dissertação área de concentração: irrigação e

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS
UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA AGRÍCOLA
DISSERTAÇÃO
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: IRRIGAÇÃO E DRENAGEM
EFEITO RESIDUAL DE COMPOSTOS ORGÂNICOS NO GIRASSOL
IRRIGADO COM DIFERENTES TIPOS DE ÁGUA
NAVILTA VERAS DO NASCIMENTO
CAMPINA GRANDE - PARAÍBA
FEVEREIRO - 2012
NAVILTA VERAS DO NASCIMENTO
EFEITO RESIDUAL DE COMPOSTOS ORGÂNICOS NO GIRASSOL
IRRIGADO COM DIFERENTES TIPOS DE ÁGUA
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Engenharia Agrícola,
do Centro de Tecnologia e Recursos
Naturais da Universidade Federal de
Campina Grande, em cumprimento para
obtenção do título de Mestre em
Engenharia Agrícola.
ORIENTADORA: Prof. Dra. Vera Lúcia Antunes de Lima
CAMPINA GRANDE – PARAÍBA
FEVEREIRO 2012
i
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS
UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA AGRÍCOLA
PARECER FINAL DO JULGAMENTO DO PROJETO
NAVILTA VERAS DO NASCIMENTO
EFEITO RESIDUAL DE COMPOSTOS ORGÂNICOS NO GIRASSOL
IRRIGADO COM DIFERENTES TIPOS DE ÁGUA
BANCA EXAMINADORA:
PARECER
_______________________________________
__________________
Profª. Dra. Vera Lúcia Antunes de Lima – Orientadora
______________________________________
__________________
Profº. Dr. Leandro Oliveira de Andrade – Examinador
______________________________________
__________________
Dr. João Batista Santos – Examinador
CAMPINA GRANDE - PARAÍBA
FEVEREIRO 2012
ii
Dedico este momento especial da minha vida, a meus pais, Antônio Ferreira do
Nascimento e a Maria do Socorro Veras Sousa, e meus irmãos, pelo incentivo; a
vocês, que sempre me ajudaram e me compreenderam em todos os momentos da
minha vida, devo principalmente esta vitória alcançada a vocês, os grandes amores da
minha vida.
Dedico
A Deus, porque me abençôo com essa oportunidade para aprender a desenvolver esse
trabalho com fé, e segurança nas minhas palavras.
Ofereço
iii
AGRADECIMENTOS
Ao meu pai Antônio Ferreira do Nascimento e a minha mãe Maria do Socorro
Veras Sousa e ao meu amigo Epitácio de Alcântara Freire (in memoriam) por me
ajudarem sempre, com paciência e amor.
A Deus, que sempre me desviou de caminhos de desistências, para encontrar à
luz. Nela tive fé, sabedoria e muitas alegrias.
A pós-graduação da Universidade Federal de Campina Grande, Centro de
Tecnologia e Recursos Naturais, Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola, na
compreensão e oportunidade de realização desse curso.
E aos amigos companheiros Doroteu,Diva, Danila, João Tadeu, Pedro
Henrique,
Valfísio,Genivaldo,Betânia,Fabrício,
Paulo,
Francisco,
Jorge
Luiz,
Janivan,Amilton,Eduardo, Suzana, Sara, Daniella, Jailma, Silvana Medeiros,
Riuzuane,Anderson, Dante e Sebastião.
Ao meu colega Rogério, pela atenção de uns minutos de seu trabalho para
ajudar na doação de sementes.
As minhas vizinhas e amigas Cristiane, Dona Lúcia, Daniela, Silvana Nazareth,
Denise, Vanessa e Bárbara pela amizade e palavras de conforto durante esse mestrado.
Aos funcionários da UFCG, Dona Cida, Dona Marlene, Seu Geraldo e Nilson.
Aos colegas estudante da graduação, Renato, Danilo e Janine.
A minha querida amiga Drª Josivanda pela atenção sempre, e quem me orgulho
muito como ser humano.
E ao meu querido coordenador da Engenharia Agrícola Dermeval.
A minha orientadora Vera Lucia Lima Antunes, obrigada em acreditar na
minha pessoa.
A minha co-orientadora Maria Sallydelândia Sobral Farias, em querer acertar o
correto conselho para melhorar esse trabalho.
A minha amiga e ex-chefe Drª Walesca Eloi, sempre acreditando no meu
potencial.
iv
Vencer não é competir com o outro.
É derrotar seus inimigos interiores.
É a própria realização de ser.
(Autor Descohecido)
v
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
viii
LISTA DE TABELAS
ix
RESUMO
x
ABSTRACT
xi
1. INTRODUÇÃO
1
2. OBJETIVOS
3
2.1. Objetivo geral
3
2.2. Objetivo específico
3
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4
3.1 Taxonomia e morfologia do girassol
4
3.1.1. Uso e importância da cultura
5
3.2 Qualidade da água
6
3.2.1. Reuso de água na agricultura
7
3.3 Nutrição do girassol
9
3.3.1 Adubação orgânica
10
3.3.1.1 Composto de resíduo sólido
11
3.3.1.2 Efeito residual
12
3.3.1.3 Rotação de culturas
12
4. MATERIAIS E MÉTODOS
14
4.1 Localização do experimento
14
4.2 Delineamento experimental
14
4.3 Cultura
15
4.4 Composto orgânico
15
4.5 Solo
17
4.6 Instalação e condução do experimento
18
4.7.Água de irrigação
18
4.8 Variáveis analisadas
19
4.8.1 Variáveis de crescimento
19
4.8.1.1 Altura de planta (AP) e Diâmetro caulinar (DC)
19
4.8.1.2 Numero de folhas (NF) e Área foliar (AF)
19
4.8.1.3 Variáveis de fitomassas
19
4.9 Variáveis de produção
20
vi
4.9.1 Diâmetro capítulo, número de pétalas
20
4.10 Análise estatística
20
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
21
5.1 Variáveis de crescimento: Números de folhas, Altura de planta, Diâmetro de caule e
Área foliar
21
5.1.2 Número de folhas (NF)
23
5.1.3 Diâmetro do caule (DC)
23
5.1.4 Altura de planta (AP)
24
5.1.5 Área foliar (AF)
25
5.2 Variáveis de produção
26
5.2.1 Diâmetro interno (DI) e externo do capítulo (DE), número pétalas (NP)
26
5.2.2 Fitomassa fresca e seca
28
6. CONCLUSÕES
33
7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
34
vii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Localização UFCG, Cidade de Campina Grande, PB
14
Figura 2. Número de folhas de girassol aos 75 DAS em função de doses de composto
orgânico (A) e de tipos de água na irrigação (B). Campina Grande, 2011 23
Figura 3. Regressão para a interação das doses de composto orgânico dentro dos tipos
de água da irrigação: água de abastecimento (A) e água residuária (B) para o
diâmetro do caule de girassol aos 75 DAS. Campina Grande, 2011
24
Figura 4. Altura de plantas de girassol aos 75 DAS em função de doses de composto
orgânico (A) e de tipos de água na irrigação (B). Campina Grande, 2011 25
Figura 5. Regressão para a interação das doses de composto orgânico dentro dos tipos
de água da irrigação: água de abastecimento (A) e água residuária (B) para
área foliar de girassol aos 75 DAS. Campina Grande, 2011
26
Figura 6. Regressão para as variáveis de produção de girassol: diâmetro interno (A) e
externo (B) do capítulo, número de pétalas (C) em função de doses de
composto orgânico. Campina Grande, 2011
28
Figura 7. Regressão para as variáveis de peso fresco de girassol: peso fresco total (A)
peso fresco de folhas + hastes (B) peso fresco do capítulo (C) e peso fresco
da raiz (D) em função de doses de composto orgânico. Campina Grande,
2011
30
Figura 8. Desdobramento da interação das doses de composto orgânico dentro dos
tipos de água para as variáveis peso seco total (A e B), peso seco de folhas
+ hastes (A e B) e peso seco do capítulo (D e E). Campina Grande,
2011
32
viii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Características químicas do composto orgânico utilizado no experimento,
UFCG, Campina grande, PB, 2011
16
Tabela 2: Resultado da análise parasitária do composto orgânico utilizado no
experimento, UFCG, Campina Grande, PB, 2011
16
Tabela 3. Caracterização do solo Neossolo Regolítico eutrófico, UFCG, Campina
Grande, PB, 2011
17
Tabela 4. Caracterização química da água residuária e de abastecimento utilizada na
irrigação.
19
Tabela 5. Resumo da análise de variância para altura de plantas (AP) (cm), diâmetro
do caule (DC) (mm), número de folhas (NF) e área foliar (AF) (cm2) de
girassol sob tipos de água da irrigação e doses de composto orgânico.
Campina Grande, 2011
22
Tabela 6. Resumo da análise de variância para as variáveis diâmetro interno (DI),
diâmetro externo do capítulo (DE) e número pétalas (NP) em girassol sob
tipos de água da irrigação e doses de composto orgânico. Campina Grande
2011
27
Tabela 7. Médias das variáveis de produção de girassol em função do tipo de água
utilizado na irrigação. Campina Grande, 2011
27
Tabela 8. Resumo da análise de variância para as variáveis peso fresco total (PFT),
peso fresco de folhas e hastes PF (F+H), peso fresco da raiz (PFR) e peso
fresco capítulo (PFCap.) de girassol sob tipos de água da irrigação e doses
de composto orgânico. Campina Grande, 2011
29
ix
Tabela 9. Médias das variáveis de peso fresco de girassol em função do tipo de água
utilizado na irrigação. Campina Grande, 2011
29
Tabela 10. Resumo da análise de variância para as variáveis peso seco total (PST),
peso seco de folhas e hastes PS (F+H), peso seco raiz (PSR) e peso seco do
capítulo (PSCap.) em girassol sob tipos de água da irrigação e doses de
composto orgânico. Campina Grande, 2011
31
x
RESUMO
Buscando informação científica para embasar a recomendação para uso de composto
de lixo orgânico e águas, tanto de abastecimento como residuária na irrigação da
cultura de oleaginosas, que contribuirá para mitigar os impactos ambientais e o
desperdício com as águas através do reaproveitamento. Tendo em vista que, o cultivo
do girassol, venha proporcionar geração de emprego e renda, fortalecimento da
agricultura familiar e melhoria na qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente.
