ATUALIZAÇÃO EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA ILUSTRAÇÕES: JOSÉ FALCETTI REDAÇÃO: PROF. RAMES MATTAR JUNIOR PROF. RONALDO J. AZZE DOENÇA REUMATÓIDE VISÃO DO ORTOPEDISTA CIRURGIÃO DA MÃO DOENÇA REUMATÓIDE VISÃO DO ORTOPEDISTA CIRURGIÃO DA MÃO Prof. Rames Mattar Júnior Prof. Ronaldo J. Azze DEFINIÇÃO Doença difusa do tecido conectivo que afeta principalmente a sinovial das articulações e dos tendões (Cruickshank, 1957) HISTÓRICO • múmias egípcias (2750 a.c.) portadoras de doença reumatóide; • pinturas de Flemish (1400) e Rubens (séc. XVII) retrataram pacientes portadores de doença reumatóide; • Beauvais (1800): diferencia a artrite da gôta; • Garrot (1859) introduziu o termo artrite reumatóide; • Cruikshank (1957) e Cossermelli (1962) introduziram o termo doença reumatóide. "Altar Panels with Donors" ETIOLOGIA Ainda desconhecida. Discute-se várias teorias. Multifatorial: • fatores ambientais: vírus (Epstein-Barr), bactérias, micoplasmas) þ através de mímicas moleculares; • fatores psicossomáticos þ personalidade artrítica; • patrimônio genético; • desequilíbrio imunológico • alterações neuro-endócrinas Publicação Oficial do Instituto de Ortopedia e Traumatologia Dr. F. E. de Godoy Moreira da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. R. Dr. Ovidio Pires de Campos, 333 Tel/Fax: (011) 3069-6888 CEP 05403-010 – São Paulo – SP REDAÇÃO: Prof. Dr. Rames Mattar Junior Professor livre Docente da FMUSP Chefe do Grupo de Mão do Departamento de Ortopedia e Traumatologia FMUSP Professor Ronaldo J. Azze Professor Titular do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da FMUSP 2 Visão do artista - "Mão Reumatóide" M. Van Heemskerck PRODUÇÃO GRÁFICA: Coordenação Editorial: Ábaco Planejamento Visual Colaboradores: Rodrigo R. Tonan, Carmen T. Bornacina, Bruno Vigna, Marize Zanotto, Adalberto Tojero. Ilustrações Médicas: José Falcetti Diagramação e Editoração Eletrônica: ábaco digital print Fotolito: Bureau Digital Bandeirante Impressão: Nova Página Tiragem: 10.000 exemplares CARTAS PARA REDAÇÃO: Atualização em Traumatologia do Aparelho Locomotor Rua Batataes, 174 – 01423-010 São Paulo – SP – Tel/Fax.: (011) 3885-4277 DOENÇA REUMATÓIDE INCIDÊNCIA • 1% da população de países desenvolvidos; ou em nódulos (Allison-Ghormley), rica neoformação vascular e formação de folículos linfóides com centros germinativos • comprometimento inicial em adultos entre 30 a 50 anos de idade; • freqüência maior no sexo feminino (4:1) • incidência maior nos parentes de 1º grau dos portadores de doença reumatóide; • risco de comprometimento é 30 vezes maior em gêmeo univitelínico de portador, e 6 vezes em bivitelínico. • gasto anual nos EUA é de 25 mil dólares por paciente; FISIOPATOLOGIA OSTEOARTICULAR A sinovial na doença reumatóide é caracterizada por proliferação celular (células lineares tipo A,B e C), angiogênese e aumento do número de linfócitos nas áreas perivasculares Caracterizam a sinovite na doença reumatóide: • exsudação; • derrame articular (com polimorfonucleares); • aumento de linfócitos (aumento dos indutores CD4 em relação aos supressores CD8) ; • liberação de leucotrienos (LTB4), pelos linfócitos CD4, que são quiomiotáticos para polimorfonucleares; • liberação de interleucinas, pelos linfócitos CD4, que estimulam linfócitos B; • secreção de enzimas (colagenases, elastases, proteases, catepsina D) • degradação de colágeno e proteoglicanos; • metabolismo anaeróbio - liberação de radicais livres; • prostaglandinas contribuem para reabsorção óssea; • linfócito B - plasmócito liberam imunoglobulinas (Fator Reumatóide); • alteração da relação entre macrófagos, linfócitos B e T. A sinovite caracteriza-se por uma membra na sinovial hiperplasiada e hipertrofiada, formando o "pannus", que destrói a cartilagem articular, tendões, ligamentos e cápsula, diretamente, ou através de mediadores enzimáticos ativados. ANATOMIA PATOLÓGICA Infiltrado linfohistioplasmocitário, com predomínio de linfócitos espalhados difusamente PATOLOGIA ARTICULAR • Lesões cápsulo-ligamentares: – instabilidade – deformidade • Lesões tendinosas – ruptura – deficiência funcional – deformidade • Lesões da cartilagem articular – quadro degenerativo – anquilose DIAGNÓSTICO Quadro clínico insidioso, com sintomas sistêmicos (astenia, fadiga, mal-estar, febre baixa) e sintomas articulares (dor, sinais inflamatórios, rigidez matinal, diminuição de movimentos e posição viciosa). As articulações mais comprometidas são as distais (interfalangicas proximais, metacarpofalangicas e punhos) e de forma simétrica. As manifestações extra-articulares incluem: – pele: nódulos subcutâneos (indicam pior prognóstico) – vasculites: arterites, necrose digital, arterite visceral (coração,pulmão, rins, etc.) – neuropatia – miopatia Exames de laboratório: • Hemograma: – anemia moderada, normocítica e hipo/normocrômica – leucocitose, eosinofilia e trombocitose • Provas de atividade inflamatória inespecíficas alteradas:níveis elevados na Velocidade de hemossedimentação (VHS), proteína C reativa e alfa 1 glicoproteína • Provas imonulógicas alteradas: fator reumatóide (latex ou Waler-Rose), anticorpos anti-nucleares, complemento e antígenos de histocompatibilidade. • Fator reumatóide é caracterizado pela presença de auto-anticorpos de diferentes classes de imunoglobulinas (IgM, IgG, IgA) dirigidas contra antígenos do fragmento Fc das IgG. A positividade do teste de Latex é de 80% e do Waler-Rose de 60%. O Fator Reumatóide pode ser positivo em doenças crônicas como sífilis, hepatite, sarcoidose e hanseníase. 3 O exame radiográfico pode evidenciar o comprometimento simétrico das articulações, rarefação óssea periarticular, aumento das partes moles, redução do espaço articular, erosões ósseas, cistos subcondrais, deformidades articulares e anquilose. São critérios para diagnóstico: • American College of Rheumatology: pelo menos 4 dos 7 sinais ou sintomas: – rigidez matinal; – artrite de mais de 3 articulações ; – artrite de punhos, metacarpofalângicas e interfalângicas; – artrite simétrica; – nódulos reumáticos; – fator reumatóide positivo; – alterações radiográficas. • New York Diagnostic Criteria: primeiros dois critérios associados ao terceiro ou quarto: – história de episódio de 3 articulações dolorosas; – edema, limitação da movimentação, subluxação ou anquilose de 3 articulações dos membros, sendo que uma mão, um punho ou um pé deverão estar envolvidos; – presença de erosões ósseas no RX; – fator reumatóide positivo. TRATAMENTO CLÍNICO Deverá incluir apoio psicológico, controle da doença inflamatória, repouso articular e prevenção de deformidades. Os medicamentos mais utilizados são os anti-inflamatórios não hormonais (indometacina, diclofenaco, naproxem, cetoprofeno, piroxican, aspirina, inibidores específicos da ciclooxigenase 2 e outros), anti-inflamatórios hormonais (cortocosteróides sistêmicos ou intraarticulares), drogas remissivas (antimaláricos, sais de ouro, sulfasalazina, D penicilamida) e agentes imunossupressores (methotrexate, ciclofosfamida, azatioprina, clorambucil e outros). A utilização de órteses deve ser iniciada logo após o diagnóstico e visa, principalmente, prevenir deformidades. As órteses podem ser de manutenção (utilizadas em atividades manuais), de repouso (utilizadas principalmente durante a noite) e de correção de deformidades (tração elástica). As figuras ilustram a indicação da utilização das órteses na doença reumatóide. 