UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO COLEGIADO DE ENFERMAGEM MANUAL DE SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PARA DOENÇAS RESPIRATÓRIAS PETROLINA 2007 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO COLEGIADO DE ENFERMAGEM SAUDE DO ADULTO I MANUAL DE SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PARA DOENÇAS RESPIRATÓRIAS ANGELITA CAROLINE DA GAMA CAXIAS, CÍNTIA DOS SANTOS, LAYANNE CRYSTINA BANDEIRA NUNES, TÂMISA MARIA DE FREITAS COELHO Trabalho desenvolvido durante o 4° semestre de graduação em Enfermagem, na disciplina Saúde do Adulto I, sob orientação do Professor Erik Cristóvão Araújo de Melo. PETROLINA 2007 2 INTRODUÇÃO A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) constitui um meio que o enfermeiro dispõe para prestar assistência aos pacientes de forma humana, individual, planejada e organizada, visando o bem estar físico e psíquico do cliente, fortalecendo o trabalho em equipe e proporcionando um cuidado integral, continuado e humanizado, contribuindo assim para melhoria da qualidade da assistência de enfermagem. Segundo a Resolução COFEN 272/2004, que dispõe sobre a SAE nas instituições de saúde brasileiras, a SAE constitui atividade privativa do enfermeiro (Lei nº 7.498/86) e utiliza método e estratégia de trabalho científico para a identificação das situações de saúde/doença, subsidiando ações de assistência de enfermagem que possam contribuir para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo, família e comunidade. O artigo 2º da referida resolução estabelece que a SAE deve ocorrer em toda instituição da saúde, pública e privada. A Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE deverá ser registrada formalmente no prontuário do paciente/cliente/usuário, devendo ser composta por: histórico de enfermagem, exame físico, diagnóstico de enfermagem, prescrição da assistência de enfermagem, evolução da assistência de enfermagem e relatório de enfermagem (Resolução 272/2004, art 3º). As infecções do trato respiratório (ITR) em nosso meio, além de muito comuns, são responsáveis por significativa morbidade e mortalidade. Possui etiologia diversificada e tempo variável para se estabelecer um diagnóstico microbiológico preciso. Muitas vezes o tratamento destas infecções é iniciado empiricamente. Apesar de não haver dados oficiais, sem dúvida, as infecções do trato respiratório inferior estão entre as principais causas de morte em nosso país (MENDES et al 2003). Segundo dados do Ministério da Saúde ocorreram no sexo masculino 12,08 e no sexo feminino 6,81 casos de neoplasia de pulmão, traquéia e brônquios por 100 mil habitantes em Pernambuco (2006), sendo a taxa de mortalidade na região de Juazeiro / Petrolina de 5,29 / 100.000 habitantes (2004). A taxa de incidência de tuberculose na região de Juazeiro / Petrolina (2005) é de 27,22 / 100.000 habitantes, com taxa de mortalidade específica de 34,11 por 100 mil habitantes (2004). O tabagismo representa importante fator de risco no desenvolvimento de doenças do trato respiratório inferior e 3 de acordo com o Ministério da saúde o percentual de fumantes regulares de cigarro na cidade do Recife com faixa etária superior a 25 anos é de 20,5% (2002-2003). Visto o grande número de pacientes que apresentam problemas respiratórios no estado de Pernambuco, a alta incidência de doenças do trato respiratório inferior em pacientes internados no Hospital Dom Malan (HDM) em Petrolina – PE e a importância da SAE para planejamento da assistência, este projeto teve como objetivo geral elaborar um Manual de Sistematização da Assistência de Enfermagem para pacientes com patologias do trato respiratório inferior e disponibilizá-lo em todos os setores do HDM. Os objetivos específicos incluem: sintetizar os aspectos relevantes da patologia; condensar diagnósticos e intervenções de enfermagem e resultados esperados; minimizar o tempo dedicado à elaboração da SAE para estes pacientes pelo enfermeiro; colaborar para a sensibilização dos profissionais do setor de clínica médica do HDM para a importância da implementação da SAE. O Manual sintetiza as principais patologias do Trato Respiratório Inferior e de maior incidência no HDM e discorre acerca dos aspectos fisiopatológicos, fatores de risco, manifestações clínicas, complicações potenciais, possíveis diagnósticos de enfermagem, intervenções de enfermagem específicas para cada diagnóstico e os resultados esperados para patologias como tuberculose, pneumonia, DPOC e câncer de pulmão. O presente trabalho foi desenvolvido, com base na Sistematização da Assistência de Enfermagem para o paciente com problemas respiratórios, com pacientes internados no Hospital Dom Malan (HDM), no município de Petrolina – PE, durante o período de estágio de Saúde do Adulto I dos alunos do 4° período de enfermagem da UNIVASF (Universidade Federal do Vale do São Francisco) nos meses de agosto a novembro de 2007. Durante todo o período de estágio, houve vinte e sete encontros correspondendo uma carga horária de 105 horas, sendo que todos eles ocorreram no HDM. Durante esse período cada dupla ficava responsável por um paciente a cada dia. No qual discutíamos cada patologia, exames, processos de enfermagem, tratamento entre outros aspectos como o lado humanístico do cuidar de cada cliente. 4 TUBERCULOSE DEFINIÇÃO, ETIOLOGIA E TRANSMISSÃO: A tuberculose é uma doença infecciosa, causada pelo bacilo aeróbico álcool – ácido resistente (BARR), Mycrobacterium tuberculosis, que afeta basicamente o parênquima pulmonar, mas que também pode atingir outras partes do corpo como rins, meninges, ossos e linfonodos. A tuberculose geralmente está associada à pobreza, desnutrição, habitação precária, aglomerado de pessoas e inadequado cuidado de saúde. As pessoas mais suscetíveis incluem as de idade mais avançada, desnutridas, debilitadas ou com baixa imunidade (AIDS, câncer). A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de aerossóis produzidos, através da fala, tosse ou espirro, que são inalados pela pessoa suscetível. Nos idosos pode provocar sintomas atípicos como comportamento incomum e um estado mental alterado, febre, anorexia e perda de peso. FATORES DE RISCO: Contato íntimo com alguém que tem Tuberculose ativa; Estado imunossuprimido (HIV, câncer, transplantes); Uso abusivo de drogas (injetáveis, alcoólicos); Pessoas sem cuidados de saúde adequados; Distúrbios clínicos preexistentes ou tratamento especial (diabetes mellitos insuficiência renal crônica, desnutrição, malignidades, hemodiálise, transplantes); Imigração proveniente de países com altas taxas de TB; Institucionalização (penitenciária, instituições psiquiátricas); Vida em casa super populosas e de baixo padrão; Profissionais de saúde que realizam atividades de alto risco (cuidado domiciliar com população de alto risco, broncoscopia, aspiração). 5 FISIOPATOLOGIA: Uma pessoa susceptível inala os bacilos de micobactéria e torna-se infectada. As bactérias são transportadas através das vias áreas para os alvéolos, onde são depositadas e começam a se multiplicar. Os bacilos também são transportados, via sistema linfático e corrente sanguíneo, para outras partes do corpo. O sistema imunológico responde como uma reação inflamatória inicial. Essa reação tissular resulta na acumulação de exsudato nos alvéolos, causando broncopneumonia. A infecção inicial geralmente acontece de duas a dez semanas após a exposição. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Os sinais e sintomas são insidiosos e incluem: Febre baixa principalmente no fim da tarde; Tosse seca ou produtiva (escarro mucopurulento); Sudorese noturna; Fadiga; Perda de peso; Pode ocorrer hemoptise; COMPLICAÇÕES POTENCIAIS Desnutrição; Efeitos colaterais da terapia medicamentosa; Resistência a multi-fármacos; Disseminação da infecção (TB miliar); SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM Diagnóstico de enfermagem: 1) Eliminação traqueobrônquica ineficaz, que pode estar relacionada à secreção espessa, fadiga e precário esforço da tosse, e possivelmente evidenciadas por freqüência, ritmo e profundidade anormais da respiração, sons respiratórios adventícios e dispnéia; Definição: Estado em que o indivíduo apresenta dificuldade de expectorar a secreção presente. 6 Intervenções de enfermagem: Aumentar a ingesta hídrica, para facilitar na fluidificação das secreções; A umidificação pode ser empregada para amolecer as secreções e melhorar a ventilação; Realizar drenagem postural, através de técnicas de tapotagem e manobras de expansão pulmonar como as respirações profundas com um espirômetro de incentivo para induzir a tosse e a expectoração; Estimular a expectoração; Observar a capacidade de tossir/expectorar muco eficazmente; documentar as características, quantidade do escarro, presença de hemoptise; Instruir e ajudar o paciente quanto às técnicas de contenção do tórax durante episódios de tosse e orientá-lo sobre a maneira correta de tossir; Ajudar o paciente a aumentar sua capacidade de tossir de forma efetiva para expectorar a secreção, evitando assim o acúmulo da mesma e a dispnéia – fazer uma inspiração prolongada e tossir duas a três vezes na respiração; Remover secreções, encorajando tossir ou aspirando; Fisioterapia respiratória auxiliando o paciente para assegurar a permeabilidade das vias áreas e adequada troca de gases; Avaliar a função respiratória, por exemplo, freqüência, ritmo e profundidade, sons respiratórios anormais/diminuídos, esforço respiratório aumentado evidenciado pelo uso dos músculos acessórios, expansão torácica limitada e fadiga; Auscultar os campos pulmonares; Palpar quanto ao frêmito torácico; Monitorar o ritmo cardíaco; Monitorizar os sinais vitais; Observar se a língua apresenta escarlate, acinzentada ou estado natural; Investigar mudanças/deteriorização súbita no distúrbio, tal como aumento da dor torácica, sons cardíacos extras, febre recorrente e alterações na característica do escarro; Posicionar o leito em semi-Fowler, mudar a posição freqüentemente, para facilitar o trabalho respiratório e encorajar a respiração profunda; Ensinar os pacientes a usar inaladores, prescritos, conforme adequado; 7 Instruir o paciente acerca das medidas de higiene e cobrir a boca e o nariz quando tossir e espirrar; Informar sobre as limitações na realização de atividades e a alternância destas com períodos de repouso para evitar a fadiga; Evitar os extremos de temperatura; Monitorar e tratar as complicações potencias; Diagnóstico de enfermagem: 2) Risco para troca gasosa prejudicada, podendo estar relacionada ao suprimento de oxigênio alterado e destruição dos alvéolos, e evidenciada por dispnéia, confusão, inquietação, incapacidade para mobilizar as secreções, alterações dos sinais vitais e redução