Objetivou-se com o presente trabalho, avaliar e quantificar os efeitos isolados e em
conjuntos da água residuária, de abastecimento e o efeito residual de doses de adubo
proveniente de composto de resíduos sólidos no crescimento e produção de flores da
cultura do girassol EMBRAPA 122/V-2000. O experimento foi conduzido em
condições de área protegida da Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola da UFCG,
Campina Grande, PB. O delineamento experimental foi em blocos inteiramente
casualizados, com 3 repetições. Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial (2
x 6) x 3 sendo os fatores constituídos por duas qualidades de água de irrigação (água
de abastecimento e água residuária tratada), seis doses de composto de resíduo sólido
(0; 60; 100; 140; 180 e 220 kg há-1) e dois tratamentos adicionais, testemunhas
absolutas. A altura de plantas, o diâmetro do caule e a área foliar foram afetados
significativamente até os 45 DAS pelo tipo de água. O número de folhas teve
influência tanto do tipo de água quanto das dosagens de composto orgânico. As
dosagens de composto orgânico tiveram efeito significativo para o número de pétalas,
diâmetro externo e interno, já os tipos de água influenciaram apenas o diâmetro
interno. Para as variáveis de fitomassa fresca e comprimento da raiz a água não
proporcionou efeito significativo. No entanto, as dosagens de composto orgânico
tiveram influência em todas as variáveis de fitomassa fresca. A água influenciou
significativamente as variáveis peso seco das folhas + haste, enquanto as dosagens de
composto orgânico influenciaram no peso seco total e peso seco de folhas + haste.
Houve interação significativa entre água e doses de composto para o peso seco total,
peso seco de folhas+ haste e peso seco de capítulo.
Palavras-chave: Helianthus annuus L., água residuária, adubação.
xi
ABSTRACT
Looking forward to find scientific information to support the recommendation for
using compost of organic waste and water, for both water supply and wastewater
irrigation in the oilseeds cultivation, which contribute to minimize environmental
impacts and water wastage through water reuse. In view of the cultivation of sunflower
will provide employment and profit generation, strengthen family farms and improve
the quality of life and the environment. The aim of this study consists of evaluating
and quantifying the isolated and associated effects of wastewater, supply water and the
residual effect of doses of fertilizers from solid waste compost on growth and
production of sunflower EMBRAPA 122/V-2000. The experiment was conducted
under conditions of protected area of Agricultural Engineering of UFCG, Campina
Grande, PB. The experimental design was completely randomized blocks with three
replications. The treatments were in a (2 x 6) x 3 factorial scheme, in which the factors
are consisted of two qualities of irrigation water (supply water and treated wastewater),
six doses of solid waste compost (0, 60, 100, 140, 180 and 220 kg ha -1) and two
additional treatments, absolute witnesses. Plant height, stem diameter and leaf area
were significantly affected until 45 DAS by the type of water. The number of leaves
was influenced by both the type of water and the dosages of compost. The dosages of
organic compost had a significant effect on the number of petals, outer and inner
diameter, while the types of water influenced only the inner diameter. For variables of
fresh phytomass and root length, the water did not have significant effect. However,
the dosages of organic compost had an influence on all variables of fresh phytomass.
The water influenced significantly the variables of leaf dry weight + stem dry weight,
while the doses of organic compost influenced the total dry weight and leaf dry
weight+ stem dry weight. There was significant interaction between water and dosages
of compost for the total dry weight, leaf dry weight + stem dry weight and dry weight
of the flowers.
KEY WORDS: Helianthus annuus L., wastewater, fertilizer.
xii
1. INTRODUÇÃO
De acordo com Souza & Leite (2003), o uso planejado de águas residuárias
domésticas na agricultura vem sendo apontado como uma medida para atenuar o
problema da escassez hídrica no semiárido nordestino, sendo uma alternativa para os
agricultores localizados especificamente nas áreas circunvizinhas das cidades
A disponibilidade de água em todas as regiões do mundo tem diminuído no
sentido quantitativo e qualitativo, podendo ter sentidos de forma mais expressiva nas
regiões áridas e semiáridas, onde a escassez de água para usos diversos compromete a
sobrevivência do próprio homem (KÖNIG et al., 1997). Sendo que dois terços da
população mundial serão afetados pela escassez de água nas próximas décadas, no
entanto, algumas alternativas são passíveis de amenizar este entrave, dentre estas
alternativas, se destacam o reuso intensivo de água, o controle de perdas físicas nos
sistemas de abastecimento, técnicas de coleta de água de chuva e a adoção de
procedimentos para economia no consumo de água (NASCIMENTO & HELLER,
2005).
São as águas residuárias oriundas de esgoto doméstico. Além da reciclagem de
nutrientes, uma vez descartados e reutilizados, o reuso da água surge como uma gama
de vantagens que vai do uso efluentes na agricultura economia de água de qualidade
superior, chegando ao ponto de controle da poluição em corpos hídricos receptores e do
processo de eutrofização (PAPADOPOULOS et al., 2004; TOZE, 2006).
Com relação ao manejo adequado dos resíduos sólidos quando oriundos das
atividades domésticas estes podem ser submetidos ao processo de compostagem,
caracterizada pelo desenvolvimento de intensas atividades e reações bioquímicas no
interior da matéria orgânica. A dinâmica do material é acelerada pelas funções
desenvolvidas pelos agentes aeróbios e anaeróbios responsáveis pela estabilização do
material. Essa dinâmica oferece como resultado final, um produto conhecido como
composto orgânico que segundo Andreoli et, al. (2001) é muito importante para
recompor a capacidade produtiva do solo e melhorar suas estruturas físicas e químicas.
Essa prática há muito tempo é desenvolvida no meio rural com a utilização de restos
de vegetais e esterco animal.
Do ponto de vista nutricional o nitrogênio, é um dos elementos, mais requerido
pela cultura do girassol sendo, também, o que mais limita a sua produção,
proporcionando redução de até 60% na produtividade em decorrência da sua
1
deficiência. Pesquisas têm mostrado que tanto o crescimento da planta (ORDONEZ,
1990), como o teor de óleo nos aquênios, respondem positivamente à adição de
nitrogênio (BONO et al.,1999;BISCARO et al., 2008).
O nitrogênio desempenha importante função no metabolismo e na nutrição da
cultura do girassol; sua deficiência causa desordem nutricional, sendo que esse
nutriente é o que mais limita sua produção, enquanto o excesso ocasiona decréscimo
na porcentagem de óleo (BISCARO et al., 2008). O nitrogênio é transformado em
composto orgânico, acumulando-se nas folhas e no caule para depois ser translocado
para o grão e as sementes (aquênios).
O girassol (Helianthus annuus L.) é uma dicotiledônea anual e originária da
América do Norte. No Brasil, seu cultivo ocupa área de aproximadamente 100.000 ha,
concentrado, principalmente, na região dos Cerrados. É uma planta que se adapta bem
a diversas condições edafoclimáticas, caracterizando-se pela tolerância a baixas
temperaturas na fase inicial de desenvolvimento e pela relativa resistência a déficits
hídricos. Pode ser cultivada em todas as regiões do País, pois o rendimento é pouco
influenciado pelas latitudes e altitudes, assim como pelo fotoperíodo, o que facilita a
expansão do cultivo no Brasil (ZOBIOLE et al., 2010).
O girassol foi utilizado como planta ornamental e como hortaliça até o século
XVIII, quando começou o seu uso como cultura comercial (DALL'AGNOL et al.,
2005). Nos últimos anos, devido ao aumento de produção de espécies ornamentais no
Brasil e no mundo, o girassol também ganhou destaque como planta ornamental e,
conseqüentemente, várias linhas de pesquisa surgiram para sua melhoria agronômica.
Este novo mercado visa abrir a oportunidade de diversificação do mercado de flores,
possibilitando a abertura de novas vagas no mercado de trabalho (OLIVEIRA &
CASTIGLIONI, 2003).
No Estado da Paraíba o cultivo do girassol ainda é inexpressivo, porém, com
perspectivas de se expandir nas regiões do Estado em que as condições de recursos
hídricos e adubação sejam mais favoráveis para o seu cultivo.
2
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
Verificar e quantificar os efeitos do uso de águas de irrigação e residual de
doses crescente de composto de resíduo sólido no crescimento e produção de flores da
cultura do girassol variedade 122/ V-2000, após cultivo do algodoeiro.
2.2. Objetivo Específico
a) Avaliar o crescimento e produção de flores da cultura do girassol irrigada com
diferentes tipos de água (abastecimento e residuária tratada)
b) Quantificar o efeito residual sob diferentes doses de resíduo sólido (0, 60, 100, 140,
180 e 220 kg ha-1) no seu crescimento e produção de flores da cultura do girassol.
3
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 Taxonomia e morfologia do girassol
O girassol (Helianthus annuus L.) é uma planta dicotiledônea anual, ordem
Asterales, família Asteraceae, subfamília Asteroideae e tribo Heliantheae; a
inflorescência é um capítulo, onde se desenvolvem os grãos, denominados aquênios.
Nos genótipos comerciais, o peso de 1000 aquênios varia de 30 a 60 g e o número
mais frequente de aquênios pode variar entre 800 e 1700 por capítulo. A semente é, na
verdade, o fruto, tipo aquênio e pode ser de coloração branca, preta ou listrada,
contendo de 38 a 50% de óleo. O sistema radicular é pivotante e bastante ramificado e,
não havendo impedimentos químicos ou físicos, explora grande profundidade de solo,
absorvendo água e nutrientes onde outras plantas normalmente não alcançam.
