Ano 21 Edição 120 JAN•FEV•MAR 2017 O QUE VOCÊ TEM FEITO PELO SEU CORAÇÃO? Doenças cardíacas matam mais que o câncer, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia O papel dos profissionais de saúde na prevenção das Lesões por Pressão PÁG. 6 O que é preciso para ser um Hospital de Excelência? PÁG. 10 Embolização de Mioma: a nova técnica para regressão de miomas PÁG. 20 www.hsc.com.br MÉTODO REVOLUCIONÁRIO CONTRA O ESTRESSE: ABANDONAR AS PREOCUPAÇÕES NO FUNDO DO MAR. Apesar de investir permanentemente em novas tecnologias e em seu corpo clínico, o HSC Blumenau acredita que cuidar da saúde é a verdadeira evolução. E você, tem cuidado da sua? Entrar em contato com a natureza reduz o estresse, melhora a pressão arterial, diminui as infecções e aumenta a produção de glóbulos brancos, o que fortalece a defesa do nosso organismo. Isso só para começar. Hospital Santa Catarina de Blumenau. Ainda não inventaram nada melhor pra saúde do que viver bem. Diretor Técnico: Mário Celso Schmitt - CRMSC:1538 - RQE:1221. 04 EXPEDIENTE Foto: Luan de Souza EDITORIAL UM HOSPITAL DE EXCELÊNCIA por Maciel Costa Diretor-Superintendente 2016 FOI UM ANO único para o Hospital. Um ano de muitas conquistas. Em especial, a indicação ao Nível III (Excelência) nos nossos processos assistenciais e de gestão pela ONA – Organização Nacional de Acreditação. Isso comprova que atingimos, na maioria dos processos, a maturidade necessária na cultura de qualidade e segurança. Estamos muito orgulhosos e satisfeitos com isso, afinal, investir em qualidade pode ser um grande dilema para as Instituições, em especial as de saúde, considerando as diversas demandas de investimentos e os recursos limitados. Mas nós, no HSC Blumenau, não desistimos. Não apenas por acrediA conquista foi tarmos que uma instituição de referência se faz com uma assistência grande, mas o de excelência e com processos de reconhecimento qualidade e segurança bem estrutraz consigo um turados, mas porque aqui temos um ingrediente a mais e de fundamencompromisso tal importância: pessoas especiais, enorme de manter, competentes e comprometidas. E melhorar, e tornar isso nos dá a certeza de que devemos continuar nessa caminhada. cada vez mais Somos um Hospital de excelênperceptível essa cia e devemos comemorar, mas com conquista para os a humildade e a coerência que nos é peculiar. A conquista foi grande, nossos clientes. mas o reconhecimento traz consigo um compromisso enorme de manter, melhorar e tornar cada vez mais perceptível essa conquista para os nossos clientes. E não vamos parar por aqui. Afinal, isto é só o começo e ainda temos muito a fazer pelo nosso hospital. Um grande abraço a todos e um 2017 vigoroso! Maciel Costa A Revista Essência é uma publicação do Hospital Santa Catarina de Blumenau. DiretorSuperintendente: Maciel Costa. Diretor Técnico: Mário Celso Schmitt - CRMSC:1538 - RQE:1221. Projeto Gráfico: Seven Comunicação Total. Jornalista Responsável: Fabiane Moraes SC 4152. Foto de Capa: Banco de Imagem. Redação: Rua Amazonas, 301, Bairro Garcia, Blumenau – SC, CEP 89020-900, tel.: (47) 3036-6034, e-mail: [email protected]. Conselho Editorial: Maciel Costa, Ernandi D. S. Palmeira, Maurício de Andrade, Mário Celso Schmitt, Genemir Raduenz, Sirlete Aparecida Leite Krug. Anúncios: Fabiane Moraes, tel.: (47) 3036-6034, e-mail: [email protected]. Impressão: Coan Indústria Gráfica Ltda. Tiragem: 4 mil exemplares. A Redação não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados. REVISTA ESSÊNCIA E VOCÊ Indique uma pauta ou solicite gratuitamente a revista pelo e-mail: [email protected]. Confira também novidades da Revista Essência nas redes sociais. Curta o Hospital Santa Catarina de Blumenau no Facebook e inscreva-se em nosso canal no YouTube HSC Blumenau. NESTA EDIÇÃO 05 • COM LEVEZA Açaí: uma fonte de benefícios para sua saúde 06 • EM QUESTÃO O papel dos profissionais de saúde na prevenção das Lesões por Pressão 08 • EM QUESTÃO Saiba como combater o Esgotamento Físico e Mental 10 • EM QUESTÃO O que é preciso para ser um Hospital de Excelência? 12 • CAPA O que você tem feito pelo seu coração? 16 • DIÁLOGO ABERTO Com Dra. Beatriz Helena Eger Schmitt 18 • INTERNAS 20 • ARTIGO Embolização de Mioma: a nova técnica para regressão de miomas 22 • CRÔNICA Fulguritos 05 COM LEVEZA AÇAÍ: UMA FONTE DE BENEFÍCIOS PARA SUA SAÚDE por Yoana do Carmo A PAIXÃO pelo Açaí vem se alastrando pelo país e virando uma mania nacional. Você já deve ter percebido que, nos últimos anos, a fruta e seus derivados se popularizaram com estabelecimentos que vendem as mais diversas misturas e que agradam a todos os paladares. O consumo mais conhecido do açaí é em sua forma congelada, acompanhada de diversas frutas, cereais e grãos. Suco, bebidas funcionais, doces, geleias e sorvetes são outras formas de consumir a fruta. MAS QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DO AÇAÍ PARA NOSSA SAÚDE? A fruta é rica em