Módulo 19 Revisão Geral REVISÃO MÓDULO I

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Módulo 19 ­ Revisão Geral REVISÃO MÓDULO I ­ QUESTÕES BÁSICAS DA ECONOMIA
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A economia estuda a maneira como se administram os recursos escassos, com o objetivo de produzir bens e serviços e distribuí­los para seu consumo entre os membros da sociedade.
Os problemas econômicos fundamentais são: o que produzir, em que quantidade produzir, como produzir, para quem produzir.
O objeto da ciência econômica é o estudo da escassez, porque esta consiste no problema econômico por excelência. E a escassez de recursos de produção resulta na escassez dos bens.
Um bem é demandado porque tem a capacidade de satisfazer uma necessidade humana, ou seja, tem utilidade. Um bem é procurado porque é útil.
Os bens econômicos são classificados como bens de consumo durável, bens de consumo não­durável, bens intermediários e bens de capital.
Os recursos de produção, ou fatores de produção da economia são aqueles utilizados no processo produtivo para obter outros bens e serviços, com o objetivo de satisfazer as necessidades dos consumidores. Os principais fatores de produção são: recursos naturais, trabalho, capital, tecnologia e capacidade empresarial.
O custo de oportunidade de um bem ou serviço é a quantidade de outros bens ou serviços a que se deve renunciar para obtê­lo.
A curva de possibilidades de produção mostram as trocas que os indivíduos, as empresas, ou os governos são obrigados a fazer por causa da escassez de recursos.
O ponto de equilíbrio da produção de uma firma, para a teoria econômica, é justamente quando o custo marginal iguala o seu preço.
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O sistema econômico seria a forma como a sociedade organiza a sua produção, distribuição e consumo de bens e serviços, para que seja alcançado nesta sociedade o maior nível de bem­estar possível.
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Tradicionalmente, classificam­se os sistemas econômicos em: sistema capitalista, economias mistas e economias socialistas.
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O mercado seria toda instituição social na qual bens, serviços e fatores de produção são trocados livremente, troca esta mediada pela moeda. Na
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economia de mercado os consumidores tentarão maximizar o seu bem­estar e os produtores tentarão maximizar o seu lucro.
Os principais agentes econômicos são as famílias, as empresas e o governo. São estes agentes os responsáveis por toda a atividade econômica de uma determinada sociedade.
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Numa economia de mercado, estes diferentes agentes econômicos podem ser agrupados em três grandes setores: o setor primário, que engloba a agricultura, a pesca, a pecuária e a mineração; o setor secundário, onde há combinação de fatores de produção para a transformação de bens, e inclui as atividades industriais; e o setor terciário, ou setor de serviços, que inclui serviços, comércio, transporte, bancos, educação, entre outros.
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A interação entre as famílias e as empresas é feita através do mercado de bens e serviços e do mercado de fatores de produção. Desta interação decorrem dois fluxos: o fluxo real da economia e o fluxo monetário da economia.
Com a incorporação do setor público ao fluxo anterior, teremos o impacto dos impostos e dos gastos públicos no fluxo da renda. Ao se incluir o governo, este impõe sobre empresas e famílias impostos, que diminuem tanto o poder de compra das unidades familiares, como o lucro das empresas.
Costuma­se dividir a economia em quatro ramos de estudo fundamentais: microeconomia, macroeconomia, desenvolvimento econômico e economia internacional.
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As escolas de pensamento econômico constituem um conjunto sistematizado de idéias, valores e princípios teóricos, mas sempre vinculados a questões políticas, sociais e éticas.
O marco inicial de uma teoria econômica sistematizada remonta à publicação da obra de Adam Smith A riqueza das nações em 1776.
Os autores da Antigüidade, tanto na Grécia, quanto em Roma, não possuíam um pensamento econômico geral e independente. Havia o domínio da Filosofia e da Política sobre o pensamento econômico.
Assim como na Antiguidade Clássica, o pensamento econômico medieval não constituía um corpo teórico independente e sistematizado, e tinha um caráter eminentemente prático. Ao invés de estar pautado por questões filosóficas e políticas, a moral cristã orientava e subordinava o pensamento econômico na Idade Média, através da dominação exercida pela Igreja Católica em todas as dimensões da sociedade.
