Clinical Case Study Estudo do Caso Clínico Persistent Low Concentration of Human Chorionic Gonadotropin in a Nonpregnant Woman Christopher R. McCudden, Monte S. Willis and David G. Grenachea Baixa Concentração persistente de Gonadotrofina Coriônica Humana em Mulheres Não Grávidas Christopher R. McCudden, Monte S. Willis and David G. Grenachea University of North Carolina School of Medicine, Department of Pathology and Laboratory Medicine, Chapel Hill, NC. Envie correspondência para esse autor para: Department of Pathology, University of Utah Health Sciences Center, c/o ARUP Laboratories, 500 Chipeta Way, Salt Lake City, UT 84108. Fax 801-584-5207; e-mail [email protected] . CASO Uma mulher de 48 anos se apresentou para Visto que a paciente relatou 5 meses de ame- uma terapia de excisão com rádio iodo 3 me- norréia, um teste de gonadotrofina coriônica ses após ter se submetido a uma completa ti- humana (HCG) de soro quantitativo ( HCG + reoidectomia realizada por causa de sintomas teste β , Roche Diagnostics) foi realizado para de compressão do bócio. O histórico médico excluir gravidez. O resultado foi 7.0 IU/L (in- da paciente incluía um câncer de tireóide pa- tervalo de referência: <5.0) e a administração pilar variável folicular de estágio 3 com ne- de 100 mCi I131 foi cancelada devido a preo- nhum envolvimento nodal e nenhuma doença metastática. Um carcinoma papilar de 6.5-cm cupação de uma gravidez . Uma repetição do teste HCG realizado 4 dias mais tarde foi 7.0 tinha sido identificado e removido cirurgica- IU/L. O hormônio folículo estimulante (FSH) mente. Apesar desse tratamento cirúrgico, 3 foi determinado ser 110 IU/L [intervalos de focos foram detectados por testes de captação referência: 1.9–11.6 (fase folicular), 1.4–9.6 de iodo (fase lútea), e 21.5–131 IU/L (pós menopau- , um achado que levou a realização 125 de uma ablação terapêutica. sa)]. DISCUSSÃO O HCG é produzido pelo tecido trofoblástico dotrópicas da pituitária durante a menopausa da placenta e portanto é um marcador confi- (1)(2). ável para gravidez. O HCG também tem utili- Como demonstrado por essa paciente, uma dade clínica como um marcador de tumor por baixa concentração persistente de HCG é par- causa de sua produção por neoplasmas trofo- ticularmente perplexo. Tais casos possuem 3 blásticos e não trofoblásticos. Finalmente, a etiologias potenciais: (a) HCG falso-positivo HCG é também produzido pelas células gona- devido a anticorpos interferentes, (b) doença Clinical Case Study Estudo do Caso Clínico trofoblástica gestacional inativa, e (c) HCG pi- corpos interferentes impede sua excreção na tuitária. urina. Essa abordagem pode não ser prática, HCG falso-positivo devido a anticorpos interferentes Existem vários relatos de HCG falsamente aumentados devido a anticorpos interferentes produzidos endogenamente (3). Anticorpos interferentes podem ser de 2 tipos: anticorpos antianimais humanos (HAAA) ou anticorpos heterófilos. Os HAAAs são direcionados para um antígeno específico e podem ser produzidos após tratamento com anticorpos terapêuticos ou exposição a antígenos animais (4). Anticorpos heterófilos exibem interação não específica com numerosos e diferentes antígenos e acredita-se serem causados por células B que ainda não completaram sua mutação somática apropriada (5). Esses anticorpos interferem em testes imunométricos não competitivos por ligação cruzada dos anticorpos de sinal e de captura, levando a resultados falsamente aumentados (4). Resultados HCG falsamente aumentados tem ocasionalmente resultado em tratamento drástico e desnecessário, e mulheres tem se submetido a histerectomia e/ou quimioterapia num esforço para tratar suposta doença trofoblástica baseado unicamente num achado falso-positivo de HCG aumentado (3). Suspeita de anticorpos interferentes deve ser alta quando os resultados de qualquer imunoteste forem