da tolerância a atividades; Definição: Excesso ou déficit na oxigenação e/ou eliminação de dióxido de carbono na membrana alvéolo capilar. Intervenções de enfermagem: ● Aumentar a ingesta hídrica, para facilitar na fluidificação das secreções; ● A umidificação pode ser empregada para amolecer as secreções e melhorar a ventilação; ● Realizar drenagem postural, através de técnicas de tapotagem e manobras de expansão pulmonar como as respirações profundas com um espiromêtro de incentivo para induzir a tosse e a expectoração; ● Estimular a expectoração; ● Observar a capacidade de tossir/expectorar muco eficazmente; documentar as características, quantidade do escarro, presença de hemoptise; ● Instruir quanto à tosse eficaz, observar as características da tosse (persistente, seca, produtiva) e encorajar a expectoração do escarro; ● Ajudar o paciente a aumentar sua capacidade de tossir de forma efetiva para expectorar a secreção, evitando assim o acúmulo da mesma e a dispnéia – fazer uma inspiração prolongada e tossir duas a três vezes na respiração. ● Observar coloração, odor e característica do escarro; ● Instruir e ajudar o paciente quanto às técnicas de contenção do tórax durante episódios de tosse e orientá-lo sobre a maneira correta de tossir; 8 ● Remover secreções, encorajando tossir ou aspirando; ● Fisioterapia respiratória auxiliando o paciente para assegurar a permeabilidade das vias áreas e adequada troca de gases; ● Avaliar a função respiratória, por exemplo, freqüência, ritmo e profundidade, sons respiratórios anormais/diminuídos, esforço respiratório aumentado evidenciado pelo uso dos músculos acessórios, expansão torácica limitada e fadiga; ● Auscultar os campos pulmonares; ● Palpar quanto ao frêmito torácico; ● Monitorar o ritmo cardíaco; ● Monitorizar os sinais vitais; ● Observar se a língua apresenta escarlate, acinzentada ou estado natural. ● Investigar mudanças/deteriorização súbita no distúrbio, tal como aumento da dor torácica, sons cardíacos extras, febre recorrente e alterações na característica do escarro; ● Posicionar o leito em semi-Fowler, mudar a posição freqüentemente, para facilitar o trabalho respiratório e encorajar a respiração profunda; ● Observar a cor da pele,membranas ,mucosas, cianose central e periférica; ● Administrar medicamentos (broncodilatadores, corticosteróides) prescritos; ● Instruir o paciente a relatar quaisquer sinais de infecção (febre, alterações na coloração, características, consistência ou na quantidade do escarro, rigidez do tórax, agravo da dispnéia, aumento da fadiga); ● Ensinar os pacientes a usar inaladores, prescritos, conforme adequado; ● Instruir o paciente acerca das medidas de higiene e cobrir a boca e o nariz quando tossir e espirrar; ● Evitar os extremos de temperatura; ● Monitorar e tratar as complicações potencias; Diagnóstico de enfermagem: 3) Intolerância à atividade relacionada à função respiratória ineficaz, fadiga, estado nutricional alterado e febre; Definição: Energia fisiológica ou psicológica insuficiente para suportar ou completar atividade diária requerida ou desejada. 9 Intervenções de enfermagem: ● Encorajar o repouso adequado e equilibrado com a atividade moderada; ● Informar sobre as limitações na realização de atividades e a alternância destas com períodos de repouso para evitar a fadiga; ● Planejar um programa de atividade progressiva; ● Avaliar a resposta do paciente a atividade; ● Aumentar a ingesta hídrica, para facilitar na fluidificação das secreções; ● A umidificação pode ser empregada para amolecer as secreções e melhorar a ventilação; ● Realizar drenagem postural, através de técnicas de tapotagem e manobras de expansão pulmonar como as respirações profundas com um espiromêtro de incentivo para induzir a tosse e a expectoração; ● Proporcionar uma boa higiene pulmonar; ● Avaliar quanto à dispnéia, taquipnéia, sons respiratórios anormais/diminuídos, esforço respiratório aumentado, expansão torácica limitada e fadiga; ● Fisioterapia respiratória auxiliando o paciente para assegurar a permeabilidade das vias áreas e adequada troca de gases. ● Elaborar um plano nutricional que propicie refeições pequenas e freqüentes, com alimentos ricos em proteínas e carboidratos; ● Encorajar um aumento da ingestão de proteína, ferro e vitamina C, quando adequado; ● Monitorizar o peso periodicamente; investigar anorexia, náusea/vômito e observar possível correlação com o medicamento; ● Monitorar a freqüência / o ritmo cardíaco; ● Monitorizar os sinais vitais; ● Monitorizar presença e freqüência de sons intestinais, assim como freqüência, volume e consistência das fezes; ● Monitorar a temperatura e os horários em que ocorrem os episódios de febre; ● Administrar antitérmicos conforme prescrição médica; Diagnóstico de enfermagem: 4) Nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais, relacionada com a fadiga, tosse freqüente, produção de escarro, dispnéia e anorexia, evidenciada por perda de peso e sensação de paladar alterado; 10 Definição ingestão de nutrientes insuficientes para satisfazer às necessidades metabólicas. Intervenções de enfermagem: ● Avaliar estado nutricional do paciente; ● Perguntar se o paciente tem alguma alergia alimentar; ● Confirmar as preferências nutricionais; ● Elaborar um plano nutricional que propicie refeições pequenas e freqüentes, com alimentos ricos em proteínas e carboidratos, incluindo comidas secas e/ou alimentos que são do agrado do paciente; ● Monitorizar o peso periodicamente; investigar anorexia e náusea/vômito e observar possível correlação com o medicamento; ● Encorajar um aumento da ingestão de proteína, ferro e vitamina C, quando adequado; ● Garantir que a dieta inclua alimentos ricos em fibras, para evitar constipação; ● Monitorizar presença e freqüência de sons intestinais, assim como freqüência, volume e consistência das fezes; ● Observar relatos de náusea e de vômitos; ● Monitorizar os sinais vitais; ● Realizar drenagem postural, através de técnicas de tapotagem e manobras de expansão pulmonar como as respirações profundas com um espiromêtro de incentivo para induzir a tosse com expectoração; ● Estimular a expectoração; ● Proporcionar uma boa higiene pulmonar; ● Observar a capacidade de tossir/expectorar muco eficazmente; documentar as características, quantidade do escarro, presença de hemoptise; ● A umidificação pode ser empregada para amolecer as secreções e melhorar a ventilação; ● Avaliar quanto a dispnéia, taquipnéia, sons respiratórios anormais/diminuídos, esforço respiratório aumentado, expansão torácica limitada e fadiga; Diagnóstico de enfermagem: 5) Déficit de conhecimento sobre as medidas preventivas, controle, tratamento e auto cuidado; 11 Definição: Ausência ou deficiência de informação cognitiva relacionada a um tópico específico. Intervenções de enfermagem: ● Observar a capacidade de tossir/expectorar muco eficazmente; documentar as características, quantidade do escarro, presença de hemoptise; ● Conscientizar o paciente que a ingestão das medicações de forma adequada é muito importante para o esquema de tratamento e para a prevenção da transmissão; ● Informar o paciente sobre os efeitos colaterais da medicação e a forma de minimizá-los; ● Instruir o paciente acerca das medidas de higiene e cobrir a boca e o nariz quando tossir e espirrar; ● Instrui o paciente a respeito do expurgo; ● Demonstrar e encorajar uma boa técnica de lavagem das mãos; ● Encorajar o repouso adequado e equilibrado com a atividade moderada; ● Instruir e ajudar o paciente quanto as técnicas de contenção do tórax durante episódios de tosse; ● Discutir os aspectos debilitantes da doença; ● Instruir e modificar medidas de controle da dor com base na resposta do paciente; ● Orientar o paciente sobre a maneira correta de tossir; ● Informar sobre as limitações na realização de atividades e a alternância destas com períodos de repouso para evitar a fadiga; ● Revisar sinais/sintomas que exigem imediata avaliação clínica, por exemplo, dor torácica súbita, dispnéia/falta de ar, angustia respiratória progressiva; ● Revisar os significados das boas práticas de saúde, por exemplo, nutrição adequada, repouso, exercício; ● Ensinar os pacientes a usar inaladores, prescritos, conforme adequado; Diagnóstico de enfermagem: 6) Hipertermia; Definição: Temperatura do corpo elevada acima da variação normal. 12 Intervenções de enfermagem: ● Monitorizar os sinais vitais ● Monitorar a temperatura e os horários em que ocorrem os episódios de febre; ● Administrar antitérmicos conforme prescrição médica; Resultados esperados: 1) Mantém a via aérea permeável; 2) Expectora as secreções sem necessitar de ajuda; 3) Relata a ausência/diminuição da dispnéia; 4) Mantém um programa de atividade; 5) Apresenta ganho/manutenção do peso; 6) Adere ao regime medicamentoso; 7) Relaciona os efeitos colaterais esperados dos medicamentos; 8) Não apresenta complicações; 9) Identifica as complicações potenciais; 10) Pratica procedimentos preventivos com bons hábitos de higiene, lavagem das mãos, lenço de papel; 11) Implementa recomendações que minimizam os efeitos colaterais das medicações como suplementos vitamínicos, evita o uso de álcool, realiza exames regularmente; 13 PNEUMONIA DEFINIÇÃO: E uma inflamação do parênquima pulmonar causada por bactérias, fungos e vírus. Podendo ser classificada em três tipos:comunitária (PAC) – ocorre dentro das primeiras 48 horas da hospitalização; adquirida no hospital – o inicio dos sintomas da pneumonia apresenta mais de 48 horas depois da admissão hospitalar e a pneumonia por aspiração – decorrente da entrada de substância endógenas ou exógenas na via área inferior. Esta patologia é comum com determinadas doenças como insuficiência cardíaca , diabetes, alcoolismo, DPOC e AIDS FATORES DE RISCO: ● Idade avançada/idosos; ● Fumo: provoca reação inflamatória que facilita a penetração de agentes infecciosos; ● Álcool: interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório; ● Ar-condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus e bactérias; ● Constipações mal curadas; ● Mudanças bruscas de temperatura. ● Alergias Respiratórias e Pneumoconioses. ● Internações de longa data ● Insuficiência cardíaca ● Colonização da orofaringe ● Aspiração (micro e macro) ● Cirrose hepática ● Deficiência nutricional ● Doença pulmonar obstrutiva crônica(DPOC) FISIOPATOLOGIA: As características das vias áreas superiores normalmente impedem que partículas potencialmente infecciosas alcancem o estéril trato respiratório inferior. A pneumonia 14 surge a partir da flora normalmente em um paciente cuja resistência foi alterada, ou resultante da aspiração da flora presente na orofaringe. Esta patologia geralmente afeta tanto a ventilação quanto a difusão. Pode acontecer uma reação inflamatória nos alvéolos produzindo um exsudato que interfere com a difusão do oxigênio e do gás carbônico. As áreas do pulmão deixam de ser adequadamente ventiladas devido as secreções e o edema da mucosa que provocam uma oclusão parcial do brônquio ou dos alvéolos, com resultante da diminuição na tensão alveolar de oxigênio. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: ● Tosse produtiva e freqüente ● Febres altas entre 38,5 a 40 graus ● Escarro muco purulento ● Fadiga ● Taquipnéia ● Sudorese ● Calafrios ● Dor do tipo pleurítica ● Uso dos músculos acessórios na respiração, ● Bradicardia entre outros com menor freqüência. COMPLICAÇÕES PONTENCIAS: ● Persistência dos sintomas, ● Choque, ● Insuficiência respiratória, ● Atelectasia, ● Derrame pleural ● Superinfecção. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Diagnóstico de enfermagem: 1) Eliminação traqueobrônquica ineficaz: que pode estar relacionada à secreção espessa, fadiga e precário esforço da tosse, e possivelmente evidenciadas por freqüência, ritmo e profundidade anormais da respiração, sons respiratórios adventícios e dispnéia; 15 Definição: Estado em que o indivíduo apresenta dificuldade de expectorar a secreção presente. Intervenções de enfermagem: ● Aumentar a ingesta hídrica, para facilitar na fluidificação das secreções; ● A umidificação pode ser empregada para amolecer as secreções e melhorar a ventilação; ● Realizar drenagem postural, através de técnicas de tapotagem e manobras de expansão pulmonar como as respirações profundas com um espiromêtro de incentivo para induzir a tosse e a expectoração; ● Estimular a expectoração; ● Observar a capacidade de tossir/expectorar muco eficazmente; documentar as características, quantidade do escarro, presença de hemoptise; ● Instruir e ajudar o paciente quanto às técnicas de contenção do tórax durante episódios de tosse e orientá-lo sobre a maneira correta de tossir; ● Ajudar o paciente a aumentar sua capacidade de tossir de forma efetiva para expectorar a secreção, evitando assim o acúmulo da mesma e a dispnéia – fazer uma inspiração prolongada e tossir duas a três vezes na respiração; ● Remover secreções, encorajando tossir ou aspirando; ● Fisioterapia respiratória auxiliando o paciente para assegurar a permeabilidade das vias áreas e adequada troca de gases; ● Avaliar a função respiratória, por exemplo, freqüência, ritmo e profundidade, sons respiratórios anormais/diminuídos, esforço respiratório aumentado evidenciado pelo uso dos músculos acessórios, expansão torácica limitada e fadiga; ● Auscultar os campos pulmonares; ● Palpar quanto ao frêmito torácico; ● Monitorar o ritmo cardíaco; ● Monitorizar os sinais vitais; ● Observar se a língua apresenta escarlate, acinzentada ou estado natural; ● Investigar mudanças/deteriorização súbita no distúrbio, tal como aumento da dor torácica, sons cardíacos extras, febre recorrente e alterações na característica do escarro; 16 ● Posicionar o leito em semi-Fowler, mudar a posição freqüentemente, para facilitar o trabalho respiratório e encorajar a respiração profunda; ● Ensinar os pacientes a usar inaladores, prescritos, conforme adequado; ● Instruir o paciente acerca das medidas de higiene e cobrir a boca e o nariz quando tossir e espirrar; ● Informar sobre as limitações na realização de atividades e a alternância destas com períodos de repouso para evitar a fadiga; ● Evitar os extremos de temperatura; ● Monitorar e tratar as complicações potencias; Diagnóstico de enfermagem: 2) Troca gasosa prejudicada: possivelmente devido à diminuição da superfície pulmonar eficaz, atelectasia e secreções espessas; Definição: Excesso ou déficit na oxigenação e/ou eliminação de dióxido de carbono na membrana alvéolo capilar. Intervenções de Enfermagem: ● Aumentar a ingesta hídrica, para facilitar na fluidificação das secreções; ● A umidificação pode ser empregada para amolecer as secreções e melhorar a ventilação; ● Realizar drenagem postural, através de técnicas de tapotagem e manobras de expansão pulmonar como as respirações profundas com um espiromêtro de incentivo para induzir a tosse e a expectoração; ● Estimular a expectoração; ● Observar a capacidade de tossir/expectorar muco eficazmente; documentar as características, quantidade do escarro, presença de hemoptise; ● Instruir quanto à tosse eficaz, observar as características da tosse (persistente, seca, produtiva) e encorajar a expectoração do escarro; ● Ajudar o paciente a aumentar sua capacidade de tossir de forma efetiva para expectorar a secreção, evitando assim o acúmulo da mesma e a dispnéia – fazer uma inspiração prolongada e tossir duas a três vezes na respiração. ● Observar coloração, odor e característica do escarro; ● Instruir e ajudar o paciente quanto às técnicas de contenção do tórax durante episódios de tosse e orientá-lo sobre a maneira correta de tossir; 17 ● Remover secreções, encorajando tossir ou aspirando; ● Fisioterapia respiratória auxiliando o paciente para assegurar a permeabilidade das vias áreas e adequada troca de gases; ● Avaliar a função respiratória, por exemplo, freqüência, ritmo e profundidade, sons respiratórios anormais/diminuídos, esforço respiratório aumentado evidenciado pelo uso dos músculos acessórios, expansão torácica limitada e fadiga; ● Auscultar os campos pulmonares; ● Palpar quanto ao frêmito torácico; ● Monitorar o ritmo cardíaco; ● Monitorizar os sinais vitais; ● Observar se a língua apresenta escarlate, acinzentada ou estado natural. ● Investigar mudanças/deteriorização súbita no distúrbio, tal como aumento da dor torácica, sons cardíacos extras, febre recorrente e alterações na característica do escarro; ● Posicionar o leito em semi-Fowler, mudar a posição freqüentemente, para facilitar o trabalho respiratório e encorajar a respiração profunda; ● Observar a cor da pele,membranas ,mucosas, cianose central e periférica; ● Administrar medicamentos (broncodilatadores, corticosteróides) prescritos; ● Instruir o paciente a relatar quaisquer sinais de infecção (febre, alterações na coloração, características, consistência ou na quantidade do escarro, rigidez do tórax, agravo da dispnéia, aumento da fadiga); ● Ensinar os pacientes a usar inaladores, prescritos, conforme adequado; ● Instruir o paciente acerca das medidas de higiene e cobrir a boca e o nariz quando tossir e espirrar; ● Evitar os extremos de temperatura; ● Monitorar e tratar as complicações potencias; Diagnóstico de Enfermagem 3) Risco para infecção relacionado com as defesas primárias inadequadas, processo de doença crônica e desnutrição; Definição: Risco aumentado de ser invadido por organismo patógenos. 18 Intervenções de Enfermagem: Confirmar preferências alimentares do paciente Encorajar a ingestão calórica Pesar o paciente diariamente Monitoração da pele Monitoração de eletrólitos Monitorar ingesta calórica e nutricional Manter ambiente higienizado Trocar os equipamentos para cuidados do paciente conforme protocolo Manter técnicas de isolamento, se necessário Orientar acompanhantes e paciente para cuidados com a lavagem das mãos Manter ambiente asséptico quando realização de algum procedimento Encorajar a respiração e tosse profunda, se necessário Encorajar a ingestão de líquidos Administrar terapia com antibióticos, se necessário Monitoração de SSVV Monitoração sinais e sintomas de infecção Monitorar hemograma e leucograma Obter culturas, se necessário Diagnóstico de Enfermagem: 4) Intolerância atividade relacionada com função respiratória ineficaz, fadiga, estado nutricional alterado e febre. Definição: Energia fisiológica ou psicológica insuficiente para suportar ou completar atividade diária requerida ou desejada. Intervenções de Enfermagem: ● Encorajar o repouso adequado e equilibrado com a atividade moderada; ● Informar sobre as limitações na realização de atividades e a alternância destas com períodos de repouso para evitar a fadiga; ● Planejar um programa de atividade progressiva; ● Avaliar a resposta do paciente a atividade; ● Aumentar a ingesta hídrica, para facilitar na fluidificação das secreções; 19 ● A umidificação pode ser empregada para amolecer as secreções e melhorar a ventilação; ● Realizar drenagem postural, através de técnicas de tapotagem e manobras de expansão pulmonar como as respirações profundas com um espiromêtro de incentivo para induzir a tosse e a expectoração; ● Proporcionar uma boa higiene pulmonar; ● Avaliar quanto à dispnéia, taquipnéia, sons respiratórios anormais/diminuídos, esforço respiratório aumentado, expansão torácica limitada e fadiga; ● Fisioterapia respiratória auxiliando o paciente para assegurar a permeabilidade das vias áreas e adequada troca de gases. ● Elaborar um plano nutricional que propicie refeições pequenas e freqüentes, com alimentos ricos em proteínas e carboidratos; ● Encorajar um aumento da ingestão de proteína, ferro e vitamina C, quando adequado; ● Monitorizar o peso periodicamente; investigar anorexia, náusea/vômito e observar possível correlação com o medicamento; ● Monitorar a freqüência / o ritmo cardíaco; ● Monitorizar os sinais vitais; ● Monitorizar presença e freqüência de sons intestinais, assim como freqüência, volume e consistência das fezes; ● Monitorar a temperatura e os horários em que ocorrem os episódios de febre; ● Administrar antitérmicos conforme prescrição médica; Diagnóstico de Enfermagem: 5) Dor aguda, possivelmente relacionada com a tosse. Definição: Experiência sensorial e emocional que surge de dano tissular real ou potencial, ou que é descrita assim ( International Association for the study of pain, Associação Internacional para o Estudo da Dor) dor de inicio súbito ou lento de qualquer intensidade de leve a grave, com um fim antecipado ou previsível e com uma duração menor de seis meses. Intervenções de Enfermagem: ● Avaliar sinais verbais e não verbais de dor pelo paciente; 20 ● Determinar as características da dor, por exemplo, aguda, constante, latejante. Investigar as alterações na característica/localização/intensidade da dor. ● Realizar uma avaliação abrangente da dor, que o local, as características, o inicio, a duração, a freqüência, a qualidade, a intensidade ou gravidade da dor e os fatores precipitantes. ● Investigar com o paciente os fatores que aliviam ou pioram a dor. ● Selecionar e implementar uma variedades de medidas(por exemplo farmacológicas, não farmacológicas e interpessoais) para facilitar o alivio da dor, quando adequado. ● Instruir e modificar medidas de controle da dor com base na resposta do paciente. ● Notificar o médico se as medidas não forem bem sucedidas ou se a queixa atual consistir em uma mudança significativa em relação anterior da dor do paciente. ● Assegurar que o paciente receba cuidados precisos de analgesia. ● Avaliar a