepostas às águas salinas.
A vegetação é basicamente formada por Florestas Perenif ólia de Restinga.
O clima é do tipo Tropical Chuvoso, com ver ão seco, com chuvas de outono/inverno e período
chuvoso de janeiro/fevereiro at é setembro. A precipita ção m édia anual é de 1.867mm.
Com respeito ao solo, nas áreas de dunas ocorrem as Areias Marinhas, com solos profundos,
excessivamente drenados e de baixa fertilidade natural. Nas áreas posteriores às dunas ocorrem os
Podzóis, medianamente profundos, mal drenados e de muito baixa fertilidade natural.
4.4 Geologia
O município de Feliz Deserto encontra-se geologicamente inserido na Província Borborema,
representada pelos lit ótipos do Grupo Barreiras, Dep ósitos de P ântanos e Mangues e Dep ósitos
Litor âneos (Figura 3).
O Grupo Barreiras (ENb), est á representado por arenitos e arenitos conglomer áticos com
intercala ções de siltito e argilito.
Os Dep ósitos de P ântanos e Mangues (Qpm), constituem-se de areia, silte e materiais
org ânicos.
Os Dep ósitos Litor âneos (Q2l), são constituídos por areias finas e grossas e dunas m óveis.
4
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Feliz Deserto
Estado de Alagoas
o
o
36 2 4´
o
36 2 1´
36 1 8´
N
ENb
Feliz Deserto
Qpm
o
10 1 8´
o
10 1 8´
Ql2
Piabaçu
2
2
ESCALA GRÁFICA
0
0
2
2 km
4 Km
o
10 2 1´
10o 2 1´
o
o
o
36 2 4´
36 2 1´
36 1 8´
CONVENÇÕES GEOLÓGICAS
UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS
UNIDADES ESTRUTURAIS
Contato g eológico
Cenozóico
Q2l
Depósitos litorâneos : areia fina a grossa e dun as móv eis
Qfl
Depósitos flúvio-lagunare s (fl): lam a arenosa e carbonosa
Qpm
Depósitos de p ântanos e mangues (pm): areia, silte. a rgila e
material orgã nico
ENb
Grupo Barreiras (b): a renito e conglome rado, interca la ções
de siltito e argilito
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
Sed e M unicipal
Rodovias
Lim ites Inte rmun icipais
Rios e ria cho s
Açude/barrage m
Figura 3 – Mapa Geol ógico
5. RECURSOS HÍDRICOS
5.1 - Águas Superficiais
O município de Feliz Deserto encontra-se inserido na bacia hidrogr áfica do Rio Piauí, sendo
banhado pelos Riachos Manoel Lopes e Conduípe em sua por ção E, e pelo Rio Piauí, que alimenta
um sistema de lagunas no limite W do município, vindo posteriormente a desaguar no Oceano
Atl ântico. O padr ão de drenagem é do tipo pinado, uma varia ção do dendrítico, e direciona-se
preferencialmente no sentido NW-SE.
5
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea
Diagnóstico do Municí pio de Feliz Deserto
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5.2 - Águas Subterrâneas
5.2.1 – Domínios Hidrogeol ógicos
A área do município em estudo est á inserida no Domínio Hidrogeol ógico Intersticial, composto
por rochas de idade T ércio-quatern ária, constituída pelos sedimentos de cobertura da Forma ção
Barreiras, e aluvi ões e sedimentos arenosos, siltosos e argilosos de idade Quatern ária. Figura 4.
Figura 4 – Domínios Hidrogeol ógicos
6. DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS CADASTRADOS
O levantamento realizado no município registrou a presen ça de 19 pontos d’ água, sendo um poço
escavado e 18 poços tubulares, conforme mostra a figura 5.1.
Poço
escavado
5%
Poço tubular
95%
Poço escavado
Poço tubular
Figura 5.1 – Tipos de pontos d’ água cadastrados no município
6
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Com rela ção à propriedade do terreno onde est ão localizados os pontos d’ água cadastrados,
podemos ter: terrenos p úblicos, quando o terreno for de serventia p ública e; particular, quando for de
uso privado. Conforme ilustrado na figura 5.2, existem 12 pontos d’ água em terreno p úblico e seis em
terreno particular.
