conceito maitland

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CONCEITO MAITLAND
História do Conceito
Maitland apresentou um trabalho, em 1962, na Physiotherapy Societhy of Australia,
denominado “ The Problems of Theching Vertebral Manipulation” , no qual ele mostrou uma
clara diferença entre manipulação e mobilização e tornou-se um forte advogado do uso de
movimento passivos gentis no tratamento da dor, além das técnicas mais tradicionais
usadas para aumentar a amplitude de movimento. Neste contexto pode ser adequado citar
James Cyriax, um fundador da medicina ortopédica e uma grande influência no
desenvolvimento da terapia manipulatiava adotada pelos fisioterapeutas.
Geoff Maitland
Conceito Maitland surgiu na década de 60, na Austrália (país com grande tradição na
formação de fisioterapeutas manipulativos), sendo idealizado pelo Fisioterapeuta Geoff
Maitland. Atualmente, consiste em um método padrão e imprescindível na vida profissional
de fisioterapeutas que trabalham com terapia manual. Este conceito baseia-se em dados
clínicos colhidos através de uma anamnese minuciosa, o exame físico (movimentos ativos,
passivos e acessórios), sinais e sintomas, assim como os efeitos das técnicas sobre estes
sinais e sintomas, que em conjunto levam o fisioterapeuta a um provável diagnóstico e
conseqüentemente a uma melhor escolha das técnicas de tratamento, a fim de uma melhor
evolução e resolução do problema.
A terapia manual é uma parte da fisioterapia onde o fisioterapeuta aprende a avaliar como
um todo seu paciente, avaliando a dor e disfunção, detectando anormalidades do
movimento, testando tecidos estruturais anatômicos e formar um programa de tratamento
relacionado diretamente com os achados da avaliação cumprindo seu objetivo.
Os terapeutas manuais utilizam suas habilidades de avaliação, conhecimento de anatomia,
biomecânica, fisiologia, ergonomia, etc, para relevar a importância de cada componente de
hipótese de trabalho da causa do problema do paciente.
Grande parte da importância do conceito reside na avaliação manual dos movimentos
fisiológicos (osteocinemáticos) e acessórios (artrocinemáticos) articulares. Este exame
manual é parte essencial do diagnóstico físico de disfunções da coluna realizado pelo
fisioterapeuta manipulativo (Jull et al, 1994).Lesões e patologias podem produzir disfunções
destes movimentos fisiológicos e os mesmos podem ser reestabelecidos através de
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técnicas de mobilização (movimentos oscilatórios) e manipulação (movimentos de alta
velocidade). Pesquisas têm mostrado que tal tratamento é mais eficaz do que o tratamento
tradicional (Ottenbach e DiFabio 1994). Por exemplo, a terapia manipulativa espinhal (tanto
a mobilização quanto a manipulação) é mais eficaz no tratamento da dor lombar do que
cuidados médicos e tratamento conservador tradicional (Van Tulder et al 1994).
Bases anatômicas e fisiológicas
As mobilizações articulares são realizadas em qualquer articulação sinovial e
funcional, respeitando as direções e amplitudes do movimento. Os tipos de
superfícies articulares móveis são classificadas como côncavas, convexas ou
planas. (Kaltenborn 1971). A movimentação entre articulações côncavoconvexas dependem
da peça que se encontra como ponto fixo. Um bom exemplo, é a flexão do joelho em cadeia
aberta comparada a cadeia fechada.
Na cadeia aberta, o ponto fixo é o fêmur, com superfície articular convexa,
também conhecida com peça “macho”, nesse caso o deslizamento e
rolamento da superfície da tíbia seguem a mesma direção. Quando a tíbia,
superfície côncava, se torna o ponto fixo, o deslizamento ocorre na direção
oposta ao rolamento, para que se mantenha a congruência articular. Nas
superfícies articulares vertebrais, com exceção da C0-C1 e C1-C2, a direção
do deslizamento e rolamento são as mesmas seguindo o movimento
fisiológico.
Pontos importantes para o Fisioterapeuta ao mobilizar uma
articulação:
-Posicionar a articulação na posição de repouso inicialmente para
obter menos resistência dos tecidos conjuntivos.
-Posicionar-se corretamente, para que sua aplicação seja feita com
menor esforço e maior eficiência.
-Mobilizar respeitando a orientação das superfícies articulares.
Nesse caso o conhecimento anatômico é extremamente
necessário, porém não soberano. A individualidade anatômica de
cada um precisa ser respeitada
-Utilizar o grau de mobilização apropriado ao estágio da disfunção.
-Evoluir as mobilizações passivas acessórias (artrocinemática) e
fisiológicas, para movimentos ativos, com qualidade.