eficácia do regime medicamentoso. ● Instruir e ajudar o paciente quanto as técnicas de contenção do tórax durante episódios de tosse ● Avalia a freqüência/profundidade das respirações e do movimento torácico ● Elevar a cabeceira do leito,mudar a posição frequentemente ● Monitorizar os sinais vitais; Diagnóstico de Enfermagem: 6) Risco para nutrição alterada: menor do que os requisitos corporais (relacionado) com a fadiga, tosse freqüente, produção de escarro, dispnéia e anorexia, evidenciada por perda de peso e sensação de paladar alterado; Definição: Ingestão de nutrientes insuficiente para satisfazer às necessidades metabólicas. Intervenções de Enfermagem: ● Avaliar estado nutricional do paciente; ● Perguntar se o paciente tem alguma alergia alimentar; ● Confirmar as preferências nutricionais; ● Elaborar um plano nutricional que propicie refeições pequenas e freqüentes, com alimentos ricos em proteínas e carboidratos, incluindo comidas secas e/ou alimentos que são do agrado do paciente; 21 ● Monitorizar o peso periodicamente; investigar anorexia e náusea/vômito e observar possível correlação com o medicamento; ● Encorajar um aumento da ingestão de proteína, ferro e vitamina C, quando adequado; ● Garantir que adieta inclua alimentos ricos em fibras, para evitar constipação; ● Monitorizar presença e freqüência de sons intestinais, assim como freqüência, volume e consistência das fezes; ● Observar relatos de náusea e de vômitos; ● Monitorizar os sinais vitais; ● Realizar drenagem postural, através de técnicas de tapotagem e manobras de expansão pulmonar como as respirações profundas com um espiromêtro de incentivo para induzir a tosse com expectoração; ● Estimular a expectoração; ● Proporcionar uma boa higiene pulmonar; ● Observar a capacidade de tossir/expectorar muco eficazmente; documentar as características, quantidade do escarro, presença de hemoptise; ● A umidificação pode ser empregada para amolecer as secreções e melhorar a ventilação; ● Avaliar quanto à dispnéia, taquipnéia, sons respiratórios anormais/diminuídos, esforço respiratório aumentado, expansão torácica limitada e fadiga; Diagnóstico de Enfermagem: 7) Risco para déficit de volume de líquidos relacionado à febre e a dispnéia: Definição: Liquido intravascular, intersticial e/ou intracelular diminuído. Isso se refere apenas a desidratação, perda de água sem alteração no sódio. Intervenções de Enfermagem: ● Monitorizar os sinais vitais ● Avaliar o tugor cutâneo ● Observar relatos de náusea e de vômitos ● Monitorizar a ingestão e o débito ● Forçar a ingestão de líquidos para no mínimo 2500ml/dia de acordo com a tolerância cardíaca. 22 ● Remover as secreções através de técnicas de tapotagem e manobras de expansão pulmonar como as respirações profundas com um espiromêtro de incentivo possam induz a tosse com expectoração. ● A umidificação pode ser empregada para amolecer as secreções e melhorar a ventilação ● Fisioterapia respiratória auxiliando o paciente para assegurar a permeabilidade das vias áreas e adequada troca de gases. ● Remover secreções, encorajando tossir ou aspirando. ● Orientar o paciente sobre a maneira correta de tossir. Diagnóstico de Enfermagem 8) Déficit de conhecimento sobre as medidas preventivas, controle, tratamento e auto cuidado. Definição: Ausência ou deficiência de informação cognitiva relacionada a um tópico especifico. Intervenções de Enfermagem: ● Observar a capacidade de tossir/expectorar muco eficazmente; documentar as características, quantidade do escarro, presença de hemoptise; ● Conscientizar o paciente que a ingestão das medicações de forma adequada é muito importante para o esquema de tratamento e para a prevenção da transmissão; ● Informar o paciente sobre os efeitos colaterais da medicação e a forma de minimizá-los; ● Instruir o paciente acerca das medidas de higiene e cobrir a boca e o nariz quando tossir e espirrar; ● Instrui o paciente a respeito do expurgo; ● Demonstrar e encorajar uma boa técnica de lavagem das mãos; ● Encorajar o repouso adequado e equilibrado com a atividade moderada; ● Instruir e ajudar o paciente quanto as técnicas de contenção do tórax durante episódios de tosse; ● Discutir os aspectos debilitantes da doença; ● Instruir e modificar medidas de controle da dor com base na resposta do paciente; ● Orientar o paciente sobre a maneira correta de tossir; 23 ● Informar sobre as limitações na realização de atividades e a alternância destas com períodos de repouso para evitar a fadiga; ● Revisar sinais/sintomas que exigem imediata avaliação clínica, por exemplo, dor torácica súbita, dispnéia/falta de ar, angustia respiratória progressiva; ● Revisar os significados das boas práticas de saúde, por exemplo, nutrição adequada, repouso, exercício; ● Ensinar os pacientes a usar inaladores, prescritos, conforme adequado; Diagnóstico de Enfermagem: 9) Hipertermia Definição: Temperatura do corpo elevada acima da variação normal. Intervenções de Enfermagem: ● Monitorizar os sinais vitais ● Monitorar a temperatura e os horários em que ocorrem os episódios de febre; ● Administrar antitérmicos conforme prescrição médica; Resultados esperados: 1) Identificar/demonstrar comportamentos para alcançar eliminação traqueobrônquica. 2) Apresentar uma via área permeável com sons respiratórios vesiculares, ausência de dispnéia e cianose. 3) Apresentar melhora da oxigenação dos tecidos pela gasometria dentro da faixa aceitável para o pacienta e ausência dos sintomas de angustia respiratória 4) Participar nas ações para maximizar a oxigenação 5) Obter uma resolução em tempo de infecção secundaria 6) Relatar/apresentar um aumento mensurável à atividade com ausência de dispnéia e fadiga excessiva e sinais vitais dentro das faixa aceitável do pacienta 7) Verbalizar o alivio/controle da dor 8) Apresentar comportamento relaxado/repouso e engajamento na atividade adequadamente 9) Demonstrar apetite aumentado 10) Manter/readquirir o peso desejado 24 11) Apresentar equilíbrio hídrico evidenciado por parâmetros adequado individualmente, por exemplo: membranas mucosas úmidas, bom tugor cutâneo, rápido enchimento capilar e SSVV estáveis 12) Verbalizar compreensão do regime terapêutico 13) Iniciar as mudanças necessárias do estilo de vida 14) Participar do programa de tratamento 25 DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DEFINIÇÃO: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é um estado de doença no qual o fluxo de ar está obstruído pelo enfisema ou pela bronquite crônica. Essa obstrução é geralmente progressiva e irreversível. A causa primária da obstrução pode variar e inclui inflamação, tamponamento por muco, estreitamento da luz ou destruição da via aérea. FATORES DE RISCO: Tabagismo Exposição a fumaça do tabaco; Exposição ocupacional Poluição do ar ambiente Anormalidades genéticas (deficiência de alfa1-antitripsina) O tabagismo: deprime a atividade macrófaga das células, irrita as células caliciformes provocando aumento de produção de muco e afeta o mecanismo ciliar de limpeza do trato respiratório que juntamente com a obstrução causa distenção alveolar e conseqüente diminuição da capacidade/complacência pulmonar. Além disso, libera CO que liga-se com a hemoglobina (carboxiemoglobina) minimizando o transporte de oxigênio. FISIOPATOLOGIA: A obstrução varia conforme a doença subjacente: Bronquite crônica: inflamação das vias aéreas com estreitamento ou bloqueio delas, produção crescente de escarro e acentuada cianose.A produção e o acúmulo de muco excessivo restringem o fluxo de ar; Enfisema: inflamação recorrente que danifica e destrói as paredes alveolares criando vesículas (bolhas de ar) e bronquíolos colapsados à respiração. A destruição da parede dos alvéolos superdistendidos diminui a troca gasosa; Asma: inflamação reversível com broncoespasmo, hipersecreção de muco e edema. A inflamação é precipitada por alérgenos, problemas emocionais, baixas 26 temperaturas, exercícios, agentes químicos, medicamentos e infecções virais. As vias aéreas inflamadas e constritas dificultam o fluxo de ar; MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Dispnéia; Tosse; Aumento do trabalho respiratório; Perda de peso, devido à dispnéia; Com a progressão da doença pode acontecer dispnéia em repouso e uso de músculos acessórios na respiração. COMPLICAÇÕES POTENCIAIS: Insuficiência e falência respiratória; Atelectasia; Pneumotórax; Infecção pulmonar; Hipertensão pulmonar; SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Diagnóstico de Enfermagem: 10) Troca gasosa prejudicada, podendo estar relacionada ao suprimento de oxigênio alterado e destruição dos alvéolos, e evidenciada por dispnéia, confusão, inquietação, incapacidade para mobilizar as secreções, alterações dos sinais vitais e redução da tolerância a atividades; Definição: Excesso ou déficit na oxigenação e/ou eliminação de dióxido de carbono na membrana alvéolo capilar. Intervenções de enfermagem: Promover a cessação ao tabagismo, explicando ao paciente os riscos do tabagismo e os benefícios da cessação; Analisar as recaídas ao tabagismo e identificar possíveis soluções; Eliminar ou diminuir os irritantes pulmonares (fumo); 27 Encorajar a imunização contra a gripe e o S.pneumoniae; Instruir o paciente acerca da importância da cessação do tabagismo; Aumentar a ingesta hídrica, para facilitar na fluidificação das secreções; A umidificação pode ser empregada para amolecer as secreções e melhorar a ventilação; Realizar drenagem postural, através de técnicas de tapotagem e manobras de expansão pulmonar como as respirações profundas com um espiromêtro de incentivo para induzir a tosse e a expectoração; Estimular a expectoração; Observar a capacidade de tossir/expectorar muco eficazmente; documentar as características, quantidade do escarro, presença de hemoptise; Instruir e ajudar o paciente quanto às técnicas de contenção do tórax durante episódios de tosse e orientá-lo sobre a maneira correta de tossir; Ajudar o paciente a aumentar sua capacidade de tossir de forma efetiva para expectorar a secreção, evitando assim o acúmulo da mesma e a dispnéia – fazer uma inspiração prolongada e tossir duas a três vezes na respiração; Remover secreções, encorajando tossir ou aspirando; Fisioterapia respiratória auxiliando o paciente para assegurar a permeabilidade das vias áreas e adequada troca de gases; Avaliar a função respiratória, por exemplo, freqüência, ritmo e profundidade, sons respiratórios anormais/diminuídos, esforço respiratório aumentado evidenciado pelo uso dos músculos acessórios, expansão torácica limitada e fadiga; Auscultar os campos pulmonares; Palpar quanto ao frêmito torácico; Monitorar o ritmo cardíaco; Monitorizar os sinais vitais; Observar se a língua apresenta escarlate, acinzentada ou estado