inconsistentes com o cenário clínico. Quando alertado para a irregularidade, o laboratório pode investigar a possível presença de anticorpos interferentes. Métodos comuns usados para investigar possíveis anticorpos interferentes incluem a detecção da HCG na urina, o uso de um diferente método na dosagem do HCG e o uso de agentes bloqueadores. A abordagem mais simples é confirmar a presença do HCG numa amostra de urina, porque o alto peso molecular dos anti- contudo, visto que quando o HCG está presente em concentrações muito baixas no soro, a concentração de urina pode não atingir o limite de detecção dos testes qualitativos. Alternativamente, o teste pode ser realizado usando-se um diferente método HCG. Embora alguns anticorpos interferentes causem problemas com testes múltiplos, frequentemente a interferência está ausente num método que use diferentes anticorpos e reagentes bloqueadores. O efeito dos anticorpos interferentes pode também ser minimizado pela adição de agentes bloqueadores. A maioria dos fabricantes incluem tais agentes bloqueadores em seus reagents, mas tais agentes não são sempre 100% eficazes. Reagentes bloqueadores incluem imunoglobulina animal não imune purificada, e fontes comerciais estão disponíveis (Scantibodies Laboratory). Doença trofoblástica gestacional inativa Doença trofoblástica gestacional (GTD) consiste em uma variedade de distúrbios que surgem do tecido trofoblástico placentário. Vários tipos histologicamente distintos de GTD existem, incluindo mola hidatidiforme, coriocarcinoma, e tumor trofoblástico placentário, em cada um deles, HCG pode funcionar como um marcador de carga de tumor e como um monitor para resposta de tratamento. Pacientes que possuem um histórico de GTD juntamente com persistência das baixas concentrações de HCG mas que não tenham evidência radiológica clara de GTD são considerados portadores de GTD inativa (Q-GTD) (6), embora essa classificação não seja amplamente aceita. Baseado no número limitado de pacientes com Q-GTD que tem sido descrito, parece que a concentração de HCG nesses pacientes persiste por 3 meses em baixas concentrações [<100 IU/L, média (SD) 34 (38) IU/L; n = 69] e Clinical Case Study Estudo do Caso Clínico permanece estável durante um tempo (6). Não com Q-GTD, HHCG foi responsável por apenas surpreendentemente, pacientes cuja doença 0.5%–2.1% do total de HCG (6). se enquadra na definição de Q-GTD são frequentemente supostos que possuam doença persistente que requer intervenções adicionais. Infelizmentre, em pacientes nos quais o tratamento tem sido tentado (57 de 69), apenas 9% mostraram uma diminuição parcial da HCG e 91% não responderam ao tratamento (6). Em alguns pacientes com Q-GTD, as concentrações de HCG aumentam de meses para anos após o dianóstico inicial, sugerindo o ressurgimento da GTD ativa que é frequentemente sensível à quimioterapia. Esses achados têm dado origem a hipótese de que o HCG da Q-GTD é devido aos sincíciotrofoblastos não invasivos, diferenciados e de crescimento lento e sugere que a Q-GTD seja uma síndrome prémaligna que pode progredir para o estado Visto que elas correm risco de desenvolver GTD Invasiva, mulheres com Q-GTD devem ser monitoradas por frequente teste HCG. Embora a concentração relativa de HHCG possa sugerir transformação para doença ativa, concentrações crescentes de HCG seriam claramente um monitor eficaz. HCG pituitária Uma substância com propriedades semelhantes ao HCG foi primeiro identificada na glândula pituitária em 1976 e ficou subsequentemente restrita aos gonadotrofos (8). Mais tarde, a liberação dessa substância demonstrou ser estimulada pelo hormônio liberador de gonadotrofina (GNRH) e suprimida pela administração de estrogênio e progesterona (1). HCG pituitário não foi purificado com sucesso metastático. até 1996 (2). Embora a HCG seja produzido principalmente A razão para a