UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA AGRÍCOLA DISSERTAÇÃO ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: IRRIGAÇÃO E DRENAGEM EFEITO RESIDUAL DE COMPOSTOS ORGÂNICOS NO GIRASSOL IRRIGADO COM DIFERENTES TIPOS DE ÁGUA NAVILTA VERAS DO NASCIMENTO CAMPINA GRANDE - PARAÍBA FEVEREIRO - 2012 NAVILTA VERAS DO NASCIMENTO EFEITO RESIDUAL DE COMPOSTOS ORGÂNICOS NO GIRASSOL IRRIGADO COM DIFERENTES TIPOS DE ÁGUA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola, do Centro de Tecnologia e Recursos Naturais da Universidade Federal de Campina Grande, em cumprimento para obtenção do título de Mestre em Engenharia Agrícola. ORIENTADORA: Prof. Dra. Vera Lúcia Antunes de Lima CAMPINA GRANDE – PARAÍBA FEVEREIRO 2012 i UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA AGRÍCOLA PARECER FINAL DO JULGAMENTO DO PROJETO NAVILTA VERAS DO NASCIMENTO EFEITO RESIDUAL DE COMPOSTOS ORGÂNICOS NO GIRASSOL IRRIGADO COM DIFERENTES TIPOS DE ÁGUA BANCA EXAMINADORA: PARECER _______________________________________ __________________ Profª. Dra. Vera Lúcia Antunes de Lima – Orientadora ______________________________________ __________________ Profº. Dr. Leandro Oliveira de Andrade – Examinador ______________________________________ __________________ Dr. João Batista Santos – Examinador CAMPINA GRANDE - PARAÍBA FEVEREIRO 2012 ii Dedico este momento especial da minha vida, a meus pais, Antônio Ferreira do Nascimento e a Maria do Socorro Veras Sousa, e meus irmãos, pelo incentivo; a vocês, que sempre me ajudaram e me compreenderam em todos os momentos da minha vida, devo principalmente esta vitória alcançada a vocês, os grandes amores da minha vida. Dedico A Deus, porque me abençôo com essa oportunidade para aprender a desenvolver esse trabalho com fé, e segurança nas minhas palavras. Ofereço iii AGRADECIMENTOS Ao meu pai Antônio Ferreira do Nascimento e a minha mãe Maria do Socorro Veras Sousa e ao meu amigo Epitácio de Alcântara Freire (in memoriam) por me ajudarem sempre, com paciência e amor. A Deus, que sempre me desviou de caminhos de desistências, para encontrar à luz. Nela tive fé, sabedoria e muitas alegrias. A pós-graduação da Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Tecnologia e Recursos Naturais, Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola, na compreensão e oportunidade de realização desse curso. E aos amigos companheiros Doroteu,Diva, Danila, João Tadeu, Pedro Henrique, Valfísio,Genivaldo,Betânia,Fabrício, Paulo, Francisco, Jorge Luiz, Janivan,Amilton,Eduardo, Suzana, Sara, Daniella, Jailma, Silvana Medeiros, Riuzuane,Anderson, Dante e Sebastião. Ao meu colega Rogério, pela atenção de uns minutos de seu trabalho para ajudar na doação de sementes. As minhas vizinhas e amigas Cristiane, Dona Lúcia, Daniela, Silvana Nazareth, Denise, Vanessa e Bárbara pela amizade e palavras de conforto durante esse mestrado. Aos funcionários da UFCG, Dona Cida, Dona Marlene, Seu Geraldo e Nilson. Aos colegas estudante da graduação, Renato, Danilo e Janine. A minha querida amiga Drª Josivanda pela atenção sempre, e quem me orgulho muito como ser humano. E ao meu querido coordenador da Engenharia Agrícola Dermeval. A minha orientadora Vera Lucia Lima Antunes, obrigada em acreditar na minha pessoa. A minha co-orientadora Maria Sallydelândia Sobral Farias, em querer acertar o correto conselho para melhorar esse trabalho. A minha amiga e ex-chefe Drª Walesca Eloi, sempre acreditando no meu potencial. iv Vencer não é competir com o outro. É derrotar seus inimigos interiores. É a própria realização de ser. (Autor Descohecido) v SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS viii LISTA DE TABELAS ix RESUMO x ABSTRACT xi 1. INTRODUÇÃO 1 2. OBJETIVOS 3 2.1. Objetivo geral 3 2.2. Objetivo específico 3 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 4 3.1 Taxonomia e morfologia do girassol 4 3.1.1. Uso e importância da cultura 5 3.2 Qualidade da água 6 3.2.1. Reuso de água na agricultura 7 3.3 Nutrição do girassol 9 3.3.1 Adubação orgânica 10 3.3.1.1 Composto de resíduo sólido 11 3.3.1.2 Efeito residual 12 3.3.1.3 Rotação de culturas 12 4. MATERIAIS E MÉTODOS 14 4.1 Localização do experimento 14 4.2 Delineamento experimental 14 4.3 Cultura 15 4.4 Composto orgânico 15 4.5 Solo 17 4.6 Instalação e condução do experimento 18 4.7.Água de irrigação 18 4.8 Variáveis analisadas 19 4.8.1 Variáveis de crescimento 19 4.8.1.1 Altura de planta (AP) e Diâmetro caulinar (DC) 19 4.8.1.2 Numero de folhas (NF) e Área foliar (AF) 19 4.8.1.3 Variáveis de fitomassas 19 4.9 Variáveis de produção 20 vi 4.9.1 Diâmetro capítulo, número de pétalas 20 4.10 Análise estatística 20 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 21 5.1 Variáveis de crescimento: Números de folhas, Altura de planta, Diâmetro de caule e Área foliar 21 5.1.2 Número de folhas (NF) 23 5.1.3 Diâmetro do caule (DC) 23 5.1.4 Altura de planta (AP) 24 5.1.5 Área foliar (AF) 25 5.2 Variáveis de produção 26 5.2.1 Diâmetro interno (DI) e externo do capítulo (DE), número pétalas (NP) 26 5.2.2 Fitomassa fresca e seca 28 6. CONCLUSÕES 33 7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 34 vii LISTA DE FIGURAS Figura 1. Localização UFCG, Cidade de Campina Grande, PB 14 Figura 2. Número de folhas de girassol aos 75 DAS em função de doses de composto orgânico (A) e de tipos de água na irrigação (B). Campina Grande, 2011 23 Figura 3. Regressão para a interação das doses de composto orgânico dentro dos tipos de água da irrigação: água de abastecimento (A) e água residuária (B) para o diâmetro do caule de girassol aos 75 DAS. Campina Grande, 2011 24 Figura 4. Altura de plantas de girassol aos 75 DAS em função de doses de composto orgânico (A) e de tipos de água na irrigação (B). Campina Grande, 2011 25 Figura 5. Regressão para a interação das doses de composto orgânico dentro dos tipos de água da irrigação: água de abastecimento (A) e água residuária (B) para área foliar de girassol aos 75 DAS. Campina Grande, 2011 26 Figura 6. Regressão para as variáveis de produção de girassol: diâmetro interno (A) e externo (B) do capítulo, número de pétalas (C) em função de doses de composto orgânico. Campina Grande, 2011 28 Figura 7. Regressão para as variáveis de peso fresco de girassol: peso fresco total (A) peso fresco de folhas + hastes (B) peso fresco do capítulo (C) e peso fresco da raiz (D) em função de doses de composto orgânico. Campina Grande, 2011 30 Figura 8. Desdobramento da interação das doses de composto orgânico dentro dos tipos de água para as variáveis peso seco total (A e B), peso seco de folhas + hastes (A e B) e peso seco do capítulo (D e E). Campina Grande, 2011 32 viii LISTA DE TABELAS Tabela 1. Características químicas do composto orgânico utilizado no experimento, UFCG, Campina grande, PB, 2011 16 Tabela 2: Resultado da análise parasitária do composto orgânico utilizado no experimento, UFCG, Campina Grande, PB, 2011 16 Tabela 3. Caracterização do solo Neossolo Regolítico eutrófico, UFCG, Campina Grande, PB, 2011 17 Tabela 4. Caracterização química da água residuária e de abastecimento utilizada na irrigação. 19 Tabela 5. Resumo da análise de variância para altura de plantas (AP) (cm), diâmetro do caule (DC) (mm), número de folhas (NF) e área foliar (AF) (cm2) de girassol sob tipos de água da irrigação e doses de composto orgânico. Campina Grande, 2011 22 Tabela 6. Resumo da análise de variância para as variáveis diâmetro interno (DI), diâmetro externo do capítulo (DE) e número pétalas (NP) em girassol sob tipos de água da irrigação e doses de composto orgânico. Campina Grande 2011 27 Tabela 7. Médias das variáveis de produção de girassol em função do tipo de água utilizado na irrigação. Campina Grande, 2011 27 Tabela 8. Resumo da análise de variância para as variáveis peso fresco total (PFT), peso fresco de folhas e hastes PF (F+H), peso fresco da raiz (PFR) e peso fresco capítulo (PFCap.) de girassol sob tipos de água da irrigação e doses de composto orgânico. Campina Grande, 2011 29 ix Tabela 9. Médias das variáveis de peso fresco de girassol em função do tipo de água utilizado na irrigação. Campina Grande, 2011 29 Tabela 10. Resumo da análise de variância para as variáveis peso seco total (PST), peso seco de folhas e hastes PS (F+H), peso seco raiz (PSR) e peso seco do capítulo (PSCap.) em girassol sob tipos de água da irrigação e doses de composto orgânico. Campina Grande, 2011 31 x RESUMO Buscando informação científica para embasar a recomendação para uso de composto de lixo orgânico e águas, tanto de abastecimento como residuária na irrigação da cultura de oleaginosas, que contribuirá para mitigar os impactos ambientais e o desperdício com as águas através do reaproveitamento. Tendo em vista que, o cultivo do girassol, venha proporcionar geração de emprego e renda, fortalecimento da agricultura familiar e melhoria na qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente. Objetivou-se com o presente trabalho, avaliar e quantificar os efeitos isolados e em conjuntos da água residuária, de abastecimento e o efeito residual de doses de adubo proveniente de composto de resíduos sólidos no crescimento e produção de flores da cultura do girassol EMBRAPA 122/V-2000. O experimento foi conduzido em condições de área protegida da Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola da UFCG, Campina Grande, PB. O delineamento experimental foi em blocos inteiramente casualizados, com 3 repetições. Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial (2 x 6) x 3 sendo os fatores constituídos por duas qualidades de água de irrigação (água de abastecimento e água residuária tratada), seis doses de composto de resíduo sólido (0; 60; 100; 140; 180 e 220 kg há-1) e dois tratamentos adicionais, testemunhas absolutas. A altura de plantas, o diâmetro do caule e a área foliar foram afetados significativamente até os 45 DAS pelo tipo de água. O número de folhas teve influência tanto do tipo de água quanto das dosagens de composto orgânico. As dosagens de composto orgânico tiveram efeito significativo para o número de pétalas, diâmetro externo e interno, já os tipos de água influenciaram apenas o diâmetro interno. Para as variáveis de fitomassa fresca e comprimento da raiz a água não proporcionou efeito significativo. No entanto, as dosagens de composto orgânico tiveram influência em todas as variáveis de fitomassa fresca. A água influenciou significativamente as variáveis peso seco das folhas + haste, enquanto as dosagens de composto orgânico influenciaram no peso seco total e peso seco de folhas + haste. Houve interação significativa entre água e doses de composto para o peso seco total, peso seco de folhas+ haste e peso seco de capítulo. Palavras-chave: Helianthus annuus L., água residuária, adubação. xi ABSTRACT Looking forward to find scientific information to support the recommendation for using compost of organic waste and water, for both water supply and wastewater irrigation in the oilseeds cultivation, which contribute to minimize environmental impacts and water wastage through water reuse. In view of the cultivation of sunflower will provide employment and profit generation, strengthen family farms and improve the quality of life and the environment. The aim of this study consists of evaluating and quantifying the isolated and associated effects of wastewater, supply water and the residual effect of doses of fertilizers from solid waste compost on growth and production of sunflower EMBRAPA 122/V-2000. The experiment was conducted under conditions of protected area of Agricultural Engineering of UFCG, Campina Grande, PB. The experimental design was completely randomized blocks with three replications. The treatments were in a (2 x 6) x 3 factorial scheme, in which the factors are consisted of two qualities of irrigation water (supply water and treated wastewater), six doses of solid waste compost (0, 60, 100, 140, 180 and 220 kg ha -1) and two additional treatments, absolute witnesses. Plant height, stem diameter and leaf area were significantly affected until 45 DAS by the type of water. The number of leaves was influenced by both the type of water and the dosages of compost. The dosages of organic compost had a significant effect on the number of petals, outer and inner diameter, while the types of water influenced only the inner diameter. For variables of fresh phytomass and root length, the water did not have significant effect. However, the dosages of organic compost had an influence on all variables of fresh phytomass. The water influenced significantly the variables of leaf dry weight + stem dry weight, while the doses of organic compost influenced the total dry weight and leaf dry weight+ stem dry weight. There was significant interaction between water and dosages of compost for the total dry weight, leaf dry weight + stem dry weight and dry weight of the flowers. KEY WORDS: Helianthus annuus L., wastewater, fertilizer. xii 1. INTRODUÇÃO De acordo com Souza & Leite (2003), o uso planejado de águas residuárias domésticas na agricultura vem sendo apontado como uma medida para atenuar o problema da escassez hídrica no semiárido nordestino, sendo uma alternativa para os agricultores localizados especificamente nas áreas circunvizinhas das cidades A disponibilidade de água em todas as regiões do mundo tem diminuído no sentido quantitativo e qualitativo, podendo ter sentidos de forma mais expressiva nas regiões áridas e semiáridas, onde a escassez de água para usos diversos compromete a sobrevivência do próprio homem (KÖNIG et al., 1997). Sendo que dois terços da população mundial serão afetados pela escassez de água nas próximas décadas, no entanto, algumas alternativas são passíveis de amenizar este entrave, dentre estas alternativas, se destacam o reuso intensivo de água, o controle de perdas físicas nos sistemas de abastecimento, técnicas de coleta de água de chuva e a adoção de procedimentos para economia no consumo de água (NASCIMENTO & HELLER, 2005). São as águas residuárias oriundas de esgoto doméstico. Além da reciclagem de nutrientes, uma vez descartados e reutilizados, o reuso da água surge como uma gama de vantagens que vai do uso efluentes na agricultura economia de água de qualidade superior, chegando ao ponto de controle da poluição em corpos hídricos receptores e do processo de eutrofização (PAPADOPOULOS et al., 2004; TOZE, 2006). Com relação ao manejo adequado dos resíduos sólidos quando oriundos das atividades domésticas estes podem ser submetidos ao processo de compostagem, caracterizada pelo desenvolvimento de intensas atividades e reações bioquímicas no interior da matéria orgânica. A dinâmica do material é acelerada pelas funções desenvolvidas pelos agentes aeróbios e anaeróbios responsáveis pela estabilização do material. Essa dinâmica oferece como resultado final, um produto conhecido como composto orgânico que segundo Andreoli et, al. (2001) é muito importante para recompor a capacidade produtiva do solo e melhorar suas estruturas físicas e químicas. Essa prática há muito tempo é desenvolvida no meio rural com a utilização de restos de vegetais e esterco animal. Do ponto de vista nutricional o nitrogênio, é um dos elementos, mais requerido pela cultura do girassol sendo, também, o que mais limita a sua produção, proporcionando redução de até 60% na produtividade em decorrência da sua 1 deficiência. Pesquisas têm mostrado que tanto o crescimento da planta (ORDONEZ, 1990), como o teor de óleo nos aquênios, respondem positivamente à adição de nitrogênio (BONO et al.,1999;BISCARO et al., 2008). O nitrogênio desempenha importante função no metabolismo e na nutrição da cultura do girassol; sua deficiência causa desordem nutricional, sendo que esse nutriente é o que mais limita sua produção, enquanto o excesso ocasiona decréscimo na porcentagem de óleo (BISCARO et al., 2008). O nitrogênio é transformado em composto orgânico, acumulando-se nas folhas e no caule para depois ser translocado para o grão e as sementes (aquênios). O girassol (Helianthus annuus L.) é uma dicotiledônea anual e originária da América do Norte. No Brasil, seu cultivo ocupa área de aproximadamente 100.000 ha, concentrado, principalmente, na região dos Cerrados. É uma planta que se adapta bem a diversas condições edafoclimáticas, caracterizando-se pela tolerância a baixas temperaturas na fase inicial de desenvolvimento e pela relativa resistência a déficits hídricos. Pode ser cultivada em todas as regiões do País, pois o rendimento é pouco influenciado pelas latitudes e altitudes, assim como pelo fotoperíodo, o que facilita a expansão do cultivo no Brasil (ZOBIOLE et al., 2010). O girassol foi utilizado como planta ornamental e como hortaliça até o século XVIII, quando começou o seu uso como cultura comercial (DALL'AGNOL et al., 2005). Nos últimos anos, devido ao aumento de produção de espécies ornamentais no Brasil e no mundo, o girassol também ganhou destaque como planta ornamental e, conseqüentemente, várias linhas de pesquisa surgiram para sua melhoria agronômica. Este novo mercado visa abrir a oportunidade de diversificação do mercado de flores, possibilitando a abertura de novas vagas no mercado de trabalho (OLIVEIRA & CASTIGLIONI, 2003). No Estado da Paraíba o cultivo do girassol ainda é inexpressivo, porém, com perspectivas de se expandir nas regiões do Estado em que as condições de recursos hídricos e adubação sejam mais favoráveis para o seu cultivo. 2 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo Geral Verificar e quantificar os efeitos do uso de águas de irrigação e residual de doses crescente de composto de resíduo sólido no crescimento e produção de flores da cultura do girassol variedade 122/ V-2000, após cultivo do algodoeiro. 2.2. Objetivo Específico a) Avaliar o crescimento e produção de flores da cultura do girassol irrigada com diferentes tipos de água (abastecimento e residuária tratada) b) Quantificar o efeito residual sob diferentes doses de resíduo sólido (0, 60, 100, 140, 180 e 220 kg ha-1) no seu crescimento e produção de flores da cultura do girassol. 