Na Idade Média predomina a idéia de moderação dos agentes econômicos e a concepção de justiça nas trocas, onde buscava­se o “justo preço” e o “justo salário”.
Para os mercantilistas, o governo de um país seria mais forte e poderoso quanto mais rico ele fosse e esta riqueza seria tanto maior quanto fosse o seu estoque de metais preciosos (ouro e prata).
A política colonial mercantilista também foi fundamental para o desenvolvimento da economia mundial neste período.
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Embora o mercantilismo tenha uma contribuição pouco significativa para a constituição da análise econômico­científica, foi fundamental para o surgimento do capitalismo.
A fisiocracia é um movimento econômico que surgiu no século XVIII como uma reação às distorções do mercantilismo: a excessiva regulamentação e intervenção do Estado nos negócios privados e o abandono da agricultura em benefício da indústria.
A fisiocracia acredita que a economia, como o universo de Newton, é regida por leis naturais, absolutas, imutáveis e universais estabelecidas por um ente divino para a felicidade do homem.
Os fisiocratas consideravam desnecessária e até mesmo prejudicial qualquer intervenção do Estado nas relações econômicas, pois criaria obstáculos à ordem natural, inibindo a circulação de pessoas e de bens.
Os fisiocratas não acreditavam que a riqueza de um país dependia de seus estoques de metais preciosos, como defendiam os mercantilistas. Para a fisiocracia, a riqueza de uma nação dependia de sua capacidade de produção, mais especificamente no setor agrícola.
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O pensamento econômico clássico opõe­se aos fisiocratas franceses, na medida em que preconizavam que não apenas a agricultura era produtora de excedentes e de valor, mas também a indústria criaria valor.
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Defendiam a propriedade privada, a iniciativa individual e o controle individual da empresa. Estes seriam princípios básicos capazes de harmonizar interesses individuais e coletivos e gerar o progresso social.
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Adam Smith (1723­1790) é o grande precursor desta corrente de pensamento econômico, sendo considerado por muitos o “pai da economia”.
Para promover o bem­estar, o melhor caminho seria o estímulo a busca individual do próprio interesse e à concorrência. Se todos os indivíduos são assim deixados livres, haveria como que uma “mão invisível” orientando todas as decisões da economia, sem necessidade de atuação do Estado. Através da livre concorrência, a sociedade chegaria à harmonia e à maximização do bem­estar de todos.
Smith acreditava que a origem da riqueza não estava na agricultura ou no acúmulo de metais preciosos, mas sim no trabalho humano produtivo.
Para Smith, a divisão do trabalho e a especialização de tarefas é um elemento essencial para aumentar a habilidade pessoal, para promover o aumento de produtividade, para ampliar o desenvolvimento tecnológico e, conseqüentemente, elevar a produção.
Segundo Ricardo (1772­1823), o aumento da população acompanharia a expansão econômica e isto faria com que as necessidades de alimentos aumentassem. Estas necessidades só poderiam ser satisfeitas a custos mais altos.
Para Ricardo, O problema central residia na incapacidade da agricultura de produzir alimentos baratos para o consumo dos trabalhadores, pois possuía ·
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rendimentos decrescentes.
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Ricardo também desenvolveu a teoria das vantagens comparativas. Ele defendia que cada país deveria se especializar naqueles produtos que
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tivessem os custos comparativos mais baixos e importar aqueles cujo custo comparativo fosse maior.
Malthus (1766­1834) se coloca contra a visão otimista dos outros pensadores clássicos. As instituições sociais não seriam as responsáveis pelas misérias e vícios dos indivíduos, mas o próprio instinto de reprodução humana os teriam gerado.
Malthus propugna que a população, quando não controlada, cresce em proporções geométricas (1,2,4,8,...) enquanto que a produção de alimentos (subsistência) quando muito cresce a taxas aritméticas (1,2,3,4,...). A conseqüência disto é que mais inevitavelmente o número de habitantes ultrapassaria a quantidade de alimentos necessária para mantê­los.
John Stuart Mill (1806­1873) sistematizou e divulgou o corpo teórico do pensamento econômico de sua época.
John Stuart Mill avança na teoria ao incorporar em sua obra elementos institucionais e ao definir de forma mais precisa as restrições, vantagens e o funcionamento de uma economia de mercado.
