PSICOLOGIA DA SAÚDE (HOSPITALAR) Nosso trabalho visa

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PSICOLOGIA DA SAÚDE (HOSPITALAR)
Nosso trabalho visa esclarecer o que é a psicologia da saúde, o por que se chama
hospitalar, sua trajetória aqui no Brasil, suas dificuldades e como ela é importante em um País
como o nosso que é o Brasil.
De acordo com a definição que rege o exercício profissional do psicólogo no Brasil, o
CFP (2003a), o psicólogo especialista em psicologia Hospitalar (saúde), tem sua função
centrada nos âmbitos secundário e terciário de atenção à saúde, atuando em instituições de
saúde e realizando atividades como:
- Atendimento psicoterapêutico (individual e ou em grupos);
- Grupos de psicoprofilaxia;
- Avaliação Diagnóstica;
- Psicodiagnóstico;
- Psicomotricidade no contexto hospitalar;
- Atendimentos em ambulatórios e em centros e unidades de terapias intensivas (UTI,
CTI);
- Pronto atendimento (PA), enfermagens;
- atua em instituições de saúde nos níveis secundário e terciário;
- atende a pacientes e familiares, membros de equipe multidisciplinar, alunos e
pesquisadores quando estes estão em pesquisa de campo;
- avalia e acompanha intercorrências psíquicas quando o paciente está em tratamento;
- favorece a promoção e recuperação da saúde física e mental; promove intervenção
para melhorar a relação médico/paciente/família;
- atende pacientes clínicos/cirúrgicos em diferentes especialidades;
A Psicologia Hospitalar no Brasil começa a ser inserida nos meados de 1980 e
pensando sempre no bem estar dos pacientes, familiares, médicos e enfermeiros do âmbito
hospitalar.
Segundo a visão de Simonette (2004, p. 29) “a psicologia hospitalar é o campo de
entendimento e tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento” e escreve
que “o objetivo da psicologia hospitalar é a subjetividade, é ajudar o paciente a fazer a
travessia da experiência do adoecimento.” Para ele na psicologia hospitalar o diagnóstico seria
o conhecimento da situação existencial e subjetiva da pessoa adoentada em sua relação com a
doença, diferentemente o da visão da medicina para diagnóstico, que; para os médicos o
diagnóstico é o conhecimento da doença por meio de seus sintomas.
Desta maneira entende-se que a psicologia hospitalar, surge para escutar a pessoa que
está inserida no meio da doença, escutar a sua subjetividade porque no fim das contas a cura
em si não elimina a subjetividade do sujeito; pois a tal subjetividade não tem cura. Contudo
tratar a pessoa, e não a doença foi um dos objetivos mais valiosos da psicologia hospitalar.
Conhecer profundamente paciente, sua história, seus interesses, trabalho, condição de vida
com atenção e carinho pode-se fazer um caminho para a cura da subjetividade de cada
paciente. Também há a importância do trabalho em grupo para melhorar as relações
interpessoais entre pacientes/familiares, pacientes/médicos, pacientes/enfermeiros para um
melhor entendimento, acolhimento e tratamento para os pacientes em relação a sua estadia
nos âmbitos hospitalares e uma possível cura de seus sintomas e subjetividade. São os
pacientes os facilitadores desses encontros de singularidades e também o avalista da
humanidade de cada um.
Assim sendo, a psicologia hospitalar é de suma importância para a construção de um
ambiente hospitalar acolhedor, pois é nos ambientes hospitalares que as pessoas estão em
busca do cuidado, estão angustiadas, temerosas frente a ameaça da doença, da morte e sejam
eles pacientes, familiares e não podemos deixar de fora os profissionais da saúde tão
envolvidos em fazer o melhor, pois é difícil não se envolver com o sofrimento de terceiros e
não sofrer tanto consciente quanto inconscientemente. Os psicólogos hospitalares com seu
empenho e trabalhos em grupos promovem um valioso exercício de trocas interpessoais, o
compartilhamento das diferenças, das sensações de medo, angústia, alegrias e assim fazendo
com que o meio hospitalar seja mais leve como um abraço acolhedor que nos protege e nos
consola.
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