proteínas, fibras, lipídios e é uma grande fonte de vitaminas contendo Vitamina C, Vitamina B1, Vitamina B2, fósforo, ferro e cálcio. Coração - Um estudo publicado em junho de 2011 na revista Atherosclerosis mostrou que o suco de açaí protege contra a aterosclerose (endurecimento das artérias), além de contribuir para a redução dos níveis do colesterol ruim, benefícios que auxiliam na manutenção de um coração saudável. Pele - Com uma composição rica em ácidos graxos insaturados e antioxidantes auxilia na melhora de problemas de pele como inflamações, acne, dermatite atópica e nos tratamentos anti-idade. Outros efeitos do açaí são: Saciedade, fortalecimento do sistema imunológico e tônico natural. Rico em Vitamina E, cálcio, magnésio e potássio, é uma fruta que fornece mais energia e disposição ao corpo, para ajudar e motivar na prática de exercícios físicos. Aproveite, o Açaí é uma ótima opção para se refrescar de uma forma mais saudável neste verão. 06 EM QUESTÃO O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NA PREVENÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO por Fabiane Moraes UMA DAS consequências mais comuns resultantes da longa permanência em hospitais é o aparecimento de alterações na pele. O aumento da incidência está diretamente ligado aos fatores de risco. Pacientes com dificuldade de mobilidade são os mais predispostos a desenvolver o problema. De acordo com a enfermeira do Hospital Santa Catarina de Blumenau, Jaqueline Mariano Farias, as Lesões por Pressão, como são tecnicamente chamadas, têm sido alvo de grande preocupação para os serviços de saúde. “A ocorrência resulta em maior tempo de hospitalização, custo elevado do tratamento, aumento do risco de infecção e da taxa de mortalidade”, alerta a enfermeira. A maioria das lesões, segundo Jaqueline, pode ser evitada. É por isso que o Hospital Santa Catarina de Blumenau criou, em setembro de 2011, o Protocolo de Prevenção de Lesão por Pressão. Um documento que tem como objetivo nortear todos os profissionais da saúde sobre a importância da prevenção da ocorrência de lesões de pele e a forma de preveni-las. Conforme Iris Elsa Eberhardt, também enfermeira do Hospital Santa Catarina de Blumenau, as recomendações para a prevenção das lesões – descritas no protocolo - devem ser aplicadas em todos os pacientes e seguidas por todos os profissionais que participam do cuidado. “O papel dos profissionais de saúde é prevenir a ocorrência e tratar as lesões já existentes, assim como 07 EM QUESTÃO orientar e educar todos os pacientes e familiares”, assegura. Além do protocolo, o HSC Blumenau implementou, ainda em 2011, a Comissão de Pele, uma equipe multidisciplinar que tem como objetivo identificar, avaliar, tratar e acompanhar os pacientes com risco de desenvolver ou que já possuem lesão de pele. “Existe também um protocolo específico para o tratamento de lesões que orienta até mesmo sobre o produto a ser aplicado, de acordo com as características e o comprometimento dos tecidos”, completa a enfermeira Jaqueline. Segundo Iris todas as lesões têm tratamento, independente do estágio. “Os fatores extrínsecos e intrínsecos como microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e o estado de saúde geral do paciente podem prolongar o tratamento da lesão, mas com a atuação da equipe multidisciplinar é possível curá-las”, afirma. Para Jaqueline, a prevenção das lesões por pressão é de responsabilidade dos profissionais de saúde, mas o familiar também pode e deve auxiliar no monitoramento dos cuidados, acionando a equipe multidisciplinar sempre que perceber, por exemplo, algo diferente na pele. “O quadro de Planejamento Multidisciplinar, localizado na cabeceira do leito – no HSC Blumenau, – é outro incentivo para que o acompanhante e/ou paciente participe do cuidado. Nesse quadro, estão descritos todos os detalhes sobre o cuidado com o paciente: a necessidade e o último horário do reposicionamento do paciente no leito como a meta do dia, a necessidade de hidratação cutânea, a utilização de coxins (almofadas), entre outras medidas”, aponta. LESÃO POR PRESSÃO: AJUDE A PREVENIR A Lesão por Pressão é um dano localizado na pele e/ou nos tecidos moles, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de algum dispositivo médico. A lesão pode se apresentar em pele íntegra ou como úlcera aberta, dependendo do estágio. A PREVENÇÃO É DIVIDIDA BASICAMENTE EM SEIS ETAPAS: 1. Avaliação de lesões por pressão na admissão de todos os pacientes – Os pacientes admitidos no HSC Blumenau passam por um exame físico para verificar o risco de desenvolvimento e a existência de lesão por pressão ou lesões de pele já instaladas. 2. Reavaliação diária do risco de desenvolvimento de lesão por pressão - A reavaliação diária permite aos profissionais de saúde ajustar sua estratégia de prevenção, conforme as necessidades do paciente. No HSC Blumenau, o instrumento utilizado para avaliar o risco de desenvolvimento de úlcera por pressão é a Escala de BRADEN. 