SAUDE MENTAL E TRABALHO: UMA REVISAO DE LITERATURA PSYCHOLOGICAL HEALTH AND WORK: A REVIEW OF LITERATURE Mariela Lima Amaral¹ Sonia Moura² ¹ Psicóloga, pós graduanda em gestão estratégica de pessoas pela Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, Brasil. Administradora, formada pela Universidade Tuiuti do Paraná e pós-graduada em Marketing e Negócios pelo IBEPEX. _______________________________________________________________ RESUMO Este artigo teve por objetivo estudar a relação entre o trabalho e a saúde mental, mediante uma analise bibliográfica acerca da saúde mental e o trabalho. Devido as varias mudanças que vem ocorrendo no ambiente de trabalho, tais como: necessidade de alta produtividade, avanço tecnológico e enfraquecimento das relações de trabalhos resultam no aumento dos trabalhadores com doenças ocupacionais, além de atentar contra a saúde mental. Palavras-chave: saúde mental, trabalho. _______________________________________________________________ SUMMARY This article aims to study the relationship between work and mental health, through a literature review on mental health and work. Due to the various changes that have occurred in the workplace, such as: the need for high productivity, technological advancement and worsening relations work resulted in widespread workers with occupational diseases, and undermine mental health. Keywords: psychological health, work INTRODUÇÃO O presente artigo ira tratar da relação entre a saúde mental e o trabalho. Esta relação tem recebido atenção nas ultimas décadas, fato decorrente das mudanças acarretadas pela globalização. O interesse em pesquisar esse tema deveu-se ao fato de que, um dos maiores fenômenos da sociedade atual são problemas de saúde mental, que ainda não possui uma compreensão definitiva e nenhum tratamento definido. Torna-se interessante, pois, fazer uma análise deste fenômeno. Supõe-se que devido as varias mudanças que vêm ocorrendo no ambiente de trabalho, tais como: necessidade de alta produtividade, avanço tecnológico e enfraquecimento das relações de trabalhos resultam no aumento dos trabalhadores com problemas de saúde. Pretende-se, então, compreender a relação entre a saúde mental e o trabalho, buscando esclarecer a etiologia da saúde mental e o desenvolvimento de depressão no ambiente de trabalho, através de uma revisão bibliográfica. Propõe-se, ainda, estudar o desenvolvimento histórico do trabalho, a fim de compreender as mudanças ocorridas neste contexto com o passar dos tempos. A partir dos dados obtidos nessa revisão de literatura, poder-se-á, através de sua divulgação, contribuir para a melhoria da qualidade de vida desses profissionais, e a melhoria das relações de trabalho, bem como mostrar à sociedade a importância do tema, para que possa pensar em políticas de prevenção a problemas relacionados a saúde mental no trabalho. REVISÃO DE LITERATURA Histórico da evolução do trabalho Segundo MARTINS (2000), a relação entre o trabalho e o homem se da desde 4000 A.C, onde predominava o trabalho escravo e o trabalhador era “coisificado”. Na bíblia o trabalho era tido como um castigo. O significado da palavra trabalho é objeto de tortura. De acordo com MARTINS (2000), o trabalho poderá ser compreendido como um conjunto de princípios, regras e instituições cujo objetivo é regular a atividade dos órgãos jurisdicionais na solução dos dissídios entre empregador e empregado. No que diz respeito a evolução do trabalho MOTA (1956), ressalta que um marco importante foi a revolução industrial, pois após esta revolução tevese consequências transformadoras. A expressão Revolução Industrial nomeia o grande desenvolvimento econômico ocorrido na Inglaterra nos Sec. XVIII e XIX. Tal evolução teve origem na organização do sistema fabril, utilizando-se de novas tecnologias. Conforme MOTA (1956), com a inserção das maquinas a vapor aconteceram significativas mudanças com a substituição do trabalho rural e do artesanato pelas atividades industriais. Como consequências disto, trabalhadores passaram a deixar o trabalho rural ou artesanal para trabalhar nas indústrias. Foi neste momento histórico citado por MOTA (1956), que as condições de trabalho mudaram radicalmente, predominando o trabalho estafante e prolongado com péssimas condições de moradia e de alimentação. De acordo com MOTA (1956), com o passar dos tempos tais condições, foram-se evidenciando. Além das condições citadas acima se pode considerar: Concentração do capital em poder de uma reduzida parcela de pessoas; Ausência de qualquer direito trabalhista e falta de motivação dos trabalhadores. Foram estes alguns dos motivos que começaram a mobilizar pensadores da época, que a posteriori começaram a escrever e falar sobre este cenário. Como consequência uma relação conflituosa passou a existir entre o empregado e o empregador. Por mais que existissem mais empregados do que empregador ainda assim não apresentavam força, pela falta de conhecimento do que estava acontecendo. Já no Brasil, MARTINS (2000), relata que o primeiro órgão de solução de conflito de trabalho foi o Patronato