Ética e moral imaginativa - Moodle

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Ética e moral imaginativa
Muitos são os problemas a serem enfrentados pelo homem contemporâneo ao
discutir a respeito da moral, o individualismo, o narcisismo hedonista, a recusa da
razão dominadora, o relativismo moral. Uma das preocupações do ser humano ao
se comportar moralmente é saber distinguir o bem do mal. O sujeito moral, ao se
perguntar como deve agir em determinada situação, certamente se aproxima de
questões teóricas e abstratas tais como: Em que consiste o bem? Qual o
fundamento da ação moral?
Colocando tais questões, estaremos entrando no campo da ética, teoria que realiza
a reflexão crítica sobre a experiência dos bons costumes ou dos deveres, e que tem
por fim discutir as noções e princípios que fundamentam a conduta moral. A
palavra ética, nos dias atuais, quer dizer, a ciência de fato que tem por objeto a
conduta dos homens, abstração feita dos juízos de apreciação que dirigem os seres
nessa conduta, com efeito, qualquer hipótese que se adote sobre a origem e a
natureza dos princípios da moral. É certo que os juízos de valor que tratam da
conduta são fatos cujas características cabe determinar, e que o estudo da conduta
não pode ser substituído pelo estudo direto destas, porque o comportamento dos
homens nem sempre é conforme seus próprios juízos sobre o valor dos atos.
Logo, um dos grandes dilemas da filosofia moral pode ser resumido nas seguintes
questões: Existem ou não valores morais válidos para todos os homens? Como
justificar a classificação das ações em moralmente corretas ou incorretas, boas ou
más?
Para os antigos filósofos, tal como Platão, a justiça e a virtude centralizavam todo o
problema moral. O termo virtude tem, em grego, um significado bem mais rico e
bem diferente do que tem para nós hoje. Designa o que faz a excelência, a
perfeição de um ser, em qualquer ser considerado e em qualquer domínio de
atividade. É, para cada um, o poder de realizar aquilo que ele em conformidade
com uma ordem, entendendo-se que ordem, para os antigos, era sinônimo de
“valor”. É, portanto, a prática ordenada de seu próprio bem, de onde resulta
harmonia e felicidade. Porém, como definir a excelência de um ser, e posto que se
trata do homem, o que é a excelência humana? Se não houvesse qualquer
ambigüidade nesse assunto, Sócrates não teria se preocupado em questionar com
tanta freqüência o problema da essência da virtude, e sofistica não se distinguiria
da filosofia. A educação moral, essa é, realmente, a tarefa tanto do sofista como do
filósofo, um e outro reivindicando para si os mesmos valores. Eles celebram a
sabedoria, a justiça, a temperança e a coragem, mas o que esses termos
recobrem? Trata-se de partes de uma única virtude, da mesma forma como os
olhos, as orelhas e o nariz são partes do rosto? Ou trata-se de nomes diferentes de
uma mesma e única virtude?
Nos tempos da criação, os deuses confiaram a Epimeteu e a Prometeu o cuidado de
dotar cada espécie das qualidades necessárias à existência. Epimeteu abasteceu
tão generosamente os animais e os vegetais que, quando chegou a vez da espécie
humana, nada mais restava. Prometeu decidiu então compensar a imprevidência do
irmão e furtou de Hefesto e Atena o fogo. “Eis, portanto, como o homem
conquistou a inteligência que se aplica às necessidades da vida” (Protágoras,
321d). Entretanto, se a habilidade técnica substitui com facilidade o instinto em
tudo o que se refere à satisfação das necessidades e, em geral, à adaptação, ela
não basta para permitir que os homens se entendam e administrem as cidades. A
discórdia reina entre eles e ameaça aniquilá-los. “Foi então que Zeus, temendo o
desaparecimento total da nossa espécie, enviou Hermes para levar aos homens o
sentimento da honra e do direito, a fim de que esses sentimentos fossem o adorno
das cidades e o laço através do qual se unissem as amizades”. (Protágoras, 322c)
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Esse sentido da justiça, porém, não deve ser repartido de forma desigual, como se,
à semelhança das aptidões técnicas, exigisse uma competência especial. Nesse
sentido, na época grega o conceito de justiça e virtude eram o cerne do problema
moral.