Para Mill, era evidente que a economia capitalista, em expansão, não apresentava um sistema de distribuição de renda que funcionasse bem, e não gerava o bem­estar geral da coletividade como preconizavam os outros pensadores clássicos.
Os socialistas rejeitam a idéia de livre mercado e de harmonia de interesses entre as diferentes classes sociais. Não acreditam que a busca egoísta e desenfreada dos indivíduos pelos seus próprios interesses levará a sociedade à maximização de seu bem­estar.
O grande teórico desta corrente de pensamento econômico é Karl Marx (1818­1883). Tal como Stuart Mill, Marx preocupa­se com as conseqüências sociais da industrialização e do desenvolvimento capitalista.
Marx também acreditava no trabalho como determinante do valor e que a origem da riqueza estava no trabalho humano produtivo. A apropriação do excedente econômico produtivo era a origem da acumulação de capital e riqueza.
O valor das mercadorias produzidas pelos trabalhadores em um dado período de tempo é superior ao valor da força de trabalho vendida aos capitalistas que a contratam. A diferença destes valores é a chamada mais­valia – o valor que excede o valor da força de trabalho e que é apropriado pelos capitalistas.
Os pensadores da escola neoclássica propugnam suas idéias como uma reação aos movimentos socialistas, reafirmando a crença na economia de mercado e na sua capacidade auto­reguladora, mas contrapondo­se à idéia clássica de que a fonte geradora de riqueza é o trabalho (teoria do valor­ trabalho).
A economia passa então a trabalhar na análise das necessidades dos indivíduos, sua satisfação e a atribuição subjetiva de valor aos bens. Passa­ se a privilegiar os aspectos microeconômicos, onde o indivíduo e a firma estão no centro da análise.
Keynes preocupava­se também com a determinação dos níveis de emprego e renda das economias industriais e identificou uma importante inter­relação entre a renda nacional e os níveis de emprego.
Para Keynes, um dos principais fatores responsáveis pelo nível de emprego é explicado pelo nível de produção nacional de uma economia, o qual seria determinado pela demanda agregada.
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Para Keynes, os principais determinantes da renda e do emprego são os gastos com consumo e investimento, sendo o gasto público uma importante variável componente do gasto total.
Após a publicação da Teoria Geral de Keynes, a teoria econômica apresentou um desenvolvimento significativo. Instituiu­se um amplo debate sobre aspectos do trabalho de Keynes, incorporando modelos matemáticos e estatísticos, que contribuíram para formalizar a ciência econômica e sistematizar ainda mais os seus conceitos.
As principais escolas são: monetaristas, fiscalistas e pós­keynesianos.
A microeconomia preocupa­se, então, com a formação dos preços de bens e serviços e de fatores de produção em mercados específicos, através do estudo do funcionamento da oferta e da demanda na formação do preço no mercado.
Para analisar um mercado específico, a microeconomia parte da hipótese coeteris paribus (tudo o mais permanece constante).
Uma outra hipótese importante é aquela que supõe que os indivíduos que atuam como agentes econômicos são guiados pelo princípio da racionalidade. Segundo este princípio, empresários estão sempre em busca de maximizar lucros condicionados pelos custos de produção, consumidores procuram maximizar sua utilidade, trabalhadores procuram maximizar seu lazer e assim por diante.
O livre jogo da oferta e demanda é um elemento fundamental para o funcionamento da economia de mercado, pois é da interação entre consumidores e produtores que obtemos preços e quantidades de equilíbrio.
As mercadorias são demandadas porque o seu consumo proporciona algum prazer ou a satisfação de alguma necessidade dos consumidores, ou seja, um bem possui demanda porque possui utilidade. A utilidade é a capacidade que possuem os bens econômicos de satisfazer necessidades humanas.
Além do preço, existem, para cada indivíduo, diversas variáveis que condicionam as suas escolhas enquanto consumidor, tais como: a sua renda, o preço dos outros bens relacionados, seus gostos e preferências.
A curva de demanda do mercado mostra a relação entre as quantidades de um bem ou serviço que todos consumidores estariam dispostos a adquirir a diferentes preços, mantendo constantes outros fatores, tais como gosto, renda e preço de bens relacionados.
Enquanto a demanda reflete uma relação que descreve o comportamento de consumidores, a oferta exprime o comportamento dos produtores, mostrando quanto estes empresários estariam dispostos a vender a um determinado preço.