Agrícola, criado em 1911, através da lei nº 1.299- A de 27 de dezembro de 1911. Com o Advento da revolução industrial, criou-se a necessidade de um setor que pudesse regular as atividades dos diversos trabalhadores dentro das industrias. Esta área foi denominada de Recursos Humanos. Segundo Marras (2002), a área de Recursos humanos surgiu da necessidade de controlar os trabalhadores. Objetivavam controlar horas trabalhadas, atrasos e absenteísmo. Marras (2002), ressalta que esta área era e é entendida pelos trabalhadores como o lugar onde contratam e demitem pessoas. Um departamento que serve apenas os interesses da empresa. Foi com base neste cenário que surgiu o interesse em se estudar sobre os efeitos colaterais observados no campo da psicologia organizacional e da sociologia do trabalho. Foi o americano Taylor e após o francês Fayol que introduziram pela primeira vez a clássica divisão do administrador, sendo estes autores responsáveis pelo surgimento do movimento da administração científica. É neste momento histórico que surgiu a função de chefe de pessoal. Como citado por Marras (2002), Os trabalhadores eram vistos pelas empresas como mais um instrumento para obtenção de resultados. A ideia predominante era a de ter trabalhadores com boa saúde física e com a máxima dedicação à empresa. Se levarmos em consideração o cenário em que a função de chefe de pessoal nasceu, podemos então, chegar a conclusão que sua postura como gestor era exclusivamente voltado aos interesses da empresa não havendo preocupações com a saúde mental e bem estar do trabalhador. Eram atividades de um chefe de pessoal o controle de entrada e saída de funcionários, pagamentos, vales, advertência e desligamento. Era uma função vista pelos empregadores como de confiança, sendo a essa função, atribuído muito poder coercitivo. A década de 20 foi marcada por movimentos de relações humanas, onde se passou a refletir sobre o modelo de atuação do chefe de pessoal. Passa-se então, a utilizar um modelo de gestão que valoriza a relação entre empregador e empregado. Enquanto na escola clássica predominava uma postura autocrática, o novo modelo propunha aumentar a produtividade pela eliminação dos conflitos. Este novo modelo administrativo buscava o bem estar do trabalhador, um movimento no qual nem os empregados e nem os empregadores estavam preparados (Marras, pag 23-2002). Segundo Marras (2002), foi em 1945 influenciado pelo behaviorismo, teoria psicológica que elege o comportamento como objeto de estudo, que os primeiros estudos sobre liderança, autocracia, democracia e motivação foram realizados. É neste contexto que a função de chefe de pessoal passou a ser envolvida com as teorias de Simon, McGregor, Barnard, Argyris, Likert e pelo poder das relações informais. É pensando na necessidade de se conhecer as variáveis intrínsecas e extrínsecas dos seres humanos que se começa a valoração da função de “cuidar do pessoal”. É neste momento que a função chefe de pessoal deixa de ser puramente operacional para se tornar de origem tática. De acordo com pesquisas realizadas em 1997 pela professora Tose, da Faculdade de administração da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo citado por Marras (2002), pode destacar cinco fases no desenvolvimento e evolução do perfil profissional dos trabalhadores de RH. Anterior a década de 30 predominava-se a fase contábil, ou seja, da gestão de pessoal. Preocupava-se com os custos da organização. Os trabalhadores eram visto sob o enfoque contábil. De 1930 a 1950 foi denominada como fase legal, onde o chefe de pessoal se preocupava com o acompanhamento e manutenção das recémcriadas leis trabalhistas. Já em 1950 a 1965 os profissionais de RH assumiram uma postura mais tecnicista. Neste período foi implantado o modelo americano de gestão de pessoal. Foi nesta fase que o RH passou a operacionalizar serviços de treinamento, desenvolvimento, recrutamento, seleção, cargos e salário, higiene e segurança no trabalho. De 1965 a 1985 foram anos que marcaram a atuação dos profissionais de RH como a fase Administrativa, onde se pretendia transferir a ênfase dos procedimentos burocráticos e operacionais para as responsabilidades de ordem humanísticas, voltada ao individuo e não a empresa. Foi a partir de meados da década de 80 que foram introduzidos os primeiros programas de planejamento estratégico. Foi nesta fase que se registraram as primeiras preocupações de longo prazo, por parte do board das empresas, com os seus trabalhadores. Iniciou-se nova alavancagem organizacional do cargo de GRH, que, de posição gerencial, de terceiro escalão, em nível ainda tático, passou a ser reconhecido como diretoria, em nível estratégico nas organizações (Marras, pg.27-2002). De acordo com Fernandes e Berton (2004), o estudo das estratégias organizacionais esta diretamente relacionado com os conceitos militares a respeito de como vencer os inimigos. Os militares definiam três alvos para vencer os inimigos. O primeiro alvo era a avaliação das forças do inimigo; o segundo era relacionado a avaliação dos recursos dos inimigos e o