4 Órteses de controle e apoio das articulações metacarpofalângicas, prevenindo o desvio ulnar em repouso e em atividades manuais. TRATAMENTO CIRÚRGICO O tratamento cirúrgico inclui procedimentos de tenossinovectomias, sinovectomias, cirurgias em tendões, artroplastias com ou sem próteses e artrodeses. A tenosinovite caracteriza-se por aumento de volume, sinais inflamatórios, disfunção, podendo evoluir para ruptura tendinosa. O tratamento da tenossinovite pode ser clínico ou cirúrgico. Cabe aos profissionais que assistem o paciente indicar o tratamento cirúrgico. Há necessidade de um perfeito entrosamento entre o reumatologista, o terapêuta e o cirurgião de mão para determinar o tempo ideal desta indi- DOENÇA REUMATÓIDE cação. É extremamente frustrante para o paciente e para a equipe profissional observar a persistência de uma sinovite ou tenossinovite, apesar do tratamento medicamentoso, e a evolução para deformidades progressivas ou perda do sistema de funcionamento, e deslizamento até a ruptura do tendão. É preciso reforçar o conceito de que o tratamento do paciente portador de doença reumatóide deve ser multidisciplinar, incluindo, além do reumatologista, coordenador geral deste, o terapêuta, o cirurgião de mão, o ortopedista e o psicólogo. Todo esforço deve ser realizado para impedir a evolução natural desta grave patologia. Lembramos uma figura clássica do compêndio de Platt sobre a mão reumatóide, com a legenda ressaltando: "10 anos passaram !" Imagens da técnica cirúrgica para tenosinovectomia dos extensores ao nível do retináculo dorsal (zona VII). TENOSSINOVECTOMIA DORSAL DO PUNHO Na face dorsal do punho temos os 6 compartimentos revestidos por tecido sinovial e que podem ser sede de uma tenossinovite na doença reumatóide. Estes compartimentos incluem: 1º compartimento – abdutor longo e extensor curto do polegar 2º compartimento – extensores radiais longo e curto do carpo 3º compartimento – extensor longo do polegar 4º compartimento – extensor comum dos dedos e extensor próprio do indicador 5º compartimento – extensor próprio dedo mínimo do 6º compartimento – extensor ulnar do carpo O tecido sinovial hiperplasiado pode conter pequenos corpos à semelhança de grãos de arroz ("rice bodies"). Podem aparecer nódulos inflamatórios intratendinosos. Os tendões apresentam-se isquêmicos, friáveis e sujeitos a rupturas. A via de acesso para a tenossinovectomia dorsal do punho consta de incisão em "S" ou oblíqua dorsal, interessando pele e tecido celular subcutâneo, e abertura do retináculo extensor envolvido. A sinovectomia deve ser ampla. Para evitar o efeito de corda, o retináculo deve ser reconstruído. Se houver grave comprometimento do leito, parte do retináculo pode ser utilizado como assoalho dos tendões. A hemostasia deve ser rigorosa, assim como deve ser utilizado um dreno por período de 1 a 2 dias. Esquema da técnica cirúrgica para tenosinovectomia no retináculo dos extensores. (veja a seqüência das ilustrações) 5 6 DOENÇA REUMATÓIDE 7 8 DOENÇA REUMATÓIDE 9 10 DOENÇA REUMATÓIDE TENOSSINOVECTOMIA VENTRAL DO PUNHO A tenossinovite volar no punho não é tão evidente quanto a dorsal, pois o ligamento transverso do carpo não permite a palpação do tecido sinovial hiperplasiado e, pela mesma razão, o aumento de volume não é tão notado. A sinovite no canal do carpo causa uma síndrome de compressão do nervo mediano, caracterizada clinicamente por hipoestesia na região ventral do polegar, dedos indicador, médio e metade radial do anular, associada a algum grau de paresia dos músculos abdutor curto, oponente e flexor curto do polegar. No exame clínico, os testes de Phalen e Tinel são positivos. O diagnóstico da sinovite volar do punho deve ser precoce e, a ausência de resposta clínica com o tratamento medicamentoso, associada a sinais clínicos de compressão do nervo mediano, deve ser uma indicação para tenossinovectomia cirúrgica precoce. A via de acesso inclui uma incisão retilínea entre as eminências tenar e hipotenar, cruzando oblíquamente a prega de flexão do punho, e progredindo proximalmente de forma curvilínea. O retináculo dos flexores deve ser seccionado próximo à sua inserção ulnar. A sinovectomia deve ser ampla, a hemostasia rigorosa e a drenagem utilizada por cerca de 1 a 2 dias. Tenosinovite dos flexores do dedo mínimo, desde o canal de Guyon até o túnel osteofibroso. O paciente apresentava sintomas de compressão do nervo ulnar no canal de Guyon. Tenosinovite hemorrágica dos flexores ao nível do punho. Esquema da técnica cirúrgica para tenosinovectomia dos flexores do canal do carpo (zona IV). (veja seqüência das ilustrações) Tenosinovite exuberante ao nível do canal do carpo (zona IV) com grave compressão do nervo mediano. Paciente apresentava grave comprometimento da função da mão. Observar aspecto após a secção do ligamento transverso do carpo e tenosinovectomia. 