A QUALIDADE DE VIDA DO FAMILIAR CUIDADOR DE PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS Autora: Nicole Jansen Rabello - Iniciação Científica (PIBIC/ Fundação Araucária) Orientadora: Profª Drª Nen Nalú Alves das Mercês Colaboradoras: Franciane Zabloski Vieira Cancela e Mayara E. Ferreira Introdução O Transplante de Células–Tronco Hematopoiéticas (TCTH) é um tratamento que afeta não só o paciente, mas também sua família, principalmente o sujeito que assume o papel de cuidador principal, pois este tem seu estilo de vida alterado devido às inúmeras responsabilidades por ele assumidas¹. Objetivos • Identificar o perfil dos familiares cuidadores que acompanham os pacientes submetidos ao TCTH no período pós-alta do Serviço de Transplante de Medula Óssea (STMO); • Avaliar a qualidade de vida do familiar cuidador dos pacientes submetidos ao TCTH. Método Pesquisa quantitativa, descritiva, realizada no período de agosto de 2012 a junho de 2013. Local: Serviço de TCTH. Amostra: 34 familiares cuidadores. Coleta de dados: ficha sobre o perfil sociodemográfico e um instrumento de avaliação de qualidade de vida, composto por 31 itens divididos em quatro domínios: físico, psicológico, social e ambiental. Análise dos dados: estatística descritiva simples. Foi aprovado pelo parecer nº 65118/2012, pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital. Resultados e Discussão O familiar cuidador é predominantemente do sexo feminino (97,06%, n=33), casado (58,82%, n=20), mãe (85,3%, n=29), caucasiano (73,53%, n=25), idade média de 38 anos, procedente da região sul (67,65%, n=23), católico (58,82%; n=20), com o ensino fundamental incompleto (35,29%; n=12) e baixa renda. Quanto a qualidade de vida, 52,94% (n=18) dos familiares a consideram boa, o que provavelmente se deva ao fato de estarem vivenciando um período de maior esperança. A menor percepção de qualidade de vida esta nos domínios psicoemocional (Md=6,2; DP=3,72) pela sobrecarga emocional que os cuidados com o transplantado geram, e, físico (Md=5,1; DP=3,5) pelo o desgaste gerado pela alta demanda do cuidado. A qualidade de vida é mais preservada nos domínio ambiente (Md=10,57; DP=6,5), seguido pelo domínio social (Md=7,25; DP=6,65) em que os efeitos da nova vida póstransplante são menos sentidas. Conclusões A qualidade de vida sofre modificações e há influência tanto positiva, quanto negativa. Levantar o perfil desses cuidadores e conhecer as alterações na qualidade de vida propicia que as atividades desenvolvidas no ambulatório sejam também direcionadas em suprir as necessidades desse cuidador que precisa ser cuidado. Referências 1. ANDRADE, A.M.; et al. A vida após o transplante de medula óssea: implicações para o cotidiano. Cogitare Enferm. v.17, n.2, p.290-296, abr./jun. 2012