Particular
33%
Público
67%
Particular
Público
Figura 5.2 – Natureza da propriedade dos terrenos onde existem po ços tubulares.
Quanto ao tipo de abastecimento que se destina o uso da água, os pontos cadastrados foram
classificados em: comunit ários, quando atendem a v árias famílias e; particular, quando atendem
apenas ao seu propriet ário. A figura 5.3 mostra que 10 pontos d’ água destinam-se ao atendimento
comunit ário, tr ês pontos para atendimento particular e em cinco pontos a finalidade do abastecimento
n ão foi definida.
Não
Informado
28%
Particular
17%
Comunitário
55%
Não Informado
Comunitário
Particular
Figura 5.3 – Finalidade do abastecimento dos po ços.
Quatro situa ções distintas foram identificadas na data da visita de campo: po ços em opera ção,
paralisados, n ão instalados e abandonados. Os po ços em opera ção s ão aqueles que funcionavam
normalmente. Os paralisados estavam sem funcionar temporariamente devido a problemas
relacionados à manutenção ou quebra de equipamentos. Os n ão instalados representam aqueles
po ços que foram perfurados, tiveram um resultado positivo, mas n ão foram ainda equipados com
sistemas de bombeamento e distribuição. E por fim, os abandonados, que incluem po ços secos e
poços obstruídos, representam os po ços que n ão apresentam possibilidade de produ ção.
7
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A situa ção dessas obras, levando-se em conta seu car áter p úblico ou particular, é apresentada
em n úmeros absolutos no quadro 5.1 e em termos percentuais na figura 5.4.
Quadro 5.1 – Situa ção dos po ços cadastrados conforme a finalidade do uso
Natureza do Po ço Abandonado Em Opera ção
Paralisado
Comunit ário
1
9
Particular
3
Indefinido
1
4
Total
1
13
4
Abandonado
6%
Paralisado
22%
Em Operação
72%
Abandonado
Em Operação
Paralisado
Figura 5.4 – Situa ção dos po ços cadastrados em percentagem
Em rela ção ao uso da água, 48% dos pontos cadastrados s ão destinados ao uso dom éstico
prim ário ( água de consumo humano para beber); 44% s ão utilizados para uso dom éstico prim ário e
secund ário ( água de consumo humano para beber e uso geral); 4% s ão destinados à agricultura; e
em 4% para dessedentação animal, conforme mostra a figura 5.5.
Agricultura Animal
4%
4%
Doméstico
Secundário
44%
Doméstico
Primário
48%
Agricultura
Animal
Doméstico Primário
Doméstico Secundário
Figura 5.5 – Uso da água
8
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Diagnóstico do Municí pio de Feliz Deserto
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A figura 5.6 mostra a rela ção entre os po ços tubulares atualmente em opera ção e os po ços
passíveis de entrarem em funcionamento (paralisados e n ão instalados). Verifica-se que apenas um
po ço particular encontra-se n ão instalado ou paralisado, quanto cinco est ão em pleno funcionamento.
Com rela ção aos po ços tubulares p úblicos, tr ês po ço s encontram-se n ão instalados ou paralisados,
podendo, entretanto vir a operar, somando suas descargas àquelas dos oito po ços que est ão em uso.
15
10
5
0
Em Operação
Paralisado/Não Instalado
Particular
6
4
Público
9
15
Figura 5.6 – Rela ção entre po ços em uso e desativados
Com rela ção a fonte de energia utilizada nos sistemas de bombeamento dos po ços, a figura
5.7 mostra que seis poços particulares utilizam energia el étrica e nenhum outro utiliza outras fontes
de energia. Quanto aos po ços p úblicos 11 operam com energia el étrica e n ão se tem registro de uso
de outras fontes de energia.
18
12
6
0
Com Energia
Outras Fontes
Particular
7
0
Público
18
0
Figura 5.7 – Tipo de energia utilizada no bombeamento d’ água
6.1 – Aspectos Qualitativos
Com relação a qualidade das águas dos pontos cadastrados, foram realizadas in loco medidas
de condutividade el étrica, que é a capacidade de uma subst ância conduzir a corrente el étrica estando
diretamente ligada com o teor de sais dissolvidos sob a forma de íons.