produção de HCG pituitário é pelos sincíciotrofoblastos, o HCG hiperglicosado (HHCG ) é predominantemente sin- tetizado pelas células citotrofoblastas mais invasivas (7). Na cultura celular e modelos animais, HHCG tem demonstrado ser capaz de regular a invasão de citotrofoblastos e a geração de tumores de coriocarcinoma (7). Devido a esses achados, HHCG pode servir como um eficiente marcador da GTD invasiva. Em 82 mulheres com coriocarcinoma ou GTD invasiva, HHCG foi responsável por 7%–100% do total de HCG . Em contraste, em 69 mulheres desconhecida, contudo uma possível explicação está ilustrada na Figura 1. Durante a perimenopausa, a síntese ovariana de esteróides gradualmente declina, desse modo liberando o controle de feeback negativo sobre a secreção GNRH, um processo que leva ao aumento da produção de FSH e de hormônio luteinizante (LH). Já que o GNRH pode estimular a liberação de HCG pituitário, é provável que o aumento peri-e pósmenopáusico do GNRH seja responsável pela produção de HCG em alguns indivíduos. Figura 1. Produção da HCG pituitária. A liberação de HCG da glândula pituitária pode ser devido à função ovariana declinante e à perda da inibição de feedback negativo no eixo ovariano- pituitário-hipotalâmico. Clinical Case Study Estudo do Caso Clínico hypothalamus – hipotálamo anterior pituitary - pituitária anterior inhibin – inibina ovaries - ovários sex steroids - esteróides sexuais decreased ovarian function – função ovariana diminuída Testes HCG são comumente realizados antes lheres perimenopáusicas podem de fato estar de procedimentos que possam prejudicar um grávidas. feto. Como esse caso demonstra, tais testes Duas abordagens para se identificar a fonte de screening estão crescentemente sendo HCG em mulheres perimenopáusicas têm sido usados para mulheres mais velhas nas quais a descritas. Uma defende a medição do FSH em gravidez é improvável. Resultados aumenta- mulheres perimenopáusicas e sugere que uma dos ou positivos de HCG ocasionalmente concentração limite >20 IU/L seja usada para ocorrem, e estes podem infelizmente levar a identificar a pituitária como a provável fonte atrasos nos procedimentos terapêuticos, pre- de HCG quando a concentração HCG for 5.0– ocupação indevida, ou cirurgia ou quimiotera- 14 IU/L (9).Entretanto, esse limite foi estabe- pia desnecessárias. Os limites superiores de lecido a partir de uma população que incluía referência de HCG em mulheres mais velhas apenas 3 mulheres perimenopáusicas, e um não grávidas tem sido relatados como sendo estudo maior se faz necessário para validar 8.0 IU/L durante a perimenopausa (41–55 sua utilidade clínica. A segunda abordagem é anos ) e 14.0 IU/L durante a menopausa baseada na observação de que o HCG pituitá- (>55 anos (9). Esse mesmo estudo estabele- rio é suprimido pela terapia de substituição do ceu o limite superior da HCG em mulheres não estrogênio-progesterona e defende seu uso grávidas (18–40 anos) para distinguir a secreção pituitária de HCG da 5.0 IU/L. Embora concentrações doença trofoblástica em mulheres em pré- ou em pré menopausa como sendo baixas de HCG em mulheres em peri- e pós menopausa não sejam inesperadas, a diferenciação da fonte HCG é importante porque mu- pós menopausa (10). Diagnóstico HCG pituitária. Clinical Case Study Estudo do Caso Clínico Resolução do caso terminação de gravidez pode ser realizada pe- Na paciente desse caso a falta de aumento de HCG e o FSH aumentado não puderam sustentar um diagnóstico de gravidez, e a paciente foi tratada com I131. Nove dias mais tarde, um exame do corpo revelou os mesmos 3 focos previamente identificados antes da terapia, e outro ciclo de ablação foi planejado. Embora esse caso estivesse prontamente resolvido depois de vários dias por medições sequenciais de HCG, a abordagem de Snyder et al. (9) teria se referido à preocupação do médico com relação a gravidez