1. - PRP

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Volumetria do conjunto - maquete eletrônica
Fonte: Vigliecca e Associados
social em centros urbanos, busca pelos projetos do escritório Vigliecca e Associados, assim
como pela biografia e formação de sua equipe de trabalho.
2.Levantamento gráfico: Busca por material gráfico, artigos e textos sobre o conjunto
habitacional em estudo. Nessa fase também foram elaborados questionários para as futuras
entrevistas com o arquiteto da obra ( Héctor Vigliecca) e com a Prof. Dr. Lizete Rubano,
professora do Mackenzie e pesquisadora do conjunto da obra do arquiteto.
3.Entrevistas: para complemetação do material até então reunido e para uma melhor análise
crítica do projeto, há a realização de entrevistas tanto com o arquiteto responsável pela obra (
Héctor Vigliecca), quanto com a professora e pesquisadora do tema Lizete Rubano
4.Transcrição: Entrevistas são transcritas ( uma vez que ambas tiveram registro de audio) e
análise do material.
5.Análise crítica e elaboração da ficha projetual e do estudo da edificação.
O PROGRAMA
O programa Vila dos Idosos integra o programa Morar no Centro, iniciativa da
Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (COHAB), órgão encarregado
de dar resposta às demandas de habitação social na cidade de São Paulo. Neste
caso particular, o empreendimento está dirigido a um dos setores da população mais
carentes e tradicionalmente esquecido nas políticas habitacionais: os idosos.
Este projeto, pioneiro na cidade de São Paulo, responde às reivindicações do Grupo
de Articulação para Conquista de Moradia dos Idosos da Capital (GARMIC), fundado
em 2001, que atua em parceria com o Conselho Municipal do Idoso. O plano de
construir um conjunto habitacional exclusivo para idosos existe desde 1999, mas só
em 2003 o terreno para a construção do condomínio foi colocado à disposição para
esse fim.
O programa consiste em 145 unidades (57 apartamentos de um dormitório de 42m2 e
88 mono-ambientes de 30m2), três salas para TV e jogos, quatro salas de uso
múltiplo, salão comunitário com cozinha e sanitários, quadra de bocha, área verde,
espelho d'água e horta comunitária. Organizado em quatro pavimentos, com duas
caixas de circulações verticais com escadas e elevadores, possui 25% das unidades
já adaptadas a portadores de deficiências físicas, e as outras facilmente adaptáveis,
caso fosse necessário.
Localizado num terreno de forma complexa e frentes relativamente pequenas a três
ruas, o projeto assume a dimensão do conjunto contribuindo para dar uma nova
unidade a uma estrutura urbana fragmentada e sem caráter. A organização em
circulações horizontais comuns compatibiliza tanto a boa orientação e a insolação das
unidades quanto as melhores condições de acessibilidade aos moradores, alguns
deles portadores de deficiências físicas.
O objetivo do projeto é promover a maior quantidade e variedade de contatos de
vizinhança dentro do conjunto, e entre ele e a cidade.
TIPOLOGIA DE APARTAMENTOS
RESULTADOS
Sanitário
Dormitório
Sala de TV
Croquis
Fonte: Vigliecca e Associados
Vista para rua
Fundos
Vista para o Jardim
Pavimentos superiores
Lavanderia
Recreaçào | Convívio
Banheiro
Dormitório
Cozinha
Pari/ SP
Arquiteto Hector Vigliecca
Moradia
Projeto Vila dos Idosos
Sala
QUADRO RESUMO
LOCALIZAÇÃO
AMBIENTES
Térreo
USO
Uso comunitário | Recreação
ÁREAS
Apartamento de 1 dormitório - tipo 1
Módulos de serviço
Mono-ambientes- planta1
Mono-ambientes- planta2
Salas de TV + jogos
Salão Comunitário
Salas de uso múltiplo
Quadra de bocha
Horta comunitária
Jardins
Caixas
de escada
Estacionamentos
Biblioteca - já existente
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PLANTAS | INFOGRÁFICOS
AMARAL, A. A. C. . Habitação na Cidade de São Paulo. 2. ed. São Paulo: Instituto Polis/ PUC-SP, 2002.
ARANTES, Otília B. Fiori (Org.). A cidade do Pensamento Único: desmanchando consenso. 3. ed. Petrópolis: Editora
Vozes, 2002.
