CONHEÇA AS CAUSAS DA DESIDRATAÇÃO INFANTIL NO VERÃO

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DEZEMBRO 2015
10a EDIÇÃO
BOLETIM
CENTROS DE
EXCELÊNCIA
Centro de Cefaleia
na Infância e Centro
de Cranioestenose e
Assimetrias Cranianas.
HIS
ZIKA VÍRUS
Doença causou surto de
microcefalia em bebês.
Entenda.
COMILANÇA
Pais devem incentivar
a aceitação alimentar
durante as festas.
PÁG. 8
PÁG. 11
PÁG. 6
CONHEÇA AS CAUSAS DA DESIDRATAÇÃO
INFANTIL NO VERÃO
SAIBA IDENTIFICAR OS SINAIS DE ALERTA E FIQUE ATENTO
1
PÁG. 10
EDITORIAL
PAZ E ESPERANÇA PARA UM
MUNDO MELHOR
“Eu encontro esperança nos dias mais sombrios, e foco nos mais brilhantes. Eu não julgo o universo.”
Dalai Lama
Chegamos ao final de 2015, um ano marcante em minha
vida e, talvez, na de muitos de vocês. Vários acontecimentos
marcaram o mundo e o Brasil de forma indelével.
Se há dez anos, quando vim liderar um projeto no então
pequeno Pronto Socorro Infantil Sabará, tudo parecia correr bem,
o Brasil vinha surfando numa onda de prosperidade e democracia
nunca vista, o mundo vivia um longo período de paz no ocidente
e a guerra fria parecia ser coisa de filme do 007, neste ano as
coisas mudaram drasticamente.
O Brasil passa por uma crise econômica, financeira,
política e, sobretudo, de valores que ninguém pôde prever. O
mundo ocidental passa por problemas para os quais não se
enxergam soluções de curto prazo e que tornam a vida mais
insegura para todos que habitam este planeta. Os atentados
na Europa, os refugiados da Síria e Haiti, desastres ambientais
como o de Mariana, MG, tudo nos afeta, por mais distantes que
eles possam parecer. O mundo globalizado torna as distâncias
pequenas e os problemas gigantescos. Vejam o Aedes aegypti
como vetor de doenças que não existiam no Brasil na escala que
existem hoje, Dengue, Zika vírus ou Febre Chikungunya.
Para o Sabará e o Instituto PENSI as coisas foram
melhores. Nossa receita foi maior do que o previsto no orçamento,
embora o resultado tenha sido pior por causa da Unimed
Paulistana. Os Centros de Excelência tiveram seu primeiro ano
com bom desempenho e as coisas vão bem para o nosso lado.
No Instituto PENSI realizamos os 12 simpósios
programados atingindo mais de 1200 inscrições, além de outros
cursos e atividades. Nossos projetos sociais avançam e até fomos
contemplados com um projeto qualificado no PRONON e nosso
voluntariado é cada vez mais reconhecido.
Voltando ao título desta mensagem e à frase de
Dalai Lama, gostaria de poder trazer uma mensagem de Paz e
Esperança, votos que normalmente desejamos no final de cada
ano. Procuremos achar a esperança no momento sombrio que
vivemos e como encontramos foco nestes 10 anos para construir
a Instituição que temos hoje.
Para terminar, gostaria de lembrar nossa visão e
escrever uma mensagem singela de Paz deixada por Gandhi e que
têm muita relação entre si:
Nossa Visão: “Infância saudável para uma sociedade
melhor”
“Se queremos alcançar neste mundo a verdadeira paz e
se temos de levar a cabo uma verdadeira guerra contra a guerra,
teremos de começar pelas crianças; e não será necessário lutar
se permitirmos que cresçam com a sua inocência natural; não
teremos de transmitir resoluções insubstanciais e infrutíferas,
mas iremos do amor para o amor e da paz para a paz, até que
finalmente todos os cantos do mundo fiquem cobertos por essa
paz e por esse amor pelo qual, consciente ou inconscientemente,
o mundo inteiro clama.”
Gandhi.
2
A todos, independentemente de sua fé, desejo um Feliz
final de ano e que 2016 venha com muita paz, muitas alegrias e
muita saúde, votos que estendo à suas famílias.