potencial desde o princípio. Usando-se a concentração sérica de HCG em combinação com a idade da paciente, e o resultado FSH, uma rápida de- lo uso do algoritmo mostrado na Figura 2. Em mulheres na pré- menopausa, baixas concentrações de HCG devem ser supostas de estar relacionadas à gravidez até que se prove o contrário. Para mulheres com menopausa incerta e uma baixa concentração de HCG, o FSH pode ser clinicamente útil. Baseado somente na idade, mulheres >55 anos com uma concentração de HCG de 5.0–14 IU/L são improváveis de estar grávidas. É importante notar que essa abordagem apenas exclui a gravidez como uma fonte HCG. Outras fontes de HCG, tais como célula germinativa ou malignidades não-trofoblásticas, também devem ser consideradas. Figura 2. Algoritmo para rápida interpretação de baixas concentrações de HCG baseado na idade e/ou concentração de FSH. O uso de FSH na determinação da gravidez é mais apropriadamente aplicado em mulheres na perimenopausa (idade 41–55 anos). Reimpresso com permissão da Associação Americana de Química Clínica. age – idade years – anos measure serum – medida sérica possible pregnancy – possível gravidez pregnancy unlikely – improvável gravidez Clinical Case Study Estudo do Caso Clínico Como demonstrado aqui, a descoberta aci- mento do paciente. Tanto os clínicos quanto dental de HCG de baixo nível pode ser clini- os laboratoristas devem estar a par dessa camente desafiadora à medida que o médico questão para evitarem atrasos desnecessários tentar determinar não apenas a causa, como no tratamento ou início de terapias inapropri- também lidar mais eficazmente com o trata- adas. Pontos para serem lembrados Pacientes com baixas concentrações séricas de HCG devem ter o teste repetido em 2–3 dias para baixo de HHCG. Evidência para apoiar a interferência do anticorpo determinar se as concentrações estão aumentanado, diminuindo ou inalteradas. Evidência para apoiar a doença trofoblástica gestacional inativa inclui um histórico de doença trofoblástica gestacional e/ou percentual relativo interferente com o teste HCG inclui a ausência de HCG na urina, a ausência de HCG sérico quando teste é realizado com um diferente método, e concentração sérica de HCG diminuída após adição de agentes bloqueadores à amostra de soro. Evidência para apoiar a pituitária como uma fonte para a HCG inclui uma diminuição nas concentrações de HCG após 2 semanas da terapia de substituição de hormônio e/ou concentrações aumentadas de FSH. Agradecimentos Subvenção/Apoio Financeiro: Nada a declarar. Demonstrações Financeiras: Nada a declarar. Referências 1. Stenman UH, Alfthan H, Ranta T, Vartiainen E, Jalkanen J, Seppala M. Serum levels of human chorionic gonadotropin in nonpregnant women and men are modulated by gonadotropin-releasing hormone and sex steroids. J Clin Endocrinol Metab 1987;64:730-736. 2. Birken S, Maydelman Y, Gawinowicz MA, Pound A, Liu Y, Hartree AS. Isolation and characterization of human pituitary chorionic gonadotropin. Endocrinology 1996;137:1402-1411. 3. Rotmensch S, Cole LA. False diagnosis and needless therapy of presumed malignant disease in women with false-positive human chorionic gonadotropin concentrations. Lancet 2000;355:712715. 4. Kricka LJ. Human anti-animal antibody interferences in immunological assays. Clin Chem 1999;45:942-956. 5. Levinson SS, Miller JJ. Towards a better understanding of heterophile (and the like) antibody interference with modern immunoassays. Clin Chim Acta 2002;325:1-15. 6. Cole LA, Butler SA, Khanlian SA, Giddings A, Muller CY, Seckl MJ, Kohorn EI. Gestational trophoblastic diseases, 2: hyperglycosylated hCG as a reliable marker of active neoplasia. Gynecol Oncol 2006;102:151-159. 