Já na idade moderna a justiça é antes de tudo um princípio ordenador da
sociedade. A ética deve se estabelecer em torno de princípios abstratos, assim
como é abordado em Kant, o princípio supremo da moralidade. Uma de suas
grandes questões filosóficas é o da ação humana, ou seja, o problema moral.
Tratava-se de saber não o que o homem conhece ou pode conhecer a respeito do
mundo e da realidade última, mas do que deve fazer, de como agir em relação a
seus semelhantes, de como proceder para obter a felicidade ou alcançar o bem
supremo.
Na Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant afirma a necessidade de se
estabelecer uma filosofia moral pura, despida, deste modo, de tudo que seja
baseado na experiência. Reproduzia, portanto, no que diz respeito à atuação a ação
humana, as linhas mestras do projeto que formulara o abordar o problema do
conhecimento. Dentro dessa perspectiva, a moral é concebida como independente
de todos os impulsos e tendências naturais ou sensíveis; a ação moralmente boa
seria a que obedecesse exclusivamente à lei moral em si mesma. Esta somente
seria estabelecida pela razão, o que leva a conceber a liberdade como postulado
necessário da vida moral. A vida moral apenas é possível, para Kant, na medida em
que a razão estabeleça, por si só, aquilo que se deva obedecer no terreno da
conduta.
Já na “analítica” da Crítica da Razão Prática, Kant, distingue, inicialmente, as
máximas morais das leis morais. As primeiras seriam subjetivas, contendo uma
condição considerada pelo sujeito como válida somente para sua vontade. As leis
morais, ao contrário, seriam objetivas, contendo uma condição válida para a
vontade de qualquer ser racional. Feitas essas distinções, Kant demonstra que
todos os princípios práticos que pressupõem um objeto ou matéria do querer são
empíricos e não podem proporcionar leis práticas. Esse objeto material do querer é
a felicidade e ela depende da natureza empírica de cada sujeito particular, por
conseguinte, as leis práticas só podem ser formais. Uma vontade determinada
apenas pela forma da lei, e, por conseqüência, independente de todo estímulo
empírico é livre; por isso a liberdade e a lei prática incondicionada mantêm entre si
uma correspondência recíproca. Essa lei é chamada por Kant “imperativo
categórico”, e ele o distingue dos “imperativos hipotéticos”. Estes enunciam um
mandamento subordinado a determinadas condições, enquanto o imperativo
categórico é inteiramente desvinculado de qualquer condição, formulando-nos os
seguintes termos: “Age de tal maneira que o motivo que te levou a agir possa ser
convertido em lei universal”. Segue-se do imperativo categórico que, assim como
ele contém apenas a forma da razão, a razão pura nele implicada é por si mesma
prática, dando ao homem uma lei universal de conduta, que se chama lei moral.
Em suma, o imperativo categórico afirma a autonomia da vontade como único
princípio de todas as leis morais e essa autonomia consiste na independência em
relação a toda a matéria da lei e na determinação do livre-arbítrio mediante a
simples forma legislativa universal de que uma máxima deve ser capaz.
Os modelos clássicos de moral nos dispõem de conceitos morais unívocos, porém o
filósofo contemporâneo, Mark Johnson, discorda e questiona. Na perspectiva dele
os conceitos que utilizamos em situações morais são essencialmente vagos, em
comparação ao padrão de clareza e pureza de Kant. Na visão de Johnson temos
que estender os juízos morais através da imaginação (construção metafórica),
desse modo poderemos nos colocar no “lugar” do outro donde, assim,
entenderíamos a relação moral.
