Suplemento Nutrição Clínica/2013 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 1 Suplemento Nutrição Clínica/2013 ISSN 0103-7196 Revista Brasileira de Nutrição Clínica Suplemento Nutrição Clínica 2013 Publicação Oficial Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE) Federación Latinoamericana de Nutrición Parenteral y Enteral (FELANPE) Paulo Roberto Leitão de Vasconcelos Universidade Federal do Ceará – Fortaleza/CE Rosa Gaudioso Celano Universidade de Taubaté – São Paulo/SP Ricardo Guilherme Viebig Inst. de Gastroenterologia de SP (IGESP) – São Paulo/SP Ricardo S. Rosenfeld Hospital da Lagoa – Rio de Janeiro/RJ Roberto Carlos Burini UNESP – Botucatu/SP Roberto José Negrão Nogueira Universidade de Campinas – Campinas/SP Robson Freitas de Moura Escola Bahiana de Medicina – Salvador/BA Silvio José de Lucena Dantas Universidade Potiguar (Laureate International Universities) –Natal/RN Suely Itsuko Ciosak Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo São Paulo/SP Indexada na base de dados LILACS – Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde Editor Chefe: Joel Faintuch Editores Associados: Josefina Bressan Mário Cícero Falcão Corpo Editorial Nacional Antônio Carlos L. Campos Universidade Federal do Paraná – Curitiba/PR Celso Cuckier Universidade Federal de São Paulo – São Paulo/SP Carlos Daniel Magnoni Hospital do Coração – São Paulo/SP Cristina Martins Instituto Cristina Martins de Educação e Saúde – Fundação Pró-renal – Curitiba/PR Dan L. Waitzberg Faculdade de Medicina da USP – São Paulo/SP Eduardo Eiras da Rocha Hosp. Copa D’Or – Clínica São Vicente – Rio de Janeiro/RJ Helvio Chagas Ferro Santa Casa de Misericórdia de Maceió – AL Izaura Merola Faria Instituto da Criança – Curitiba/PR Jonas Moreira Cortez Hospital Porto Dias – Belém/PA José Eduardo Aguilar Nascimento Universidade Federal do Mato Grosso – Cuiabá/MT José Raimundo de Azevedo Hospital São Domingos – São Luiz do Maranhã/MA Lúcio Flávio de Alencar Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira IMIP – Recife/PE Maria Carolina Gonçalves Dias Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP – São Paulo/SP Maria Cristina Gonzalez Universidade Católica de Pelotas – RS Maria de Lourdes Teixeira da Silva Hospital da Beneficência Portuguesa – São Paulo/SP Maria Isabel Pedreira de Freitas Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Campinas – Campinas/SP Maria Isabel T. Davisson Correia Fundação Mário Pena – HC – Belo Horizonte/MG Odery Ramos Júnior Universidade Federal do Paraná – Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná – Curitiba/PR Conselho Editorial Internacional Coordenador: Angel G - Espanha Membros: Atalah E – Chile Matos A – Panamá Baptista G – Venezuela Camilo ME – Portugal Carrasco F – Chile Crivelli A – Argentina Culebras JM – Espanha Freund H – Israel García de Lourenzo A – Espanha Klaasen J – Chile Kliger G – Argentina Perman M – Argentina Mendoza L – Paraguai O’Keefe S – USA Grijalba RF – Paraguai Shikora S – USA Sotomayor J – Colômbia Velasco N – Chile Velásquez Alva C – México Secretária: Angela Souza da Costa Revisora Científica: Rosangela Monteiro Projeto Gráfico, Diagramação e Revisão: Sollo Comunicação e Design Impressão: Pontograf Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 2 Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral www.sbnpe.com.br Presidente: Odery Ramos Junior Comitê de Farmácia: Ana Maria da Silveira Seratiuk Vice-Presidente: Robson Freitas de Moura Comitê de Enfermagem: Cláudia Satiko Takemura Primeiro Secretário: Jorge Carlos Machado Curi Comitê de Pediatria: Eneida Quadrio de Oliveira Veiga Segundo Secretário: Valéria Girard F. Alves Comitê de Fonoaudiologia: Maria de Fátima Lago Alvite Primeiro Tesoureiro: Cristina Martins Membros do Comitê Educacional: Izaura Merola Faria Segundo Tesoureiro: Silvio Jose de Lucena Dantas Rita Medeiros Comitê de Defesa Profissional: José Eduardo Aguilar Nascimento Suely Itsuko Ciosak Comitê de Nutrição: Maria Carolina Gonçalves Dias Mario Jorge Sobreira Denise Van Anholt Letícia Faria Serpa Marcelo Gastaldi Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral A Revista Brasileira de Nutrição Clínica, ISSN 0103-7196, é órgão oficial de divulgação da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE). Tiragem: 3000 exemplares, distribuídos gratuitamente aos sócios da SBNPE. 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Rua Abílio Soares, 233 Conjunto 144 – São Paulo, SP, Brasil – CEP: 04005-000 – Telefone: (11) 3889-9909 – E-mail: [email protected] Suplemento Nutrição Clínica/2013 Sumário TEMAS LIVRES............................................................................................ 5 PÔSTERES EM DESTAQUE..........................................................................15 PÔSTERES...................................................................................................29 PÔSTERES RELATO DE CASO................................................................179 Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 4 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Suplemento Nutrição Clínica/2013 TEMAS LIVRES Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 5 Suplemento Nutrição Clínica/2013 TL 01- ANÁLISE DE CORRELAÇÃO ENTRE O ÂNGULO DE FASE E O ESCORE MELD EM CIRRÓTICOS cálcio e a vitamina D sérica podem estar diretamente envolvidos nesse desequilíbrio. Como não há um método padrão de avaliação nutricional em cirróticos, o ângulo de fase (PA) e a força de preensão palmar (FAM) são Método: bastante utilizados, e para avaliar a gravidade da cirrose o método mais utilizado é o escore MELD. Objetivo: Identificar se a gravidade da cirrose, a dosagem de vitamina D, a ingestão diária de cálcio e os métodos de avaliação nutricional podem ser indicadores de osteoporose em indivíduos cirróticos. Método: O diagnóstico da osteoporose foi feito pela Dual Energy X-Ray Absormetry (Dexa), o PA foi medido através de bioimpedância elétrica, a ingestão de cálcio foi calculada pelo recordatório alimentar, a vitamina D foi dosada no sangue dos pacientes e a FAM foi mensurada através de um dinamômetro mecânico. Foram avaliados 19 pacientes com diagnóstico prévio de cirrose, de ambos os sexos, com pelo menos 18 anos, em acompanhamento ambulatorial. Para comparar os parâmetros nos grupos com e sem osteoporose foi utilizado o teste t não pareado. Resultados: Na amostra avaliada, 14 pacientes tinham osteoporose e 5 não tiveram evidência de doença óssea associada. No grupo com osteoporose a FAM teve valores significativamente menores do que no grupo normal (p=0,005), porém não houve diferença nos valores de PA, vitamina D sérica, ingestão diária de cálcio e escore MELD entre os grupos. Conclusão: Menores valores de FAM foram associados a menores valores de densidade mineral óssea, indicando que a FAM poderia ser usada não apenas como um bom parâmetro para avaliar a força muscular, mas também como um possível preditor de doença óssea em cirróticos. LÍVIA ALVES AMARAL SANTOS (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA); LAÍS AUGUSTI (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA); LETÍCIA DE CAMPOS FRANZONI (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA ); MARIANA DE SOUZA DORNA (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA ); PAULA SCHMIDT AZEVEDO GAIOLLA (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA); FERNANDO GOMES ROMEIRO (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA) Introdução: A cirrose hepática é uma doença crônica irreversível que surge devido a lesões recorrentes e contínuas que provocam a fibrose. Atualmente o melhor preditor de mortalidade na cirrose é o escore MELD, que apresenta a limitação de não considerar o estado nutricional. Pacientes cirróticos são acometidos por deficiências nutricionais, principalmente na doença mais avançada, por isso é comum que apresentem desnutrição energéticoprotéica. O diagnóstico precoce da desnutrição é de extrema importância por ser um indicador de morbidade e mortalidade nessa população. Um bom parâmetro para detectar a desnutrição em cirróticos é o ângulo de fase (PA), que tem sido utilizado como um marcador de várias condições clínicas em que a integridade da membrana celular é comprometida e alterações no fluido são detectadas, como a desnutrição. O PA é o único parâmetro da avaliação nutricional que tem sido associado com a gravidade da cirrose. Entretanto, a análise do PA recebe críticas por suas limitações, como em pacientes com ascite e edema, por isso não se sabe se tem boa correlação com preditores de mortalidade, como o escore MELD. Nessas situações, alguns estudos avaliaram o estado nutricional através da força de preensão palmar (FAM) e da prega cutânea triciptal (PCT). Objetivo: Determinar se o PA, a FAM e a PCT apresentam boa correlação entre si e com o escore MELD em cirróticos. Método: Foram coletados com a bioimpedância elétrica o PA de 50 pacientes com diagnóstico prévio de cirrose, de ambos os sexos, com mais de 18 anos, dos ambulatórios de Hepatologia. Também foram mensurados a FAM, a PCT e o escore MELD, de acordo com os exames laboratoriais: bilirrubina, creatinina, tempo de protrombina normalizado ou “International Normalized Ratio”. Para avaliar a correlação entre as variáveis foi utilizado o teste de correlação de Pearson. Resultados: Houve correlação inversa entre o PA e o MELD (r=-0,364 e p=0,0211), ou seja quanto menor o PA, maior o escore MELD. Também houve boa correlação entre PA e FAM (r=0,461 e p=0,00277). Entretanto não foi observada correlação entre PCT e PA, nem entre PCT e FAM e nem entre a FAM ou a PCT com o escore MELD. Conclusão: O PA é um bom parâmetro nutricional para a gravidade da cirrose e pode ser usado em associação com o escore MELD como preditor de pior prognóstico. TL 03 - INDICADORES DE QUALIDADE EM TERAPIA NUTRICIONAL EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO TACIANA BORGES ANDRADE (COMPLEXO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO PROFESSOR EDGARD SANTOS UFBA/BA); NATANAEL MOURA TEIXEIRA DE JESUS (COMPLEXO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO PROFESSOR EDGARD SANTOS UFBA/BA); ANA REGINA NOGUEIRA MEIRELLES (COMPLEXO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO PROFESSOR EDGARD SANTOS UFBA/BA); GABRIELA MENDES GUIMARÃES (COMPLEXO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO PROFESSOR EDGARD SANTOS UFBA/BA); IZABEL DOS SANTOS CRUZ (COMPLEXO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO PROFESSOR EDGARD SANTOS UFBA/BA); MARIA HELENA LIMA GUSMÃO SENA (COMPLEXO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO PROFESSOR EDGARD SANTOS UFBA/BA) Introdução: Diante do desafio representado pela desnutrição hospitalar no Brasil, a monitoração da qualidade em assistência nutricional, através de indicadores de desempenho, tem tomado espaço nos estudos que se propõem a investigar qualidade em saúde. Os indicadores de qualidade buscam trazer respostas sobre a efetividade do serviço prestado e, na prática clínica, representam a experiência e organização da equipe multiprofissional em saúde. Estudos apontam que a presença de protocolos de alimentação em terapia nutricional está associada à melhor assistência nutricional. Objetivo: O presente trabalho propõe-se a caracterizar a qualidade em terapia nutricional em um hospital universitário, através da descrição de indicadores de qualidade. Método: Trata-se de uma coorte retrospectiva. A amostra foi composta por adultos e idosos hospitalizados em enfermarias clínicas, cirúrgicas e em unidades de terapia intensiva de um hospital universitário, que permaneceram internados por período mínimo de 72 horas, entre os meses de março a agosto de 2012. Utilizou-se um questionário semiestruturado para a coleta de dados sobre a assistência nutricional, necessários para o cálculo dos indicadores de qualidade: Frequência de realização de triagem nutricional, Frequência de orientação nutricional na alta hospitalar, Frequência de episódios de diarreia e Frequência de tempo de jejum inadequado. Os dois primeiros indicadores citados foram calculados para o total de pacientes internados no período do estudo, e os dois últimos, somente para a parcela de pacientes em uso de Terapia Nutricional Enteral (TNE) via catéter ou ostomia. As fórmulas utilizadas no TL 02- BAIXA FORÇA DE PREENSÃO PALMAR COMO PREDITOR DE OSTEOPOROSE EM PORTADORES DE CIRROSE LÍVIA ALVES AMARAL SANTOS (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA); LAÍS AUGUSTI (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA); LETÍCIA DE CAMPOS FRANZONI (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA); FERNANDA BOLFI (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA); PAULA SCHMIDT AZEVEDO GAIOLLA (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA); FERNANDO GOMES ROMEIRO (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA) Introdução: A osteoporose é definida pela perda de massa óssea que aumenta a suscetibilidade a fraturas, causando morbidade e afetando a qualidade de vida. Cerca de 30% dos indivíduos com cirrose hepática são portadores também de osteoporose, com porcentagem de fraturas de 7 a 35%, aumentando a mortalidade nessa população. O desequilíbrio entre osteoclastos (responsáveis pela reabsorção óssea) e osteoblastos (responsáveis pela formação óssea) tem sido indicado como o grande responsável pela perda de massa óssea. Fatores como a ingestão de Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 6 Suplemento Nutrição Clínica/2013 cálculo dos indicadores e as metas para cada um deles (>80%, >80%, <10% e <12%, respectivamente) seguem as recomendações de Verotti et al. (2012) e Waitzberg (2010). Todos os indicadores de qualidade foram descridos através de frequências. Resultados: Foi incluído um total de 894 pacientes internados, sendo 77 a parcela em uso de TNE via cateter ou ostomia. Observou-se que a maioria dos indicadores de qualidade ficou próxima da meta estabelecida pela literatura: Frequência da realização de triagem nutricional 72,2%, Frequência de tempo de jejum inadequado 15,6% e Frequência de episódios de diarreia 11,8%. A Frequência de orientação nutricional na alta hospitalar teve um pior desempenho, 42,5%, tendo como provável causa o subregistro deste dado pelo serviço avaliado. Conclusões: Os indicadores de qualidade descritos evidenciam que o serviço avaliado está próximo das metas estabelecidas pela literatura, o que pode contribuir na identificação precoce e melhor assistência aos indivíduos em risco nutricional. ELAINE HILLESHEIM (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); NANCY YUKIE YAMAMOTO TANAKA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); JOWANKA AMORIM (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); MARLENE DE FÁTIMA TURCATO (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); LUCIANA DUARTE MARTINS (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); JÚLIO SÉRGIO MARCHINI (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO) Introdução: A terapia nutricional na fenilcetonúria exige restrição dietética de fenilalanina, consequentemente de proteína natural, sendo necessária a suplementação com fórmula elementar sem fenilalanina e enriquecida com vitaminas e minerais. Pelas particularidades da alimentação, os fenilcetonúricos podem ser considerados um grupo vulnerável às desordens nutricionais. Objetivo: Avaliar estado nutricional e consumo alimentar de crianças e adolescentes fenilcetonúricos. Método: O estado nutricional foi avaliado por índice de massa corporal para idade e estatura para idade, classificados segundo os Protocolos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional; além do percentual de gordura corporal por bioimpedância elétrica. O consumo alimentar foi avaliado por registro alimentar de três dias. Para a adequação nutricional da dieta foram utilizadas as Dietary Reference Intakes e o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Fenilcetonúria, publicado pelo Ministério da Saúde (MS). Os exames bioquímicos foram avaliados de acordo com as referências preconizadas pela Sociedade Brasileira de Pediatria, sendo a fenilalanina sanguínea avaliada pela recomendação do MS. As análises foram realizadas por estatística descritiva e teste de Wilcoxon para amostra pareada, com p&#8804;0,05. Resultados: Foram avaliados 18 indivíduos com média de idade de 10,3±3,9 anos (meninos=61%). Observou-se excesso de peso e estatura adequada para a idade em 44% e 94% da amostra, respectivamente, com escore-z positivo em ambos os indicadores. O percentual de gordura corporal médio foi 23,9±6,6, sendo que por esse método 61% da amostra foi classificada com excesso de peso. A ingestão energética média foi de 1459±415 Kcal com adequação de 82,8% da necessidade energética estimada. As médias de ingestão de macronutrientes apresentaram-se acima e abaixo da recomendação para carboidratos (66,3%) e lipídios (19,0%), respectivamente, e adequada para proteína (15,5%). A ingestão média de fenilalanina foi 470 mg, estando o consumo abaixo da necessidade mínima em 61% da amostra. Os exames laboratoriais demonstraram valores médios de acordo com a referência para glicemia (81 mg/dL), colesterol total (140,7 mg/dL), triglicerídeos (113,6 mg/dL), proteínas totais (7,1 mg/dL) e albumina (4,1 mg/dL). Os níveis plasmáticos de fenilalanina estiveram acima do recomendado em 61% da amostra. Não houve diferenças significativas entre os sexos em relação ao estado nutricional, exames laboratoriais e ingestão de energia e nutrientes. Conclusão: Verificou-se uma tendência a obesidade não condizente com o consumo alimentar, que reflete uma possível subestimação da ingestão total, principalmente quanto ao conteúdo de lipídio e fenilalanina da dieta. A avaliação nutricional e análise do consumo alimentar periódicos são importantes para direcionar as condutas dietoterápicas. TL 04 -ABREVIAÇÃO DO JEJUM EM PACIENTES OBESOS ROGER BONGESTAB (HEVV); JOSÉ TARCÍSIO BARROSO ZOVICO (HEVV); GUSTAVO ALVES DE OLIVEIRA (HEVV); CARLOS RENATO DE CASTRO RENON (HEVV); ALLAN GOMES DORIGUETTO (HEVV); ÁLVARO ARMANDO CARVALHO DE MORAIS (HEVV) Introdução: A abreviação do jejum em obesos não é ainda conduta dos protocolos que visam acelerar a recuperação pós operatória, em decorrência da premissa de que o esvaziamento gástricos nestes doentes é retardado. Objetivo: Analisar a prática de abreviação do jejum em obesos, comparando um grupo com jejum total de 8 horas com um grupo que receberá dieta liquida duas horas antes da aferição do resíduo gástrico. Método: Estudo descritivo, analítico, prospectivo, em 34 pacientes obesos inscritos no programa de cirurgia da obesidade do Hospital Evangélico de Vila Velha-ES, em pré-operatório, escolhidos em ordem de inscrição no programa. Foram excluídos àqueles com diabetes, hérnia de hiato e tireoidopatias. Formou-se aleatoriamente dois grupos: 17 receberam jejum tradicional de oito horas, e 17 receberam abreviação do jejum com a utilização de dieta líquida clarificada (carboidrato 86%; proteína 14%) 2h antes da aferição do volume residual gástrico (VRG). Aferiu-se o VRG por aspiração direta durante endoscopia digestiva alta na rotina préoperatória. Aplicou-se estatística descritiva com distribuição de freqüências e analítica, com utilização de ANOVA e teste-T na comparação de médias, considerando p<0,05. Resultados: Dos 34 pacientes estudados, 7 (20,6%) eram do sexo masculino e 27 (79,4%) feminino, idade média de 39,15 ±10,62 anos (mediana 38,5; moda 34), com mínima de 19 e máxima 65 anos; IMC médio de 46,65 ±6,43 kg/m² (mediana 46; moda 38), com mínimo de 38,01 e máxima 62,75 kg/m², sendo que 30 (88,2%) possuíam obesidade grau III (>40,00 kg/m²). A média de volume residual gástrico (VRG) no grupo com jejum tradicional de oito horas foi de 13,94 ±15,57 mL (mediana 10), com mínimo de zero e máxima 60 mL. Já no grupo da abreviação do jejum, obteve-se média de 27,82 ±19,7 mL (mediana 25), com mínimo de zero e máxima 58 mL. Houve diferença estatística na comparação das médias do VRG entre os grupos (p=0,03). Não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre o VRG e o IMC (p=0,07), tampouco entre VRG e circunferência abdominal. Conclusão: O VRG médio em paciente submetidos à abreviação do jejum foi maior em comparação ao grupo do jejum tradicional. Entretanto, ao se analisar a variação das médias, tem-se valores muito similares. Tal fato se deve a amostra ser composta por número pequeno de sujeitos. Em comparação à literatura, em ambos os grupos o VRG está dentro do esperado à população geral (média de 30mL). TL06 - CONDUTA DIETOTERÁPICA E EVOLUÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE NEUROPATAS PEDIÁTRICOS GASTROSTOMIZADOS JOWANKA AMORIM (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - USP); VALÉRIA SALOMÃO AMBRÓSIO (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - USP); MARINA LUTZOFF DE CAMARGO VAZ (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - USP); REGINA SAWAMURA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - USP) TL05 - CONSUMO ALIMENTAR E TENDÊNCIA À OBESIDADE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES FENILCETONÚRICOS Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 7 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Introdução: Pacientes neuropatas podem desenvolver complicações múltiplas como distonia, déficit de crescimento e desenvolvimento, desnutrição e disfagia. Nos disfágicos, a gastrostomia é a via preferencial para alimentação, necessitando de acompanhamento nutricional especializado. Objetivo: Descrever a conduta dietoterápica e o estado nutricional de neuropatas pediátricos gastrostomizados seguidos em ambulatório de referência em Nutrição e Gastroenterologia Pediátrica. Método: Estudo retrospectivo descritivo com 9 crianças e adolescentes portadores