SAR - UNESP - FCA

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TESTE DE EFICIÊNCIA DE ATIVADORES DE RESISTÊNCIA SISTÊMICA
ADQUIRIDA (SAR) TOMANDO COMO BASE A INTERAÇÃO ENTRE
GIRASSOL (Helianthus annus) E A PLANTA PARASITA JOPO (Orobanchoe
cernua).
Alonso, E. C.1, Grasso, C.2, Prats, E.3, Jorrin, J. N.4
A resistência sistêmica adquirida SAR é uma resposta de defesa induzida de plantas
desencadeadas através de algum estresse abiótico ou biótico, como uma infecção com
um patógeno necrosante que conferirá proteção a infecção posteriores por esse patógeno
e outros patógenos potenciais. Essa resistência ocorre devido a alterações físicas e
bioquímicas, das alterações bioquímicas os compostos fenólicos são de grande
importância. Estas alterações podem ser induzidas através de tratamentos com soluções
elicitoras e compostos químicos como ácido salicílico, ácido isonicítico e benzotiodazol.
Foram testados dois produtos, Messenger, que tem como ingrediente ativo uma proteína
chamada Harpin Ea e o Bion ou BTH formado pelo éster S-metílico do ácido (1,2,3)tidiazol-7-carbotiótico. Em girassol não existem dados sobre sua eficiência. O trabalho
foi desenvolvido no Departamento de Química e Biologia Molecular da Universidade
de Córdoba na Espanha com o objetivo de testar a eficiência de ativadores vegetais na
indução de resistência de Girassol. A planta parasita jopo. O jopo, pertencente ao gênero
Orobanchoe, é uma planta carente de clorofila, por isso necessita parasitar raízes de
outras plantas, sugando nutrientes levando a planta a um mau desenvolvimento. Na
cultura do girassol o jopo é um sério problema para países como: Itália, Espanha,
Iugoslávia, Checoslováquia, Hungria e Romênia. As perdas causadas por jopo variam
de acordo com a intensidade da infecção e das condições ambientais, podendo chegar a
reduzir a produtividade em 90% em caso de ataques severos. A intensidade da infecção
se mede por porcentagem de plantas com jopo, o numero de jopos por planta. O
trabalho consistiu em aplicar os indutores de resistência nas sementes e nas plantas de
girassol com idade de dez dias. Foram feitos três tratamentos: (controle)- girassol com e
sem jopo sem aplicação de indutores, girassol com jopo e tratados com o indutor Bion,
girassol com jopo tratados com o indutor Messenger. Foram testadas três variedades de
girassol: Clip, Saxo e 371.172. As semente foram pré-germinadas em perlita, para
depois serem transferidas para vasos com substrato infectado com sementes de jopo,
sendo mantidas em casa de vegetação. Realizou-se observações semanais para verificar
o nível de desenvolvimento da planta através de altura, peso, número de folhas, índice
Spad. Depois disso as plantas foram retiradas dos vasos para verificação do nível de
infestação através de contagens de tumores nas raízes. As folhas foram congeladas em
nitrogênio líquido e maceradas para análises bioquímicas, através de espectofotometria.
As plantas tratadas com o indutor de resistência Bion (BTH) obtiveram em relação ao
controle menor número de infecções por jopo, melhor desenvolvimento foliar, maior
altura e peso, bioquimicamente as plantas tratadas continham uma quantidade
significativamente maior de composto fenólico do que o controle, dentre os compostos,
destaque para as cumarinas. As plantas tratadas com o indutor de resistência Messenger
não obtiveram resultados significativos.
1
Aluno de Graduação – Agronomia, FCA/UNESP/Botucatu
Aluno de Graduação – Agronomia, Universidade de Córdoba/Espanha
3
Aluno do Programa de Pós-Graduação - Biologia Molecular, Universidade de Córdoba/Espanha
4
Professor Titular, Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Universidade de Córdoba/Espanha, ORIENTADOR
2
© 2002 - Unesp - Faculdade de Ciências Agronômicas – Campus de Botucatu
- Serviço Técnico de Informática -
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