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No livro Moral Imagination, Johnson, em linhas gerais, defende a tese de que a
qualidade moral depende essencialmente do cultivo da nossa imaginação moral. Na
visão dele o fornecimento de razões morais é uma prática imaginativa construtiva
fundamentada basicamente no uso de metáforas, já que nossos conceitos morais
mais essenciais são definidos metaforicamente (ex. vontade, liberdade, direito, lei,
ação) e que o modo como conceituamos uma situação particular depende do uso
sistemático de metáforas conceituais que tornam possível o entendimento comum
aos membros de uma cultura. Nesse sentido, a proposta da obra é fornecer uma
visão construtiva da concepção da racionalidade moral como imaginativa e munir
uma compreensão expansiva e construtiva da moralidade que nos ajude a viver
uma vida melhor.
A teoria da imaginação, nesse sentido, está na base da oposição entre o
absolutismo e o relativismo. Johnson nega os dois termos, pois ambos alimentamse de conceitos vistos por ele como errôneos tal qual a racionalidade. De acordo
com ele, o absolutismo moral assume a existência de leis morais absolutas que nos
dizem o que é certo e errado. Já o relativismo moral aceita a concepção de
moralidade proposta, mas caracteriza as regras sempre inerentes a determinada
cultura, e recusa que a racionalidade possa fornecer regras, conclui que a
moralidade é irracional e subjetiva, supondo, portanto, que só haja racionalidade e
objetividade onde há leis universais.
Dessa maneira, a proposta de Johnson é mostrar que tal concepção está
comprometida com uma compreensão errada da natureza humana. A questão da
natureza da razão e da imaginação humana é empírica. As ciências cognitivas
podem então nos ensinar muito acerca de certos conceitos envolvidos na nossa
compreensão moral. Assim, sua proposta é fornecer uma visão construtiva da visão
da racionalidade moral como imaginativa. Tal concepção não tem por objetivo
munir um sistema de regras, mas sim uma compreensão moral genuína que auxilie
nas nossas deliberações morais.
Ao longo do desenvolvimento do livro Johnson utiliza alguns elementos primordiais
para a sua argumentação, são eles: teoria dos protótipos, estrutura semântica,
entendimento metafórico, experiências básicas e narrativas. Através desses, ele irá
desenvolver o seu pensamento em relação a moral.
Johnson inicia por caracterizar o modelo da moralidade tradicional – a teoria
popular da lei moral, esta está ancorada em uma teoria psicológica da mente e da
natureza humana. A teoria da lei moral é uma visão segundo a qual a moralidade
consiste na subsunção de casos concretos a leis morais. Por outro lado, a teoria
psicológica pressuposta pela teoria da lei moral reconhece a existência do mental e
o caracteriza como composto de quatro faculdades – percepções, paixões, vontade
e razão. As percepções recebem impressões e as transmitem à razão e às paixões,
estas são ativadas diretamente por percepções ou indiretamente pela memória ou
por razões deduzidas das percepções. A vontade é capaz de tomar decisões
livremente, e a faculdade da razão realiza cálculos. As paixões e a razão exercem
força sobre a vontade que por sua vez exerce força sobre o corpo e as ações. A
vontade pode resistir à força exercida pela razão e, muitas vezes, à força exercida
pelas paixões. As paixões e a razão exercem forças opostas.
Assim, a teoria da lei moral assume a teoria psicológica, e a dualidade entre o físico
e o mental Considera o problema moral como proveniente do fato das pessoas
possuírem vontade livre e poderem ajudar ou prejudicar umas as outras.
Reconhece leis morais universais capazes de prescrever as ações que devem ser
realizadas e proibir outras ações. Assume a razão como guia privilegiado para a
motivação moral. A crítica feita em relação a essa teoria é que nossa tradição moral
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deve ser vista apenas como uma entre outras, não havendo nela nada de absoluto,
pois os conceitos que a definem são metafísicos. Tal teoria tende a ignorar ou negar
o papel da imaginação nas nossas deliberações morais, possuindo um caráter
necessariamente negativo e restritivo.