natural; Investigar mudanças/deteriorização súbita no distúrbio, tal como aumento da dor torácica, sons cardíacos extras, febre recorrente e alterações na característica do escarro; Posicionar o leito em semi-Fowler, mudar a posição freqüentemente, para facilitar o trabalho respiratório e encorajar a respiração profunda; 28 Ensinar os pacientes a usar inaladores, prescritos, conforme adequado; Instruir o paciente acerca das medidas de higiene e cobrir a boca e o nariz quando tossir e espirrar; Informar sobre as limitações na realização de atividades e a alternância destas com períodos de repouso para evitar a fadiga; Evitar os extremos de temperatura; Informar acerca dos efeitos colaterais dos medicamentos e avaliar a compreensão do paciente e da família; Discutir a importância de evitar pessoas com infecção respiratória ativa; Monitorar e tratar as complicações potencias; Diagnóstico de Enfermagem: 11) Eliminação traqueobrônquica ineficaz, relacionada ao broncoespasmo, produção aumentada de secreções, tosse ineficaz e infecção broncopulmonar, possivelmente evidenciada por dispnéia, alteração na profundidade/freqüência das respirações, uso de músculos acessórios, sons respiratórios adventícios e tosse seca ou produtiva; Definição: Estado em que o indivíduo apresenta dificuldade de expectorar a secreção presente. Intervenções de enfermagem: Aumentar a ingesta hídrica, para facilitar na fluidificação das secreções; A umidificação pode ser empregada para amolecer as secreções e melhorar a ventilação; Realizar drenagem postural, através de técnicas de tapotagem e manobras de expansão pulmonar como as respirações profundas com um espiromêtro de incentivo para induzir a tosse e a expectoração; Estimular a expectoração; Observar a capacidade de tossir/expectorar muco eficazmente; documentar as características, quantidade do escarro, presença de hemoptise; Instruir e ajudar o paciente quanto às técnicas de contenção do tórax durante episódios de tosse e orientá-lo sobre a maneira correta de tossir; 29 Ajudar o paciente a aumentar sua capacidade de tossir de forma efetiva para expectorar a secreção, evitando assim o acúmulo da mesma e a dispnéia – fazer uma inspiração prolongada e tossir duas a três vezes na respiração; Remover secreções, encorajando tossir ou aspirando; Fisioterapia respiratória auxiliando o paciente para assegurar a permeabilidade das vias áreas e adequada troca de gases; Avaliar a função respiratória, por exemplo, freqüência, ritmo e profundidade, sons respiratórios anormais/diminuídos, esforço respiratório aumentado evidenciado pelo uso dos músculos acessórios, expansão torácica limitada e fadiga; Auscultar os campos pulmonares; Palpar quanto ao frêmito torácico; Monitorar o ritmo cardíaco; Monitorizar os sinais vitais; Observar se a língua apresenta escarlate, acinzentada ou estado natural; Investigar mudanças/deteriorização súbita no distúrbio, tal como aumento da dor torácica, sons cardíacos extras, febre recorrente e alterações na característica do escarro; Posicionar o leito em semi-Fowler, mudar a posição freqüentemente, para facilitar o trabalho respiratório e encorajar a respiração profunda; Ensinar os pacientes a usar inaladores, prescritos, conforme adequado; Instruir o paciente acerca das medidas de higiene e cobrir a boca e o nariz quando tossir e espirrar; Informar sobre as limitações na realização de atividades e a alternância destas com períodos de repouso para evitar a fadiga; Evitar os extremos de temperatura; Monitorar e tratar as complicações potencias; Diagnóstico de Enfermagem: 12) Padrão respiratório ineficaz relacionada à falta de ar, muco, broncoconstricção e irritantes da via aérea; Definição: Estado em que o indivíduo apresenta perda real ou potencial da ventilação adequada relacionada à alteração no padrão respiratório. 30 Intervenções de enfermagem: Aumentar a ingesta hídrica, para facilitar na fluidificação das secreções; A umidificação pode ser empregada para amolecer as secreções e melhorar a ventilação; Realizar drenagem postural, através de técnicas de tapotagem e manobras de expansão pulmonar como as respirações profundas com um espiromêtro de incentivo para induzir a tosse e a expectoração; Estimular a expectoração; Observar a capacidade de tossir/expectorar muco eficazmente; documentar as características, quantidade do escarro, presença de hemoptise; Instruir e ajudar o paciente quanto às técnicas de contenção do tórax durante episódios de tosse e orientá-lo sobre a maneira correta de tossir; Ajudar o paciente a aumentar sua capacidade de tossir de forma efetiva para expectorar a secreção, evitando assim o acúmulo da mesma e a dispnéia – fazer uma inspiração prolongada e tossir duas a três vezes na respiração; Remover secreções, encorajando tossir ou aspirando; Fisioterapia respiratória auxiliando o paciente para assegurar a permeabilidade das vias áreas e adequada troca de gases; Avaliar a função respiratória, por exemplo, freqüência, ritmo e profundidade, sons respiratórios anormais/diminuídos, esforço respiratório aumentado evidenciado pelo uso dos músculos acessórios, expansão torácica limitada e fadiga; Auscultar os campos pulmonares; Palpar quanto ao frêmito torácico; Monitorar o ritmo cardíaco; Monitorizar os sinais vitais; Observar se a língua apresenta escarlate, acinzentada ou estado natural; Investigar mudanças/deteriorização súbita no distúrbio, tal como aumento da dor torácica, sons cardíacos extras, febre recorrente e alterações na característica do escarro; Posicionar o leito em semi-Fowler, mudar a posição freqüentemente, para facilitar o trabalho respiratório e encorajar a respiração profunda; 31 Ensinar os pacientes a usar inaladores, prescritos, conforme adequado; Instruir o paciente acerca das medidas de higiene e cobrir a boca e o nariz quando tossir e espirrar; Informar sobre as limitações na realização de atividades e a alternância destas com períodos de repouso para evitar a fadiga; Evitar os extremos de temperatura; Monitorar e tratar as complicações potencias; Diagnóstico de Enfermagem: 13) Nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais, relacionada com a fadiga, produção de escarro, dispnéia, efeitos colaterais dos medicamentos, anorexia e náuseas/vômitos evidenciada por perda de peso, sensação de paladar alterado e aversão à alimentação; Definição: Ingestão de nutrientes insuficientes para satisfazer às necessidades metabólicas. Intervenções de enfermagem: Avaliar estado nutricional do paciente; Perguntar se o paciente tem alguma alergia alimentar; Confirmar as preferências nutricionais; Elaborar um plano nutricional que propicie refeições pequenas e freqüentes, com alimentos ricos em proteínas e carboidratos, incluindo comidas secas e/ou alimentos que são do agrado do paciente; Monitorizar o peso periodicamente; investigar anorexia e náusea/vômito e observar possível correlação com o medicamento; Encorajar um aumento da ingestão de proteína, ferro e vitamina C, quando adequado; Garantir que adieta inclua alimentos ricos em fibras, para evitar constipação; Monitorizar presença e freqüência de sons intestinais, assim como freqüência, volume e consistência das fezes; Observar relatos de náusea e de vômitos; Monitorizar os sinais vitais; 32 Realizar drenagem postural, através de técnicas de tapotagem e manobras de expansão pulmonar como as respirações profundas com um espiromêtro de incentivo para induzir a tosse com expectoração; Estimular a expectoração; Proporcionar uma boa higiene pulmonar; Observar a capacidade de tossir/expectorar muco eficazmente; documentar as características, quantidade do escarro, presença de hemoptise; A umidificação pode ser empregada para amolecer as secreções e melhorar a ventilação; Avaliar quanto a dispnéia, taquipnéia, sons respiratórios anormais/diminuídos, esforço respiratório aumentado, expansão torácica limitada e fadiga; Diagnóstico de Enfermagem: 14) Intolerância a atividade devido à função respiratória ineficaz, fadiga, estado nutricional alterado e febre; Definição: Energia fisiológica ou psicológica insuficiente para suportar ou completar atividade diária requerida ou desejada. Intervenções de enfermagem: Encorajar o repouso adequado e equilibrado com a atividade moderada; Informar sobre as limitações na realização de atividades e a alternância destas com períodos de repouso para evitar a fadiga; Planejar um programa de atividade progressiva; Avaliar a resposta do paciente a atividade; Aumentar a ingesta hídrica, para facilitar na fluidificação das secreções; A umidificação pode ser empregada para amolecer as secreções e melhorar a ventilação; Realizar drenagem postural, através de técnicas de tapotagem e manobras de expansão pulmonar como as respirações profundas com um espiromêtro de incentivo para induzir a tosse e a expectoração; Proporcionar uma boa higiene pulmonar; 33 Avaliar quanto à dispnéia, taquipnéia, sons respiratórios anormais/diminuídos, esforço respiratório aumentado, expansão torácica limitada e fadiga; Fisioterapia respiratória auxiliando o paciente para assegurar a permeabilidade das vias áreas e adequada troca de gases; Elaborar um plano nutricional que propicie refeições pequenas e freqüentes, com alimentos ricos em proteínas e carboidratos; Encorajar um aumento da ingestão de proteína, ferro e vitamina C, quando adequado; Monitorizar o peso periodicamente; investigar anorexia, náusea/vômito e observar possível correlação com o medicamento; Monitorar a freqüência / o ritmo cardíaco; Monitorizar os sinais vitais; Monitorizar presença e freqüência de sons intestinais, assim como freqüência, volume e consistência das fezes; Monitorar a temperatura e os horários em que ocorrem os episódios de febre; Administrar antitérmicos conforme prescrição médica; Diagnóstico de Enfermagem: 15) Risco para infecção relacionada com as defesas primárias inadequadas, processo de doença crônica e desnutrição; Definição: Risco aumentado de se invadido por organismos patógenos. Intervenções de enfermagem: Confirmar preferências alimentares do paciente Encorajar a ingestão calórica Pesar o paciente diariamente Monitoração da pele Monitoração de eletrólitos Monitorar ingesta calórica e nutricional Manter ambiente higienizado Trocar os equipamentos para cuidados do paciente conforme protocolo Manter técnicas de isolamento, se necessário 34 Orientar acompanhantes e paciente para cuidados com a lavagem das mãos Manter ambiente asséptico quando realização de algum procedimento Encorajar a respiração e tosse profunda, se necessário Encorajar a ingestão de líquidos Administrar terapia com antibióticos, se necessário Monitoração de SSVV Monitoração sinais e sintomas de infecção Monitorar hemograma e leucograma Obter culturas, se necessário Diagnóstico