Linguagem, Conhecimento e Comunicação A linguagem é importante, pois os grupos humanos constroem formas partilhadas, códigos pelos quais vários membros possam transmitir informações uns aos outros. É uma das grandes questões das Ciências Humanas e Sociais. Isso demonstra que viver em sociedade só é possível a partir da comunicação entre seus membros. Sendo assim, é impossível não se comunicar, seja por intermédio da linguagem falada, escrita, corporal, por pinturas, gravuras, mímicas. Até mesmo em silêncio, estamos nos comunicando. Linguagem, Conhecimento e Comunicação Autores como Vygotsky e Baktin demonstram a esfera social da linguagem como indicativos fundamentais no processo de constituição do sujeito e o papel da linguagem na formação social da consciência e de significação na subjetividade.A idéia de conhecimento dentro do senso comum se refere a algo que se tem, ou não se tem, ou se pode ter,sendo considerado como uma espécie de substância que pode ser guardada. Linguagem, Conhecimento e Comunicação Existem conhecimentos verdadeiros e falsos, como se houvesse uma essência. Uma visão interessante sobre o conhecimento dentro da Psicologia Social seria, porém, a do conhecimento como relação, como forma de exercício simbólico, resultante de (im)possibilidades de ação e de expressão, concretizado por complexas redes de vias informacionais, conectando os sujeitos individuais-coletivos-institucionais. Linguagem, Conhecimento e Comunicação Várias teorias em Psicologia Social tentam compreender o papel da comunicação (mídia) na sociedade. As teorias baseadas no comportamentalismo, no cognitivismo e na psicanálise oferecem uma visão cartesiana - uma dicotomia entre o mundo externo e interno, e partem da concepção de que existem seres humanos que podem saber o que é melhor para a Humanidade. São, portanto, dignos de controlar e construir desejos nas pessoas. Linguagem, Conhecimento e Comunicação Os princípios dessas correntes podem orientar pessoas e instituições no sentido da manipulação e construção de meios que reforçam as relações de dominação. Sendo assim, a Teoria Crítica tenta romper com essa visão cartesiana e proporciona um referencial teórico e prático mais amplo e adequado para o estudo da comunicação, ao compreender o ser humano. Isso por meio de uma ótica processual, em que a pessoa e a sociedade são tomadas como realidades históricas em um processo de construção e transformação. Linguagem, Conhecimento e Comunicação Quando a comunicação se estabelece mal ou não se realiza entre pessoas que estão juntas ou entre grupos, nós dizemos que há: Filtragem - a mensagem é recebida apenas em parte provoca mal entendidos, ouvimos o que queremos ouvir. mas Ruído - a mensagem é distorcida ou mal-interpretada. Bloqueio - quando a mensagem não é captada e a comunicação, é interrompida. Linguagem, Conhecimento e Comunicação O conceito de identidade é expresso como imagem, representação e conceito de si; como conjuntos de traços, de imagens, de sentimentos que o indivíduo reconhece como fazendo parte dele próprio. A identidade é qualificada como identidade pessoal (atributos específicos do indivíduo) e/ou identidade social (atributos que assinalam o pertencimento a grupos ou categorias). A subjetividade humana é imanente à produção do mundo. Pelo processo de subjetivação, o sujeito se desfaz em multiplicidades, pela heterogeneidade dos seus suportes (físicos, biológicos, psíquicos, verbais, econômicos,estéticos, éticos e políticos). A subjetividade é um produto cultural como qualquer outro. Identidade, Subjetividade e Gênero Até pouco tempo, os temas de gênero apareciam pouco e associados ao sexo, indicando as diferenças entre homens e mulheres em experimentos de laboratório ou de campo. A partir da crise da Psicologia Social, direciona seu olhar para a história, para a sociedade e para a cultura, não concebendo o ser humano separado dessas instâncias. Dessa forma, são discutidas se as diferenças entre homens e mulheres seriam biológicas ou fruto de práticas de socialização. Isso traz o problema de generalização para as pesquisas sociais. As diferenças encontradas entre ambos os sexos, além de não serem tão grandes quanto se possa pensar e mais aparentes do que reais, dependem muito do contexto e de situações bastante concretas. Identidade, Subjetividade e Gênero Todas as pessoas possuem alguma experiência de participação grupal, seja de forma consciente por opção pessoal ou de forma rotineira, sem se dar conta.O conceito de grupo parte da descrição da reunião de duas ou mais pessoas com um objetivo comum de ação,sendo que, para o estudo dos pequenos grupos sociais, ocorre o contato entre as pessoas e a busca de um objetivo comum, a interdependência entre seus membros, a coesão ou espírito de grupo. Pode também ser visto como um lugar em que as pessoas mostram suas diferenças, as relações de poder estão presentes e perpassam as decisões cotidianas, em que o conflito é inerente ao processo de relações que estabelece. Processo Grupal Tipos de grupos: Grupo Primário: são voltados para relacionamentos interpessoais diretos; Grupo Secundário: são orientados para tarefas ou metas; Grupos Formais: tem metas estabelecidas, voltadas para objetivos; Grupos Informais: surgem com o passar do tempo; Processo Grupal Grupos Homogêneos: membros com características ou coisas em comum; Grupos Heterogêneos: apresentam variações em dimensões significativas; Grupos Interativos: tomada de decisão direta/interativa; Grupos Nominais: interagem formalmente; Interação restrita; indiretamente, se reúnem Grupos Permanentes: continuidade ao longo de diversas tarefas e atividades; Grupos Temporários: tempo determinado com tarefa e meta já em mente. Processo Grupal A política é uma forma de ação humana que se dá na esfera das disputas pelo poder entre grupos organizados,que segundo Silvia Lane (1986) são “ações encadeadas, junto com outros indivíduos, para satisfação de umanecessidade comum”.Na América Latina, o desenvolvimento da Psicologia Política é mais recente, datando da década de 1980. No Brasil, a Psicologia Política ainda se encontra em fase de afirmação como disciplina autônoma. Sendo assim, requer um resgate da sua história no contexto brasileiro e um panorama completo da situação atual. Psicologia Política JACQUES,M.G.C. (et. al).Psicologia social Contemporânea.8ed. Petrópolis.RJ: Vozes,2003. MINICUCCI. A. Relações Humanas: Psicologia das Relações Interpessoais. Petrópolis: Vozes, 1992. Referências Bibliográficas