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Questionário - Proficiência Clínica
Área: Hematologia
Rodada: Fev/2012
Tema
DOENÇAS ONCOHEMATOLÓGICAS NA PRÁTICA LABORATORIAL
Elaborador
Raimundo Antônio Gomes Oliveira. Professor Adjunto de Hematologia Clínica. Coordenador do Curso
de Especialização em Hematologia Clínica do DEFAR UFMA. Coordenador do Laboratório do Centro de
Pesquisa Clínica e Chefe do Serviço de Imunofenotipagem – CEPEC – HU-UFMA. Doutor em Análises
Clínicas - Hematologia pela USP.
Introdução
O presente questionário enfatiza exames essenciais (hemograma, mielograma e imunofenotipagem) para o
diagnóstico das neoplasias hematológicas, alguns de seus critérios de avaliação. É baseado em casos
práticos do dia a dia, demonstrando a importância em se caracterizar uma neoplasia hematológica específica
para tratamento adequado.
O hemograma é sempre o ponto de partida para o diagnóstico oncohematológico. As questões de 1 à 9
tratam sobre este tema na triagem dos principais tipos de neoplasias hematológicas.
Questão 1
Questão 2
Questão 3
Questão 4
Questão 5
Questão 6
Um paciente com leucemia aguda, ao diagnóstico, poderia apresentar no hemograma, exceto:
1.
Leucocitose sem blastos;
2.
Leucopenia sem blastos;
3.
Leucócitos ainda dentro dos limites de referência com ou sem blastos;
4.
Plaquetas normais.
Qual dos parâmetros abaixo fala contra o critério diagnóstico de uma leucemia linfóide crônica no
hemograma?
1.
Hemoglobina ainda normal;
2.
Leucocitose sem blastos;
3.
Leucopenia;
4.
Plaquetas normais ou plaquetopenia.
Um paciente com mielofibrose com metaplasia mielóide poderia apresentar no hemograma, exceto:
1.
Mieloblastos;
2.
Linfoblastos;
3.
Eritroblastos;
4.
Plaquetas normais; plaquetose; ou plaquetopenia.
Um paciente com leucemia mielóide aguda ao diagnóstico poderia apresentar no hemograma, exceto:
1.
Mieloblastos e monoblastos juntos;
2.
Eritroblastos e linfoblastos juntos;
3.
Eritroblastos e mieloblastos juntos;
4.
Plaquetas normais; plaquetose; ou plaquetopenia.
Qual resposta estaria associada ao caso: Paciente portador de leucemia mielóide crônica (LMC) cujo
hemograma revelou: Leucócitos /mm3 = 79.000/mm3; contagem diferencial com: 21% seg. neutrófilos; 7%
bastões neutrófilos; 10% metamielócitos neutrófilos; 12% mielócitos neutrófilos; 12% promielócitos; 9%
blastos; 3% eosinófilos; 23% basófilos; 1% monócitos e 2% linfócitos. Plaquetas = 1.200.000/mm3; Hb =
7,0g/dL?
1.
LMC em fase crônica incipiente;
2.
LMC em fase crônica clássica;
3.
LMC em fase acelerada;
4.
LMC em crise blástica.
Paciente idoso, masculino, cujo hemograma revelou: Leucócitos /mm3 = 2.900/mm3; contagem diferencial
com: 90% linfócitos; 8% segmentados neutrófilos; 1% monócitos; 1% eosinófilos. Plaquetas = 12.000/mm3;
Hb = 5,7 g/dL. As respostas a seguir poderiam estar associadas ao caso, exceto:
1.
Leucemia mielóide aguda;
2.
Leucemia linfóide aguda;
3.
Síndrome mielodisplásica;
4.
Doença mieloproliferativa crônica.
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Questionário - Proficiência Clínica
Área: Hematologia
Rodada: Fev/2012
Questão 7
Questão 8
Questão 9
Adulto jovem, masculino, cujo hemograma revelou: Leucócitos /mm3 = 15.000/mm3; contagem diferencial
com: 87% segmentados neutrófilos; 8% linfócitos; 2% monócitos; 1% eosinófilos; 2% basófilos. Plaquetas =
720.000/mm3; hemoglobina = 15,7 g/dL e VCM 72,7 fL. Qual das respostas a seguir poderia melhor justificar o
caso descrito?
1.
Paciente com anemia ferropriva;
2.
Paciente com policitemia vera associado à ferropenia;
3.
Paciente com trombocitemia essencial;
4.
Paciente com síndrome mielodisplásica.
Todas as respostas a seguir poderiam estar associadas ao hemograma de um caso de leucemia
mielomonocítica crônica ao diagnóstico, exceto:
1.
Presença de blastos;
2.
Monocitose absoluta e relativa;
3.
Neutropenia absoluta;
4.
Displasia nos neutrófilos.
Tomando por base os critérios adotados pela classificação WHO (World Health Organization; OMSOrganização Mundial de Saúde, 2001), responda:
Todas as respostas a seguir poderiam estar associadas ao hemograma de um caso de leucemia mielóide
crônica (reação da PCR positiva para o oncogene BCR/ABL+ e citogenética com a t (9;22), ao diagnóstico
(sem tratamento prévio), exceto:
1.
Displasia nos neutrófilos;
2.
Hiperleucocitose (leucócitos totais > 100.000/mm3);
3.
Neutrofilia, eosinofilia, basofilia e monocitose absoluta;
4.
Hiperplaquetose (plaq. > 1.000.000/mm3).
Após a suspeita de uma neoplasia pelo hemograma e clínica, deve-se partir para o diagnóstico diferencial
através de mielograma, citoquímica, imunofenotipagem ou até biópsia.