11 12 DOENÇA REUMATÓIDE 13 14 DOENÇA REUMATÓIDE TENOSSINOVECTOMIA DOS FLEXORES DOS DEDOS SINOVECTOMIA DAS ARTICULAÇÕES O canal osteofibroso é revestido por tecido sinovial e pode ser sede do processo inflamatório da doença reumatóide. A sinovial hiperplasiada causa edema, perda da função de flexão dos dedos envolvidos, associada ou não a dedo em gatilho. A cirurgia consiste na tenossinovectomia ampla preservando ao máximo as polias. A incisão cutânea mais utilizada é a de Bruner (zigzag volar). Paciente portadores de tenossinovite no túnel osteofibroso que não respondem ao tratamento medicamentoso devem ser submetidos a tratamento cirúrgico pois a sinovial pode destruir, de forma precoce, as polias, causando dano irreversível no mecanismo flexor dos dedos. Após a tenossinovectomia o paciente deve realizar movimentação precoce, sob supervisão de terapeuta, com o objetivo de evitar aderências tendinosas. Nas cirurgias realizadas tardiamente, quando já houver comprometimento de polias, há necessidade de realizar, em uma primeira etapa, a tenossinovectomia associada a reconstrução de polias e,quando necessário, num segundo tempo, a tenólise dos tendões envolvidos e aderidos. As sinovectomias articulares devem ser realizadas antes que ocorram lesões ósseas, como erosões, e ligamentares, que causam instabilidades e luxações. Porém, mesmo quando alterações osteoarticulares tardias já tenham ocorrido, a sinovectomia articular pode evitar e limitar o progresso da doença. O maior desafio é determinar o momento ideal para a realização das sinovectomias articulares. SINOVECTOMIA DAS METACARPOFALÂNGICAS Temos preferido realizar as sinovectomias das articulações metacarpofalângicas através de incisões longitudinais, preservando, ao máximo, a drenagem venosa e linfática dos dedos. Duas incisões, entre o 2º e 3º dedos, e entre o 3º e 4 º dedos, podem proporcionar abordagem para todas metacarpofalângicas. Incisões longitudinais ou em "S" também podem ser realizadas para cada articulação. O tendão extensor deve ser individualizado e protegido. Realiza-se uma incisão parcial na banda sagital, preferencialmente na borda radial, que permitirá a sutura com reforço (tipo Sinovite exuberante na região do túnel osteofibroso (zona II) destruindo as polias e vinculas dos tendões flexores. Após a tenosinovectomia resta o grande problema de reconstruir o túnel osteofibroso em um leito vascular inadequado. 15 "jaquetão") para prevenir a luxação ulnar destes tendões. A cápsula é aberta através de incisão transversa ou longitudinal e todo tecido sinovial hiperplasiado deve ser removido. Deve-se tomar cuidado para remover todo tecido sinovial patológico, especialmente aquele aderido nas porções capsulares que incluem os ligamentos colaterais. A cápsula e a banda sagital são suturadas, realinhando o aparelho extensor. O fio utilizado pode ser absorvível ou não mas resistente para suportar as tensões da movimentação precoce (4 ou 5 zeros). Normalmente utiliza-se uma imobilização, preferencialmente com órtese de material termoplástico, mantendo a articulação metacarpofalângica em extensão, protegendo a cicatrização do aparelho extensor. Esta órtese pode ser utilizada de forma intermitente, por período de 6 a 8 semamas, permitindo a reabilitação articular e, ao mesmo tempo, protegendo o aparelho extensor. Por outro lado, a mobilização precoce é muito importante para evitar rigidez. Os procedimentos para sinovectomia da metacarpofalângica do polegar são os mesmos. A utilização de uma órtese mantendo a articulação metacarpofalângica em extensão é fundamental para prevenir deformidades em flexão. Sinovectomia da articulação metacarpofalangiana. SINOVECTOMIA DAS INTERFALÂNGICAS PROXIMAIS A grande diferença com relação às sinovectomias das metacarpofalângicas reside na abordagem do aparelho extensor. A incisão é dorsal e, normalmente, em forma de "S" . Alguns autores salientam a importância de realizar incisões maiores ("duplo S"), com o objetivo de abordar, diretamente, a região ventral da articulação, através de capsulotomia volar (entre os ligamentos colateral e placa volar) onde a sinovite abundante pode ser responsável pelo desenvolvimento de 16 deformidade em pescoço de cisne e rigidez articular. O aparelho extensor é dividido respeitandose suas expansões em tendão extensor central (banda central) e tendões extensores laterais (bandas laterais). Após ampla sinovectomia a cápsula e o aparelho extensor são suturados de forma similar à articulação metacarpofalângica. A pele é suturada e a articulação mantida em extensão. Utilizase uma órtese estática até a redução do edema e, a seguir, órteses dinâmicas que protegem o aparelho extensor e permitem a movimentação articular e reabilitação precoce. DOENÇA REUMATÓIDE Sinovectomia da articulação interfalangiana proximal. SINOVECTOMIA DO PUNHO Normalmente é realizada associadamente a tenossinovectomia dos tendões extensores e da articulação rádio-ulnar distal. A via de acesso é dorsal, com incisões curvilíneas ou em "S", e a cápsula articular é seccionada observando-se a anatomia ligamentar (incisão em "V"). Todo tecido sinovial patológico é removido e as erosões ósseas curetadas. A indicação de sinovectomia do punho não é tão freqüente, sendo mais usual agir no punho realizando artrodeses segmentares ou totais. Observa-se, precocemente, que há desarranjo nos ossos do carpo, provocado por lesões ligamentares, na maioria das vezes do padrão VISI ("volar intercaled segment instability"), responsáveis por quadro degenerativo progressivo. Na articulação rádio-ulnar distal, a cápsula é aberta longitudinalmente e, se houver integridade da cartilagem articular, associada a estabilidade ligamentar, a sinovectomia ampla pode ser realizada e o prognóstico da evolução deve ser favorável. Se houver comprometimento articular e instabilidade ou luxação, outros procedimentos podem ser indicados como: ressecção da cabeça da ulna, artroplastia de hemirresecção e interposição (Bower’s), cirurgia de Sauvé Kapandgi (ressecção da segmentar da ulna com artrodese rádio-ulnar distal) e cirurgias de estabilização da ulna. distal e estabilidade na rádio-carpica. Utiliza-se uma incisão dorsal curvilínea ou em "S", ao nível da articulação rádioulnar distal, individualiza-se o ramo sensitivo dorsal do nervo ulnar e os tendões ulnar do carpo e extensor próprio do 5º dedo, abre-se a cápsula articular longitudinalmente e expõe-se a cabeça da ulna. Realiza-se uma osteotomia ao nível do colo da ulna, tomando-se o cuidado para não ressecar tecido ósseo em excesso, o que pode causar uma instabilidade indesejável. As espículas ósseas são removidas por saca-bocados, goivas ou fresas, e a cápsula suturada com alguma tensão para conferir maior estabilidade à ulna distal. EXCISÃO DA CABEÇA DA ULNA (CIRURGIA DE DARRASH) A cirurgia é indicada quando houver perda da congruência entre o rádio distal e a ulna, associada a lesão da cartilagem articular. A ressecção da cabeça da ulna trará alívio da sintomatologia dolorosa e melhora da movimentação do punho. Estará indicada quando houver desarranjo na articulação rádio-ulnar Cirurgia de Darrash – ressecção da cabeça da ulna 17 RUPTURAS TENDINOSAS Rupturas tendinosas dos tendões extensores dos dedos. Transferência dos flexores ulnar e radial do carpo para extensores dos dedos. 