3 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1 Taxonomia e morfologia do girassol O girassol (Helianthus annuus L.) é uma planta dicotiledônea anual, ordem Asterales, família Asteraceae, subfamília Asteroideae e tribo Heliantheae; a inflorescência é um capítulo, onde se desenvolvem os grãos, denominados aquênios. Nos genótipos comerciais, o peso de 1000 aquênios varia de 30 a 60 g e o número mais frequente de aquênios pode variar entre 800 e 1700 por capítulo. A semente é, na verdade, o fruto, tipo aquênio e pode ser de coloração branca, preta ou listrada, contendo de 38 a 50% de óleo. O sistema radicular é pivotante e bastante ramificado e, não havendo impedimentos químicos ou físicos, explora grande profundidade de solo, absorvendo água e nutrientes onde outras plantas normalmente não alcançam. Entretanto, é sensível a solos compactados, apresentando baixa capacidade de penetração, o que pode inibir seu crescimento em profundidade (CASTRO et al., 1996). Conforme Watanabe (2007) a planta apresenta caule ereto e vigoroso, sendo cilíndrico e maciço em seu interior, não é ramificado e sua superfície exterior é rugosa. Sua altura nas variedades comerciais varia entre 0,3 e 5,0 m, enquanto o diâmetro da haste varia entre 1 e 10 cm. As folhas de girassol podem apresentar até 30 cm de largura e 50 cm de comprimento, variando em número de 8 a 70, dependendo das condições de cultivo. Suas cores variam do verde escuro ao verde amarelado. Seu pecíolo possui, na parte superior, uma espécie de caneleta que leva a água das chuvas até o caule, onde escorre até as raízes. A espécie apresenta o estágio de desenvolvimento vegetativo, dividido em duas fases, a de emergência e a de desenvolvimento de folhas verdadeiras. O número de estádios vegetativos depende do número de folhas verdadeiras. O número de dias correspondentes ao estágio vegetativo varia com o genótipo e com fatores ambientais. Já o estágio reprodutivo é dividido em nove fases baseadas no desenvolvimento da inflorescência, desde seu aparecimento visual até a maturidade fisiológica da semente (SCHNEITER & MILLER, 1981). 4 3.1.1. Uso e importância da cultura O girassol é uma das poucas plantas das quais o homem pode explorar quase todas as suas partes, a planta inteira pode ser utilizada como adubo verde, forragem e silagem; as raízes podem ser aproveitadas como matéria orgânica e reciclagem de nutrientes, visando à melhoria do solo, o caule pode ser utilizado na construção civil como isolante térmico e acústico (UNGARO, 1986), as folhas podem ser usadas como herbicidas naturais (ALVES, 2007) e os capítulos fornecem sementes, também utilizadas na alimentação animal e por fim podem ser utilizadas como plantas ornamentais, já que sua beleza é inconfundível e incontestável. Do girassol também pode-se extrair a farinha panificável, que tem sido utilizada na fabricação de pão misto, em mistura com as farinhas de trigo, milho e sorgo (SACHS et al., 2005). Nos países eslavos, as sementes de girassol são torradas, moídas e utilizadas como sucedâneo do café. Na área de floricultura e ornamentação, sua utilização pode ser ampliada com a criação de girassóis coloridos (VIEIRA, 2005). Da biomassa podem-se obter vários tipos de combustíveis (sólidos, líquidos e gasosos) de caráter renovável, entre os quais, o álcool etílico é um dos mais nobres, pois não é tóxico, é de fácil transporte e pode substituir, em parte, o consumo de gasolina (ORTEGA et al., 2008). Desta forma, a casca pode ser posta para fermentar e produzir cerca de 50 L de álcool etílico a partir de 600-700 kg de casca de girassol (PORTAS, 2001). A cultura do girassol apresenta ainda características muito importantes para o solo, visto que suas raízes promovem a reciclagem de nutrientes. A grande quantidade de massa seca produzida por esta cultura também faz com que os níveis de matéria orgânica no solo sejam elevados, proporcionando assim, uma melhor estruturação do mesmo. Por todos estes motivos, a cultura do girassol é apropriada para rotação de culturas comerciais (LEITE, 2005). É importante enfatizar que, a grande quantidade de biomassa produzida nesta cultura também pode acumular uma elevada concentração de íons metálicos em seus tecidos. Esta característica faz com que o girassol seja bastante empregado no processo denominado fitorremediação. Neste processo, as plantas são empregadas para extrair ou assimilar íons metálicos, pesticidas, xenobióticos ou compostos orgânicos deixando o solo ou o ambiente aquático sem estes contaminantes, mesmo que isso gere alguns problemas para o crescimento e desenvolvimento das mesmas. A fitorremediação é 5 considerada uma tecnologia segura, que apresenta baixo custo e que causa menor impacto ao meio ambiente que outros processos adotados com a mesma finalidade (PILON-SMITS, 2005). O agronegócio de flores e plantas ornamentais no Brasil vem tendo expressivo crescimento nos últimos anos. Tal destaque se dá principalmente em relação à estrutura de mercado, diversidade das espécies e variedades, difusão de novas tecnologias de produção, profissionalização dos agentes da cadeia, bem como a sua integração com outras áreas (TANIO & SIMÕES, 2005). A diversidade climática brasileira permite produzir flores, folhagens e outros derivados, o ano todo, a um custo reduzido (FRANÇA & MAIA, 2008). A floricultura emprega aproximadamente 120 mil pessoas no Brasil, sendo 80% da mão-de-obra formada por mulheres, além de 18,7% do total ser de origem familiar (VENCATO, 2006). Desta forma, a floricultura vem se consolidando como uma atividade econômica relevante, tendo como principal aspecto deste segmento o seu lado social. O agronegócio de flores e plantas ornamentais movimenta no país cerca de US$ 800 milhões por ano e é uma atividade dominada por pequenos produtores rurais o que contribui para uma melhor distribuição de renda (FRANÇA & MAIA, 2008). Para se ter uma idéia, o setor de flores emprega atualmente no Brasil de 15 a 20 pessoas por hectare e rende de 50 a 100 mil reais, enquanto que, a fruticultura emprega aproximadamente 5 pessoas na mesma área e rende próximo de 20 mil reais (NEVES & AMARAL, 2007). Dentre as novas flores que têm se destacado no mercado, pode-se citar o girassol ornamental que não solta pólen, sendo muito usado em arranjos, pois não suja o ambiente, e tem durabilidade pós colheita entre 7 e 10 dias (ANEFALOS & GUILHOTO, 2003). 3.2 Qualidade da água A água potável é um recurso natural finito e essencial à vida, seja como componente bioquímico de seres vivos, como meio de vida de várias espécies, elemento representativo de valores sociais e culturais, além de importante no desenvolvimento de diversas atividades econômicas (PALÁCIO et al., 2007). Nas regiões áridas e semiáridas, a água se tornou um fator limitante para o desenvolvimento urbano, industrial e agrícola. Planejadores e entidades gestoras de 6 recursos hídricos procuram, continuadamente, novas fontes de recursos para complementar a disponibilidade hídrica ainda existente (NOBRE et al., 2008). Conforme Ayers & Westcot (1991) em todo o mundo vem aumentando a necessidade de se utilizar águas de qualidade inferior na agricultura o que torna o uso de águas residuárias uma fonte para a expansão das áreas irrigadas. Em função da escassez de água que atinge várias regiões do Brasil, associada aos problemas de qualidade da água, torna-se uma alternativa potencial de racionalização desse bem natural a reutilização da água para vários usos, inclusive a irrigação, que representa aproximadamente 70% do consumo hídrico no mundo. Assim, a técnica de reuso tende a ser um eficiente instrumento para a gestão dos recursos hídricos no Brasil (BERNARDI, 2003). 3.2.1. Reuso de água na agricultura O acelerado crescimento populacional no mundo tem conduzido ao aumento da demanda de água, o que vem ocasionando, em várias regiões, problemas de escassez desse recurso (SETTI, 2002). Essa escassez, no entanto, favorece a discussão sobre a necessidade urgente da utilização de águas de qualidade inferior, como as águas residuárias domésticas. O termo reuso refere-se ao processo de reutilização do efluente tratado para fins menos exigentes do ponto de vista físico-químico e microbiológico (PINHO et al., 2008). Westerhoff (1984) considera o reuso de água em duas grandes categorias: potável, quando o efluente tratado é descarregado em águas superficiais ou subterrâneas para posterior diluição, purificação, captado para tratamento, utilização como água potável e reuso não potável. Hespanhol (2003), explica que a presença de microrganismos patogênicos e de compostos orgânicos na grande maioria dos efluentes disponíveis para reuso, caracteriza o reuso potável como uma alternativa agregada a grandes riscos, tornandoo intolerável. Aliado a isso há também os gastos dos sistemas de tratamento avançados que seriam necessários e levariam à inviabilidade econômico-financeira do abastecimento público, não havendo ainda, garantia de segurança à saúde dos consumidores. Dentre os principais sistemas de disposição de águas residuárias