3. Inspeção diária da pele – Todos os dias, a pele do paciente precisa ser examinada cuidadosamente para identificar alterações da integridade cutânea e lesões por pressão existentes. As regiões mais propícias para desenvolver lesões são: sacra, calcâneos, ísquio, trocanter, occipital, escapular, maleolar e regiões corporais submetidas à pressão pelo uso de dispositivos. 4. Manutenção do paciente seco e com a pele hidratada – A pele úmida é mais vulnerável e, portanto, mais propícia a desenvolver lesões cutâneas. Por isso, a pele deve ser limpa sempre que apresentar sujidade e em intervalos regulares. O processo de limpeza deve incluir a utilização cuidadosa de um agente de limpeza suave que minimize a irritação e a secura da pele. O uso de hidratantes corporais também é eficaz na prevenção. 5. Otimização da nutrição e da hidratação - Pacientes com déficit nutricional ou desidratação podem apresentar perda de massa muscular e de peso, tornando os ossos mais salientes e a deambulação mais difícil. Pacientes mal nutridos podem apresentar uma probabilidade duas vezes maior de lesões cutâneas. Nesse caso, a avaliação e o acompanhamento nutricional são fundamentais. 6. Minimizar a pressão - Sentar o paciente na poltrona, quando possível, reposicionar o paciente no leito a cada 02 (duas) horas e utilizar coxins - superfícies de redistribuição de pressão - são algumas formas de redistribuir a pressão sobre a pele e prevenir a ocorrência de lesões. 08 EM QUESTÃO SAIBA COMO COMBATER O ESGOTAMENTO FÍSICO E MENTAL por Yoana do Carmo 09 EM QUESTÃO O DIA A DIA em sociedade está cada vez mais ligado ao movimento de nossas vidas e ações. Trabalho, família, amigos e lazer costumavam ser preocupações primárias que ocupavam a vida das gerações passadas. Com o crescimento e a evolução da tecnologia, os meios de se comunicar evoluíram e se tornaram de fácil acesso a todos. A socialização pela internet também aumentou – embora sempre tenha sido grande, basta nos lembrarmos do sucesso do Orkut, no Brasil, há mais de uma década. As redes sociais se tornaram parte das nossas vidas e trouxeram com elas uma grande preocupação: manter-nos constantemente atualizados. Todas essas preocupações e distrações ocupam e carregam a mente humana de diversas maneiras e, às vezes, podem causar esgotamento físico e mental. Segundo Karine Cogo Carbonera, psicóloga do Hospital Santa Catarina de Blumenau, é nesse ritmo desenfreado que podem surgir alguns sintomas iniciais de esgotamento físico e mental. “Eles se manifestam por meio de reações psicológicas e fisiológicas em resposta a um estresse ou situações de pressão, sendo que a tendência é que os sintomas desapareçam sozinhos quando a circunstância que desencadeou o estresse termine.” Sintomas: • dificuldade de concentração e atenção • irritabilidade • falta de motivação para realizar atividades do cotidiano • transtornos do sono • dor de cabeça • alterações gastrointestinais. De acordo com a psicóloga, no momento em que as condições de esgotamento físico e mental atingem proporções extremas, o indivíduo pode estar propenso a desenvolver a Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional. “Causada por um estado de tensão emocional e estresse pro- vocado por condições de trabalho desgastantes e estressantes, a síndrome atinge, de modo geral, todos os profissionais que lidam direta ou indiretamente com pessoas”, esclarece. Karine explica que Burnout é a união entre as palavras “burn” e “out”, que significam respectivamente “queimar” e “fora” na língua inglesa. “Metaforicamente, o termo é usado para designar a síndrome decorrente da exaustão emocional humana, ou seja, uma condição em que o sujeito tem suas energias consumidas”, completa. COMO COMBATER? Segundo a psicóloga Karine, as pessoas que passam por qualquer um desses quadros tendem a se isolar ao invés de pedir ajuda, mas é fundamental que os sintomas físicos sejam tratados por um médico, assim como tudo o que for de fundo emocional receba a devida atenção. “A busca por um tratamento psicoterápico para tratar dos aspectos psicológicos, assim como a mudança no estilo de vida: hábitos alimentares saudáveis, 8 horas diárias de sono, atividade física regular e os exercícios de relaxamento devem entrar para a rotina, pois ajudam a controlar os sintomas”, aponta. Nesse contexto, vale destacar também a importância de delimitar as fronteiras entre o trabalho e o lazer. “Importe-se com você! Faça aquilo que você realmente deseja nos momentos em que não esteja trabalhando. Busque priorizar períodos com a família e os amigos, atividades de lazer, tempo para o seu hobby favorito. A qualidade de vida é uma das armas para combater o esgotamento mental e a Síndrome de Burnout.” , finaliza Karine. 