Programa de promoção de Saúde Victoria’s Wellness, Spa & Rehabilitation Centre www.ervanariavictoriainc.com OSTEOPOROSE Osteoporose é definida como a perda acelerada de massa óssea, que ocorre durante o envelhecimento. Essa doença provoca a diminuição da absorção de minerais e de cálcio. É considerada o segundo maior problema de saúde mundial, ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares. Três em cada quatro pacientes são do sexo feminino. Afeta principalmente as mulheres que estão na fase pós-menopausa. A fragilidade dos ossos nas mulheres é causada pela ausência do hormônio feminino, o estrogênio, que os tornam porosos como uma esponja. É a maior causa de fraturas e quedas em idosos. Os principais fatores de risco de desenvolvimento dessa doença são: • Pele branca; • Histórico familiar de osteoporose; • Vida sedentária; • Baixa ingestão de Cálcio e /ou vitamina D; • Fumo ou bebida em excesso; • Medicamentos, como anticonvulsivantes, hormônio tireoideano, glocorticoides e heparina; • Doenças de base, como artrite reumatoide, diabetes, leucemia, linfoma. Os locais mais afetados por essa doença são a coluna, o pulso e o colo do fêmur, sendo este último o mais perigoso. SINTOMAS Além das fraturas nos ossos e quedas, a perda de massa óssea pode provocar os seguintes sintomas: • Dor crônica; • Deformidades; • Perda de qualidade de vida e/ou desenvolvimento de outras doenças, como pneumonia; • Encolhimento; • Fraturas nas vértebras, provocando problemas gastrintestinais e respiratórios. As fraturas de quadril podem levar à imobilização da paciente, e requerer cuidados de enfermagem por longo prazo. DIAGNÓSTICOS Geralmente, é diagnosticada somente após a ocorrência da primeira queda, pois os sintomas não são perceptíveis. O principal método para diagnosticar a osteoporose é a densitometria óssea. Esse exame mede a densidade mineral do osso da coluna lombar e no fêmur. O resultado divide-se em três classificações: normal, osteopenia e osteoporose. EXAMES O exame de referência para o diagnóstico da osteoporose hoje é a densitometria de massa óssea (DMO). A medida da massa óssea permite determinar o risco da paciente vir a ter fraturas, auxiliando a identificação da necessidade de tratamento. Também possibilita avaliar as mudanças na massa óssea com o tempo. Em geral, são recomendados exames com intervalo mínimo de um a dois anos. As sociedades americanas National Osteoporosis Foundation (NOF) e North American Menopause Society (NAMS) recomendam a realização da densitometria óssea para: - Todas as mulheres com 65 anos ou mais, e nas que tenham doenças que causam perdas ósseas; - Nas mulheres na menopausa ou em transição, com 50 anos ou mais, que tiverem pelo menos os seguintes problemas: a. uma fratura após a menopausa ou após os 50 anos (exceto no crânio, face, tornozelo ou dedos); b. magreza ou IMC ≤ 21 kg/m2; c. pais com história de fratura no quadril; d. artrite reumatoide; e. fumantes atuais; f. ingestão excessiva de álcool (≥ três doses por dia) Existem também outras indicações para a solicitação de exames de pesquisa de osteoporose, se você está próximo ou já entrou na menopausa procure seu médico. PREVENÇÃO A prevenção da osteoporose é feita adotando-se hábitos saudáveis ao longo da vida. É preciso redobrar a atenção após a menopausa, já que a queda dos níveis do hormônio estrógeno acelera o processo de perda de densidade óssea, demandando maiores cuidados para prevenir a doença. Um dos elementos fundamentais para garantir a saúde dos ossos é a prática regular de atividade física desde cedo, o que permite alcançar o pico de massa óssea. Exercícios como caminhada, atividades aeróbicas e também com carga contribuem para aumentar um pouco esse índice, que se mantém com a continuidade das atividades. Por outro lado, cuidar da alimentação também pode fazer a diferença na prevenção da osteoporose. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é importante ingerir alimentos ricos em cálcio diariamente, numa quantidade de 1.000 a 1.300 mg por dia – o equivalente a cerca de três porções de leite e derivados. Por exemplo: um copo de leite (250mg de cálcio), um copo de iogurte (300mg) e uma fatia de queijo (300mg). Tomar sol é parte importante no processo de prevenção da doença. Os raios solares são necessários para a produção de vitamina D, substância fundamental na manutenção de um esqueleto saudável. Dessa forma, é importante que as pessoas da terceira idade mantenham-se ativas, caminhando ao ar livre e repondo o cálcio através da alimentação e suplementos, quando indicado pelo médico. TRATAMENTOS E CUIDADOS Os tratamentos atuais para a osteoporose não revertem a perda óssea completamente. Como a osteoporose é frequentemente diagnosticada somente após a instalação da doença, considera-se que uma das melhores estratégias sejam as medidas preventivas que retardam ou evitam o desenvolvimento da doença. Para isso, durante a juventude deve-se melhorar o pico de massa óssea, reduzir as perdas ao longo da vida e evitar as quedas. As principais indicações são: Alimentação balanceada, com atenção para o cálcio dietético (leite e derivados); Uso de medicamentos com ingestão de cálcio e vitamina D; Exposição moderada ao sol, para que ocorra a síntese da vitamina D; Prática regular de exercícios físicos, como caminhada – que estimula a formação óssea e previne a reabsorção; Terapia hormonal (para mulheres) CONVIVENDO Para amenizar os efeitos da osteoporose é necessária a ingestão de grande quantidade de cálcio. Para isso, são indicados os seguintes alimentos: Produtos lácteos Leite Iogurte Queijo cottage Queijo em geral Vegetais Espinafre (cozido) Brócolis (cozido) Peixe Sardinha (enlatada) Salmão (enlatado) Tofu Firme Regular 1 xícara 1 xícara 1 xícara 28 grs 292 mg 415 mg 138 mg 174 mg 1 xícara 1 xícara 245 mg 78 mg 100 g 100 g 379 mg 237 mg 1 xícara 1 xícara 516 mg 260 mg Fontes: PINTO NETO, Aarão et al. Consenso brasileiro de osteoporose 2002. Revista Brasileira de Reumatologia. Vol. 42, n. 6, nov./dez. 2002. WENDER, Maria Celeste O. et al. Climatério. In: FREITAS, Fernando. (autor) et al. Rotinas em Ginecologia. Porto Alegre: Artmed, 2011, pp. 144-158. DISSAT, Cristina. Prevenção da osteoporose: a dose ideal. Disponível http://www.endocrino.org.br/prevencao-da-osteoporose-dose-ideal/> em: < PINTO NETO, Aarão et al. Consenso brasileiro de osteoporose 2002. Revista Brasileira de Reumatologia. Vol. 42, n. 6, nov./dez. 2002. VEJA. 90% das brasileiras não ingerem quantidade adequada de cálcio. 17 out. 2012. Disponível em: < http://veja.abril.com.br/noticia/saude/90-das-brasileiras-nao-ingerem-quantidade-adequada-de-calcio>. WANNMACHER, Lenita. Manejo racional da osteoporose: onde está o real benefício? In: Uso racional de medicamentos: temas selecionados. Vol. 1, n. 7, Brasília, Jun. 2004. Harvard Men’s Health Watch (tradução do autor) Volume 13 — Number 5 — December 2008