no solo (irrigação, infiltração/percolação e escoamento à superfície), a irrigação de culturas 7 tem sido o método mais acessível (FEIGIN et al., 1991) e mais eficiente (DARWISH et al., 1999), particularmente, nos países em desenvolvimento onde não há uma política para o custo de tratamento das águas residuárias (FRIEDEL et al., 2000). Em determinadas regiões do México e da costa desértica do Peru, o desequilíbrio dos recursos hídricos e o crescimento acentuado das grandes cidades obrigaram a priorização do uso das águas superficiais para o abastecimento público e a geração de energia elétrica, o que tornou obrigatório e urgente o uso das águas residuárias como única alternativa para sobrevivência, viabilizando mais de 400.000 ha irrigados com esgoto, de forma direta, sendo na sua maioria sem tratamento prévio (LÉON & CAVALLINI, 1999). O uso da água residuária tratada na agricultura é uma alternativa viável e interessante, visto ser uma fonte de matéria orgânica e de nutrientes para as plantas (ROS et al., 1991), agindo em alguns casos como corretivo da acidez do solo através da alcalinidade (DIAS, 1994). O nitrogênio e o fósforo podem ser encontrados nas águas residuárias em formas orgânicas e inorgânicas. Sabe-se que o N inorgânico pode estar presente na forma de amônio, nitrito ou nitrato, e o P inorgânico pode se apresentar como ortofosfato ou como polifosfato (VON SPERLING, 1997). Outra vantagem da utilização de águas residuárias em irrigação é que estas podem proporcionar um incremento de matéria orgânica no solo, podendo aumentar a produtividade (BRITES, 2008). Algumas culturas podem ser irrigadas com água de baixa qualidade sem maiores riscos e alguns problemas de qualidade de água podem ser superados por práticas agronômicas sustentáveis (BOUWER & IDELOVITCH, 1987). Segundo Brega Filho & Mancuso (2002), a prática de reuso de água no meio agrícola, além de garantir a recarga do lençol freático, serve para fertirrigação de diversas culturas, bem como para fins de dessedentação de animais. A utilização de água proveniente de reuso é diferenciada para irrigação de plantas não comestíveis (silvicultura, pastagens, fibras e sementes) e comestíveis (nas formas cruas e cozidas), uma vez que as últimas necessitam um nível maior de qualidade. Porém, conforme Beekman (1996), grandes volumes de águas servidas podem ser utilizadas em categorias de reuso, como agricultura irrigada e recarga de aquíferos, devendo-se atentar para suas limitações sanitárias e ambientais de aplicação. De acordo com Hespanhol (2003), as principais desvantagens do reuso de efluentes, principalmente na irrigação agrícola, é o risco de contaminação do solo e das 8 culturas por agentes transmissores de doenças e o excesso de nutrientes, se aplicados de forma indiscriminada no solo. Dentre outras desvantagens Hespanhol (2003) cita: 1 – concentração excessiva de nitrogênio que pode comprometer as culturas pouco tolerantes; 2 - elevados teores de sais que dissolvidos podem provocar a salinização do solo; 3 - presença de íons específicos (sódio, boro e cloreto) que podem induzir toxidez as culturas sensíveis; 4 - riscos à saúde do trabalhador e dos consumidores dos produtos irrigados, devido à possível contaminação com microrganismos patogênicos presentes nos esgotos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) assegura que o tratamento primário de esgotos domésticos já é suficiente para torná-los adequados à irrigação de culturas de consumo indireto. No entanto, recomendam-se tratamentos secundário e terciário quando estas águas forem utilizadas na irrigação das culturas para consumo direto (METCALF & EDDY, 1991). 3.3 Nutrição do girassol O nitrogênio é o segundo nutriente mais requerido e o que mais limita a produção da cultura do girassol (CASTRO; OLIVEIRA, 2005; BLAMEY, ZOLLINGER & SCHNEITER, 1997). É constituinte das moléculas de clorofila e de muitos componentes da célula vegetal, incluindo aminoácidos e ácidos nucléicos (TAIZ; ZEIGER, 2006), e de vários compostos metabólicos, estando associado principalmente a enzimas fotossintéticas que ocorrem em grandes quantidades na folhas. No girassol, a enzima Rubisco constitui 60% das proteínas solúveis presentes na folha (MERRIEN, 1992). O nitrato e o amônio são as principais fontes de nitrogênio inorgânico absorvidas pelas raízes das plantas, preferencialmente por fluxo de massa (MARSCHNER, 1995). A deficiência de nitrogênio afeta o desenvolvimento de folhas, flores e aquênios. Os principais efeitos fisiológicos são a redução no número de folhas, a redução da velocidade de aparecimento das folhas e a sua expansão, e a consequente redução na interceptação da radiação fotossinteticamente ativa. Outro processo afetado 9 é a redução na taxa fotossintética. Esses dois efeitos combinados irão resultar na redução da taxa de crescimento da cultura (CONNOR & HALL, 1997; BLAMEY, ZOLLINGER & SCHNEITER, 1997). Deficiência desse nutriente retarda o crescimento e aumenta a senescência das folhas mais velhas (MARSCHNER, 1995). O nitrogênio tem papel importante na elaboração dos componentes do rendimento, na diferenciação dos primórdios florais, com consequente impacto no número de aquênios por capítulo (MERRIEN, 1992). Além dos efeitos sobre o aparelho vegetativo (sobretudo área foliar), a deficiência de nitrogênio reduz a velocidade de iniciação floral, o número total de flores produzidas e o número total de aquênios. Se por um lado, o número total de aquênios aumenta com doses de nitrogênio mais elevadas (120 a 150 kg ha-1), não há efeito sobre o rendimento, uma vez que com doses acima de 90 kg ha-1, a porcentagem de aquênios vazios aumenta de forma significativa (MERRIEN, 1992). As recomendações nitrogenadas para a cultura de girassol no Estado de São Paulo indicam aplicações de 50 kg ha -1 de nitrogênio, distribuídas 10 kg ha -1 em base e 40 kg ha-1 de N em cobertura (QUAGGIO & UNGARO, 1997). O excesso de nitrogênio provoca crescimento excessivo do girassol, tornando as folhas mais sensíveis, favorecendo assim a incidência de doenças e pragas no cultivo, além de problemas com acamamento (VRANCEANU, 1977). Nas oleaginosas, o nitrogênio influencia o metabolismo da síntese de compostos de reserva nas sementes. Doses excessivas de nitrogênio elevam os teores desse nutriente nos tecidos e reduz a síntese de óleos, favorecendo a rota metabólica de acúmulo de proteína nos aquênios (CASTRO & OLIVEIRA, 2005). 3.3.1 Adubação orgânica Com o desgaste do atual modelo de produção agrícola apoiado no uso intensivo de insumos externos às propriedades rurais, surgiu a necessidade de uma nova forma de fazer agricultura, baseada em práticas que, além de técnica e economicamente viáveis, sejam adequadas do ponto de vista ambiental e incentivadoras da autonomia dos agricultores. Dentro deste contexto, a agroecologia impulsionou a produção de adubos orgânicos de qualidade e as minhocas passaram a ser reconhecidas como parte fundamental neste processo (SCHIEDECK et al., 2006). 10 O adubo orgânico ou matéria orgânica é todo ponto proveniente de corpos organizados, de qualquer resíduo de origem vegetal, animal, urbano ou industrial, ou ainda toda a substancia, morta no solo proveniente de plantas, microorganismos, excreções animais quer da meso ou microfauna (PRIMAVESI, 1990). A matéria orgânica é o maior fator de equilíbrio dos solos. Sua composição física e biológica proporciona uma boa capacidade de retenção de umidade e nutrientes, além de permeabilidade e aeração, serve de alimento para microorganismos e mantém uma temperatura estável em seu meio. Pode-se obter a matéria orgânica preparando os compostos orgânicos ou, naturalmente, como o próprio mulche (VILAÇA, 2005). Os adubos orgânicos são considerados fertilizantes de baixo teor de nutrientes, contendo apenas dez ou vinte por cento dos nutrientes encontrados nos fertilizantes químicos existentes. No entanto, têm efeito de amplo espectro, agindo nos mecanismos físicos e biológicos do solo (YAMADA, 1995), e exercendo importância para agricultura, uma vez que, quando devidamente mineralizados melhoram as condições físicas, químicas e biológicas do solo (JORGE, 1983). A matéria orgânica exerce um papel crucial na nutrição das culturas, promovendo o desenvolvimento da planta e melhor absorção de nutrientes fornecidos via fertilização. Além disso, o uso de adubos orgânicos, como composto orgânico e esterco de aves, proporciona uma melhoria na retenção de umidade, na agregação, na porosidade e aumenta a atividade microbiana do solo (MARCHI et al., 2008), além de apresentar custos inferiores aos da adubação mineral (TAVARES et al., 2007). Em Havana, o governo cubano incentivou o reaproveitamento dos resíduos orgânicos produzidos na cidade para produção de “composto” e húmus de minhoca. Para se ter uma idéia, durante o ano de 2000, Havana produziu e aplicou cerca de 70.000 toneladas de composto, ainda que pareça um número elevado, é modesto se compararmos com o total de resíduos orgânicos gerados pela população, ou com a demanda por adubo existente (NOVO & GUNTHER, 2003). 