10 EM QUESTÃO O QUE É PRECISO PARA SER UM HOSPITAL DE EXCELÊNCIA? por Fabiane Moraes O QUE VOCÊ espera de um Hospital? O que mais importa para você quando o assunto é ser bem atendido? Conforto, segurança, tecnologia de ponta, uma equipe capacitada e acolhedora, selos de qualidade? O Hospital Santa Catarina de Blumenau acredita que, para oferecer um atendimento de excelência, esses diferenciais precisam andar juntos. Por isso leva ao pé de letra a origem da palavra “Hospital”, que vem do latim e significa a casa dos hóspedes. Tudo o que Hospital faz tem como objetivo garantir o bem-estar e a segurança dos pacientes. Ampliações, aquisições de novos equipamentos e treinamentos, tudo isso faz parte do DNA do HSC Blumenau. São quase 100 anos de história e, nesse tempo todo, o que não faltou foi investimento em qualidade. Confira um pouco da trajetória do Hospital. PARTICULAR E CONVÊNIOS PRONTO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Equipe médica especializada em Ortopedia e Traumatologia 47 3036-6046 [email protected] Rua Amazonas, 301 • Sala 127 Bairro Garcia • Blumenau, SC Anexo ao Hospital Santa Catarina www.cobblumenau.com.br Diretor Técnico • Dr. Carlos E. M. Liesenberg • CRM SC 6384 • RQE 2520 11 EM QUESTÃO 2007 O HSC Blumenau adotou as Metas Internacionais de Segurança do Paciente criadas pela Joint Commission International (JCI) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Essas metas têm o objetivo de promover melhorias na segurança do paciente, assim como prevenir e reduzir a ocorrência de eventos adversos nos serviços de saúde. Há 26 anos a Bucco Assessoria e Engenharia tem como propósito, desempenhar o seu trabalho através da Engenharia e da Arquitetura, 2010 Com o objetivo de promover melhorias específicas e ações que garantam a segurança do paciente na prestação do cuidado, o Hospital adotou padrões internacionais de segurança e qualidade. A gestão eficiente e o atendimento humanizado começaram a fazer parte do dia a dia da Instituição. Diversos protocolos de segurança do paciente foram desenhados e começaram a ser colocados em prática. buscando encantar nosso cliente. 2012 A Instituição começou a buscar acreditações e certificações que atestassem a qualidade e a segurança dos seus processos. A primeira conquista foi a certificação da ISO 9001, uma norma que define requisitos para o Sistema de Gestão da Qualidade eficiente. Certificado desde fevereiro de 2012, o Hospital utiliza conceitos reconhecidos mundialmente sobre qualidade técnica, gestão e humanização no atendimento médico-hospitalar. Nossos serviços ● Projetos Hospitalares; ● Projetos para novas Edificações e Reformas de Estabelecimento 2013 Nessa busca inesgotável pela melhoria contínua, o HSC Blumenau conquistou também a Acreditação Nível I da ONA – Organização Nacional de Acreditação, em outubro de 2013. A ONA é uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo promover um processo constante de avaliação e aprimoramento nos serviços de saúde e, dessa forma, melhorar a qualidade da assistência prestada. 2015 O Hospital mostrou que estava cada vez mais certo de onde pretendia chegar e conquistou o certificado de Acreditado Pleno da ONA - Nível II, o que reafirma o seu compromisso com a melhoria contínua e demonstra que, além de atender aos critérios de segurança, apresenta gestão integrada, processos sintonizados e plena comunicação entre as atividades. Assistencial de Saúde; ● Projetos Arquitetônicos; ● Projetos Complementares; ● Levantamentos Topográficos; ● Gerenciamento de Obras; ● Assessoria. 2016 O Hospital foi indicado para o Nível III da ONA, ou seja, recomendado para ser Acreditado com Excelência, o que demonstra uma cultura de melhoria contínua e maturidade institucional – o nível de excelência em gestão, o selo máximo de qualidade concedido pela ONA. A avaliação aconteceu nos dias 05, 06 e 07 de dezembro, e o prazo para homologação é de até 60 dias a partir da data de avaliação. bucco.com.br /buccoengenharia Av. Martin Luther, 111 – Sala 305 Centro – Blumenau/ SC FONE: (47) 3340-4995 12 CAPA O QUE VOCÊ TEM FEITO PELO SEU CORAÇÃO? Doenças cardíacas matam mais que o câncer, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia por Fabiane Moraes 13 CAPA EM TODO O MUNDO, 17,5 milhões de pessoas morrem por ano em decorrência de doenças cardiovasculares, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, são registradas anualmente cerca de 350 mil mortes causadas pelos três maiores problemas: infarto, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral. Os dados são da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Para o cirurgião cardiovascular do Hospital Santa Catarina de Blumenau, Dr. Djalma Luiz Faraco, os números são altos porque as pessoas negligenciam a saúde. “Estamos mais acostumados a remediar do que prevenir, e isso é uma pena porque a maior parte das doenças – quando diagnosticadas no início - podem ser controladas”, alerta. O estilo de vida é um dos principais fatores de risco das doenças cardiovasculares. Contudo é preciso ficar