Dr. José Luiz Egydio Setúbal
Presidente da Fundação
9ª EDIÇÃO
Produzido internamente pela equipe de Marketing.
Gerência:
Fernanda Agnelli Pascoal
Jornalista responsável:
Marisa de Oliveira – Mtb: 72.112/SP
Projeto gráfico e arte:
Bruno Guerreiro Valiante
Revisão:
Marisa de Oliveira e Luana Alcântara
FALE CONOSCO
Encaminhe suas dúvidas e sugestões para o Hospital Infantil Sabará:
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www.hospitalinfantilsabara.org.br
Venha nos visitar: Av. Angélica, 1987 – Higienópolis – São Paulo, SP.
Telefone: 3155-2800
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São Paulo - SP
Excelência em
Assistência,
Ensino e Pesquisa
‘AUTISMO & REALIDADE’
É INCORPORADA AO INSTITUTO PENSI
A ONG Autismo & Realidade acaba de se tornar um
núcleo do Instituto PENSI e o foco do trabalho conjunto será
ensino e pesquisa científica que produzam conhecimento sobre
Transtornos do Espectro Autista (TEA).
Formada em 2010 por pais e profissionais de saúde, a
ONG tem o objeto de reunir pessoas e instituições que tenham
interesse no estudo e conhecimento do TEA e no desenvolvimento
de normas, práticas e oportunidades que promovam a realização
pessoal e melhores condições de vida para pacientes e suas
famílias.
A Autismo & Realidade vem trabalhando campanhas
de conscientização, projetos e parcerias de capacitação como o
edital de pesquisa científica específico para Autismo no Brasil;
a capacitação de pais para manejo do comportamento, para
a inclusão de seus filhos na escola e a publicação de guias e
manuais para pais, professores e cuidadores. Nesta nova configuração dentro do Instituto PENSI, a
ONG passa a ser parte da Fundação José Luiz Egydio Setúbal
aliando a demanda das famílias, com o trabalho que já realiza
com grupo de pais, à ciência – vertente que, até então, era
trabalhada por meio de parceria com instituições terceiras.
Atuação em 2015
Campanha “Acenda uma luz para o Autismo” - mais
de 2,5 milhões de visualizações no Facebook
Corrida e Caminhada pela conscientização 2015 –
5 mil participantes inscritos
Realização do Congresso Autismo na Vida Adulta Ciência, Sociedade e Realidade 2015 –
1.105 participantes inscritos
Simpósio de Atualização em Transtornos do
Espectro Autista – 230 participantes inscritos.
Alcance
Portal autismoerealidade.org - mais de um
milhão de visitas únicas no site
Distribuição de 34 mil cartilhas “Autismo: Uma
Realidade” na rede pública de ensino do Estado de
São Paulo, para capacitação de pais para a inclusão
de seus filhos na escola.
O que é autismo?
O autismo é um transtorno neurobiológico
cujas principais consequências estão no
comprometimento social e no comportamento
estereotipado (repetitivo) do indivíduo.
O diagnóstico logo na primeira infância é
essencial para que a família aprenda a lidar
com comportamentos e possa contribuir com o
desenvolvimento da criança de forma a estimulála a se relacionar com o mundo por meio de
linguagem específica.
3
RETROSPECTIVA 2015
Confira as principais ações e resultados da Fundação José Luiz Egydio Setúbal durante o ano.
Nosso crescimento em
números*
• Receita líquida – 19%**
• Número de paciente/dia Unidade de Terapia Intensiva – 6,9%
• Número paciente/dia Unidade de Internação – 9,7%
• Número paciente/ dia Hospital Dia – 10,6%
• Saídas hospitalares – 16,7%
• Cirurgias de grande porte – 9,1%
*comparados a 2014
** de janeiro a novembro
Centro de Pesquisa do Instituto PENSI
Inaugurou plataforma ‘PESQeasy’ que pode ser acessada remotamente pelos profissionais
que desejam cadastrar e realizar alguma pesquisa na instituição, uma forma de facilitar a
organização, regulamentação e monitoramento das pesquisas realizadas na Fundação.
Centro de Dificuldades Alimentares (CDA)
42 novos pacientes
137 consultas realizadas
Pacientes foram incluídos em um protocolo de pesquisa que visa diagnosticar e tratar as
principais causas de dificuldades alimentares na criança e adolescente.
