GADAMER E A DIALÉTICA DE HEGEL

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Área:
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA
Coordenadoria de Pesquisa – CPES
Campus Universitário Ministro Petrônio Portela, Bloco 06 – Bairro Ininga
Cep: 64049-550 – Teresina-PI – Brasil – Fone (86) 215-5564
E-mail: [email protected]
GADAMER E A DIALÉTICA DE HEGEL
Virna da Conceição Moura Fé (bolsista PIBIC/CNPq), Gustavo Silvano Batista (Orientador,
Depto de Pedagogia – UFPI)
INTRODUÇÃO Esta pesquisa propôs compreender como Has-Georg Gadamer se inseri no “debate”
com Hegel e as contribuições de Hegel para a hermenêutica filosófica de Gadamer, no sentido de
estabelecer uma relação de mediação entre Hegel e Gadamer enfatizando os aspectos teóricos onde
os autores se convergem e divergem. Sua abordagem é bibliográfica, uma vez que tentamos situar
Hegel e Gadamer em um contexto histórico para entender de maneira mais ampla seus
pensamentos, principalmente no que se refere às noções de Dialética, Tradição e Historia. Na
pretensão de tematizar a dialética, investigando as transformações que a dialética sofreu desde
Hegel e chegando a Gadamer, neste ponto realçando a formulação da Dialética por Hegel e as
considerações feitas por Gadamer. Os resultados mostraram que Gadamer ao estudar Hegel se
inspirou de que a experiência adquirida é resultado do encontro da consciência com um objeto, ou
seja, não havendo uma separação entre realidade e pensamento e assim concebendo sobre a forma
idealista. Ambos, tanto Hegel como Gadamer, ao analisar e aprofundar sobre essa mesma lógica, da
realidade e consciência, desenvolveram afinidades de reflexões, acarretando convergentemente
ideias. E isso insiste em ser um dos aspectos relevantes dessa investigação, ou seja, possibilitou
importantes contribuições que marcou profundamente o pensamento ocidental. METODOLOGIA A
pesquisa constitui-se a partir de métodos conceituais e bibliográficos, assim como a utilização de
textos auxiliares para compor e auxiliar na compreensão e esclarecimento da questão enfatizada.
Utilizou-se uma abordagem qualitativa com reuniões periódicas onde se travam debates e
discussões. São produzidos fichamentos, resumos e análises teóricas dos textos e artigos lidos, com
finalidade de uma análise aprofundada do pensamento filosófico. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na
percepção de uma filosofia Hegeliana podemos destacar a sua força na humanidade, sendo
compreendida de várias maneiras e expandida em todo o mundo, envolvendo seguidores do qual se
debruçaram satisfatoriamente sobre suas obras em busca de uma interpretação, persistindo então
até os dias atuais. É notável essa força da filosofia hegeliana, sua perspicácia está na sua própria
universalidade e aplicabilidade interna dinâmica do seu método, Hegel, sistematizou como forma de
justificar a realidade a partir do sujeito e sua consciência, realidade que é capaz de ser expressa em
categorias reais, objetivando assim alcançar a totalidade das coisas. A dialética hegeliana se destaca
também pela sua forma em vez de seu conteúdo e estabelece princípios, sendo eles: a contradição, a
mediação e a totalidade. Assim, Hegel, elaborou a tríade que se movimenta da seguinte forma:
primeiro existe a TESE, que é a ideia, gerando uma ANTÍTESE, que se contrapõe à TESE, surgindo
assim a SÍNTESE, que é a superação das anteriores. Em Hegel a filosofia e a história encontram-se.
Sendo um grande filósofo que se envolveu com a história, Hegel, causou assim uma grande mudança
na própria história. O significado da história para Hegel é todo o conjunto complementado pela grande
tríade: IDÉIA – NATUREZA – ESPÍRITO, ou seja, “é o desenvolvimento do Espírito no Tempo, assim
como a Natureza é o desenvolvimento da Ideia no Espaço”. Ao aproximar Hegel e seus seguidores
destacaremos o filósofo alemão Hans-Georg Gadamer que possibilitou importantes contribuições que
marcou profundamente o pensamento ocidental, sendo um dos responsáveis por recuperar a noção
de "tradição”, que havia tornado-se submissa da razão e por vezes inexistente, no determinado
momento. Vale ressaltar, que o foco da filosofia de Gadamer é a forma como se dá a compreensão e
interpretação sem impor métodos. Daí se tira o conceito de hermenêutica, que para Gadamer, não se
reduz apenas a uma técnica/arte de compreensão ou instrumento metodológico, pois a compreensão
não pode ser controlada por regras, por ser uma condição inerentemente humana. Mas sim, o que
nós somos e como compreendemos o mundo e as coisas depende das nossas tradições, do que vem
sendo acumulado pelo tempo e repassado de geração para geração. Gadamer ao estudar Hegel se
inspirou de que a experiência adquirida é resultado do encontro da consciência com um objeto, ou
seja, não havendo uma separação entre realidade e pensamento e assim concebendo sobre a forma
idealista. Ambos, tanto Hegel como Gadamer, ao analisar e aprofundar sobre essa mesma lógica, da
realidade e consciência, desenvolveram afinidades de reflexões, acarretando convergentemente
ideias. Diferentemente de Kant (adversário filosófico de Hegel) que propõe a separação entre o
sujeito e o objeto, acarretando a oposição de ideias. CONCLUSÃO Pelo que vimos até aqui,
podemos dizer que a filosofia de Hegel, Kant e Gadamer são essencialmente relevantes para o
pensamento ocidental, da qual desencadearam movimentos de várias características pelo mundo
todo, alguns racionais (Dewey/ Profeta da democracia norte-americana, Walt Whitman) e outros
irracionais e irreligiosos (comunismo/ fascismo). Esses acontecimentos que nos permite, ao olharmos
para o passado, ver como refletimos e nos relacionamos com o mundo em geral e as pessoas, como
buscamos alternativas para viver em sociedade, desenvolvendo princípios e buscando a solução dos
problemas. Sempre nos perguntando se essa reflexão pode estar contida na relação dialética de
Hegel ou na hermenêutica filosófica de Gadamer, tentar entender o mundo com os olhos desses
filósofos é formar e produzir novos conhecimentos. Palavras-chaves: Debate. Mediação.
Pensamento ocidental. APOIO: CNPq
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BERNARD, Bourgeois. Hegel- Os atos do espirito. 1. Ed. São
Leopoldo, Unisinos, 2014.
GADAMER, Hans-Georg. Verdade e Método. 5a. Edição revisada. Trad. de Flávio Paulo Meurer,
nova revisão de Enio Paulo Giachini e Márcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis: Vozes, 2003.
HEGEL, Georg Wilhelm Fridrich. A razão na Historia. Trad. de Beatriz Sidou. São Paulo: 2. Ed.
Morais, 1999.
ROSENFIELD, Denis. Hegel. 2. Ed. Rio de Janeiro: Zarar, 2002.
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