3.3.1.1 Composto de resíduo sólido A arte de fazer compostagem é uma prática utilizada desde os tempos remotos no meio rural. Hoje ela ganha importância devido à escala crescente de produção de resíduos sólidos, resultante do modo de pensar do homem moderno. Em função dessa 11 problemática, pesquisadores manipulam experiências em busca de alternativas com vista à minimização dos impactos ambientais causados por estes materiais. Um dos caminhos é a compostagem dos resíduos domésticos, que em sua composição segundo Fialho (2007) tem mais de 50% de matéria orgânica que pode ser reusado satisfatoriamente na agricultura. De acordo com (OLIVEIRA et. al, 2005) o Brasil produz 241.614 toneladas de lixo por dia, onde 76% são depositados a céu aberto, em lixões, 13% são depositados em aterros controlados, 10% em usinas de reciclagem e 0,1% são incinerados. Do total do lixo urbano, 60% são formados por resíduos orgânicos que podem se transformar em excelentes fontes de nutrientes para as plantas. A compostagem é um processo que pode ser utilizado para transformar diferentes tipos de resíduos orgânicos em adubo que, quando adicionado ao solo, melhora as suas características físicas, físico-químicas e biológicas. Conseqüentemente se observa maior eficiência dos adubos minerais aplicados às plantas, proporcionando mais vida ao solo, que apresenta produção por mais tempo e com mais qualidade. Portanto, a redução do uso de fertilizantes químicos na agricultura, a proteção que a matéria orgânica proporciona ao solo contra a degradação e a redução do lixo depositado em aterros sanitários pelo uso dos resíduos orgânicos para compostagem, contribui para melhoria das condições ambientais e da saúde da população. 3.3.1.2 Efeito residual Os efeitos da aplicação de água residuária nas propriedades químicas do solo, só são pronunciados após longo período de aplicação, pelos atributos que definem sua composição física e química, pelas condições de clima e pelo tipo de solo (RODRIGUES et al., 2009). 3.3.1.3 Rotação de culturas A diversificação de cultivos no tempo e no espaço deve ser entendida como elemento indispensável em um programa de agricultura ecologicamente sustentável. De acordo com Silveira et al. (1999) a rotação de culturas se inclui entre as práticas importantes para a manutenção da capacidade produtiva dos solos em virtude de se 12 tratar de uma ferramenta poderosa no controle de pragas, doenças e plantas daninhas, atenuar os efeitos da erosão, melhorar a estrutura e interferir na fertilidade do solo. Um dos eixos centrais dos modelos sustentáveis de produção vegetal é a diversificação das atividades nas áreas de cultivo para incrementar a sustentabilidade ecológica, econômica e social da agricultura. Estudos agronômicos e ecológicos demonstram que o aumento da diversidade de espécies vegetais no ambiente traz benefícios, tais como, a melhor exploração dos recursos produtivos, um menor ataque de herbívoros e menor incidência de patógenos, um maior controle de plantas espontâneas, maior produção por área e maior estabilidade da produção frente às pressões ambientais (ALTIERI, 2002; GLIESSMAN, 2000; VANDERMEER, 1989). Dentre os critérios ecológicos, econômicos e agronômicos para o planejamento da diversificação de culturas, podem ser relacionados: requerimentos diferenciais de nutrientes, capacidade de cobertura do solo, expectativas de preços de comercialização da produção e lucratividade. No entanto, uma das principais finalidades do estabelecimento de áreas/períodos com diferentes culturas é reduzir os recursos disponíveis tanto para artrópodes quanto microorganismos prejudiciais às lavouras, reduzindo assim suas populações e seus danos. Embora existam organismos-peste generalistas, muitos deles obtêm recursos de plantas da mesma família botânica. Assim, em muitos modelos sustentáveis de produção, a diversificação de culturas baseia-se na combinação de culturas de diferentes famílias botânicas no tempo e no espaço. Além disso, procura-se incluir nessas combinações espécies leguminosas, para a adição de nitrogênio, e períodos de repouso, em que a vegetação espontânea é deixada crescer livremente por um período definido, para a recuperação da estrutura e fauna do solo (ALTIERI, 2002). 13 4. MATERIAIS E MÉTODOS 4.1 Localização do experimento O experimento foi conduzido em ambiente protegido, pertencente à Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola (UAEAg), da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, Campina Grande, Paraíba. As coordenadas geográficas do local são 7º12'52” de latitude Sul, 35º54'24” de longitude Oeste e altitude de 550 m (CARNEIRO et al., 2002). O município de Campina Grande está localizado na Microrregião Campina Grande e na mesorregião Agreste Paraibano do Estado da Paraíba. Sua área é 620,628 km² representando 1,0996% do Estado, 0,0399% da Região e 0,0073% de todo o território Brasileiro (IBGE, 2002). Figura 1. Localização UFCG, Cidade de Campina Grande, PB Fonte: www.google.com.br, 2011. 4.2 Delineamento experimental O delineamento experimental foi inteiramente casualizado e os tratamentos foram dispostos em esquema (2 x 6) com 3 repetições, sendo os fatores constituídos por duas qualidades de água de irrigação (água de abastecimento e água residuária 14 tratada), seis doses de composto de resíduo sólido (0; 60; 100; 140; 180 e 220 kg de N ha-1) e três repetições no cultivo do girassol. As doses foram aplicadas no experimento anterior, estudou-se o efeito residual dessas doses. 4.3 Cultura As sementes da cultivar girassol 122/V-2000 foram adquiridas na EMBRAPA/CNPA/PB. Esta se destaca pela precocidade (ciclo vegetativo de 100 dias), sendo cerca de 20 dias mais precoce, em comparação com os híbridos atualmente cultivados no Brasil. As mudas de girassol foi preparada uma semeadura no próprio vaso, onde definitivamente estaram preenchidos com compostagem resíduos sólidos. No dia 15 de abril de 2011, foi realizado o semeio de 8 sementes em cada um dos 36 vasos. Aos 10 dias após a semeadura (DAS), iniciou-se as irrigações com água residuária. Por volta dos treze dias após a semeadura (13 DAS), foi realizado o desbaste, deixando-se apenas uma planta por vaso. O controle de plantas daninhas, pragas e doenças foram realizados quando necessário ao longo do ciclo da cultura. 4.4 Composto orgânico O composto de resíduo sólido foi adquirido na usina de separação de lixo e reciclagem do Município de Esperança, PB. No processo de compostagem, após a seleção do material, o resíduo fica em monitoramento durante um período suficiente para que a matéria orgânica seja convertida pela ação de microorganismos, cerca de 120 dias. O composto orgânico foi submetido a análises para caracterização dos parâmetros físicos, químicos, biológicos, metais pesados, macro e micro nutrientes. A amostra foi analisada no Laboratório de Fertilizantes e Resíduos do Instituto Agronômico de Campinas, método de ensaio: Instrução Normativa 28 de 27/07/2007, Tabela 1. 15 Tabela 1. Características químicas do composto orgânico utilizado no experimento, UFCG, Campina grande, PB, 2011 Parâmetros Valores pH Umidade a 60 – 65oC ( %) Matéria orgânica (g kg-1) 8,0 48,5 115 Carbono orgânico (g kg-1) Nitrogênio Kjeldahl (g kg-1) 73,8 8,4 Relação C/N Boro (mg kg-1) 8,8 15,0 Cádmio (mg kg-1) Cálcio (g kg-1) Chumbo (mg kg-1) <1,0(1) 23,8 29,2 Cobre (mg kg-1) 47,5 -1 Enxofre (g kg ) Ferro (mg kg-1) Fósforo (g kg-1) Magnésio (g kg-1) 1,7 11788 2,6 2,5 Manganês (mg kg-1) Níquel (mg kg-1) Potássio (mg kg-1) Zinco (mg kg-1) 106 25,9 5145 163 (1) Não determinado, concentrações menores do que o limite de quantificação Os parâmetros biológicos foram analisados pelo método EPA part 503, onde seus resultados podem ser visualizados na Tabela 2. Tabela 2: Resultado da análise parasitária do composto orgânico utilizado no experimento, UFCG, Campina Grande, PB, 2011 Parâmetro Coliformes tolerantes Salmonella spp. Ovos viáveis de helmintos Unidade¹ NMP/g de MS NMP/10g de MS Ovos/4g de ST Valores 118,92 Ausente 0,19 16 4.5 Solo O solo utilizado no preenchimento dos Vasos segundo EMBRAPA, 1999 é classificado como Neossolo Regolítico Eutrófico, como se encontra na Tabela 3. Coletado no município de Campina Grande, PB, a 20 cm de profundidade. Após a coleta, as amostras de solo foram secas ao ar, destorroado, peneirado em malha de 2 mm de abertura e encaminhadas para o Laboratório de Química e Fertilidade do Solo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), onde foi caracterizado de acordo com metodologia da EMBRAPA (1997). Tabela 3. Caracterização do solo Neossolo Regolítico eutrófico, UFCG, Campina Grande, PB, 2011 Parâmetros Valores Cálcio (rneq/l) 0,87 Magnésio (rneq/l) 1,63 Sódio (rneq/l) 1,73 Potássio (meq/l) 0,88 Enxofre (meq/100g) 5,12 Hidrogênio (meq/100g) 0,79 Alumínio (meq/100g) Ausente Carbonato de Cálcio Qualitativo Ausente Carbonato 0,0 Carbono Orgânico (%) 0,52 Matéria Orgânica (%) 0,836 Nitrogênio (%) 0,052 Fósforo Assimilável (mg/100g) 2,85 Cloreto (rneq/l) 2,50 Bicarbonato (rneq/l) 2,70 pH (extrato de saturação) 6,37 pH H2O (1:2,5) 6,60 CE (extrato de saturação) (mmhos/cm) 571,3 Percentagem de saturação (%) 19,66 17 4.6 Instalação e condução do experimento Após o plantio do algodão BRS 286 realizado no período de Outubro de 2010 a Março de 2011, o qual utilizou as doses de 60, 100, 140, 180 e 220 de nitrogênio disponível no composto de resíduo solido e com o intuído de verificar o efeito residual dessas doses no solo após a retirada da cultura do algodão, foi implantada a cultivar 122/V-2000. Na Tabela 3, encontra-se a analise do solo após o ciclo do algodoeiro. Os vasos com capacidade de 230 L utilizados no experimento estavam preenchidos por quatro camadas: a primeira de brita zero, a segunda com areia grossa, a terceira com solo classificado como Neossolo Regolítico Eutrófico e a última camada correspondendo à mistura do mesmo solo mais o composto do resíduo solido. Após atingir a capacidade de campo (CC), de forma a garantir a efetivação do processo de germinação e de desenvolvimento das plântulas, realizou-se a semeadura com 8 sementes de forma equidistante por vaso, a uma profundidade de 2,0 cm. Para a primeira irrigação foi aplicado em todos os vasos um volume de 2 litros de água, posteriormente, o manejo da irrigação foi feito através do balanço hídrico. A irrigação com água residuária começou apartir do décimo dia após a emergência. 4.7 Água de irrigação A água residuária foi proveniente.de uma mini estação de tratamento instalada nas dependências Universidade Federal de Campina Grande, captada por meio de conjunto motor bomba e armazenada em um tonel de PVC com capacidade de 500 L. As águas de abastecimento e residuárias usadas no experimento passaram por análises químicas realizadas no Laboratório de Irrigação e Salinidade (LIS) pertencente a Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola (UAEA), do Centro de Tecnologia e Recursos Naturais (CTRN) da Universidade Federal de Campina Grande, seguindo as metodologias proposta pela Embrapa (1997) e estão apresentadas na Tabela 4. 18 Tabela 4. Caracterização química da água residuária e de abastecimento utilizada na irrigação. CEa P K N Na Ca Mg Zn Cu Fe Mn RAS Água pH dS m-1 mg L-1 (mmol L-1)0,5 Residuária 7,45 1,84 3,59 31,59 28,60 147,66 81,20 39,48 0,01 0,08 0,001 0,02 3,36 Abastecimento 7,5 0,38 nd 5,47 nd 35,65 20,00 15,8 nd nd nd nd 1,45 4.8 Variáveis analisadas As avaliações do experimento ocorreram aos 15 dias após a semeadura (DAS). Onde foram avaliadas as seguintes variáveis: 4.8.1 Variáveis de crescimento 4.8.1.1 Altura de planta (AP) e Diâmetro caulinar (DC) A altura da planta foi medindo a partir do nível do solo até a inserção do capítulo, sendo avaliada a cada 15 dias. A medição do diâmetro do caule foi realizada com um paquímetro digital, com as leituras sendo efetuadas na região do colo de cada planta com 3 cm de distância do solo, nos mesmos períodos estabelecidos para mensuração da altura de plantas (AP). 4.8.1.2 Número de folhas (NF) e Área foliar (AF) Para contagem de Número de folhas foram consideradas as folhas as que apresentarem comprimento mínimo de 3,0 cm nas épocas de leituras as quais foram realizadas aos 15, 30, 45, 60, 75 e no final do ciclo da planta, em torno dos 100 dias após a semeadura (DAS). Na área foliar foram medidas a nervura principal da planta aos 15, 30, 45, 60, 75 DAS e calculada pela equação 1, segundo a metodologia proposta por Maldaner et al. (2009): AF = 0,1328 x C2,5569 Eq. 1 Onde: C - comprimento da nervura central (cm). 4.8.1.3 Variáveis de fitomassas No final do experimento foram avaliadas após a colheita, fitomassas fresca (FFPA) e seca da parte aérea (FSPA), fitomassas fresca (FFR) e seca das raízes (FSR). As variáveis fitomassas frescas foram obtidas na coleta imediata das plantas, onde 19 foram pesadas e depois embaladas em saco de papel com furos, e colocadas em estufa com ventilação de ar forçado a 65 ºC por 72 h. E depois de obter peso constante, foram realizadas a pesagem da fitomassa seca de raízes (FSR) e da parte aérea (FSPA), este último, foi calculado através do somatório da fitomassa seca do caule (FSC), das folhas (FSF) e do capítulo (FSCP). Com os dados de FFPA, FSPA, FFR e FSR, foi possível calcular a fitomassa fresca total (FFT) e seca total (FST). 4.9 Variáveis de produção 4.9.1 Diâmetro capítulo e número de pétalas Na determinação do diâmetro do capítulo, foram feitas leituras na horizontal e na vertical com auxílio de régua graduada, considerando uma linha imaginária passando no centro do capítulo, sendo que no diâmetro externo (DE) a linha imaginaria une as duas extremidades das pétalas, as leituras eram feitas sempre no dia da colheita da flor, utilizando o critério de abertura da flor no estágio R5,2 da escala de Schneiter & Miller (1981), assim como a contagem do número de pétalas. 4.10 Análise estatística Os resultados das variáveis determinadas durante o ciclo do girassol foram submetidos à análise de variância e as médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Para o fator quantitativo doses de composto orgânico (resíduo sólido) na análise dos valores de crescimento e produção, os tratamentos foram dispostos em esquema de parcela submetida no tempo através do software estatístico SISVAR – ESAL proposta por Ferreira (2000). 20 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1 Variáveis de crescimento: Números de folhas, Altura de planta, Diâmetro de caule e Área foliar Na variável número de folhas (NF), para a avaliação dos tipos de água houve efeito significativo apenas aos 45 e 75 DAS com um nível de 0,05 de probabilidade, já no que se refere as doses de composto estudadas para a mesma variável há um efeito significativo aos 15, 30, 45, 60 e 75 DAS, a interação entre tipos de água e doses de composto orgânico não foram relevantes nos resultados estatísticos encontrados. Para a variável altura da planta (AP), as leituras realizadas aos 15, 30 e 45 DAS mostraram efeito significativo para os tipos de água, na adição de doses de composto orgânico foi encontrado na análise estatística efeito significativo com um nível de 0,05 de probabilidade nas avaliações 15, 30, 60 e 75 DAS, não mostrando significância relacionado a interação ente tipos de água e adição de doses de composto orgânico.Foi visto que houve efeito na interação entre tipos de água e composto orgânico na variável diâmetro do caule (DC) aos 45 e 75 DAS, já levando em consideração apenas os tipos de água, não houve efeito significativo aos 60 DAS, posteriormente na adição de doses de composto orgânico todas as avaliações apresentaram efeito, onde aos 15 DAS obteve uma significância de 0,05 de probabilidade, e as demais avaliações a nível de 0,01. Os valores encontrados para área foliar mostram que da avaliação de 15 a 60 DAS houve significância a nível de 0,05 de probabilidade, já direcionando ao composto orgânico adicionado, as avaliações de 15, 30, 45, 60 e 75 DAS mostraram-se relevantes estatisticamente a nível de 0,01 de probabilidade, não revelando nenhuma influencia dos tipo de água em interação com as doses de composto (Tabela 6). 21 Tabela 5. Resumo da análise de variância para altura de plantas (AP) (cm), diâmetro do caule (DC) (mm), número de folhas (NF) e área foliar (AF) (cm2) de girassol sob tipos de água da irrigação e doses de composto orgânico. Campina Grande, 2011 Quadrado Médio DAS FV GL AP DC NF AF AGUA 1 48,3025** 0,5725* 0,0277ns 295,0533* DOSE 5 5,6936* 0,1110* 1,6277* 597,2772** ns ns ns 15 AGUA x DOSE (5) 3,2585 0,0909 0,0277 96,2960ns ERRO 24 4,0291 0,1170 0,8055 100,8582 TOTAL 35 CV (%) 12,42 11,55 33,31 31,33 30 45 60 75 AGUA DOSE AGUA x DOSE ERRO TOTAL CV (%) 1 5 (5) 24 35 AGUA DOSE AGUA x DOSE ERRO TOTAL CV(%) 1 5 (5) 24 35 AGUA DOSE AGUA x DOSE ERRO TOTAL CV(%) 1 5 (5) 24 35 AGUA DOSE AGUA x DOSE ERRO TOTAL CV(%) 1 5 (5) 24 35 173,8002* 86,7691* 25,8349ns 31,6394 0,8556* 3,7174** 0,4153ns 0,6519 0,2500ns 7,7611** 2,7833ns 1,4166 85930,6003* 384459,2133** 29490,8941ns 33267,8685 16,00 13,47 13,18 18,19 58,777778* 262,088000 ns 15,001111ns 122,901111 4,445069* 21,548736** 6,124963** 0,566123 1,000000* 10,666667** 1,666667ns 2,055556 90,548546* 1064901,995533** 57134,212551ns 171326,305184 18,42 8,41 17,92 38,43 31,5469 ns 858,9869* 84,2602 ns 309,8608 0,3006 ns 16,1491** 2,2534 ns 2,2622 0,0000ns 19,1333** 5,0666ns 3,5833 80089,2924* 703453,9158** 79432,8024ns 106206,8104 22,12 16,36 23,18 40,01 0,0277 ns 1084,2277* 96,2277ns 336,8611 3,3978** 21,9303** 7,0655** 0,2267 4,6944* 26,9833** 11,427778ns 6,0000 1665,1065ns 503134,8668** 163114,9972ns 163114,9972 21,60 4,95 27,47 49,69 ns = não significativo; *= significativo a 5% de probabilidade e ** = significativo a 1%, de probabilidade pelo teste „F‟ 22 5.1.2 Número de folhas Através da Figura 2 verificou-se que para as doses de N proveniente de composto orgânico aos 75 DAS, houve um crescimento significativo na variável número de folhas, onde o valor máximo encontrado foi na dosagem 140 kg ha-1, tendo uma redução no numero de folhas a partir da dosagem 180 e na dose máxima de 220 kg ha-1. O comportamento da curva se ajustou ao modelo de regressão linear apresentando resultado significativo a nível de (p<0,05). Resultados semelhantes foram encontrados por Andrade (2011), trabalhando com girassol colorido, Helianthus annus L. var. Sol Noturno, com doses de esterco bovino e irrigado com água residuária para a variável número de folhas. Já Silva et al. (2010), trabalhando com acultura do gergelim adubada com doses crescentes de esterco bovino, concluíram que as doses crescentes de esterco para esta cultura influenciaram no aumento da produção vegetativa. A.) B.) 12,0 Número de folhas (cm). Número de folhas. 