Pesquisas Clínicas
10 pesquisas em parceria com laboratórios farmacêuticos em andamento, com o objetivo
de contribuir para o melhor conhecimento da eficácia e segurança dos medicamentos em
pediatria.
Pesquisas Institucionais
16 novos projetos institucionais cadastrados em 2015 na Plataforma PESQeasy em
diferentes áreas de atuação como dermatologia, doenças respiratórias e alérgicas, nefrologia,
hematologia, psicologia, entre outros.
4
Qualidade e Segurança
• Sabará teve recorde de 17 cirurgias
cardíacas no mês novembro;
• Dr. Nelson Horigoshi, gerente
médico da UTI, assumiu também a
gestão da Unidade de Internação;
• Dr. Sérgio Lomelino assumiu cargo
de Diretor Médico do Hospital.
Ensino
• Inaugurada plataforma de educação a distância que permite a
disseminação do conteúdo de cursos e simpósios para um maior
público, com lançamento de 4 novos cursos;
• 12 simpósios multiprofissionais com mais de 1200 participantes
Reuniões científicas mensais multiprofissionais com o corpo clínico
do HIS;
• Encontro com mães blogueiras em parceria com a Fundação
Maria Cecília Souto Vidigal;
• Encontros Filosóficos semanais.
Educação Continuada
12 treinamentos para a área assistencial direta abordando temas
relacionados às necessidades das equipes técnicas.
Voluntariado
• Núcleo de coordenação do Voluntariado promoveu seleção,
capacitação e treinamento de interessados em participar do corpo
de Voluntários da Instituição;
• Os voluntários selecionados e treinados realizaram mais de
10500 atendimentos, divididos entre crianças e familiares;
• Mais de 4000 atendimentos foram realizados nos setores da
Unidade de Internação, UTI, brinquedoteca ou centro cirúrgico;
• Cerca de 1500 atendimentos foram realizados no pronto socorro.
• Reestruturação da equipe de Qualidade – área deixou de ser parte
do setor de Desenvolvimento Institucional e se tornou uma gerência
dentro do Hospital;
• Trabalho contínuo com lideranças atuando como apoio e facilitador
no cumprimento de ações de foco na reacreditação do Hospital pela
Joint Commission International;
• Campanha de conscientização para notificação de eventos
adversos – com objetivo de avaliar, estudar e garantir medidas de
prevenção;
• Campanha de conscientização das metas internacionais de
segurança do paciente;
• Implantação da metodologia tracer (rastreamento) por um grupo
multiprofissional com objetivo de rastrear processos do começo
ao fim, avaliando, detectando e solucionando problemas e não
conformidades;
• Participação no III Congresso Internacional de Acreditação do
Consórcio Brasileiro de Acreditação – JCI;
• Implantação e treinamento para uso da ferramenta PDCA com
objetivo de treinar lideranças para a melhoria contínua de processos
dentro da Instituição.
Projetos Sociais
• Projeto Creche Lapenna (ver pag. 9 desta edição)
• Patrocínio como Instituição mantenedora do Instituto Saúde e
Sustentabilidade;
• Participação na Virada da Saúde da cidade com atividades
educacionais para os pais e cuidadores e recreativas para crianças;
• Apoio ao Projeto Bandeira Científica, iniciativa de alunos da USP de
diversas áreas que levam capacitação e assistência a localidades de
baixo Índice de Desenvolvimento Humano;
• Parte do Núcleo Ciência pela Infância, em parceria com a
Universidade de Harvard, David Rockefeller Center for Latin
American Studies, USP, Insper e Fundação Maria Cecília Souto
Vidigal.
• Patrocínio do IV Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores
Sociais, organizado pelo Instituto para o Desenvolvimento do
Investimento Social (IDIS);
• Patrocínio do Fórum Paulista Prevenção de Acidentes e Combate
à Violência Contra Crianças e Adolescentes, organizado pela
Sociedade de Pediatria de São Paulo.
5
CENTROS DE EXCELÊNCIA:
CONHEÇA NOSSAS ESPECIALIDADES EM
NEUROPEDIATRIA
Seguindo o mesmo modelo de assistência integral e multiprofissional dos demais Centros de Excelência em Especialidades
Pediátricas, o Hospital Infantil Sabará conta com dois centros focados na neuropediatria.