terceiro relacionava-se a sua disposição em lutar. Após a segunda guerra mundial a definição acima citada passou a ser empregada aos métodos de gestão quando se tratava de estabelecer estratégias para vencer na batalha por mercado (Fernando e Berton, pag.132004). Ao se aplicar este conceito no âmbito empresarial não irá se tratar apenas de vencer inimigos e sim se estende no sentido de tornar concreto o futuro desejado, visando tanto às oportunidades que o mercado oferece quanto os recursos que a organização dispõe. Segundo Henderson citado por Fernandes e Berton (2004), é através das estratégias que as organizações podem planejar a sua evolução. De acordo com o mesmo autor : Estratégia é a busca deliberada de um plano de ação para desenvolver e ajustar a vantagem competitiva de uma empresa. Para qualquer empresa, a busca é um processo interativo que começa com um reconhecimento de quem somos e do que temos neste momento. Seus competidores mais perigosos são os que mais se parecem com você. As diferenças entre você e seus competidores são a base de suas vantagens. Se você participa do mercado e é autossuficiente, pode já ter uma vantagem competitiva, não importa se pequena e sutil. De outra forma, já estaria perdendo gradualmente os clientes, mais rapidamente do que ganhando. O objetivo deve ser aumentar o escopo de sua vantagem, oque só pode acontecer se alguém perder com isto (Fernandes e Berton, pag.142004). Para que se tenha uma competição estratégica, Fernandes e Berton (2004) destacam os seguintes elementos: Capacidade de compreender o comportamento competitivo considerando cliente, dinheiro, pessoas e recursos em constante relação; capacidade de compreensão para ter clareza quando uma estratégia poderá gerar um desiquilíbrio competitivo; capacidade de prever riscos e lucros com exatidão e certeza e disposição para agir. De acordo com Bethlem (2003), pode-se perceber que as estratégias não são simples de serem planejadas e executadas. A estratégia engloba tudo e requer comprometimento de toda a organização, sendo esta, planejada e ponderada onde se comprime o tempo e causa mudanças radicais. O pensamento estratégico irá implicar na maneira de pensar e agir a respeito das mudanças ocorridas tanto na empresa quanto no mercado. Como se pode perceber a área de recursos humanos surgiu da necessidade de controlar alguns aspectos como: faltas injustificadas e atrasos, visando o interesse da empresa. Com os movimentos de relações humanas os empregadores passaram a pensar no individuo e em sua relação com a empresa, e para isto tornou-se importante discutir sobre um RH menos operacional e mais estratégico. Segundo Marras (2002), Podemos entender o Recursos Humanos Estrategico como a gestão que valoriza a otimização dos resultados finais e a qualidade dos talentos que compõe a empresa. Este modelo de administração de RH não se posiciona em linha no organograma da empresa, mas sim em Staff. Neste modelo o RH se posiciona entre a diretoria e os negócios da empresa, ou seja, não esta representada por equipes técnicas que respondem cada uma por um tipo de serviço como se da à configuração do RH táticooperacional. A AERH irá atuar cada vez mais como consultoria. Quando um RH se posiciona de forma estratégica ele passa a assessorar e prestar subsídios cognitivos aos diretores da empresa no que diz respeito a: Qualidade dos talentos que compõem a organização; desenvolvimento individual e organizacional; politicas de manutenção do RH; produtividade e qualidade total (Marras, pág 253-2002). Conforme visto em Marras (2002), são notáveis as diferenças que a proposta da administração estratégica de RH traz, principalmente quando a comparamos com a administração tática-operacional de RH. Enquanto o ARH esta centrada em prestar serviços, portanto geradora de despesas a AERH objetiva “participar e assessorar na formação das macros diretrizes da empresa de modo a alterar o perfil dos resultados e, portanto, dos lucros da empresa, agregando valor através do capital humano existente nas organizações” (Marras, pag 254-2002). São poucas as empresas que tem clareza necessária para que haja uma mudança significativa no ARH. Para que as empresas consigam atuar em um AERH ela terá que criar e difundir diretrizes estratégicas ao longo de toda estrutura organizacional. Estas diretrizes estratégicas poderão variar de intensidade e qualidade conforme a empresa se estrutura (Marras 2002). Faz-se necessário, então, discutirmos aspectos relacionados a saúde mental dos trabalhadores. Pois trata-se de um assunto que surgiu juntamente com a evolução do trabalho. Saúde Mental Para Devereux (1971), saúde mental diz respeito a capacidade do sujeito de ajustamento às transformações que ocorrem no seu meio. Desta forma, pode-se definir a saúde mental enquanto um estado de equilíbrio entre a pessoa e o ambiente no qual esta inserido. É este estado de equilíbrio que ira proporcionar a pessoa uma participação laboral atrelada a seu bem estar. Ainda hoje, o conceito de saúde mental esta intimamente ligado a uma analogia com a saúde física, porém