BONDUKI, Nabil (Org.). Comissão de Estudos Sobre Habitação na Área Central. 1. ed. São Paulo: Câmara Municipal de
São Paulo – serviço gráfico da CMSP, 2001. v.1 131 p.
DIOGO, Érica. Habitação Social nas Áreas Centrais. Instituto Pólis, Boletim DICAS, São Paulo, n.185, 2001.
LEFEVBRE, Henry. A cidade do capital; tradução: Maria Helena Rauta Ramos e Marilene Jamur - Rio de Janeiro, DP&A,
2001. Título original: La Pensée Marxiste et la ville. 2ª ed.
MARICATO, E. T. M. . Habitação Social em Áreas Centrais. Óculum, Campinas, n. 1, p. 13-24, 2000.
MARICATO, E. T. M. ; MATTOS, C. ; MEYER, Regina; ROLNIK, R. ; SOMECK, Nadia. Urbanismo na periferia do mundo
globalizado: metrópoles brasileiras. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 14, n. 4, p. 21-33, 2000
MARICATO, Ermínia. Na periferia do mundo globalizado: metrópoles brasileiras; In. Brasil, cidades– alternativas para a
crise urbana. Petrópolis: Vozes, 2001.
MEYER, Regina M. P. et al. Documento 1. São Paulo, Associação Viva o Centro, 1993.
ROLNIK, Raquel. São Paulo. São Paulo: Publifolha, 2003. (Coleção Folha Explica).SANTOS, Milton. A urbanização
brasileira. São Paulo, Hucitec, 1993.
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como ampliar o mercado, 1997, São Paulo, 1997. p. 1-35.
SILVA, Luís Octávio. Breve história do centro de São Paulo: sua decadência e reabilitação. In: SHICCHI, Maria Cristina;
SUTTI, Weber. Conflitos em torno do direito á moradia na região central de São Paulo. 2005
VILLAÇA, Flávio. Espaço intra-urbano no Brasil. Studio Nobel, Fapesp, São Paulo, 1998.
FACHADAS/CORTES
Fonte: Vigliecca e Associados
AGRADECIMENTOS:
laboratório de
estudos em
arquitetura
contemporânea
Imagem maquete física
Fonte: Vigliecca e Associados
Cozinha
42m²
30m²
310m²
155m²
140m²
1450m²
6150m²
630m²
800m²
Muito se discutiu a respeito da habitação social no Centro de São Paulo. O fim do sistema BNH
proporcionou o surgimento de uma nova fase, referente às habitações e conjuntos residenciais
voltados à habitação de interesse social. O sistema BNH era executado de forma vazia e
fragmentária, conjuntos repetitivos e muitas vezes obsoletos, não atendendo às necessidades
de seus moradores e sem qualquer estudo prévio para a implantação na área. A fase pós-BNH
passa a desenvolver programas habitacionais alternativos ao modelo anteriormente adotado,
mais voltados à questão social e a uma maior articulação com a cidade, gerando projetos mais
interessantes, tanto no quesito urbanístico quanto arquitetônico.
Com isso, novos projetos passam a surgir na cidade de São Paulo, especialmente na região
central, por se tratar de uma área com infra-estrutura consolidada, bem servida de transporte
público e onde a maior parte da população residente em áreas periféricas trabalha. De qualquer
forma, esses novos conjuntos continuam seguindo as questões legislativas estabelecidas para a
habitação social, porém, passam a ter um projeto diferenciado, adaptado às necessidades
específicas de seus usuários.
O projeto, elaborado pelo escritório do arquiteto Hector Vigliecca, compreende um conjunto
habitacional voltado para moradores com mais de 60 anos, o que corresponde a quase 9,5% da
população de São Paulo. O projeto residencial Vila dos Idosos é uma exceção à regra pela qual
a atenção social aos mais velhos é tanto mais precária quanto menor for a renda deles. Esse
projeto, portanto, procura suprir a necessidade de moradia para esse grupo, com uma
arquitetura de qualidade e que se contrapõe ao preconceito de idade. Para tal, Vigliecca propôs
um edifício articulado por passeios horizontais, com vistas para fora – semelhantes a ruas de
convívio - procurando contribuir com a paisagem da cidade, não negando a exposição a ela.