7. Cole LA. Hyperglycosylated hCG. Placenta 2007, in press. Clinical Case Study Estudo do Caso Clínico 8. Chen HC, Hodgen GD, Matsuura S, Lin LJ, Gross E, Reichert LE, Jr, et al. Evidence for a gonadotropin from nonpregnant subjects that has physical, immunological, and biological similarities to human chorionic gonadotropin. Proc Natl Acad Sci U S A 1976;73:2885-2889. 9. Snyder JA, Haymond S, Parvin CA, Gronowski AM, Grenache DG. Diagnostic considerations in the measurement of human chorionic gonadotropin in aging women. Clin Chem 2005;51:1830-1835. 10. Cole LA, Sasaki Y, Muller CY. Normal production of human chorionic gonadotropin in menopause. N Engl J Med 2007;356:1184-1186. Comentário Carolyn Y. Muller Department of Obstetrics and Gynecology, University of New Mexico Health Sciences Center, Albuquerque, NM 87131. e-mail [email protected]. A gonadotrofina coriônica humana (HCG) é um sofisticados de variantes HCG serão solicita- marcador bioquímico quase perfeito para gra- dos, tal como a determinação da percentagem videz. Medições séricas de HCG ajudam a diferenciar os eventos gestacionais normais dos de HCG hiperglicosilada como um marcador de doença trofoblástica invasiva (coriocarci- anormais, e testes caseiros sensíves são fáceis noma) ou medida do coeficiente da subuni- para o público leigo realizar e interpretar. Ne- dade β livre como um marcador de maligni- nhum teste é perfeito, entretanto, e os forne- dade não gestacional. A consulta com peritos cedores devem entendercomo interpretar re- clínicos e de laboratório garantirá gestão clí- sultados inesperados de HCG. Diagnóstico di- nica segura e apropriada. No caso apresenta- ferencial deve enfocar problemas inerentes ao do, carcinoma ativo de tireóide papilar foi próprio teste (reações de anticorpos heterófi- identificado numa mulher cuja idade estava los), produção anormal de HCG (de tecidos apropriada para perimenopausa. Secreção de neoplásicos trofoblásticos ou não trofoblásti- pequenas quantidades de HCG pelo próprio cos), e produção de HCG fisiológica (pituitária tumor era possível mas estatisticamente im- menopáusica). O histórico de gravidez da pa- provável. Concentração aumentada de hormô- ciente, gestações passadas, ciclos menstruais, nio folículo estimulante confirma a menopau- e câncer podem indicar a categoria diagnósti- sa, e o tratamento do cancer não deve ser re- ca mais provável. Frequentemente testes mais tardado. Agradecimentos Subvenção/Apoio Financeiro: Nada a declarar. Demonstrações Financeiras: Nada a declarar. Clinical Case Study Estudo do Caso Clínico Comentário Ulf-Håkan Stenman Department of Clinical Chemistry, Helsinki University Central Hospital, Biomedicum, PB 700, FIN-00029, Helsinki, Finland. e-mail [email protected]. O artigo de McCudden et al. (1) publicado Uma concentração moderadamente aumenta- nesse número do Clinical Chemistry descreve da de HCG numa paciente com câncer, entre- o trabalho clínico de uma paciente com baixa tanto, pode ser causada por uma combinação concentração de gonadotrofina coriônica hu- de HCG e βHCG, e em tais casos a concentra- mana (HCG) devido a interferência de anticorpos heterófilos ou pituitários. Ao se referir ção de HCG total será parcialmente suprimida pela terapia de reposição do estrogênio, desse a esse caso também vale a pena se discutir fa- modo confundindo a interpretação dos valores tores adicionais confusos que afetam a medi- medidos. Nessas situações, determinação es- ção do HCG. pecífica de cada forma da HCG é muito útil, mas muito poucos testes específicos para Calibração do teste βHCG estão disponíveis (5). Em estudos prévios citados por McCudden et al. (2)(3), concentrações de HCG até 16 IU/L Hipogonadismo foram observadas em mulheres na pós meno- Nenhum estudo sistemático sobre concentra- pausa. Quando o HCG sérico é medido por ções de HCG em homens hipogonadais está um método específico e altametne sensível disponível, contudo recentemente nós obser- (PerkinElmer Wallac AutoDELFIA®), o limite de vamos concentrações de HCG aumentando