18 DOENÇA REUMATÓIDE Esquemas da técnica cirúrgica de solidarização dos tendões extensores dos dedos anular e mínimo para tratamento de ruptura patológica. 19 Outra implicação grave da doença reumatóide é a ruptura patológica dos tendões. As rupturas ocorrem com maior freqüência nos tendões extensores e ao nível dos retináculos. As rupturas podem ocorrer com ou sem trauma. Como o tendão é patológico, as suturas não proporcionam bons resultados, pois a cicatrização não se processa de forma adequada (comprometimento da vascularização). Da mesma forma, os enxertos tendinosos não são utilizados pois o leito receptor está comprometido e as aderências, em geral, são freqüentes e de grande magnitude, impedindo o retorno funcional adequado. RUPTURA DOS EXTENSORES DOS DEDOS Após o extensor longo do polegar são os tendões que mais freqüentemente se rompem da doença reumatóide, principalmente os do 4º e 5º dedos, incluindo o extensor próprio do 5º dedo. Nas rupturas dos extensores dos dedos ulnares, o coto distal destes pode ser suturado, com tensão adequada, nos tendões extensores dos dedos radiais íntegros. Este é o procedimento mais freqüentemente utilizado e proporciona bom resultado funcional. Nas rupturas de todos tendões extensores as únicas alternativas são a utilização de enxerto de tendão ou a transferência tendinosa (flexores radial e ulnar do carpo e outros) para os extensores dos dedos. Os flexores do corpo são utilizadas, particularmente, quando houver comprometimento da movimentação do punho, ou quando houver indicação de artrodese deste. Caso clínico – ruptura dos tendões extensores dos dedos anular e mínimo tratada pela solidarização dos tendões extensores. 20 DOENÇA REUMATÓIDE RUPTURA DO TENDÃO EXTENSOR LONGO DO POLEGAR É o tendão que rompe com maior freqüência na mão, normalmente ao nível do tubérculo de Lister, no terceiro compartimento dorsal. A presença de sinovite persistente neste local, relaciona-se com o comprometimento deste tendão e deve ser uma das indicações de sinovectomia precoce. A ruptura do extensor longo do polegar provoca uma perda da função de extensão da interfalângica do polegar. O tratamento cirúrgico de escolha é a transferência tendinosa do extensor próprio do indicador ou do extensor curto do polegar. Em pacientes portadores de doença reumatóide há preferência na utilização do extensor curto do polegar, principalmente quando houver comprometimento associado da articulação metacarpofalângica. Nestes pacientes, freqüentemente, há indicação de artrodese da metacarpofalângica e o extensor curto do polegar pode ser transferido sem prejuízo de função. Além disso, este tendão está próximo do extensor longo do polegar, exige menor dissecção e proporciona uma extensão do polegar com alguma abdução associada, o que pode proporcionar melhor função para a mão. A abordagem é realizada através de incisão dorsal, individualiza-se os tendões que serão utilizados para a transferência e o extensor longo do polegar. Se houver indicação, a articulação metacarpofalângica pode ser artrodesada. O tendão a ser transferido é seccionado ao nível da metacarpofalângica e suturado através da técnica em "casa de botão" (diâmetros semelhantes) ou "Pulvertaft" (diâmetros diferentes), com fio inabsorvível 4 zeros. Após a sutura da pele, o polegar deve ser imobilizado em extensão. O paciente deve ser encaminhado precocemente para reabilitação, onde será confeccionada órtese de proteção e iniciada movimentação passiva precoce. A movimentação ativa normalmente é iniciada por volta da 4º a 6º semana de pós-operatório. RUPTURA DO FLEXOR LONGO DO POLEGAR É o tendão flexor que mais freqüentemente se rompe na doença reumatóide. A ruptura pode ocorrer em 3 sítios: 1. por avulsão em sua inserção - reconstrução normalmente realizada com enxertos de tendão 2. ao nível da metacarpofalângica - reconstrução através da transferência de tendão flexor superficial (4º dedo) ou, mais raramente, através de enxertos de tendão. 3. no canal do carpo - reconstrução através da transferência de tendão flexor superficial (4º dedo) ou, mais raramente, através de enxertos de tendão. A incisão é ventral, medio-lateral ou tipo Bruner, no polegar, e curvilínea ou oblíqua ventral no punho. Os tendões flexor longo do polegar e aqueles utilizados para transferência ou enxerto são identificados e a sutura dos tendões é realizada através das técnicas habituais já descritas. O paciente deve ser mantido com o punho fletido cerca de 40º a 60º, com uma proteção para a extensão do polegar, seja através de aparelho gessado ou, preferencialmente, órtese. RUPTURA DOS FLEXORES DOS DEDOS Os dedos mais comprometidos são o indicador e o médio e os sítios mais freqüentes são na porção distal do canal do carpo e na entrada do túnel osteofibroso. Quando a ruptura ocorre no túnel osteofibroso, a reconstrução é realizada com enxerto tendinoso, em geral do palmar longo ou plantar delgado. Se houver ruptura do profundo com integridade do superficial, o procedimento de escolha deverá ser a manutenção do superficial intacto e a estabilização da interfalângica distal através de tenodese ou artrodese. Nas rupturas proximais é possível utilizar o tendão flexor superficial como enxerto para reconstruir o flexor profundo, tomando-se o cuidado para utilizar segmentos de tendão não comprometidos pela patologia. ARTRODESES Quando houver comprometimento grave da superfície articular, com lesão irreversível do tecido cartilaginoso, grave comprometimento da função, quadro degenerativo progressivo associado à sintomas dolorosos, a artrodese da articulação deve ser considerada como um bom procedimento terapêutico na doença reumatóide. As artrodeses são principalmente indicadas nas articulações interfalângicas do polegar, interfalângicas proximais dos dedos, metacarpofalângica do polegar e no punho. Temos dado preferência para procedimentos de artroplastia, com ou sem prótese, para as articulações metacarpofalângicas dos dedos, com o objetivo de preservar mobilidade e proporcionar função para a mão comprometida. Existem várias técnicas de artrodeses. Temos preferido realizar o desbridamento articular e retirada da cartilagem articular remanescente com auxílio de serras, osteótomos ou saca-bocados e a osteossíntese com fios de Kirschner, associados ou não à amarrias com fios de aço. O paciente é mantido com a articulação imobilizada, com aparelhos gessados ou órteses, até a consolidação da artrodese, determinada através de exames clínico e radiográfico. 