Experiências de projetos porto/cidade na Europa e na América

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Rio de Janeiro
09/11/2012
Experiências de projetos porto/cidade na
Europa e na América Latina
Frédéric Monié
Departamento de Geografia e Programa de Pós-graduação em geografia da UFRJ
[email protected]
Algumas dinâmicas globais...
Reestruturação
produtiva
Transporte marítimo:
90% do volume do comércio mundial de mercadorias
Abertura comercial;
Blocos regionais...
Globalização
financeira
Transportes/NTIC
Expansão
geográfica, social e
setorial do mercado
Reposicionamento das
cidades portuárias no jogo de
xadrez da geoeconomia mundial
Pressões
Dinâmicas
produtivas
Dinâmicas do
sistema
marítimo
portuário
Dinâmicas
urbanas (sócioculturais e
econômicas)
Efeitos
Mutações da atividade
portuária
Novas representações da
frente d´água e dos espaços
portuários
Transformação da relação
entre espaço portuário e
espaço urbano
Pressões
Novos atores
(atividades,
escalas de
ação)
Reconfiguração
territorial
dos portos
Conflitos de
uso na
interface
mar/cidade
Questões
Cidades portuárias
chamadas a desaparecer?
As cidades portuárias podem
ainda se re-inventar?
Quais as finalidades, os
meios e a natureza deste
renascença?
Território urbano: um
provedor de recursos?
Quais políticas públicas?
Imperativo de fluidez e massificação:
Como os portos reagem?
Como as cidades portuárias se adaptam?
inserção competitiva nos fluxos da
globalização (economia da circulação)
Competitividade das portas de entrada :
imperativo de fluidez e massificação X gargalos
Fluidez
institucional
(reengenharia
institucional)
Fluidez funcional
(inovações
operacionais e
tecnológicas)
Fluidez gerencial
(just in time)
Fluidez institucional
reengenharia
institucional
Reformas
portuárias
Desburocratização
dos portos
Padronização dos
regimes
alfandegários
Fluidez institucional
A reforma do sistema portuário brasileiro–
1993/96
Lei complementar
1996
“Lei dos Portos”
(Lei 8.630/93)
Autoridades
portuárias
Concessão
dos
terminais á
iniciativa
privada
(landlord)
Novo
regime
de gestão
da MdO
Descentralização
Fluidez funcional
(inovações operacionais e tecnológicas)
2. nó de transbordo
(transhipment node)
3. nó de valorização dos
fluxos (added value node)
1. nó de tráfego (traffic node)
Modernização do sistema portuário:
Aspectos operacionais (ex. Brasil)
• Construção de portos – Pecém, etc;
• Expansão/reestruturação de portos –
Suape, Sepetiba/Itaguaí, Rio Grande
• Modernização das infraestruturas
(operadores privados)
Anos 1990
(“hardware”)
Anos 2000
(“software”)
•
•
•
•
•
•
Acessos terrestres e náuticos (dragagem)
Cais
Novos equipamentos
Capacidade de armazenagem
Agenda Ambiental Portuária
Profissionalização da mão-de-obra
Antuerpia: Deurganck dock
• 5,3 km of quay
• > 7 million TEU capacity
• Congestion-free, space available
• Excellent hinterland infrastructure & services
Produção e exportações de commodities:
imperativo de fluidez e integração vertical nos
países do “Sul”
Mina
Produção e transporte
de commodities
Corredor de
transporte
Terminal marítimo
Lógica tradicional
de transporte de
ponto a ponto
Transporte marítimo
(tramping)
Terminal marítimo
Distribuição,
inserção nas
cadeias industriais
Eixo de transporte
Fábrica
Elaborado por Frédéric Monié
Imperativo de fluidez e exportações de commodities
Corporações = atores centrais
da reestruturação territorial
(corredores) e portuária
(terminais)
“Terminalização” do sistema
portuário
Primazia das redes sobre territórios
Corredores de transporte terrestre e “efeito túnel”
“portos sem cidade”
“Conteinerização”, intermodalidade
e imperativos de fluidez
Custos de Transporte
• Diminuição do custo do frete marítimo
• Diminuição do preço dos seguros
• Menores superficies dedicadas ao transbordo
Custos de armazenagem
• Superficies de estocagem menores
• Baixos custos de packing and packaging
• Velocidade dos inventários
Nível do serviço
• Pontualidade
• Mais frequencias
Dinâmicas globais...
Reestruturação
produtiva
Abertura comercial;
Blocos regionais...
Explosão dos fluxos
-Volumes
- Distâncias
- Velocidades
- Preços
- Pontualidade
Globalização
financeira
Arquipélago produtivo mundial
Transportes/NTIC
Expansão
geográfica, social e
setorial do mercado
- adequação dos ritmos da produção, do
transporte e da distribuição
- logística e supply chain management
- intermodalidade
- contêiner
Imperativo de fluidez e
intermodalidade:
A conteinerização como fenômeno
global
The First Wave of Containerization, 1970 – The Pioneers of the Triad
Fonte: Jean- Paul Rodrigue
The Fourth Wave of Containerization, 2000 – Global Standard
The container as the
standard transport support
of the global economy.
Driver: Expansion of global
supply chains. China and
transshipment hubs.
