Filosofia Tal é o eterno equivoco da liberdade, o de conhecer apenas o sentimento formal, subjetivo, abstraído dos objetos e fins que lhe são essenciais. Desse modo, a limitação dos instintos, da cobiça e da paixão, que só pertence ao indivíduo, é tida como uma limitação da liberdade. Mas antes de mais nada, tal limitação é pura e simplesmente a condição da qual surge a libertação, sendo a sociedade e o Estado as condições nas quais a liberdade se realiza. HEGEL, G. W. F. Filosofia da história. 2. ed. Tradução de Maria Rodrigues e Hans Harden. Brasília/DF: Editora da UnB, 1998. p. 41. Com base no texto acima, responda: A) Quais são os impedimentos para a liberdade enquanto tal? B) Por que o Estado é a condição para a liberdade em sua realidade concreta? Resolução: A) Os impedimentos para a liberdade enquanto tal, segundo a filosofia hegeliana advém da própria limitação dos instintos. Nesse sentido, vale destacar a importância do espírito objetivo como necessário para limitar o que o indivíduo tem por “liberdade”. Sem certas limitações impostas pela objetividade do espírito haveria uma liberdade subvertida, e assim, o homem não poderia gozar plenamente dessa liberdade. B) Para Hegel a constituição do Estado moderno é a realização da liberdade humana na concepção histórico-política. O verdadeiro protagonista da história é o Espírito (Razão/Ideia) e o fim que o move é a conquista da liberdade. A história é processo de desenvolvimento da liberdade. O que está em jogo nela é o progresso do homem na consciência de sua liberdade. Assim, o Estado é a condição para liberdade em sua realidade concreta, sendo o Estado um todo ético organizado e a unidade da vontade universal, a razão efetivada.