trata-se de um fenômeno mais complexo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, ainda não se tem uma definição para a saúde mental, pois se trata de um fenômeno complexo que conforme o contexto social e histórico pode sofrer alterações. De acordo com BLEGER (1984), não se pode apenas considerar a saúde mental enquanto ausência de doença, mas sim compreender a saúde mental enquanto o pleno desenvolvimento das pessoas em sociedade. Nesta visão, a ênfase recai não sobre a doença, mas sim na saúde e em como as pessoas se relacionam com o seu meio. Segundo DEJOURS (1949), falar a respeito de saúde sempre é difícil, porém falar de doença se torna uma atividade fácil. O alicerce da psicopatia tradicional esta no modelo clássico da fisiopatologia das doenças que afetam o corpo. A grande questão a ser compreendida é como algumas pessoas mantem seu equilíbrio perante o mesmo cenário que outras adoecem? No cotidiano encontram-se pessoas que por sua psicodinâmica interna, apresentam tendências a trabalhar em excesso e não criar oportunidades para o lazer e em contra partida temos as pessoas que se permitem divertir por vários dias. É evidente que tanto o trabalho quanto a diversão em proporções satisfatórias são o alicerce de uma saúde mental saudável. Segundo SANTANA (2006), as discussão entre a saúde mental e trabalho na literatura vem aumentando , sendo que muitos destes estudos foram realizados na área da saúde. De acordo com SANTANA (2006), quando o meio cientifico começa a preocupar-se com a relação entre a saúde mental e trabalho, muitos artigos vão tratar da depressão como o conjunto de sintomas que mais incide no meio de trabalho. Desta forma, optou-se por dar especial atenção a Depressão. Depressão De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a depressão atinge cerca de 121 milhões de pessoas no mundo todo, mas somente 25% recebem tratamento adequado. Estima-se que, em 2020, a depressão seja a segunda causa de incapacitação no mundo, perdendo apenas para doenças cardíacas, atingindo ambos os sexos e todas as idades. No Brasil chega a 1,7 milhões o número de depressivos. Hoje a depressão é a 4ª doença de maior impacto global. Do ponto de vista econômico, seu custo é elevado tanto para o doente quanto para a sociedade em geral. O custo relacionado com a morte prematura, o custo indireto por redução na produtividade e absenteísmo no trabalho são preocupantes (SAMPAIO, 2006). De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Brasília (UnB) e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) quase 50% dos casos de afastamento registrados pelo INSS são de trabalhadores que sofrem de doenças mentais como a depressão (MORENO; SOARES, 2003, p. 7 – 8). Pelo menos 10% da população irá experienciar um episódio de depressão maior durante a vida e as mulheres têm mais probabilidade de se tornarem depressivas do que homens (SHINOHARA, 2006). Depressão no DSM IV- Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais Segundo o DSM IV a depressão é tratada como “Transtorno Depressivo” que se subdivide em Transtorno Depressivo Maior, Transtorno Distímico e Transtorno Depressivo Sem Outra Especificação, e se diferencia dos Transtornos Bipolares pelo fato de haver uma história de jamais ter havido um Episódio Maníaco, Misto ou Hipomaníaco. Transtorno Depressivo Maior O DSM IV define o transtorno depressivo maior por um ou mais episódios depressivos, ou seja, pelo menos duas semanas de humor deprimido ou perda de interesse, acompanhados por pelo menos quatro sintomas adicionais de depressão, constantes na Tabela 1. A presença de um sintoma deve ser recente ou então ter claramente piorado, em comparação com o estado pré-episódico da pessoa. Os sintomas devem persistir na maior parte do dia, praticamente todos os dias, por pelo menos duas semanas consecutivas. O episódio deve ser acompanhado por sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, profissional ou outras áreas importantes da vida do indivíduo. Se o prejuízo é severo, a pessoa pode perder a capacidade de funcionar social ou profissionalmente. Para alguns indivíduos com episódios mais leves, o funcionamento pode parecer normal, mas exige um esforço acentuadamente aumentando. Um Episódio Depressivo Maior não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma droga de abuso (por ex., abstinência de cocaína), aos efeitos colaterais de medicamentos ou tratamentos (por ex., esteróides) ou à exposição de uma toxina. Da mesma forma, o episódio não é devido aos efeitos fisiológicos diretos de uma condição médica geral (por ex., hipotiroidismo). Além disso, se os sintomas começam dentro de dois meses após a perda de um ente querido e não persistem além desses dois meses, eles geralmente são considerados decorrência do Luto, a menos que estejam associados com um acentuado prejuízo funcional ou incluam preocupação mórbida com desvalia, ideação suicida, sintomas psicóticos ou retardo psicomotor. Critérios Diagnósticos Para Episódio Depressivo Maior Tabela 1: A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas presentes durante o mesmo