As questões 10 a 15 tratam desse tema.
Questão 10
Questão 11
Para elucidar um caso clínico cuja história revelava: Esplenomegalia extremamente volumosa, com um
hemograma que havia demonstrado: Leucócitos /mm3 = 22.000/mm3; contagem diferencial com desvio à
esquerda neutrofílico, presença de poucos blastos, plaquetose e eritroblastos circulantes, cujo mielograma se
mostrou hipocelular, deve-se:
1.
Considerar a possibilidade de leucemia mielóide crônica e sugerir citogenética para investigação da
t(9;22) ou pesquisa de BCR/ABL pela PCR como testes confirmatórios;
2.
Considerar a possibilidade de hemoglobinúria paroxística noturna (HPN);
3.
Considerar a possibilidade de calazar;
4.
Considerar a possibilidade de mielofibrose com metaplasia mielóide e sugerir biópsia de medula óssea
para confirmação diagnóstica.
Tomando por base a classificação WHO (World Health Organization; OMS- Organização Mundial de Saúde,
2001), responda qual o critério para o diagnóstico de uma leucemia aguda:
1.
Blastos > 30% na medula óssea, independente do % de blastos no sangue;
2.
Blastos > 30% na medula óssea, e > 30% no sangue;
3.
Blastos > 20% na medula óssea, independente do % de blastos no sangue;
4.
Blastos > 20% na medula óssea, e > 20% no sangue.
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Rodada: Fev/2012
Questão 12
Questão 13
Questão 14
Questão 15
Referências
Bibliográficas
Um paciente cujo hemograma revelara leucopenia com 35% de blastos sem morfologia específica e 64% de
linfócitos e 1% de neutrófilos maduros, cujo mielograma demonstrou 87% de blastos do total de células
nucleadas os quais foram negativos para as provas citoquímicas da mieloperoxidase (POX), Sudan Black B
(SBB) e ácido periódico de Shiff (PAS). Marque a alternativa incorreta:
1.
Deve-se considerar a possibilidade de certos subtipos de leucemia mielóide aguda (LMA), cuja
demonstração de que os blastos são de fato da linhagem mielóide não é feito pelas provas citoquímicas
da POX e SBB, mas apenas pelos marcadores imunológicos;
2.
Deve-se considerar a possibilidade de leucemia linfóide aguda (LLA), pois parte dos casos das LLA são
PAS negativos, o que, então, não excluiria essa possibilidade de diagnóstico. Esses casos (PAS
negativos) só são comprovados como LLA pela imunofenotipagem que também as subdivide em B ou T;
3.
Deve-se considerar a possibilidade de leucemia bifenotípica aguda (BAL), que comumente são negativas
para todas as provas citoquímicas;
4.
Deve-se excluir a possibilidade de uma LMA posto que as provas citoquímicas para POX e SBB deram
negativas.
Em relação aos marcadores CD3, CD4 e CD8, muito requisitados para imunofenotipagem de subpopulações
de linfócitos no sangue, que também são extremamente importantes no diagnóstico diferencial de doenças
linfoproliferativas crônicas, e com base na maturação celular, é incorreto afirmar:
1.
O perfil CD4(+) e CD8(-) asseguram que uma célula seja T helper;
2.
Há células além dos linfócitos T helper que são CD4(+) e CD8(-);
3.
Há fases na maturação T cujas células possam expressar CD4(+), CD8(+) e CD3(+);
4.
Há pequenas subpopulações normais de linfócitos T no sangue que não são nem CD4 nem CD8, ou
seja, CD4(-) e CD8(-).
Para elucidar o diagnóstico do caso de um paciente cujo hemograma demonstrou células nucleoladas, de
difícil diferenciação morfológica entre blastos e células linfóides anômalas (células linfomatosas maduras com
nucléolos, que podem gerar dúvidas com os blastos), qual o perfil de resultados para os anticorpos
monoclonais ajudaria a esclarecer tal dúvida?
1.
TdT+ e CD1a+ para exclusão de serem blastos da linhagem linfóide T no sangue;
2.
TdT+ e CD34+ para exclusão de serem blastos no sangue;
3.
TdT- e CD34- para exclusão de serem células linfomatosas maduras no sangue;
4.
TdT- e CD34- para exclusão de serem blastos no sangue.
A perda de expressão de antígenos normais à diferenciação e maturação celular e a expressão anormal de
um antígeno de uma linhagem específica em outra linhagem são importantes aspectos que devem ser
levados em consideração na caracterização de uma população de células neoplásicas. Sob este aspecto
marque a opção incorreta:
1.
Não é incomum casos de leucemias linfóides B agudas terem blastos que coexpressem anormalmente o
CD3 em citoplasma (marcador linfóide T);
2.
Não é incomum casos de leucemias mielóides agudas terem blastos que coexpressem anormalmente o
CD19 (marcador linfóide B);
3.
Não é incomum casos de leucemias linfóides B agudas terem blastos que coexpressem anormalmente o
CD13 (marcador mielóide);
4.
Boa parte dos subtipos de linfoproliferações crônicas de células T perde a expressão do CD7.
•
Hemograma: como fazer e interpretar, R. A. Gomes Oliveira. 1ª edição. LMP Editora. 2007.
•
Hematologia prática de Dacie e Lewis, S. Mitchell Lewis; B. J. Bain; I. Bates. 9ª edição. ArtMed. 2006.
•
Anemias e leucemias: Conceitos Básicos e Diagnóstico por Técnicas Laboratoriais, R. A. Gomes Oliveira
& A. Poli-Neto. 1ª edição. Editora Roca. 2004.
•
Células sanguíneas: Um guia prático, B.J. Bain. 3ª edição. ArtMed. 2004.
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