de neuropatia hipóxiaisquêmica neonatal, gastrostomizados, (n=7 sexo masculino), avaliados no primeiro e último atendimento. Critérios de inclusão: neuropatas com idade entre 0 e 18 anos, gastrostomizado por no mínimo 3 meses e com exclusão de pacientes neuropatas com erros inatos de metabolismo (EIM), síndrome genéticas e hepatopatias. Foram coletados dos prontuários dados antropométricos e da conduta dietoterápica. Resultados antropométricos foram comparados aos Protocolos do Sistema de Vigilância Alimentar. Os resultados foram expressos em média ± desvio padrão e mediada (valor máximo e mínimo). Resultados: A mediana de idade no atendimento inicial foi 4 anos e 3 meses (12a6m e 9m) e a final de 6 anos (2a10m e 13a8m). O tempo de seguimento ambulatorial variou de 5 meses a 2 anos (mediana=10 meses), sendo realizado de 2 à 8 atendimentos por paciente (mediana=4 atendimentos). A mediana de idade da gastrostomia foi 1 ano e 7 meses (8m e 6a9m). A média do z-escore inicial de peso para idade (P/I) foi -3,2 ± 1,31, estatura para idade (E/I) foi -3,6 ± 1,34 e índice de massa corporal para idade (IMC/I) foi -1,5 ± 094. No último atendimento, os valores médios de P/I foram -2,4 ± 2,0, E/I -3,4 ± 1,74 e IMC/I -0,6 ± 0,98. Na conduta dietoterápica, a necessidade energética foi calculada de acordo com Holliday-Segar (1957), adicionando-se 50% para muito baixo peso para idade (MBPI) e 20% para baixo peso para idade (BPI). A necessidade proteica foi estimada com base nas Dietary Reference Intakes (DRIs), usando a idade corrigida para o peso atual, acrescentando 50% para MBPI e BPI. Foram prescritas dietas individualizadas artesanais e/ou semi-artesanais, utilizando-se fórmulas industrializadas e/ou leite de vaca, acrescidos de módulos calóricos (Mucilon®, aveia, amido, óleo e açúcar), respeitando a condição sócio-econômica familiar. Conclusão: A literatura é limitada ao tratar de terapia nutricional específica para tais pacientes. Os resultados obtidos mostraram que a assistência terapêutica e a conduta nutricional adotada pelo serviço propiciaram melhora nutricional dos neuropatas gastrostomizados. tiva na variação da concentração urinária de magnésio nos dois grupos estudados (p<0,001). Foi verificado melhora estatisticamente significativa das pressões respiratórias máximas (pressão inspiratória máxima - PImax e pressão expiratória máxima - PEmax) somente após a suplementação com Mg oral (variação no PImax: 11,02% previsto comparado com 0,45% previsto após placebo; variação no PEmax: 11,93% previsto após Mg comparado com 0,79% previsto após placebo, p <0,001 para ambos). Além disso, os pacientes suplementados com magnésio apresentaram melhora estatisticamente significativa na avaliação clínica pelo escore SK (variação: 4,48 pontos após Mg comparado com -1,30 pontos após placebo, p <0,001). Na avaliação espirométrica houve aumento estatisticamente significativo no VEF1, na capacidade vital forçada (CVF) e na relação VEF1/CVF somente no grupo que recebeu Mg (variação no VEF1: 4,17% previsto após Mg comparado com 0,72%, previsto após placebo, p = 0,002; variação na CVF 3,9% previsto após Mg comparado com 0,27% previsto após placebo, p = 0,02; variação na VEF1/CVF: 1,73% previsto após Mg comparado com -0,99% previsto após placebo, p = 0,002). Conclusão: A suplementação oral de Mg melhorou os parâmetros clínicos avaliados pelo escore SK, os parâmetros manuvacuométricos e espirométricos nos escolares e adolescentes com FC. TL 08 - RESPOSTA AO ACONSELHAMENTO NUTRICIONAL EM 24 MESES NA DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO-ALCOÓLICA TÂMARA OLIVEIRA REIS (UFMG); SILVIA MARINHO FEROLLA (UFMG); MARIA ARLENE FAUSTO (UFOP); GEYZA ARMILIATO (UFMG); TERESA CRISTINA ABREU FERRARI (UFMG); CLAUDIA ALVES COUTO (UFMG) Introducão: A doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA) é atualmente a doença hepática crônica mais comum. Dieta hipocalórica e exercício físico são considerados principal medida terapêutica. No entanto, estas medidas comportamentais devem ser mantidas no longo prazo. Objetivos: Avaliar a resposta ao aconselhamento nutricional por meio da determinação de parâmetros antropométricos e bioquímicos em pacientes com DHGNA, no longo prazo. Método: coorte prospectiva de pacientes com DHGNA assistidos no HC-UFMG, 2005-2011. DHGNA diagnosticada pelos critérios AGA. Após avaliação clínico-laboratorial, os pacientes receberam orientação de dieta hipocalórica individualizada (1400kcal/d/mulher e 1600kcal/d/homem) sendo acompanhados a cada três meses por 24 meses. Considerou-se resposta terapêutica, perda de peso &#8805;5% do peso corporal inicial, ao término do seguimento. Resultados: dos 105 pacientes incluídos, 45 (42,9%) não retornaram após a primeira avaliação. Exceto pela proporção de hipertensos, maior no grupo que permaneceu no estudo (63,6% vs 36,4% p = 0,02), não foram observadas outras diferenças nos parâmetros clínicos e laboratoriais entre esses grupos. Dos 60 indivíduos que retornaram para tratamento, 49 (81,7%) eram mulheres; idade média 55± 9 anos; tempo mediano de acompanhamento 6,5 meses (limites 3,2-26,9 meses) e o número mediano de consultas 3 (limites 2-11). A mediana do IMC foi 31,9 kg/m2 (limites 23,8-44,9kg/m2). Tiveram indicação para realização da biopsia hepática, 22 pacientes. A proporção de pacientes que alcançaram perda de peso >5% ao longo do tempo foi à seguinte: aos 6 meses de seguimento, 5 dos 20 pacientes acompanhados; aos 12 meses, 3 de 15 pacientes; aos 18 meses, 3 de 12 pacientes; e ao término do seguimento, 4 dos 13 indivíduos em acompanhamento. A redução média do peso corporal e do IMC aos 6, 12, 18 e 24 meses foram, respectivamente: 2,5kg, 1,5kg, 2kg e 1,6kg e 1,04kg/m2, 0,66kg/m2, 0,83kg/m2 e 0,69kg/m2, sendo esses valores significativos em relação ao peso inicial. Síndrome metabólica e hipercolesterolemia foram mais frequentes no gênero feminino, tanto no início como no final do estudo. Conclusão: Diante da abordagem nutricional proposta apenas uma pequena proporção de pacientes alcançou a perda de peso objetivada e esta não foi acompanhada de melhora nos parâmetros bioquímicos, independentemente do tempo de seguimento. Portanto, TL07 - MAGNÉSIO ORAL EM ESCOLARES E ADOLESCENTES COM FIBROSE CÍSTICA: ESTUDO RANDOMIZADO, DUPLO-CEGO, CONTROLADO COM PLACEBO E CRUZADO CLÉSIO GONTIJO DO AMARAL (UFMG); ELIZABETH VILAR GUIMARÃES (UFMG); PAULO AUGUSTO MOREIRA CAMARGOS (UFMG); GABRIEL HENRIQUE GONTIJO CARNEIRO (UFMG) Introdução: O magnésio (Mg) tem sido utilizado de forma eficaz em um grande número de patologias. O papel do Mg na fibrose cística (FC) precisa ser melhor investigado. Objetivo: Avaliar prospectivamente o efeito da suplementação oral de Mg na função pulmonar, escore de ShwachmanKulczycki (SK) e manuvacuometria em escolares e adolescentes com FC. Método: Estudo duplo-cego, randomizado, controlado com placebo e cruzado. Foram incluídos 44 escolares e adolescentes com FC (idade, 7 a 19 anos, 20 masculinos) randomizados para receber Mg (n = 22, 300mg/ dia) ou placebo (n = 22) durante 8 semanas com um período de “washout” de 4 semanas entre os dois períodos de suplementação. Todos os escolares e adolescentes foram submetidos ao tratamento convencional para a FC. O protocolo experimental incluiu a avaliação clínica pelo escore SK, a dosagem urinária de Mg, a manuvacuometria e a espirometria. O desfecho primário foi o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF 1) medido pela espirometria. Resultados: Não foi verificado o efeito de carreamento para nenhuma variável analisada. Houve diferença estatisticamente significa- Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 8 Suplemento Nutrição Clínica/2013 é necessária a investigação de alternativas que aumentem a adesão às mudanças do estilo de vida deste grupo de indivíduos. de 2004 a 2011. Método: Quantitativo, retrospectivo e longitudinal, que utilizou os dados do Checklist do Programa de Certificação ao enfermeiro na Instalação da Sonda Enteral. Definido como ponte de corte o percentual ideal de preenchimento dos itens acima de 80%, além das principais variáveis identificadas. Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa nº 165.327/12. Resultados: Um total de 300 pacientes participou da Certificação da Instalação da Sonda Enteral às cegas pelos enfermeiros, num total de 362 procedimentos, 49 pacientes tiveram mais de um procedimento de instalação da sonda enteral, dos quais 35,3% foram realizados em 2004, principalmente no período diurno (66,6%). Os principais itens do checklist que obtiveram percentuais abaixo do valor de corte estavam relacionados principalmente as Categorias: 1- Escolha da técnica (37,8%); 2- Informação ao paciente (39 a 71,0%); 3- Itens informativos de observação do paciente (40,9 a 77,9%); 4-Progressão pós-pilórica (71,0 a 71,3%) e 5 – Cuidados pós procedimento para progressão espontânea da sonda (31,2 a 35,9%). As medidas de segurança descritas no checklist foram realizadas acima de 80,0%, destacadas como: observação da saída de ar a 25 cm da introdução da sonda enteral; verificação da radiografia de abdome e fixação/ marcação da sonda enteral. Em relação às principais técnicas utilizadas para o posicionamento distal da sonda enteral, houve o destaque para a insuflação de ar (48,3%). As principais localizações das sondas enterais foram: 64,0% nas porções distais e 34,8% em posição gástrica, além de 0,9% no esôfago e 0,3% no pulmão, considerados incidentes sem danos aos pacientes. Conclusão: Os itens com valores de corte inferior ao esperado necessitam de reformulação, porém a adesão às etapas de segurança do checklist, em especial a realização da radiografia de abdome foi essencial para a identificação dos incidentes. A preferência pelo posicionamento distal da sonda enteral, com a utilização da técnica de insuflação de ar foi uma característica desta unidade hospitalar. A segurança na instalação da sonda enteral foi possível, com recursos de treinamento e protocolos, por outro lado, a não utilização de tecnologias seguras nas unidades hospitalares, condiciona os profissionais a realização de modificações da prática, violações, adaptações e ajustes de procedimentos considerados essenciais. TL09 - IDENTIFICAÇÃO DO RISCO NUTRICIONAL EM PACIENTES HOSPITALIZADOS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO SEGUNDO MÉTODOS DE TRIAGEM NUTRICIONAL LETICIA SERPA (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ); VERA GOUVEIA SANTOS (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); ALINE MACHADO (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ); MONICA MEALE (NESTLÉ HEALTHSCIENCE) Introdução: A incidência de desnutrição hospitalar é bastante elevada. Estudos nacionais e internacionais relatam que 30% a 50% dos pacientes internados apresentam algum grau de desnutrição. Triagem, avaliação e intervenção nutricionais inadequadas podem contribuir para o agravamento do estado nutricional durante a hospitalização. Além disso, pacientes desnutridos apresentam maiores índices de morbidade e mortalidade, maior número de complicações durante a hospitalização. Objetivo: Identificar os pacientes com risco nutricional no momento da internação através de três instrumentos de avaliação: ANSG, NRS e MAN para idosos. Método: Tratase de um estudo prospectivo, multicêntrico, realizado em seis hospitais do município de São Paulo. A amostra foi composta por pacientes internados nas unidades de internação e UTIs dos seis hospitais, de ambos os sexos, com idade igual ou maior a 18 anos e que concordaram em participar da pesquisa. A coleta de dados foi realizada no período de abril a junho de 2013, por Estagiários de enfermagem, selecionados a partir de prova escrita e entrevista. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos Hospital Alemão Oswaldo Cruz/SP. Cada participante foi informado sobre o projeto e preencheu o TCLE, concordando em participar do estudo. Na sua impossibilidade, um familiar procedeu a assinatura. O Instrumento para a coleta de dados era composto dos seguintes dados: Parte 1: Dados Demográficos; - Parte 2: Dados Clínicos - Parte 3: Triagem Nutricional através das escalas: ANSG, NRS e MAN reduzida idosos. Resultados: Foram avaliados 1452 pacientes no período, sendo 56,81% do sexo feminino, 45,72% de pacientes idosos, considerando 14,18% com 80 anos ou mais, a maioria (56,61%) em tratamento clínico. Com relação às doenças associadas, 18,42% dos pacientes eram portadores de DM e 42,47% de HAS. De acordo com os métodos de avaliação, os pacientes foram classificados da seguinte forma: • NRS: 50% com risco de desnutrição e 50% sem risco. A maioria (87,39%) dos pacientes recebeu pontuação entre 2 a 4 pontos; • ANSG: 97% dos pacientes foram classificados como bem nutridos; • MAN reduzida: para os pacientes idosos: 36,94% classificados como desnutridos, 35,66% sob risco de desnutrição e 27,38% em eutrofia. Conclusão: Não houve similaridade nos resultados das diferentes avaliações. A utilização de um instrumento para a identificação dos pacientes em risco é fundamental, pois auxilia na tomada de decisão e na instituição de protocolos de prevenção. TL 11 - O HDL-C E O ÁCIDO ÚRICO SÃO PREDITORES DAS CONCENTRAÇÕES PLASMÁTICAS DE ADIPONECTINA, DE MANEIRA DEPENDENTE DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA. ANA CAROLINA PINHEIRO VOLP (UFOP); KIRIAQUE BARRA FERREIRA BARBOSA (UFSE); JOSEFINA BRESSAN (UFV) Introdução: O processo inflamatório pode ser modulado por variáveis antropométricas, bioquímicas e de estilo de vida, sendo que a prática de atividade física pode desempenhar um papel benéfico fundamental nesta modulação. Objetivos: Avaliar as associações entre as concentrações plasmáticas do biomarcador antiinflamatório adiponectina com os componentes antropométricos, de composição corporal, bioquímicos e de estilo de vida em adultos jovens saudáveis. Método: De 157 indivíduos jovens saudáveis, com idade entre 18 e 35 anos, foram coletados e analisados dados antropométricos e de composição corporal, pressão arterial sistólica, diastólica e de estilo de vida. Amostras sanguíneas foram coletadas após jejum de 12 horas para determinação das concentrações de adiponectina, glicose, triacilgliceróis, colesterol total, HDL-c, LDL-c, insulina, ácido úrico e ceruloplasmina. Índices antropométricos e bioquímicos foram calculados e analisados. Foram usados os testes de Shapiro-Wilk, Wilcoxon- MannWhitney- U e Spearman para verificar a distribuição, comparação entre variáveis, bem como suas possíveis correlações. O modelo de regressão linear múltipla foi usado para identificar possíveis preditores das concentrações de adiponectina, incluindo no modelo “gênero”, “tabagismo” e “atividade física” (variáveis qualitativas) como variáveis indicadoras. Um p<0,05 foi considerado estatisticamente significante. As análises estatísticas foram efetuadas utilizando-se o software SAS. Resultados: As concentrações de adiponectina foram significativamente maiores para as mulheres, quando TL 10 - A SEGURANÇA DO PACIENTE NA INSTALAÇÃO DA SONDA ENTERAL – É POSSÍVEL? SANDRA REGINA MACIQUEIRA PEREIRA (HOSPITAL PRO CARDIACO); MARIA JOSE COELHO (ESCOLA DE ENFERMAGEM ANNA NERY); ANA PAULA VEIRA CABRAL (HOSPITAL PRO CARDÍACO); HENRIQUE FERREIRA RIBEIRO (HOSPITAL PRO CARDÍACO); PLINIO NASCIMENTO GOMES (HOSPITAL PRO CARDÍACO); PRISCILLA DE CASTRO ALMEIDA (HOSPITAL PRO CARDIACO) Introdução: A instalação da sonda enteral é um procedimento privativo dos enfermeiros, não isento de complicações graves, em especial à instalação da sonda no sitio pulmonar. Objetivo: Analisar os resultados obtidos com a utilização de um Checklist de instalação da sonda enteral no período Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 9 Suplemento Nutrição Clínica/2013 comparadas aos homens, e correlacionaram-se com o índice de massa corporal, percentual de gordura corporal, circunferência da cintura, colesterol total, HDL-c, ácido úrico, gasto energético de repouso (bioimpedância elétrica), pressão arterial sistólica, dentre outros. Em análise de regressão linear múltipla, o HDL-c e o ácido úrico (r2=0,3100, p<0,0001) se associaram com as concentrações de adiponectina, de maneira dependente da prática de atividade física. Conclusão: As concentrações plasmáticas de adiponectina foram moduladas por medidas antropométricas, de composição corporal, bioquímicas bem como pelo estilo de vida. Esta modulação parece ser dependente da presença de atividade física. Introdução: O uso combinado de alanil-glutamina (GLN) e emulsão lipídica de óleo de peixe (OP) por via parenteral em condições de estresse metabólico vem sendo praticado em pacientes críticos. Faltam estudos sobre eficiência e segurança dessa combinação. Pancreatite aguda experimental (PA) tem alta mortalidade e gera estresse oxidativo. Objetivo: Avaliar o efeito da infusão parenteral combinada de OP e GLN sobre estresse oxidativo hepático e sobrevida de ratos submetidos à modelo de PA. Método: Ratos isogênicos Lewis (n = 160) foram submetidos à cateterização venosa central e infusão de salina 0,9% por 24 horas. Após este período, os animais, foram randomizados para receber infusão parenteral de salina (SS), OP (grupo OP), GLN (grupo Gln) e mistura de emulsão lipídica de óleo de peixe e glutamina (grupo OP+Gln), durante 48 horas, com livre acesso a dieta oral padrão e água. O grupo SHAM foi cateterizado, mas não recebeu infusão parenteral. A seguir todos os animais foram submetidos à indução de PA, por infusão de ácido taurocólico a 3% no duto bíleo-pancreático. Duas horas após PA, 50 animais (10 por grupo) foram sacrificados e fragmentos do fígado foram coletados para analisar a produção de MDA hepático, por método TBARS Assay. Os 100 animais restantes (20 por grupo) foram observados para verificação de mortalidade até o sétimo dia pós PA, quando os sobreviventes foram sacrificados. Resultados: O grupo OP+Gln apresentou aumento significativo dos níveis de MDA no fígado, em relação ao grupo com OP (média de 3,74 vs 2,96; p= 0,006). A mediana de mortalidade foi 48 horas pós PA. Observou-se medianas distintas para os diferentes grupos: SS (30-36 hs), OP+Gln ( 36-38hs), OP (30-42hs), Gln (48hs) e o grupo SHAM (24-48 hs) (p>0,05). Até o sétimo dia a sobrevida dos animais OP+Gln foi 53%, de Gln foi 75% e de OP foi 65%. Conclusão: Em PA experimental, a infusão parenteral de OP + GLN mostrou aumento significativo de estresse oxidativo hepático e tendência (não significativa) a menor sobrevida do que a infusão isolada de GLN. TL 12 - PREVALÊNCIA DE SINTOMAS QUE AFETAM A INGESTÃO ALIMENTAR DE PACIENTES ONCOLÓGICOS CLÁUDIA ANDRÉA PATOUNAS (CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÁ DE SANTA CATARINA); MARIA EMÍLIA DE SOUZA FABRE (CENTRO DE PESQUISAS ONCOLÓGICAS DE SANTA CATARINA); LUCIANA MARCON BARBOSA (CENTRO DE PESQUISAS ONCOLÓGICAS DE SANTA CATARINA); MARIANA GASCUE DE ALENCASTRO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO/UFSC); PRISCILA DANIELE SERÔA DA MOTTA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO/UFSC); ADRIANA SALUM (CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÁ DE SANTA CATARINA) Introdução: O câncer é uma enfermidade que se caracteriza pelo crescimento descontrolado, rápido e invasivo de células com alteração em seu material genético. No Brasil, as estimativas para o ano de 2013 apontam a ocorrência de aproximadamente 518.510 casos novos, reforçando a magnitude do problema no país. A desnutrição, condição prevalente no paciente oncológico, manifesta-se de forma universal em todos os tipos de câncer e sua intensidade varia de acordo com o tipo e a localização da doença. Além disso, durante o tratamento oncológico os pacientes apresentam sinais e sintomas que levam à diminuição da ingestão diária de alimentos com impacto negativo no estado nutricional. A desnutrição está associada com redução de resposta ao tratamento, aumento dos custos em saúde, pior qualidade de vida e sobrevida. O controle e manejo nutricional dos sintomas apresentados pode ser um fator adjuvante importante na prevenção da desnutrição e contribuir para o sucesso do tratamento oncológico. Objetivo: Detectar os principais sintomas que afetam a ingestão alimentar dos pacientes internados em um centro de tratamento oncológico em Florianópolis, Santa Catarina. Método: A coleta de dados foi realizada por meio da Avaliação Subjetiva Global Produzida pelo Próprio Paciente (ASG-PPP), entre abril e maio de 2013. Foram incluídos todos os pacientes internados entre 18 e 65 anos, que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Indivíduos com baixo nível de consciência foram excluídos da pesquisa. Resultados: Foram avaliados 51 pacientes, sendo 55% (n=28) do sexo masculino. Verificou-se maior prevalência das neoplasias do trato gastrointestinal (n=22). Em relação ao estado nutricional, 20% (n=10) apresentou desnutrição severa (ASG-C), 49% (n=25) desnutrição moderada (ASG-B) e apenas 31% (n=16) bem nutridos (ASG-A). Os sintomas com maior interferência na ingestão alimentar, citados pelos pacientes, foram dor (23%; n=14) e inapetência (19%; n=12), havendo neste grupo prevalência importante (41%) de perda ponderal grave. Conclusão: A avaliação nutricional precoce, o controle dos sintomas e a abordagem nutricional apropriada são fundamentais na prevenção da deterioração do estado nutricional de pacientes oncológicos. TL 14- ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES PEDIÁTRICOS NOS PERÍODOS PRÉ E PÓS-TRANSPLANTE RENAL MARINA LUTZOFF DE CAMARGO VAZ (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); ELAINE HILLESHEIM (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); VALÉRIA LAGUNA SALOMÃO AMBROSIO (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); INALDA FACINCANI (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO) Introdução: A doença renal crônica (DRC) é responsável