Com o estudo de caso e revisão bibliográfica sobre o tema, percebe-se que a questão
habitacional no Brasil tem sido frequentemente discutida. A Vila dos Idosos, além de possuir uma
arquitetura diferenciada e de qualidade, como dito anteriormente, proporciona moradia digna a
uma camada da população que é frequentemente esquecida e prova que há meios de se
projetar habitação de interesse social visando o bem estar da população, sua melhor inserção na
urbanidade e na relação com entorno.
Habitação | Ambientes
de uso comunitário
VOLUMETRIA E FOTOS DO CONJUNTO
1.Revisão Bibliográfica: seleção de bibliografia específica sobre o tema habitação de interesse
Ambientes
recreativos
A prática urbana implementada em São Paulo, desde o começo do século, foi
sendo estruturada segundo a perspectiva de segregar e de criar zonas social e
funcionalmente separadas. Isso vem trazendo um conjunto enorme de problemas
para a cidade. Um deles é a deseconomia urbana, ou seja, a excessiva
necessidade de deslocamento casa-trabalho, aspecto que se tenta romper
quando se propõe habitação nas zonas centrais, região fortemente polarizadora
de emprego, mas que nas últimas décadas vem perdendo população de modo
acelerado.
Com a crescente especulação imobiliária, o valor da terra sobe e torna-se cada
vez mais difícil para as camadas da população de baixa renda a aquisição do
terreno. A construção de casas se torna mais difícil e os trabalhadores passam
então a depender de casas e quartos de aluguel. Os que não podem pagar
aluguel vão para cortiços e favelas.
Esse processo de periferização física e social acaba por distanciar ainda mais a
família pobre do emprego, do comércio melhor e mais barato e dos serviços
públicos de melhor qualidade, da educação, saúde e lazer, que são gratuitos.
A queda da população residente na área central é muito significativa. É possível
perceber que o centro perde muita população, assim como o chamado anel
intermediário, ou seja, toda a área urbanizada da cidade vem perdendo
população, enquanto a área não urbanizada ganha.
A infra-estrutura instalada no centro fica ociosa à noite, quando as milhares de
pessoas que trabalham no centro retornam à seus bairro de origem, situados
sobretudo nas áreas periféricas.
Existiam dificuldades em reverter uma “cultura” fortemente incrustada nos órgãos
promotores de habitação, que sempre estiveram voltados para a produção
habitacional em glebas periféricas. Isto porque a questão da moradia no Brasil
tem sido comumente pensada pelo poder publico como simples produção de
unidades habitacionais em áreas distantes e desprovidas de equipamentos sociais
e empregos. São Paulo não foge a essa regra geral e o resultado, pelo menos até
os anos 90, foi a implantação de grandes conjuntos nas áreas periféricas da
cidade, reproduzindo um modelo de expansão urbana horizontal.
A presença de terrenos não edificados, grande parte ocupada por
estacionamentos, além de apartamentos e salas comerciais sub-ocupados,
reforçam o argumento da ampliação do uso residencial no centro como uma
vocação ainda não desenvolvida na sua potencialidade.
A área central é um palco de conflitos, de disputas entre os setores sociais que,
de alguma maneira querem participar do processo de recuperação da habitação
no centro.
As questões mais importantes que foram levantadas durante a comissão foram:
como desapropriar imóveis na área central e como uma ação como essa poderia
desdobrar em um grande programa habitacional para o centro.
O projeto Vila dos Idosos se insere nesse contexto de reocupação do centro de
São Paulo. Foi um projeto que busca beneficiar a população de baixa renda e,
como dito anteriormente, com idade superior a 60 anos e por isso, foi denominado
Vila dos Idosos.
O estudo de caso da Vila dos Idosos, juntamente com a questão legislativa
empregada nessa habitação de interesse social são temas desse estudo.
ESTUDO DE CASO
METODOLOGIA DE TRABALHO
uso
coletivo
Autor: Carolina Contiero Talarico
[e-mail: [email protected]]
Orientador: Leandro Medrano
Habitação de Interesse Social no Centro de São Paulo: Legislação e
Estudo de caso sobre a Vila dos Idosos, do arquiteto Hector Vigliecca
INTRODUÇÃO
infográfico ambientes internos
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