21 Caso clínico – deformidade característica com desvio ulnar e grave comprometimento cartilaginoso das metacarpofalangianas que apresentam-se praticamente luxadas. No punho as artrodeses podem ser parcial ou total. As artrodeses parciais são indicadas quando a doença comprometeu apenas um segmento do punho, causando quadro degenerativo ou instabilidade localizada. Nesta situação, a artrodese pode restabelecer a estabilidade e eliminar a dor, preservando alguma função. ARTROPLASTIAS SEM PRÓTESE Em algumas situações, é possível realizar Esquema da técnica cirúrgica para artroplastia metacarpofalangiana com prótese de swanson. (veja seqüência das ilustrações) 22 cirurgias em partes moles com o objetivo de melhorar a função articular e os sintomas dolorosos. Na articulação trapézio-metacarpeana, as cirurgias de ressecção do trapézio, associadas à reconstrução ligamentar (ligamentoplastia), utilizando o flexor radial do carpo ou o abdutor longo do polegar, podem proporcionar alívio dos sintomas dolorosos e melhorar a amplitude de movimentação do polegar, mantendo sua estabilidade. A escolha da técnica deve basear-se na preferência do cirurgião e nas DOENÇA REUMATÓIDE 23 Técnica cirúrgica para artroplastia metacarpofalangiana. Caso clínico – mão direita operada com correção das deformidades nas metacarpofalangianas e melhora da amplitude articular. 24 DOENÇA REUMATÓIDE condições dos tendões que podem ser utilizados na estabilização do polegar. Da mesma forma, é possível realizar artroplastias nas articulações metacarpofalângicas sem utilização de próteses. A cirurgia baseiase no desbridamento articular, reposicionamento do aparelho extensor, redução da articulação e tenotomia ou transferência dos músculos intrínsecos. O desvio ulnar dos dedos é uma das deformidades características da doença reumatóide. A fisiopatologia do desvio ulnar é discutível, sendo que vários fatores podem contribuir concomitantemente: 1. frouxidão cápsulo-ligamentar radial; 2. colápso do punho e desvio radial dos metacarpeanos (Shapiro, 1968) 3. desvio ulnar dos extensores dos dedos por froxidão da banda sagital do lado radial (Vaughan-Jackson, 1962) 4. ação dos músculos intrínsecos (Adamson, 1968) 5. forças aplicadas durante a pinça digital ou preensão de objetos provocando o desvio ulnar dos dedos. Vários procedimento, isolados ou combinados, foram propostos por diversos autores, entre os quais destacamos: • Secção dos intrínsecos (Littler, 1954); • Transferência dos intrínsecos (Straub, 1959) • Sinovectomia e reposicionamento do extensor (Millender e Nalebuff, 1968); • artroplastias sem prótese (Vanio, 1967) incluindo o desbridamento articular, sinovectomia, reposicionamento articular, secção e transferência dos intrínsecos. ARTROPLASTIAS COM PRÓTESE As artroplastias com próteses foram descritas por Swanson em 1968. Sua indicação baseia-se na presença de articulação metacarpofalângica com sinais degenerativos, luxada, instável e com desvio ulnar resultando em grave comprometimento da função da mão. As próteses de metacarpofalângica são de silicone, algumas com componentes metálicos associados. A incisão adotada por nós é a longitudinal, sendo que 2 incisões, entre o 2º e 3º e entre o 4º e 5º dedos, são capazes de proporcionar acesso para todas metacarpofalângicas dos dedos. O procedimento consta de capsulotomia, ressecção do tecido sinovial patológico, ressecção da superfície articular distal do metacarpo e proximal da falange com auxílio de uma serra ou saca-bocado (corrigindo o desvio ulnar), fresagem e curetagem do canal medular destes ossos, introdução da prótese, capsulorrafia e reposicionamento do aparelho extensor. A utilização da prótese pode proporcionar correção das deformidades e melhora da função da mão. DEFORMIDADE EM BOTOEIRA DOS DEDOS A deformidade em flexão da interfalângica proximal é conseqüência da lesão do tendão extensor central (banda central), ao nível de sua inserção na base da falange média, que provoca uma incapacidade de extensão desta articulação. Há uma retração secundária dos músculos intrínsecos que provocam uma hiperextensão da interfalângica distal. Na doença reumatóide, normalmente encontramos um alongamento, e não uma ruptura do tendão extensor central, de tal forma que muitas vezes não há uma hiperextensão da interfalângica distal. De qualquer forma, a porção dorsal dos ligamentos retinaculares transversos (fibras entre o tendão extensor central e lateral) e o ligamento triangular, do dedo envolvido, encontram-se estirados. O ligamento retinacular transverso, que se insere na banda lateral, vai retraindo, progressivamente, trazendo a banda lateral para uma posição cada vez mais ventral. As bandas laterais do aparelho extensor podem ultrapassar o eixo de movimentação da interfalângica proximal e se transformarem em agentes flexores, e não mais extensores. Do ponto de vista terapêutico, quando a articulação encontra-se viável e a deformidade em flexão da interfalângica é progressiva, a sinovectomia articular, associada ou não à reconstrução ou avanço do tendão extensor central, são os procedimentos de escolha. Quando houver comprometimento articular e a deformidade em flexão for fixa deve-se considerar a estabilização com artrodese como a cirurgia de escolha. Em casos excepcionais, onde houver comprometimento exclusivo de uma articulação e articulações vizinhas preservadas, a artroplastia com próteses de silicone para a interfalângica proximal pode ser considerada. Novamente Nalebuff classifica as deformidade em botoeira com o objetivo de simplificar as indicações de tratamento cirúrgico: Estágio I - alongamento da banda central com discretas alterações na interfalângica distal. O tratamento pode ser suficiente com o uso de órteses estáticas e controle da sinovite. Dolphin descreve a tenotomia da banda lateral, imediatamente distal ao ligamento triangular (desenvolvida por Fowler), para melhorar a ação extensora na interfalângica proximal. Estágio II - progressão da deformidade para 40º de flexão. As técnicas de reconstrução da banda central podem ser utilizadas quando houver integridade, e função preservada, da metacarpofalângica e interfalângica distal. Existem muitas técnicas descritas, todas com a filosofia de reconstruir a banda central e recuperar o equilíbrio entre as forças flexoras 25 e extensoras. Estágio III - deformidade em flexão fixa, com alterações articulares no exame radiográfico caracterizada pela presença de erosões (degeneração). Os procedimentos possíveis são a artrodese ou a artroplastia com