por atraso no crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes. O transplante renal (TxR) é considerado o tratamento mais eficaz em pediatria mas não necessariamente corrige as alterações prévias ao procedimento, podendo induzir ao aparecimentos de novos distúrbios nutricionais. Objetivo: Comparar o estado nutricional de nefropatas pediátricos nos períodos pré e pós-TxR. Método: Estudo retrospectivo realizado através de coleta de dados de prontuários. Foram coletados dados referentes ao estado nutricional e exames bioquímicos pré e pós-TxR, sendo esses momentos caracterizados como a data prévia ao TxR, não ultrapassados seis meses, e a última avaliação ambulatorial. O estado nutricional foi diagnosticado pelos indicadores estatura para idade (E/I) e índice de massa corporal para idade (IMC/I), classificados segundo os Protocolos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional. Para a avaliação da área muscular do braço (AMB) e prega cutânea triciptal (PCT) utilizou-se a idade corrigida pela estatura. Os exames bioquímicos foram avaliados de acordo com os valores preconizados pela National Kidney Foundation. A taxa de filtração glomerular (TFG) estimada foi calculada pela fórmula de Schwartz. As análises foram realizadas por estatística descritiva e teste de Wilcoxon para amostra pareada, com p&#8804;0,05. Resultados: Foram avaliados 17 indivíduos com média de idade inicial e final de 9,1±4,1 e 14,7±2,3 anos, TL 13- EFEITO DA INFUSÃO PARENTERAL COMBINADA DE ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA-3 E GLUTAMINA SOBRE SOBREVIDA E ESTRESSE OXIDATIVO EM PANCREATITE AGUDA: ESTUDO EXPERIMENTAL PRISCILA GARLA (FMUSP); RICARDO GARIB (FMUSP); DAN WAITZBERG (FMUSP) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 10 Suplemento Nutrição Clínica/2013 respectivamente (meninos=82,3%). O tempo médio pós-TxR foi 5,57±4,17 anos, com 58,8% da amostra classificada no estágio três de DRC. Observouse melhora significativa nas médias dos escores-z IMC/I de -0,67±1,24 para 0,23±1,58, e E/I de -2,71±1,64 para -1,98±1,32. No pré-TxR 94,1% da amostra apresentou eutrofia e 52,9% muito baixa E/I, com ausência de excesso de peso. No pós-TxR houve aumento do excesso de peso para 35,3% e redução da muito baixa E/I para 29,4%. A frequência de percentil &#8804;5 para PCT alterou-se de 25% para 18,7% e para AMB de 36,7% para 68,7%. Houve aumento significativo nas médias de colesterol total e albumina sérica, estando todos os valores de acordo com as recomendações; no entanto, 35,3% da amostra apresentou colesterol total &#8805;170 mg/ dL no pós-TxR. Não houve diferença nas médias de triglicerídeo sérico, LDLcolesterol, HDL-colesterol e proteínas totais. Conclusão: No pós-TxR houve melhora do estado nutricional, principalmente em relação a E/I, porém, com aumento do excesso de peso, com índice semelhante à população pediátrica brasileira saudável. O acompanhamento nutricional no pós-TxR deve ser enfatizado a fim de evitar desordens nutricionais que aumentam o risco de perda do enxerto. Introdução: A condição nutricional pré-operatória de pacientes candidatos a cirurgias de grande porte influenciam na evolução clínica destes indivíduos. Entretanto, são escassos os trabalhos que avaliem o impacto que o estado nutricional pré-operatório tem sobre a morbimortalidade de paciente submetidos à cirurgia cardíaca. Objetivo: Conhecer a influência do estado nutricional pré-operatório na morbimortalidade de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. Método: Estudo observacional, descritivo, de caráter prospectivo, baseado no acompanhamento peri-operatório de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. A coleta de dados foi dividida em três etapas: 1ª etapa – Coleta das variáveis pré-operatórias (idade, gênero, co-morbidades, euroSCORE, índice de massa corpórea, percentual de adequação da prega cutânea tricipital, circunferência do braço e circunferência muscular do braço, e circunferência da cintura); 2ª etapa – Coleta das variáveis pós-operatórias (óbito e complicações); 3ª etapa – Acompanhamento pós-operatório se estendeu após a alta hospitalar por meio de um contato telefônico semanal até o 30º DPO, a fim de identificar os casos de óbito. Resultados: A amostra foi constituída por 173 indivíduos, com idade média de 57,4±10,5 anos, sendo a maioria do sexo masculino (59,5%). O procedimento mais frequente foi a cirurgia de revascularização do miocárdio (67%). A mortalidade foi de 16,2% e o tempo médio de permanência hospitalar de 8 dias. A análise multivariada mostrou associação significativa entre o índice de massa corpórea (p=0,02), a circunferência da cintura (p=0,001), o percentual de adequação da circunferência do braço (p=0,02) e a ocorrência de complicações pós-operatórias (p=0,01), com dimensão de efeito de pequena a moderada intensidade. Conclusão: A condição nutricional influencia a ocorrência de complicações pós-operatórias, estando este associado mais fortemente a incidência de complicações não infecciosas neste grupo de pacientes. TL 15 - INDICADORES DE RISCO NUTRICIONAL COMO PREDITOR DE TEMPO DE INTERNAÇÃO E DESFECHO CLÍNICO EM PACIENTES HOSPITALIZADOS SILVIA MARINHO FEROLLA (HOSPITAL VERA CRUZ); BIANCA SOUZA DUARTE (CENTRO UNVIERSITÁRIO UNA); JANAÍNA CESTARO DE SOUZA (CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA); JULIANA RODRIGUES DA SILVA (CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA); GEYZA NOGUEIRA DE ALMEIDA ARMILIATO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); TÂMARA OLIVEIRA DOS REIS (HOSPITAL VERA CRUZ) TL 17- MAIOR QUANTIDADE DE MASSA MUSCULAR ESQUELÉTICA NÃO GARANTE INTEGRIDADE CELULAR Introdução: A prevalência de desnutrição em pacientes internados varia de 20% a 50%. A identificação precoce de risco nutricional está associada ao aumento do tempo de internação, da frequência de complicações pós-operatórias, dos custos com tratamento e de mortalidade. A triagem de risco nutricional (NRS) proposta pela ESPEN (2002) tem sido utilizada frequentemente no ambiente hospitalar para detectar indivíduos em risco nutricional. Objetivos: este trabalho objetivou avaliar se a utilização da NRS e de variáveis antropométricas foram capazes de predizer o aumento do tempo de internação e do risco de complicação de pacientes hospitalizados. Método: Trata-se de estudo observacional, retrospectivo com inclusão de 864 pacientes, adultos e idosos, internados em hospital privado de Belo horizonte, Minas Gerais, entre setembro de 2011 e dezembro de 2012. Não foram incluídos pacientes internados em unidade de terapia intensiva. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da instituição. Resultados: Baixos valores de IMC relacionaram-se ao aumento do tempo de internação (p=0,03). As variáveis que se correlacionaram ao aumento no risco de óbito durante a internação foram: IMC<18,5Kg/m2 (OR:2,72; IC95%1,32; 5,59, p<0,01), redução na ingestão alimentar recente (OR: 1,99; IC95%:1,05; 3,77; p=0,03) e ser classificado como risco nutricional (pontuação>3) pela NRS (OR:2,31, IC95%:1,10; 4,85, p=0,02). Conclusão: Pacientes com baixo IMC apresentam aumento no tempo de permanência hospitalar e aumento em 2,7 vezes na chance de evoluírem para óbito durante a internação. Pacientes que apresentam redução aguda da ingestão alimentar e que são classificados como em risco nutricional pela NRS (pontuação >3 na NRS), também apresentam chance dobrada de óbito intra hospitalar. RUBIA DANIELA THIEME (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); CARYNA EURICH MAZUR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); DARLA SILVERIO MACEDO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); ANTONIO CARLOS LIGOCKI CAMPOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); MARIA ELIANA MADALOZZO SCHIEFERDECKER (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ) Introdução: Doenças do sistema digestório frequentemente acometem o estado nutricional. Estudos apontam que 30 a 55% dos indivíduos hospitalizados apresentam risco de desnutrir ou desnutrição. Indivíduos desnutridos apresentam mais complicações pós-operatórias e pior desfecho clínico. Um dos sinais físicos de depleção nutricional é a redução da massa muscular. Em nível celular, a diminuição da integridade das membranas está relacionada com mau prognóstico. Objetivo: Verificar associação entre massa muscular esquelética e integridade celular em pacientes candidatos à cirurgia do aparelho digestivo (CAD). Método: Estudo clínico transversal prospectivo analítico realizado em Hospital Universitário de Curitiba, entre junho de 2011 e junho de 2013. Os pacientes candidatos à CAD de médio e grande porte foram submetidos à avaliação nutricional pré-operatória. Foi realizada bioimpedância elétrica, por meio da qual foram obtidos valores de resistência (R) e reactância (Xc), ambos em &#937;. Com os valores de R e Xc foi obtido o ângulo de fase (AF), calculado como arco tangente da razão Xc/R em graus, a fim de verificar integridade de membrana celular, e estimada massa muscular esquelética (MME) com a equação proposta por Janssen e cols (2000), que utiliza o valor de R. A análise estatística foi realizada por meio do software SPSS versão 17.0 e utilizou-se coeficiente de correlação de Pearson, com intervalo de confiança de 95%. Resultados: Foram incluídos 51 pacientes, com média de idade de 63,1±12,5 anos (mínimo=32; máximo=86), sendo 56,9% (n=29) do sexo masculino. A média de AF foi 5,67±1,36 (mínimo=2,99; máximo=8,83) e de MME foi de 21,8±5,79Kg (mínimo=11,91; máximo=37,01). A correlação entre AF e MME foi fraca (R=0,118) e não foi estatisticamente significativa (p=0,41). TL 16- INFLUÊNCIA DO ESTADO NUTRICIONAL PRÉ-OPERATÓRIO NA MORBIMORTALIDADE DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA CARDÍACA JULIANA TEIXEIRA DA SILVA (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO); NAYARA VARJÃO DE OLIVEIRA (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO); MONIQUE TAVARES DE JESUS (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO); LUCIANA CATUNDA BRITO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 11 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Conclusão: Não foi encontrada associação entre MME e AF. Sugere-se que a integridade celular não é proporcional à quantidade de MME. o excesso de tecido adiposo também é muito comum entre os pacientes. Objetivo: analisar a associação do índice de massa corporal (IMC) e da circunferência da cintura (CC) com os estágios da (DRC) em pacientes sob tratamento conservador atendidos no Ambulatório de Nutrição em Nefrologia – APMN/HUPES/UFBA. Método: Estudo transversal composto por 127 pacientes. Foi preenchido protocolo de atendimento para obtenção dos dados clínicos e nutricionais. O IMC, seguindo a referência da OMS, 1995, foi verificado por meio da medida do peso e de altura. A CC foi classificada de acordo com os critérios da OMS, com risco de complicações metabólicas quando a CC for maior ou igual a 80cm para as mulheres e maior ou igual a 94cm para os homens. Os estágios da DRC foram classificados pela referência do KDOQI 2002, utilizando a estimativa do Clearance de Creatinina de 24h realizado pela fórmula de Cockcroft-Gault (Cockcroft e Gault, 1976), que utililiza a creatinina sérica. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o software Statistical Packcage for Social Science (SPSS) na versão 21.0. Resultados: A média de idade da população foi de 59,1 anos (DP 14,2), sendo 64 (50,4%) pacientes do sexo feminino. A média do IMC e da CC na população foi 25,53Kg/m2 (DP 5,32) e 91,58cm (DP 14,13), respectivamente. A mediana do clearance de creatinina foi de 30,25 (23,5-45,2). Quanto a estratificação pelo grau de DRC, 2 (1,6%) pacientes se encontravam em estágio 1, 9 (7,1%) no estágio 2, 46 (36,2%) no estágio 3, 53 (41,7%) no estágio 4 e 17 (13,4%) no estágio 5. A distribuição do IMC e da CC pelos grupos estratificados pelo grau de DRC não apresentou diferença significante. Contudo observou-se que as médias do IMC nos grupos com estágio 1,2,3 e 5 da DRC esteve acima dos valores normais situando-se na faixa do sobrepeso e o valor médio encontrado no grupo com estágio 4 encontrou-se dentro da faixa de normalidade. Os valores médios da CC em todos os grupos estudados esteve acima de 89cm. Conclusão: Apesar da DRC ser uma doença catabólica, a presença do excesso de peso e da circunferência da cintura em valores próximo ao risco cardiovascular se mantém na população estudada em todas as fases da doença. TL 18- INTERCORRÊNCIAS GASTROINTESTINAIS E PRESENÇA DE ÚLCERA POR PRESSÃO EM PACIENTES NEUROCIRÚRGICOS JERUSA MARCIA TOLOI (UNIFESP- EPM); ELIS SIZANOSKI TEIXEIRA (UNIFESP- EPM); LUCAS BASSOLLI (UNIFESP- EPM); PATRICIA STANICH (UNIFESP- EPM) Introdução: Indivíduos tratados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) freqüentemente apresentam complicações gastrointestinais que impedem a adequada evolução da Terapia Nutricional (TN), aumentando o risco de infecções e aparecimento de úlceras por pressão (UPP). Objetivo: Descrever as principais intercorrências gastrointestinais e ocorrências de úlceras por pressão em pacientes neurocirúrgicos em UTI em Terapia Nutricional Enteral (TNE).Método: Estudo descritivo envolvendo 51 pacientes neurocirúrgicos adultos admitidos em 2 UTI’s no período de fevereiro a julho de 2013. Excluiu-se indivíduos com tempo de internação inferior a 72 horas e que não estiveram em terapia nutricional enteral exclusiva em um período mínimo de 7 dias. Informações referentes à identificação do paciente, tempo de TNE, motivo da internação (cirúrgico eletivo, cirúrgicos de urgência e cirúrgico por trauma) e complicações gastrointestinais (distensão abdominal; elevado volume residual gástrico- superior a 200 ml por horário de infusão de dieta; vômitos, disfagia e diarréia- mínimo de 3 evacuações líquidas em 24 horas sem uso de laxantes), além de ocorrência de UPP durante a terapia foram levantados. Resultados: Dos 51 pacientes analisados (48,1±18,7 anos), 4 (7,8%) realizaram cirurgia eletiva, 20 (39,2%) cirurgia de urgência e 27 (52,9%) cirurgia de urgência por trauma. O tempo médio de internação foi de 23,9 (±12,2) dias, sendo, em média, maior entre os pacientes vítimas de trauma 24,6±13 dias (p<0,001) e o tempo mediano para início TNE foi de 2 dias, variando entre 0 e 11 dias. 52,9% dos pacientes apresentaram, em algum momento da TNE, sinais de intolerância gastrointestinal, sendo o volume residual gástrico (VRG) aumentado a intercorrência mais observada (74,5%). Encontramos episódios mais frequentes de intercorrências entre os pacientes cirúrgicos não traumáticos (60% vs. 44,4%), embora os indivíduos acometidos por trauma tenham apresentado maiores prevalências de distensão abdominal, vômito e VRG aumentado. A incidência de UPP foi de 21,6%, sendo maior naqueles que em algum momento apresentaram complicações gastrointestinais (29,6% vs. 12,5%). Os pacientes que apresentaram UPP levaram mais tempo para iniciar TNE (3,18 ± 06 dias) e permaneceram internados na UTI por mais tempo (p <0,001). A ocorrência de disfagia foi encontrada em 66% dos indivíduos internados. (sendo 55% em pacientes não traumáticos e 74,1% em traumáticos). Conclusão: As intercorrências se mostraram presentes na maioria dos indivíduos, evidenciando a importância da utilização de protocolos e da presença de equipe multiprofissional na tentativa de minimizar o déficit nutricional relacionado a essas causas. TL 20 - INTERVENÇÃO DIETOTERÁPICA EM PACIENTES HIV POSITIVOS COM LIPODISTROFIA SUBMETIDOS À TERAPIA ANTIRRETROVIRAL AMANDA LAÍS FERREIRA DE MORAES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); SILVIANE RIBEIRO CASTILHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); ROSANA MARIA FEIO LIBONATI (UNIDADE MUNICIPAL DE SAÚDE); CLÁUDIA DANIELE TAVARES DUTRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) Introdução: Os efeitos adversos da síndrome lipodistrófica são comuns nos pacientes submetidos ao uso da terapia anti-retroviral de alta potência (TARV). Objetivo: Avaliar a efetividade da orientação nutricional sobre as alterações metabólicas em pacientes com lipodistrofia secundária à TARV, na cidade de Belém-PA. Método: Estudo intervencionista com pacientes HIV positivo, com síndrome lipodistrófica, em uso da TARV. Foram analisadas as alterações metabólicas e nutricionais antes e após a intervenção clínico-nutricional. Os resultados foram analisados através dos programas BioEstat 4.0 e Virtual Nutri 1.0. com p < 0,05. As variáveis estudadas foram colesterol total e frações (LDL e HDL), triglicerídeos, resistência à insulina, medidas antropométricas e risco cardiovascular. Resultados: Foram avaliados 29 pacientes,observou-se maior prevalência de pacientes aposentados, sexo masculino, faixa etária de 41 a 50 anos e renda de zero a três salários mínimos. Não houve diferenças significativas entre os sexos quanto ao etilismo e o tabagismo, sendo que 72% dos pacientes não praticavam atividade física. A associação entre lipoatrofia e lipohipertrofia e o tempo de uso da TARV, foi significante, independente do sexo. Observaram-se colesterol total e triglicerídeos elevados, HDL baixo e LDL normal. Quanto à análise do metabolismo dos carboidratos, 48% dos pacientes apresentaram alterações glicêmicas e 34 % resistência à insulina. A síndrome lipoatrófica apresentou medidas globais menores do que a síndrome mista e a lipohipertrófica. Após a intervenção clínico-nutricional houve alterações significativas de diminuição dos níveis de triglicerídeos TL 19- ASSOCIAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E DA CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA COM OS ESTÁGIOS DA DOENÇA RENAL CRÔNICA EM PACIENTES SOB TRATAMENTO CONSERVADOR ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE REFERÊNCIA NA BAHIA. MARIA HELENA LIMA GUSMÃO SENA (FACULDADE DE MEDICINA / UFBA ); MARINA SAMPAIO (ESCOLA DE NUTRIÇÃO / UFBA); ALESSANDRA FORTES ALMEIDA (ESCOLA DE NUTRIÇÃO / UFBA); ETHIANE JESUS SAMPAIO (COMPLEXO HUPES/ UFBA ); JAIRZA MARIA BARRETO MEDEIROS (ESCOLA DE NUTRIÇÃO / UFBA); CARLA HILÁRIO DA CUNHA DALTRO (ESCOLA DE NUTRIÇÃO / UFBA) Introdução: A doença renal crônica (DRC) representa importante problema de saúde pública. Apesar da desnutrição ser frequente nesta população, Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 12 Suplemento Nutrição Clínica/2013 e glicose e aumento de HDL. Quanto às alterações cardiovasculares, 31% dos pacientes diminuíram o risco absoluto de infarto e morte em 10 anos, com diminuição do colesterol total e HDL. Com a intervenção nutricional houve uma diminuição significativa no consumo alimentar das calorias, proteínas e lipídios. Conclusão: O tratamento dietoterápico minimizou as alterações metabólicas da TARV, melhorando o prognóstico e qualidade de vida desses pacientes. TL 22 - SISTEMATIZAÇÃO DOS INDICADORES DE QUALIDADE DE ENFERMAGEM NA TERAPIA NUTRICIONAL- SEGUIMENTO DE 5 ANOS CLAUDIA SATIKO TAKEMURA MATSUBA (HOSPITAL DO CORAÇÃOHCOR SÃO PAULO); ANDRÉ SANTOS ALVES DE ARAÚJO (HOSPITAL DO CORAÇÃO-HCOR SÃO PAULO); FERNANDA LARSEN (HOSPITAL DO CORAÇÃO-HCOR SÃO PAULO); ANA LUCIA CAPUCHO LORENA ABRAHAO (HOSPITAL DO CORAÇÃO-HCOR SÃO PAULO); BERNARDETE WEBER (HOSPITAL DO CORAÇÃO-HCOR SÃO PAULO); DANIEL MAGNONI (HOSPITAL DO CORAÇÃO-HCOR SÃO PAULO) TL 21 - ADEQUAÇÃO DO SUPORTE ENTERAL E O IMPACTO NO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES PEDIÁTRICOS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA DO NORDESTE LARISSA DE ANDRADE VIANA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); ANNE ELLEN ALVES E OLIVEIRA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); ANA CAROLINA RIBEIRO DE AMORIM (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); ELDA AUGUSTO DE ANDRADE (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); JANINE MACIEL BARBOSA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); CONCIANA MARIA ANDRADE FREIRE NEVES (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA) Introdução: Para garantir eficácia ao processo de tomada de decisões, as organizações devem possuir sistemas estruturados de informações confiáveis, apoiando-se na análise dos dados a fim de permitir comparações. A implantação de indicadores de qualidade em Terapia Nutricional (TN) é essencial para a atuação do enfermeiro, exigindo monitoramento contínuo dos processos, além de fornecer subsídios para a avaliação do cuidado e garantir a otimização de recursos humanos e redução de custos. Objetivos: Os objetivos deste estudo foram comparar os resultados dos 4 indicadores de qualidade de enfermagem na TN, verificar se os dados entre os setores foram homogêneos e levantar as causas destas diferenças . Método: Estudo prospectivo, quantitativo, realizado num hospital privado especializado em cardiologia do município de São Paulo entre os períodos de 2009 a 2013. Utilizou-se ferramenta gerencial de informações denominada DOCNIX SCORE CARD para levantamento dos dados e análise dos resultados de todos os setores em que havia pacientes com Terapia Nutricional Parenteral e Enteral. Resultados: Neste período foram acompanhados 49.034 pacientes com TN. O indicador “Índice de dieta enteral infundida” apresentou média global de 78% em 2009 com evolução para 86,6% em 2013, sendo a Unidade de Terapia Intensiva Adulta (UTI) o setor com maior número de horas em pausa. No que se refere ao indicador “Índice de nutrição parenteral infundida” nos setores críticos adultos e pediátricos verificouse média de 93% em 2009 e 96% em 2013, atribuindo melhorias ao setor de UTI Pediátrico pela otimização de acesso intravenoso exclusivo para esta terapia. Graças a estratégias como a implantação do Guia de preparo de Medicamentos, intensificação de treinamento institucional e uso de fixador nasal apropriado, o “Índice de perda de acesso enteral” de 3,1% em 2009 foi