atento ao fator hereditário, já que os filhos de pessoas com doenças cardiovasculares têm maior propensão para desenvolver doenças desse grupo. De acordo com o Dr. Faraco, a prevalência da doença cardiovascular precoce (menor de 50 anos) é mais comum em homens, acima do peso, que fumam, são sedentários, hipertensos e/ou diabéticos. “Depois dos 50 anos de idade, as chances de desenvolver uma doença cardiovascular são as mesmas para homens e para as mulheres”, informa. >> 14 CAPA O empresário Fabrício Célio Fistarol, 36 anos, sentiu na pele a influência dos fatores de risco, no dia 16 de setembro de 2016, quando sofreu um Infarto Agudo do Miocárdio. “Era um dia normal. Correria, contas para pagar, filas e, de repente, senti uma ardência estranha no peito. Ia esperar um pouco para ver se passava, mas comecei a suar frio, aquele suor gelado, como se fosse desmaiar. Foi então que decidi ir para o Santa Catarina. Poderia até não ser grave. Mas, se fosse, eu tinha certeza de que seria bem assistido”. Segundo Fabrício, foi tudo muito rápido. “Não liguei para ninguém para pedir ajuda. Peguei o carro e fui para o Hospital. Cheguei ao Pronto-Socorro do coração e fui atendido imediatamente. Depois disso, não me lembro de mais nada, só que acordei na sala de recuperação. Do mal-estar até o atendimento foi questão de meia hora. Segundo a equipe médica, logo que cheguei ao Pronto-socorro tive 7 paradas cardiorrespiratórias em menos de 10 minutos”, relata. Conforme Dr. Faraco, a atuação rápida e eficaz da equipe multidisciplinar é crucial para aumentar a sobrevida dos pacientes e reduzir os riscos de sequelas nos casos de parada cardiorrespiratória. “O tempo ideal para começar a atuar nos casos de parada cardíaca é abaixo de cinco minutos”, explica. “A melhor decisão que tomei na vida foi ir para o Hospital naquela hora. Se eu tivesse ligado para emergência, certamente não teria sido atendido a tempo. Sem contar que teriam me levado para qualquer lugar”, afirma Fabrício. Para Dr. Faraco, além de uma equipe médica e de enfermagem qualificada, é preciso ter uma infraestrutura adequada para situações de emergências. “Quando o Fabrício deu entrada no Pronto-Socorro ele foi atendido imediatamente, fez todos os exames necessários e, em virtude da gravidade do seu quadro, foi submetido à cirurgia imediatamente e transferido para a UTI Cardiológica. Dependendo do local onde ele tivesse iniciado o seu atendimento, isso não seria possível”, constata o médico. “O mais curioso é que não tenho casos de doenças cardiovasculares na família, por isso não atribuí o mal-estar a problemas cardiológicos. Levava uma vida corrida, era sedentário, fumava, não me alimentava adequadamente, mas não imaginava A melhor decisão que tomei na vida foi ir para o Hospital naquela hora. 15 CAPA que o meu estilo de vida poderia ocasionar um infarto”, deduz o paciente. Passado o susto, Fabrício faz planos para uma vida nova. “Parei de fumar no dia em que infartei e, assim que eu for liberado pelo médico, vou começar a fazer atividade física. Quero voltar a trabalhar logo. O trabalho me dá prazer. Eu me realizo fazendo o que faço. Só que, desta vez, não vou descuidar da minha saúde”, diz. EXPLICANDO O INFARTO DO MIOCÁRDIO E A PARADA CARDÍACA O coração, assim como os demais órgãos do corpo, precisa de sangue arterial rico em oxigênio para funcionar normalmente. Ele trabalha como uma bomba de ejeção de sangue. Quando ele se contrai, distribui sangue pelas artérias para todo o organismo, e quando se dilata, traz o sangue de volta pelas veias para dentro dele. Esse é o funcionamento natural de um coração saudável. De acordo com o Dr. Faraco, o Infarto Agudo do Miocárdio é uma lesão no músculo cardíaco, causada por uma obstrução em uma das artérias do coração. “A parada cardíaca, por sua vez, acontece quando o coração para de funcionar – de bater, o que frequentemente é uma consequência do Infarto”, explica. COMO AVALIAR UMA DOR NO PEITO? A dor no peito é o sintoma mais comum do In- farto Agudo do Miocárdio. O rápido diagnóstico e tratamento são fundamentais para evitar as complicações do Infarto – a parada cardíaca. Por isso, fique atento aos sinais: • • • • • • • Dor forte no peito, no abdômen e nas costas; Falta de ar ou dificuldade em respirar; Dificuldade em falar de forma clara; Dor ou formigamento no braço esquerdo; Palidez e cansaço excessivo; Náuseas e tonturas frequentes; Suores frios. Acione o serviço de emergência pelos telefones 192 ou 193 ou procure imediatamente o Hospital mais próximo da sua casa. Tempo é vida! O Infarto Agudo do Miocárdio é uma lesão no músculo cardíaco, causada por uma obstrução em uma das artérias do coração. 