Vários são os fatores que condicionam a oferta: o preço do produto a ser ofertado, os preços dos fatores de produção, a tecnologia e as preferências do produtor.
Quanto mais elevado o preço, maior a quantidade ofertada. A função oferta mostra a relação direta entre quantidade ofertada e nível de preços, coeteris paribus.
A curva de oferta de mercado exprime a relação entre a quantidade de uma mercadoria oferecida por todos os produtores e seu preço.
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Num mercado competitivo, com um grande número de produtores e consumidores, a competição faz com que o mercado tenha uma tendência natural para chegar a uma situação de equilíbrio estacionário.
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A empresa ou firma seria a unidade econômica de produção, responsável pela combinação entre os recursos produtivos para produzir bens e serviços, a fim de serem ofertados para venda no mercado.
A firma deverá ajustar os fatores de produção que emprega – trabalho, recursos naturais, tecnologia, capacidade empresarial e capital – a fim de minimizar custos e maximizar os lucros da quantidade a ser ofertada no mercado.
A Teoria da Firma, ramo da economia que trabalha com a determinação das variáveis econômicas mais importantes para as empresas privadas, como preço, produção e crescimento. Ela divide­se em Teoria da Produção e Teoria dos Custos.
A Teoria da Produção trabalha a relação técnica entre as quantidades físicas produzidas (outputs ) e as quantidades de fatores de produção (insumos – inputs ) utilizados durante o processo produtivo.
Os métodos de produção são as diferentes combinações dos fatores de produção, a um dado nível tecnológico. A escolha das diferentes combinações entre os fatores de produção estará condicionada à sua eficiência.
A função de produção é a relação entre a quantidade de produto que pode ser obtida com uma determinada quantidade de fatores de produção num dado período de tempo.
A teoria econômica considera que os fatores de produção ou insumos podem ser divididos em fixos e variáveis.
A diferenciação dos fatores de produção é importante, pois é ela que define o tipo das relações entre a quantidade produzida do produto e a quantidade utilizada dos fatores, estabelecendo como deve ser a análise econômica: de curto ou de longo prazo.
Lei dos rendimentos decrescentes: ao se elevar a quantidade do insumo variável, mantendo fixas as quantidades dos outros insumos, a produção inicialmente aumentará a taxas crescentes; depois de um certo volume do insumo variável utilizado, continuará a crescer, mas a taxas decrescentes (com acréscimos cada vez menores); se eu continuo ampliando a quantidade do fator variável utilizada, a produção total atingirá um máximo, a partir do qual se reduzirá.
Na análise de longo prazo todos os fatores de produção variam, inclusive o tamanho da empresa.
Os rendimentos de escala expressam a reação da quantidade produzida a uma variação na quantidade utilizada de todos os insumos, quando a empresa aumenta de tamanho, ou seja, quando todos os fatores variam simultaneamente na mesma direção.
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Assim, para obter resultados ótimos e alcançar o chamado equilíbrio da firma, a empresa deverá buscar ou a maximização da produção a um determinado custo total, ou minimizar o custo total para um certo nível de produção.
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O custo total de produção é definido como o total das despesas realizadas pela firma, com a utilização da combinação mais econômica dos fatores, pode ser dividido em dois tipos de custos: custos fixos e custos variáveis.
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No curto prazo, partimos do pressuposto de que uma firma realize a sua produção utilizando fatores fixos e variáveis.
A lei dos custos crescentes corresponderia à lei dos rendimentos decrescentes aplicada à Teoria dos Custos de Produção.
Os custos médios são os custos totais por unidade de produto e são obtidos pela relação entre o custo total e a quantidade produzida.
O custo marginal representa o custo de se produzir uma unidade extra do produto.
No curto prazo, a firma busca a maximização de seus lucros com as estruturas físicas de que dispõe.
No longo prazo todos os fatores de produção são variáveis, possibilitando a ampliação da capacidade de produção e a dimensão da empresa.
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As estruturas de mercado seriam modelos que captam aspectos de como os mercados estão organizados, destacando alguns aspectos essenciais da interação entre oferta e demanda.
Características da concorrência perfeita: mercado atomizado, produto homogêneo, transparência de mercado, price­takers, livre entrada e saída, livre mobilidade de bens e fatores de produção, não existem externalidades.