implante. DEFORMIDADE EM PESCOÇO DE CISNE A deformidade em pescoço de cisne caracteriza-se por uma flexão da interfalângica distal associada a uma hiperextensão da interfalângica proximal. A causa da deformidade pode residir em uma das 3 articulações: metacarpofalângica, interfalângica proximal ou distal. Os elementos que restringem a extensão da interfalângica proximal são estáticos (placa volar) e dinâmicos (flexor superficial). Por lesão da placa volar, ligamentos colaterais e do flexor superficial, causada pela sinovite, a força de extensão, sem contenção volar, pode provocar uma hiperextensão da interfalângica proximal. Com o tempo, as bandas laterais deslocam-se para dorsal, alongando os ligamentos retinaculares transverso e oblíquo. À medida que a hiperextensão progride, ocorre uma flexão da interfalângica distal provocada pelo desequilíbrio de forças entre o flexor profundo e o aparelho extensor, e pela contratura dos intrínsecos. A postura do dedo em pescoço de cisne é descrita como atitude em "intrinseco plus". A deformidade em pescoço de cisne também pode iniciar-se como uma deformidade em martelo, por lesão do tendão extensor terminal. A força de extensão, concentrada na interfalângica proximal, causará uma deformidade em hiperextensão desta. Os elementos contensores ventrais são progressivamente atenuados pela ação extensora. A deformidade em flexão da metacarpofalângica pode ser outra causa de desequilíbrio. Pode iniciar-se por lesão do aparelho extensor (banda sagital), subluxação e contratura dos intrínsecos. As causas da deformidade em flexão da metacarpofalângica sobrepõem-se às do desvio ulnar da mesma articulação. Esta deformidade em flexão provoca uma hiperatividade do aparelho extensor ao nível da interfalângica proximal. Shapiro (1960) chegou a relacionar as deformidades ao nível do punho como causas de desequilíbrios que poderiam gerar deformidades ao nível dos dedos. A correção da deformidade deve, teoricamente, agir no fator causal inicial. Podemos inferir que não devemos corrigir a deformidade em pescoço de cisne quando houver uma deformidade em flexão da metacarpofalângica. É preciso corrigir, inicialmente, as deformidades ao nível da metacarpofalângica, para depois agir na deformidade em pescoço de cisne. Da mesma forma, é preciso diagnosticar 26 as lesões do tendão extensor terminal. Nalebuff descreve 4 tipos de deformidade em pescoço de cisne: I. Mobilidade da interfalângica proximal normal. Estes pacientes apresentam dificuldade em iniciar o movimento de flexão da interfalângica proximal, referindo, ocasionalmente, travamento dos dedos. O tratamento pode ser conservador através do uso de órteses estáticas. O tratamento cirúrgico inclui: • a artrodese da interfalângica distal - se a causa primária for um dedo em martelo; • tenodese do flexor superficial (Swanson ou Curtis) - ténica estática para limitar a hiperextensão da interfalângica proximal; • reconstrução do ligamento retinacular oblíquo e criação de um ligamento retinacular oblíquo espiral (Littler) - técnica estática que corrige, concomitantemente, as deformidades em flexão da interfalângica distal e flexão da proximal; • reconstrução do ligamento retinocular oblíquo com a técnica dinâmica de Azze (ver fascículo sobre tendões extensores). II. A movimentação da interfalângica proximal esta limitada e sofrendo influência da posição da metacarpofalângica. O teste de Bunnel para contratura dos intrínsecos demonstra que, com a extensão e desvio radial da metacarpofalângica, a mobilidade da interfalângica proximal diminui. A flexão da metacarpofalângica relaxa os músculos intrínsecos e permite maior movimentação da interfalângica proximal. Normalmente, nestes pacientes a deformidade em pescoço de cisne inicia-se na metacarpofalângica. O tratamento destes pacientes deve incluir a tenotomia dos intrínsecos e/ou a correção da deformidade na metacarpofalângica (artroplastias com ou sem prótese). Se houver uma deformidade importante da interfalângica distal, realiza-se uma artrodese desta, concomitantemente. III. Há uma limitação importante da movimentação articular do dedo envolvido, mas com sinais radiográficos de articulaçoes viáveis. A causa da rigidez reside na contratura secundária de partes moles (aparelho extensor, ligamentos colaterais e pele). A conduta terapêutica baseia-se na transformação de um articulação rígida em móvel, através de capsulotomia, tenólise e manipulações. Após a recuperação da mobilidade articular o dedo deverá ser tratado como nos tipo I ou II IV. Apresenta uma rigidez articular associada a alterações radiográficas. A decisão reside em escolher uma artrodese (mais usual) ou uma artroplastia para corrigir a deformidade e melhorar a função. A preservação da anatomia do aparelho extensor é fundamental para obtenção de REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Company, 1963. 35. Flatt, A. E.: Some pathomechanics of u1nar drift. Plast. Reconstr. Surg. 37:295, 1966. 1. Allende, B. T.: Artritis rheumatoidea en la articulacion metacarpofalangiea. Rev. Orthop. Traum. Lat.-Am. 16:111, 1971. 36. Flatt, A. E.: Prosthetic replacement of joints in the rheumatoid joint. In Tubiana, R. (Ed.): The Rheumatoid Hand. Paris, GEM Publication, 1969. 2. Ansell, B. M.: Hand assessment in rheumatoid arthritis. Ann. Rheum. Dis. (Suppl.) 28:77,1969. 37. Flatt, A. E., and Fischer, G. W.: Biomechanical factors in the replacement of rheumatoid finger joints. Ann. Rheum. Dis. (Supp.) 28:36, 1969. 3. Azze, R,J,; Zumiotti, A.V.; Mattar Júnior, R.; Starck, R. - Correção Cirúrgica da Deformidade em Pescoço de Cisne. Rev. Bras. de Ortop., v. 27 , p.265-8, 1991. 38. Goncalves, D.: Correction of disorders of the distal radiou1nar joint by artificial pseudoarthrosis of the ulna. J. Bone Joint Surg. 56BA62, 1974. 4. Azze, R. J.; Mattar Júnior, R.; Canedo, A. C. - Técnica cirúrgica para correção da deformidade em pescoço de cisne dos dedos. Rev. Bras. Ortop., v. 28, p. 179-84, 1993. 5. Backdahl, M.: The caput uInae syndrome in rheumatoid arthritis. Acta Rheum. Scand. (Suppl.) 51:1, 1963. 6. Backhouse, K. M.; Harrison H. S.; Hutchings T. R.: A Colour Atlas of Rheumatoid Hand, 1981. 7. Backhouse, K. M.: Mechanical fadtors influencing normal and rheumatoid metacarpalphalangeal joints. Ann. Rheum. Dis. (Suppl.) 28:15, 1969. 39. Gordon, M., and Bullough, P. G.: Synovial and osseous inflammation in failed silicone rubber prosthesis. J. Bone Joint Surg. 64A:574, 1982. 