período de duas semanas representando uma alteração a partir do funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas devem ser (1) humor deprimido ou (2) perda do interesse ou prazer. Nota: não incluir sintomas nitidamente devidos a uma condição médica geral ou alucinações ou delírios incongruentes com o humor. (1) Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, indicado por relato subjetivo (por ex., chora muito). Nota: em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável. (2) Interesse ou prazer acentuadamente diminuído por todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (indicado por relato subjetivo ou observação feita por outros). (3) Perda ou ganho significativo de peso sem estar de dieta (por ex., mais de 5% do peso corporal em um mês) ou diminuição ou aumento de apetite quase todos os dias. Nota: em crianças considerar falha em apresentar os ganhos de peso esperados. (4) Insônia ou hipersonia quase todos os dias. (5) Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por outros, não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento). (6) Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. (7) Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada (que pode ser delirante), quase todos os dias (não meramente auto-recriminação ou culpa por estar doente). (8) Capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se, ou indecisão, quase todos os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outros). (9) Pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio. B. Os sintomas não devem satisfazer os critérios para um Episódio Misto. Tabela extraída de DSM-IV – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais p.312 Transtorno Distímico Para o DSM IV o Transtorno Distímico caracteriza-se por pelo menos dois anos de humor deprimido na maior parte do tempo, acompanhados por sintomas depressivos adicionais (Tabela 2) que não satisfazem os critérios para um episódio depressivo maior. Critérios Diagnósticos Para Transtorno Distímico Tabela 2: A. Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias, indicado por relato subjetivo ou observação feita por outros, por pelo menos dois anos. Nota: Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável, e a duração deve ser no mínimo de um ano. B. Presença, enquanto deprimido, de duas (ou mais) das seguintes características: (1) Apetite diminuído ou hiperfagia; (2) Insônia ou hipersonia; (3) Baixa energia ou fadiga; (4) Baixa auto-estima; (5) Fraca concentração ou dificuldade em tomar decisões. C. Durante o período de dois anos (um ano, para crianças ou adolescentes) de perturbação, jamais a pessoa esteve sem os sintomas dos Critérios A e B por mais de dois meses a cada vez. D. Ausência de Episódio Depressivo Maior durante os primeiros dois anos de perturbação (um ano para crianças e adolescentes); isto é, a perturbação não é melhor explicada por um Transtorno Depressivo Maior Crônico ou Transtorno Depressivo Maior, em emissão parcial. E. Jamais houve um Episódio Maníaco, um Episódio Misto ou um Episódio Hipomaníaco e jamais foram satisfeitos os critérios para Transtorno Ciclotímico. F. A perturbação não ocorre exclusivamente durante o curso de um Transtorno psicótico crônico, como Esquizofrenia ou Transtorno Delirante. G. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos direitos de uma substância (por ex., droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral (por ex., Hipotiroidismo). H. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. Tabela extraída de DSM-IV – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais p.332 e 333 Transtorno Depressivo Sem Outra Especificação De acordo com o DSM IV, o Transtorno Depressivo sem outra especificação é incluído para codificação de transtornos com características depressivas que não satisfazem os critérios para transtorno depressivo maior, transtorno de ajustamento com humor deprimido ou transtorno de ajustamento misto de ansiedade e depressão (ou sintomas depressivos acerca dos quais existem informações inadequadas ou contraditórias), exemplificados na Tabela 3. Exemplos de Transtorno Depressivo Sem Outra Especificação Tabela 03: 1. Transtorno disfórico pré-menstrual: na maioria dos ciclos menstruais durante o ano anterior, sintomas (por ex., humor acentuadamente deprimido, ansiedade acentuada, acentuada instabilidade afetiva, interesse diminuído por atividades) ocorreram regularmente durante a última semana da fase lútea (e apresentaram remissão alguns dias após o início da menstruação). Estes sintomas devem ser suficientemente severos para interferir acentuadamente no trabalho, na escola ou atividades habituais e devem estar inteiramente ausentes por pelo menos uma semana após a menstruação. 2. Transtorno depressivo menor: episódios de pelo menos duas semanas de sintomas depressivos, porém com menos do que os cinco itens exigidos para transtorno depressivo maior. 3. Transtorno depressivo breve recorrente: episódios depressivos durando de dois dias a duas semanas, ocorrendo pelo menos uma vez por mês, durante doze meses (não associados com o ciclo menstrual). 