A teoria da lei moral na tradição filosófica coloca como idéia central o ser humano
possuindo uma razão universal capaz de reconhecer um sistema de princípios
morais que nos diga como agir. Assume a dualidade entre o racional e o corporal,
conferindo privilegio a nossa natureza enquanto seres racionais. Um exemplo desse
tipo de teoria é a ética racional kantiana, onde o fundamento da moralidade não é
mais a razão divina, mas a razão universal. Aceita como correta a descrição feita
pela teoria da lei moral e, por seguinte, que se aplique a todos os seres humanos
as concepções de agente moral, dever, vontade, razão e liberdade por ela
pressupostas.
Tal visão kantiana negligencia o papel da imaginação na moralidade. Nesse sentido,
o agir moralmente requer o uso da nossa capacidade imaginativa, para que, diante
de um problema moral, possamos explorar as possibilidades disponíveis. A teoria
da lei moral é tão geral que nos fornece, quando muito, um guia para atuar em
situações típicas. Tal concepção depende da aceitação de uma estrutura conceitual
incompatível com os resultados recentes das ciências cognitivas. Captura pouco da
nossa experiência como seres humanos e descuida dos aspectos básicos das
situações morais problemáticas particulares. Negligencia uma concepção de
moralidade como exploração das possibilidades do florescimento humano, isto é,
uma concepção expansiva e construtiva e não negativa e restritiva.
Johnson tem por finalidade investigar os preconceitos concernentes a função da
imaginação no contexto da deliberação moral. Com isso, o autor critica a filosofia
prática kantiana e o utilitarismo, de tal modo que mostra que as duas concepções
de razão envolvidas nessas teorias representam, em última análise, configurações
do que podemos designar “absolutismo moral”. De acordo com o conceito de
absolutismo moral a racionalidade é compreendida como “razão universal”, nesse
sentido, a razão humana seria independente de contextos sociais, práticas
históricas, eventos históricos etc. A crítica de Johnson às morais absolutistas supõe
a tese de que as tradições morais estão ininterruptamente modificando a partir das
relações culturais, interpessoais e políticas existentes nas sociedades, por isso, tais
tradições têm de levar em conta a capacidade imaginativa dos seres humanos. No
entanto, de acordo com Donagan, apesar do conceito moral mudar no decorrer do
tempo o conceito em si não se altera, uma vez que os casos particulares é que
mudam os conceitos morais. Porém, ao contrário do que Donagan afirma o que dá
estabilidade ao núcleo é a cultura partilhada, isto é, propriedades inerentes ao
sujeito.
Johnson formula sua tese com mais requinte - afirma que não são os conceitos que
se alteram, são os conceitos legais e morais que se modificam, pois o conceito não
muda, mas sim a interpretação. Por exemplo, chamar alguém de gordo hoje é um
dano moral, porém antes isso era considerado apenas uma “característica” do
sujeito.
O autor em questão concorda com a argumentação de Taylor, segundo a qual a
razão prática pode ou bem ser identificada com princípios específicos (por exemplo,
princípio da personalidade moral universal ou linguagens de contraste qualitativo),
ou bem com um princípio de racionalidade que envolva valores e bens diversos de
modo a impedir um único critério de avaliação moral.