40. Granowitz, S., and Vainio, K.: Proximal interphalangeal joint arthrodesis in rheumatoid arthritis: A follow up study of 122 operations. Acta Orthop. Scand. 37:301, 1966. 41. Harrison, K. M.: Rheumatoid deformities of the proximal interphalangeal joints of the hand. Ann. Rheum. Dis. (Suppl.) 28:20, 1969. 42. Hijmans, W. D. P., and Hershel, H.: Early Synovectomy in Rheumatoid Arthritis. Amsterdam, Excerpta Medica Foundation, 1969. 43. Hunter, J. M., and Salisbury, R. E.: Flexor tendon reconstruction in severely damaged hands. J. Bone Joint Surg. 53A:829, 1971. 8. Bayles, T. B.: The history of the treatment of rheumatoid arthritis (19391975). Orthop. Clin. North Am. 6:603, 1975. 44. Kellgren, J. H., and Ball, J.: Tendon lesions in rheumatoid arthritis: A clinicopathologic study. Ann. Rheum. Dis. 9:48, 1950. 9. Bolton, H.: Arthroplasty of the metacarpophalangeal joints. Hand 3:131, 1971. 45. Kessler, I., and Hecht, 0.: Present application of the Darrach procedure. Clin. Orthop. 72:254, 1970. 10. Bowers, W. H.: Distal radioulnar joint. In Green, D. (Ed.): Operative Hand Surgery. New York, Churchill Livingstone, 1982. 46. K1einert, H. E., and Frykman, G.: The wrist and thumb in rheumatoid arthritis. Orthop. Clin. North Am. 4:1085, 1973. 11. Boyes, J. H.: The role of the intrinsic muscles in rheu-matoid arthritis. In Tubiana, R. (Ed.): The Rheumatoid Hand. Group Étude de la main, No. 3. Paris, L'Ex-pansion Scientifique Francaise, 1969.. 47. Laine, V. A. I., and Vainio, K.: Spontaneous rupture of tendons in rheumatoid arthritis. Acta Orthop, Scand. 24:250, 1955. 12. Braley, S.: The chemistry and properties of the medical-grade silicones. J. Macromol. Sci.-Chem. A-4:529, 1970. 13. Brattstrom, M.: Evaluation of the arthritic patient. Anal-ysis of functional handicap. In Principles of Joint Protection in Chronic Rheumatic Disease. Chicago, Year Book Medical Publishers, 1973. 14. Brewerton, D. A.: Hand deformities in rheumatoid ar-thritis. Ann. Rheum. Dis. 16:183, 1957. 15. Carroll, R. E., and Hill, N. A.: Small joint arthrodesis in hand reconstruction. J. Bone Joint Surg. 51A:1219, 1969. 16. Christie, A. J., Weinberger, K. A., and Dietrich, M.: Silicone lymphadenopathy and synovitis: Complica-tions of silicone elastomer finger joint prosthesis. J.A.M.A. 23 7:1463, 1977. 17. Clayton, M. L.: Surgery of the thumb in rheumatoid arthritis. J. Bone Joint Surg. 44A:1376, 1962. 18. layton, M. L.: Surgical treatment of the wrist in rheu-matoid arthritis: A review of thirty seven patients. J. Bone Joint Surg. 47A:741, 1965. 19. Conaty, J. P., and Nickel, V. L.: Functional incapacita-tion in rheumatoid arthritis: A rehabilitative chal-lenge. J. Bone Joint Surg. 53A:624, 1971. 20. Cystekar, R. G., Davie, J. M., and Cattell, H. S.: Foreign body reaction to silicone rubber. Complication of a finger joint implant. Clin. Orthop. 98:231, 1974. 21. Darrach, W., and Dwight, K.: Derangements of the inferior radioulnar articulation. Med. Rec. 87:708, 1915. 22. DeVore, G. L., Muhleman, C. A., and Sasarita, S. G.: Management of pronation deformity in metacarpal phalangeal joint implant arthroplasty. J. Hand Surg. 11A:859, 1986. 48. Landsmeer, J. M, F.: Anatomy of the dorsal aponeurosis of the human finger and its functional significance. Anat. Rec. 104:31, 1949. 49. Linscheid, R. L.: Surgery for rheumatoid arthritis-timing and technique: The upper extremity. J. Bone Joint Surg. 50A:605, 1968. 50. Linscheid, R. L., and Chao, E. Y. S.: Biomechanical assessment of finger function in prosthetic joint design. Orthop. Clin. North Am. 4:317, 1973. 51. Lipscomb, P. R.: Surgery for the rheumatoid hand-timing and technique. Summary. J. Bone Joint Surg. 50A:614, 1968. 52. Littler, J. W., and Eaton, R. G.: Redistribution of forces in the correction of boutonni&e deformity. J. Bone Joint Surg. 49A:1267, 1967. 53. Madden, J. W., Arem, A., and DeVore, G. L.: A rational postoperative management program for metacarpo-phalangeal implant arthroplasty. J. Hand Surg. 2:358, 1976. 54. Mannerfelt, L., and Malmsten, M.: Arthrodesis of the wrist in rheumatoid arthritis. A technique without external fixation. Scand. J. Plast. Reconstr. Surg. 5:124, 1971. 55. Mannerfelt, L., and Norman, 0.: Attrition ruptures of flexor tendons in rheumatoid arthritis caused by bony spurs in carpal tunnel. J. Bone Joint Surg. 51B:270, 1969. 56. Martel, W., Hayes, J. T., and Duff, 1. F.: The pattern of bone erosion in the hand and wrist in rheumatoid arthritis. Radiology 84:204, 1965. 57. McEwen, C., and O'Brian, W. B.: A multi-center evalu-ation of early synovectomy in the treatment of rheu-matoid arthritis. J. Rheumatol. (Suppl.) 1:107, 1974. 58. McFarland, G., and Hoffer, M. M.: Rheumatoid nodules in synovial membranes and tendons. Clin. Orthop. 58:165, 1968. 23. Disease Control Programs: Arthritis. U.S. Dept. of Health, Education and Welfare, 1966. 59. McMaster, M.: The natural history of the rheumatoid metacarpal phalangeal joint. J. Bone Joint Surg. 54B:687, 1972. 24. Dolphin, J. A.: The extensor tenotomy for chronic bou-tonni6re deformity of the finger. J. Bone Joint Surg. 47A:161, 1965.. 60. Meuli, H. C.: Reconstructive surgery of the wrist joint. Hand 4:88, 1972. 25. Dupont, M., and Vainio, K.: Arthrodesis of the wrist in rheumatoid arthritis. Ann. Chir. Gynaecol. Fenn. 57:513, 1968. 26. Edmonds, M. E., Jones, T. C., Saunders, W. A., and Sturrock, R. D.: Autonomic neuropathy in rheumatoid arthritis. Br. Med. J. 2:173, 1979. 61. Millender, L. H., and Nalebuff, E. A.: Evaluation and treatment of early rheumatoid hand involvement. Or-thop. Clin. North Am. 6:697, 1975a. 62. Millender, L. H., and Nalebuff, E. A.: Preventive sur-gery-tenosynovectomy and synovectomy. Orthop. Clin. North Am. 6:765, 1975b. 27. Elliot, R. A.: Injuries to extensor mechanism of the hand. Orthop. Clin. North Am. 1:335, 1970. 63. Millender, L. H., and Nalebuff, E. A.: Surgical treatment of the boutonniere deformity in rheumatoid arthritis. Orthop. Clin. North Am. 6:753, 1975c. 28. Ellison, M. R., Kelly, K. J., and Flatt, A. E.: The results of surgical synovectomy of the digital joints in rheu-matoid disease. J. Bone Joint Surg. 52A:1041, 1976. 64. Millender, L. H., and Nalebuff, E. A.: Surgical treatment of the swan neck deformity. Orthop. Clin. North Am. 6:733, 1975d. 29. Eyler, D. L., and Markee, J. E.: The anatomy and function of the intrinsic musculature of the fingers. J. Bone Joint Surg. 36A:l, 1954. 30. Ferlic, D. C., Clayton, M. L., and Holloway, M.: Compli-cations of silicone implant surgery in the MP joint. J. Bone Joint Surg. 57A:991, 1975. 