Características do monopólio: um único vendedor, vários compradores, ausência de substitutos próprios, barreiras à entrada, formador de preços, concorrência extra­preço.
Características do oligopólio: número pequeno de firmas, barreiras à entrada, controle dos preços de mercado pelas firmas, existem bens substitutos próximos, interdependência mútua entre as empresas, formação de acordos entre as firmas.
A concorrência monopolista é uma estrutura de mercado que se caracteriza pela existência de um grande número de empresas. A principal diferença entre um mercado em concorrência monopolista e concorrência perfeita é que o primeiro refere­se a produtos diferenciados, enquanto o segundo diz respeito a produtos homogêneos.
A macroeconomia se preocupa com as grandes questões econômicas que determinam o nosso bem­estar, o de nossas famílias e de todos da sociedade. Por sua vez, estuda o comportamento global do sistema econômico, não se detendo meramente na análise do comportamento individual das unidades econômicas.
Para a macroeconomia, existem quatro mercados fundamentais a serem analisados, quais sejam: o mercado de bens e serviços, o mercado de trabalho, o mercado monetário e de títulos e o mercado cambial.
Podemos dizer que os principais objetivos da análise macroeconômica concentram­se na determinação do comportamento das seguintes variáveis: nível geral de preços, nível de produto, taxa de salários, nível de emprego, taxa de juros, quantidade de moeda, preço e quantidade de títulos, taxa de câmbio e quantidade de divisas.
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A taxa de desemprego aberto é definida como a relação entre a população em desemprego aberto e a população economicamente ativa.
A taxa oficial de desemprego não mede toda a recessão, pois deixa de considerar os trabalhadores desestimulados, os subempregados e os que não têm registro em carteira.
A inflação é o aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços.
Uma elevada taxa de inflação significa que os preços estão aumentando rapidamente e acarreta uma série de problemas sobre a distribuição de renda, sobre as expectativas da sociedade, sobre o Balanço de Pagamentos e sobre o desempenho da atividade econômica.
As diferenças nas rendas dos indivíduos originam­se no funcionamento do mercado de trabalho e na distribuição da riqueza.
Os principais instrumentos utilizados pelos governos para a redistribuição de renda são a utilização do sistema tributário, medidas de intervenção direta no mecanismo de mercado e a utilização de gastos de transferência.
Crescimento econômico significa colocar à disposição da coletividade uma quantidade de mercadorias e serviços que supere o crescimento populacional.
O papel do setor público na atividade econômica cresceu substancialmente no século XX.
Até a década de 1930, a ação do Estado se resumia a garantir justiça e segurança, a fim de maximizar o bem­estar social.
Como resposta à Grande Depressão, há uma ampliação das funções econômicas do Estado, que passa a ofertar bens públicos, a elevar significativamente seus gastos, a ampliar a sua participação na produção nacional e expandir também a legislação que buscava a regulamentação da atividade econômica.
o setor público intervém na economia desempenhando quatro funções básicas: assegurar uma melhor alocação de recursos produtivos, melhorar a distribuição de renda, proporcionar a estabilidade econômica e promover o crescimento econômico.
Um dos objetivos do sistema tributário é não provocar distorções no sistema de preços e na alocação de recursos, além de promover a chamada “eqüidade tributária”, onde todos os indivíduos pagam ao governo uma justa contribuição.
Quando o fluxos de despesas correntes supera o fluxo de receitas correntes do governo ocorre o déficit público. Já a dívida pública diz respeito à soma dos fluxos de déficits passados, referindo­se ao estoque do endividamento do país.
Moeda é um ativo com o qual as pessoas compram e vendem bens, é uma unidade representativa de valor e instrumento de troca, com aceitação generalizada em determinada comunidade.
As principais funções da moeda são: instrumento de troca, unidade de conta, padrão monetário e reserva de valor.
A oferta de moeda representa o estoque de moeda disponível para uso da coletividade.
O conjunto formado pela moeda manual (ou moeda corrente) e os depósitos à vista formam os meios de pagamento de uma economia.
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A criação ou destruição de moeda manual corresponde a um aumento (ou diminuição) de moeda em poder do público, enquanto para a moeda escritural, a sua criação (ou destruição) se dá quando há um acréscimo (ou decréscimo) dos depósitos à vista ou em curto prazo nos bancos comerciais.
