Calor e umidade no verão aumentam número de casos de

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Por: Pamela Araujo 29/01/2012
Calor e umidade no verão aumentam número de casos de micose
O calor e a umidade são a combinação perfeita para o aumento dos casos de micose durante o verão. De
acordo com a diretora da Regional Fluminense da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD-FL) e chefe do
serviço de dermatologia do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), Sandra Durães, a incidência da
doença praticamente dobra nesta estação.
A médica explica que as micoses nada mais são que infecções causadas por fungos, podendo ser superficiais,
subcutâneas ou profundas, sendo as primeiras mais frequentes nesta época do ano.
“O maior contato com a água, de praias e piscinas, por exemplo, em virtude do calor, e mesmo a
transpiração, fazem com que a pele fique úmida por mais tempo. E é essa umidade que favorece o
aparecimento das micoses, pois permite que os fungos se desenvolvam mais rapidamente”, esclarece.
Mas alguns fatores podem propiciar o surgimento das micoses, como períodos de baixa imunidade, estresse e
uso de certos medicamentos, como cortisona, por tempo prolongado. Além disso, algumas pessoas têm maior
predisposição à doença.
“As micoses podem acometer pessoas de qualquer raça, idade, cor e religião, mas alguns indivíduos têm maior
propensão à doença, como pessoas obesas, devido às dobrinhas; diabéticas; e imunossuprimidas”, acrescenta
a dermatologista.
Segundo Durães, os tipos de micoses superficiais mais comuns são a pitiríase versicolor, mais conhecida como
pano branco; as dermatofitoses ou tinhas (que provocam a popular frieira ou pé de atleta); e a candidíase. Ao
contrário do que muita gente pensa, na maioria das vezes, não se contrai micose em um lugar específico, pois
o fungo, como o que dá origem ao pano branco, por exemplo, já habita a pele de muitas pessoas. No verão,
devido à umidade, ele tende a se proliferar mais rápido, o que em pessoas com a baixa imunidade leva ao
surgimento da doença.
As principais características das micoses são: alteração da cor da pele e coceira. O pano branco, mais comum
na região da face e tronco superior (colo e costas), além de manchas brancas, pode provocar lesões
amareladas ou avermelhadas. Já as dermatofitoses atingem pele, cabelo e unhas. Na pele, são características
pelas manchas vermelhas e por serem pruriginosas, ou seja, coçarem bastante. E a candidíase atinge
principalmente as dobras e regiões quentes e úmidas, como axilas, virilha e entre os dedos. Caracteriza-se por
placas vermelhas, recobertas por uma membrana esbranquiçada.
Em geral, as micoses não causam grandes problemas desde que tratadas corretamente. Do contrário, por
provocarem lesões na pele, acabam sendo a porta de entrada para outras doenças, como a paroníquia
(infecção da borda da unha) e a erisipela (infecção da pele que se propaga pelos vasos linfáticos). O
tratamento é simples e consiste, na maioria das vezes, em medicações antifúngicas, prescritas pelo médico e
utilizadas por via oral ou tópica (cremes, loções ou esmaltes). No entanto, não deve ser interrompido, a fim
de se evitar a reincidência da doença.
Durães ressalta ainda a importância de se evitar a automedicação. Segundo ela, o uso de pomadas, que
provocam alívio sintomático, por exemplo, além de não curar a micose, pode prejudicar seu diagnóstico
correto e, assim, seu tratamento.
“O uso prolongado de uma pomada à base de corticoide, por exemplo, numa pele muito fina, pode provocar
estrias, surgimento de vasos e até mesmo a atrofia da pele”, afirma a profissional
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