Entretanto, é sensível a solos compactados, apresentando baixa capacidade de
penetração, o que pode inibir seu crescimento em profundidade (CASTRO et al.,
1996).
Conforme Watanabe (2007) a planta apresenta caule ereto e vigoroso, sendo
cilíndrico e maciço em seu interior, não é ramificado e sua superfície exterior é rugosa.
Sua altura nas variedades comerciais varia entre 0,3 e 5,0 m, enquanto o diâmetro da
haste varia entre 1 e 10 cm. As folhas de girassol podem apresentar até 30 cm de
largura e 50 cm de comprimento, variando em número de 8 a 70, dependendo das
condições de cultivo. Suas cores variam do verde escuro ao verde amarelado. Seu
pecíolo possui, na parte superior, uma espécie de caneleta que leva a água das chuvas
até o caule, onde escorre até as raízes.
A espécie apresenta o estágio de desenvolvimento vegetativo, dividido em duas
fases, a de emergência e a de desenvolvimento de folhas verdadeiras. O número de
estádios vegetativos depende do número de folhas verdadeiras. O número de dias
correspondentes ao estágio vegetativo varia com o genótipo e com fatores ambientais.
Já o estágio reprodutivo é dividido em nove fases baseadas no desenvolvimento da
inflorescência, desde seu aparecimento visual até a maturidade fisiológica da semente
(SCHNEITER & MILLER, 1981).
4
3.1.1. Uso e importância da cultura
O girassol é uma das poucas plantas das quais o homem pode explorar quase
todas as suas partes, a planta inteira pode ser utilizada como adubo verde, forragem e
silagem; as raízes podem ser aproveitadas como matéria orgânica e reciclagem de
nutrientes, visando à melhoria do solo, o caule pode ser utilizado na construção civil
como isolante térmico e acústico (UNGARO, 1986), as folhas podem ser usadas como
herbicidas naturais (ALVES, 2007) e os capítulos fornecem sementes, também
utilizadas na alimentação animal e por fim podem ser utilizadas como plantas
ornamentais, já que sua beleza é inconfundível e incontestável.
Do girassol também pode-se extrair a farinha panificável, que tem sido
utilizada na fabricação de pão misto, em mistura com as farinhas de trigo, milho e
sorgo (SACHS et al., 2005). Nos países eslavos, as sementes de girassol são torradas,
moídas e utilizadas como sucedâneo do café. Na área de floricultura e ornamentação,
sua utilização pode ser ampliada com a criação de girassóis coloridos (VIEIRA, 2005).
Da biomassa podem-se obter vários tipos de combustíveis (sólidos, líquidos e
gasosos) de caráter renovável, entre os quais, o álcool etílico é um dos mais nobres,
pois não é tóxico, é de fácil transporte e pode substituir, em parte, o consumo de
gasolina (ORTEGA et al., 2008). Desta forma, a casca pode ser posta para fermentar e
produzir cerca de 50 L de álcool etílico a partir de 600-700 kg de casca de girassol
(PORTAS, 2001).
A cultura do girassol apresenta ainda características muito importantes para o
solo, visto que suas raízes promovem a reciclagem de nutrientes. A grande quantidade
de massa seca produzida por esta cultura também faz com que os níveis de matéria
orgânica no solo sejam elevados, proporcionando assim, uma melhor estruturação do
mesmo. Por todos estes motivos, a cultura do girassol é apropriada para rotação de
culturas comerciais (LEITE, 2005).
É importante enfatizar que, a grande quantidade de biomassa produzida nesta
cultura também pode acumular uma elevada concentração de íons metálicos em seus
tecidos. Esta característica faz com que o girassol seja bastante empregado no processo
denominado fitorremediação. Neste processo, as plantas são empregadas para extrair
ou assimilar íons metálicos, pesticidas, xenobióticos ou compostos orgânicos deixando
o solo ou o ambiente aquático sem estes contaminantes, mesmo que isso gere alguns
problemas para o crescimento e desenvolvimento das mesmas. A fitorremediação é
5
considerada uma tecnologia segura, que apresenta baixo custo e que causa menor
impacto ao meio ambiente que outros processos adotados com a mesma finalidade
(PILON-SMITS, 2005).
O agronegócio de flores e plantas ornamentais no Brasil vem tendo expressivo
crescimento nos últimos anos. Tal destaque se dá principalmente em relação à
estrutura de mercado, diversidade das espécies e variedades, difusão de novas
tecnologias de produção, profissionalização dos agentes da cadeia, bem como a sua
integração com outras áreas (TANIO & SIMÕES, 2005). A diversidade climática
brasileira permite produzir flores, folhagens e outros derivados, o ano todo, a um custo
reduzido (FRANÇA & MAIA, 2008).
A floricultura emprega aproximadamente 120 mil pessoas no Brasil, sendo
80% da mão-de-obra formada por mulheres, além de 18,7% do total ser de origem
familiar (VENCATO, 2006). Desta forma, a floricultura vem se consolidando como
uma atividade econômica relevante, tendo como principal aspecto deste segmento o
seu lado social. O agronegócio de flores e plantas ornamentais movimenta no país
cerca de US$ 800 milhões por ano e é uma atividade dominada por pequenos
produtores rurais o que contribui para uma melhor distribuição de renda (FRANÇA &
MAIA, 2008). Para se ter uma idéia, o setor de flores emprega atualmente no Brasil de
15 a 20 pessoas por hectare e rende de 50 a 100 mil reais, enquanto que, a fruticultura
emprega aproximadamente 5 pessoas na mesma área e rende próximo de 20 mil reais
(NEVES & AMARAL, 2007).
Dentre as novas flores que têm se destacado no mercado, pode-se citar o
girassol ornamental que não solta pólen, sendo muito usado em arranjos, pois não suja
o ambiente, e tem durabilidade pós colheita entre 7 e 10 dias (ANEFALOS &
GUILHOTO, 2003).
3.2 Qualidade da água
A água potável é um recurso natural finito e essencial à vida, seja como
componente bioquímico de seres vivos, como meio de vida de várias espécies,
elemento representativo de valores sociais e culturais, além de importante no
desenvolvimento de diversas atividades econômicas (PALÁCIO et al., 2007).
Nas regiões áridas e semiáridas, a água se tornou um fator limitante para o
desenvolvimento urbano, industrial e agrícola. Planejadores e entidades gestoras de
6
recursos hídricos procuram, continuadamente, novas fontes de recursos para
complementar a disponibilidade hídrica ainda existente (NOBRE et al., 2008).
Conforme Ayers & Westcot (1991) em todo o mundo vem aumentando a necessidade
de se utilizar águas de qualidade inferior na agricultura o que torna o uso de águas
residuárias uma fonte para a expansão das áreas irrigadas.
Em função da escassez de água que atinge várias regiões do Brasil, associada
aos problemas de qualidade da água, torna-se uma alternativa potencial de
racionalização desse bem natural a reutilização da água para vários usos, inclusive a
irrigação, que representa aproximadamente 70% do consumo hídrico no mundo.
Assim, a técnica de reuso tende a ser um eficiente instrumento para a gestão dos
recursos hídricos no Brasil (BERNARDI, 2003).
3.2.1. Reuso de água na agricultura
O acelerado crescimento populacional no mundo tem conduzido ao aumento da
demanda de água, o que vem ocasionando, em várias regiões, problemas de escassez
desse recurso (SETTI, 2002). Essa escassez, no entanto, favorece a discussão sobre a
necessidade urgente da utilização de águas de qualidade inferior, como as águas
residuárias domésticas.
O termo reuso refere-se ao processo de reutilização do efluente tratado para
fins menos exigentes do ponto de vista físico-químico e microbiológico (PINHO et al.,
2008). Westerhoff (1984) considera o reuso de água em duas grandes categorias:
potável, quando o efluente tratado é descarregado em águas superficiais ou
subterrâneas para posterior diluição, purificação, captado para tratamento, utilização
como água potável e reuso não potável.
Hespanhol (2003), explica que a presença de microrganismos patogênicos e de
compostos orgânicos na grande maioria dos efluentes disponíveis para reuso,
caracteriza o reuso potável como uma alternativa agregada a grandes riscos, tornandoo intolerável. Aliado a isso há também os gastos dos sistemas de tratamento avançados
que seriam necessários e levariam à inviabilidade econômico-financeira do
abastecimento público, não havendo ainda, garantia de segurança à saúde dos
consumidores.
Dentre os principais sistemas de disposição de águas residuárias no solo
(irrigação, infiltração/percolação e escoamento à superfície), a irrigação de culturas
7
tem sido o método mais acessível (FEIGIN et al., 1991) e mais eficiente (DARWISH
et al., 1999), particularmente, nos países em desenvolvimento onde não há uma
política para o custo de tratamento das águas residuárias (FRIEDEL et al., 2000). Em
determinadas regiões do México e da costa desértica do Peru, o desequilíbrio dos
recursos hídricos e o crescimento acentuado das grandes cidades obrigaram a
priorização do uso das águas superficiais para o abastecimento público e a geração de
energia elétrica, o que tornou obrigatório e urgente o uso das águas residuárias como
única alternativa para sobrevivência, viabilizando mais de 400.000 ha irrigados com
esgoto, de forma direta, sendo na sua maioria sem tratamento prévio (LÉON &
CAVALLINI, 1999).
O uso da água residuária tratada na agricultura é uma alternativa viável e
interessante, visto ser uma fonte de matéria orgânica e de nutrientes para as plantas
(ROS et al., 1991), agindo em alguns casos como corretivo da acidez do solo através
da alcalinidade (DIAS, 1994). O nitrogênio e o fósforo podem ser encontrados nas
águas residuárias em formas orgânicas e inorgânicas. Sabe-se que o N inorgânico pode
estar presente na forma de amônio, nitrito ou nitrato, e o P inorgânico pode se
apresentar como ortofosfato ou como polifosfato (VON SPERLING, 1997). Outra
vantagem da utilização de águas residuárias em irrigação é que estas podem
proporcionar um incremento de matéria orgânica no solo, podendo aumentar a
produtividade (BRITES, 2008).