de Enfermagem: 16) Déficit de conhecimento sobre as medidas preventivas, controle, tratamento e auto cuidado; Definição Ausência ou deficiência de informação cognitiva relacionada a um tópico específico. Intervenções de enfermagem Observar a capacidade de tossir/expectorar muco eficazmente; documentar as características, quantidade do escarro, presença de hemoptise; Conscientizar o paciente que a ingestão das medicações de forma adequada é muito importante para o esquema de tratamento e para a prevenção da transmissão; Informar o paciente sobre os efeitos colaterais da medicação e a forma de minimizá-los; Instruir o paciente acerca das medidas de higiene e cobrir a boca e o nariz quando tossir e espirrar; Instrui o paciente a respeito do expurgo; Demonstrar e encorajar uma boa técnica de lavagem das mãos; Encorajar o repouso adequado e equilibrado com a atividade moderada; Instruir e ajudar o paciente quanto as técnicas de contenção do tórax durante episódios de tosse; Discutir os aspectos debilitantes da doença; 35 Instruir e modificar medidas de controle da dor com base na resposta do paciente; Orientar o paciente sobre a maneira correta de tossir; Informar sobre as limitações na realização de atividades e a alternância destas com períodos de repouso para evitar a fadiga; Revisar sinais/sintomas que exigem imediata avaliação clínica, por exemplo, dor torácica súbita, dispnéia/falta de ar, angustia respiratória progressiva; Revisar os significados das boas práticas de saúde, por exemplo, nutrição adequada, repouso, exercício; Ensinar os pacientes a usar inaladores, prescritos, conforme adequado; Resultados esperados: 1. Apresenta melhora da troca gasosa; 2. Apresenta tosse eficaz e expectora as secreções; 3. Pára de fumar; 4. Evita substância nocivas ou extremos de temperaturas; 5. Mantém a hidratação adequada; 6. Drenagem postural realizada adequadamente; 7. Conhece os sinais de infecção; 8. Melhora o padrão respiratório, mostrando sinais de menor esforço ao respirar; 9. Organiza-se para evitar fadiga e dispnéia; 10. Respiração controlada na atividade física; 11. Apresenta melhor nível de tolerância à atividade; 12. Não apresenta sinais de infecções, de insuficiência ou falência respiratória; 13. Apresenta ganho/manutenção do peso; 14. Não apresenta complicações; 15. Inicia as alterações necessárias no estilo de vida; 16. Colabora com a terapia; 36 DERRAME PLEURAL DEFINIÇÃO: O derrame pleural é caracterizado pela acumulação de liquido em excesso entre as pleuras e constitui uma manifestação comum de comprometimento pleural tanto primário quanto secundário. Em condições normais, a superfície pleural é lubrificada por não mais de 15ml de liquido claro e seroso, relativamente acelular. Quando ocorre alguma alteração na pleura, a fina membrana que reveste os pulmões e, consequentemente, o liquido pleural, pode provocar um derrame pleural. O derrame pleural não é uma doença, mas sim a manifestação de outras doenças. Se não tratado adequadamente, esta patologia pode levar o paciente à dispnéia (falta grave de ar) e até a morte. Cerca de 90% dos Derrames Pleurais são causados por insuficiência cardíaca, cirrose com ascite, infecções pleuro-pulmonares, neoplasias e embolia pulmonar. Derrame Pleural do tipo transudado desenvolve-se por alteração do equilíbrio entre as pressões oncóticas e hidrostáticas, com os microvasos da pleura normais. Transudado é um ultrafiltrado de plasma, altamente fluido, baixo em proteínas, desprovido de células inflamatórias e costuma ter cor clara, não transparente. Derrame Pleural do tipo exsudado desenvolve-se secundariamente à anormalidade do endotélio capilar pleural ou à queda da habilidade dos linfáticos parietais de remover proteínas e líquido. É rico em proteínas, células, produtos da decomposição celular e pode ter cor variada, sendo a mais comum a cor amarela. Qualquer Derrame Pleural associado com pneumonia bacteriana, abscesso pulmonar e bronquiectasia é chamado de derrame parapneumônico. FATORES DE RISCO: Insuficiência Cardíaca Congestiva; Causas renais (Síndrome nefrótico); Hidrotórax hepático (Cirrose com ascite); Doenças do trato gastrintestinal (Pancreatite, Abscesso subfrênico, Abscesso intra-hepático e Perfuração do esôfago); 37 Doenças colágeno-vasculares (Artrite reumatóide, Lúpus eritematoso sistêmico (LES) e Granulomatose de Wegener); Embolia Pulmonar; Reação Medicamentosa; Infecções Pulmonares (Tuberculose e Pneumonia). FISIOPATOLOGIA: Fisiologicamente existe equilíbrio entre a entrada e saída de líquido na cavidade pleural; de modo a manter constante a quantidade e concentração protéica do fluído pleural. Os movimentos respiratórios, pela alternância da inspiração e expiração, facilitam a reabsorção do líquido e das partículas, assim como a sua progressão nos linfáticos. Os mecanismos envolvidos no aparecimento do liquido são geralmente, aumento da pressão hidrostática dos capilares sanguíneos e/ou linfáticos; diminuição da pressão oncótica das proteínas do plasma; aumento da permeabilidade capilar; aumento da pressão negativa no espaço pleural; bloqueio da drenagem linfática e passagem de liquido a partir do espaço peritoneal. Ambas as membranas pleurais consistem de parte simples de células mesoteliais. Sob circunstâncias normais, não existe contato entre a pleura parietal e a pleura visceral, por existir quantidade mínima de líquido no espaço pleural (0,1 a 0,2 mL/kg). Esse líquido tem equilíbrio dinâmico, com influxo igual ao efluxo e com produção aproximada de 1 litro/dia. A mecânica pulmonar e as trocas gasosas são pouco afetadas pelo derrame pleural, a não ser que este seja suficientemente extenso para comprimir uma quantidade apreciável de parênquima subjacente. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Os sintomas determinados pela presença de derrame pleural dependem de múltiplos fatores, como: volume e velocidade de formação do acúmulo de líquido no espaço pleural; reserva cardiopulmonar do paciente; presença ou não do processo inflamatório; grau e tipo da inflamação, principalmente analisando a pleura parietal; distensibilidade da caixa torácica e parênquima; e tipo e extensão da doença primária. Os pacientes podem permanecer assintomáticos, especialmente quando os derrames se 38 formam lentamente. Nos pacientes sintomáticos a tríade de sintomas mais freqüente é dor torácica, tosse seca e dispnéia. O exame físico é geralmente normal quando há menos de 300mL de líquido. Em quantidades maiores observa-se macicez ou submacicez de acordo com a expansão do derrame à percussão; redução ou abolição do murmúrio vesicular, do frêmito toraco-vocal e da expansibilidade torácica à auscultação; hemitórax atingido retraído e com hipomobilidade à inspeção; e diminuição ou abolição completa das vibrações vocais em toda altura do derrame à palpação. COMPLICAÇÕES PONTENCIAS: Infecções respiratórias: Septicemia Débito cardíaco diminuído SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: Diagnóstico de enfermagem: 1) Padrão respiratório ineficaz relacionado à obstrução respiratória ou a diminuição da expansão pulmonar (acúmulo de líquidos). Definição: Estado em que o indivíduo apresenta perda real ou potencial da ventilação adequada relacionada à alteração no padrão respiratório. Pode estar relacionado à diminuição da expansão pulmonar (acúmulo de líquidos). Intervenções de enfermagem: Aumentar a ingesta hídrica, para facilitar na fluidificação das secreções; A umidificação pode ser empregada para amolecer as secreções e melhorar a ventilação; Realizar drenagem postural, através de técnicas de tapotagem e manobras de expansão pulmonar como as respirações profundas com um espiromêtro de incentivo para induzir a tosse e a expectoração; Estimular a expectoração; Observar a capacidade de tossir/expectorar muco eficazmente; documentar as características, quantidade do escarro, presença de hemoptise; 39 Instruir e ajudar o paciente quanto às técnicas de contenção do tórax durante episódios de tosse e orientá-lo sobre a maneira correta de tossir; Ajudar o paciente a aumentar sua capacidade de tossir de forma efetiva para expectorar a secreção, evitando assim o acúmulo da mesma e a dispnéia – fazer uma inspiração prolongada e tossir duas a três vezes na respiração; Remover secreções, encorajando tossir ou aspirando; Fisioterapia respiratória auxiliando o paciente para assegurar a permeabilidade das vias áreas e adequada troca de gases; Avaliar a função respiratória, por exemplo, freqüência, ritmo e profundidade, sons respiratórios anormais/diminuídos, esforço respiratório aumentado evidenciado pelo uso dos músculos acessórios, expansão torácica limitada e fadiga; Auscultar os campos pulmonares; Palpar quanto ao frêmito torácico; Monitorar o ritmo cardíaco; Monitorizar os sinais vitais; Observar se a língua apresenta escarlate, acinzentada ou estado natural; Investigar mudanças/deteriorização súbita no distúrbio, tal como aumento da dor torácica, sons cardíacos extras, febre recorrente e alterações na característica do escarro; Posicionar o leito em semi-Fowler, mudar a posição freqüentemente, para facilitar o trabalho respiratório e encorajar a respiração profunda; Ensinar os pacientes a usar inaladores, prescritos, conforme adequado; Instruir o paciente acerca das medidas de higiene e cobrir a boca e o nariz quando tossir e espirrar; Informar sobre as limitações na realização de atividades e a alternância destas com períodos de repouso para evitar a fadiga; Evitar os extremos de temperatura; Monitorar e tratar as complicações potencias; Diagnóstico de enfermagem: 2) Risco para Trauma/Sufocamento;(RELACIONADO) 40 Definição: Estado em que o indivíduo apresenta risco para lesão acidental ao tecido (por ex: ferimento, queimadura, fratura)/ apresenta risco de abafamento e sufocação. Dentre os fatores de risco que pode incluir, existe a dependência de equipamento externo (sistema de drenagem torácica). Intervenções de enfermagem: Fixar o cateter torácico à parede torácica e providenciar um tubo extra-longo antes de mudar o decúbito ou mobilizar o paciente. Proporcionar transporte seguro se o paciente é retirado da unidade para propósitos diagnósticos. Monitorizar o local de inserção do dreno no tórax, observando condição da pele, presença/características de drenagem em torno do caráter. Trocar/reaplicar curativo estéril oclusivo, conforme necessário. Diagnóstico de enfermagem: 3) Dor (aguda), podendo estar relacionada à tosse persistente. Definição: Experiência sensorial e emocional que surge de dano tissular real ou potencial, ou que é descrita assim ( International Association for the study of pain, Associação Internacional para o Estudo da Dor): dor de inicio súbito ou lento de qualquer intensidade de leve a grave, com