Na maioria das águas subterr âneas naturais, a condutividade el étrica multiplicada por um fator,
que varia entre 0,55 a 0,75, gera uma boa estimativa dos s ólidos totais dissolvidos (STD) na água.
Para as águas subterr âneas analisadas, a condutividade el étrica multiplicada pelo fator 0,65 fornece
o teor de s ólidos dissolvidos.
o
Conforme a Portaria n 1.469/FUNASA, que estabelece os padr ões de potabilidade da água
para consumo humano, o valor m áximo permitido para os s ólidos dissolvidos (STD) é 1000 mg/L.
9
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Teores elevados deste par âmetro indicam que a água tem sabor desagrad ável, podendo causar
problemas digestivos, principalmente nas crian ças, e danifica as redes de distribui ção.
Para efeito de classifica ção das águas dos pontos cadastrados no município, foram
considerados os seguintes intervalos de STD (S ólidos Totais Dissolvidos):
0
501
a 500 mg/L água doce
a 1.500 mg/L água salobra
> 1.500 mg/L água salgada
Foram coletadas e analisadas amostras de água de oito poços tubulares. Os resultados das
an álises mostraram valores oscilando de 92,95 e 2.866,50 mg/L., com valor m édio de 767,57 mg/L.
Observando o quadro 5.2 e a figura 6, que ilustra a classifica ção das águas subterr âneas no
município, verifica-se a predomin ância de água salobra em 63% dos po ços cadastrados.
Quadro 5.2 – Qualidade das águas subterr âneas no município conforme a situa ção do po ço
Qualidade da água
Em Uso
Paralisado
Doce
3
1
Salobra
3
Salina
1
Total
7
1
Salina
13%
Doce
49%
Salobra
38%
Doce
Salobra
Salina
Figura 6 – Qualidade das águas subterr âneas do município.
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7. CONCLUS ÕES E RECOMENDA ÇÕES
A an álise dos dados referentes ao cadastramento de pontos d’ água executado no município
de Feliz Deserto, permitiu estabelecer as seguintes conclus ões e recomenda ções:
•
•
•
•
•
Dos 02 pontos d’ água cadastrados, com rela ção ao status, ambos (100,0%) estavam
paralisados, devido a diversos motivos. Estes se constituem em uma reserva potencial que
pode vir a refor çar o abastecimento do município desde que, ap ós uma an álise t écnica
criteriosa, forem considerados aptos à recupera ção.
No caso de ocorrerem poços com água salobra, principalmente se for destinada para uso
comunit ário, recomenda-se a instala ção de dessalinizadores, no sentido de adequ á-la para
utilização dom éstica, sem risco para a sa úde dos usuários. Caso se implemente esta medida
é preciso prever corretamente o manuseio do rejeito do dessalinizador, de forma a evitar a
contamina ção do solo e do aq üífero.
Recomenda-se que seja implantado um programa de manuten ção dos po ços, principalmente
no período de estiagem, com periodicidade m áxima anual, retirando-se o equipamento para
limpeza do mesmo e tamb ém do po ço, proporcionando a manuten ção ou a recupera ção da
vaz ão original.
Visando reduzir/eliminar a vulnerabilidade dos aq üíferos, e considerando que os po ços se
constituem em um veículo de contamina ção, recomenda-se algumas a ções preventivas para
evitar o risco. Para os po ços em operação e os paralisados, desde que passíveis de
recuperação, se faz necessário a ado ção de medidas de prote ção sanit ária tais como: selo
sanit ário, tampa de prote ção na boca do po ço, limpeza do terreno, cerca de proteção etc.
Quanto aos po ços abandonados recomenda-se a coloca ção de tampas, de prefer ência
soldadas, eliminando o risco de queda acidental de corpos estranhos e de pequenos animais.
Por fim, recomenda-se que as a ções acima referidas, principalmente para as águas de uso
comunit ário, sejam implementadas de comum acordo pelo Poder P úblico Municipal em
parceria com a comunidade usu ária, atrav és de seus representantes na C âmara Municipal e
dos líderes comunit ários das localidades envolvidas.