4. Transtorno depressivo pós-psicótico da esquizofrenia: um episódio depressivo maior que ocorre durante a fase residual da esquizofrenia. 5. Um episódio depressivo maior sobreposto a transtorno delirante, transtorno psicótico sem outra especificação ou fase ativa da esquizofrenia. 6. Situações nas quais o clínico conclui que um transtorno depressivo está presente, mas é incapaz de determinar se é primário, devido a uma condição médica geral ou induzido por uma substância. Tabela extraída de DSM-IV – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais p.334 Segundo MATOS (2001) o DSM IV é um manual diagnóstico e estatístico, adotado pela APA American Psychological Association , e se constitui como um conjunto e sistema de classificação de patologias mentais. Nele há a descrição de transtornos clínicos, condições médicas e problemas psicossociais e ambientais associados com o transtorno mental. Se, por um lado, o DSM IV possibilita uma maior compreensão e diferenciação dos transtornos psicológicos, por outro demonstra suas limitações e desvantagens. Há uma fragmentação dos quadros clínicos dos transtornos mentais, pacientes recebem simultâneos diagnósticos, e o profissional que o utiliza não deve usálo como uma lista infalível que fornece automaticamente um diagnóstico psiquiátrico. É necessário cautela e experiência na utilização do DSM IV, tendo-se a consciência de que este não deve ser utilizado como única fonte de conhecimento da especialidade. Aspectos Fisiológicos da Depressão Segundo KAPCZINSKI, QUEVEDO e IZQUIERDO (2004) praticamente todos os neurotransmissores foram estudados na depressão, com o objetivo de avaliar sua possível participação na fisiopatologia dessa condição. Dentre eles os mais estudados e com resultados mais robustos são a noradrenalina (norepinefrina) e a serotonina (responsável pelo controle da liberação de alguns hormônios e a regulação do ritmo circadiano, do sono e do apetite, entre outras). No entanto, vários outros neurotransmissores e eixos hormonais aparecem alterados, sugerindo um complexo inter-relacionamento entre os diferentes sistemas, não havendo ainda uma definição de qual ou quais seriam as alterações primárias e quais seriam subprodutos. Vários estudos relataram anormalidades nos metabólicos das aminas biogênicas – como adrenalina, catecolamina e serotonina – no sangue, na urina, e no líquido cerebrospinal (LCS) – líquor – de pacientes com transtornos do humor. Os dados encontrados são bastante consistentes com a hipótese de que esses transtornos se associam com desregulações heterogêneas das aminas biogênicas. Das aminas biogênicas, a norepinefrina e a serotonina são os dois neurotransmissores mais implicados na fisiopatologia dos transtornos do humor. Norepinefrina A norepinefrina, também chamada de noradrenalina é sintetizada nas fibras nervosas, suas principais ações no sistema cardiovascular estão relacionadas ao aumento do influxo celular de cálcio, e também a manutenção da pressão sangüínea em níveis normais além de ser um hipertensor. A correlação sugerida pelos estudos de ciências básicas entre downregulation dos receptores β-adrenérgicos e as respostas clínicas aos antidepressivos é, provavelmente, a evidência isolada mais convincente indicando um papel direto do sistema noradrenérgico na depressão. Outras evidências implicaram também nos receptores β2-pré-sinápticos na depressão, já que sua ativação leva a uma redução da quantidade de norepinefrina liberada. Os receptores β2-pré-sinápticos também estão localizados nos neurônios serotonergéticos e regulam a quantidade de serotonina liberada. A eficácia clínica dos antidepressivos com efeitos noradrenérgicos – como a venfalaxina (Efexor) – apóia ainda mais um papel da norepinefrina na fisiopatologia de pelo menos alguns sintomas da depressão (Kapczinski, Quevedo e Izquierdo, p.266). Serotonina A serotonina em estudos recentes parece ter funções diversas, como o controle da liberação de alguns hormônios e a regulação do ritmo circadiano, do sono e do apetite, entre outras. Com o forte impacto que os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs) – como a fluoxetina (Prozac) – tem tido sobre o tratamento da depressão, a serotonina tornou-se a amina biogênica associada com mais freqüência a depressão. A identificação de vários subtipos de receptores de serotonina também aumentou a expectativa da comunidade de pesquisa sobre o desenvolvimento de tratamentos ainda mais específicos para depressão (Kapczinski, Quevedo e Izquierdo, p.267). Além do fato de os ISRSs (Inibidores Seletivos de Serotonina - classe de fármacos que aumentam a concentração extracelular do neurotransmissor serotonina, inibindo a sua recaptação pelo neurônio pré-sináptico, aumentando o nível de serotonina disponível para se ligar ao receptor pós-sináptico.) e outros antidepressivos serotonérgicos serem eficazes no tratamento da depressão, outros dados indicam que a serotonina está envolvida na fisiopatologia da depressão. A redução da serotonina pode precipitar depressão, alguns pacientes com impulsos suicidas têm