um fim antecipado ou previsível e com uma duração menor de seis meses. Intervenções de enfermagem: Avaliar sinais verbais e não verbais de dor pelo paciente; Determinar as características da dor, por exemplo, aguda, constante, latejante. Investigar as alterações na característica/localização/intensidade da dor; Realizar uma avaliação abrangente da dor, que o local, as características, o inicio, a duração, a freqüência, a qualidade, a intensidade ou gravidade da dor e os fatores precipitantes; Investigar com o paciente os fatores que aliviam ou pioram a dor; 41 Selecionar e implementar uma variedades de medidas(por exemplo farmacológicas, não farmacológicas e interpessoais) para facilitar o alivio da dor, quando adequado; Instruir e modificar medidas de controle da dor com base na resposta do paciente; Notificar o médico se as medidas não forem bem sucedidas ou se a queixa atual consistir em uma mudança significativa em relação anterior da dor do paciente; Assegurar que o paciente receba cuidados precisos de analgesia; Avaliar a eficácia do regime medicamentoso; Instruir e ajudar o paciente quanto as técnicas de contenção do tórax durante episódios de tosse; Avalia a freqüência/profundidade das respirações e do movimento torácico; Elevar a cabeceira do leito,mudar a posição freqüentemente; Monitorizar os sinais vitais; Diagnóstico de enfermagem: 4) Déficit de conhecimento sobre as medidas preventivas, controle, tratamento e auto cuidado; Definição: estado em que o indivíduo ou o grupo apresenta deficiência de conhecimento cognitivo ou de habilidades psicomotoras quanto às condições e ao plano de tratamento. Intervenções de enfermagem: Observar a capacidade de tossir/expectorar muco eficazmente; documentar as características, quantidade do escarro, presença de hemoptise; Conscientizar o paciente que a ingestão das medicações de forma adequada é muito importante para o esquema de tratamento e para a prevenção da transmissão; Informar o paciente sobre os efeitos colaterais da medicação e a forma de minimizá-los; Instruir o paciente acerca das medidas de higiene e cobrir a boca e o nariz quando tossir e espirrar; 42 Instrui o paciente a respeito do expurgo; Demonstrar e encorajar uma boa técnica de lavagem das mãos; Encorajar o repouso adequado e equilibrado com a atividade moderada; Instruir e ajudar o paciente quanto as técnicas de contenção do tórax durante episódios de tosse; Discutir os aspectos debilitantes da doença; Instruir e modificar medidas de controle da dor com base na resposta do paciente; Orientar o paciente sobre a maneira correta de tossir; Informar sobre as limitações na realização de atividades e a alternância destas com períodos de repouso para evitar a fadiga; Revisar sinais/sintomas que exigem imediata avaliação clínica, por exemplo, dor torácica súbita, dispnéia/falta de ar, angustia respiratória progressiva; Revisar os significados das boas práticas de saúde, por exemplo, nutrição adequada, repouso, exercício; Ensinar os pacientes a usar inaladores, prescritos, conforme adequado; Resultados esperados: 1. Estar livre de cianose e outros sinais/sintomas de hipóxia. 2. Relatar os fatores causais, se conhecidos, e as maneiras adaptativas para enfrentá-los. 3. Reconhecer a necessidade/buscar ajuda para prevenir complicações. 4. Corrigir/evitar riscos ambientais e físicos. 5. Verbalizar alívio/controle da dor. 6. Apresentar comportamento relaxado, repouso/sono e engajamento na atividade adequadamente. 7. Verbalizar compreensão sobre a causa do problema (quando conhecido). 8. Identificar sinais/sintomas que exigem acompanhamento clínico. 9. Seguir regime de tratamento e apresentar alterações no estilo de vida, se necessário, para prevenir a recorrência. 43 CÂNCER DE PULMÃO DEFINIÇÃO: Também conhecido como Carcinoma Broncogênico, o Câncer de Pulmão é um tumor que se origina no interior da parede ou no revestimento epitelial do brônquio. Ele é classificado de acordo com o tipo celular: 1- Epidermoide (mais comum); 2Adenocarcinoma; 3- Carcinoma de pequenas células; 4- Carcinoma de grandes células (indiferenciado). FATORES DE RISCO: Fumaça de tabaco – principal causa de Câncer de pulmão; Tabagismo passivo; Genética; Exposição ocupacional e ambiental ao arsênico, cromo, níquel, ferro, substâncias radioativas, produtos do alcatrão e outros; Fatores nutricionais. FISIOPATOLOGIA: O carcinoma epidermóide é mais centralizado e tem origem nos brônquios segmentares e subsegmentares. O adenocarcinoma é o mais prevalente, se localiza na periferia e gera metástase com freqüência. O carcinoma de células grandes tem crescimento rápido e é mais periférico. E o carcinoma de pequenas células começam geralmente como uma lesão e podem ser mais centrais ou periféricos. MANIFESTAÇÕES CLINICAS: Os sinais e sintomas são de acordo com a localização e o tamanho do tumor, com o grau de obstrução e existência de metástases para outros espaços e órgãos. Na maioria das vezes o CA de pulmão ocorre de forma insidiosa e assintomática no início. O sintoma mais comum é a tosse, mas muitas pessoas não dão a importância necessária. Começa com aspecto seco e persistente, sem produção de escarro. Com o agravamento da infecção, a tosse pode torna-se produtiva. 44 Outros sintomas menos freqüentes são: sibilância, dispnéia, hemoptise, escarro sanguinolento, febre recorrente, perda de peso, fadiga, anorexia. COMPLICAÇÕES PONTENCIAS: Disseminação do tumor para estruturas adjacentes e linfonodos Dor e compressão torácica Edema de Cabeça Derrame pleural SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Diagnóstico de enfermagem: 1) Padrão respiratório ineficaz relacionado à obstrução respiratória ou a diminuição da expansão pulmonar (acúmulo de líquidos). Definição: Estado em que o indivíduo apresenta perda real ou potencial de ventilação adequada relacionada à alteração no padrão respiratório. Intervenções de enfermagem: Aumentar a ingesta hídrica, para facilitar na fluidificação das secreções; A umidificação pode ser empregada para amolecer as secreções e melhorar a ventilação; Realizar drenagem postural, através de técnicas de tapotagem e manobras de expansão pulmonar como as respirações profundas com um espiromêtro de incentivo para induzir a tosse e a expectoração; Estimular a expectoração; Observar a capacidade de tossir/expectorar muco eficazmente; documentar as características, quantidade do escarro, presença de hemoptise; Instruir e ajudar o paciente quanto às técnicas de contenção do tórax durante episódios de tosse e orientá-lo sobre a maneira correta de tossir; Ajudar o paciente a aumentar sua capacidade de tossir de forma efetiva para expectorar a secreção, evitando assim o acúmulo da mesma e a dispnéia – fazer uma inspiração prolongada e tossir duas a três vezes na respiração; Remover secreções, encorajando tossir ou aspirando; 45 Fisioterapia respiratória auxiliando o paciente para assegurar a permeabilidade das vias áreas e adequada troca de gases; Avaliar a função respiratória, por exemplo, freqüência, ritmo e profundidade, sons respiratórios anormais/diminuídos, esforço respiratório aumentado evidenciado pelo uso dos músculos acessórios, expansão torácica limitada e fadiga; Auscultar os campos pulmonares; Palpar quanto ao frêmito torácico; Monitorar o ritmo cardíaco; Monitorizar os sinais vitais; Observar se a língua apresenta escarlate, acinzentada ou estado natural; Investigar mudanças/deteriorização súbita no distúrbio, tal como aumento da dor torácica, sons cardíacos extras, febre recorrente e alterações na característica do escarro; Posicionar o leito em semi-Fowler, mudar a posição freqüentemente, para facilitar o trabalho respiratório e encorajar a respiração profunda; Ensinar os pacientes a usar inaladores, prescritos, conforme adequado; Instruir o paciente acerca das medidas de higiene e cobrir a boca e o nariz quando tossir e espirrar; Informar sobre as limitações na realização de atividades e a alternância destas com períodos de repouso para evitar a fadiga; Evitar os extremos de temperatura; Monitorar e tratar as complicações potencias; Diagnóstico de enfermagem: 2) Nutrição alterada: menor que as necessidades corporais, relacionada à anorexia e à radioterapia e quimioterapia. Definição: Estado em que o indivíduo, que não está em NPO(????), apresenta, ou está em risco de apresentar, ingesta ou metabolismo inadequado dos nutrientes para as necessidades metabólicas com ou sem perda de peso. Intervenções de enfermagem: Avaliar estado nutricional do paciente; 46 Perguntar se o paciente tem alguma alergia alimentar; Confirmar as preferências nutricionais; Elaborar um plano nutricional que propicie refeições pequenas e freqüentes, com alimentos ricos em proteínas e carboidratos, incluindo comidas secas e/ou alimentos que são do agrado do paciente; Monitorizar o peso periodicamente; investigar anorexia e náusea/vômito e observar possível correlação com o medicamento; Encorajar um aumento da ingestão de proteína, ferro e vitamina C, quando adequado; Garantir que adieta inclua alimentos ricos em fibras, para evitar constipação; Monitorizar presença e freqüência de sons intestinais, assim como freqüência, volume e consistência das fezes; Observar relatos de náusea e de vômitos; Monitorizar os sinais vitais; Realizar drenagem postural, através de técnicas de tapotagem e manobras de expansão pulmonar como as respirações profundas com um espiromêtro de incentivo para induzir a tosse com expectoração; Estimular a expectoração; Proporcionar uma boa higiene pulmonar; Observar a capacidade de tossir/expectorar muco eficazmente; documentar as características, quantidade do escarro, presença de hemoptise; A umidificação pode ser empregada para amolecer as secreções e melhorar a ventilação; Avaliar quanto a dispnéia, taquipnéia, sons respiratórios anormais/diminuídos, esforço respiratório aumentado, expansão torácica limitada e fadiga; Diagnóstico de enfermagem: 3) Dor aguda relacionada ao efeito do tumor/ invasão da pleura, da parede torácica pelo câncer. Definição: Estado em que o indivíduo apresenta e relata presença de desconforto severo ou sensação desconfortável. 