Algumas culturas podem ser irrigadas com água de baixa qualidade sem
maiores riscos e alguns problemas de qualidade de água podem ser superados por
práticas agronômicas sustentáveis (BOUWER & IDELOVITCH, 1987).
Segundo Brega Filho & Mancuso (2002), a prática de reuso de água no meio
agrícola, além de garantir a recarga do lençol freático, serve para fertirrigação de
diversas culturas, bem como para fins de dessedentação de animais. A utilização de
água proveniente de reuso é diferenciada para irrigação de plantas não comestíveis
(silvicultura, pastagens, fibras e sementes) e comestíveis (nas formas cruas e cozidas),
uma vez que as últimas necessitam um nível maior de qualidade. Porém, conforme
Beekman (1996), grandes volumes de águas servidas podem ser utilizadas em
categorias de reuso, como agricultura irrigada e recarga de aquíferos, devendo-se
atentar para suas limitações sanitárias e ambientais de aplicação.
De acordo com Hespanhol (2003), as principais desvantagens do reuso de
efluentes, principalmente na irrigação agrícola, é o risco de contaminação do solo e das
8
culturas por agentes transmissores de doenças e o excesso de nutrientes, se aplicados
de forma indiscriminada no solo.
Dentre outras desvantagens Hespanhol (2003) cita:
1 – concentração excessiva de nitrogênio que pode comprometer as culturas
pouco tolerantes;
2 - elevados teores de sais que dissolvidos podem provocar a salinização do
solo;
3 - presença de íons específicos (sódio, boro e cloreto) que podem induzir
toxidez as culturas sensíveis;
4 - riscos à saúde do trabalhador e dos consumidores dos produtos irrigados,
devido à possível contaminação com microrganismos patogênicos presentes nos
esgotos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) assegura que o tratamento primário
de esgotos domésticos já é suficiente para torná-los adequados à irrigação de culturas
de consumo indireto. No entanto, recomendam-se tratamentos secundário e terciário
quando estas águas forem utilizadas na irrigação das culturas para consumo direto
(METCALF & EDDY, 1991).
3.3 Nutrição do girassol
O nitrogênio é o segundo nutriente mais requerido e o que mais limita a
produção da cultura do girassol (CASTRO; OLIVEIRA, 2005; BLAMEY,
ZOLLINGER & SCHNEITER, 1997). É constituinte das moléculas de clorofila e de
muitos componentes da célula vegetal, incluindo aminoácidos e ácidos nucléicos
(TAIZ; ZEIGER, 2006), e de vários compostos metabólicos, estando associado
principalmente a enzimas fotossintéticas que ocorrem em grandes quantidades na
folhas. No girassol, a enzima Rubisco constitui 60% das proteínas solúveis presentes
na folha (MERRIEN, 1992). O nitrato e o amônio são as principais fontes de
nitrogênio inorgânico absorvidas pelas raízes das plantas, preferencialmente por fluxo
de massa (MARSCHNER, 1995).
A deficiência de nitrogênio afeta o desenvolvimento de folhas, flores e
aquênios. Os principais efeitos fisiológicos são a redução no número de folhas, a
redução da velocidade de aparecimento das folhas e a sua expansão, e a consequente
redução na interceptação da radiação fotossinteticamente ativa. Outro processo afetado
9
é a redução na taxa fotossintética. Esses dois efeitos combinados irão resultar na
redução da taxa de crescimento da cultura (CONNOR & HALL, 1997; BLAMEY,
ZOLLINGER & SCHNEITER, 1997).
Deficiência desse nutriente retarda o crescimento e aumenta a senescência das
folhas mais velhas (MARSCHNER, 1995). O nitrogênio tem papel importante na
elaboração dos componentes do rendimento, na diferenciação dos primórdios florais,
com consequente impacto no número de aquênios por capítulo (MERRIEN, 1992).
Além dos efeitos sobre o aparelho vegetativo (sobretudo área foliar), a deficiência de
nitrogênio reduz a velocidade de iniciação floral, o número total de flores produzidas e
o número total de aquênios. Se por um lado, o número total de aquênios aumenta com
doses de nitrogênio mais elevadas (120 a 150 kg ha-1), não há efeito sobre o
rendimento, uma vez que com doses acima de 90 kg ha-1, a porcentagem de aquênios
vazios aumenta de forma significativa (MERRIEN, 1992).
As recomendações nitrogenadas para a cultura de girassol no Estado de São
Paulo indicam aplicações de 50 kg ha -1 de nitrogênio, distribuídas 10 kg ha -1 em base e
40 kg ha-1 de N em cobertura (QUAGGIO & UNGARO, 1997). O excesso de
nitrogênio provoca crescimento excessivo do girassol, tornando as folhas mais
sensíveis, favorecendo assim a incidência de doenças e pragas no cultivo, além de
problemas com acamamento (VRANCEANU, 1977).
Nas oleaginosas, o nitrogênio influencia o metabolismo da síntese de
compostos de reserva nas sementes. Doses excessivas de nitrogênio elevam os teores
desse nutriente nos tecidos e reduz a síntese de óleos, favorecendo a rota metabólica de
acúmulo de proteína nos aquênios (CASTRO & OLIVEIRA, 2005).
3.3.1 Adubação orgânica
Com o desgaste do atual modelo de produção agrícola apoiado no uso intensivo
de insumos externos às propriedades rurais, surgiu a necessidade de uma nova forma
de fazer agricultura, baseada em práticas que, além de técnica e economicamente
viáveis, sejam adequadas do ponto de vista ambiental e incentivadoras da autonomia
dos agricultores. Dentro deste contexto, a agroecologia impulsionou a produção de
adubos orgânicos de qualidade e as minhocas passaram a ser reconhecidas como parte
fundamental neste processo (SCHIEDECK et al., 2006).
10
O adubo orgânico ou matéria orgânica é todo ponto proveniente de corpos
organizados, de qualquer resíduo de origem vegetal, animal, urbano ou industrial, ou
ainda toda a substancia, morta no solo proveniente de plantas, microorganismos,
excreções animais quer da meso ou microfauna (PRIMAVESI, 1990).
A matéria orgânica é o maior fator de equilíbrio dos solos. Sua composição
física e biológica proporciona uma boa capacidade de retenção de umidade e
nutrientes, além de permeabilidade e aeração, serve de alimento para microorganismos
e mantém uma temperatura estável em seu meio. Pode-se obter a matéria orgânica
preparando os compostos orgânicos ou, naturalmente, como o próprio mulche
(VILAÇA, 2005).
Os adubos orgânicos são considerados fertilizantes de baixo teor de nutrientes,
contendo apenas dez ou vinte por cento dos nutrientes encontrados nos fertilizantes
químicos existentes. No entanto, têm efeito de amplo espectro, agindo nos mecanismos
físicos e biológicos do solo (YAMADA, 1995), e exercendo importância para
agricultura, uma vez que, quando devidamente mineralizados melhoram as condições
físicas, químicas e biológicas do solo (JORGE, 1983).
A matéria orgânica exerce um papel crucial na nutrição das culturas,
promovendo o desenvolvimento da planta e melhor absorção de nutrientes fornecidos
via fertilização. Além disso, o uso de adubos orgânicos, como composto orgânico e
esterco de aves, proporciona uma melhoria na retenção de umidade, na agregação, na
porosidade e aumenta a atividade microbiana do solo (MARCHI et al., 2008), além de
apresentar custos inferiores aos da adubação mineral (TAVARES et al., 2007).
Em Havana, o governo cubano incentivou o reaproveitamento dos resíduos
orgânicos produzidos na cidade para produção de “composto” e húmus de minhoca.
Para se ter uma idéia, durante o ano de 2000, Havana produziu e aplicou cerca de
70.000 toneladas de composto, ainda que pareça um número elevado, é modesto se
compararmos com o total de resíduos orgânicos gerados pela população, ou com a
demanda por adubo existente (NOVO & GUNTHER, 2003).
3.3.1.1 Composto de resíduo sólido
A arte de fazer compostagem é uma prática utilizada desde os tempos remotos
no meio rural. Hoje ela ganha importância devido à escala crescente de produção de
resíduos sólidos, resultante do modo de pensar do homem moderno. Em função dessa
11
problemática, pesquisadores manipulam experiências em busca de alternativas com
vista à minimização dos impactos ambientais causados por estes materiais. Um dos
caminhos é a compostagem dos resíduos domésticos, que em sua composição segundo
Fialho (2007) tem mais de 50% de matéria orgânica que pode ser reusado
satisfatoriamente na agricultura.
De acordo com (OLIVEIRA et. al, 2005) o Brasil produz 241.614 toneladas de
lixo por dia, onde 76% são depositados a céu aberto, em lixões, 13% são depositados
em aterros controlados, 10% em usinas de reciclagem e 0,1% são incinerados. Do total
do lixo urbano, 60% são formados por resíduos orgânicos que podem se transformar
em excelentes fontes de nutrientes para as plantas.
A compostagem é um processo que pode ser utilizado para transformar
diferentes tipos de resíduos orgânicos em adubo que, quando adicionado ao solo,
melhora as suas características físicas, físico-químicas e biológicas. Conseqüentemente
se observa maior eficiência dos adubos minerais aplicados às plantas, proporcionando
mais vida ao solo, que apresenta produção por mais tempo e com mais qualidade.
Portanto, a redução do uso de fertilizantes químicos na agricultura, a proteção que a
matéria orgânica proporciona ao solo contra a degradação e a redução do lixo
depositado em aterros sanitários pelo uso dos resíduos orgânicos para compostagem,
contribui para melhoria das condições ambientais e da saúde da população.