A moeda é o mais líquido dos ativos, quanto mais fácil e rapidamente um ativo puder ser trocado por um bem sem ocorrer uma perda, mais líquido ele é.
Quando há um aumento da quantidade de meios de pagamentos temos criação de moeda.
O objetivo do Banco Central é regular a moeda, o crédito e as taxas de juros, a fim de compatibilizar essas variáveis com o nível de crescimento do produto.
O conjunto de atos do BACEN para controlar a quantidade de dinheiro e a taxa de juros e, em geral, as condições de crédito constitui a política monetária de um determinado país.
A multiplicação da moeda escritural ou dos depósitos à vista pelos bancos comerciais também pode ser a origem de uma expansão da oferta de moeda. Esta multiplicação é feita pelos bancos porque lhes é permitido emprestar mais moeda do que têm em depósitos.
A quantidade de moeda que os indivíduos mantêm em seu poder corresponde à demanda de moeda.
A taxa de juros expressa o preço do dinheiro no tempo. Ela representa a rentabilidade para os aplicadores e o custo dos empréstimos para os tomadores.
O comércio internacional constitui­se no intercâmbio de bens, serviços e capitais entre os diversos países.
O comércio internacional surge pela impossibilidade dos países produzirem todos os bens que necessitam.
Segundo o Princípio das Vantagens Comparativas cada país deveria se especializar na produção daquela mercadoria em que é mais eficiente, ou que tenha custos relativamente menores.
A taxa de câmbio é a medida de conversão da moeda nacional em moeda de outros países.
Uma taxa de câmbio elevada significa que o preço da divisa estrangeira está alto ou que a moeda nacional está desvalorizada.
Valorização cambial significa moeda nacional mais forte, isto é, paga­se menos reais por dólar, e tem­se em conseqüência, uma queda na taxa de câmbio.
O sistema de taxas de câmbio nada mais é do que o conjunto de regras que descrevem a atuação do BACEN neste mercado. As taxas de câmbio são totalmente flexíveis quando não há interferência do BACEN no mercado cambial e as taxas de câmbio, que são determinadas rigidamente pelo Banco Central, são fixas.
O Balanço de Pagamentos é o registro estatístico­contábil sistemático de todas as transações econômicas realizadas entre os residentes do país com os residentes dos demais países.
O somatório dos balanços comercial, de serviços e de transferências unilaterais; resulta no saldo em conta corrente e/ou balanço de transações correntes.
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O saldo do balanço de pagamentos é igual ao saldo do balanço de transações correntes mais o saldo do balanço da conta capital, sem incluir a variação das reservas.
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O crescimento econômico diz respeito à elevação do produto real da economia durante um certo período de tempo, sem que haja necessariamente mudanças estruturais ou na distribuição de renda.
O desenvolvimento econômico constitui um conceito mais qualitativo, que diz respeito às alterações da composição do produto e a alocação dos recursos pelos diferentes setores da economia, de forma a melhorar indicadores relativos à pobreza, desemprego, desigualdade, condições de saúde, alimentação, educação e moradia.
O surgimento das Nações Unidas (ONU) e do Banco Mundial, bem como dos outros organismos internacionais, por ocasião da conferência de Bretton Woods, acentuou a preocupação com a melhoria dos indicadores de desenvolvimento econômico.
A primeira condição para o desenvolvimento econômico é a de que a taxa de crescimento do produto seja continuamente superior à taxa de crescimento da população.
Os elementos que condicionam o subdesenvolvimento são, segundo a teoria econômica tradicional, a escassez de capital físico, a insuficiência de capital humano e a relação de dependência com os outros países. O subdesenvolvimento caracteriza­se por baixa renda por habitante, reduzido nível de poupança e insuficiente dotação tecnológica, todos elementos que limitam o crescimento econômico.
O modelo de substituição de importações foi a estratégia de desenvolvimento utilizada pela maior parte dos países em vias de desenvolvimento a partir da década de 1950.
Os principais obstáculos a serem superados para sair do subdesenvolvimento são a debilidade do setor público, os desequilíbrios sociais e políticos, as diferenças regionais e culturais, e a dificuldade de financiamento para investimentos na promoção do desenvolvimento.
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Até a República Velha (1889 – 1930), a economia brasileira dependia sobremaneira do bom desempenho das exportações.
