Maio II 2017

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Cooperativismo Financeiro
manteve crescimento em 2016
Nova Petrópolis/RS – A exemplo do que
também ocorre em outros países, as
cooperativas financeiras brasileiras
apresentaram crescimento em 2016 mesmo em
um cenário de retração econômica e crise
política. Os depósitos administrados pelas cerca
de 1.000 instituições financeiras cooperativas
existentes no país (somadas ainda as centrais e
os bancos cooperativos) cresceram 26% e as
operações de crédito 9%.
A provável resposta para este crescimento é
que, as cooperativas, por serem empresas com
forte atuação local e regional, mantêm-se
próximas de seus associados mesmo em
períodos de dificuldades, mantendo os
estímulos ao desenvolvimento e o apoio às
comunidades em que estão inseridas. Por sua
proximidade, as cooperativas conseguem
conhecer profundamente a economia da sua
região e consequentemente os setores que
apresentam crescimento, estagnação ou
retração, permitindo a tomada de decisão
pontual para cada setor. Neste contexto, as IF
cooperativas mantiveram em seu planejamento
e também na execução do mesmo a
inauguração de novos pontos de atendimento,
diferente dos bancos que encerraram as
atividades de algumas centenas de agências em
2016.
Ainda com relação ao crescimento dos volumes
administrados pelas cooperativas, é importante
lembrar que estas têm maior presença em
mercados em que os bancos têm menor
atuação: em pequenas cidades. Baseado na
obra “Cooperativismo Financeiro, percurso
histórico, perspectivas e desafios” (Meinen e
Port, pág. 146), 46% dos associados de
cooperativas financeiras são oriundos de
cidades com menos de 30 mil habitantes,
localidades estas que provavelmente sentiram
menos os efeitos da crise dos que nos grandes
centros urbanos, onde os bancos concentram
sua atuação.
Segundo o levantamento abaixo, as instituições
financeiras cooperativas ampliaram sua fatia de
mercado nos ativos totais de 2,88% em 2015
para 3,57% em 2016, nos depósitos passou de
5,38% para 6,64%, no patrimônio líquido de
5,77% para 5,95% e nas operações de crédito,
de 2,97% para 3,42%.
Fonte: cooperativismodecredito.coop.br.
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