3.3.1.2 Efeito residual
Os efeitos da aplicação de água residuária nas propriedades químicas do solo,
só são pronunciados após longo período de aplicação, pelos atributos que definem sua
composição física e química, pelas condições de clima e pelo tipo de solo
(RODRIGUES et al., 2009).
3.3.1.3 Rotação de culturas
A diversificação de cultivos no tempo e no espaço deve ser entendida como
elemento indispensável em um programa de agricultura ecologicamente sustentável.
De acordo com Silveira et al. (1999) a rotação de culturas se inclui entre as práticas
importantes para a manutenção da capacidade produtiva dos solos em virtude de se
12
tratar de uma ferramenta poderosa no controle de pragas, doenças e plantas daninhas,
atenuar os efeitos da erosão, melhorar a estrutura e interferir na fertilidade do solo.
Um dos eixos centrais dos modelos sustentáveis de produção vegetal é a
diversificação das atividades nas áreas de cultivo para incrementar a sustentabilidade
ecológica, econômica e social da agricultura. Estudos agronômicos e ecológicos
demonstram que o aumento da diversidade de espécies vegetais no ambiente traz
benefícios, tais como, a melhor exploração dos recursos produtivos, um menor ataque
de herbívoros e menor incidência de patógenos, um maior controle de plantas
espontâneas, maior produção por área e maior estabilidade da produção frente às
pressões ambientais (ALTIERI, 2002; GLIESSMAN, 2000; VANDERMEER, 1989).
Dentre os critérios ecológicos, econômicos e agronômicos para o planejamento
da diversificação de culturas, podem ser relacionados: requerimentos diferenciais de
nutrientes, capacidade de cobertura do solo, expectativas de preços de comercialização
da produção e lucratividade. No entanto, uma das principais finalidades do
estabelecimento de áreas/períodos com diferentes culturas é reduzir os recursos
disponíveis tanto para artrópodes quanto microorganismos prejudiciais às lavouras,
reduzindo assim suas populações e seus danos. Embora existam organismos-peste
generalistas, muitos deles obtêm recursos de plantas da mesma família botânica.
Assim, em muitos modelos sustentáveis de produção, a diversificação de culturas
baseia-se na combinação de culturas de diferentes famílias botânicas no tempo e no
espaço. Além disso, procura-se incluir nessas combinações espécies leguminosas, para
a adição de nitrogênio, e períodos de repouso, em que a vegetação espontânea é
deixada crescer livremente por um período definido, para a recuperação da estrutura e
fauna do solo (ALTIERI, 2002).
13
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 Localização do experimento
O experimento foi conduzido em ambiente protegido, pertencente à Unidade
Acadêmica de Engenharia Agrícola (UAEAg), da Universidade Federal de Campina
Grande - UFCG, Campina Grande, Paraíba.
As coordenadas geográficas do local são 7º12'52” de latitude Sul, 35º54'24” de
longitude Oeste e altitude de 550 m (CARNEIRO et al., 2002). O município de
Campina Grande está localizado na Microrregião Campina Grande e na mesorregião
Agreste Paraibano do Estado da Paraíba. Sua área é 620,628 km² representando
1,0996% do Estado, 0,0399% da Região e 0,0073% de todo o território Brasileiro
(IBGE, 2002).
Figura 1. Localização UFCG, Cidade de Campina Grande, PB
Fonte: www.google.com.br, 2011.
4.2 Delineamento experimental
O delineamento experimental foi inteiramente casualizado e os tratamentos
foram dispostos em esquema (2 x 6) com 3 repetições, sendo os fatores constituídos
por duas qualidades de água de irrigação (água de abastecimento e água residuária
14
tratada), seis doses de composto de resíduo sólido (0; 60; 100; 140; 180 e 220 kg de N
ha-1) e três repetições no cultivo do girassol. As doses foram aplicadas no experimento
anterior, estudou-se o efeito residual dessas doses.
4.3 Cultura
As sementes da cultivar girassol 122/V-2000 foram adquiridas na
EMBRAPA/CNPA/PB. Esta se destaca pela precocidade (ciclo vegetativo de 100
dias), sendo cerca de 20 dias mais precoce, em comparação com os híbridos
atualmente cultivados no Brasil. As mudas de girassol foi preparada uma semeadura
no próprio
vaso, onde definitivamente estaram
preenchidos com compostagem
resíduos sólidos.
No dia 15 de abril de 2011, foi realizado o semeio de 8 sementes em cada um
dos 36 vasos. Aos 10 dias após a semeadura (DAS), iniciou-se as irrigações com água
residuária. Por volta dos treze dias após a semeadura (13 DAS), foi realizado o
desbaste, deixando-se apenas uma planta por vaso. O controle de plantas daninhas,
pragas e doenças foram realizados quando necessário ao longo do ciclo da cultura.
4.4 Composto orgânico
O composto de resíduo sólido foi adquirido na usina de separação de lixo e
reciclagem do Município de Esperança, PB. No processo de compostagem, após a
seleção do material, o resíduo fica em monitoramento durante um período suficiente
para que a matéria orgânica seja convertida pela ação de microorganismos, cerca de
120 dias.
O composto orgânico foi submetido a análises para caracterização dos
parâmetros físicos, químicos, biológicos, metais pesados, macro e micro nutrientes. A
amostra foi analisada no Laboratório de Fertilizantes e Resíduos do Instituto
Agronômico de Campinas, método de ensaio: Instrução Normativa 28 de 27/07/2007,
Tabela 1.
15
Tabela 1. Características químicas do composto orgânico utilizado no experimento,
UFCG, Campina grande, PB, 2011
Parâmetros
Valores
pH
Umidade a 60 – 65oC ( %)
Matéria orgânica (g kg-1)
8,0
48,5
115
Carbono orgânico (g kg-1)
Nitrogênio Kjeldahl (g kg-1)
73,8
8,4
Relação C/N
Boro (mg kg-1)
8,8
15,0
Cádmio (mg kg-1)
Cálcio (g kg-1)
Chumbo (mg kg-1)
<1,0(1)
23,8
29,2
Cobre (mg kg-1)
47,5
-1
Enxofre (g kg )
Ferro (mg kg-1)
Fósforo (g kg-1)
Magnésio (g kg-1)
1,7
11788
2,6
2,5
Manganês (mg kg-1)
Níquel (mg kg-1)
Potássio (mg kg-1)
Zinco (mg kg-1)
106
25,9
5145
163
(1) Não determinado, concentrações menores do que o limite de quantificação
Os parâmetros biológicos foram analisados pelo método EPA part 503, onde
seus resultados podem ser visualizados na Tabela 2.
Tabela 2: Resultado da análise parasitária do composto orgânico utilizado no
experimento, UFCG, Campina Grande, PB, 2011
Parâmetro
Coliformes tolerantes
Salmonella spp.
Ovos viáveis de
helmintos
Unidade¹
NMP/g de MS
NMP/10g de MS
Ovos/4g de ST
Valores
118,92
Ausente
0,19
16
4.5 Solo
O solo utilizado no preenchimento dos Vasos segundo EMBRAPA, 1999 é
classificado como Neossolo Regolítico Eutrófico, como se encontra na Tabela 3.
Coletado no município de Campina Grande, PB, a 20 cm de profundidade. Após a
coleta, as amostras de solo foram secas ao ar, destorroado, peneirado em malha de
2 mm de abertura e encaminhadas para o Laboratório de Química e Fertilidade do Solo
da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), onde foi caracterizado de acordo com
metodologia da EMBRAPA (1997).
Tabela 3. Caracterização do solo Neossolo Regolítico eutrófico, UFCG,
Campina Grande, PB, 2011
Parâmetros
Valores
Cálcio (rneq/l)
0,87
Magnésio (rneq/l)
1,63
Sódio (rneq/l)
1,73
Potássio (meq/l)
0,88
Enxofre (meq/100g)
5,12
Hidrogênio (meq/100g)
0,79
Alumínio (meq/100g)
Ausente
Carbonato de Cálcio Qualitativo
Ausente
Carbonato
0,0
Carbono Orgânico (%)
0,52
Matéria Orgânica (%)
0,836
Nitrogênio (%)
0,052
Fósforo Assimilável (mg/100g)
2,85
Cloreto (rneq/l)
2,50
Bicarbonato (rneq/l)
2,70
pH (extrato de saturação)
6,37
pH H2O (1:2,5)
6,60
CE (extrato de saturação) (mmhos/cm)
571,3
Percentagem de saturação (%)
19,66
17
4.6 Instalação e condução do experimento
Após o plantio do algodão BRS 286 realizado no período de Outubro de 2010 a
Março de 2011, o qual utilizou as doses de 60, 100, 140, 180 e 220 de nitrogênio
disponível no composto de resíduo solido e com o intuído de verificar o efeito residual
dessas doses no solo após a retirada da cultura do algodão, foi implantada a cultivar
122/V-2000. Na Tabela 3, encontra-se a analise do solo após o ciclo do algodoeiro.
Os vasos com capacidade de 230 L utilizados no experimento estavam
preenchidos por quatro camadas: a primeira de brita zero, a segunda com areia grossa,
a terceira com solo classificado como Neossolo Regolítico Eutrófico e a última
camada correspondendo à mistura do mesmo solo mais o composto do resíduo solido.
Após atingir a capacidade de campo (CC), de forma a garantir a efetivação do processo
de germinação e de desenvolvimento das plântulas, realizou-se a semeadura com 8
sementes de forma equidistante por vaso, a uma profundidade de 2,0 cm.
Para a primeira irrigação foi aplicado em todos os vasos um volume de 2 litros
de água, posteriormente, o manejo da irrigação foi feito através do balanço hídrico. A
irrigação com água residuária começou apartir do décimo dia após a emergência.