baixas concentrações de metabólicos da serotonina no LCS (líquido cerebrospinal) e baixas concentrações de sítios de captação da mesma nas plaquetas. Dopamina A dopamina é um neurotransmissor, precursor natural da adrenalina e da noradrenalia. Tem como função a atividade estimulante do sistema nervoso central. A dopamina também está associada ao Mal de Parkinson, à Esquizofrenia, à dependência do jogo, do álcool e de outras drogas. Embora a norepinefrina e a serotonina sejam aminas biogênicas associadas com mais freqüência à fisiopatologia da depressão, estabeleceu-se a teoria de que a dopamina também tem um papel no transtorno. Os dados sugerem que sua atividade pode estar reduzida na depressão e aumentada na mania. A descoberta de novos subtipos de receptores para a dopamina e o aumento da compreensão da regulação pré-sináptica e pós-sináptica de sua função enriqueceu ainda mais a pesquisa sobre a relação entre a dopamina e os transtornos do humor. Os medicamentos que reduzem as concentrações da dopamina – como a reserpina (Serpasil) – e doenças que também têm esse efeito de diminuição (por ex., doença de Parkinson) estão associados a sintomas depressivos. Em contraste, medicamentos que aumentam suas concentrações, como a tirosina, a anfetamina e a bupropiona (Wellbutrin) reduzem os sintomas de depressão. Duas teorias recentes sobre dopamina e depressão são que a via mesolímbica da dopamina pode estar disfuncional e que seus receptores D1 podem estar hipoativos na depressão (Kapczinski, Quevedo e Izquierdo, p.267). Outros Fatores Neuroquímicos Ainda que os dados não sejam conclusivos, os aminoácidos neurotransmissores (particularmente o ácido γ-aminobutírico [GABA]) e os peptídeos neuroativos (em especial a vasopressina e os opióides endógenos) têm sido implicados na fisiopatologia dos transtornos do humor. Alguns investigadores sugeriram que os sistemas de segundos-mensageiros – como o da adenil ciclase, o do fosfatidil-inositol e a regulação do cálcio – também podem ser relevantes. Os aminoácidos glutamato e glicina parecem ser os principais neurotransmissores excitadores no sistema nervoso central. Eles se ligam a locais associados com o receptor do N- metil-D-aspartato (NMDA) e, em excesso, podem ter efeitos neurotóxicos. O hipocampo apresenta alta concentração de receptores para NMDA: dessa forma, é possível que o glutamato, em conjunto com hipercortilosemia, intermeie os efeitos neurocognitivos do estresse crônico. Têm surgido evidências de que medicamentos que antagonizam os receptores NDMA têm efeitos antidepressivos (Kapczinski, Quevedo e Izquierdo, p.268). Regulação Neuroendócrina O hipotálamo é central na regulação dos eixos neuroendócrinos e ele próprio recebe muitos inputs neuronais que utilizam as aminas biogênicas neurotransmissoras. Várias desregulações neuroendócrinas foram relatadas em pacientes com transtornos do humor. Assim, a regulação anormal dos eixos neuroendócrinos pode se originar do funcionamento anormal dos neurônios contendo aminas biogênicas. Embora seja teoricamente possível o envolvimento de uma desregulação particular de um eixo neuroendócrino na causa de um transtorno do humor, as desregulações refletem com mais probabilidade um distúrbio cerebral subjacente fundamental. Os principais eixos neuroendócrinos de interesse nos transtornos do humor são os eixos das adrenais, da tireóide e do hormônio do crescimento. Outras anormalidades neuroendócrinas que têm sido descritas em pacientes com transtorno do humor incluem a redução da secreção noturna da melatonina, a redução da liberação de prolactina em resposta à administração do triptofano, a redução dos níveis basais do hormônio folículo-estimulante (FSH) e do hormônio luteinizante (LH), bem como a redução dos níveis de testosterona no homem. Os neurotransmissores e os sistemas de produção hormonal são os principais partícipes na fisiopatologia da depressão. Dentre eles pode-se destacar a noradrenalina e a serotonina. As aminas biogênicas, como a adrenalina e a catecolamina, são também consideráveis na relação dos transtornos do humor. A noradrenalina (norepinefrina) influencia diretamente nos sistema noradrenérgico na depressão. A serotonina é essencial ao ser humano por ter como função: a liberação de alguns hormônios e a regulação do ritmo circadiano, do sono e do apetite. Sendo assim a redução da serotonina pode precipitar a depressão. A dopamina está ligada a estimulação do sistema nervoso central, portanto sua diminuição aumenta os sintomas depressivos. Outros fatores que influenciam na depressão são os aminoácidos neurotransmissores e os peptídeos neuroativos, além da relação neuroendócrina que pode levar a uma anormalidade funcional dos neurônios. Saúde Mental Para DEVEREUX (1971), saúde mental diz respeito à capacidade do sujeito de ajustamento às transformações que ocorrem no seu meio. Desta forma, pode-se definir a saúde mental enquanto um estado de equilíbrio entre a pessoa e o ambiente no qual esta inserido. É este estado de equilíbrio que ira proporcionar a pessoa uma participação laboral atrelada a seu