Fonte: Jean- Paul Rodrigue
Waves of Containerization, 1970-2010
Each wave lasts 8 to 10 years.
Hierarchical diffusion pattern.
Fonte: Jean- Paul Rodrigue
Imperativo de fluidez e hubs ports
Hub port
Porto
regional
Rota Tradicional
Rota regional
Sistema de Hub
O Hub Port:
Rota global
Hubs ports: % de transbordo
0
5
Port Klang
2,6
Dubai
Piraeus
5,3
25
Transshipment share
Volume (M TEU)
55%
0,6
57%
57%
0,9
1,4
Colombo
20
50%
3,2
Sharjah
15
50%
Kaohsiung
Las Palmas
10
70%
1,6
Panama (2)
72%
81%
1,9
Algeciras
2,5
85%
Taranto
0,7
86%
Kingston
1
86%
Damietta
1
Malta
Cagliari
Port Said
87%
90%
1,4
0,5
90%
0,7
90%
Singapore
Salalah
2,1
Gioia Tauro
30%
95%
3,1
Tanjung Pelepas
Freeport
91%
19,4
95%
96%
3,3
1,1
98%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Eliminação das rugosidades institucionais,
funcionais e espaciais : efeitos locais
• Operação dos terminais pelos armadores e/ou
operadores logísticos
• Terminais = elos nas cadeias logísticas
• Fragmentação do território portuário = conjunto
de terminais geridos de forma independente
Terminais: peões no jogo de xadrez
mundial “multinacionais do mar” (Slack)
Evolução da movimentação de contêineres nos principais portos
brasileiros 2000-2010 (em TEUs)
Ranking
2010
1
2
Porto
SANTOS - SP
Complexo ITAJAÍ
TUP PORTONAVE - SC
Fonte: Antaq. Elaborado por F.Monié
ITAJAÍ - SC
2000
2010
833.318
243.554
2.715.568
809.179
-
424.229
243.554
384.950
3
4
RIO GRANDE - RS
PARANAGUÁ - PR
268.720
281.891
647.188
546.564
5
Complexo MANAUS
88.807
383.019
TUP SUPER TERMINAIS - AM
-
215.879
TUP CHIBATÃO - AM
-
154.244
TUP CHIBATÃO 2 - AM
-
8.426
TUP J. F. OLIVEIRA MANAUS - AM
-
4.470
214.026
75.836
106.761
75.816
3.113
176.222
47.943
2
315.489
243.788
233.735
134.809
125.196
113.251
34.496
30.840
6
7
8
9
10
11
12
13
RIO DE JANEIRO - RJ
VITÓRIA - ES
SALVADOR -BA
SUAPE- PE
ITAGUAI- RJ
SÃO FRANCISCO DO SUL - SC
BELÉM - PA
VILA DO CONDE -PA
Eliminação das rugosidades institucionais,
funcionais e espaciais : efeitos regionais
interiorização da atividade portuária
Portos secos
Plataformas
intermodais e
monomodais
Centros
logísticos
Regionalização dos espaços retroportuários
e “hinterlândias logísticas”
Foreland (horizonte marítimo)
Da hinterlândia como
área de drenagem de
mercadorias …
Fonte: Jean-Paul Rodrigue e Theo Notteboom
2012
cidade
porto
Consumption
Production
Terminal / DC
Link (mode)
Balanced flows
Imbalanced flows
… para
hinterlândia como
área de produção,
transporte e
distribuição…
(“hinterlandia
logística”)
As cidades portuárias diante das exigências do
“empresariamento urbano” (Harvey)
Crise econômica
Reestruturação
produtiva
Mudanças no
transporte marítimo
e na economia
portuária (Hoyle...)
Crise fiscal,
desemprego...
Primazia das
funções terciárias
Degradação das
áreas portuárias
Novas
políticas
urbanas
Finalidade do “empresariamento urbano”
Inserção competitiva da cidade
no espaço global dos fluxos
(Castells; Castells e Borja)
Capacitação da cidade p / captar fluxos
de capital, informação, pessoas e
investimentos
Áreas portuárias degradadas (brownfields, friches):
nova fronteira de acumulação
(Harvey, Chaline, Hoyle, Slack...)
Reservas fundiárias
Amenidades
(frente d´água)
Refuncionalização:
Setor terciário
Residências de alto
padrão
Equipamentos de
consumo
Instalações
portuárias
Marinas
Turismo de cruzeiro
“Cidade pós-fordista”:
como incorporar o conflito espacial na dinâmica produtiva?
Pressão sócio-cultural
Qualidade do meio
ambiente
Qualidade de vida
Novos usos do espaço
urbano
“green ports”
Novos padrões de gestão
da mobilidade e das
operações portuárias
Espaços integrando
consumo, cultura e lazer
Conclusões e insumos para o debate
Pensar uma cidade portuária para o século XXI
Podemos atender as demandas os atores econômicos e da
sociedade urbana?
Como pensar um porto contribuindo para o desenvolvimento
do território urbano e regional?
E como pensar uma cidade e um porto elaborando estratégias
comuns de desenvolvimento?
OBRIGADO !
Frédéric Monié
Departamento de Geografia
Programa de Pós-graduação em Geografia da UFRJ
[email protected]
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