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8. REFER ÊNCIAS BIBLIOGR ÁFICAS
ANU ÁRIO MINERAL BRASILEIRO, 2000. Brasília: DNPM, v.29, 2000. 401p.
BRASIL. MINIST ÉRIO DAS MINAS E ENERGIA. Secretaria de Minas e Metalurgia; CPRM – Servi ço
Geol ógico do Brasil [CD ROM] Geologia, tect ônica e recursos minerais do Brasil, Sistema de
Informa ções Geográficas SIG. Mapas na escala 1:2.500.000. Brasília: CPRM, 2001. Disponível
em 04 CD’s
FUNDA ÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Geografia do
Brasil. Regi ão Nordeste. Rio de Janeiro: SERGRAF, 1977. Disponível em 1 CD
FUNDA ÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Mapas Base dos
municípios do Estado de Alagoas. Escalas variadas. In édito.
LEAL, Jos é Menezes Invent ário hidrogeol ógico do Nordeste. Folha nº 20
SUDENE, 1970. 150p.
Aracaj ú NE. Recife:
RODRIGUES E SILVA, Fernando Barreto; SANTOS, José Carlos Pereira dos; SILVA, Ademar Barros
da et al [CD ROM] Zoneamento Agroecol ógico do Nordeste do Brasil: diagn óstico e
progn óstico. Recife: Embrapa Solos. Petrolina: Semi-Árido, 2000. Disponível em 1 CD
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ANEXO 1
PLANILHA DE DADOS DAS FONTES DE ABASTECIMENTO
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C ÓDI GO
PO ÇO
CW167
CW213
CW401
CW402
CW403
CW404
CW408
CW409
CW410
CW411
CW412
CW414
CW415
CW416
CW417
CW418
CW419
CW420
CW422
LOCALIDADE
Pindorama
Balneário de Feliz Deserto
Sitio Três Noites
Fazenda Santa Izabel
Fazenda Santa Izabel
Fazenda São Jose
Povoado Pontes
Povoado Pontes
Alto do Cemitério
Alto do Cemitério
Alto do Cemitério
Alto do Cemitério
Alto do Cemitério
Praça Domingo Mendes
Rua Vereador Manoel
Rua Presidente Getulio Vargas
Rua Presidente Getulio Vargas
Frexeiras
Fazenda Bela Vista
LATITUDE
S
LONGITUDE
W
PONTO DE
ÁGUA
NATUREZA DO
TERRENO
101901,7
101711,2
101727,3
101626,9
101626,5
101619,6
101514,9
101534,2
101723,7
101725,3
101725,2
101725,5
101725,0
101728,0
101727,9
101719,8
101719,6
101913,9
101708,5
361956,4
361956,3
361742,8
361920,0
361923,7
361923,1
362255,2
362256,2
361829,3
361827,3
361826,6
361825,9
361825,7
361825,1
361826,6
361811,6
361811,6
361840,9
361724,8
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Escavado
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Poço Tubular
Publico
Publico
Particular
Particular
Particular
Particular
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Publico
Particular
Particular
Particular
PROF.
(m)
55,00
70,00
94,00
96,00
42,00
45,00
36,00
42,00
VAZ ÃO
(L/h)
SITUA ÇÃO DO
PO ÇO
EQUIPAMENTO DE
BOMBEAMENTO
FONTE DE
ENERGIA
Paralisado
Abandonado
Em Operação
Em Operação
Em Operação
Em Operação
Em Operação
Em Operação
Em Operação
Em Operação
Paralisado
Em Operação
Em Operação
Em Operação
Em Operação
Paralisado
Em Operação
Paralisado
Em Operação
Bomba Submersa
Trifásica
Bomba Centrifuga
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Submersa
Bomba Centrifuga
Bomba Centrifuga
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Trifásica
Monofásica
FINALIDADE
DO USO
STD
(mg/L)
Comunitário
Particular
Particular
Particular
Comunitário
Comunitário
Comunitário
Comunitário
Comunitário
Comunitário
Comunitário
Comunitário
76,70
805,35
137,80
102,70
1091,35
860,60
92,95
183,30
Comunitário
2866,50
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ANEXO 2
MAPA DE PONTOS D’ Á GUA
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