Nesta edição você conhece um pouco sobre as doenças atendidas por nossos especialistas em neurologia.
Centro de Cranioestenose e
Assimetrias Cranianas
A cranioestenose ou craniossinostose é a fusão prematura
de uma ou mais suturas cranianas. Sua incidência é estimada em
1 por 2000 crianças, a prevalência em 14,1 por 10.000 nascidos
vivos.
As causas ainda não são bem definidas, apesar de se saber
que 8% delas está associada a fatores genéticos.
O diagnóstico precoce é o principal aspecto a ser
considerado, pois alguns casos necessitam de tratamento cirúrgico,
que deve ser realizado preferencialmente até o sexto mês de vida.
O pediatra é o primeiro médico que realiza a suspeita
diagnóstica e, quanto mais cedo encaminhar ao neurocirurgião
para avaliação, mais chances a criança tem de se recuperar sem
sequelas nos casos em que a cirurgia é necessária. Do contrário,
pode haver comprometimento do crescimento e desenvolvimento
cerebral, além do comprometimento estético.
O diagnóstico da cranioestenose deve incluir exames que
permitam não só a constatação da sutura fechada, mas também as
possíveis alterações nos ossos faciais e/ou no parênquima nervoso.
A tomografia computadorizada de crânio com reconstrução óssea
tridimensional e ressonância magnética encefálica são exames
importantes no diagnóstico completo, permitindo a investigação de
possíveis alterações neuronais.
As assimetrias cranianas são um problema de ordem
estética, mas que podem gerar redução da qualidade de vida ou
comprometimento social. Não são necessárias cirurgias, mas,
atualmente, existem órteses cranianas bastante eficientes no
tratamento.
6
Centro de Cefaleia na Infância
A cefaleia ou “dor de cabeça” é um dos sintomas mais
comuns em crianças que, na maioria das vezes, não representa
algum tipo de doença grave. Apenas 5% das cefaleias são
secundárias, ou seja, funcionam como sintomas de alguma outra
doença, exigindo um tratamento mais imediato.
Porém, este é um sintoma que não pode ser desvalorizado,
principalmente se estiver acompanhado de outros sinais de alerta
como vômitos, tontura, quedas e alterações visuais. Mesmo
não trazendo grande risco na maioria das vezes, a cefaleia exige
tratamento que pode ser contínuo, pois a frequência das dores
atrapalha as atividades escolares e de lazer.
As principais cefaleias crônicas apresentadas por crianças são a
cefaleia tensional e a migrânea ou enxaqueca.
A criança que tem cefaleia não tratada pode apresentar,
além do desconforto da dor, atrasos no acompanhamento escolar e
isolamento dos amigos por não poder participar das atividades de
lazer e esportivas.
O tratamento adequado permite a otimização do controle
dos sintomas, melhorando muito a qualidade de vida da criança e de
sua família.
Primeiro hospital infantil
certificado pela Joint
Commission International
no estado de São Paulo.
Retaguarda em todas as
especialidades pediátricas
com modelo de atendimento
multidisciplinar integrado.
Pronto-Socorro com maior
número de pediatras em
atendimento simultâneo.
Quem você confia
cuidando de quem você ama.
7
MICROCEFALIA E ZIKA VÍRUS:
O QUE OS PAIS PRECISAM SABER?
As notícias sobre o surto de microcefalia em crianças no
Brasil têm deixado a população em alerta para um problema até
então pouco conhecido. A condição está relacionada à infecção
materna causada pelo Zika Vírus, que chegou ao país em 2015 e
atingiu principalmente a região Nordeste.
Transmitida pelo Aedes aegypti - o mesmo mosquito
transmissor da dengue e da febre Chikungunya - a infecção pelo
Zika vírus é assintomática em cerca de 80% dos casos. Quando
presentes, os sintomas como febre, manchas vermelhas pelo
corpo com coceira e dor nas articulações, costumam ser brandos e
desaparecem espontaneamente em um período que varia entre três
e sete dias.
Nesta edição reunimos algumas informações gerais sobre
o problema com ajuda de especialistas do Sabará. Confira.