16 DIÁLOGO ABERTO com DRA. BEATRIZ HELENA EGER SCHMITT ODONTOLOGIA HOSPITALAR. Esse é o tema do Diálogo Aberto desta edição com a Dra. Beatriz Helena Eger Schmitt, formada em Odontologia pela PUC de Curitiba, em 1989, especialista e mestre em Odontopediatria, com Habilitação em Odontologia Hospitalar e fundadora do Serviço de Odontologia Hospitalar do Hospital Santa Catarina de Blumenau. COMO A ODONTOLOGIA HOSPITALAR PODE CONTRIBUIR COM O ATENDIMENTO AO PACIENTE INTERNADO? A cavidade bucal é continuamente colonizada por microrganismos. Nela encontramos praticamente a metade dos microrganismos presentes no corpo humano representada por várias espécies de bactérias fungos e vírus. Os pacientes hospitalizados portadores de doenças sistêmicas, muitas vezes, se encontram totalmente dependentes de Foto: Luan de Souza FALE UM POUCO SOBRE A ODONTOLOGIA HOSPITALAR E A ATUAÇÃO DO SERVIÇO NO DIA A DIA DOS HOSPITAIS. A Odontologia Hospitalar é a área que executa procedimentos odontológicos de baixa, média ou alta complexidade em pacientes internados ou não. Seu objetivo é participar do processo terapêutico de cura ou de melhora da qualidade de vida, independentemente do tipo de doença que acomete o paciente. Atualmente, a população vivencia uma era de mudanças na Odontologia, na qual a saúde do paciente deve ser observada como um todo, avaliando não apenas a boca e os dentes, mas o estado de saúde geral. Por esses motivos, no Brasil, em fevereiro de 2008, foi apresentado à Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 2.776/2008 que estabelece como obrigatória a presença do cirurgião-dentista nas equipes multiprofissionais dos hospitais de médio e grande porte, para cuidar da saúde bucal dos pacientes nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Além disso, o Projeto de Lei nº 363/2011 determina que os internados em outras unidades hospitalares e clínicas também devam receber os cuidados do cirurgião-dentista. 17 DIÁLOGO ABERTO cuidados, portanto, impossibilitados de manter uma higienização bucal adequada, necessitando do suporte de profissionais da saúde para esse e outros tipos de tarefas. A aquisição e manutenção da saúde bucal, além de uma maior integração da Odontologia com a Medicina, visam ao tratamento global dos pacientes. Estudos revelam que, em apenas 48 horas após a entrada na UTI, os pacientes já apresentam a orofaringe colonizada por bactérias gram-negativas, frequentes agentes causadores das infecções relacionadas à assistência. Os pacientes que estão internados, principalmente nas UTIs, encontram-se mais susceptíveis ao aparecimento da pneumonia nosocomial, a segunda infecção mais comum relacionada à assistência e a principal causa de morte entre as infecções adquiridas em ambiente hospitalar. Apesar de a higiene oral em pacientes internados, especialmente nas UTIs, ser fundamental, estudos e revisões sistemáticas demonstram que esta prática ainda é escassa. Sabe-se que a presença da placa bacteriana na boca pode influenciar as terapêuticas médicas, devido aos efeitos dos microrganismos, os quais podem ser agravados pela presença de outras alterações bucais como a doença periodontal, cáries, necrose pulpar, lesões em mucosas, dentes fraturados ou infectados, traumas provocados por próteses fixas ou móveis. EM SUA OPINIÃO, COMO O SERVIÇO DE ODONTOLOGIA HOSPITALAR PODE AUXILIAR A EQUIPE MÉDICA NOS HOSPITAIS? O Serviço de Odontologia em âmbito hospitalar atua como suporte no diagnóstico das alterações bucais e como coadjuvante na terapêutica médica, seja em procedimentos emergenciais frente aos traumas, em procedimentos preventivos quanto ao agravamento da condição sistêmica ou surgimento de uma infecção hospitalar, em procedimentos curativos e restauradores na adequação do meio bucal ou em maior conforto ao paciente. A avaliação da condição bucal e a necessidade de tratamento odontológico em pacientes hospitalizados exigem o acompanhamento de um cirurgião-dentista habilitado em Odontologia Hospitalar. Existem várias doenças sistêmicas que podem estar associadas às doenças bucais, como as doenças coronarianas obstrutivas que podem ser desencadeadas pela doença periodontal. O parto prematuro ou bebês de baixo peso também podem ocorrer em decorrência da doença periodontal. Uma infecção dentária pode levar também a um quadro de endocardite infecciosa (infecção no coração) em pacientes susceptíveis. Nesse sentido, o objetivo da Odontologia Hospitalar é contribuir na melhora da doença-base do paciente, atender eventuais emergências odontológicas e proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes. QUANDO FOI IMPLANTADO O SERVIÇO DE ODONTOLOGIA HOSPITALAR NO HSC BLUMENAU? E COMO TEM FUNCIONADO? No HSC Blumenau, o serviço foi fundado em julho de 2006 sendo o primeiro e, até então, o único na região. Contamos com uma equipe formada por mais dois profissionais de diferentes áreas: Dra. Roberta Bendini Rebelo, especialista em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais, Periodontia e com Habilitação em Odontologia Hospitalar, e o Dr. Pablo Leite, cirurgião Bucomaxilofacial e membro do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial. No momento, o