infecção viral respiratória comunitária versus hospitalar em

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INFECÇÃO VIRAL RESPIRATÓRIA COMUNITÁRIA VERSUS HOSPITALAR EM
PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS
Lúcia Helena de Almeida Testa
Orientadora
Enf. Ms Ana Claudia Ferrari dos Santos
Co-orientadora
Dra. Clarisse Martins Machado
Introdução: As infecções respiratórias agudas (IRA) são doenças infecciosas frequentes em
seres humanos, e os vírus respiratórios são os mais frequentes agentes etiológicos
encontrados como causadores dessas infecções. Esses agentes têm grande variedade
antigênica, distribuição universal e acometem pessoas em todas as faixas etárias, podendo
causar várias síndromes clínicas que acometem tanto o trato respiratório superior quanto o
inferior. Tais infecções respiratórias são causas significantes de mortalidade em pacientes
submetidos a Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas (TCTH), especialmente no
período anterior à pega do enxerto. Grande parte dessas infecções são adquiridas dentro dos
hospitais, possivelmente transmitidas por funcionários ou acompanhantes dos pacientes. Em
2008 iniciou-se o programa de educação continuada de transmissão dos vírus respiratórios que
envolveu os funcionários, pacientes, cuidadores, doadores e familiares dos pacientes
submetidos a TCTH. Objetivos: Identificar os casos de infecção viral respiratória (IVR) nos
pacientes submetidos a TCTH entre os anos de 2008 a 2010 e caracterizar os tipos de
transmissão durante esse período. Materiais e Métodos: O presente estudo foi realizado no
Hospital Amaral Carvalho de Jaú nas unidades de internação e ambulatório de TCTH e na
unidade de hematologia, analisando-se os dados relatados nos prontuários dos receptores de
TCTH durante o período de 2008 a 2010. O diagnóstico de vírus respiratório foi realizado pela
técnica de imunofluorescência direta, por meio de coletas de lavado nasal. Estes foram
transpostos para um banco de dados em planilha Excel (Microsoft) e analisados pelo programa
SPSS (versão 15.0). A definição de infecção respiratória hospitalar se deu quando o intervalo
entre a admissão e o início dos primeiros sintomas do paciente foi superior a cinco dias.
Resultados: Durante este período 91 pacientes tiveram 100 episódios de IVR. Setenta e dois
(72%) foram considerados infecção comunitária e 28 (28%) episódios foram considerados
infecção hospitalar. Desta maneira caracterizaram-se 23 (82,1%) de transmissão intrahospitalar, sendo que 15 (88.2%) episódios ocorreram na unidade de TCTH e 8 (72.2%)
episódios na unidade de hematologia. A transmissão hospitalar foi similar em ambas
enfermarias (p=0,29). Não houve diminuição da transmissão hospitalar nos anos consecutivos
(p=0,15). A permanecia hospitalar por mais de 20 dias foi a única variável associada com a
transmissão hospitalar (p=0,023). Conclusão: O controle de transmissão dos vírus
respiratórios é complexo, outras barreiras de proteção, além de lavagem das mãos e programa
de educação continuada, podem ser necessárias para diminuir o índice de infecção respiratória
hospitalar em unidades de cuidados aos receptores de TCTH.
Palavras-chave: Infecção respiratória. TCTH. Infecção comunitária
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