de referência superior para mulheres na pós <0.5 para 4.5 IU/L após a retirada da testos- menopausa é 5 IU/L (15.5 pmol/L), e a con- terona em um paciente hipogonadal que tinha centração mais alta que nós temos observado sido tratado para câncer testicular. Esse acha- é 11 IU/L (4). Esses achados desiguais são provavelmente atribuidos a diferenças na cali- do causou suspeita de uma recaída, diagnóstico que foi excluído com base em resultados bração dos testes e a contribuição do HCG β de testes para hormônio luteinizante (LH) e o livre. Desse modo, concentrações de HCG de- hormônio folículo estimulante (FSH) e a su- pendem dos testes, requerendo o estabeleci- pressão de HCG com substituição da testoste- mento de intervalos de referência ensaio es- rona (6). Esse caso mostra que HCG aumen- pecífico. tado associado com hipogonadismo pode também ocorrer em homens. Isoformas HCG Hipogonadismo também pode ser causado pacientes por quimioterapia intensiva, que pode levar ao com vários cânceres não trofoblásticos produzem βHCG. As concentrações são geralmente visto em mulheres na menopausa. Tais casos Aproximadamente 30%–70% das baixas, mas em 5%–10% dos casos elas são altas suficientes para aumentar a concentração de HCG total para acima do limite de referência superior. Esse βHCG é distinguível do HCG pituitário porque o βHCG não é suprimido pela terapia de reposição do estrogênio. HCG sérico aumentado semelhante àquele podem causar confusão, especialmente quando HCG sérico é usado para monitorar a eficácia da quimioterapia. É importante diferenciar HCG aumentado causado por uma recaída daquele induzido por quimioterapia; isso pode ser feito pela medição do LH e FSH (5). Clinical Case Study Estudo do Caso Clínico Agradecimentos Subvenção/Apoio Financeiro: Academia Finlandesa de Ciências. Demonstrações Financeiras: Nada a declarar. Referências 1. McCudden CR, Willis SM, Grenache DG. Persistent low concentration of human chorionic gonatodtropin in a nonpregnant female. Clin Chem 2008;54:209-213. 2. Snyder JA, Haymond S, Parvin CA, Gronowski AM, Grenache DG. Diagnostic considerations in the measurement of human chorionic gonadotropin in aging women. Clin Chem 2005;51:1830-1835. 3. Cole LA, Sasaki Y, Muller CY. Normal production of human chorionic gonadotropin in menopause. N Engl J Med 2007;356:1184-1186. 4. Alfthan H, Haglund C, Dabek J, Stenman U-H. Concentrations of human chorionic gonadotropin, its β-subunit and the core fragment of the β-subunit in serum and urine of men and nonpregnant women. Clin Chem 1992;38:1981-1987. 5. Stenman UH, Tiitinen A, Alfthan H, Valmu L. The classification, functions and clinical use of different isoforms of HCG. Hum Reprod Update 2006;12:769-784. 6. Lempiainen A, Hotakainen K, Blomqvist C, Alfthan H, Stenman UH. Increased human chorionic gonadotropin due to hypogonadism after treatment of a testicular seminoma. Clin Chem 2007;53:1560-1561. “This article has been translated with the permission of AACC. AACC is not responsible for the accuracy of the translation. The views presented are those of the authors and not necessarily those of the AACC or the Journal. Reprinted from Clin Chem, 2008; 54:1 209-213, by permission of AACC. Original copyright © 2007 American Association for Clinical Chemistry, Inc. When citing this article, please refer to the original English publication source in the journal, Clinical Chemistry.” “Este artigo foi traduzido com a permissão da AACC. AACC não é responsável pela acurácia da tradução. Os pontos de vista apresentados são aqueles dos autores e não necessariamente os da AACC ou do Jornal. Reimpresso da ClinChem, 2008; 54:1 209-213, por permissão da AACC. Cópia original © 2007 American Association for Clinical Chemistry, Inc. Quando citar este artigo, por favor refira-se à fonte de publicação original em inglês na revista,Clinical Chemistry.”