4.7 Água de irrigação
A água residuária foi proveniente.de uma mini estação de tratamento instalada
nas dependências Universidade Federal de Campina Grande, captada por meio de
conjunto motor bomba e armazenada em um tonel de PVC com capacidade de 500 L.
As águas de abastecimento e residuárias usadas no experimento passaram por
análises químicas realizadas no Laboratório de Irrigação e Salinidade (LIS)
pertencente a Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola (UAEA), do Centro de
Tecnologia e Recursos Naturais (CTRN) da Universidade Federal de Campina Grande,
seguindo as metodologias proposta pela Embrapa (1997) e estão apresentadas na
Tabela 4.
18
Tabela 4. Caracterização química da água residuária e de abastecimento utilizada na
irrigação.
CEa
P
K
N
Na
Ca
Mg
Zn
Cu Fe Mn
RAS
Água
pH
dS m-1
mg L-1
(mmol L-1)0,5
Residuária
7,45 1,84 3,59 31,59 28,60 147,66 81,20 39,48 0,01 0,08 0,001 0,02
3,36
Abastecimento 7,5
0,38
nd 5,47
nd
35,65 20,00 15,8 nd
nd
nd
nd
1,45
4.8 Variáveis analisadas
As avaliações do experimento ocorreram aos 15 dias após a semeadura (DAS).
Onde foram avaliadas as seguintes variáveis:
4.8.1 Variáveis de crescimento
4.8.1.1 Altura de planta (AP) e Diâmetro caulinar (DC)
A altura da planta foi medindo a partir do nível do solo até a inserção do
capítulo, sendo avaliada a cada 15 dias. A medição do diâmetro do caule foi realizada
com um paquímetro digital, com as leituras sendo efetuadas na região do colo de cada
planta com 3 cm de distância do solo, nos mesmos períodos estabelecidos para
mensuração da altura de plantas (AP).
4.8.1.2 Número de folhas (NF) e Área foliar (AF)
Para contagem de Número de folhas foram consideradas as folhas as que
apresentarem comprimento mínimo de 3,0 cm nas épocas de leituras as quais foram
realizadas aos 15, 30, 45, 60, 75 e no final do ciclo da planta, em torno dos 100 dias
após a semeadura (DAS). Na área foliar foram medidas a nervura principal da planta
aos 15, 30, 45, 60, 75 DAS e calculada pela equação 1, segundo a metodologia
proposta por Maldaner et al. (2009):
AF = 0,1328 x C2,5569
Eq. 1
Onde: C - comprimento da nervura central (cm).
4.8.1.3 Variáveis de fitomassas
No final do experimento foram avaliadas após a colheita, fitomassas fresca
(FFPA) e seca da parte aérea (FSPA), fitomassas fresca (FFR) e seca das raízes (FSR).
As variáveis fitomassas frescas foram obtidas na coleta imediata das plantas, onde
19
foram pesadas e depois embaladas em saco de papel com furos, e colocadas em estufa
com ventilação de ar forçado a 65 ºC por 72 h. E depois de obter peso constante, foram
realizadas a pesagem da fitomassa seca de raízes (FSR) e da parte aérea (FSPA), este
último, foi calculado através do somatório da fitomassa seca do caule (FSC), das
folhas (FSF) e do capítulo (FSCP). Com os dados de FFPA, FSPA, FFR e FSR, foi
possível calcular a fitomassa fresca total (FFT) e seca total (FST).
4.9 Variáveis de produção
4.9.1 Diâmetro capítulo e número de pétalas
Na determinação do diâmetro do capítulo, foram feitas leituras na horizontal e
na vertical com auxílio de régua graduada, considerando uma linha imaginária
passando no centro do capítulo, sendo que no diâmetro externo (DE) a linha
imaginaria une as duas extremidades das pétalas, as leituras eram feitas sempre no dia
da colheita da flor, utilizando o critério de abertura da flor no estágio R5,2 da escala de
Schneiter & Miller (1981), assim como a contagem do número de pétalas.
4.10 Análise estatística
Os resultados das variáveis determinadas durante o ciclo do girassol foram
submetidos à análise de variância e as médias dos tratamentos foram comparadas pelo
teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Para o fator quantitativo doses de
composto orgânico (resíduo sólido) na análise dos valores de crescimento e produção,
os tratamentos foram dispostos em esquema de parcela submetida no tempo através do
software estatístico SISVAR – ESAL proposta por Ferreira (2000).
20
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Variáveis de crescimento: Números de folhas, Altura de planta, Diâmetro de
caule e Área foliar
Na variável número de folhas (NF), para a avaliação dos tipos de água houve
efeito significativo apenas aos 45 e 75 DAS com um nível de 0,05 de probabilidade, já
no que se refere as doses de composto estudadas para a mesma variável há um efeito
significativo aos 15, 30, 45, 60 e 75 DAS, a interação entre tipos de água e doses de
composto orgânico não foram relevantes nos resultados estatísticos encontrados.
Para a variável altura da planta (AP), as leituras realizadas aos 15, 30 e 45 DAS
mostraram efeito significativo para os tipos de água, na adição de doses de composto
orgânico foi encontrado na análise estatística efeito significativo com um nível de 0,05
de probabilidade nas avaliações 15, 30, 60 e 75 DAS, não mostrando significância
relacionado a interação ente tipos de água e adição de doses de composto orgânico.Foi
visto que houve efeito na interação entre tipos de água e composto orgânico na
variável diâmetro do caule (DC) aos 45 e 75 DAS, já levando em consideração apenas
os tipos de água, não houve efeito significativo aos 60 DAS, posteriormente na adição
de doses de composto orgânico todas as avaliações apresentaram efeito, onde aos 15
DAS obteve uma significância de 0,05 de probabilidade, e as demais avaliações a nível
de 0,01.
Os valores encontrados para área foliar mostram que da avaliação de 15 a 60
DAS houve significância a nível de 0,05 de probabilidade, já direcionando ao
composto orgânico adicionado, as avaliações de 15, 30, 45, 60 e 75 DAS mostraram-se
relevantes estatisticamente a nível de 0,01 de probabilidade, não revelando nenhuma
influencia dos tipo de água em interação com as doses de composto (Tabela 6).
21
Tabela 5. Resumo da análise de variância para altura de plantas (AP) (cm), diâmetro do caule (DC) (mm),
número de folhas (NF) e área foliar (AF) (cm2) de girassol sob tipos de água da irrigação e
doses de composto orgânico. Campina Grande, 2011
Quadrado Médio
DAS
FV
GL
AP
DC
NF
AF
AGUA
1
48,3025**
0,5725*
0,0277ns
295,0533*
DOSE
5
5,6936*
0,1110*
1,6277*
597,2772**
ns
ns
ns
15
AGUA x DOSE (5)
3,2585
0,0909
0,0277
96,2960ns
ERRO
24
4,0291
0,1170
0,8055
100,8582
TOTAL
35
CV (%)
12,42
11,55
33,31
31,33
30
45
60
75
AGUA
DOSE
AGUA x DOSE
ERRO
TOTAL
CV (%)
1
5
(5)
24
35
AGUA
DOSE
AGUA x DOSE
ERRO
TOTAL
CV(%)
1
5
(5)
24
35
AGUA
DOSE
AGUA x DOSE
ERRO
TOTAL
CV(%)
1
5
(5)
24
35
AGUA
DOSE
AGUA x DOSE
ERRO
TOTAL
CV(%)
1
5
(5)
24
35
173,8002*
86,7691*
25,8349ns
31,6394
0,8556*
3,7174**
0,4153ns
0,6519
0,2500ns
7,7611**
2,7833ns
1,4166
85930,6003*
384459,2133**
29490,8941ns
33267,8685
16,00
13,47
13,18
18,19
58,777778*
262,088000 ns
15,001111ns
122,901111
4,445069*
21,548736**
6,124963**
0,566123
1,000000*
10,666667**
1,666667ns
2,055556
90,548546*
1064901,995533**
57134,212551ns
171326,305184
18,42
8,41
17,92
38,43
31,5469 ns
858,9869*
84,2602 ns
309,8608
0,3006 ns
16,1491**
2,2534 ns
2,2622
0,0000ns
19,1333**
5,0666ns
3,5833
80089,2924*
703453,9158**
79432,8024ns
106206,8104
22,12
16,36
23,18
40,01
0,0277 ns
1084,2277*
96,2277ns
336,8611
3,3978**
21,9303**
7,0655**
0,2267
4,6944*
26,9833**
11,427778ns
6,0000
1665,1065ns
503134,8668**
163114,9972ns
163114,9972
21,60
4,95
27,47
49,69
ns = não significativo; *= significativo a 5% de probabilidade e ** = significativo a 1%, de probabilidade pelo teste „F‟
22
5.1.2 Número de folhas
Através da Figura 2 verificou-se que para as doses de N proveniente de
composto orgânico aos 75 DAS, houve um crescimento significativo na variável
número de folhas, onde o valor máximo encontrado foi na dosagem 140 kg ha-1, tendo
uma redução no numero de folhas a partir da dosagem 180 e na dose máxima de 220
kg ha-1. O comportamento da curva se ajustou ao modelo de regressão linear
apresentando resultado significativo a nível de (p<0,05). Resultados semelhantes
foram encontrados por Andrade (2011), trabalhando com girassol colorido, Helianthus
annus L. var. Sol Noturno, com doses de esterco bovino e irrigado com água residuária
para a variável número de folhas. Já Silva et al. (2010), trabalhando com acultura do
gergelim adubada com doses crescentes de esterco bovino, concluíram que as doses
crescentes de esterco para esta cultura influenciaram no aumento da produção
vegetativa.
A.)
B.)
12,0
Número de folhas (cm).
Número de folhas.