A crise dos anos 1930 foi um momento de mudança no modelo de desenvolvimento econômico brasileiro. O modelo agroexportador mostrou­se frágil diante da conjuntura internacional, e evidenciou­se a necessidade da industrialização como forma de superar os constrangimentos externos e o subdesenvolvimento.
Após a crise, o café deixa de ser o produto determinante da economia brasileira. O mercado interno torna­se o fator dinâmico principal da economia.
A forma assumida pela industrialização brasileira, depois de 1930, foi o chamado Processo de Substituição de Importações.
Após o início da Segunda Guerra Mundial, o país passou a apresentar uma balança comercial superavitária, com o aumento das exportações para os países aliados e a recuperação dos preços do café, em um momento de forte redução das importações.
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Nos anos 1950, a conjuntura econômica internacional era marcada pela Guerra Fria e os interesses estratégicos dos EUA estavam voltados para a reconstrução européia e japonesa.
A substituição de importação foi importante para o Brasil, porém ainda era preciso importar bens de produção; seria então necessário construir as bases para suprir essa necessidade.
Durante seu segundo governo, Vargas procura implantar as bases de uma indústria de bens de produção e de bens de luxo no Brasil.
O plano de metas do governo Juscelino Kubitschek pode ser considerado o auge do período de industrialização brasileira. Seu principal objetivo era introduzir a indústria produtora de bens de consumo duráveis.
Em 1964, a ditadura militar é instaurada no Brasil, através de um novo golpe militar, impondo de forma autoritária uma solução para a crise econômica e política surgida no período, e foi uma precondição ao encaminhamento “técnico” das medidas de superação da crise econômica – reformas institucionais e alteração na condução da política econômica.
O Brasil assumiu uma clara subordinação com relação ao capitalismo mundial.
O período entre 1968 e 1973 caracterizou­se pelas maiores taxas de crescimento do produto brasileiro da história recente, com relativa estabilidade de preços. Foi o que se convencionou chamar de milagre brasileiro: um período de intenso crescimento do PIB e da produção industrial.
O II Plano Nacional de Desenvolvimento era ao mesmo tempo uma resposta do governo militar à crise conjuntural da economia brasileira e uma tentativa de superar o próprio subdesenvolvimento do país, eliminando os estrangulamentos estruturais de nossa economia.
Na década de 1980 a economia brasileira foi marcada por graves desequilíbrios internos e externos. A chamada “década perdida” caracterizou­ se pela queda nos investimentos e no crescimento do PIB, pelo aumento do déficit público, pelo crescimento das dívidas interna e externa, e pela ascensão inflacionária.
Em 28 de fevereiro de 1986, o governo brasileiro lançou o Programa de Estabilização da Economia Brasileira, mais conhecido como Plano Cruzado. Foi efetuada uma reforma monetária que criou o cruzado como novo padrão monetário, sendo a taxa de conversão fixada em mil cruzeiros por cruzado. Com exceção das tarifas industriais de energia elétrica, todos os preços foram congelados por tempo indeterminado, obedecendo aos níveis do consumo praticado em 27 de fevereiro, medida que se estendeu à taxa de câmbio.
O fracasso do Plano Cruzado trouxe de volta o crescimento inflacionário e a ameaça de hiperinflação.
O Plano Collor I combinava confisco dos depósitos à vista e aplicações financeiras com prefixação da correção dos preços e salários, câmbio flutuante, tributação ampliada sobre as aplicações financeiras e uma “reforma administrativa”, que levou ao fechamento de inúmeros órgãos públicos e demissão de uma grande quantidade de funcionários.
O período de 1990­1992 foi marcado por uma profunda reestruturação produtiva, por uma aceleração da abertura da economia, por uma desregulamentação dos mercados e por uma aceleração dos processos de privatização de empresas estatais.
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Com a deposição de Collor, Itamar Franco assume a presidência, e em 1993 o então ministro da Economia, Fernando Henrique Cardoso, implementou um plano econômico de estabilização conhecido como Plano Real. Este plano foi concebido e implementado em três etapas: primeiro, o estabelecimento do equilíbrio das contas do governo, objetivando eliminar a principal causa da inflação; criação de um padrão estável de valor, a Unidade Real de Valor (URV) e finalmente a emissão de uma nova moeda nacional com poder aquisitivo estável, o Real.
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