Descubra as bolsas mundiais com maior potencial de

Propaganda
ID: 46775004
22-03-2013 | Finanças Pessoais
Tiragem: 16903
Pág: 2
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Semanal
Área: 27,04 x 34,49 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 4
Descubra as bolsas
mundiais com maior
potencial de valorização
Consenso dos analistas aponta para uma recuperação robusta das bolsas dos mercados
emergentes e para ganhos desenvolvidos para o mundo desenvolvido.
T
odos os caminhos parecem ir dar aos
emergentes. De acordo com uma sondagem feita pela Reuters junto de mais
400 analistas, as bolsas que são vistas
como as que têm um maior potencial de
valorização são as de países como o Brasil, a Índia, a Rússia e a China. A média
das estimativas dos especialistas ouvidos
pela Reuters aponta para ganhos potenciais acima de dois dígitos nestes mercados até final do ano. Já para as bolsas dos
países desenvolvidos, as estimativas são
mais conservadoras.
O maior potencial visto para as bolsas
emergentes acontece numa altura em que
estes mercados até têm tido um desempenho muito mais fraco que as pares dos países desenvolvidos. O índice MSCI para os
mercados emergentes cede 0,82% em
2013, enquanto o selectivo para as bolsas
do mundo desenvolvido ganha 9,3%. Isto
medindoosretornosemeuros.
No entanto, apesar das estimativas
mais altas para os mercados emergentes,
existem riscos que já se reflectiram nas
perdas que estas bolsas registam este ano.
O Brasil, por exemplo, tem um dos piores
desempenhos mundiais, devido ao intervencionismo do governo em alguns sectores provados como as telecomunicações,
as concessões eléctricas e os bancos, por
exemplo. Mas os analistas aparentam estar apostados na recuperação do Bovespa,
estimando uma subida de 18% do índice
até final do ano. “A descida do mercado
brasileiro criou a ideia de que este está
muito barato... Portanto, algum sinal de
melhoria pode dar um grande empurrão
ao Bovespa”, referiu um analista citado
pelaReuters.
As estimativas mais elevadas para os
mercados emergentes ocorrem devido à
perspectiva de que sejam estas regiões a
puxar pela economia mundial. Mas, apesar de ser este o consenso que se reflecte
nas previsões, há alertas de alguns bancos
de investimento em relação às bolsas destes países. O Barclays, por exemplo, referiu numa nota de investimento a que o
Diário Económico teve acesso que prefere as acções dos países desenvolvidos. E
explica que, apesar da recuperação económica global ter sido liderada pelos
emergentes, estes blocos económicos
chegaram a um ponto em que têm constrangimentos a limitar o crescimento potencial futuro. O Barclays defende ainda
que as acções das bolsas desenvolvidas
têm avaliações mais atractivas. E questiona: “Com as oportunidades atractivas em
mercados de acções avançados e muito
mais líquidos e maiores, porque devem os
investidores virarem-se para bolsas dos
Bolsas dos EUA perto de
máximos aconselham
cautela face a eventuais
correcções do mercado.
mercados emergentes que são muito
mais pequenas, menos líquidas e menos
acessíveis?”
Potenciallimitadorecomenda
cautelacomeventuaiscorrecções
Segundo a sondagem da Reuters, as bolsas
dos mercados desenvolvidos têm um potencial de valorização entre 2,65% no caso
do norte-americano S&P 500 e de 10,8%
para o Japão. Apesar do potencial limitado
para o selectivo dos EUA, o ‘target’ indica
que o S&P 500 possa bater, à semelhança
do que já ocorreu com o Dow Jones, um
máximo histórico. A ameaça para as acções americanas e também para as europeias é uma intensificação da crise de dívida soberana na zona euro, com Chipre a
ser agora o foco das atenções. Também as
discussões sobre o corte de despesa governamental nos EUA poderão colocar problemasàsbolsas.