Maitland o pilar da fisioterapia Manipulativa
O Conceito Maitland tem sido um dos pilares da fisioterapia manipulativa moderna. Ter a
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oportunidade de ver e praticar as técnicas executadas de uma maneira precisa pode servir
para ajudar qualquer clinico a entender e aplicar os métodos de fisioterapia manipulativa
mais efetivamente no cenário clínico.
O “conceito”, como é conhecido, do tratamento manipulativo adotado é baseado na
avaliação e resposta ao tratamento, (sintoma: seu local, sua qualidade e seu
comportamento aos movimentos e posições). É a resposta de movimento/ dor que constitui
metade da pedra fundamental do conceito, a outra metade sendo a avaliação analítica. É a
avaliação analítica que revela as alterações nas respostas de dor/ movimento durante o
tratamento.
Pilares do conceito
Avaliação.
Resposta /movimento/dor e sua adaptação no tratamento até o episódio atual do paciente.
Modo específico de pensar quando se lida com certo diagnóstico.
A aceitação crescente da manipulação é causada por:
Avaliação analítica contínua
Suavidade das técnicas iniciais de tratamento
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Efeitos do tratamento que podem fornecer um refinamento para o diagnóstico diferencial e
prognóstico.
Princípios da Técnica
Há duas formas de manipulação: oscilações rítmicas em diferentes posições da
amplitude de movimento e os impulsos manipulativos (thrust) próximos ao limite da
amplitude de movimento.
Porém e importante lembrar que as técnicas de mobilização devem ser dominadas
antes que se tente a manipulação.
Ao executar as técnicas, deve-se prestar atenção em muitos detalhes como
posicionamento, ritmo do movimento, velocidade, graduação dos movimentos,
contato das mãos, modificação das estruturas do paciente. O fator mais importante
para alcançar a mobilização efetiva e aprender a perceber ou sentir o movimento.
As técnicas de tratamento podem ser usadas em dois conjuntos básicos de
circunstancias: o tratamento da rigidez ou da dor. A opção de técnica dependerá do
objetivo.
Indicações para utilização das Mobilizações Articulares Passivas
As indicações devem estar relacionadas com a técnica escolhida. A restauração da
artrocinemática (movimentos acessórios) é preconizada na maioria dos casos
antes das mobilizações osteocinemáticas (movimento fisiológico) (MacConaill e
Basmanjian 1969), exceto em pacientes com prótese articular e lassidão
ligamentar.
-Aumentar o movimento articular acessório e fisiológico
-Diminuir e controlar quadro álgico.
-Diminuir o espasmo muscular protetor (Cuidado! Em pacientes com quadro
clínico de instabilidade, diminuir o espasmo muscular na fase aguda seria
imprudente).
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Contra-indicações e Precauções das Mobilizações Articulares Passivas
Exceto alguns casos, as contra-indicações são mais relativas que absolutas,
principalmente para o Fisioterapeuta experiente.
De acordo com Petersen e Foley (2003):
-Artrite reumática, fase aguda; espondilose cervical com isquemia
vértebrobasilar, luxação, articulações com hipermobilidade, espondilolistese,
espondilite anquilosante. Evidência de qualquer processo inflamatório na
presença dessas patologias é contra-indicação absoluta
-Enfraquecimento dos ossos, fraturas, malignidade, osteoporose, osteomielite,
tuberculose
-Distúrbios circulatórios, como aneurismas, terapia anti-coagulante,
aterosclerose e insuficiência vértebrobasilar da artéria vertebral. (contra–
indicação absoluta para as mobilizações grau V).
-Hérnia de disco com envolvimento neurológico grave.
-Presença de doenças infecciosas.
Terapia Manual e Maitland
A Terapia manual apresenta hoje em dia como ferramenta primeira de tratamento.
Seu inicio, nos anos de 1940 e 1950, com os irmãos Mennel transforma o enfoque
manipulativo de Hipócrates/ Still/ Palmer para manobras mais suaves da
mobilização. Seus seguidores como Kaltenborn, Maitland, Mulligan trasformam o
conceito básico dos irmãos Mennel para novos conceitos que mudam a forma de
avaliar e tratar os pacientes. Cada um deles dentro de sua genealidade, traça um
perfil autônomo em seu momento da história que ficara marcado por muito e muitos
anos. Seguimos o gênio Geoffrei Douglas Maitland, característica de sua
metodologia impecável de avaliar, tornou-se mentor para tantos outros. Um
de seus seguidores, Dr. Gordom Cummings, trouxe ao Brasil na década de 90,
século passado, as idéias de Maitland, e assim foi difundido através se seus cursos
este novo conceito.
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Introdução a técnica
A manipulação NÃO é como muitos acreditam, um tratamento empírico. Embora
muitos autores descrevem somente técnicas e técnicas, o propósito deste curso
está voltado para as habilidades de raciocínio analítico de alterações encontradas
no paciente. Este jogo não pode ser comparado a um jogo de golfe onde o jogador
usa a técnica para bater a bola na direção que ELE QUER, embora a maioria das
pessoas tenda a usar as técnicas de manipulação desta forma. Este jogo deve ser
jogado como um xadrez, onde diferentes peças podem ser movimentadas em
muitos caminhos diferentes e específicos, e onde os planos são feitos e destruídos
e alterados até que o objetivo seja alcançado.
