Por que é que as células do coração deixam de comunicar entre si

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Equipa da Universidade de Coimbra
Por que é que as células do coração deixam de comunicar
entre si
21.05.2012 - 18:09
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A equipa de Henrique Girão, da
Universidade de Coimbra, identificou, pela
primeira vez, um mecanismo responsável
pela desregulação da comunicação entre as
células. A descoberta pode ter implicações
importantes nas doenças cardíacas.
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Henrique Girão, o chefe da equipa que fez a descoberta (DR)
Publicados na revista Molecular Biology of the Cell, estes resultados do estudo demonstram
ESTATÍSTICAS
MUNDO Alexandra Prado Coelho
que a proteína ubiquitina assume o papel principal na degrada ção de uma outra proteína – a
conexina-43 , que assegura a comunicação rápida e eficaz entre a maioria das células,
contribuindo para o funcionamento normal de órgãos e tecidos, explica um comunicado da
Universidade de Coimbra.
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No caso do coração, estes canais de comunicação asseguram a propaga ção rápida de um
sinal, que est á na origem do batimento cardíaco. Assim, alterações na comunica ção entre
células cardíacas, mediada pela conexina-43, poderão estar na origem de várias patologias,
como a doença coronária, a insuficiência cardíaca, arritmias e enfarte.
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Os investigadores identificaram o mecanismo respons ável pela remoção da conexina-43 da
membrana das c élulas, e posterior eliminação, resultando numa diminuição, ou ausência, da
comunicação entre as células. Condi ções que contribuam para uma maior degrada ção da
FUNCIONALIDADES
podem estar na origem de patologias que envolvam uma diminuição da
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comunicação intercelular. Por exemplo, esta degradação é activada quando as células ficam
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privadas de nutrientes, o que acontece quando n ão chega sangue suficiente aos tecidos.
“Os resultados obtidos neste estudo abrem caminho para o desenvolvimento, no futuro, de
novas abordagens terap êuticas que previnam ou impeçam a elimina ção destes canais e,
deste modo, assegurem uma correcta comunicação entre as células ”, diz Henrique Girão,
referindo-se à importância da conexina-43 no funcionamento do coração.
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O estudo, que teve a participação de cardiologistas do Centro Hospitalar e Universit ário de
Coimbra (CHUC), entre outros, foi feito em células em cultura. Agora, o trabalho vai
prosseguir em ratos sujeitos a isquemia card íaca (a paragem ou insufici ência de
fornecimento de sangue ao cora ção), para se estudar o impacto e as implica ções desta
descoberta no desenvolvimento de doenças cardíacas.
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O objectivo é também perceber como é que alterações da comunica ção intercelular
“contribuem para o aparecimento e desenvolvimento de outras doenças, como o cancro e a
diabetes”, diz Henrique Girão: “Come çámos por estudar o cora ção, porque é um modelo de
excelência, onde a desregula ção da comunicação tem implicações mais imediatas, mas a
nossa inten ção é prosseguir estes estudos no contexto de outras doen ças.”
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