Apesar destes riscos, os analistas esperam que a liquidez proporcionada pelos
bancos centrais continue a alimentar um
desempenho positivo. Feitas as contas, e
apesar das estimativas de subidas, não há
quem se arrisque a descartar uma possível
correcção nas bolsas. Mas que deverá ser
contida. “O risco predominante é que os
mercados de acções tenham ido muito
longe demasiado rápido e que o sentimento dos investidores se tenha tornado demasiado optimista. No entanto, esperamos que qualquer correcção seja contida
devido à continuação de políticas de apoio
e às avaliações atractivas relativamente
aos activos de taxa fixa”, conclui o
Barclays. ■ RuiBarroso
POTENCIAIS DE VALORIZAÇÃO PARA AS PRINCIPAIS BOLSAS MUNDIAIS
Brasil: 20,6%
Índia: 16,4%
Rússia: 14,1%
China: 11,9%
Japão: 10,8%
Na sondagem feita pela Reuters
junto de bancos de investimento
de todo o mundo, a bolsa brasileira
é aquela que apresenta um maior
potencial de valorização. Apesar
da queda de quase 7% desde o
início do ano, a média dos ‘targets’
dos analistas aponta para uma
valorização de 20,6% até ao final
do ano. Refira-se que estes
números se tratam de estimativas
e que a evolução do mercado pode
não corresponder às previsões.
As acções indianas também estão
a perder o comboio nos primeiros
meses do ano. O índice da bolsa
do país perde mais de 3%. Mas os
analistas estão apostados em que
a bolsa indiana recupere até ao final
do ano. É que a média das
estimativas aponta para um ‘target’
de 21875 pontos do índice de
referência, o que, a concretizar-se,
implica um potencial de valorização
de 16,4% relativamente
aos valores actuais.
A Rússia é mais um dos exemplos
de que a confiança dos analistas
nos mercados emergentes é de tal
ordem que nem o arranque de ano
negativo destas bolsas os levou a
restringir os ‘targets’. O índice RTS
de Moscovo desvaloriza quase
3% este ano, tendo sofrido
recentemente com a crise
em Chipre, mas a média das
previsões dos analistas sondados
pela Reuters aponta para um
potencial de valorização de 14,1%.
A segunda maior economia do
mundo também viu os investidores
em acções jogarem à defesa nos
primeiros meses do ano, com Hong
Kong a cair quase 2% em 2013 e
Xangai a ganhar 2,3%. Apesar disso,
a convicção dos analistas de que a
economia chinesa não sofrerá um
abrandamento brusco levou-os a
colocar um ‘target’ que indicia um
potencial de valorização de 12,5%
para o índice de referência da bolsa
de Hong Kong e de 11,9% para Xangai.
O Japão tem sido um dos mercados
com melhor comportamento desde
o início do ano. Sobe 17,6% em 2013.
No entanto a desvalorização
acentuada do iene retirou grande
parte destes ganhos aos investidores
estrangeiros que não fizeram
cobertura cambial. Com a chegada
de um novo governo apostado em
ultra-estimular a economia, os
analistas apontam para que o Nikkei
continue em alta, com um
potencial de 10,8% em 2013.
ID: 46775004
22-03-2013 | Finanças Pessoais
Tiragem: 16903
Pág: 2
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Semanal
Área: 27,41 x 37,86 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 2 de 4
O Brasil tem sido um dos mercados mundiais mais
penalizados em 2013, com os investidores a fazerem cara feia
ao intervencionismo estatal na economia. No entanto,
os analistas esperam que o país, que irá receber mega-eventos como
o Mundial de 2014 e as Olimpíadas de 2016, tenha a bolsa com maior
potencial de valorização este ano.
Pilar Olivares / Reuters
Investidores
nacionais estão
optimistas
para as acções
Um inquérito da Schroders revelou que
os investidores portugueses estão a reforçar
a aposta em acções, especialmente
nos emergentes.
A
s perspectivas positivas dos analistas
para as bolsas mundiais também são
correspondidas pelos investidores
portugueses. De acordo com uma sondagem feita pela Schroders junto de cerca de 100
profissionais dos mercados financeiros em Portugal, a maior parte referiu que as acções continuam a ser a classe de activos mais atractiva.