12,0
9,0
6,0
y = 6,637 + 0,019x
2
R = 0,6488*
3,0
0,0
a
a
AR
AA
9,0
6,0
3,0
0,0
0
50
100
150
200
Doses de composto orgânnico (kg)
250
Tipos de água
Figura 2. Número de folhas de girassol aos 75 DAS em função de doses de composto orgânico (A) e de
tipos de água na irrigação (B). Campina Grande, 2011
5.1.3 Diâmetro do caule (DC)
No que se refere a variável diâmetro do caule houve uma interação entre os
tipos de água para irrigação e doses de nitrogênio, onde para a água de abastecimento
obteve-se resultados que se adéquam ao modelo quadrático, tendo significância de
(p<0,01) onde o diâmetro máximo encontrado foi na dose 140 kg ha-1com o valor de
11,18 mm, já em relação a interação composto orgânico e água residuária se verifica
23
um modelo linear com (p<0,05) obteve um aumento no diâmetro do caule até a
dosagem 180 kg ha-1 havendo um pequeno decréscimo na dosagem 220 kg ha-1.
Resultados encontrados por Andrade (2011), com girassol colorido Helianthus annus
L. var. Sol Noturno, adubado com doses de esterco bovino e irrigado com água
residuária mostraram que as médias da variável diâmetro do caule aumentaram
conforme o aumento da dose de adubo, havendo um decréscimo apenas na última
dosagem, sendo semelhante ao que foi estudado neste trabalho, em que as médias da
variável diâmetro do caule, teve um crescimento linear em relação as doses crescentes
de esterco bovino. Souza et al. (2010), no crescimento das plantas de
girassol
ornamental com doses de húmus de minhoca encontrou resultados que mesmo não
apresentando efeito significativo, também trouxeram médias crescentes conforme o
aumento da dose do adubo.
A.)
B.)
Água Residuária - AR
Diâmetro do caule (mm).
Diâmetro do caule (mm).
Água de abastecimento - AA
12,0
9,0
6,0
y = 6,210 + 0,064x - 0,00021x2
2
3,0
R = 903**
0,0
0
50
100
150
200
Doses de composto orgânico (kg)
250
12,0
9,0
6,0
y = 6,122 + 0,025x
3,0
R2 = 0,665*
0,0
0
50
100
150
200
250
Doses de composto orgânnico (kg)
Figura 3. Regressão para a interação das doses de composto orgânico dentro dos tipos de água da
irrigação: água de abastecimento (A) e água residuária (B) para o diâmetro do caule de girassol
aos 75 DAS. Campina Grande, 2011
5.1.4 Altura de planta (AP)
No gráfico da altura da planta aos 75 DAS percebe-se efeito significativo a
nível de 0,01 de probabilidade, com um crescimento linear até a dose de 180 kg ha-1
com um redução na dosagem de 220 kg ha-1, apresentando assim um incremento em
relação à menor dosagem (0 kg ha-1) de aproximadamente 37% ,de forma que o menor
valor encontrado foi de 63cm de altura na menor dose na adição de composto
orgânico. Para a variável altura de plantas, Andrade (2011) obteve resultados que
corroboram aos resultados encontrados neste estudo, pois, os valores para a variável
24
foram crescentes conforme ao aumento das doses de esterco, obtendo um declínio
apenas na última dose. Conte e Castro et al. (2010) obtiveram resultados positivos
trabalhando com cama de aviário para a variável altura de plantas, quando comparada
a outros adubos orgânicos, incluindo o esterco bovino.
A.)
B.)
120,0
Altura de plantas (cm).
Altura de plantas (cm).
120,0
90,0
60,0
y = 71,214 + 0,117x
30,0
R2 = 0,597**
0,0
a
a
AR
AA
90,0
60,0
30,0
0,0
0
50
100
150
200
250
Doses de composto orgânnico (kg)
Tipos de água
Figura 4. Altura de plantas de girassol aos 75 DAS em função de doses de composto orgânico (A) e de
tipos de água na irrigação (B). Campina Grande, 2011
5.1.5 Área foliar (AF)
Nos resultados do gráfico de área foliar pode-se ver que o ajuste compreende
ao modelo quadrático de regressão apresentando significância a nível de (p<0,05),
percebe-se também que a maior área em cm2 encontrada foi referente a dosagem de
140 kg ha-1 com 920,32 cm2 sendo que ao fornecer uma maior dose de composto
orgânico como nas doses de 180 e 220 kg ha-1 há notadamente uma redução nos
valores encontrados de área foliar. Resultados semelhantes foram encontrados por
Guedes Filho (2011), trabalhando com doses crescentes de nitrogênio no girassol
Helianthus annus L. var. Embrapa 122/V-2000, observou que a área foliar teve um
crescimento linear de acordo com o aumento das doses de nitrogênio. Fernandes et al.
(2007), testando fontes e doses de nitrogênio no crescimento, desenvolvimento e
retardamento da senescência foliar em girassol cultivado em vasos, observou que a
área foliar cresce com o aumento das doses de nitrogênio.
25
B.)
1000,0
1000,0
800,0
800,0
600,0
400,0
2
y = 104,789 + 8,705x - 0,0288x
200,0
R2 = 0,713*
Área foliar (cm2 )
Área foliar (cm2 )
A.)
0,0
a
a
AR
AA
600,0
400,0
200,0
0,0
0
50
100
150
200
250
Doses de composto orgânico (kg)
Tipos de água
Figura 5. Regressão para a interação das doses de composto orgânico dentro dos tipos de água da
irrigação: água de abastecimento (A) e água residuária (B) para área foliar de girassol aos
75 DAS. Campina Grande, 2011
5.2 Variáveis de produção
5.2.1 Diâmetro interno (DI) e externo do capítulo (DE), número pétalas (NP)
O modelo regressivo quadrático se adequou melhor, onde tiveram resultados
significativos com nível de (p<0,01), percebe-se que uma adição maior de composto
orgânico proporciona decréscimo tanto no diâmetro externo quanto no interno, já para
o número de pétalas a dosagem de 180 kg ha-1 obteve um maior número de pétalas,
aproximadamente 30, apresentando um nível de significância de 0,05 de probabilidade.
Andrade (2011) avaliando a influencia de água residuária e de abastecimento em
diferentes variedades, observou efeito significativo ao nível de 1% para o diâmetro
interno, diâmetro externo e número de pétalas divergindo com os encontrados por este
trabalho, onde não verificou-se efeito significativo, exceto para o diâmetro interno de
capítulo que teve significância a 5% (Tabela 7).
26
Tabela 6 Resumo da análise de variância para as variáveis diâmetro interno (DI),
diâmetro externo do capítulo (DE) e número pétalas (NP) em girassol sob
tipos de água da irrigação e doses de composto orgânico. Campina Grande
2011
Quadrado Médio
FV
GL
DI
DE
NP
AGUA
DOSE
1
5
3,9336*
6,4736**
4,3402ns
54,9605**
290,9111ns
1,7777*
AGUA x DOSE
(5)
0,5642ns
2,5689ns
58,1111ns
ERRO
24
0,7688
2,3416
23,6666
TOTAL
35
26,33
17,61
20,75
CV (%)
ns = não significativo; *= significativo a 5% de probabilidade e ** = significativo a 1%, de probabilidade pelo teste „F‟
Observa-se efeito apenas para a variável diâmetro interno do capítulo (DI) para
o fator água residuária, já para o diâmetro externo do capítulo (DE) e número de
pétalas (NP), não foi encontrado nenhuma influencia dos tratamentos impostos com os
tipos de água (Tabela 8).
Tabela 7. Médias das variáveis de produção de girassol em função do tipo de água utilizado na
irrigação. Campina Grande, 2011
Médias
Variável
Água de abastecimento - AA
Água residuária - AR
Diâmetro interno do capítulo –
3,661 a
3,000 b
DI (mm)
Diâmetro externo do capítulo
9,038 a
8,344 a
– DE (mm)
Número de pétalas - NP
24,222 a
22,666 a
Médias com mesma letra na linha não diferem, estatisticamente, pelo teste „F‟ p<0,05
Pode-se perceber que para as variáveis diâmetro interno e externo do capítulo
(A) e (B) a dosagem de 140 kg ha -1 foi quem proporcionou resultados máximos com os
valores de 4,25 e 11,38 cm. Resultados que estão de acordo com Ivanoff et al. (2010)
ressaltam que um manejo adequado da adubação nitrogenada
pode proporcionar
incrementos da ordem de 16% no diâmetro médio dos capítulos, fato comprovado no
presente estudo. Para o número de pétalas, Figuras B e C observa-se que a dose 160 kg
ha-1 proporcionou o maior número.
27
B.)
Diâmetro externo do capítulo (mm)..
Diâmetro interno do capítulo (mm)..
A.)
5,0
4,0
3,0
2
2,0
y = 1,407 + 0,034x - 0,00011x
2
R = 0,9408**
1,0
0,0
0
50
100
150
200
12,0
10,0
8,0
6,0
y = 4,301 + 0,079x - 0,00025x2
4,0
R2 = 0,576**
2,0
0,0
0
250
100
150
200
250
Doses de composto orgânico (kg)
Doses de composto orgânico (kg)
B.)
C.)