reduzido para 1,7% em 2013. Atualmente a “Taxa de Satisfação quanto ao Planejamento Educacional mantém média anual de 97% entre os anos de 2012 e 2013. Conclusão: A utilização de indicadores de qualidade de enfermagem na Terapia Nutricional demonstra a necessidade de monitoramento contínuo procurando garantir melhorias como revisão de protocolos assistenciais e introdução de novas tecnologias aliado à adesão de toda a equipe multiprofissional. O alinhamento destas informações permite também, a realização de benchmarking, disseminação dos resultados a todos os níveis hierárquicos, segurança ao paciente e mudança na cultura da organização. Introdução: A prevalência de desnutrição em pacientes pediátricos hospitalizados encontra-se em torno de 30 a 50%. A utilização de terapia nutricional adequada tem demonstrado inúmeras vantagens como melhora na resposta imunológica, diminuição de complicações clínicas, manutenção do desenvolvimento, reduções de custos e tempo de internação. Objetivo: Analisar a adequação do suporte enteral às estimativas calórico-protéicas e o impacto no estado nutricional de pacientes pediátricos em um centro de referência do Nordeste. Método: Estudo transversal, realizado com crianças em suporte nutricional enteral, internadas em hospital de alta complexidade pediátrico. A população foi composta por todos os pacientes em terapia nutricional enteral (TNE) internados na clínica médica pediátrica no período de junho de 2012 a março de 2013. Os dados foram extraídos da ficha de rotina do acompanhamento do suporte nutricional. Foram considerados os pontos de corte propostos pela Organização Mundial de Saúde (2006/2007) para a classificação do estado nutricional segundo os indicadores antropométricos Peso/Idade e Índice de Massa Corporal/Idade. As necessidades nutricionais foram estimadas conforme a patologia de base e a meta calórica foi considerada atingida quando >80%, conforme os critérios das Diretrizes de Terapia Nutricional (2011). A análise estatística foi realizada no programa SPSS13.0. Resultados: Foram analisados 136 pacientes, 64% do sexo masculino, de 0 a 120 meses (45,6% <24 meses), internados principalmente por doenças neurológicas (46,2%) e pulmonares (27,3%). A TNE exclusiva foi instituída em 80,9% dos pacientes, sendo indicada em 49,3% dos casos, devido ao desconforto respiratório, tendo como via preferencial o cateter nasogástrico (64,6%) com média de dias em uso 9,17dias. As fórmulas poliméricas específicas para a faixa etária representaram 76,5% das indicações pela equipe multiprofissional. As necessidades nutricionais foram prioritariamente estimadas, segundo a American Society for Parenteral and Enteral Nutrition (53%), obtendo-se meta calórica média 616,8kcal e protéica 16,3g. Respectivamente, 70,4% e 65,4% dos pacientes atingiram durante o internamento a meta de >80% da meta calórica e protéica. No momento do internamento 30,6%(P/I) e 37%(IMC/I) encontravam-se com algum grau de comprometimento nutricional (<-2DP). O peso médio inicial (9,7+5,6kg) e final (9,9+5,7kg) foram comparados segundo o teste T pareado, demonstrando melhora do estado nutricional, porém sem significância estatística (p=0,236), no entanto 48,5% dos pacientes, no momento da alta da TNE apresentavam melhora do seu estado nutricional. Conclusão: O uso adequado da TNE contribui para uma melhora do quadro clínico e nutricional em pacientes pediátricos quando a meta calórica e protéica for >80% das recomendações nutricionais. TL 23- CORRELAÇÃO ENTRE ANEMIA MATERNA E INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS DO RECÉM-NASCIDO EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA EM SÃO LUÍS, MARANHÃO. ADRIANA FONSECA TEIXEIRA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO (HUUFMA)); KÁTIA DANIELLE ARAÚJO LOURENÇO VIANA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO (HUUFMA)); BYANCA MACIEL VIANA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO (HUUFMA)); ROSÂNGELA CRISTINA ARAÚJO CANTANHEDE (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO (HUUFMA)); NATANIELE FERREIRA VIANA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO (HUUFMA)) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 13 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Introdução: A anemia causa consequências adversas à saúde da mulher, da gestante e do concepto. As anemias maternas estão associadas a aumento na incidência de abortos espontâneos, partos prematuros e morte perinatal. No feto, pode ocasionar restrição do crescimento intrauterino, baixo peso ao nascer, morte fetal e anemia no primeiro ano de vida. Objetivo: Identificar a prevalência de anemia em gestantes e sua correlação com indicadores antropométricos do recém-nascido. Método: Estudo transversal, com acompanhamento de 45 gestantes atendidas, por ocasião do parto, na Unidade Materno Infantil de um Hospital Universitário, em São Luís, Maranhão. Foram excluídas gestantes adolescentes, gravidez múltipla, parto pré-termo e problemas de saúde durante a gestação (diabetes mellitus e distúrbios hipertensivos). Adotou-se para diagnóstico de anemia, hemoglobina (Hb<11,0g/dL) e hematócrito (Ht<33%). As variáveis qualitativas foram expressas através de frequências simples e percentuais e as quantitativas na forma de médias (± DP). A correlação entre as variáveis quantitativas foi avaliada pela correlação de Pearson. Para variáveis que não apresentaram distribuição normal, a relação foi verificada pela correlação de Spearman, nível de significância de 5%, programa Stata 10.0. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (Parecer nº252/11). Resultados: As gestantes apresentaram idade média de 25,9 anos (± 5,6), em sua maioria, casadas ou em união estável (82,2%), renda familiar inferior a 3 salários mínimos (91,2%), Ensino Médio incompleto (46,7%) e cor da pele auto-referida não branca (91,1%). A média de peso ao nascer foi 3.328g (±396,0), 80% dos neonatos apresentaram peso adequado ao nascer e 20% peso insuficiente, comprimento médio de 49,3cm (±1,48) e o Índice de Rohrer apresentou média de 2,78 g/cm3 (±0,272). A anemia foi diagnosticada em 24,4% das gestantes, a dosagem da hemoglobina apresentou média de 11,9g/dL (±1,3) e o hematócrito apresentou média de 35,15% (±3,63). Observou-se correlação estatisticamente significante entre anemia e níveis de hematócrito com o peso do recém-nascido (p=0,0421 e p=0,0430, respectivamente). Conclusão: O estudo evidenciou influência da anemia e concentração de hematócrito na gestante, com o peso ao nascer. Dessa forma, considera-se o acompanhamento nutricional pré-natal indispensável para que sejam identificadas situações de risco, visando uma intervenção oportuna, gerando impacto positivo nas condições de nascimento e diminuição das taxas de morbimortalidade perinatal e neonatal. GISLAINE APARECIDA OZORIO (INSTITUTO DO CANCER DO ESTADO DE SÃO PAULO - ICESP); RONALDO SOUSA OLIVEIRA FILHO (INSTITUTO DO CANCER DO ESTADO DE SÃO PAULO - ICESP); MARINA CELIA TOMAZELA (INSTITUTO DO CANCER DO ESTADO DE SÃO PAULO - ICESP); DEBORA PEREIRA DOS SANTOS (INSTITUTO DO CANCER DO ESTADO DE SÃO PAULO - ICESP); MARIA MANUELA FERREIRA ALVES DE ALMEIDA (INSTITUTO DO CANCER DO ESTADO DE SÃO PAULO - ICESP); THAIS CAMPOS CARDENAS (INSTITUTO DO CANCER DO ESTADO DE SÃO PAULO - ICESP) Introdução: No paciente hospitalizado, a infusão de menor volume de nutrição enteral (NE) comparado ao volume prescrito contribui para a desnutrição e suas conseqüências. Diferentes condições podem favorecer essa prática em pacientes críticos. Objetivo: Avaliar a diferença entre o volume de NE prescrito e o infundido em unidades de terapia intensiva (UTI) de um hospital oncológico de referência em São Paulo (SP). Método: O estudo de caráter prospectivo e observacional selecionou pacientes críticos oncológicos acima de 18 anos que receberam NE exclusiva por mais de 72 horas, entre março-maio/2013. Para triagem nutricional foi utilizada a NRS-2002 e para os pacientes em risco nutricional foi aplicada a Avaliação Subjetiva Global-ASG. Para análise dos dados foi utilizado o Stata 11.0 e os valores expressos como média±desvio padrão, percentual, mediana e Interquartil (IQ). Resultados: Foram incluídos 125 pacientes com idade média de 60,4±12,7 anos, 60,0% eram do sexo masculino e o câncer de cabeça e pescoço foi o mais prevalente (24,8%), seguido pelo câncer gastrointestinal (21,6%). Quanto ao estado nutricional, 4,0% eram sem risco (RN-), 29,6% classificados como nutridos (ASG/A), 59,2% desnutridos moderados (ASG/B) e 7,2% desnutridos graves (ASG/C). Os pacientes utilizaram NE por 8,1±5,9 dias e receberam 81,2% (IQ: 66,7-90,6%) do volume prescrito, 79,5% (IQ: 64,9-87,1%) do aporte energético prescrito e 81,2% (IQ: 66,7-90,6%) do aporte protéico (p<0,001). O volume médio não infundido em relação ao prescrito foi de 180±106mL/dia, 216±125Kcal/ dia e 36,9±16,1g/proteína/dia por paciente. Os principais motivos para não infusão foram: jejum (94,4%), ventilação não invasiva (4,0%) e transferência para enfermaria (1,6%). Ao relacionar estado nutricional e %kcal infundida, 60,0% dos pacientes RN- receberam mais de 80,0% do volume prescrito e esse percentual foi menor quanto maior a gravidade do estado nutricional, a saber: 59,5%, 54,1% e 44,4%, para ASG/A, B e C, respectivamente. Conclusão: Os pacientes críticos com estado nutricional comprometidos receberam volume de NE menor do que o prescrito, o que pode impactar em sua recuperação e desfecho na UTI. É necessário conhecimento dos motivos de jejum e discussão com a equipe de intensivistas para melhor oferta energética e menor deficit diário, o que beneficiaria o paciente crítico. TL 24 - ANÁLISE DA DIFERENÇA ENTRE O VOLUME DE NUTRIÇÃO ENTERAL PRESCRITO E INFUNDIDO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA EM UM HOSPITAL ONCOLÓGICO DE REFERÊNCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 14 Suplemento Nutrição Clínica/2013 PÔSTERES EM DESTAQUE Suplemento Nutrição Clínica/2013 PD-01 ULTRASSONOGRAFIA DO MÚSCULO ADUTOR DO POLEGAR E FORÇA DE PRENSÃO PALMAR: QUAL A ASSOCIAÇÃO? (EN), ingestão alimentar (IA), e outros fatores relacionados à alimentação nos distúrbios alimentares (DisA) e comportamentais (DisC) de idosos em diferentes fases da DA. Método: estudo transversal analítico, no qual foram incluídos idosos com diagnóstico de DA atendidos em uma Unidade de Saúde de Atenção ao Idoso no período de novembro de 2010 a julho de 2011. Foram relacionados os DisC e DisA com EN avaliado pela Miniavaliação Nutricional e a ingestão calórica e protéica, avaliada por meio do registro alimentar de 3 dias. Foram também analisadas as variáveis: sobrecarga do cuidador, número de refeições diárias, companhia durante as refeições, atividades durante as refeições, independência para se alimentar, quem prepara o prato, comportamento alimentar quando fica sozinho, renda per capita, opinião do cuidador com relação a qualidade e a quantidade das refeições, com quem mora o paciente, xerostomia, gosto amargo na boca, problemas de mastigação, prótese dentária, disfagia, tosse ou afogamento ao se alimentar e consistência da dieta. Foi considerada a a influencia da idade, sexo, anos de estudo, número de refeições diárias, ingestão calórica e proteica, estado nutricional, sobrecarga do cuidador e estágio da doença nas variáveis dependentes DisA e DisC. A análise dos dados foi realizada pelos testes Coeficiente de Correlação de Pearson e Regressão Linear Múltipla ,considerando o nível de significância de 95%. Resultados: Foram avaliados 96 pacientes, sendo a amostra predominantemente feminina (n = 68; 70,8%), com idade média de 78 anos (± 6,52). Nas análises de correlação, houve correlações fracas ou muito fracas entre todas as variáveis analisadas. Já pela análise de regressão linear múltipla, as variáveis estágio da doença e sobrecarga do cuidador influenciam significativamente no número de distúrbios do comportamento e distúrbios da alimentação, e o estado nutricional foi influenciado por: uso de prótese dentária, disfagia, companhia ao se alimentar, opinião do cuidador a cerca da quantidade ingerida e estágio da doença. Conclusão: As alterações comportamentais e alimentares ocorreram independentemente do estado nutricional e dos demais fatores relacionados à alimentação, pois se mostram associadas à evolução da doença. No entanto, alguns fatores relacionados à alimentação podem interferir no estado nutricional, cabendo a equipe multiprofissional e ao cuidador buscar intervenções positivas neste sentido. RUBIA DANIELA THIEME (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); CARYNA EURICH MAZUR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); DARLA SILVERIO MACEDO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); ARQUIMEDES ARTUR ZORZETTO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); MARIA ELIANA MADALOZZO SCHIEFERDECKER (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); ANTONIO CARLOS LIGOCKI CAMPOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ) Introdução: Estudos apontam que 30 a 55% dos indivíduos hospitalizados apresentam risco de desnutrir ou desnutrição. As doenças do sistema digestório frequentemente acometem o estado nutricional. O diagnóstico nutricional pode variar de acordo com o método utilizado para realizá-lo. Espessura do músculo adutor do polegar (EMAP) e força de preensão palmar (FPP) são parâmetros de composição corporal e capacidade funcional, respectivamente, e são coadjuvantes na determinação diagnóstica. Objetivo: Verificar associação entre exame de imagem e capacidade funcional em pacientes candidatos à cirurgia do aparelho digestivo (CAD). Método: Estudo clínico transversal prospectivo analítico realizado em Hospital Universitário de Curitiba, entre junho de 2011 e junho de 2013. Os pacientes candidatos à CAD de médio e grande porte foram submetidos à avaliação nutricional pré-operatória. Entre as variáveis, foram verificadas EMAP, por meio de aparelho de ultrassonografia com transdutor linear com frequência entre 12 e 15 MHz, e FPP, com dinamômetro hidráulico com avaliação de força aferida por quilogramas força, ambos da mão dominante e não dominante. Considerou-se ponto de corte para EMAP segundo Lameu e cols (2004) e para FPP de acordo com Lauretani e cols (2003), somente para a mão dominante, com estratificação para sexo. A análise estatística foi realizada por meio do software SPSS versão 17.0 e utilizou-se coeficiente de correlação de Pearson, teste T e Qui Quadrado, com intervalo de confiança de 95%. Resultados: Foram incluídos 39 pacientes, com média de idade de 64,9±12,3 anos (mínimo=43; máximo=88), sendo 64,1% (n=25) do sexo masculino. A média de EMAP dominante foi de 11,12 ±1,55 mm e não dominante 11,12±1,46mm (p=0,994). Para EMAP, 60% (n=15) dos homens e 21,4%(n=3) das mulheres apresentaram valor acima do ponto de corte. A média de FPP dominante foi de 28,76±11,15kg e não dominante de 26,03±10,52kg (p=0,270). Para o sexo masculino, a FPP, foi maior que o ponto de corte para 64%(n=16) e 42,9% (n=6) para o feminino. A correlação entre EMAP e FPP foi estatisticamente significativa para mão dominante e não dominante (R=0,565 e R=0,544, respectivamente, p<0,001). Considerando ponto de corte, a associação entre EMAP e FPP não apresentou diferença estatística para ambos os sexos (p>0,05). Conclusão: A correlação entre exame de imagem e de capacidade funcional foi positiva e moderada. Quando considerado os pontos de corte, a FPP não aumentou na mesma proporção que a EMAP, revelando que o resultado estatístico difere de resultado clínico. PD-03 IMPACTO DE DÉFICIT CALÓRICO NA MORTALIDADE HOSPITALAR DE PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA CARDÍACA QUE NECESSITARAM NUTRIÇÃO ENTERAL NO PÓS-OPERATÓRIO MARCIA FREITAS (INC); RENATO V GOMES (INC); LEILA MAGALHAES (INC); CARINA PAIXÃO (INC); MARCELLE MARROIG (INC); ALEXANDRE ROUGE (INC) Introdução: A morbidade dos pacientes (pcs) críticos internados em UTI se deve a uma série de fatores. Sabidamente a precocidade no início da terapia nutricional, o sucesso no alvo calórico ofertado e o déficit calórico (DC) gerado são contribuintes importantes neste contexto de gravidade sobretudo em pacientes cirúrgicos. Objetivo: Analisar o impacto de variáveis de pré, per e pós operatórias, entre elas o DC, na ocorrência de óbito em pcs submetidos a cirurgia cardíaca (CC) e iniciam suporte nutricional enteral (NE). Método: Foram analisados prospectivamente pcs submetidos a CC que necessitaram de NE no período de jun/12 a jun/13. Os dados foram alocados em banco de dados existente. Nos pcs com NE analisamos: sexo, tipo e classificação de cirurgia, função ventricular, DM, DPOC, HAP, IAM prévio, insuficiência renal aguda, concentração de Hemoglobina e contagem de Linfócitos, Tipo de NE empregada e DC com a ocorrência de óbito. Definimos DC > 10.000 cal durante a internação na UTI. Análise estatística pelo SPSS, significância estatística p<0,05, análise univariada (testes de Fisher’s, Pearson, Mann Whitney). Resultados: Foram 696 pcs submetidos a CC, destes 78 pcs iniciaram NE, foram incluídos na análise 51 pcs (dados completos). Na amostra: 76,7% pcs masc, IMC prévio a CC com MED 26, Idade MED de 62a, SOFA MED 4, Tempo de UTI MED 20 dias. PD-02 EXISTE INFLUÊNCIA DO ESTADO NUTRICIONAL, DA INGESTÃO ALIMENTAR E OUTROS FATORES RELACIONADOS À ALIMENTAÇAO NOS DISTÚRBIOS ALIMENTARES E DE COMPORTAMENTO DE IDOSOS COM DOENÇA DE ALZHEIMER? MARIA ELIANA MADALOZZO SCHIEFERDECKER (UFPR); ANA PAULA DE MELLO (UFPR); DANIELLE RODRIGUES LECHETA (UFPR); IVETE BERKENBROCK (PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA); JOAO CARDOSO NETO (UFPR); ELIANE MALUF (UFPR) Introdução: A Doença de Alzheimer (DA) é associada a alterações cognitivas, comportamentais e alimentares, sendo freqüentes as desordens nutricionais como perda de peso e problemas na alimentação relacionados à evolução da doença. Objetivo: Avaliar a relação entre estado nutricional Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 16 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Quanto a NE as MED foram: GEB 1277Kcal/d, Aporte proteico de 1,3g/d e DC médio de 4770 cal. O óbito ocorreu em 13 pcs (25,5%). Apenas o DC teve associação com a ocorrência de óbito (p=0,004). Conclusões: O DC é fator importante na ocorrência de óbito em pcs graves submetidos a CC. O alvo nutricional e o menor DC devem ser buscados precocemente após o início de NE. com 77,1% dos funcionários atingindo os valores preconizados pela Pirâmide Alimentar. No estudo comparativo entre os fatores socioeconômicos, demográficos, do estilo de vida e o consumo, apenas com as variáveis sexo e prática de exercício físico houve discordância estatisticamente significante. Ou seja, com a freqüência de consumo de frutas e leguminosas sendo bem superior no sexo feminino. O mesmo comportamento foi identificado entre os praticantes de atividade física, com freqüências de consumo bem mais elevadas de frutas, hortaliças e leguminosas. Conclusões: O consumo inadequado de grupos alimentares importantes como frutas, hortaliças e leguminosas pode trazer prejuízos à saúde do grupo avaliado, havendo, portanto uma necessidade de estimular esse consumo, principalmente entre os homens e os sedentários. PD-04 IMPACTO DE DÉFICIT CALÓRICO NO TEMPO DE INTERNAÇÃO EM UTI EM PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA CARDÍACA QUE NECESSITARAM NUTRIÇÃO ENTERAL NO PÓS-OPERATÓRIO MARCIA FREITAS (INC); RENATO GOMES (INC); LEILA MAGALHAES (INC); LILIAN PRADO (INC); CARINA PAIXÃO (INC); ALEXANDRE ROUGE (INC) Introdução: Em pacientes críticos a precocidade no início da terapia nutricional, o sucesso no alvo calórico ofertado e o déficit calórico (DC) gerado são contribuintes importantes em sua evolução e tempos de internação em UTI (TUTI) e hospitalar (THOSP). Objetivo: Analisar o impacto do DC no TUTI e THOSP em pcs submetidos a cirurgia cardíaca (CC) e iniciam suporte nutricional enteral (NE). Método: Foram analisados prospectivamente pcs submetidos a CC que necessitaram de NE no período de jun/12 a jun/13. Os dados foram alocados em banco de dados existente. Definimos DC > 10.000 cal durante a internação na UTI. Foram analisados o TUTI e THOSP em dias. Análise estatística pelo SPSS, significância estatística p<0,05, análise univariada (testes de Fisher’s, Pearson, Mann Whitney).Resultados: Foram 696 pcs submetidos a CC, destes 78 pcs iniciaram NE, foram incluídos na análise 51 pcs (dados completos). Na amostra: 76,7% pcs masc, IMC prévio a CC com MED 26, Idade MED de 62a, SOFA MED 4, Tempo de UTI MED 20 dias e THOSP com MED 31 dias. Quanto a NE as MED foram: GEB 1277Kcal/d, Aporte proteico de 1,3g/d e DC médio de 4770 cal. O DC teve associação com o TUTI (p=0,025), porém não teve com o THOSP (p=0,31). Conclusões: O DC é fator associado a maior tempo de TUTI. O alvo nutricional e o menor DC devem ser buscados para redução de morbidades, tempos de internação e custos. PD-06 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ATRAVÉS DE INDICADOR DE EFETIVIDADE EM PACIENTES DE CIRURGIA ORTOPÉDICA IZABEL CRISTINA VARGAS ROCHA DE CARVALHO (INTO); MONICA AZEVEDO LINHARES FERREIRA (INTO); VIVIAN SAVINO CAMPOS (INTO); CLAUDIA CHRISTINA SOBRINHO DO NASCIMENTO (INTO); FERNANDA FERREIRA (INTO); ALESSANDRA DA SILVA PEREIRA (UNIRIO) Introdução: Os fatores que podem interromper a Terapia Nutricional Enteral (TNE) são jejum pré-operatório e de exames específicos, complicações clínicas, entre outros. Atender plenamente as necessidades nutricionais é fundamental para o tratamento, sobretudo em pacientes críticos e/ou no pós-operatório de grandes cirurgias ortopédicas. A qualidade da TNE pode ser medida por indicadores de efetividade, como a porcentagem de pacientes com volume de Nutrição Enteral infundido maior que 70% do prescrito. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade da TNE, através da adequação do volume de Nutrição Enteral infundido em relação ao volume total de dieta programada em pacientes hospitalizados em um CTI. Método: Foram avaliados os dados da planilha de porcentagem da Nutrição Enteral infundida versus programado que é utilizada como indicador de qualidade na rotina da Área de Nutrição de um hospital de Traumatologia e Ortopedia, localizado no Rio de Janeirono período de janeiro a agosto de 2012. Para avaliação estatística utilizou-se analise descritiva dos dados e Teste de Pearson para verificar se havia correlação entre tempo de hospitalização e % de adequação de infusão. Resultados: Participaram do estudo 20 pacientes, 35% do sexo masculino e 65% do feminino. A média de dias de TNE dos pacientes avaliados foi de: 17±8,7 (mínimo=7 e máximo=35). A média de percentual de volume infundido em relação ao volume programado foi de 83±7,9, com mínimo de 67,7% e máximo de 98,2% do programado. Ao correlacionar as duas varáveis (tempo de TNE e % infundido), verificou-se fraca correlação negativa (teste de Pearson= - 0,1). Dos 20 pacientes, 2 tiveram média acima de 90% e 01 (5%) abaixo de 70% de adequação de infusão, enquanto que 60% e 25% ficaram com médias percentuais de infusão entre 70-80% e 80-90%, respectivamente. Conclusão: A qualidade da TNE, avaliada através do indicador de efetividade porcentagem de pacientes com volume de Nutrição Enteral infundido maior que 70% do prescrito mostrou-se boa, considerando que 95% dos pacientes apresentaram porcentagem acima de 70%, garantindo aos pacientes o recebimento do valor calórico determinado para sua recuperação e/ ou manutenção do estado nutricional. PD-05 INFLUÊNCIA DE FATORES SOCIOECONÔMICOS, DEMOGRÁFICOS E DO ESTILO DE VIDA NO CONSUMO DE FRUTAS, HORTALIÇAS E LEGUMINOSAS DE FUNCIONÁRIOS DA ÁREA DE SAÚDE DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DA CIDADE DO RECIFE, PE. GLEYCE KELLY DE ARAÚJO BEZERRA (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO – UFPE); NATHÁLIA BRISSANT PIRES FERREIRA (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO – UFPE); MARYÂNGELA CASTRO DOS SANTOS (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO – UFPE); FERNANDA CRISTINA DE LIMA PINTO TAVARES (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO -UFPE ); JAILMA SANTOS MONTEIRO (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO -UFPE ); POLIANA COELHO CABRAL (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO - UFPE ) Introdução: Os estudos epidemiológicos têm fornecido evidências sobre a importância da dieta na prevenção primária das doenças cardiovasculares, cerebrovasculares, diabetes mellitus e neoplasias. Objetivo: Avaliar a influência de fatores socioeconômicos, demográficos e do estilo de vida sobre o consumo de frutas, hortaliças e leguminosas em funcionários da área de saúde de uma universidade pública da cidade do Recife- PE. Método: Estudo com 267 indivíduos, sendo 135 do sexo masculino (50,6%), com média de idade 43,5 ± 11,5 anos. As informações foram coletadas no período de maio de 2010 a junho de 2011. As informações sobre idade, escolaridade e estilo de vida (etilismo, tabagismo e sedentarismo) foram obtidas com o auxílio de questionário. O consumo de frutas, hortaliças e leguminosas foi avaliado de acordo com a freqüência de consumo desses grupos alimentares constantes na Pirâmide Alimentar (PHILIPPI, ST et al, 1999). Resultados: Dos funcionários avaliados, apenas 11,5% referiram consumo de frutas dentro dos valores recomendados pela Pirâmide Alimentar, percentual que para hortaliças foi de 6,9%. Entretanto, o consumo de leguminosas foi satisfatório PD-07 EXCESSO DE PESO EM ADULTOS DO ESTADO DE PERNAMBUCO: MAGNITUDE E ASSOCIAÇÃO COM VARIÁVEIS SOCIOECONÔMICAS E DEMOGRÁFICAS CLAUDIA PORTO SABINO PINHO (UFPE); ALCIDES DA SILVA DINIZ (UFPE); ILMA KRUZE GRANDE DE ARRUDA (UFPE); PEDRO ISRAEL CABRAL DE LIRA (UFPE); MARINA DE MORAES VASCONCELOS PETRIBU (UFPE); MALAQUIAS BATISTA-FILHO (UFPE) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 17 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Introdução: O excesso de peso, definido pelo índice de massa corpórea (IMC) &#8805;25kg/m², está relacionado ao aumento da morbimortalidade por predispor o indivíduo a graves transtornos na pressão arterial e no metabolismo dos lipídios e glicídios, tendo como consequências mais marcantes doenças cardio e cerebrovasculares, principais causas de morte e incapacitação de adultos em todo o mundo. Objetivo: Avaliar a magnitude do excesso de peso em adultos do Estado de Pernambuco e os fatores socioeconômicos e demográficos associados. Método: Estudo de delineamento transversal, de base populacional, com coleta de dados realizada no período de maio a outubro/2006, envolvendo adultos na faixa etária de 25-59 anos, provenientes de áreas rural e urbana do Estado de Pernambuco. O tamanho amostral foi calculado considerando-se uma prevalência de 40% de excesso de peso, um erro de estimação de 4% e um nível de confiança de 95%. O excesso de peso foi determinado pelo IMC&#8805; 25kg/m². O modelo conceitual considerou variáveis socioeconômicas (renda familiar per capita, escolaridade em anos de estudo) e demográficas (sexo, idade e estrato geográfico da residência). O estudo teve aprovação em Comitê de Ética e Pesquisa (709/2006) e os dados foram analisados através do software SPSS, versão 13.0. Resultados: Foram avaliados 1580 indivíduos, com mediana de idade de 33 (IQ: 29-42) anos e predomínio do sexo feminino (58%), de indivíduos do interior do Estado (73,3%) e com baixa escolaridade (54,3% com menos de 5 anos completos de estudo). A prevalência de excesso de peso foi 51,1% (IC95%: 48,6-53,6), sendo maior entre as mulheres (p<0,001). A análise estratificada por sexo dos fatores associados ao excesso de peso mostrou que este foi maior em homens da Região Metropolitana (p<0,001), de maior renda (p<0,001) e escolaridade (p<0,001). Para o sexo feminino, o excesso de peso foi maior entre as mulheres a partir de 30 anos (p<0,001) e com menor escolaridade (p<0,010). Conclusão: A expressiva prevalência do excesso de peso corrobora os níveis epidêmicos que este problema tem assumido em todo o mundo e a associação fatores socioeconômicos e demográficos reforçam a multifatorialidade de sua etiologia. Os determinantes socioeconômicos e demográficos que influenciam o excesso peso são diferentes entre os sexos, destacando a importância de caracterizar o perfil básico do público-alvo de ações individuais, coletivas e públicas relacionadas com a prevenção e controle do problema da obesidade no país. alimentar foi avaliado pelo registro alimentar. A Pressão Arterial (PA) foi aferida indiretamente, utilizando o aparelho digital Omron®. Resultados: A amostra foi constituída, em sua maioria, por indivíduos do sexo feminino (76,6%), com média de idade de 60,8± 12,9 anos, de cor de pele não branca (85,9%), com baixo nível de escolaridade (75,0%) e renda inferior a quatro salários mínimos (53,3%). O consumo alimentar de sódio evidenciou médias dentro dos valores preconizados segundo a OMS, para pessoas saudáveis, cuja recomendação diária é de menos que 5 g/dia/ pessoa (menos de 2000 mg de sódio). Já o consumo de potássio de modo geral, apresentou-se abaixo das recomendações (4,7 g/ dia). Indivíduos com maior renda e escolaridade apresentaram maior consumo de sódio e potássio. A maior ingestão de sódio e potássio ocorreu entre os homens, com valor estatisticamente significante (p<0,05). Quanto ao controle dos níveis pressóricos, menos da metade dos indivíduos apresentaram PA controlada (42,9%). Um sério problema no tratamento dessa população. Conclusão: Verificou-se que a grande maioria não fazia um controle alimentar adequado, uma vez que apresentaram consumo significativo de sódio e baixo de potássio. O controle da HAS foi insatisfatório, podendo ser reflexo da baixa adesão ao tratamento que é um problema frequente, demandando maior atenção dos profissionais envolvidos no tratamento. PD-10 AVALIAÇÃO DO CUSTO DA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL EM PACIENTES ATENDIDOS POR UM PROGRAMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE KARINE ZORTÉA (PROGRAMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR, GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO); VIVIAN D. SOUZA (PROGRAMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR, GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO); SATI J. MAHMUD (PROGRAMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR, GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO) Introdução: O Programa de Atenção Domiciliar (PAD) do Grupo Hospitalar Conceição é um serviço do Sistema Único de Saúde com experiência consolidada nesta área desde 2004. O PAD viabiliza o atendimento domiciliar de pacientes após a alta hospitalar por equipe multidisciplinar, incluindo o nutricionista. Além dos pacientes com via oral, atende também os pacientes que necessitam de dieta enteral administrada por sondas enterais. Fornece dieta enteral industrializada e todo o material necessário para sua administração (frascos, equipos, seringas), sem custos para os pacientes, além de treinamento para os cuidadores. As dietas-padrão fornecidas pelo PAD são prontas para o uso em sistema aberto de administração, poliméricas, isentas em lactose e sacarose, baixa osmolaridade, complementadas em vitaminas e sais minerais. Além das dietas-padrão, também são utilizadas dietas especializadas para insuficiência renal ou imunológica, rica em fibras, hiperproteica e hipercalórica, doença intestinal e hipossódica. Objetivo: Avaliar o custo médio mensal dispendido para administração de dietas enterais industrializadas durante o acompanhamento de pacientes atendidos por um Programa de Atenção Domiciliar. Método: O valor das dietas é obtido através do sistema de informação financeiro do hospital. Em um banco de dados, mensalmente, são computadas as seguintes informações: pacientes em dieta enteral, tipo de dieta, quantidade utilizada por paciente e custo de dieta por litro. A partir destas informações é possível estimar o custo mensal de dieta por paciente e o custo total. Resultados: De agosto de 2012 até junho de 2013 o PAD atendeu 46 pacientes novos com dieta enteral, sendo 12 pacientes atendidos em média por mês. A maioria é do gênero masculino (54,3%) com média de idade de 62,85±16,46 anos. Do total de pacientes, 82,6% recebiam dieta via sonda nasoenteral, 15,2% via gastrostomia e 2,2% jejunostomia. O custo médio mensal das fórmulas enterais industrializadas foi R$2628,39, sendo o custo médio por paciente de R$250,20 por mês e R$8,34 por dia. Conclusão: O custo deste padrão de dieta é semelhante ao estimado em elaboração de dietas moduladas caseiras e traz um bom custo-benefício, sendo que reduz o risco de contaminação e complicações pela administração ou manipulação incorretas. Além disso, a dieta modulada caseira traria custos às famílias que, muitas vezes, vivenciam situações de pobreza extrema. Portanto, o fornecimento PD-08 CONSUMO DE SÓDIO E POTÁSSIO E CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL EM HIPERTENSOS ATENDIDOS EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DE SÃO LUÍS- MA BYANCA MACIEL VIANA (SÃO LUÍS MA); SILVIA TERESA DE J. R. MOREIRA LIMA (SÃO LUÍS MA); ADRIANA FONSECA TEIXEIRA (SÃO LUÍS MA); MARIANE DE CARVALHO RODRIGUES (SÃO LUÍS MA) Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) revela-se como problema de saúde pública apresentando crescimento importante nos últimos anos, estudos apontam que mais de 25% da população mundial adulta (cerca de 1 bilhão) tem hipertensão, e estima-se que em 2025, 29% da população adulta será hipertensa. Dentre os fatores nutricionais associados à alta prevalência de HAS, destacamos o consumo baixo de potássio e elevado de sódio, importante fator no aumento dos níveis pressóricos. Objetivo: Identificar o consumo de sódio e potássio, bem como os níveis de controle pressórico nessa população. Método: Estudo transversal com 184 hipertensos atendidos em unidades básicas de saúde, entre 2010 e 2011. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (Parecer n°312/09). As variáveis qualitativas foram apresentadas por meio de frequências e porcentagens e as quantitativas por média e desvio padrão. Para comparação das variáveis qualitativas foi utilizado o teste Qui-quadrado ou Exato de Fisher, para as que apresentaram distribuição normal foi utilizado teste t-Student e as que não apresentaram normalidade foi utilizado o teste de Mann Whitney. Os dados foram analisados no programa estatístico STATA 10.0. O consumo Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 18 Suplemento Nutrição Clínica/2013 de dieta industrializada pelo PAD, facilita o acesso à alimentação aos usuários do SUS, já que os custos são arcados pelo hospital, potencializando a recuperação da saúde do indivíduo. correlação moderada com a ATAV (adultos: r= 0,46; p<0,01 e idosos: r= 0,42; p<0,05). Entre as mulheres o IAV apresentou correlação positiva e estatisticamente significante com a ATAV apenas entre as idosas (r=0,47; p<0,01). A CC apresentou altas correlações com a gordura visceral em ambos os grupos etários e sexos. Para os homens estas correlações foram: r= 0,75; p=0,000 nos adultos e r= 0,74; p= 0,000 nos idosos e entre as mulheres adultas observou-se r= 0,75; p= 0,000 e r = 0,60; p<0,01 para as idosas. Conclusão: A CC apresentou correlações superiores ao IAV com a área de tecido adiposo visceral de risco para doenças cardiovasculares para adultos e idosos, em ambos os sexos. PD-11 CORRELAÇÃO DO PRODUTO DA ACUMULAÇÃO LIPÍDICA E ÍNDICE DE ADIPOSIDADE VISCERAL COM A GORDURA VISCERAL CAROLINA CUNHA DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); ANNA KARLA CARNEIRO RORIZ (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); MICHAELA EICKEMBERG (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); PRICILLA ALMEIDA MOREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); LILIAN BARBOSA RAMOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) PD-14 ADEQUAÇÃO CALÓRICO-PROTEICA DA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL EM PACIENTES CRÍTICOS: ESTUDO COORTE Introdução: O Produto da Acumulação Lipídica (Lipid Accumulation Product – LAP) e o Índice de Adiposidade Visceral (IAV) são considerados bons parâmetros das alterações cardiometabólicas pela relação indireta com a deposição de gordura visceral. Objetivo: Avaliar a correlação do LAP e IAV com a gordura visceral em adultos e idosos. Método: Estudo transversal, com 191 indivíduos, de ambos os sexos. Os participantes foram submetidos à mensuração da circunferência da cintura e foi dosado o nível sérico dos triglicerídeos e HDLc. O LAP foi obtido através das fórmulas propostas por Kahn et al. (2005) e o IAV através das fórmulas propostas por Amato et al. (2010). A área de tecido adiposo visceral (ATAV) foi medida pela tomografia computadorizada. Utilizou-se a Análise descritiva e Correlação de Pearson. Resultados: Dos participantes, 50,8% eram mulheres e a média de idade foi de 56,2 anos (DP 19,6). A média do LAP e IAV foi superior entre os idosos quando comparados aos adultos, em ambos os sexos. O LAP apresentou correlação positiva com a ATAV para homens (Adultos: r=0,593; Idosos: r=0,570) e mulheres (Adultas: r=0,611; Idosas: r=0,605), com nível de significância de p=0,000 para todos os grupos. O mesmo foi observado na correlação entre o IAV e a ATAV para homens (Adultos: r=0,438; p=0,002 / Idosos: r=0,416; p=0,004) e mulheres (Adultas: r=0,378; p=0,008 / Idosas: r=0,473; p=0,001). Conclusão: O LAP apresentou melhor correlação com a gordura visceral, para ambos os sexos e grupos etários, quando comparado ao IAV. Novos estudos devem ser realizados para explorar o LAP como indicador de risco cardiovascular CAROLINA HAUBER DA SILVA (IRMANDADE SANTA CASA MISERICÓRDIA PORTO ALEGRE/UNIVERSIDADE FEDERAL CIÊNCIAS SAÚDE PORTO ALEGRE); CECÍLIA FLÁVIA LOPES COUTO (IRMANDADE SANTA CASA MISERICÓRDIA PORTO ALEGRE); ANELISE BERTOTTI TORBES (UNIVERSIDADE FEDERAL CIÊNCIAS SAÚDE PORTO ALEGRE); GILBERTO FRIEDMAN (IRMANDADE SANTA CASA MISERICÓRDIA PORTO ALEGRE/UNIVERSIDADE FEDERAL CIÊNCIAS SAÚDE PORTO ALEGRE); FABIANA VIEGAS RAIMUNDO (UNIVERSIDADE FEDERAL CIÊNCIAS SAÚDE PORTO ALEGRE) Introdução: A Society of Critical Care Medicine e a American Society for Parenteral and Enteral Nutrition sugerem que, para o paciente crítico, a NE deve ser introduzida entre as 24 e 48 horas após a admissão hospitalar e progredida até a dieta plena nas 48 a 72 horas após seu início. A NE precoce mostrou ser capaz de reduzir a mortalidade e as complicações relacionadas a infecções. Entretanto, estudos mostram que 85% dos pacientes de UTI não atingem a dieta plena. Objetivo: Identificar o percentual de adequação da meta calórica dos pacientes de pacientes internados em uma UTI, após o início da administração de NE. Método: Estudo coorte, com pacientes adultos e idosos hospitalizados na UTI Central do Hospital Santa Clara da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA) no período de abril a julho de 2013. Foram excluídos os pacientes em nutrição oral ou parenteral total. Os dados foram coletados no sistema de prontuário informatizado pelo período de sete dias. Resultados: Pacientes apresentaram idade média de 63,8±13,7 anos, escore SOFA de 5,8 ± 2,7, APACHE II de 21,3 ± 7,9 e mortalidade de 10% (n=2) no período de seguimento. Metade dos pacientes avaliados (50%, n=10) atingiu as metas calóricas e 25% (n=5) as metas protéicas após 72h de início da dieta enteral na internação na unidade de terapia intensiva. Os principais motivos que impossibilitaram a evolução da dieta foram: NPO para realização de procedimento (n=4) e instabilidade hemodinâmica (n=2). Nos três primeiros dias e no sétimo dia de administração da dieta, o valor calórico total administrado foi de 51,1 ± 19,2%, 72,2 ± 25,9%, 75,6 ± 45,9%, 73,9±45,9% respectivamente, da meta calórica determinada a partir das necessidades nutricionais individuais dos pacientes. Conclusão: Somente metade dos pacientes avaliados atingiram a sua meta calórica em 72h conforme o preconizado. Novas estratégias se fazem necessárias para aproximação entre as práticas e as recomendações, com o objetivo de melhorar o prognóstico nutricional do paciente crítico. PD-15 RESULTADOS ALCANÇADOS PELA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE TERAPIA NUTRICIONAL (EMTN) POR MEIO DA UTILIZAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE EM USO DE TERAPIA ENTERAL PD-12 ÁREA DE GORDURA VISCERAL MEDIDA PELA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA E SUA CORRELAÇÃO COM O ÍNDICE DE ADIPOSIDADE VISCERAL E CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA ANNA KARLA CARNEIRO RORIZ (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); CAROLINA CUNHA DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); LUIZ CARLOS SANTANA PASSOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); MICHAELA EICKEMBERG (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); PRICILLA ALMEIDA MOREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); LILIAN BARBOSA RAMOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) Introdução: O índice de adiposidade visceral (IAV) expressa, indiretamente, a função da gordura visceral associada a riscos para doenças cardiovasculares.A circunferência da cintura (CC) é um indicador antropométrico capaz de estimar alterações cardiometabólicas consequentes do excesso de gordura visceral. Objetivo: Verificar a correlação entre o Índice de Adiposidade Visceral e a circunferência da cintura com a área de tecido adiposo visceral. Método: Estudo transversal, com 191 indivíduos, adultos e idosos, de ambos os sexos. Os indivíduos foram submetidos à avaliação antropométrica (peso, altura e circunferência da cintura) e exames laboratoriais (Triglicerídeos e HDL-Colesterol). O IAV foi obtido através das fórmulas propostas por Amato et al (2010). A área de tecido adiposo visceral (ATAV) foi medida pela tomografia computadorizada. Utilizou-se a Análise descritiva e Coeficiente de Correlação de Pearson. Resultados: Os valores médios do IAV e da CC foram maiores para os idosos em comparação aos adultos em ambos os sexos. Para o sexo masculino, o IAV apresentou ADRIANA FLORES HAIKEL (HOSPITAL SANTA CRUZ); JULIARA MUSSI DE ALMEIDA CHRISTIANO (HOSPITAL SANTA CRUZ); SAMANTA ALMEIDA SILVA (HOSPITAL SANTA CRUZ); STELA DELGADO DE SOUZA SAMPAIO (HOSPITAL SANTA CRUZ); JANICI THEREZINHA SANTOS (HOSPITAL SANTA CRUZ) Introdução: Para os pacientes submetidos a Terapia Nutricional acompanhados pela equipe multiprofissional, os indicadores identificam os Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 19 Suplemento Nutrição Clínica/2013 benefícios, padronizam os processos, selecionam e promovem intervenções adequadas na busca pela qualidade(Waitzberg, 2012) Objetivo: Demonstrar os resultados alcançados pela EMTN através de indicadores de qualidade na assistência ao paciente em uso de terapia enteral. Método: Pesquisa quantitativa exploratória e descritiva de caráter prospectivo, realizada em Hospital Geral de médio porte do Município de São Paulo. A coleta de dados foi realizada entre os meses de abril a junho de 2013, diariamente pela EMTN por meio de um instrumento elaborado pela equipe. Total de 164 pacientes em Terapia Nutricional Enteral. Como fonte de pesquisa utilizou-se dados do prontuário eletrônico associados à visita diária dos profissionais beira leito. Resultados: Investigou-se 113 pacientes em uso de SNE entre os meses de Abril a Junho. Quanto ao Indicador do número de perdas de SNE: Abril: 30 SNE: 4,89% foram perdidas, Maio: total de 35 SNE: 3,80% foram perdidas, Junho: 48 SNE: 3,77% foram perdidas. Notou-se neste período o aumento do número de pacientes em uso