bem estar. Ainda hoje o conceito de saúde mental esta intimamente ligada ao uma analogia com a saúde física, porém trata-se de um fenômeno mais complexo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, ainda não se tem uma definição para a saúde mental, pois trata-se de um fenômeno complexo que conforme o contexto social e histórico pode sofrer alterações. De acordo com BLEGER (1984), não pode-se apenas considerar a saúde mental enquanto ausência de doença, mas sim compreender a saúde mental enquanto o pleno desenvolvimento das pessoas em sociedade. Nesta visão, a ênfase recai não sobre a doença, mas sim na saúde e em como as pessoas se relacionam com o seu meio. Segundo DEJOURS (1949), falar a respeito de saúde sempre é dificil, porém falar de doença se torna uma atividade fácil. O alicerce da psicopatia tradicional esta no modelo clássico da fisiopatologia das doenças que afetam o corpo. A grande questão a ser compreendida é como algumas pessoas mantem seu equilíbrio perante o mesmo cenário que outras adoecem? No cotidiano encontram-se pessoas que por sua psicodinâmica interna, apresentam tendências a trabalhar em excesso e não criar oportunidades para o lazer e em contra partida temos as pessoas que se permitem divertir por vários dias. É evidente que tanto o trabalho quanto a diversão em proporções satisfatórias são o alicerce de uma saúde mental saudável. Segundo SANTANA (2006), as discussão entre a saúde mental e trabalha na literatura vem aumentando , sendo que muitos destes estudos foram realizados na área da saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS Analisados os dados, verificou-se que este estudo possibilitou relacionar o trabalho e a saúde mental, considerando a evolução histórica do trabalho juntamente com a saúde mental do trabalhador. Percebeu-se que o trabalho sempre se apresentou como sinônimo de tortura para o homem. No decorrer da evolução histórica este conceito foi se modificando, porém permanecendo a característica de uma atividade que causa sofrimento. Com o advento da revolução industrial, começou uma preocupação com a saúde mental dos trabalhadores, pois não bastava apenas maquinas de qualidade, mas sim de trabalhadores com condições físicas e psicológicas em equilíbrio. Foi possível compreender, também, que com a evolução do trabalho teve-se o aumento de dificuldades em relação à saúde mental do trabalhador. Conforme a OMS a depressão atinge cerca de 121 milhões de pessoas em todo o mundo e apenas 25% recebem tratamento adequado. Mudanças que vem ocorrendo no ambiente de trabalho, tais como: necessidade de alta produtividade, avanço tecnológico e enfraquecimento das relações de trabalhos. São estes alguns dos fatores que colaboram para este alto índice de pessoas incapacitadas para o trabalho. Revisões literárias, assim como esta permitem identificar aspectos pouco explorados na literatura e percebe-se que existe um aumento nas produções cientificas relacionando a saúde mental com o trabalho. Estima-se que em 2020, a depressão será uma das maiores causadoras de incapacitação no mundo, desta forma faz-se necessário, mais pesquisas e estudos para buscar compreender os fenômenos que desencadeiam o aumento de pessoas incapacitadas para o trabalho, para assim propor sugestões e estratégias com o objetivo de diminuir o número de trabalhadores incapacitados para o trabalho por motivo de saúde mental. REFERÊNCIAS BLEGER, J. Temas de psicologia : entrevistas e grupos. São Paulo: Martns Fontes, 1989. BETHLEN, A. Evolução do pensamento estratégico no Brasil: textos e casos. São Paulo: Atlas, 2003. DEJOURS, C. A Loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. São Paulo: Cortez Obore, 1992. DEVEREUX, G. “Normal and Abnormal: The Key Problem of Psychiatric Anthropology”, in Some Uses of Anthropology: Theoretical and Applied. Washington, The Anthropological Society of Washington, 1971. DSM-IV – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. trad. Dayse Batista. 4ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. FERNANDES, B.H.R. Administração estratégica: da competência empreendedora á avaliação de desempenho. Curitiba: Posigraf, 2004. MARRAS, J.P- Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. 3º edição- São Paulo, 2002. MARTINS, S.P. Direito processual do trabalho: doutrina e pratica florence. Modelos de petição, recursos, sentenças e outros. 13º edição: Atlas, 2000. MOTA, C.G. Historia moderna e conteporanea. São Paulo: Moderna, 1986. SANTANA, V.S. Saude do trabalhador no Brasil: pesquisa na pos graduação. Revista de saúde publica, v40, 2006. SAMPAIO, Viviane. “Depressão e Produtividade o Trabalho.” Disponível em: < http://www.oabsp.org.br/noticias/2006/08/17/3799. Acesso: 21/09/14 SHINOHARA, Heleine. “O modelo cognitivo e depressão” Anais de mostra cognitivo comportamental, UERJ, 22 de set. de 2006. Disponível em: < http://www.atc-rio.org.br/docs/ANAIS_4a_MOSTRA.doc. Acesso: 21/09/14 KAPCZINSKI, Flávio; QUEVEDO, João; IZQUIERDO, Iván et al. Bases Biológicas dos Transtornos Psiquiátricos. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2004