Terapia manual de Maitland na capsulite adesiva do ombro: estudo de caso
Marcelo Luza*Lisiane Piazza**Rodrigo de Freitas Rabello***
Resumo
A presente pesquisa do tipo estudo de caso teve por objetivo investigar as
respostas das mobilizações passivas oscilatórias controladas de Maitland na
amplitude de movimento ativa do ombro na capsulite adesiva. A amostra foi
composta por um indivíduo, do sexo masculino, da raça branca, com idade de 44
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anos, profissional autônomo, com diagnóstico de capsulite adesiva do ombro
direito, o qual se apresentava no estagio três da capsulite adesiva, quadro de
rigidez capsular. Foi realizada a coleta de dados da amplitude de movimento
articular ativa do ombro através do goniômetro manual universal, sendo avaliados
os movimentos de flexão, abdução, rotação interna e externa do membro afetado.
O indivíduo foi submetido a dez sessões, onde foram utilizadas as mobilizações
passivas oscilatórias controladas de Maitland, sendo realizadas três repetições de
sessenta movimentos nos sentidos de deslizamento caudal, deslizamento posterior
e deslizamento anterior da cabeça umeral. Após a décima sessão, foi realizada a
goniometria conforme a avaliação inicial. Os dados coletados foram tratados de
forma descritiva e apresentados em forma de gráfico. Como resultado, a pesquisa
evidenciou melhora da amplitude de movimento ativa do ombro para todos os
movimentos avaliados. Conclui-se que as mobilizações passivas oscilatórias
controladas de Maitland merecem destaque no tratamento da capsulite adesiva do
ombro, apresentando-se como um procedimento eficaz para a restauração da
mobilidade articular do ombro.
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 148, Septiembre
de 2001
Artigos e Publicações MAITLAND
Évaluation de la fréquence des accidents liés aux manipulations
vertébrales à partir d’une enquête rétrospective
réalisée dans quatre départements français
Complications following vertebral manipulation-a survey
of a french region physicians
A. Dupeyron *, Ph. Vautravers, J. Lecocq, M.E. Isner-Horobeti
Shoulder Pain
Scott David Martin ,Thomas S. Thornhill
Causes of complications from cervical spine manipulation
Timothy Mannand Kathryn M.Refshauge
Private Practice, New South Wales The University of Sydney
Effectiveness of manipulative physiotherapy for the treatment of a neurogenic
cervicobrachial pain syndrome: a single case study – experimental design
I. M. Cowell, D. R. Phillips
Chigwell Physiotherapy Clinic, Essex, UK
Manual therapy treatment of cervicogenic dizziness:
a systematic review
Susan A. Reid*, Darren A. Rivett
Neck Pain
Kenneth K. Nakano
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Manual examination of accessory movements–seeking
N. J. Petty,* C. Maher,w J. Latimer,w M. Leew
A descriptive study of the usage of spinal manipulative therapy
techniques within a randomized clinical trial in acute low back pain
Deirdre A. Hurleya,, Suzanne M. McDonoughb, G. David Baxterb,
Martin Dempsterc, Ann P. Moored
Manipulation of the cervical spine
W. A. Hing*, D. A. Reid*, M. Monaghanw
Measurement of Accessory Motion:Critical Issues and Related Concepts
Daniel L Riddle
Biomechanics of Joints
Eric L. Radin , Sheldon R. Simon
The cercical Spine and NecK
Orthopaedic Examination made Easy
Clinical Neuroanatomy of the Abdomen and Pelvis: Implications for Surgical
Tratment of Prolapse
Margarey Roberts, MD, PhD
Foot and Ankle Biomechanics
Jeffrey D. Towers, M.D Cristopher T. Deble, M.D, and Sara K, Golla, M.D
Causes of complications from cervical spine manipulation
Timothy mann and Kathryan M. Refshauge
Manual Therapy treatment of cervicogenic dizziness a systematic review
Susan A. Reid, darren A. Rivett
Diagnosis and classification of chronic low back pain disoders:Maladaptative
movement and motor control impairments as underlyng mechanism
Peter O'Sullivan
OBS: ARTIGOS NA INTEGRA DISTRIDUIDOS COMO MATERIAL
COMPLEMENTAR NO CURSO CONCEITO MAITLAND
Vídeos de Técnicas de Maitland PELO MUNDO
http://www.youtube.com/watch?v=pncefI5qyog&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=t0OCzavA6SY&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=wQhUm6wZyXQ&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=3QGgbdz4u1I&feature=related
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