de SNE, porém houve a diminuição do número de perdas nos pacientes estudados. O maior motivo atribuído às perdas foi o saque pelo próprio paciente. Quanto ao indicador de volume prescrito X volume infundido: Em média foram levantadas 484,3 divergências durante o período do estudo, nestas foram identificadas as mais significativas e que vão de encontro ao objetivo do trabalho, são elas: volume infundido no final das 24h menor do que o esperado, sem descrição no prontuário: 24%, seguidas de falta de anotação de volume infundido no final do plantão: 32,5% e jejum para procedimentos: 5,4%. Diante do exposto, os resultados mostrados deixam evidentes que apenas 18,3% dos pacientes receberam o volume prescrito pelo médico. Conclusão: Os indicadores levantados proporcionaram à EMTN subsídios para equacionamento dos resultados da assistência frente aos pacientes submetidos à terapia nutricional. Desta forma a recuperação nutricional e o estado clinico dos pacientes puderam ser monitorados pontualmente pela equipe. Algumas intervenções como, treinamentos intensivos para a equipe de enfermagem foram realizados a curto prazo a fim de melhorar os próximos resultados dos indicadores. pacientes, de ambos os gêneros, onde foi mostrado o catálogo de fotos, e aplicado o Controle de aplicabilidade do mesmo, e ao final, ocorriam as visualizações das bandejas a fim de verificar a eficácia do método. Resultados: Foi verificada a aceitação alimentar de 89 pacientes, dentre estes, 52 eram do gênero feminino e 37 do gênero masculino, na faixa etária entre 14 a 93 anos de idade. Verificou-se que 75,3% dos pacientes conseguiram visualizar bem o catálogo e 24,7% tiveram uma visualização ruim do mesmo. Como conseqüência da má visualização do catálogo de fotos, a resposta de 42,7% dos pacientes não coincidiu com o que foi visualizado na bandeja, sendo que 24,7% destes subestimaram a quantidade que foi consumida e 18% superestimaram. Conclusão O catálogo fotográfico se mostrou eficaz na avaliação do consumo alimentar, mas pode apresentar falhas na interpretação das quantidades pelos pacientes, portanto, o mais indicado para validação é realizar treinamentos para a equipe de saúde que os acompanha, permitindo assim uma melhor efetividade na terapia Nutricional. PD-17 EFEITO DO PARATORMÔNIO SOBRE A INGESTÃO ALIMENTAR E O ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA MARINA DE OLIVEIRA MENEZES (UFPE); MARIA EDUILA COUTO SANTOS (UFPE); DÉBORA JOICE DA SILVA (UFPE); BRUNA LÚCIA DE MENDONÇA SOARES (UFPE); PRISCILLA ALVES SANTOS (UFPE); JULIANA GONÇALVES TRIGUEIRO (UFPE) Introdução: A doença renal crônica constitui importante problema de saúde pública. Graças às terapias substitutivas da função renal, um crescente número de pacientes sobrevive a esta patologia. Apesar da diálise, alguns distúrbios metabólicos não são corrigidos e os pacientes freqüentemente evoluem com diversas alterações, dentre estas, destacase o Hiperparatireoidismo Secundário (HPT2). O quadro clínico do HPT2 é bastante variado e, devido as suas alterações fisiológicas, os pacientes estão submetidos a complicações, algumas destas alterações contribuem para a desnutrição. Objetivo: Avaliar a infuência do paratormônio sobre a ingestão alimentar e sua relação com o estado nutricional de pacientes com IRC. Método: Estudo realizado com 42 pacientes adultos de um Hospital Universitário. Para a coleta de dados foi utilizado questionário de avaliação, no qual continha dados antropométricos (peso, altura, IMC, PCT, CMB e AMB), laboratoriais (cálcio, fósforo, colesterol, albumina, creatinina e PTH), dietéticos (recordatório de 24 horas) e da bioimpedância (% gordura e água corporal). As variáveis foram comparadas entre dois grupos, conforme níveis de PTH. Os resultados são apresentados em média e desvio padrão. Resultados: A composição corporal analisada pela bioimpedância demonstrou percentual de gordura aumentado para homens e mulheres, enquanto que na avaliação bioquímica o Colesterol total mostrou-se diminuído e o PTH elevado. Quando comparados conforme níveis de PTH, o grupo 2 apresentou-se significativamente mais jovem, possuía fósforo sérico e paratormônio mais elevado e menor percentual de gordura corporal, quando comparado ao grupo 1. Observou-se correlação negativa entre o PTH e o percentual de gordura corporal. Os resultados evidenciaram que com consumo alimentar semelhante, o paratormônio influenciou negativamente na gordura corporal, independente da idade, o que demonstra os efeitos deletérios deste hormônio sobre a composição corporal. Conclusão: Diante do exposto, o acompanhamento nutricional deve ser cuidadoso e contínuo, uma vez que estes pacientes diferem extremamente da população em geral, a fim de prevenir e minimizar a deterioração do Estado Nutricional. PD-16 VALIDAÇÃO DE INSTRUMENTO PARA MONITORAÇÃO DA ACEITAÇÃO ALIMENTAR DE PACIENTES HOSPITALIZADOS CAMILA AFONSO ALHO (SÃO CAMILO); ANA PAULA LEAL COSTA (SÃO CAMILO); CRISTIANE CRISTOVÃO DE OLIVEIRA (SÃO CAMILO); DAIANE SANTOS (SÃO CAMILO); CAROLINA SHIBA (SÃO CAMILO); PATRICIA LIMA (SÃO CAMILO) A dieta hospitalar é substancial por garantir o fornecimento de nutrientes ao paciente e preservar ou restabelecer seu estado nutricional. A aceitação da alimentação está relacionada com aspectos sensoriais dos alimentos. Através do acompanhamento, é possível identificar alterações a serem realizadas, dependendo das necessidades nutricionais, preferências ou aversões alimentares do paciente. Várias metodologias vêm sendo utilizadas para quantificar a ingestão alimentar, no sentido de obter dados válidos, reprodutíveis e comparáveis. Todavia, ainda não existe um método ouro onde a informação mensurada reflita exatamente o que se pretende medir. Objetivo: Validar instrumento de monitoração da dieta hospitalar, permitindo uma avaliação mais verídica da porcentagem de aceitação alimentar para uma maior efetividade na terapia nutricional. Método: Foram realizadas pesquisas em artigos científicos nas bases de dados Lilacs, Scielo, MedScience e Pubmed, entre os anos de 2000 e 2013 por meio dos descritores aceitação alimentar, terapia nutricional, percepção alimentar. Posteriormente, foi utilizado o catalogo de fotos desenvolvido anteriormente para o acompanhamento da aceitação alimentar dos pacientes, composto por fotografias das dietas do Hospital, que consiste em: dieta líquida, leve, pastosa, branda e geral, representando 25%, 50%, 75% e 100% do almoço ou jantar. No verso de cada foto, foi impresso o valor calórico, obtido por meio dos dados do Manual de Dietas, correspondente à porcentagem de aceitação. Foram realizadas visitas aleatórias aos PD-18 CAPACIDADE ANTIOXIDANTE DO PLASMA DE HAMSTERS HIPERCOLESTEROLÊMICOS ALIMENTADOS COM MICÉLIO DE COGUMELO COMESTÍVEL Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 20 Suplemento Nutrição Clínica/2013 ANA CLÁUDIA THOMAZ (HOSPITAL DE CLÍNICAS - UFPR); HERTA STUTZ DALLA SANTA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE); ELISA PEREZ (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE); DAIANA NOVELLO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE); MELISSA DOS SANTOS RAYMUNDO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE); KELLY CRISTINA DE BRITO OLIVEIRA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE) dos pacientes com DCNT (doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e obesidade), composta por 46 adultos na faixa etária de 20 a 59 anos. As entrevistas foram realizadas com pacientes internados, entre junho e julho de 2013. Foram coletadas informações sobre consumo alimentar a partir de um questionário composto por perguntas retiradas do projeto “Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico”, além de dados de variáveis sócio-econômicas (sexo, faixa etária, escolaridade). Utilizando estatística descritiva e analítica (teste qui-quadrado). Resultados: Os dados demonstraram uma prevalência do consumo diário de feijão (68,8%) e leite (55,2%), um baixo consumo diário de verduras/legumes (21,8%) e frutas (14,9%). O consumo regular de refrigerantes (34,8%) e doces (29,2%) foi considerado elevado. Os dados com significância estatística (p<0,005) demonstrou um maior consumo de frutas em mulheres, elevado consumo de feijão em homens, além de um maior consumo de refrigerante por parte de adultos jovens. Conclusão: Portanto, os hábitos alimentares apresentados pela maioria da população foram considerados inadequados, na tendência alimentar característica da transição nutricional, aumentando o risco de desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis. Introdução: A produção de radicais livres, de espécies reativas de oxigênio (ERO), de nitrogênio (ERN), entre outras espécies reativas, é parte integrante do metabolismo humano e animal, observada em diversas condições fisiológicas. Porém, em situações patológicas pode haver aumento da geração de radicais livres. Objetivo: Avaliar o efeito do consumo do micélio de cogumelo Agaricus brasiliensis (A. brasiliensis), produzido sobre grãos de trigo, no potencial antioxidante do plasma de hamsters hipercolesterolêmicos. Método: Os animais foram divididos em 4 grupos: grupo que recebeu dieta padrão, Grupo P (n=10), grupo que recebeu dieta padrão hipercolesterolêmica, Grupo H (n=9), grupo que recebeu dieta padrão adicionada de 10% de farinha de trigo contendo micélio de A. brasiliensis, Grupo C (n=10), e grupo que recebeu dieta padrão hipercolesterolêmica com adição de 10% de farinha de trigo contendo micélio de A. brasiliensis, Grupo HC (n=10). Foi analisada a capacidade antioxidante no plasma dos hamsters de cada grupo experimental, sendo verificada através da concentração de antioxidantes no plasma expressa em ácido ascórbico e da porcentagem de inibição do branqueamento da crocina, antioxidante isolado do açafrão. Os resultados obtidos foram analisados utilizando-se Análise de Variância (ANOVA), Teste de Tukey e t de student com nível de 5% de significância. Resultados: Observou-se que os grupos de animas que receberam a dieta hipercolesterolêmica com (HC) e sem micélio de A. brasiliensis (H) apresentaram níveis de colesterol total maiores (p<0,05) que os grupos P e C. Foi verificado que a ingestão da dieta do grupo C foi aquela que mais aumentou, significativamente, a concentração de antioxidantes presentes no plasma dos animais (0,39 mg.mL-1, expresso em ácido ascórbico). O grupo HC apresentou maior capacidade antioxidante que aqueles que receberam apenas dieta hipercolesterolêmica (H) (p<0,05), pois inibiu 20,2% do branqueamento da crocina, enquanto o grupo H inibiu apenas 10,4%. O grupo P apresentou valor de concentração de antioxidantes no plasma estatisticamente semelhante ao grupo HC e ao grupo H. Conclusão: A ingestão de micélio do cogumelo A. brasiliensis por hamsters influenciou positivamente na proteção antioxidante desses animais, sugerindo que o micélio do cogumelo cultivado sobre grãos de trigo pode ser uma fonte de antioxidantes naturais. PD-20 “AVALIAÇÃO DO RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE ÚLCERA POR PRESSÃO EM PACIENTES HOSPITALIZADOS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO” LETÍCIA SERPA (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ); VERA SANTOS (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); ALINE MACHADO (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ); MONICA MEALE (NESTLÉ HEALTHSCIENCE) Introdução: A incidência de UP tem sido considerada um indicador de qualidade dos serviços de saúde, demandando ações institucionais e cuidado multiprofissional para a sua prevenção. O primeiro passo para a prevenção é a identificação dos pacientes em que apresentam risco e quais os fatores de risco mais importantes para cada população. Objetivo: Propósito do estudo: Identificar os pacientes hospitalizados com risco para o desenvolvimento de Úlcera por Pressão, no município de São Paulo. Método: A metodologia e o material utilizados: Trata-se de um estudo prospectivo, multicêntrico, realizado em seis hospitais do município de São Paulo. A amostra foi composta por pacientes internados nas unidades de internação e UTIs dos hospitais, de ambos os sexos, com idade igual ou maior a 18 anos e que concordaram em participar da pesquisa. A coleta de dados foi realizada no período de abril a junho de 2013, por Estagiários de enfermagem, selecionados a partir de prova escrita e entrevista. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos Hospital Alemão Oswaldo Cruz/SP. Cada participante foi informado sobre o projeto e preencheu o TCLE, concordando em participar do estudo. Na sua impossibilidade, um familiar procedeu a assinatura.O Instrumento para a coleta de dados era composto dos seguintes dados: Parte 1 - Dados Demográficos; Parte 2 - Dados Clínicos e Nutricionais; Parte 3 - Avaliação do risco através da Escala de Braden. Resultados: resumo dos resultados apresentados com detalhes suficientes para apoiar a conclusão. Foram avaliados 1452 pacientes no período, sendo 56,81% do sexo feminino, 45,72% de pacientes idosos, considerando 14,18% com 80 anos ou mais, a maioria (56,61%) em tratamento clínico. Com relação às doenças associadas, 18,42% dos pacientes eram portadores de DM e 42,47% de HAS. Com relação ao risco de Úlcera por Pressão, observamos que 33,92% dos pacientes apresentavam risco para o desenvolvimento de UP na primeira avaliação, sendo: 23,68% com risco baixo, 4,43% com risco alto, 3,99% com risco moderado e 1,09% com risco muito alto. Vale ressaltar que 42% dos pacientes tiveram 1 a 2 dias de internação. Conclusão: conclusão alcançada A utilização de um instrumento de avaliação do risco para UP possibilita desenvolver a conscientização dos profissionais quanto à importância da implementação de medidas preventivas, além de dar apoio à gestão desse cuidado. PD-19 HÁBITOS ALIMENTARES DOS PACIENTES COM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS INTERNADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO RAFAEL PINTO LOURENÇO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); NAYANE SANTIAGO BARRETO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); LUAN FELLIPE BISPO ALMEIDA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); MARÍLIA PRUDENTE MENESES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); CARLA VANESSA OLIVEIRA DO NASCIMENTO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); MÁRCIA MARIA MACÊDO LIMA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) Introdução: As características da alimentação resultantes da transição nutricional – como o consumo excessivo de açúcar e gorduras - atreladas à redução da atividade física contribuem, significativamente, para o aumento da ocorrência da obesidade e de outras doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil. Além do impacto na saúde, tais doenças acarretam importantes despesas para o Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivo: Identificar os hábitos alimentares dos pacientes internados no Hospital Universitário e verificar sua associação com variáveis sociodemográficas. Método: Foi realizado um estudo transversal em uma amostra Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 21 Suplemento Nutrição Clínica/2013 PD-21 CORRELAÇÃO ENTRE O ÂNGULO DE FASE COM VARIÁVEIS ANTROPOMÉTRICAS E CLÍNICAS EM PACIENTES CRÍTICOS de um hospital público. Método: Estudo longitudinal e prospectivo. Os dados foram coletados durante a permanência do paciente na UTI, utilizando-se um formulário próprio contendo informações sobre dados demográficos, clínicos e bioquímicos, tempo de internamento, desfecho clínico, além dos dados antropométricos, triagem de risco nutricional e de suporte nutricional. Resultados: A amostra final da pesquisa foi de 40 pacientes. Observou-se um predomínio do sexo feminino e a média de idade foi de 53,1 ± 22; 47,5% da amostra não apresentou comorbidades pré-existentes e a insuficiência respiratória aguda foi a causa principal de internamento. Sepse foi o diagnóstico mais frequente e a taxa de mortalidade foi de 30%. A prevalência de hipofosfatemia foi de 52,5% e, considerando apenas em pacientes sépticos, aumentou para 71,4%. Em associação com a hipofosfatemia, observou-se que os pacientes hipofosfatêmicos apresentaram um menor valor de bicarbonato sérico quando comparado com os não hipofosfatêmicos (p=0,006), um maior tempo de internamento (p=0,022), presença de insuficiência orgânica (p=0,002), maior risco nutricional (p=0,028), tempo de jejum maior do que 48 h (p=0,007), menor IMC (p=0,000) e maior taxa de mortalidade (p=0,000). Conclusão: A hipofosfatemia é uma desordem eletrolítica de alta prevalência nestes pacientes e os principais fatores associados foram: acidose metabólica, tempo de jejum maior do que 48 horas, maior tempo de internação hospitalar, menor IMC, maior risco nutricional, presença de insuficiências orgânicas e maior taxa de mortalidade. RENATA REIS DE LIMA E SILVA (PROCAPE); MILENA CAROLINE TERTULIANO DE LIMA (PROCAPE); MARINALDO FREIRE LUSTOSA (PROCAPE); ADNA JÉSSICA SILVA DE ARAÚJO (ICB/UPE); CLÁUDIA PORTO SAINHO PINHO (PROCAPE); ISA GALVÃO RODRIGUES (PROCAPE) Introdução: O ângulo de fase (AF) é uma medida obtida através da Bioimpedância Elétrica a partir da relação entre as medidas diretas de Resistência (R) e Reatância (Xc), e tem sido estudado como valor prognóstico em várias situações clínicas e como preditor do estado nutricional. Objetivo: Avaliar a correlação do AF com parâmetros antropométricos e bioquímicos e sua relação com variáveis clínicas em pacientes cardiopatas críticos. Método: Estudo retrospectivo, realizado na UTI de um hospital cardiológico, entre abril e julho de 2013, em indivíduos adultos e idosos, de ambos os sexos. O AF foi determinado no prazo de 48 horas após admissão, através da seguinte fórmula: AF = arco tangente-Xc/R x 180°/&#960;. As variáveis analisadas foram: antropométricas (circunferência do braço (CB), prega cutânea triciptal (PCT), área muscular do braço corrigida (AMBC) e circunferência da panturrilha (CP)), bioquímicas (contagem total de linfócitos (CTL), hemoglobina (Hb), albumina sérica), e clínicas (APACHE II, tempo de internamento e de ventilação mecânica (VM)). Os dados foram analisados através do SPSS versão 13.0, com significância quando p<0,05. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa(nº protocolo 274.057/2013). Resultados: Foram avaliados 73 pacientes, com idade média de 60,2±16,5 anos e prevalência do sexo masculino de 53,4%. As principais causas de internamento foram o Infarto Agudo do Miocárdio (41,1%) e Insuficiência Cardíaca descompensada (28,8%). A média do tempo de internamento foi 11,5±12,4 dias. A hipertensão foi a comorbidade mais prevalente (56,2%), seguida do diabetes mellitus (24,7%), insuficiência renal em tratamento dialítico (20,5%) e conservador (6,8%). O valor médio do AF obtido foi de 5,3±1,8o. O AF correlacionouse positivamente com CB (r=0,318; p=0,006) e AMBc (r=0,421; p < 0,001). Não houve correlação com CP, PCT, CTL, Hb, albumina sérica, APACHE II, tempo de internamento ou de VM. Conclusão: Apesar do AF ser considerado como marcador prognóstico em várias situações clínicas, não foi encontrado resultados semelhantes em pacientes críticos. Houve correlação do AF com variáveis antropométricas importantes na avaliação nutricional. Por ser um método rápido e prático, sua utilização em UTI parece ser útil para auxiliar o diagnóstico nutricional. No entanto, mais estudos são necessários para respaldar sua utilização como preditor do estado nutricional. PD-25 INFLUÊNCIA DO PERFIL DE LIPÍDICO NA ATIVIDADE AUTONÔMICA CARDÍACA DE INDIVÍDUOS HIPERCOLESTEROLÊMICOS JOANNA DARC GOMES RODRIGUES DA SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); NAYARA MOREIRA LACERDA MASSA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); CARLOS VINICIUS DA SILVA BARBOSA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); PRISCILA DINAH LIMA OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); CASSIA SURAMA OLIVEIRA DA SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA); ALEXANDRE SÉRGIO SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA) Introdução: Durante os últimos anos observa-se o aumento da mortalidade por causas cardiovasculares em países em desenvolvimento. Alterações nos níveis séricos lipídicos e hiperatividade do sistema simpático são fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e doença arterial coronariana. O aumento da modulação simpática é um importante prognóstico para o aparecimento de eventos cardíacos. Objetivo: Analisar a influência dos níveis de colesterol e frações na Atividade Autonômica Cardíaca (AAC) em sujeitos com dislipidemia. Método: Pesquisa descritiva e transversal. Foram avaliados 35 pacientes (47,4± 9,1 anos), sendo 18 homens, funcionários do Restaurante Universitário. Foi realizada avaliação bioquímica para dosagem do perfil lipídico (colesterol total-CT, LDL-c, HDL-c, VLDL-c e triglicerídeos-TG). A AAC foi medida durante cinco minutos, com sujeitos em repouso e posição supina utilizando um aparelho cardiofrequêncimetro Polar RS800CX e a análise dos dados foi realizada no domínio da frequência utilizando o software Kubios HRV (Finlândia). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Hospital Universitário Lauro Wanderley CEP/HULW, sob o número protocolo 472/11. Na análise da relação entre as variáveis do estudo a correlação de pearson foi utilizada adotando nível de confiança com p#8804;0,05. Os dados foram analisados utilizando o software SPSS versão 17.0. Resultados: Os sujeitos da pesquisa apresentavam perfil lipídico com valores de 252,2±36 para CT, 43,8±11 para HDL-c, 162±32,6 para LDL-c, 42,6±31,7 para VLDL e 270,6±233,6 para TG. Na avaliação da AAC os valores foram de 372,6±565,8 para PD-24 HIPOFOSFATEMIA EM PACIENTES CRÍTICOS: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AIRTA LARISSA CERQUEIRA LIMA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); EDUILA MARIA COUTO SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS); VANINA CORDEIRO DE SOUZA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); LUISIANA LINS LAMOUR (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA) Introdução: Os distúrbios eletrolíticos são comuns nos pacientes críticos. A hipofosfatemia, que é definida como valores séricos de fósforo inferiores a 2,5mg/dL, ocorre em 2 a 5% de todas as internações e a prevalência deste distúrbio é ainda maior, quando se trata de pacientes agudamente doentes, podendo chegar a 80% nos pacientes sépticos. Objetivo: Avaliar a prevalência da hipofosfatemia e os seus fatores associados em pacientes admitidos em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 22 Suplemento Nutrição Clínica/2013 o componente simpático (LF) - denotando a hiperatividade desta função, 201,2±204,3 para a análise do componente parassimpático (HF) e 3,1±3,3 para o balanço autonômico entre a atuação simpática e parassimpática (LF/HF). Os níveis elevados de colesterol total correlacionaramse positivamente com o componente simpático da Atividade Autonômica Cardíaca (r2 =0,388e p#8804;0,034) o mesmo ocorreu para o VLDL (r2 =0,620 e p#8804;0,001). Conclusão: A hiperatividade do simpático está relacionada com maior risco para desenvolvimento de aterosclerose, fazendo-se de relevância o cuidado nutricional destes pacientes para normalização dos valores lipídicos através de uma dieta balanceada. (HOSPITAL DE CLÍNICAS/UFPR); REBECCA BAUMGARTNER (HOSPITAL DE CLÍNICAS/UFPR); DENISE JOHNSSON CAMPOS (HOSPITAL DE CLÍNICAS/UFPR) Introdução: A presença de dislipidemia e alterações na composição corporal, como o aumento do percentual de gordura, são complicações frequentes em pacientes submetidos ao transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH). Objetivo: Verificar se o percentual de gordura corporal tem correlação com o perfil lipídico de pacientes em pós TCTH tardio. Método: Foram incluídos no estudo pacientes atendidos no ambulatório de transplante de medula óssea de um Hospital Universitário de Curitiba-PR, no período de maio a setembro de 2012, com mais de 1 ano pós TCTH e maiores de 18 anos. O percentual de gordura corporal (%GC) foi avaliado através do DEXA (Dual-energy X-ray absorptiometry) e sua adequação baseada na classificação preconizada por Lohman et al.(1992). O perfil lipídico foi analisado por meio dos níveis sanguíneos de HDL, LDL, colesterol (CLT) e triglicerídeos (TG). A presença de dislipidemia foi definida segundo a IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemia e Prevenção de Aterosclerose (2007). Para a análise estatística utilizou-se o teste de Pearson com intervalo de confiança de 95% (p<0,05). Resultados: Foram incluídos no estudo 37 pacientes, sendo 56,7% (n=21) do sexo feminino. A idade média foi de 35,53±11,01 anos. A média de %GC foi de 42±6,37% para as mulheres e 26,3±10% para os homens. O risco de doenças associadas à obesidade foi encontrado em 75,7% (n=28) da amostra e de dislipidemia em 64,86% (n=24). Não houve correlação entre a %GC e as demais variáveis: HDL (p=0,18; r=0,23); LDL (p=0,76; r=0,05); CLT (p=0,27; r=0,18) e TG (p=0,19; r=0,22). Conclusão: Mais da metade dos pacientes apresentou risco de doenças associadas à obesidade, quando analisada a %GC. No entanto, não houve correlação significativa do %GC e os níveis de lipídeos plasmáticos. PD-26 INTERVENÇÃO NUTRICIONAL EM MULHERES PORTADORAS DE MIGRÂNEA: AVALIAÇÃO DO IMPACTO SOBRE A GRAVIDADE ALINE BÁRBARA PEREIRA COSTA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); ANA MARIA DOS SANTOS RODRIGUES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); ANTÔNIO LUCIO TEIXEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); ADALIENE VERSIANI MATOS FERREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS) Introdução: A migrânea é uma doença de alta prevalência, dolorosa e incapacitante. A ingestão de determinados alimentos pode desencadear as crises e a obesidade têm sido associada ao aumento da prevalência, gravidade e cronificação desse agravo. Objetivo: Avaliar a associação da composição corporal e do consumo alimentar com a gravidade da migrânea, antes e após intervenção nutricional. Método: Ensaio de intervenção não controlado e não randomizado, com duração de três meses, em mulheres portadoras de migrânea. As pacientes foram submetidas à calorimetria indireta e a avaliações antropométrica, dietética, composição corporal e gravidade da migrânea [Headache Impact Test (HIT-6) e Migrane Disability Assessment (MIDAS)]. Questionário para a auto identificação de fatores desencadeantes das crises foi aplicado. Plano alimentar coerente com o diagnóstico nutricional inicial e orientações para promoção de alimentação saudável foram elaborados. Após 90 dias, as pacientes foram reavaliadas para identificação de mudanças no perfil antropométrico, consumo alimentar e gravidade das crises. Resultados: Participaram do estudo 52 mulheres, com média de 44,4 ± 13 anos. Excesso de peso e gordura visceral aumentada estavam presentes em 61,5% e 63,6%, respectivamente. Vinte e sete pacientes associaram a ingestão de alimentos com o desencadeamento das crises. Quanto à gravidade da migrânea, as crises exerciam impacto severo na vida de 66,7% das pacientes, sendo que 46,% relataram incapacidade moderada a grave em função das crises. Pacientes com migrânea crônica (13,5%) apresentaram maior percentual de gordura corporal (p=0,024), maior gasto energético de repouso (p=0,008) e piores escores de gravidade (HIT-6, p< 0,001; MIDAS, p=0,001). A avaliação dietética mostrou baixo escore médio do IQD-R adaptado (61,2 ± 12,31). Após intervenção dietética observou-se melhora nos escores do IQD-R e do HIT-6 (p<0,05). Conclusão: A intervenção nutricional foi capaz de promover melhoras no padrão dietético, refletindo na redução da gravidade da cefaléia de mulheres portadoras de migrânea. PD-28 PERFIL METABÓLICO E CONSUMO ALIMENTAR DE INDIVÍDUOS CORONARIOPATAS ADNA JÉSSICA SILVA DE ARAÚJO (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); CLÁUDIA PORTO SABINO PINHO (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); AMANDA SOUZA BEZERRA PIRES FERREIRA (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO) Introdução: A dieta tem forte correlação com a saúde cardiovascular por participar da prevenção e tratamento de fatores de risco, tais como Diabetes Mellitus (DM), hipertensão arterial (HA), dislipidemia e obesidade. Objetivo: Descrever o perfil metabólico e o consumo alimentar de coronariopatas hospitalizados. Método: Estudo transversal com 164 pacientes internados em hospital cardiológico de Junho a Setembro de 2012. Consideraram-se as variáveis clínicas (HA, DM), antropométricas (IMC e circunferência abdominal-CA), perfil lipídico e consumo alimentar (habitual: &#8805;4 vezes/semana; não habitual:<4 vezes/semana; ou raramente consumido: uma vez/mês, ocasiões festivas mensais ou anuais), através de questionário de frequência de consumo simplificado. A análise dos dados foi feita com ajuda do software Microsoft Excel 2010. Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 62,88 (±9,64) anos, com predomínio do sexo masculino (55,0%). Verificou-se elevada prevalência de HA (89,0%), excesso de peso segundo IMC (51,4%) e obesidade abdominal segundo CA (62,2%). DM esteve presente em 32,9% dos pacientes. Reduzido nível sérico de HDL foi encontrado em 78,4% dos avaliados, enquanto 41,7% tinham TG elevado. O consumo de carne foi relatado como habitual por 76,8% dos indivíduos. A maioria dos avaliados referiu rara ingestão de vísceras (72,5%), embutidos (64%) e cereais integrais, PD-27 CORRELAÇÃO ENTRE PORCENTAGEM DE GORDURA CORPORAL E PERFIL LIPIDICO EM PACIENTES NO PÓS TRANSPLANTE TARDIO DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOIÉTICAS EMMANUELLE DIAS BATISTA (HOSPITAL DE CLÍNICAS/UFPR); AMANDA CRISTINA DE OLIVEIRA (HOSPITAL DE CLÍNICAS/UFPR); CRISTIANE PAVAN PEREIRA (HOSPITAL DE CLÍNICAS/UFPR); JÉSSICA ALVES DE PAULA Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 23 Suplemento Nutrição Clínica/2013 aqui representados pela aveia (55,4%). A ingestão de leite e derivados, hortaliças, frutas e leguminosas foi relatada como habitual por 57,9%, 68,2%, 57,9% e 68,2% dos pacientes. Conclusão: O hábito alimentar dos coronariopatas parece adequado do ponto de vista qualitativo, embora não tenha sido habitual o consumo de alimentos integrais. A determinação do perfil metabólico e do consumo alimentar em indivíduos já acometidos pela doença coronariana constitui importante subsídio às intervenções terapêuticas com vistas a prevenir a ocorrência de outros agravos decorrentes da inadequação alimentar. ostase da glicose. Algumas dessas adipocitocinas vêm sendo apontadas como tendo uma relação mais estreita com resistência a insulina, como a resistina, a leptina e a adiponectina. Objetivo: Investigar a correlação entre adipocitocinas periféricas e a resistência à insulina em adolescentes. Método: Foram avaliados 150 adolescentes com faixa etária entre 10 e 19 anos, residentes na cidade de São Paulo. Amostras de sangue foram coletadas para dosagem de glicemia e insulina de jejum, ambas para cálculo do índice HOMA-IR, além da dosagem das adipocitocinas resistina, adiponectina e leptina. As amostras de sangue foram coletadas após jejum de 12-15 horas, com análise pelo método imunoenzimático (ELISA). Os dados foram comparados através do teste de correlação de Spearman, utilizando-se o pacote SPSS versão 20.0. Foi adotado p<0,05 como nível de significância. Resultados: Entre as três adipocitocinas, a leptina apresentou correlação positiva com o HOMA-IR (r=0,566 e p<0,001), enquanto a adiponectina apresentou relação inversa(r=-0,223 e p=0,006). A resistina não apresentou associação com HOMA-IR(r=0,390 e p=0,638). Conclusão: Nos adolescentes estudados foi observada associação entre valores de HOMA-IR e duas adipocitocinas: leptina e adiponectina, reforçando o papel citado pela literatura dessas adipocitocinas, uma de forma negativa (leptina) e a outra de forma positiva (adiponectina) no metabolismo da glicose. PD-29 EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA K1 EM RATOS ESPONTANEAMENTE HIPERTENSOS (SHRSP) COM PROPENSÃO AO ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO VICTOR AGATI CAVARGERE (UNIRIO); AMANDA DA SILVA CHAVES (UNIRIO); NATASHA CARDOSO MAIA (UNIRIO); MONIQUE DE BARROS ELIAS (UNIRIO); LUCIA MARQUES VIANNA (UNIRIO) Introdução: Segundo a OMS, o AVE é classificado como uma síndrome pelo rápido desenvolvimento de disfunção neurológica, podendo levar a morte. A vitamina K atua como cofator essencial na carboxilação de resíduos específicos de ácido glutâmico (Glu), levando a formação de ácido gama carboxiglutâmico (Gla). Diante disso, o objetivo desse trabalho é esclarecer as alterações na homeostasia da ingestão de vitamina K, uma vez que o distúrbio nesse equilíbrio pode levar a eventos isquêmicos encefálicos, levando a danos cognitivos e, sua importância na recuperação motora dos ratos SHRSP. Método: Trata-se de um estudo experimental. Doze ratos machos da linhagem SHRSP foram utilizados no estudo. Os animais foram subdivididos em 2 grupos, sendo grupo tratado e grupo controle. O grupo controle recebeu gavagem orogástrica com 0,3mL de óleo de coco e o grupo tratado recebeu gavagem orogástrica com 0,3mL de óleo de coco + 40µg de filoquinona. Os animais foram avaliados, segundo os parâmetros biológicos (peso, diurese, ingestão de água e ração) e fisiológicos gerais (teste aquático de Morris, teste motor de reposicionamento postural, teste motor de queda livre, teste do labirinto), seguindo o manual de Vianna LM (2009). Resultados:No que se refere à memória curta, as variações encontradas neste parâmetro durante o experimento não foram estatisticamente significativas (p=0,072), mostrando que a memória curta dos animais não foi alterada após a administração da vitamina. No que se referem aos padrões de manutenção ou prejuízo da função da memória, os testes de labirinto, labirinto aquático de Morris apresentaram uma redução significativa (p=0,021 e p=0,036) do tempo de execução da tarefa no grupo tratado quando comparado ao grupo controle, resultando em preservação da memória espacial dos animais. Conclusão: Diante dos achados, pode se afirmar que a vitamina K1 tem desempenhado um papel neuroprotetor, entretanto necessita-se de mais ensaios para determinar doses adequadas da vitamina. PD-31 PRECISÃO DE MÉTODOS DE ESTIMATIVA DE PESO E ESTATURA NA DETERMINAÇÃO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS DE IDOSOS SUAMY SALES BARBOSA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); MARIA ALDINEIDE BORGES DA SILVA (UNIVERSIDADE POTIGUAR); JANAIZA CARLA OLIVEIRA LIMA (UNIVERSIDADE POTIGUAR); DIANA QUITÉRIA CABRAL FERREIRA (UNIVERSIDADE POTIGUAR) A avaliação antropométrica em idosos hospitalizados torna-se, em sua maioria, de difícil aplicação devido à restrita mobilidade dos pacientes acamados e em estado crítico, fazendo necessária a utilização de métodos de estimativa do peso e estatura para a determinação das necessidades energéticas. Este estudo teve como primeiro objetivo correlacionar as medidas estimadas com as reais e como segundo, verificar a concordância entre os valores das necessidades energéticas determinados a partir da utilização das medidas antropométricas aferidas e estimadas de idosos hospitalizados. Participaram do estudo 21 idosos, com idade média de 72,5±8,4 anos, de ambos os sexos, internados em dois hospitais públicos e um hospital militar de Natal, Rio Grande do Norte. Durante a coleta de dados foi mensurada a estatura, com auxílio de estadiômetro fixo e o peso, utilizando balança digital. O peso estimado foi obtido pela fórmula de Chumlea (1988) e a estatura estimada pelas fórmulas da altura do joelho (Chumlea, 1985), comprimento recumbente e pela semi-envergadura e envergadura (Kwok Whitelaw, 1999). Após obtenção dos dados aferidos e estimados foram determinadas as necessidades energéticas dos pacientes pela equação de Harris e Benedict (1919), utilizando as medidas aferidas e combinações entre os métodos estimados, utilizando o peso estimado pela equação de Chumlea e estatura pelos quatro métodos supracitados. Para análise da associação entre as determinações energéticas com diferentes metodologias foi utilizado o Teste de Correlação de Pearson. As comparações foram realizadas por meio do Teste GLM, medidas repetidas, e as análises post hoc foram realizadas utilizando o Teste de Sidak, com nível de significância de 5%. De acordo com os resultados foi observada correlação positiva e forte entre a determinação energética utilizando peso e estatura aferidos e as quatro determinações que utilizaram o peso e estatura estimados. Foram encontradas diferenças estatisticamente PD -30 ADIPOCITOCINAS E RESISTÊNCIA À INSULINA EM ­ADOLESCENTES: EXISTE CORRELAÇÃO? ISABELLA PEREIRA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); HELENA SAMPAIO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); NÁGILA DAMASCENO (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); ANTÔNIO AUGUSTO CARIOCA ­(UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO) Introdução: As adipocitocinas, proteínas produzidas pelo tecido adiposo, tem sido apontadas como agentes importantes da regulação da home- Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 24 Suplemento Nutrição Clínica/2013 significativas entre a determinação de energia utilizando as medidas aferidas (1226,80kcal) e as medidas estimadas a partir do peso estimado e a estatura estimada pelo comprimento recumbente (1165,23kcal). Esta última medida também foi estatisticamente diferente das demais combinações usando o peso estimado e as estaturas pela altura do joelho, envergadura e semi-envergadura. Assim, percebe-se que as medidas estimadas, exceto a altura recumbente, são confiáveis e aplicáveis para a avaliação nutricional de idosos hospitalizados. entre adipocitocinas e o índice de conicidade em adolescentes. Método: Foram avaliados 158 adolescentes com faixa etária entre 10 e 19 anos, residentes em São Paulo. Coletou-se dados antropométricos de altura, peso e circunferência da cintura e os exames bioquímicos, realizados após jejum de 12 a 15h para dosagem das adipocitocinas resistina, adiponectina e leptina, utilizando-se o método imunoenzimático (ELISA). O índice de conicidade foi calculado pela relação entre a circunferência da cintura (em metros) e a raiz da relação peso(kg)/estatura(m) multiplicada pela constante 0,109. Os resultados foram avaliados através do teste de correlação de Spearman, utilizando-se o pacote SPSS versão 20.0. Foi adotado p<0,05 como nível de significância. Resultados: A adiponectina apresentou correlação negativa com o ICO (r=-0,238 e p=0,003), enquanto que com a leptina essa relação foi positiva (r=0,302 e p<0,001). Não houve correlação com a resistina (r=0,113 e p=0,165). Conclusão: Observou-se que, quanto maior o ICO, ou seja, quanto maior a concentração de gordura corporal na região central, maiores os níveis de leptina. Porém, com a adiponectina essa relação é inversa, confirmando achados da literatura que evidenciam que os níveis dessa adipocitocina estão relacionados a marcadores de saúde positivos. PD-32 HIPOVITAMINOSE D EM PACIENTES GRAVES RICARDO ROSENFELD (ETERNU); VALERIA ROSENFELD (ETERNU); CARMEN LEITE (ETRENU); CLARISSA BANDEIRA (ETERNU) Introdução: A vitamina D é conhecida por sua importância no metabolismo do cálcio e fósforo para promover a mineralização óssea. Estudos recentes têm demonstrado outras funções da vitamina D relacionadas a funções não esqueléticas. Os efeitos da vitamina D estão também relacionados a imunidade, controle glicêmico e doenças cardiovasculares. A avaliação da deficiência de vitamina D se torna importante pois, nos dias atuais, o estilo de vida, as dietas com restrição de gorduras, o uso de filtros solares e a falta da exposição ao sol para evitar o câncer de pele levam a hipovitaminose D. O prognóstico relacionado a deficiência de vitamina D deve ser melhor estudado. Objetivo: O estudo avalia os valores de vitamina D plasmáticos nas primeiras 3 semanas de internação na UTI. Método: Foram avaliados 49 pacientes em uma UTI clinicocirúrgica. Os níveis séricos de vitamina D foram dosados por método de radioimunoensaio, da dosagem de 25(OH)D, albumina, fósforo, calcio nas primeiras 3 semanas de internação. Os níveis séricos de vitamina D são considerados como indetectáveis quando menores do que 15 ng/ mL, deficientes quando entre 15 e 30 ng/mL, insuficientes entre 30 e 60 ng/mL e normais acima de 60 ng/mL. Os dados foram armazenados em planilha EXCEL 8.0 e analisados no EPI-INFO – CDC, Versão 3.5.1 (2008).Resultados: Os pacientes eram de sexo feminino 56%, idade media = 66,85 anos, NRS = 3,6, Apache II = 11,39, permaneceram em jejum por 3 dias em media, cirúrgicos 64%, em nutrição enteral 83%. Permaneceram em media 19 dias internados. A media de infusão calorica foi de 1.537 kcal/d. Os valores na 1a semana foram: vitamina D = 18,8 ng/mL, calcio = 8,06 mg/dL, fósforo = 2,76 mg/dL. Na 2a semana os foram: vitamina D = 21,68 ng/mL, calcio = 7,09 mg/dL, fósforo = 2,79 mg/dL. Na 3a semana: vitamina D = 26,9 ng/mL, calcio = 8,09 mg/dL, fósforo = 3,28 mg/dL. Conclusão: Os niveis séricos de vitamin D se encontram deficientes nainternação, no entanto aumentam progressivamente, resultado de dieta e recuperação da doença base. Unitermos: vitamin D; paciente grave, nutrição enteral PD-34 CORRELACAO ENTRE IDADE, % DE MASSA MUSCULAR ESQUELÉTICA E TESTES FUNCIONAIS EM IDOSAS DA COMUNIDADE DARLA SILVERIO MACEDO (UFPR); JÉSSICA ALVES DE PAULA (HC -UFPR); EDUARDO L. WAMSER (UFPR); CARYNA EURICH MAZUR (UFPR); RUBIA DANIELA THIEME (UFPR); MARIA ELIANA M. SCHIEFERDECKER (UFPR) Introdução: Com o aumento da expectativa de vida da população o surgimento de doenças relacionadas ao processo de envelhecimento e alterações como a sarcopenia ganha destaque na população idosa. A sarcopenia é definida como a perda de massa, função e força muscular associada ao envelhecimento e apresenta impactos clínicos negativos, pois frequentemente compromete a mobilidade e independência. Objetivo: Avaliar a correlação entre idade, % de massa muscular esquelética, força de preensão palmar e velocidade da marcha em idosas independentes. Método: Foram avaliadas idosas com idade &#8805; 60 anos, ativas residentes no município de Curitiba-PR no período de maio à junho de 2013. O cálculo da Massa Muscular Esquelética (MME) foi feito de acordo com Janssen e cols (2000) e o Percentual Muscular Esquelético (%MME) de acordo com Janssen e cols (2002). A Força de Preensão Palmar (FPP) foi verificada com dinamômetro hidráulico com avaliação de força aferida por quilogramas força de acordo com Coelho e cols (2010). A velocidade da marcha foi calculada de acordo com Graham e cols (2008). A análise estatística foi realizada por meio do software SPSS versão 17.0 e utilizouse coeficiente de correlação de Spearman. Resultados: A amostra foi composta de 20 idosas, com média de idade de 67,3+6,3 anos (min.: 60 e máx.: 84) anos. O percentual de MME médio foi de 25,6%+2,7% (min. 22,3 e máx. 32). A média de velocidade da marcha foi de 0,75±0,24m/s (min.0,55 e máx. 1,43) e a FPP média foi de 27,9±5,3Kg (min. 13 e máx. 35). Houve correlação negativa entre a idade e %MME, porém sem significância estatística (R= -0,78 p=0,744). A FPP e a idade também apresentaram correlação negativa (R= -0,267 p=0,255). Quando realizada a correlação entre a FPP e %MME houve associação positiva (R=137 p=564). A idade e a velocidade da marcha apresentaram coeficiente de correlação positivo (R= 0,320 p=0,169). Conclusão: Houve correlação negativa sem significância