31. Fernandez-Palazzi, F., and Vainio, K.: Synovectomy of the carpal joints in rheumatoid arthritis. A report of 47 cases. AIR Arch. Interam. Rheum. (Rio de Janeiro) 8:249,1965. 32. Flatt, A. E.: The prosthetic replacement of rheumatoid fingerjoints. Rheumatism 16:90, 1960. 33. Flatt, A. E.: Restoration of rheumatoid finger-joint functions; interim report on trial of prosthetic replacement. J. Bone Joint Surg. 43A:753, 1961. 34. Flatt, A. E.: The Care of the Rheumatoid Hand. St. Louis, C. V. Mosby 65. Millender, L. H., Nalebuff, E. A., and Feldon, P. G.: Boutonniere deformity. In Green, D. P. (Ed.): Opera-tive Hand Surgery. Vol. 11. New York, Churchill Liv-ingstone, 1982. 66. Millender, L. H., Nalebuff, E. A., and Feldon, P. G.: Combined wrist arthrodesis and metacarpal phalan-geal joint arthroplasty operative technique. In Green, D. P. (Ed.): Operative Hand Surgery. Vol. 11. New York, Churchill Livingstone, 1982. 67. Millroy, P.: Surgery of the rheumatoid hand. In Proceed-ings of the Australian Orthop. Assoc, J. Bone Joint Surg. 48B:593, 1966. 68. Myerdierks, E. M., Mosher, J. F., and Werner, F. W.: Limited wrist arthrodesis. J. Hand. Surg. 12A:526, 1987. 69. Nalebuff, E. A.: Diagnosis, classification and manage-ment of rheumatoid thumb deformities. Bull. Hosp. Joint Dis. 29:119, 1968. 70. Nalebuff, E. A.: Restoration of balance in the rheumatoid thumb. In 27 CED-965/193563 bons resultados nas cirurgia de artroplastias. Tubiana, R. (Ed.): The Rheumatoid Hand. Paris, GEM Publication, 1969a. 87. Spinner, M., and Kaplan, E. B.: Extensor carpi ul-naris-its relationship to stability of the distal radio-u1nar joint. Clin. Orthop. 68:124, 1970. 71. Nalebuff, E. A.: Surgical treatment of finger deformities in the rheumatoid hand. Surg. Clin. North Am. 49:833, 1969b. 88. Straub, L. R., and Wilson, E. H., Jr.: Spontaneous rup-ture of extensor tendons in the hand associated with rheumatoid arthritis. J. Bone Joint Surg. 38A:1208, 1956. 72. Nalebuff, E. A.: Surgical treatment of rheumatoid teno-synovitis in the hand. Surg. Clin. North Am. 49:799, 1969c. 73. Nalebuff, E. A.: Rheumatoid hand surgery. J. Hand Surg. 8:678, 1983. 74. Nalebuff, E. A., and Millender, L. H.: Surgical treatment of the swan neck deformity in rheumatoid arthritis. Orthop. Clin. North Am. 6:733, 1975. 75. Nalebuff, E. A., and Potter, T. A.: Rheumatoid involve-ment of tendons and tendon sheaths in the hand. Clin. Orthop. 59:147, 1968. 76. Nalebuff, E. A., Potter, T. A., and Tomaselli, R.: Surgery of the swan neck deformity in the rheumatoid hand. A new approach. Arthritis Rheum. 6:289, 1963. 77. Niebauer, J. J., and Landry, R. M.: Dacron-silicone prosthesis for the metacarpophalangeal and interpha-langeal joints. Hand 3:55, 1971, 78. Palmer, A. K., Dobyns, J. H., and Linscheid, R. L.: Management of posttraumatic instability of the wrist secondary to ligament rupture. J. Hand Surg. 3:507, 1978. 79. Peimer, C. A., Medige, J., Eckert, B. S., Wright, J. R., and Howard, C. S.: Reactive synovitis after silicone arthroplasty. J. Hand Surg. 11A:624, 1986. 80. Savill, D. L., and Duthie, J. J. R.: Synovectomy of the wrist. In Early Synovectomy in Rheumatoid Arthritis Symposium. Amsterdam, Excerpta. Medica Founda-tion, 1967. 81. Shapiro, J. S., Heijna, W. M., Nasatir, S., and Ray, R. S.: The relationship of wrist motion to u1nar phalan-geal drift in the rheumatoid patient. Hand 3:68, 1971. 82. Short, C. L., Bauer, W., and Reynolds, W. E.: Rheumatoid Arthritis. A Definition of the Disease and a Clinical Description Based on a Numerical Study of 293 Pa-tients and Controls. Cambridge, MA, Harvard Univer-sity Press, 1957. 83. Smith, R. J., and Kaplan, E. B.: Rheumatoid deformities of the metacarpal phalangeal joints of the finger. A correlative study of anatomy and pathology. J. Bone Joint Surg. 49A:31, 1967. 89. Swanson, A. B.: Pathomechanics of the swan-neck defor-mity. J. Bone Joint Surg. 47A:636, 1965. 90. Swanson, A. B.: Silicone rubber implants for replacement of arthritic or destroyed joints of the hand. Surg Clin. North Am. 48:1113, 1968. 91. Swanson, A. B.: Silicone rubber implants in trapezio-metacarpal joint arthritis. J. Bone Joint Surg. 51A:799, 1969. 92. Swanson, A. B.: The results of silicone rubber implant arthroplasty in the digits. J. Bone Joint Surg. 53A:807, 1971. 93. Swanson, A. B.: Treatment of the stiff hand and flexible implant arthroplasty in the fingers. The AAOS In-structional Course Lectures, Vol. 21. St. Louis, C. V. Mosby Company, 1972. 94. Swanson, A. B.: The u1nar head syndrome and its treat-ment by implant resection arthroplasty. J. Bone Joint Surg. 54A:906, 1972. 95. Swanson, A. B.: Flexible Implant Resection Arthroplasty in the Hand and Extremities. St. Louis, C. V. Mosby Company, 1973a. 96. Swanson, A. B.: Flexible implant resection arthroplasty of radiocarpal joint. In Swanson, A. B. (Ed.): Flexible Implant Resection Arthroplasty in the Hand and Ex-tremities. St. Louis, C. V. Mosby Company, 1973b. 97. Swanson, A. B.: Implant arthroplasty for disabilities of the distal radioulnar joint. Orthop. Clin. North Am. 4:373, 1973c. 98. Swanson, A. B.: Implant resection arthroplasty of the proximal interphalangeal joint. Orthop. Clin. North Am. 4:1007, 1973d. 99. Swanson, A. B.: Proximal interphalangeal and metacar-pophalangeal joint flexible implant arthroplasty re-sults. In Swanson, A. B. (Ed.): Flexible Implant Resec-tion Arthroplasty in the Hand and Extremities. St. Louis, C. V. Mosby Company, 1973e. 100. Testut, L., and Latarjet, R. A.: In Tratado de Anatomia ~1,Jumana. Ed. 9. Vol. 1. 1951. Salvat Editores SA, Buenos Aires. 84. Smith, R. J., Atkinson, R. E., and Jupiter, J. B.: Silicone synovitis of the wrist. J. Hand Surg. 10AA7, 1985. 101. Urbaniak, J. R., McCollum, D. E., and Goldner, J. L.: Metacarpal phalangeal and interphalangeal joint re-construction. Use of silicone rubberDacron prosthesis for replacement of irreparable joints of the hand. South. Med. J. 63:1281, 1970. 85. Smith, E. M., Juvinall, R. C., Bender, L. F., and Pearson, J. R.: Flexor forces and rheumatoid metacarpophalan-geal deformity. J.A.M.A. 198:150, 1966. 102. Vaughn-Jackson, 0. J.: Attrition ruptures of tendons as a factor in the production of deformities of the rheu-matoid hand. Proc. Roy. Soc. Med. 52:132, 1959. 86. Social Security Administration: Social Security Disabil-ity Applicant Statistics, 1973. 103. Vemireddi, N. K., Reford, J. B., and Pombejar, C. N.: Serial nerve conduction studies in carpal tunnel syn-drome secondary to rheumatoid arthritis. Arch. Phys. Med. Rehabil. 60:393, 1979. 28