30,0
30,0
25,0
25,0
Número de pétalas
Número de pétalas
50
20,0
15,0
y = 18,697 + 0,04x
R2 = 0,7065*
10,0
5,0
0,0
20,0
15,0
y = 18,697 + 0,04x
R2 = 0,7065*
10,0
5,0
0,0
0
50
100
150
200
Doses de composto orgânico (kg)
250
0
50
100
150
200
250
Doses de composto orgânico (kg)
Figura 6. Regressão para as variáveis de produção de girassol: diâmetro interno (A) e externo (B) do
capítulo e número de pétalas (C) em função de doses de composto orgânico. Campina Grande,
2011
5.2.2 Fitomassa fresca e seca
Os resultados referentes à adição de doses de composto orgânico na variável peso
fresco total (6A) foi encontrado efeito significativo com nível de 0,05 de
probabilidade, já para as demais variáveis peso fresco de folha+haste (6B), peso fresco
do capítulo (6C) e peso fresco da raiz (g) Figura (6D) foi identificado diferença
estatística significativa com 0,01. No entanto, somente a variável peso fresco do
capítulo se ajustou a uma regressão linear, com um crescimento ascendente, havendo
oscilação apenas na dosagem 100 kg ha -1. Para as variáveis peso fresco total (PFT),
resultando da somatória do peso fresco de folhas +haste (F+H), peso fresco do capítulo
(PSCAP) e peso fresco da raiz (PFR), no resumo da análise de variância, não
verificou-se diferença significativa entre as variáveis independentes estudadas, água de
abastecimento e água residuária. Para o desdobramento da interação de doses de
28
composto orgânico dentro dos tipos de água, pode-se analisar que para a variável peso
seco total, tanto a água de abastecimento quanto para água residuária apresentaram
resultados significativos a nível de (p<0,01), (Figura 9).
Tabela 8. Resumo da análise de variância para as variáveis peso fresco total (PFT), peso
fresco de folhas e hastes PF (F+H), peso fresco da raiz (PFR) e peso fresco capítulo
(PFCap.) de girassol sob tipos de água da irrigação e doses de composto orgânico.
Campina Grande, 2011
Quadrado Médio
FV
GL
PFT
PF (F+H)
PFR
PFCap.
3,4844ns
0,3600ns
0,7511ns
1,3611ns
AGUA
1
80,0444**
16,6784**
DOSE
5
769,6231**
9,5504**
1.361111ns
22,8524**
0,9404ns
3,5824ns
AGUA x DOSE (5)
43,0486ns
ERRO
24
3,9955
27,7166
1,2405
2,0850
TOTAL
35
CV (%)
19,68
18,90
20,40
32,71
ns = não significativo; *= significativo a 5% de probabilidade e ** = significativo a 1%, de probabilidade pelo teste „F‟
Pode-se perceber que para as variáveis peso fresco das folhas, capítulo e raiz
em que estão às médias em função da água residuária e de abastecimento não obteve
diferenças entre as médias (Tabela 10).
Tabela 9. Médias das variáveis de peso fresco de girassol em função do tipo de água utilizado na
irrigação. Campina Grande, 2011
Médias
Variável
Água de abastecimento - AA
Água residuária - AR
Peso fresco total – PFT (g)
33,050 a
33,230 a
Peso fresco de folhas + hastes
25,905 a
25,705 a
– PF (F+H) (g)
Peso fresco do capítulo –
7,144 a
7,533 a
Pscap (g)
Peso fresco da raiz – PFR (g)
3,555 a
3,266 a
Médias com mesma letra na linha não diferem, estatisticamente, pelo teste „F‟
Para o peso fresco total a dosagem de 140 kg ha¹ de composto orgânico
mostrou o melhor resultado com um peso aproximado de 50 g, obtendo com isso um
incremento de 68,3% em relação a dosagem 0 kg ha¹ com um peso total de 15,5g, para
as demais variáveis os melhores resultados foram encontrados nas doses 140, 200 e
140 kg ha¹, respectivamente com valores de incrementos de 66,18, 46,9 e 71,9% no
que se compara ao menor resultado encontrado em que para todas as variáveis , foi a
dose 0 kg ha¹. Resultados divergente encontrado por Guedes Filho 2011 que observou
a melhor dose de nitrogênio para fitomassa fresca total é de 80 kg há-1, em que o
29
aumento da dose deste elemento não incrementa na fitomassa com o mesmo
crescimento.
A.)
B.)
40,0
30,0
20,0
2
y = 13,711 + 0,3662x - 0,00120x
2
10,0
R = 0,696*
0,0
0
50
100
150
200
250
Peso fresco de folha + haste (g).
Peso fresco total (g).
50,0
35,0
28,0
21,0
2
y = 8,153 + 0,338x - 0,00115x
14,0
R2 = 0,663**
7,0
0,0
0
Doses de composto orgânico (kg)
50
100
150
200
250
Doses de composto orgânico (kg)
D.)
10,0
5,0
Peso fresco de raiz (g).
Peso fresco do capitulo (g).
C.)
8,0
6,0
y = 5,907 + 0,0122x
4,0
2
R = 0,650**
2,0
0,0
4,0
3,0
2,0
y = 6,425 + 0,2536x - 0,00090x2
1,0
2
R = 0,667**
0,0
0
50
100
150
200
250
0
Doses de composto orgânnico (kg)
50
100
150
200
250
Doses de composto orgânico (kg)
Figura 7. Regressão para as variáveis de peso fresco de girassol: peso fresco total (A) peso fresco de
folhas + hastes (B) peso fresco do capítulo (C) e peso fresco da raiz (D) em função de
doses de composto orgânico. Campina Grande, 2011
Na variável peso seco do capítulo os resultados foram significativos a nível de
0,05 de probabilidade, apenas para a água de abastecimento, havendo um crescimento
ascendente, decrescendo apenas na dose de 180 kg ha¹ já para a água residuária não
houve influência. Já para a variável peso seco da folha + haste, houve na água de
abastecimento uma significância de(p<0,05) diferente da água residuária que obteve
resultado significativo a nível de (p<0,01), no entanto os dois tipos de água se
adequaram melhor a regressão linear.
30
Tabela 10. Resumo da análise de variância para as variáveis peso seco total (PST),
peso seco de folhas e hastes PS (F+H), peso seco raiz (PSR) e peso seco
do capítulo (PSCap.) em girassol sob tipos de água da irrigação e doses de
composto orgânico. Campina Grande, 2011
FV
AGUA
DOSE
AGUA x DOSE
ERRO
TOTAL
CV (%)
GL
1
5
(5)
24
35
PST
3,4844ns
8,0444**
22,8524**
3,9955
Quadrado Médio
PS (F+H)
PSR
*
1,5625
0,0100ns
**
91,9129
0,5577ns
**
20,2951
0,2506ns
4,8355
0,2883
18,90
57,88
PSCap.
0,3802ns
0,6009ns
1,3222*
0,4147
25,73
ns = não significativo; *= significativo a 5% de probabilidade e ** = significativo a 1%, de probabilidade pelo teste „F‟
A água de abastecimento a dosagem que proporcionou um maior peso seco foi
a de 140 kg ha¹ com um valor de 15,36g enquanto que para a mesma variável
submetida ao tratamento com água residuária foi observado um valor máximo
aproximado de 16g na dosagem de 180 kg ha¹, havendo um incremento em cerca de
3,5% quando comparado com a água de abastecimento. Da mesma forma, melhores
resultados para o peso seco de folha+haste (FIG 7B-7C) encontrados foram, para água
de abastecimento na dosagem 140, e para água residuária a dosagem 180 kg ha¹ com
os valores máximos de 19,23 e 18,63g, tento um incremento de aproximadamente 4%.
Guedes Filho (2011) também encontraram valores significativos para o peso seco total
com significância de 1% com a aplicação de doses de nitrogênio, enquanto que para o
peso seco de capítulo este autor constatou resultados significativos, divergindo com os
encontrados no referido trabalho, onde os valores não foram significativos com as
doses isoladas de nitrogênio.
31
A.)
B.)
Água Residuária - AR
18,0
15,0
12,0
9,0
6,0
3,0
0,0
Peso seco total (g)
Peso seco total (g)
Água de abastecimento - AA
2
y = 4,766 + 0,1122x - 0,0040x
R2 = 0,631**
0
50
100
150
200
18,0
15,0
12,0
250
9,0
6,0
3,0
0,0
y = 3,370 + 0,1131x - 0,00029x2
R2 = 0,808**
0
Doses de composto orgânico (kg)
50
100
150
200
250
Doses de composto orgânico (kg)
B.)
C.)
Água Residuária - AR
Peso seco de folha + haste
(g)
Peso seco de folha + haste
(g)
Água de Abastecimento - AA
5,0
4,0
3,0
2,0
y = 9,451 + 0,029x
1,0
2
R = 0,641*
0,0
0
50
100
150
200
25,0
20,0
15,0
10,0
y = 7,906 + 0,046x
5,0
R2 = 0,651**
0,0
250
0
Doses de composto orgânnico (kg)
50
100
150
200
250
Doses de composto orgânnico (kg)
D.)
E.)
Água residuária - AR
Peso seco do capítulo (g).
Peso seco do capítulo (g).
Água de abastecimento - AA
5,0
4,0
3,0
2,0
y = 1,982 + 0,0053x
1,0
2
R = 0,644*
0,0
0
50
100
150
200
Doses de composto orgânico (kg)
250
5,0
4,0
3,0
2,0
y = ns
1,0
0,0
0
50
100
150
200
250
Doses de composto orgânico (kg)
Figura 8. Desdobramento da interação das doses de composto orgânico dentro dos tipos de água para
as variáveis peso seco total (A e B), peso seco de folhas + hastes (A e B) e peso seco do
capítulo (D e E). Campina Grande, 2011
32
6. CONCLUSÕES
Os tipos de águas influenciaram positivamente na altura de plantas, diâmetro
do caule e a área foliar até os 45 DAS.
O número de folhas teve influência tanto do tipo de água quanto das dosagens
de composto orgânico.
As dosagens de composto orgânico tiveram efeito significativo para o número
de pétalas, diâmetro externo e interno, já os tipos de água influenciaram apenas o
diâmetro interno.
Para as variáveis de fitomassa fresca e comprimento da raiz a água não
proporcionou efeito significativo. No entanto, as dosagens de composto orgânico teve
influência em todas as variáveis de fitomassa fresca.
A água influenciou significativamente as variáveis peso seco das folhas +
haste, enquanto as dosagens de composto orgânico influenciaram no peso seco total e
peco seco de folhas + haste.
Houve interação significativa entre água e doses de composto para o peso
seco total, peso seco de folhas+ haste e peso seco de capítulo.
33
7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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