12,0 9,0 6,0 y = 6,637 + 0,019x 2 R = 0,6488* 3,0 0,0 a a AR AA 9,0 6,0 3,0 0,0 0 50 100 150 200 Doses de composto orgânnico (kg) 250 Tipos de água Figura 2. Número de folhas de girassol aos 75 DAS em função de doses de composto orgânico (A) e de tipos de água na irrigação (B). Campina Grande, 2011 5.1.3 Diâmetro do caule (DC) No que se refere a variável diâmetro do caule houve uma interação entre os tipos de água para irrigação e doses de nitrogênio, onde para a água de abastecimento obteve-se resultados que se adéquam ao modelo quadrático, tendo significância de (p<0,01) onde o diâmetro máximo encontrado foi na dose 140 kg ha-1com o valor de 11,18 mm, já em relação a interação composto orgânico e água residuária se verifica 23 um modelo linear com (p<0,05) obteve um aumento no diâmetro do caule até a dosagem 180 kg ha-1 havendo um pequeno decréscimo na dosagem 220 kg ha-1. Resultados encontrados por Andrade (2011), com girassol colorido Helianthus annus L. var. Sol Noturno, adubado com doses de esterco bovino e irrigado com água residuária mostraram que as médias da variável diâmetro do caule aumentaram conforme o aumento da dose de adubo, havendo um decréscimo apenas na última dosagem, sendo semelhante ao que foi estudado neste trabalho, em que as médias da variável diâmetro do caule, teve um crescimento linear em relação as doses crescentes de esterco bovino. Souza et al. (2010), no crescimento das plantas de girassol ornamental com doses de húmus de minhoca encontrou resultados que mesmo não apresentando efeito significativo, também trouxeram médias crescentes conforme o aumento da dose do adubo. A.) B.) Água Residuária - AR Diâmetro do caule (mm). Diâmetro do caule (mm). Água de abastecimento - AA 12,0 9,0 6,0 y = 6,210 + 0,064x - 0,00021x2 2 3,0 R = 903** 0,0 0 50 100 150 200 Doses de composto orgânico (kg) 250 12,0 9,0 6,0 y = 6,122 + 0,025x 3,0 R2 = 0,665* 0,0 0 50 100 150 200 250 Doses de composto orgânnico (kg) Figura 3. Regressão para a interação das doses de composto orgânico dentro dos tipos de água da irrigação: água de abastecimento (A) e água residuária (B) para o diâmetro do caule de girassol aos 75 DAS. Campina Grande, 2011 5.1.4 Altura de planta (AP) No gráfico da altura da planta aos 75 DAS percebe-se efeito significativo a nível de 0,01 de probabilidade, com um crescimento linear até a dose de 180 kg ha-1 com um redução na dosagem de 220 kg ha-1, apresentando assim um incremento em relação à menor dosagem (0 kg ha-1) de aproximadamente 37% ,de forma que o menor valor encontrado foi de 63cm de altura na menor dose na adição de composto orgânico. Para a variável altura de plantas, Andrade (2011) obteve resultados que corroboram aos resultados encontrados neste estudo, pois, os valores para a variável 24 foram crescentes conforme ao aumento das doses de esterco, obtendo um declínio apenas na última dose. Conte e Castro et al. (2010) obtiveram resultados positivos trabalhando com cama de aviário para a variável altura de plantas, quando comparada a outros adubos orgânicos, incluindo o esterco bovino. A.) B.) 120,0 Altura de plantas (cm). Altura de plantas (cm). 120,0 90,0 60,0 y = 71,214 + 0,117x 30,0 R2 = 0,597** 0,0 a a AR AA 90,0 60,0 30,0 0,0 0 50 100 150 200 250 Doses de composto orgânnico (kg) Tipos de água Figura 4. Altura de plantas de girassol aos 75 DAS em função de doses de composto orgânico (A) e de tipos de água na irrigação (B). Campina Grande, 2011 5.1.5 Área foliar (AF) Nos resultados do gráfico de área foliar pode-se ver que o ajuste compreende ao modelo quadrático de regressão apresentando significância a nível de (p<0,05), percebe-se também que a maior área em cm2 encontrada foi referente a dosagem de 140 kg ha-1 com 920,32 cm2 sendo que ao fornecer uma maior dose de composto orgânico como nas doses de 180 e 220 kg ha-1 há notadamente uma redução nos valores encontrados de área foliar. Resultados semelhantes foram encontrados por Guedes Filho (2011), trabalhando com doses crescentes de nitrogênio no girassol Helianthus annus L. var. Embrapa 122/V-2000, observou que a área foliar teve um crescimento linear de acordo com o aumento das doses de nitrogênio. Fernandes et al. (2007), testando fontes e doses de nitrogênio no crescimento, desenvolvimento e retardamento da senescência foliar em girassol cultivado em vasos, observou que a área foliar cresce com o aumento das doses de nitrogênio. 25 B.) 1000,0 1000,0 800,0 800,0 600,0 400,0 2 y = 104,789 + 8,705x - 0,0288x 200,0 R2 = 0,713* Área foliar (cm2 ) Área foliar (cm2 ) A.) 0,0 a a AR AA 600,0 400,0 200,0 0,0 0 50 100 150 200 250 Doses de composto orgânico (kg) Tipos de água Figura 5. Regressão para a interação das doses de composto orgânico dentro dos tipos de água da irrigação: água de abastecimento (A) e água residuária (B) para área foliar de girassol aos 75 DAS. Campina Grande, 2011 5.2 Variáveis de produção 5.2.1 Diâmetro interno (DI) e externo do capítulo (DE), número pétalas (NP) O modelo regressivo quadrático se adequou melhor, onde tiveram resultados significativos com nível de (p<0,01), percebe-se que uma adição maior de composto orgânico proporciona decréscimo tanto no diâmetro externo quanto no interno, já para o número de pétalas a dosagem de 180 kg ha-1 obteve um maior número de pétalas, aproximadamente 30, apresentando um nível de significância de 0,05 de probabilidade. Andrade (2011) avaliando a influencia de água residuária e de abastecimento em diferentes variedades, observou efeito significativo ao nível de 1% para o diâmetro interno, diâmetro externo e número de pétalas divergindo com os encontrados por este trabalho, onde não verificou-se efeito significativo, exceto para o diâmetro interno de capítulo que teve significância a 5% (Tabela 7). 26 Tabela 6 Resumo da análise de variância para as variáveis diâmetro interno (DI), diâmetro externo do capítulo (DE) e número pétalas (NP) em girassol sob tipos de água da irrigação e doses de composto orgânico. Campina Grande 2011 Quadrado Médio FV GL DI DE NP AGUA DOSE 1 5 3,9336* 6,4736** 4,3402ns 54,9605** 290,9111ns 1,7777* AGUA x DOSE (5) 0,5642ns 2,5689ns 58,1111ns ERRO 24 0,7688 2,3416 23,6666 TOTAL 35 26,33 17,61 20,75 CV (%) ns = não significativo; *= significativo a 5% de probabilidade e ** = significativo a 1%, de probabilidade pelo teste „F‟ Observa-se efeito apenas para a variável diâmetro interno do capítulo (DI) para o fator água residuária, já para o diâmetro externo do capítulo (DE) e número de pétalas (NP), não foi encontrado nenhuma influencia dos tratamentos impostos com os tipos de água (Tabela 8). Tabela 7. Médias das variáveis de produção de girassol em função do tipo de água utilizado na irrigação. Campina Grande, 2011 Médias Variável Água de abastecimento - AA Água residuária - AR Diâmetro interno do capítulo – 3,661 a 3,000 b DI (mm) Diâmetro externo do capítulo 9,038 a 8,344 a – DE (mm) Número de pétalas - NP 24,222 a 22,666 a Médias com mesma letra na linha não diferem, estatisticamente, pelo teste „F‟ p<0,05 Pode-se perceber que para as variáveis diâmetro interno e externo do capítulo (A) e (B) a dosagem de 140 kg ha -1 foi quem proporcionou resultados máximos com os valores de 4,25 e 11,38 cm. Resultados que estão de acordo com Ivanoff et al. (2010) ressaltam que um manejo adequado da adubação nitrogenada pode proporcionar incrementos da ordem de 16% no diâmetro médio dos capítulos, fato comprovado no presente estudo. Para o número de pétalas, Figuras B e C observa-se que a dose 160 kg ha-1 proporcionou o maior número. 