O que é a microcefalia?
Bebês com microcefalia nascem com perímetro cefálico
menor do que a média. O problema pode ser provocado por uma
série de fatores, desde desnutrição da mãe e abuso de drogas,
até infecções durante a gestação, como rubéola, toxoplasmose e
citomegalovírus.
Confira as principais informações sobre esta condição
neurológica:
Qual é a relação entre o Zika Vírus e a
microcefalia?
A relação entre o Zika vírus e a microcefalia se deu após a
notificação de um número expressivo de casos na região Nordeste
e a percepção de que cerca de nove meses antes houve, na mesma
região, o registro de uma doença exantemática cujo agente
causador era o Zika. A principal conexão entre causa e efeito,
está no achado do material genético do vírus no líquido amniótico
de duas grávidas com ultrassom indicativo de microcefalia e no
sangue e tecidos de um recém-nascido com microcefalia que foi a
óbito no Ceará.
Quais são os problemas que a criança
com microcefalia pode ter no futuro?
O nível de comprometimento da criança diagnosticada
com microcefalia vai depender do grau de acometimento do seu
sistema nervoso central. Quando a infecção acontece no início da
gestação, o comprometimento tende a ser mais grave. Na maioria
das vezes, as crianças evoluem com paralisia cerebral (dificuldades
motoras – para aprender sentar, andar, pegar objetos), deficiência
mental e epilepsia.
• A microcefalia é uma condição neurológica rara em que a
cabeça de uma criança é significativamente menor do que de
outras crianças da mesma idade e sexo.
Existe tratamento para a
microcefalia?
• Pode ser causada por fatores genéticos e ambientais. Outras
causas podem incluir:
Não há nenhum tratamento específico para a microcefalia,
mas a intervenção precoce com terapias de suporte, pode ajudar a
melhorar o desenvolvimento da criança e melhorar sua qualidade
de vida. As crianças com esta condição precisarão de atendimento
multidisciplinar ao longo da vida.
Craniosinostose: A fusão prematura das articulações
(suturas) entre as placas ósseas que formam o crânio de uma
criança impedem o cérebro de crescer.
Anormalidades cromossômicas: Síndrome de Down e outras
condições podem resultar em microcefalia.
Diminuição de oxigênio: Certas complicações da gravidez ou
do parto podem prejudicar o fornecimento de oxigênio para o
cérebro fetal.
Se descoberto o Zika durante a
gestação, alguma coisa pode ser feita?
Infelizmente nada. Não há tratamento com antivirais e o
pré-natal deve continuar o mesmo.
Infecções do feto durante a gravidez: Estes incluem as
doenças virais como Zika, toxoplasmose, citomegalovírus,
rubéola e catapora (varicela).
O que as mães podem fazer para evitar
o Zika Vírus?
Exposição a drogas, álcool ou determinados produtos
químicos tóxicos no útero: Qualquer um destes podem colocar
o bebê em risco de anormalidades cerebrais.
Além de tentar acabar com reservatórios onde o mosquito
pode se reproduzir, as gestantes devem se proteger contra a picada
do Aedes. Devem usar repelentes aprovados pela ANVISA , roupas
compridas, usar telas nas janelas, mosquiteiros nas camas e fazer
o pré-natal sem faltas às consultas e exames.
Desnutrição grave: Não ter uma nutrição adequada durante a
gravidez pode afetar o desenvolvimento do bebê.
Colaboraram: Dr. José Luiz Setúbal, pediatra, Dra. Silvana Frizzo, neuropediatra e Dr. Francisco Ivanildo de Oliveira, infectologista.
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PENSI CAPACITA PROFISSIONAIS
DE EDUCAÇÃO NO JARDIM LAPENNA
O Instituto PENSI renovou sua parceria com a
Fundação Tide de Azevedo Setúbal (FTAS) para a capacitação
dos profissionais da CEI-EMEI Jardim Lapenna, em São
Miguel Paulista, zona leste de São Paulo. A escola é um serviço
conveniado à Prefeitura que funciona sob gestão da Sociedade
Amigos do Jardim Lapenna, uma organização da sociedade civil, e
tem capacidade para atender 435 crianças.