serviço atua com mais ênfase na UTI Geral e Cardiológica. Porém atendemos diversas áreas médicas nos setores de internação, sob chamadas médicas. Estamos implantando uma rotina de visitas nas UTIs, bem como protocolos operacionais e treinamento para a equipe de enfermagem sobre cuidados bucais. Atuamos com frequência no atendimento de pacientes sob anestesia geral (procedimentos clínicos e cirúrgicos em pacientes que não permitem o atendimento ambulatorial ou que não apresentam condições sistêmicas para tal). Para o futuro, vislumbramos um crescimento contínuo da Odontologia no HSC Blumenau, no qual pretendemos dar suporte também aos pacientes em tratamento oncológico e implementar um consultório para atendimento. Dentre os procedimentos a serem realizados, destaca-se a laserterapia para afecções bucais, que acometem os pacientes que fazem quimioterapia. 18 INTERNAS DR. ANTÔNIO CARLOS PAES LOUREIRO RECEBE JUBILEU DE OURO Foto: Arquivo Pessoal por Yoana do Carmo Dr. Antônio Carlos Paes Loureiro na cerimônia do Jubileu de Ouro. DR. ANTÔNIO CARLOS PAES faz parte do Hospital Santa Catarina de Blumenau desde 1968, quando assumiu o serviço de cardiologia. Ele foi homenageado com o Jubileu de Ouro na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Formando da turma de medicina de 1966, na UFPR, o cardiologista tem uma história com o hospital e a cidade de Blumenau. Trabalhou como diretor clínico do HSC Blumenau e foi responsável pela fundação da Unimed na cidade. Destacou-se também na implantação do Serviço de Cirurgia Cardíaca, Hemodinâmica e Medicina Nuclear no HSC Blumenau. O Jubileu de Ouro é uma homenagem dada ao quinquagésimo aniversário de sua formação, e foi entregue pelo reitor Professor Doutor Carlos Roberto P. Mulinari da Universidade Federal do Paraná, em cerimônia que aconteceu no Salão Nobre de Ciências Jurídicas da Universidade, em 16 de setembro de 2016. 19 INTERNAS HOSPITAL REALIZA AÇÕES PARA MARCAR O DIA MUNDIAL DA LUTA CONTRA A AIDS por Fabiane Moraes PARA MARCAR o Dia Mundial da Luta Contra a AIDS, o Hospital Santa Catarina de Blumenau realizou em vários momentos, durante o dia 1° de dezembro, a distribuição de preservativos e laços vermelhos para colaboradores e visitantes. De acordo com a técnica de segurança do trabalho, Cristiane Ern Schimila, o objetivo da ação era reforçar o esforço mundial na luta contra a AIDS. “Esse é um dia dedicado à informação. Dia de falar sobre a prevenção e também sobre as formas de conviver com a AIDS. Hora de escutar as pessoas, tirar dúvidas, esclarecer mais sobre o assunto e lutar contra o preconceito”, destacou. Além da distribuição de preservativos e laços vermelhos, o HSC Blumenau promoveu também no dia 09 de dezembro, às 10h e às 14h, na sala de Treinamento RH, um bate-papo sobre “Como conviver, entender e ajudar as pessoas diagnosticadas com AIDS”. O bate-papo foi conduzido, às 10h, pela psicóloga Maria Isabel Gualiato Gimenes e, às 14h, pela psicóloga Terezinha Aparecida Alves Carneiro, ambas do CEDAP – Centro Especializado em Diagnóstico, Assistência e Prevenção. 20 ARTIGO 21 ARTIGO EMBOLIZAÇÃO DE MIOMA: A NOVA TÉCNICA PARA REGRESSÃO DE MIOMAS por Dr. Jorge Oliveira da Rocha Filho – Angiologista e cirurgião vascular OS MIOMAS UTERINOS são um dos principais transtornos que acometem as mulheres, com incidência de 20% a 40% por volta dos 35 anos. Tratam-se de tumores benignos que surgem na camada muscular do útero, podendo ocorrer em qualquer mulher, principalmente naquelas em idade reprodutiva. Os sintomas causados pelos miomas alteram a qualidade de vida das mulheres, sendo os mais frequentes: cólicas, sangramento excessivo, prisão de ventre, perda espontânea da urina, etc. Em casos mais graves, os miomas podem interferir diretamente sobre a fertilidade ou mesmo numa gravidez já em curso, aumentando o risco de aborto espontâneo e parto prematuro. Em mulheres que pretendem engravidar, a miomectomia é considerada o tratamento padrão. Entretanto constatam-se algumas divergências sobre as possíveis complicações desse procedimento com estudos relatando que múltiplos miomas associam-se ao aumento do sangramento durante a cirurgia, maior tempo cirúrgico, mais dor no pós-operatório e maior tempo de hospitalização. Ressaltando-se que, em algumas situações, é necessário transformar uma pequena miomectomia em uma histerectomia por problemas técnicos durante a realização do procedimento. A literatura médica constata que uma parcela das mulheres submetidas ao tratamento de mioma uterino preferiria outro tipo de procedimento que não a histerectomia. Apesar de esse procedimento proporcionar a resolução completa dos sintomas, muitas das pacientes não estão dispostas a assumir os riscos inerentes a ele, o desconforto e a perda inevitável do potencial reprodutivo. E mesmo aquelas que não pretendem mais engravidar podem queixar-se de uma sensação de vazio após a remoção do útero. Essas razões motivaram