Esta perspectiva foi justificada pela convicção de que os bancos centrais mundiais não irão
retirar liquidez do sistema financeiro. A postura
expansionista das autoridades monetárias deverá, assim, continuar a dar suporte a activos de
maior risco, como é o caso das acções. De acordo
com a sondagem da Schroders, 62% dos inquiridos acreditam que “as acções dos mercados
emergentes terão um desempenho superior às
dos mercados desenvolvidos e 66% esperam
mesmo aumentar este ano a sua exposição a estes mercados”.
A responsável da Schroders para Portugal e
Espanha, Carla Bergareche, referiu que “o inquérito revela uma atitude mais positiva por
parte dos investidores portugueses em relação
aos activos de maior risco tais como as acções
europeias e as acções de mercados emergentes”.
E acrescenta que a própria gestora também vê
“oportunidades muito interessantes nestes
mercados no longo prazo, com a Europa a mostrar níveis de avaliação muito atractivos e os
Mercados Emergentes a consolidarem-se como
motor do crescimento mundial”. ■
62%
Acções de emergentes
Percentagem dos inquiridos portugueses
pela Schroders que espera que as bolsas dos
mercados emergentes tenham um desempenho
superior à dos países desenvolvidos.
França: 8,3%
Itália: 7,6%
Reino Unido: 5,7% Alemanha: 5,5%
EUA: 2,7%
Nos mercados europeus incluídos
na sondagem da Reuters, a bolsa
francesa aparece como aquela
a que os analistas dão um maior
potencial de valorização. Apesar
de alguns economistas já terem
alertado para os problemas de
competitividade da economia
gaulesa, os investidores continuam
a atribuir um risco baixo aos activos
franceses e à dívida soberana
do país. O potencial de valorização
do CAC 40 é de 8,3%.
A bolsa italiana tem sido uma das
mais penalizadas na Europa, com
os investidores a desfavorecerem as
acções deste país devido à incerteza
política resultante das eleições.
Ainda assim, e apesar de ainda não
se ter chegado a um acordo para se
formar um governo, os analistas
apontam para um potencial de 7,6%.
Já a bolsa espanhola não foi incluída
na sondagem, mas Madrid é um
dos mercados favoritos para
os analistas do Barclays.
A bolsa de Londres valoriza 9,5%
em 2013, se bem que medida em
euros os ganhos sejam bem mais
modestos. Os analistas estão
confiantes que o Banco de
Inglaterra continue com as medidas
de estímulo à economia, o que
deverá beneficiar as acções
britânicas. De acordo com a
sondagem da Reuters, o FTSE 100
tem um potencial de 5,7% e as
acções britânicas também constam
da lista das preferidas pelo Barclays.
O Dow Jones já atingiu máximos
históricos e os analistas esperam
que o S&P 500 siga esta tendência,
ultrapassando o recorde de 1.576
pontos atingido em Outubro de
2007. O ‘target’ para o S&P 500 em
2013 é de 1.600 pontos. No entanto,
como o índice está muito perto
de bater o máximo histórico,
negociando perto de 1550 pontos, e
como alguns analistas temem que
as recentes subidas possam ter sido
excessivas, o potencial é limitado.
A locomotiva alemã continua a uma
velocidade constante na bolsa.
O índice de Frankfurt ganha mais
de 5% desde o início do ano e os
analistas esperam que o DAX possa
ir até aos 8.369 pontos em 2013,
um potencial de 5,5%. A perspectiva
positiva para a bolsa alemã é
justificada pela expectativa de
que a economia mundial acelere
o andamento, impulsionadas pelos
bancos centrais, o que beneficiará
as exportadoras germânicas.
ID: 46775004
22-03-2013 | Finanças Pessoais
Tiragem: 16903
Pág: 1
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Semanal
Área: 26,17 x 25,15 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 3 de 4
Conheça as bolsas
com maior potencial este ano
Inquérito a mais de 400 analistas aponta as praças emergentes como as mais promissoras.
Brasil e Índia estão à cabeça das preferências. P.II-III
ID: 46775004
22-03-2013 | Finanças Pessoais
Tiragem: 16903
Pág: 1(principal)
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Semanal
Área: 5,10 x 7,30 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 4 de 4
FINANÇAS PESSOAIS
Conheça as bolsas
mundiais com
maior potencial
de valorização
➥ SUPLEMENTO
Download