47 Intervenções de enfermagem: Avaliar sinais verbais e não verbais de dor pelo paciente; Determinar as características da dor, por exemplo, aguda, constante, latejante. Investigar as alterações na característica/localização/intensidade da dor; Realizar uma avaliação abrangente da dor, que o local, as características, o inicio, a duração, a freqüência, a qualidade, a intensidade ou gravidade da dor e os fatores precipitantes; Investigar com o paciente os fatores que aliviam ou pioram a dor; Selecionar e implementar uma variedades de medidas(por exemplo farmacológicas, não farmacológicas e interpessoais) para facilitar o alivio da dor, quando adequado; Instruir e modificar medidas de controle da dor com base na resposta do paciente; Notificar o médico se as medidas não forem bem sucedidas ou se a queixa atual consistir em uma mudança significativa em relação anterior da dor do paciente; Assegurar que o paciente receba cuidados precisos de analgesia; Avaliar a eficácia do regime medicamentoso; Instruir e ajudar o paciente quanto as técnicas de contenção do tórax durante episódios de tosse; Avalia a freqüência/profundidade das respirações e do movimento torácico; Elevar a cabeceira do leito,mudar a posição freqüentemente; Monitorizar os sinais vitais; Diagnóstico de enfermagem: 4) Ansiedade relacionada à descoberta da doença e ao tratamento/ ameaça ou alteração no estado de saúde Definição: Estado em que o indivíduo apresenta sentimentos de intranqüilidade (apreensão) e ativação do sistema nervoso autônomo em resposta a uma ameaça vaga e inespecífica. 48 Intervenções de enfermagem: Estimular o paciente a expressar seus sentimentos às pessoas importantes; Oferecer apoio emocional, estimulando o paciente a expressar seus medos e angústias; Esclarecer os aspectos da doença, identificando até que ponto o paciente é capaz de compreender; Incentivar o paciente a manter-se ativo e permanecer comunitário; Estimular o paciente a comunicar qualquer preocupação; Diagnóstico de enfermagem: 5) Troca gasosa prejudicada, podendo estar relacionada ao suprimento de oxigênio alterado e destruição dos alvéolos, e evidenciada por dispnéia, confusão, inquietação, incapacidade para mobilizar as secreções, alterações dos sinais vitais e redução da tolerância a atividades; Definição: Estado em que o indivíduo apresenta excesso ou déficit na oxigenação e/ou eliminação de dióxido de carbono na membrana alvéolocapilar. Intervenções de enfermagem: Aumentar a ingesta hídrica, para facilitar na fluidificação das secreções; A umidificação pode ser empregada para amolecer as secreções e melhorar a ventilação; Realizar drenagem postural, através de técnicas de tapotagem e manobras de expansão pulmonar como as respirações profundas com um espiromêtro de incentivo para induzir a tosse e a expectoração; Estimular a expectoração; Observar a capacidade de tossir/expectorar muco eficazmente; documentar as características, quantidade do escarro, presença de hemoptise; Instruir quanto à tosse eficaz, observar as características da tosse (persistente, seca, produtiva) e encorajar a expectoração do escarro; Ajudar o paciente a aumentar sua capacidade de tossir de forma efetiva para expectorar a secreção, evitando assim o acúmulo da mesma e a dispnéia – fazer uma inspiração prolongada e tossir duas a três vezes na respiração; 49 Observar coloração, odor e característica do escarro; Instruir e ajudar o paciente quanto às técnicas de contenção do tórax durante episódios de tosse e orientá-lo sobre a maneira correta de tossir; Remover secreções, encorajando tossir ou aspirando; Fisioterapia respiratória auxiliando o paciente para assegurar a permeabilidade das vias áreas e adequada troca de gases; Avaliar a função respiratória, por exemplo, freqüência, ritmo e profundidade, sons respiratórios anormais/diminuídos, esforço respiratório aumentado evidenciado pelo uso dos músculos acessórios, expansão torácica limitada e fadiga; Auscultar os campos pulmonares; Palpar quanto ao frêmito torácico; Monitorar o ritmo cardíaco; Monitorizar os sinais vitais; Observar se a língua apresenta escarlate, acinzentada ou estado natural. Investigar mudanças/deteriorização súbita no distúrbio, tal como aumento da dor torácica, sons cardíacos extras, febre recorrente e alterações na característica do escarro; Posicionar o leito em semi-Fowler, mudar a posição freqüentemente, para facilitar o trabalho respiratório e encorajar a respiração profunda; Observar a cor da pele,membranas ,mucosas, cianose central e periférica; Administrar medicamentos (broncodilatadores, corticosteróides) prescritos; Instruir o paciente a relatar quaisquer sinais de infecção (febre, alterações na coloração, características, consistência ou na quantidade do escarro, rigidez do tórax, agravo da dispnéia, aumento da fadiga); Ensinar os pacientes a usar inaladores, prescritos, conforme adequado; Instruir o paciente acerca das medidas de higiene e cobrir a boca e o nariz quando tossir e espirrar; Evitar os extremos de temperatura; Monitorar e tratar as complicações potencias; 50 Diagnóstico de enfermagem: 6) Eliminação traqueobrônquica ineficaz relacionada ao movimento torácico ineficaz/ à dor, secreção espessa, fadiga e precário esforço da tosse, e possivelmente evidenciadas por freqüência, ritmo e profundidade anormais da respiração, sons respiratórios adventícios e dispnéia; Definição: Estado em que o indivíduo apresenta dificuldade de expectorar a secreção presente. Intervenções de enfermagem: Aumentar a ingesta hídrica, para facilitar na fluidificação das secreções; A umidificação pode ser empregada para amolecer as secreções e melhorar a ventilação; Realizar drenagem postural, através de técnicas de tapotagem e manobras de expansão pulmonar como as respirações profundas com um espiromêtro de incentivo para induzir a tosse e a expectoração; Estimular a expectoração; Observar a capacidade de tossir/expectorar muco eficazmente; documentar as características, quantidade do escarro, presença de hemoptise; Instruir e ajudar o paciente quanto às técnicas de contenção do tórax durante episódios de tosse e orientá-lo sobre a maneira correta de tossir; Ajudar o paciente a aumentar sua capacidade de tossir de forma efetiva para expectorar a secreção, evitando assim o acúmulo da mesma e a dispnéia – fazer uma inspiração prolongada e tossir duas a três vezes na respiração; Remover secreções, encorajando tossir ou aspirando; Fisioterapia respiratória auxiliando o paciente para assegurar a permeabilidade das vias áreas e adequada troca de gases; Avaliar a função respiratória, por exemplo, freqüência, ritmo e profundidade, sons respiratórios anormais/diminuídos, esforço respiratório aumentado evidenciado pelo uso dos músculos acessórios, expansão torácica limitada e fadiga; Auscultar os campos pulmonares; Palpar quanto ao frêmito torácico; Monitorar o ritmo cardíaco; 51 Monitorizar os sinais vitais; Observar se a língua apresenta escarlate, acinzentada ou estado natural; Investigar mudanças/deteriorização súbita no distúrbio, tal como aumento da dor torácica, sons cardíacos extras, febre recorrente e alterações na característica do escarro; Posicionar o leito em semi-Fowler, mudar a posição freqüentemente, para facilitar o trabalho respiratório e encorajar a respiração profunda; Ensinar os pacientes a usar inaladores, prescritos, conforme adequado; Instruir o paciente acerca das medidas de higiene e cobrir a boca e o nariz quando tossir e espirrar; Informar sobre as limitações na realização de atividades e a alternância destas com períodos de repouso para evitar a fadiga; Evitar os extremos de temperatura; Monitorar e tratar as complicações potencias; Resultados esperados: 1. Demonstrar uma freqüência respiratória eficaz 2. Reportar o alívio dos sintomas 3. Relatar o alívio dos sintomas 4. Relatar os fatores causais, se conhecidos, e as maneiras adaptativas para enfrentar; 5. Descrever as razões pelas as quais está em risco de ganho de peso 6. Descrer as razões para ingesta aumentada com déficits de paladar e olfato: 7. Identificar dois métodos ou atividades que diminuem a ansiedade ou os medos. 52 CONSIDERAÇÕES FINAIS O contanto constante com pacientes acometidos de patologias do trato respiratório nos possibilitou vivenciar e conhecer mais sobre esses tipos de agravos, como suas manifestações clínicas, fatores de risco, tratamento e prognóstico possibilitaram também compreender o papel da enfermagem na intervenção e no atendimento desses pacientes. O estágio da disciplina Saúde do Adulto I realizado no Hospital Dom Malan, em Petrolina-PE, ministrado sob orientação do Professor Erik Cristóvão Araújo de Melo, teve como ponto de partida a elaboração de um Manual da Sistematização da Assistência de Enfermagem para Doenças Respiratórias, onde abordasse as principais patologias respiratórias encontradas em pacientes usuários do HDM, bem como a Sistematização da Assistência de Enfermagem – SAE, incluindo desde os principais Diagnósticos de Enfermagem até as Intervenções e Resultados Esperados. Esse ponto de partida surgiu pelo fato de o HDM não utilizar a SAE e pelo total desconhecimento dos profissionais sobre a SAE, observando-se então a necessidade dessa elaboração de um Manual da Sistematização da Assistência de Enfermagem para Doenças Respiratórias, e implantação do mesmo no HDM, possibilitando um contato íntimo entre a equipe de enfermagem com o conhecimento científico. Sua realização foi de enorme importância para os conhecimentos acadêmicos dos estudantes do 4° período de Enfermagem, e o objetivo principal foi atingindo, a aquisição de conhecimento e seu uso na prática do cuidar. 53 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BRUNNER, Lillian Sholtis; SMELTZER, Suzzanne C; BARE, Brenda G; SUDDARTH, Doris Smith. Brunner & Suddarth tratado de enfermagem médicocirúrgica. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. CARPENITO, Lynda Juall. Diagnósticos de enfermagem: aplicação à prática clínica. 8.ed. Porto Alegre: Artmed, 2002. DOCHTERMAN, J. M.; BULECHEK, G. M. GARCEZ. Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC). 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. DOENGES, Marilynn E.; MOORHOUSE, Mary Frances; GEISSLER-MURR, Alice; CRUZ, Isabel Cristina Fonseca da (Trad.) Planos de cuidado de enfermagem: orientações para o cuidado individualizado do paciente. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. Lei nº 7.498/86, DE 25 DE JUNHO DE 1986. Dispőe sobre a regulamentaçăo do exercício da Enfermagem e dá outras providęncias. MENDES, Caio. et al, Infecções do trato respiratório: principais agentes bacterianos e padrões de resistência Dados brasileiros do estudo internacional PROTEKT. Jun.2003. MOORHEAD, S.; JOHNSON, M.; MAAS, M. Classificações dos resultados de enfermagem (NOC). 3.ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. NANDA. Diagnósticos de enfermagem: definições e classificações. Porto Alegre: Artmed, 2007-2008. PRADO, Felicio Cintra do; RAMOS, Jairo de Almeida; VALLE, José Ribeiro do. Atualização terapêutica 2005: manual prático de diagnóstico e tratamento. 22.ed. São Paulo: Artes Médicas, 2005. Resolução 272/2004. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem SAE - nas instituições de saúde brasileiras. TARANTINO, Affonso Berardinelli. Doenças pulmonares. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 54