O projeto, iniciado em 2014, já realizou um mapeamento
das demandas dos 60 profissionais que atuam na instituição, as
condições da região e o perfil das famílias atendidas junto às
coordenadoras pedagógicas da creche e às coordenadoras de
projetos da FTAS.
Durante o processo de planejamento surgiram
preocupações com temas como nutrição infantil adequada, hábitos
de higiene, gravidez na adolescência, contexto de agressividade na
comunidade, sexualidade e inclusão social.
“A partir do diálogo estabelecido, criamos um programa
de encontros mensais com a participação de profissionais de
diversas áreas do PENSI, que organizaram palestras presenciais
e oficinas com o grupo de profissionais da creche”, explica Dra.
Fátima Rodrigues Fernandes, diretora do Instituto PENSI.
A equipe da escola já recebeu palestras sobre Primeiros
Socorros e Noções de higiene, Desenvolvimento Infantil, Distúrbio
de Linguagem, Comunicação com as crianças e brincadeiras,
Prevenção de Infecção (higienização e prevenção à dengue),
Problemas com Alimentação, Contação de Estórias, Como
Lidar com Crianças Especiais e suas Famílias, Construção de
competências dos adultos para a melhoria do desempenho das
crianças e O tempo da Criança, sobre o modo como a criança vive
o tempo.
“Recebemos avaliações de satisfação muito positivas
dos profissionais impactados e das gestoras da creche, que agora
utilizarão também a nossa ferramenta de ensino a distância, a
fim de otimizar o tempo dos profissionais envolvidos e também
estreitar os períodos de contato”, completa a diretora.
Para 2016 o objetivo do projeto realizado pelo PENSI
é incluir um processo de avaliação e monitoramento mais
permanente dos profissionais e ainda ampliar a escala deste
projeto para creches de outras regiões da cidade.
9
VERÃO: PAIS DEVEM FICAR ATENTOS ÀS
PRINCIPAIS CAUSAS DE DESIDRATAÇÃO INFANTIL
A chegada das altas temperaturas e o período de férias
escolares combinados às festas de fim de ano são um prato cheio
para as intoxicações alimentares. Diferente do que se imagina,
esse é um dos principais causadores da desidratação infantil
nesta época e não as infecções por rotavírus, que costumam ter
maior incidência no inverno.
Alimentos mal acondicionados ou em estado ruim de
conservação podem ser os grandes vilões em praias, festas e até
mesmo em restaurantes, por conterem germes que podem se
multiplicar e causar sintomas como vômitos e diarreia. Os mais
comuns são as bactérias coli e salmonela.
Além disso, outro fator de atenção é a exposição
excessiva ao sol que pode levar à insolação.
Por isso, todo cuidado é pouco, principalmente com as
crianças. Ao identificar sinais de desidratação ou outros sinais
de alerta, os pais devem procurar o serviço médico.
Dr. Felipe Lora, pediatra e coordenador do Prontosocorro do Hospital Infantil Sabará, dá as dicas para identificar
o problema.
O que é?
Desidratação é um conjunto de alterações decorrente
da perda de água do organismo, que pode ocorrer por via cutânea,
digestiva, renal e respiratória.
Como prevenir?
A melhor prevenção é a hidratação – água, água de
coco, chás e sucos naturais são as melhores alternativas;
Os adultos devem oferecer líquidos às crianças várias
vezes ao dia;
Não consumir alimentos de procedência desconhecida
ou altamente perecíveis, evitando intoxicações ou infecções
alimentares;
Não deixar as crianças expostas ao sol sem proteção e
em horários de maior incidência de raios UVA e UVB entre a as
10h e 16h.
10
Sinais de desidratação
• Choro sem lágrima;
• Saliva muito espessa;
• Boca seca;
• Hipoatividade da criança;
• Temperatura do corpo mais elevada;
• Urina muito concentrada e em menor quantidade.
Quando procurar serviço médico
• Vômitos incoercíveis (seguidos e sem pausa);
• Criança não consegue se hidratar via oral devido ao malestar;
• Diarreia com sangue nas fezes.
Como saber se é insolação?
• Vermelhidão na pele;
• Hipertemia (temperatura elevada);
• Mal-estar com vômitos.