a busca por tratamentos menos invasivos para solucionar esses casos. Em 1997, a Medicina apresentou uma nova possibilidade às mulheres que precisam combater esse problema - a Embolização das Artérias Uterinas. Essa técnica permite tratar os miomas sem a necessidade da remoção do útero, através da injeção de minúsculas partículas esféricas (por meio de microcateter inserido na virilha) que interrompem o fluxo sanguíneo que alimenta o mioma, causando assim a sua regressão, com índice de sucesso de 85% a 95%. Trata-se de um procedimento seguro, com uma recuperação mais rápida para as pacientes, e o melhor: preserva o útero, resgata a sua feminilidade e mantém a fertilidade, aumentando as chances de engravidar futuramente. A embolização de mioma foi considerada uma das grandes conquistas na área da saúde no Brasil e no mundo. O procedimento é reconhecido por entidades oficiais brasileiras, como a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Agência Nacional de Saúde (ANS), sendo autorizado pelo Ministério da Saúde e aceito pelos convênios médicos e seguradoras. 22 Foto: Marion Rupp CRÔNICA FULGURITOS por Dr. Cezar Zillig Médico Neurocirurgião HÁ MUITOS ANOS, caminhando pelas praias da deserta Ilha das Peças, desembocadura da Baía de Paranaguá, encontrei uma concha ostentando um furo perfeito como se fora feito por uma broca. Juntei, claro. Em Blumenau, procurei meu amigo Dr. Carlos Nicolau Gofferjé, respeitado expert em conchas e caracóis (malacologista), além de médico muito estimado. O Dr. Gofferjé me explicou que a tal concha – pertencente à classe dos bivalves fora atacada por um gastrópode durófago. (Gastrópodes são moluscos como os caracóis de jardim, que se arrastam levando sua “casa” nas costas; durófago significa que se alimenta de material duro como conchas, por exemplo). O tal orifício encontrado na conchinha também atesta sua causa mortis! O molusco que vivia no interior da concha julgava-se muito bem protegido pelo par de carapaças que, em momentos de perigo, se fechava hermeticamente. Ledo engano. Não contava com alguém especializado justamente em trepanar conchas como a sua. Uma vez feito o furo, o gastrópode injeta enzimas no interior da concha − que simplesmente se liquefaz − e então sorve o que sobrou do pobre molusco como quem toma um refrigerante de canudinho. Desde então, quase que só recolho Foto: Arquivo Pessoal conchas com furos. E as há em toda parte. O curioso é que ninguém repara nelas ou as rejeitam justamente por causa dos furos sem parar para refletir sobre a possível causa desses furos. Tenho encontrado, bem mais raramente, conchas em que a perfuração ficou inacabada. Por algum motivo, o gastrópode durófago teve que desistir de furá-la, e a conchinha escapou da morte certa. Mas e “fulguritos”? Onde entram nessa conversa? Bem, os fulguritos eu não encontrei na praia e sim num livro: o jovem Charles Darwin conta em “Viagem do Beagle” que, no ano de 1832, ele encontrou numa duna nas cercanias de Punta del Este, Uruguai, uma espécie de tubo grosseiro formado por um conglomerado de grãos de areia vitrificada emergindo da areia. Ele cavoucou cuidadosamente com as mãos ao redor do tubo que tinha cerca de dois pés de comprimento e circunferência variando de duas a quatro polegadas. (Para ter uma noção destas medidas, basta olhar para comprimento do próprio pé e a largura do próprio polegar). Além desse pedaço principal, Darwin encontrou outros fragmentos que seguramente se quebraram da peça maior. Quando ele alinhou tudo, obteve um comprimento total de cinco pés e duas polegadas. A superfície interna do tubo era completamente vitrificada, brilhante e lisa. A espessura da parede era irregular, variando de um terço a um vigésimo avo de polegada. Darwin conta que seu achado era muito semelhante a uma descrição que encontrara num artigo de 1790 da Geological Transaction relatando alguns tubos siliciosos e um seixo de quartzo derretido encontrados numa escavação do solo sob uma árvore onde um homem tinha sido fulminado por um raio. Os fulguritos são justamente isto: tubos feitos de areia fundida - vidro por raios que penetram o solo, principalmente onde há muita areia. As conchas perfuradas achei por acaso, assim como tenho outros achados interessantes. Agora, no entanto, as ofegantes subidas de dunas serão facilitadas pela expectativa de encontrar um fulgurito, dica de Darwin! www.hsc.com.br TERAPIA INOVADORA PARA A MEMÓRIA: ESQUECER TUDO POR 8 HORAS. O HSC Blumenau está em permanente evolução e sempre pensando na sua saúde. E você, tem pensado nela? Respeite o manual de instruções do seu corpo e tome uma dose diária de 8 horas bem dormidas, essenciais para a memória, o aumento da imunidade e a prevenção da hipertensão e do diabetes. Isso só para começar. Hospital Santa Catarina de Blumenau. Ainda não inventaram nada melhor pra saúde do que viver bem. Diretor Técnico: Mário Celso Schmitt - CRMSC:1538 - RQE:1221.