O princípio de utilidade segundo o qual uma regra ou ato é correto na medida em
que maximiza o bem dos seres humanos ignora elementos como justiça e
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merecimento, considerando as ações e normas em termos de ganhos e perdas para
a sociedade. O raciocínio moral aqui é reduzido a uma “aritmética moral”, ou seja,
a atos que regulam o grau de utilidade de um bem, de uma situação ou de um ato,
considerando sempre como objetivamente quantificáveis. A crítica de Johnson é
que, para ele, o utilitarismo perde de vista o complexo caráter do raciocínio
humano. Em busca de uma pretensa objetividade científica, o utilitarismo termina
por se revelar também uma ética absolutista, pois admite a possibilidade de um
completo conhecimento de certos “fins” que são considerados “fixos” e “dados
previamente” a qualquer deliberação moral. Esse modelo deve ser superado, pois
nosso esforço como agentes morais não pode se resumir à descoberta de princípios
objetivos, uma vez que existem conflitos de valores morais diversos.
É certo que existem valores morais diversos, contudo, de acordo com Johnson no
mundo não existem escolhas, pois temos o limite social, cultural etc. Nós somos
inseridos no mundo e este sendo social já é formado, situado, sendo assim, tem
sentido afirmarmos que o eu pode deliberar totalmente?
A deliberação moral reside na questão – que tipo de pessoa quero ser? Então, a
moral é quando a decisão contribui para a identidade do seu “eu”.
De acordo com o modelo popular temos o “eu” movido pelo instinto e não um “eu”
racional e ahistórico. O que determina o “eu”?
Johnson cita e explica algumas características objetivistas do “eu”, são elas:
1 - O eu é racional, essencial – para o objetivismo moral o agente moral deve ser
um tipo de quase-objeto com uma natureza determina, fixa, assim é considerado
como tendo uma natureza imutável que partilha com todas as outras criaturas de
sua espécie.
2 - O eu é não histórico – como a essência do agente moral não é modificada por
condições históricas o “eu” permanece fixo, independentemente da cultura e do
tempo.
3 - O eu é universal – pelo fato de possuirmos razão prática os agentes morais são
todos iguais, pois agir moralmente é considerado como um problema, pois temos
que sair de nossas particularidades e nos dar conta da natureza racional universal
partilhada em virtude da qual constituímos uma comunidade moral universal.
4 – O eu é bifurcado em razão e desejo – estabelece que o eu consiste em
entendimento e desejo, sendo distintos um do outro, porém a máquina da mente,
por si mesma, nada quer, e o desejo sem o auxílio do entendimento, nada pode
ver. Essa dupla natureza é a verdadeira força motivacional do ser, pois nos
empurram e determinam os objetos de nossos apetites ou aversões.
5 - O eu é individual e atômico – define assim por entender as pessoas como fontes
de seus próprios fins, já que a racionalidade e a liberdade são inerentes,
propriedades essenciais das pessoas individuais.
6 – O eu é separado de seus atos – o que ilustra muito bem essa característica é o
racionalismo kantiano, já que Kant alega que nosso entendimento moral comum
reconhece corretamente que o eu pode ter valor moral em si mesmo, a despeito de
suas ações.
Dentre essas características Johnson afirma que existem duas problemáticas. São:
o “eu dividido” e o “eu individual”, pois na primeira as duas faculdades estão
separadas, porém devem estar unidas para poderem juntas serem base para a
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vontade racional. E na segunda característica, o objetivismo vê o eu como tendo
uma essência fixa, mas não há alguma “coisa” estática que é ou deva ser, que
determina o que o agente moral deva fazer. A identidade de alguém como agente
moral muda e é moldada pela forma de alguém deliberar sobre seus fins e
propósitos.
Segundo o autor o erro emotivista é afirmar o eu dividido – a bifurcação de razão e
desejo – e depois colocar a moralidade fora da razão. A moralidade não é prática
porque, por si mesma, não pode nos mover à ação, pois a moralidade não tem
nada com as qualidades objetivas de ação ou caráter, mas somente com nossa
resposta sentimental quando contemplamos tais ações ou estados de caráter.
Fonte
OLIVEIRA, Cristina G. M. de. Ética e moral imaginativa. Disponível em:
<http://www.filosofiavirtual.pro.br/etica.htm>. Acesso em: 13 mar. 2006.
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