E é importante lembrar: “quanto menor a criança,
maior o risco de desidratação por insolação, pois crianças mais
novas tem superfície corpórea proporcionalmente maior que os
adultos”, afirma o pediatra.
Tratamento
O tratamento, tanto para as infecções alimentares
como para os casos de insolação, é basicamente a hidratação
da criança e a dieta leve para não forçar o organismo que já
está debilitado.
O soro caseiro não deve ser utilizado rotineiramente.
“Existem soros prontos que são a melhor opção por conta de proporção
correta dos sais. Às vezes o excesso de sal pode dificultar a correção
da desidratação da criança e agravar o caso, aumentando o risco de
complicações”, completa o médico.
FESTAS DE FIM DE ANO: OFERTA DE NOVOS
ALIMENTOS AUMENTA A ACEITAÇÃO ALIMENTAR
DAS CRIANÇAS
Natal e Reveillon são ocasiões tradicionalmente
associadas à comilança com grandes jantares, almoços em
família, doces, fartura e, muitas vezes, exageros.
Uma das grandes preocupações com este período é o que
se pode oferece às crianças.
Assim como em outras datas, os pais podem aproveitar o momento
para o aprendizado, as novas experiências e o exemplo.
“Especialmente no Brasil, podemos utilizar a grande
oferta de frutas, nozes e produtos sazonais para nova aquisição
de sabores, texturas e paladares”, indica Priscila Maximino,
nutricionista do Centro de Dificuldades Alimentares do Instituto
PENSI.
filho:
Dicas que podem ajudar na aceitação alimentar do seu
• Mesa posta: é comum as famílias capricharem mais na
composição da mesa da ceia. As crianças podem ter tarefas
nesta organização. Isso valoriza a capacidade da criança e
contribui com o aprendizado;
• Exposição às frutas: deixar travessas enfeitadas com
frutas à disposição da família aumenta a ingestão não só das
crianças, mas dos adultos também;
• Clima: já é comprovado o quanto um clima favorável à mesa
influencia o bom comportamento alimentar dos pequenos.
Neste momento não é hora de pressão para comer ou deixar
de comer, para coerção ou chantagens;
De acordo com a especialista, novas preparações de
alimentos tradicionais, molhos diferentes, cremosidades e um
toque de criatividade, são formas de driblar a falta de interesse de
algumas crianças.
“Não há nada proibido para a criança comer nas festas,
mas um alerta especial é em relação a exposição às bebidas
alcoólicas. Crianças não devem brindar, brincar ou experimentar
bebidas com álcool, mesmo que aparentemente inofensivas.
Muitos familiares oferecem estas bebidas às crianças e isto pode
determinar riscos presentes e futuros”, acrescenta a nutricionista.
Por outro lado, evitar os excessos e prevenir doenças,
também são aspectos a se considerar. O excesso de açúcares,
em doces, bebidas adoçadas ou preparações rebuscadas, podem e
devem ser observados pelos adultos.
O alcoolismo é uma doença que gera um enorme prejuízo
social e a melhor forma de prevenir é proteger a infância e a
adolescência da exposição precoce.
11
3o Congresso
Internacional
Sabará
de Saúde Infantil
Programe-se:
15 a 17 de setembro de 2016
Hotel Maksoud - São Paulo
Excelência em Assistência, Ensino e Pesquisa.
Centros de Excelência: Modelo pioneiro e equipe multidisciplinar em Especialidades Pediátricas
Alergia e Imunodeficiências
Doenças Genéticas Raras
Asma
Doenças do Tórax
Autismo
Hipospádia e Anomalias Genitais
Cardiopatias Congênitas
Motilidade do Trato Gastrointestinal
Catarata Congênita
Mucopolissacaridose e Erros Inatos do Metabolismo
Cefaleia
Obesidade
Cirurgia Pediátrica Minimamente Invasiva
Ortopedia Pediátrica E Traumatologia
Cranioestenose e Assimetrias Cranianas
Diabetes Tipo 1
Distúrbios do Crescimento e Desenvolvimento
Doença Inflamatória Intestinal
12
Núcleo de Pé Torto Congênito
Núcleo de Displasia Congênita do Quadril
Núcleo de Paralisia Obstétrica e Deformidades da Mão
Núcleo de Paralisia Cerebral
Núcleo de Escoliose
Respirador Bucal
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