27 B.) Diâmetro externo do capítulo (mm).. Diâmetro interno do capítulo (mm).. A.) 5,0 4,0 3,0 2 2,0 y = 1,407 + 0,034x - 0,00011x 2 R = 0,9408** 1,0 0,0 0 50 100 150 200 12,0 10,0 8,0 6,0 y = 4,301 + 0,079x - 0,00025x2 4,0 R2 = 0,576** 2,0 0,0 0 250 100 150 200 250 Doses de composto orgânico (kg) Doses de composto orgânico (kg) B.) C.) 30,0 30,0 25,0 25,0 Número de pétalas Número de pétalas 50 20,0 15,0 y = 18,697 + 0,04x R2 = 0,7065* 10,0 5,0 0,0 20,0 15,0 y = 18,697 + 0,04x R2 = 0,7065* 10,0 5,0 0,0 0 50 100 150 200 Doses de composto orgânico (kg) 250 0 50 100 150 200 250 Doses de composto orgânico (kg) Figura 6. Regressão para as variáveis de produção de girassol: diâmetro interno (A) e externo (B) do capítulo e número de pétalas (C) em função de doses de composto orgânico. Campina Grande, 2011 5.2.2 Fitomassa fresca e seca Os resultados referentes à adição de doses de composto orgânico na variável peso fresco total (6A) foi encontrado efeito significativo com nível de 0,05 de probabilidade, já para as demais variáveis peso fresco de folha+haste (6B), peso fresco do capítulo (6C) e peso fresco da raiz (g) Figura (6D) foi identificado diferença estatística significativa com 0,01. No entanto, somente a variável peso fresco do capítulo se ajustou a uma regressão linear, com um crescimento ascendente, havendo oscilação apenas na dosagem 100 kg ha -1. Para as variáveis peso fresco total (PFT), resultando da somatória do peso fresco de folhas +haste (F+H), peso fresco do capítulo (PSCAP) e peso fresco da raiz (PFR), no resumo da análise de variância, não verificou-se diferença significativa entre as variáveis independentes estudadas, água de abastecimento e água residuária. Para o desdobramento da interação de doses de 28 composto orgânico dentro dos tipos de água, pode-se analisar que para a variável peso seco total, tanto a água de abastecimento quanto para água residuária apresentaram resultados significativos a nível de (p<0,01), (Figura 9). Tabela 8. Resumo da análise de variância para as variáveis peso fresco total (PFT), peso fresco de folhas e hastes PF (F+H), peso fresco da raiz (PFR) e peso fresco capítulo (PFCap.) de girassol sob tipos de água da irrigação e doses de composto orgânico. Campina Grande, 2011 Quadrado Médio FV GL PFT PF (F+H) PFR PFCap. 3,4844ns 0,3600ns 0,7511ns 1,3611ns AGUA 1 80,0444** 16,6784** DOSE 5 769,6231** 9,5504** 1.361111ns 22,8524** 0,9404ns 3,5824ns AGUA x DOSE (5) 43,0486ns ERRO 24 3,9955 27,7166 1,2405 2,0850 TOTAL 35 CV (%) 19,68 18,90 20,40 32,71 ns = não significativo; *= significativo a 5% de probabilidade e ** = significativo a 1%, de probabilidade pelo teste „F‟ Pode-se perceber que para as variáveis peso fresco das folhas, capítulo e raiz em que estão às médias em função da água residuária e de abastecimento não obteve diferenças entre as médias (Tabela 10). Tabela 9. Médias das variáveis de peso fresco de girassol em função do tipo de água utilizado na irrigação. Campina Grande, 2011 Médias Variável Água de abastecimento - AA Água residuária - AR Peso fresco total – PFT (g) 33,050 a 33,230 a Peso fresco de folhas + hastes 25,905 a 25,705 a – PF (F+H) (g) Peso fresco do capítulo – 7,144 a 7,533 a Pscap (g) Peso fresco da raiz – PFR (g) 3,555 a 3,266 a Médias com mesma letra na linha não diferem, estatisticamente, pelo teste „F‟ Para o peso fresco total a dosagem de 140 kg ha¹ de composto orgânico mostrou o melhor resultado com um peso aproximado de 50 g, obtendo com isso um incremento de 68,3% em relação a dosagem 0 kg ha¹ com um peso total de 15,5g, para as demais variáveis os melhores resultados foram encontrados nas doses 140, 200 e 140 kg ha¹, respectivamente com valores de incrementos de 66,18, 46,9 e 71,9% no que se compara ao menor resultado encontrado em que para todas as variáveis , foi a dose 0 kg ha¹. Resultados divergente encontrado por Guedes Filho 2011 que observou a melhor dose de nitrogênio para fitomassa fresca total é de 80 kg há-1, em que o 29 aumento da dose deste elemento não incrementa na fitomassa com o mesmo crescimento. A.) B.) 40,0 30,0 20,0 2 y = 13,711 + 0,3662x - 0,00120x 2 10,0 R = 0,696* 0,0 0 50 100 150 200 250 Peso fresco de folha + haste (g). Peso fresco total (g). 50,0 35,0 28,0 21,0 2 y = 8,153 + 0,338x - 0,00115x 14,0 R2 = 0,663** 7,0 0,0 0 Doses de composto orgânico (kg) 50 100 150 200 250 Doses de composto orgânico (kg) D.) 10,0 5,0 Peso fresco de raiz (g). Peso fresco do capitulo (g). C.) 8,0 6,0 y = 5,907 + 0,0122x 4,0 2 R = 0,650** 2,0 0,0 4,0 3,0 2,0 y = 6,425 + 0,2536x - 0,00090x2 1,0 2 R = 0,667** 0,0 0 50 100 150 200 250 0 Doses de composto orgânnico (kg) 50 100 150 200 250 Doses de composto orgânico (kg) Figura 7. Regressão para as variáveis de peso fresco de girassol: peso fresco total (A) peso fresco de folhas + hastes (B) peso fresco do capítulo (C) e peso fresco da raiz (D) em função de doses de composto orgânico. Campina Grande, 2011 Na variável peso seco do capítulo os resultados foram significativos a nível de 0,05 de probabilidade, apenas para a água de abastecimento, havendo um crescimento ascendente, decrescendo apenas na dose de 180 kg ha¹ já para a água residuária não houve influência. Já para a variável peso seco da folha + haste, houve na água de abastecimento uma significância de(p<0,05) diferente da água residuária que obteve resultado significativo a nível de (p<0,01), no entanto os dois tipos de água se adequaram melhor a regressão linear. 30 Tabela 10. Resumo da análise de variância para as variáveis peso seco total (PST), peso seco de folhas e hastes PS (F+H), peso seco raiz (PSR) e peso seco do capítulo (PSCap.) em girassol sob tipos de água da irrigação e doses de composto orgânico. Campina Grande, 2011 FV AGUA DOSE AGUA x DOSE ERRO TOTAL CV (%) GL 1 5 (5) 24 35 PST 3,4844ns 8,0444** 22,8524** 3,9955 Quadrado Médio PS (F+H) PSR * 1,5625 0,0100ns ** 91,9129 0,5577ns ** 20,2951 0,2506ns 4,8355 0,2883 18,90 57,88 PSCap. 0,3802ns 0,6009ns 1,3222* 0,4147 25,73 ns = não significativo; *= significativo a 5% de probabilidade e ** = significativo a 1%, de probabilidade pelo teste „F‟ A água de abastecimento a dosagem que proporcionou um maior peso seco foi a de 140 kg ha¹ com um valor de 15,36g enquanto que para a mesma variável submetida ao tratamento com água residuária foi observado um valor máximo aproximado de 16g na dosagem de 180 kg ha¹, havendo um incremento em cerca de 3,5% quando comparado com a água de abastecimento. Da mesma forma, melhores resultados para o peso seco de folha+haste (FIG 7B-7C) encontrados foram, para água de abastecimento na dosagem 140, e para água residuária a dosagem 180 kg ha¹ com os valores máximos de 19,23 e 18,63g, tento um incremento de aproximadamente 4%. Guedes Filho (2011) também encontraram valores significativos para o peso seco total com significância de 1% com a aplicação de doses de nitrogênio, enquanto que para o peso seco de capítulo este autor constatou resultados significativos, divergindo com os encontrados no referido trabalho, onde os valores não foram significativos com as doses isoladas de nitrogênio. 31 A.) B.) Água Residuária - AR 18,0 15,0 12,0 9,0 6,0 3,0 0,0 Peso seco total (g) Peso seco total (g) Água de abastecimento - AA 2 y = 4,766 + 0,1122x - 0,0040x R2 = 0,631** 0 50 100 150 200 18,0 15,0 12,0 250 9,0 6,0 3,0 0,0 y = 3,370 + 0,1131x - 0,00029x2 R2 = 0,808** 0 Doses de composto orgânico (kg) 50 100 150 200 250 Doses de composto orgânico (kg) B.) C.) Água Residuária - AR Peso seco de folha + haste (g) Peso seco de folha + haste (g) Água de Abastecimento - AA 5,0 4,0 3,0 2,0 y = 9,451 + 0,029x 1,0 2 R = 0,641* 0,0 0 50 100 150 200 25,0 20,0 15,0 10,0 y = 7,906 + 0,046x 5,0 R2 = 0,651** 0,0 250 0 Doses de composto orgânnico (kg) 50 100 150 200 250 Doses de composto orgânnico (kg) D.) E.) Água residuária - AR Peso seco do capítulo (g). Peso seco do capítulo (g). Água de abastecimento - AA 5,0 4,0 3,0 2,0 y = 1,982 + 0,0053x 1,0 2 R = 0,644* 0,0 0 50 100 150 200 Doses de composto orgânico (kg) 250 5,0 4,0 3,0 2,0 y = ns 1,0 0,0 0 50 100 150 200 250 Doses de composto orgânico (kg) Figura 8. Desdobramento da interação das doses de composto orgânico dentro dos tipos de água para as variáveis peso seco total (A e B), peso seco de folhas + hastes (A e B) e peso seco do capítulo (D e E). Campina Grande, 2011 32 6. CONCLUSÕES Os tipos de águas influenciaram positivamente na altura de plantas, diâmetro do caule e a área foliar até os 45 DAS. O número de folhas teve influência tanto do tipo de água quanto das dosagens de composto orgânico. As dosagens de composto orgânico tiveram efeito significativo para o número de pétalas, diâmetro externo e interno, já os tipos de água influenciaram apenas o diâmetro interno. Para as variáveis de fitomassa fresca e comprimento da raiz a água não proporcionou efeito significativo. No entanto, as dosagens de composto orgânico teve influência em todas as variáveis de fitomassa fresca. A água influenciou significativamente as variáveis peso seco das folhas + haste, enquanto as dosagens de composto orgânico influenciaram no peso seco total e peco seco de folhas + haste. Houve interação significativa entre água e doses de composto para o peso seco total, peso seco de folhas+ haste e peso seco de capítulo. 33 7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ALTIERI, M. A. Agroecologia: bases científicas para uma agricultura sustentável. Editora Agropecuária, Guaíba, 2002. ALVES, P. L. Folhas do girassol podem ser usadas na inibição do crescimento de plantas daninhas. Disponível em: http://www.seedquest.com Acessado em: 10 Fevereiro de 2007. ANEFALOS, L. C.; GUILHOTO, J. J. M. Estrutura do mercado brasileiro de flores e plantas ornamentais. Agricultura em São Paulo, São Paulo, v. 50, n. 2, p. 41-63, 2003. ALVES, W. W. A.; AZEVEDO, C. A. V. de; DANTAS NETO, J. ; SOUSA, J. T.; LIMA, V. L. 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