estatística entre a idade e o % de MME e FPP e a FPP se associou com o % de MME, no entanto a velocidade da marcha se correlacionou positivamente com a idade. PD-33 ADIPOSIDADE CENTRAL E ADIPOCITOCINAS ISABELLA PEREIRA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); HELENA SAMPAIO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); NÁGILA DAMASCENO (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); ANTÔNIO AUGUSTO CARIOCA (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO) Introdução: As adipocitocinas são hormônios peptídicos produzidos e secretados pelo tecido adiposo. Dessa forma, seus níveis apresentam relação íntima com a quantidade de gordura corporal, estando ainda mais relacionados à gordura central. O índice de conicidade (ICO) é um indicador antropométrico de gordura corporal baseado nas medidas de peso, altura e circunferência da cintura. Objetivo: Investigar a correlação Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 25 Suplemento Nutrição Clínica/2013 PD-35 CORRELAÇÃO ENTRE O ÂNGULO DE FASE E FORÇA DE PREENSÃO PALMAR EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO CONSERVADOR ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE REFERÊNCIA EM SALVADOR-BA Contudo, os estudos não têm avaliado se o consumo de bebidas contendo frutose promove, num curto prazo, risco de doenças crônicas nãotransmissíveis. Objetivo: Avaliar, em ratos jovens, se a ingestão precoce de solução aquosa enriquecida com frutose promove aumento do risco de desenvolver obesidade e diabetes. Método: Ratos Wistar, 30 dias, foram distribuídos em dois grupos experimentais: controle (C) e frutose (F). Ambos os grupos foram tratados por 04 semanas com livre acesso a dieta sem frutose e água (C) ou solução aquosa de frutose a 20% (F). Foram avaliados o consumo alimentar e energético de 24 horas e a massa corporal semanal, os níveis séricos de glicose e triacilglicerol e os depósitos de gordura epididimal (EPI), retroperitoneal (RET), mesentérico (MES) e perirrenal (PER). Aos 60 dias de vida, os ratos foram submetidos à eutanásia, o sangue coletado e o soro separado para dosagens séricas. Resultados: O grupo F não apresentou diferença na massa corporal, na ingestão alimentar final e nem na ingestão energética de 24 h comparado ao grupo C. Nas análises séricas, observou-se tendência a hipertriacilglicerolemia no grupo frutose e aumento significativo na glicemia. Tomados juntos estes resultados séricos corroboram para demonstrar que a ingestão elevada de frutose favorece precocemente o desenvolvimento de resistência periférica à insulina. Na avaliação da adiposidade visceral, os teores de gordura total e dos depósitos RET e MES demonstraram tendência à elevação, e o depósito PER foi menor no grupo F. Conclusão: Sugere-se que o consumo de frutose, mesmo na idade jovem e em curto período de tempo, pode contribuir para resistência à insulina e alterações na adiposidade, podendo ser considerado fator de risco ao desenvolvimento de doenças ainda na adolescência. ALESSANDRA FORTES ALMEIDA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); THAIS VITORINO NEVES DO NASCIMENTO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); TARCÍSIO SANTANA GOMES (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); ÁVILA SANTOS SOUSA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); PRISCILA NASCIMENTO DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); MARIA HELENA LIMA GUSMÃO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) Introdução: Aumento da morbidade e mortalidade relacionada a redução da massa magra é comum em pacientes com Doença Renal Crônica (DRC). A Força de Preensão Palmar (FPP) através da dinamometria tem sido utilizada como uma ferramenta de triagem nutricional simples e de baixo custo, baseada em evidências de que está fortemente correlacionada com massa magra corporal e pode identificar os pacientes que tiveram uma redução significativa no estado nutricional. O ângulo de fase (AF) obtido através da bioimpedância elétrica é derivado do arco tangente entre a reactância e a resistência, indicando alterações na integridade das membranas celulares e do espaço intercelular, sendo associado a maiores índices de hospitalização e mortalidade. Objetivo: Avaliar a correlação entre a FPP e AF em pacientes com DRC em tratamento conservador. Método: Estudo transversal, realizado entre outubro de 2012 e julho de 2013, com 61 pacientes adultos (20 e < 60 anos) e idosos (&#8805; 60 anos), de ambos os sexos, com Clearance de Creatinina entre 89 a 15 ml/min/1,73m2, atendidos no ambulatório de Nutrição e Nefropatias na cidade de Salvador-Ba. Todos os pacientes receberam orientação por escrito referente ao preparo para realização da bioimpedância, conforme protocolo previamente estabelecido. Utilizado aparelho de bioimpedância tetrapolar da marca Biodynamics450®. A FPP foi realizado no braço não dominante medida através do dinamômetro da marca Jamar®, segundo a técnica de Hillman et al (2005). Resultados: A maioria da população estudada apresentou Taxa de Filtração Glomerular (TFG) estimada média de 36,85 (± 17,13), a maioria dos indivíduos foi do sexo masculino (54,1%), a média da idade foi 59,31 (± 12,15) sendo 52,5% composto de indivíduos idosos, a média do IMC foi 24,9Kg/m² (± 4,95), a média do AF foi 6,02 (± 1,33) e a média da FPP foi 12,9 (± 3,15). A análise do Coeficiente de Correlação de Spearman entre a força de preensão palmar e o ângulo de fase evidenciou boa correlação (r 0,50), com valor estatisticamente significante (p<0,000). Conclusão: Estes achados sugerem que a FPP tem boa correlação com o o AF que é um método adequado para avaliar presença de risco de morbimortalidade no pacientes com DRC em tratamento conservador e que deve ser inserido cotidianamente na avaliação nutricional desta população. Unitermos: doença renal crônica, dinamometria, ângulo de fase. PD-37 AVALIAÇÃO PELA CIRCUFERÊCIA DA CINTURA E RELAÇÃO CINTURA-ALTURA DE IDOSOS DE 60 A 75 ANOS, ATENDIDOS EM UM POLO DE ATIVIDADE FÍSICA EM SÃO LUÍS – MA ANA PATRÍCIA GUTERRES SILVA (CEST); ABRAHÃO LIMEIRA DE OLIVEIRA (CEST); ELIETE COSTA OLIVEIRA (CEST); AÍDA CAVALCANTI DANTAS (CEST); PATRICIA ALMEIDA DE ANDRADE (CEST); NARUNA ARITANA COSTA MELO (CEST); MARCOS ROBERTO CAMPOS DE MACÊDO (CEST) Introdução: A circunferência da cintura (CC) é um parâmetro que nos permite obter o índice de risco de doenças cardiovasculares. A razão cintura-estatura (RCE) foi identificada como o melhor índice de obesidade associado com hipertrofia do ventrículo esquerdo e apresenta vantagem em relação à CC isolada. Objetivo: O objetivo deste trabalho é avaliar o risco cardiovascular por meio da medida da CC e a RCE de idosos de 60 a 75 anos, atendidos em um pólo de atividade física em São Luís – MA. Método: Estudo transversal, analítico e descritivo, com idosos de 60 a 75 anos, atendidos em um pólo de atividade física em São Luís – MA. Foram coletados altura, CC, conforme técnica apropriada, sendo a relação cintura-estatura (RCEST) obtida por meio da razão entre a cintura e altura.A classificação segundo o estudo de Ashwell e Gibson (2009) sugere que indivíduos que apresentarem esta variável acima de 0,50 cm serão classificados como risco à saúde. Para classificar a CC,utilizou-se o seguinte parâmetro: (CC &#8805; 88 e 94 cm serão classificados como alterado respectivamente para homem e mulheres). Os dados foram analisados por meio do programa estatístico Stata 10.0®, aplicando-se o Teste t de Student. Resultados: Dos 39 participantes, houve predominância de idosos de 65 a 70 anos, representados por 43,59% (17). Observamos que 66,67% (26) são do sexo feminino. Constatou-se que a maioria dos idosos avaliados possuía 2º Grau e 3º Grau completos, 41,03% (16) e 41,03% (16), respectivamente e prevalência de 2 salários mínimos,com 35,90% PD-36 CONSUMO ELEVADO DE FRUTOSE EM RATOS JOVENS CONTRIBUI PARA RESISTÊNCIA À INSULINA CAROLINE THURLER PEREIRA (UNIRIO); LEANDRO OLIVEIRA BATISTA (UFRJ-CAMPUS MACAÉ); VIVIANE WAGNER RAMOS (UFRJ-CAMPUS MACAÉ); ELISALDO MENDES CORDEIRO (UFRJ-CAMPUS MACAÉ); KELSE TIBAU DE ALBUQUERQUE (UFRJ-CAMPUS MACAÉ) Introdução: Há evidências científicas de aumento na incidência do diabetes mellitus entre crianças e adolescentes, no mesmo tempo em que se verifica um consumo elevado de refrigerantes e bebidas adoçadas. Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 26 Suplemento Nutrição Clínica/2013 (14) entre 2 e 4 salários e 20,51% (8) com renda de mais de 4 salários. A maioria encontra-se em um estado civil, sem um relacionamento conjugal ativo, dentre eles 20,51% (8) estando solteiros, 10,26% (4) divorciados, e 35,64% (10) viúvos. Podemos analisar estas variáveis junto com as variáveis da ocupação que está apresentando prevalência de 71,79% (28), nos aposentados. O estudo da RCEST demonstrou que tanto homens, quanto mulheres possuíam alterações neste parâmetro (0,54±0,05 e 0,57±0,06, respectivamente). Da amostra possuíam alterações quanto o parâmetro da CC, 99%(14) das mulheres, nenhum homem apresentou CC alterada. Da amostra possuíam alterações quanto o parâmetro da RCEST, 99%(12) e 99%(25) respectivamente para homens e mulheres. Conclusão: Portanto o trabalho revelou uma prevalência importante de risco cardiovascular (DCV) entre os avaliados, de acordo com a CC e RCEST, sendo necessárias maiores intervenções quanto as orientações nutricionais que visem a redução dessas medidas e conseqüentemente do risco DCV. esteve presente na população estudada, então, torna-se necessário o uso de marcadores de composição corporal objetivando melhorar a acurácia e a precisão do diagnóstico nutricional dessa população. PD-38 COMPOSIÇÃO DE MASSA MAGRA EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EUTRÓFICOS OU COM EXCESSO DE PESO SEGUNDO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL Introdução: A prevalência de desnutrição é um achado comum em pacientes oncológicos, variando de 40 a 80% a depender da localização do tumor, estadiamento e tipo de tratamento realizado. Tais fatores comumente resultam em efeitos colaterais que podem agravar o estado nutricional. Objetivo: Avaliar a associação entre alterações na ingestão alimentar e sintomas gastrointestinais com a localização do tumor, tempo de internamento e mortalidade hospitalar em pacientes oncológicos. Método: Estudo transversal com 667 pacientes, maiores de 20 anos, internados durante o mês de Novembro de 2012, nas enfermarias de clínica cirúrgica e médica de um hospital de referência em Salvador-Ba e que aceitaram participar do estudo. Entrevistadores treinados aplicaram a ASG-PPP em até 24 horas da admissão hospitalar. O tempo de internamento hospitalar e desfecho clínico (alta ou óbito) foram resgatados em prontuário eletrônico. Foram excluídos 216 pacientes por não serem localizados os prontuários eletrônicos, finalizando uma amostra de 451 pacientes. Para análise dos dados, o estado nutricional foi categorizado em bem nutrido (ASG-PPP A) e com desnutrição (ASG-PPP B e C). Resultados: A maioria dos pacientes (52,3%) era do sexo feminino. Os cânceres mais frequentes foram o de mama, próstata, de cabeça e pescoço e do trato gastrointestinal. Dos pacientes admitidos 77,2% (n=348) fizeram tratamento cirúrgico. A prevalência de desnutrição foi de 37,9% (n=171). A mortalidade hospitalar foi de 12,2% (n=55) e 80,5% dos pacientes permaneceram internados por até 5 dias. A presença de alterações na ingestão alimentar foi relatada por 42,6% (n=192) dos pacientes, sendo a redução da quantidade de alimentos habitualmente consumidos o mais frequente (58,9%). Cerca de 40% (n=180) dos pacientes apresentaram sintomas gastrointestinais, dos quais anorexia, náuseas e disfagia foram os sintomas mais prevalentes. Observou-se associação entre a presença de alterações na ingestão alimentar e de sintomas gastrointestinais com mortalidade hospitalar (p<0,001). A prevalência de pacientes que permaneceram por mais de 5 dias internados foi maior entre aqueles que apresentaram alterações na ingestão alimentar e sintomas gastrointestinais (p<0,001). Conclusão: A presença de alterações na ingestão alimentar e de sintomas gastrointestinais é comum em pacientes oncológicos e está associada a piores desfechos clínicos e maior tempo de internamento hospitalar. A identificação precoce destas alterações através de um método de triagem nutricional na admissão e no pré-cirúrgico pode auxiliar a redução mortalidade e tempo de internamento hospitalar. PD-39 IMPACTO DAS ALTERAÇÕES NA INGESTÃO ALIMENTAR E SINTOMAS GASTROINTESTINAIS NO TEMPO DE INTERNAMENTO E MORTALIDADE EM PACIENTES ONCOLÓGICOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA PRISCILA SOUZA CAPISTANO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); THIAGO LARANJEIRA ALVES (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); NÍVEA ALMEIDA CASÉ (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); LUCIANA RIBEIRO CUNHA (HOSPITAL ARISTIDES MALTEZ); MARIA LÚCIA VARJÃO DA COSTA (HOSPITAL ARISTIDES MALTEZ); LUCIVALDA PEREIRA MAGALHÃES DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) THAIS VITORINO NEVES DO NASCIMENTO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); TARCÍSIO SANTANA GOMES (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); LAYNE CARLA GONZAGA OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); ALESSANDRA FORTES ALMEIDA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); MARIA HELENA LIMA GUSMÃO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) tem quadro clínico que implica em catabolismo proteico, mas é observado um aumento na prevalência de sobrepeso e obesidade nestes pacientes. Indicativos de sobrepeso e obesidade avaliados pelo Índice de Massa Corporal (IMC) estão presentes em cerca de 50% a 60% dos pacientes em tratamento conservador. Estudos que trazem o IMC elevado como fator protetor para mortalidade, utilizam apenas este indicador do estado nutricional, o qual isoladamente não discrimina a gordura da massa magra. Sabe-se que a obesidade sarcopênica está presente nesses pacientes, caracterizada por acúmulo de gordura corporal e massa muscular reduzida, podendo contribuir para elevadas taxas de morbidade e mortalidade nesta população. Objetivo: avaliar a prevalência de déficit de massa muscular em pacientes com DRC com IMC adequado ou elevado. Método: Estudo transversal, realizado entre outubro de 2012 e agosto de 2013, com 64 pacientes adultos (20 e < 60 anos) e idosos (#8805; 60 anos), de ambos os sexos, com Clearance de Creatinina entre 89 a 15 ml/min/1,73m², atendidos em um ambulatório de Nutrição em Nefropatias em Salvador-BA. Todos os pacientes tiveram o peso e a altura aferidos. O IMC foi calculado, e classificados de acordo com os critérios da World Health Organization –WHO. Através dos valores obtidos da Circunferência do Braço e da Prega Cutânea Tricipital foram realizados os cálculos da Área Muscular do Braço Corrigida (AMBc) para indivíduos adultos e da Circunferência Muscular do Braço (CMB) para idosos, segundo Frisancho, (1981). Resultados: a média da Taxa de Filtração Glomerular (TFG) estimada na população foi de 36,46 (± 17,05); a maioria dos indivíduos foi do sexo masculino (54,7%); a média da idade foi 59,16 (± 11,9) anos, sendo que 51,6% eram idosos; a média do IMC foi 24,9Kg/m² (± 4,88), sendo que 76,2% (48) destes encontravam-se na faixa de normalidade e acima. Dos 64 pacientes avaliados, 24 (38,7%) apresentavam depleção de tecido muscular e destes 10 (41,7%) apresentavam IMC dentro ou acima da normalidade. O teste Exato de Fisher demonstrou associação estatisticamente significante entre IMC normal ou elevado e déficit de tecido muscular (p<0,000). Conclusão: A obesidade sarcopênica PD-40 ASSOCIAÇÃO DO DÉFICIT CALÓRICO E ÚLCERA DE PRESSÃO EM PACIENTES CRÍTICOS COM SUPORTE NUTRICIONAL ENTERAL NO PÓS OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 27 Suplemento Nutrição Clínica/2013 PAIXÃO CARINA (INC); GINA SPEROTTO (INC); MARCIA FREITAS (INC); ARGEMIRO BASSO (INC); RENATO GOMES (INC); LILIAN PRADO (INC) pcs com NE analisamos: ocorrência de úlcera de pressão (UP), infecções (INF), tempo de ventilação mecânica (TVM) e DC com a ocorrência de óbito. Definimos DC > 10.000 cal durante a internação na UTI. Análise estatística pelo SPSS, significância estatística p<0,05, análise univariada (testes de Fisher’s, Pearson, Mann Whitney). Resultados: Foram 696 pcs submetidos a CC, destes 78 pcs iniciaram NE, foram incluídos na análise 51 pcs (dados completos). Na amostra: 76,7% pcs masc, IMC prévio a CC com MED 26, Idade MED de 62a, SOFA MED 4, Tempo de UTI MED 20 dias. Quanto a NE as MED foram: GEB 1277Kcal/d, Aporte proteico de 1,3g/d e DC médio de 4770 cal. TVM com MED de 10 dias. Nessa mostra estiveram presentes: UP em 5 pcs (9,8%). Nessa amostra não houve associação entre DC e UP (p=0,25). Conclusões: O DC nessa mostra não se associou ao surgimento de UP, mas sabidamente associa-se a maior gravidade nestes pcs e possui interferência na cicatrização. A continuidade desta série poderá mostrar resultados diferentes. Introdução: A presença de úlcera de pressão (UP) em pacientes (pcs) críticos internados em UTI é importante fator associado a evolução destes pcs e seu tempo de internação. A precocidade no início da terapia nutricional, o sucesso no alvo calórico ofertado e o déficit calórico (DC) gerado são contribuintes importantes para proteção quanto ao seu surgimento ou na cicatrização quando presentes sobretudo em pacientes cirúrgicos. Objetivo: Analisar a associação do DC com o surgimento de UP em pcs submetidos a cirurgia cardíaca (CC) que iniciam suporte nutricional enteral (NE) no período de pós-operatório. Método: Foram analisados prospectivamente pcs submetidos a CC que necessitaram de NE no período de jun/12 a jun/13. Os dados foram alocados em banco de dados existente. Nos Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 28 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Suplemento Nutrição Clínica/2013 PÔSTERES Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 29 Suplemento Nutrição Clínica/2013 P-002 ASSOCIAÇÃO DA OBESIDADE ABDOMINAL COM O NÍVEL SÉRICO DE HDL-COLESTEROL (HDL-C) EM FUNCIONÁRIOS DA ÁREA DE SAÚDE DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DA CIDADE DO RECIFE. média de idade 43,5 ± 11,5 anos. As informações foram coletadas no período de maio de 2010 a junho de 2011. A aferição da pressão arterial foi realizada com esfigmomanômetro digital marca Omron, modelo HEM 711, em duas medidas com intervalo entre 5 e 10 minutos, com os funcionários sentados em posição relaxada, segundo as normas técnicas padronizadas. Foi definido como hipertenso, segundo critérios estabelecidos pelas IV Diretrizes Brasileira de Hipertensão Arterial, o indivíduo que apresentou pressão sistólica >140 mmHg (PAS>140 mmHg) e/ou pressão diastólica >90 mmHg (PAD>90 mmHg), ou indivíduos sabidamente hipertensos que estivessem em uso regular de medicação anti-hipertensiva cujos níveis pressóricos estivessem elevados ou não no momento da entrevista. Com o objetivo de estimar o consumo quantitativo de sódio foram empregados dois inquéritos tipo Recordatório de 24 horas com intervalo mínimo de 15 dias entre os dois. Resultados: Dos funcionários avaliados, 12,6% apresentavam alteração da PAS e/ou PAD no momento da entrevista e 15,7% se declararam hipertensos. O consumo diário de sódio foi elevado, 6,8 ± 3,1 g/dia sem diferença estatisticamente significante entre os hipertensos e não hipertensos. Além disso, o percentual de indivíduos que tinham um consumo superior ao limite superior tolerável de ingestão (UL=2,3g), ficou em torno de 38,2%. Conclusões: Os dados desse estudo mostram a necessidade de intervenção e orientação nutricional para esse grupo, independente da ocorrência de HAS, tendo em vista que o consumo elevado de sódio se constitui em um importante fator de risco para esse mal. GLEYCE KELLY DE ARAÚJO BEZERRA (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO - UFPE); NATHÁLIA BRISSANT PIRES FERREIRA (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO - UFPE); MARYÂNGELA CASTRO DOS SANTOS (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO - UFPE); VANESSA CAROLINA DE CHAGAS BARRETO (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO - UFPE); LEOPOLDINA AUGUSTA SOUZA SEQUEIRA DE ANDRADE (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO - UFPE); POLIANA COELHO CABRAL (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO - UFPE) Introdução: Segundo relatos da literatura, a obesidade abdominal está associada com elevada frequência de dislipidemias, o que contribui para a elevação do risco cardiovascular. Objetivo: Verificar a associação entre a obesidade abdominal e os níveis séricos de HDL colesterol (HDL-C) em funcionários da área de saúde de uma universidade pública da cidade do Recife-PE. Método: Estudo com 267 indivíduos, sendo 135 do sexo masculino (50,6%), com média de idade 43,5 ± 11,5 anos. Para o diagnóstico da obesidade abdominal foi aferida a circunferência da cintura (CC), no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca, sendo avaliada de acordo com os pontos de corte da OMS (1998), considerando-se risco muito elevado CC &#8805;102 cm (homem) e CC &#8805;88 cm (mulher). O nível de HDL-C foi avaliado através dos exames sanguíneos realizados pelos profissionais, nos últimos 3 meses, na rotina de sua avaliação de saúde. O diagnóstico de baixo HDL-C foi feito utilizando-se o valor de <40 mg/dL para homens e < 50mg/dL para mulheres, estabelecido pela IV Diretriz Brasileira de Dislipidemia (SBC, 2007). Resultados: Nesse estudo, 56,3% dos homens e 81,6% das mulheres apresentaram obesidade abdominal (p=0,0000). Quanto ao HDL-C, 12,7% e 44,0% dos homens e mulheres, respectivamente apresentaram valores alterados (p=0,0318). Por outro lado, a ocorrência de obesidade abdominal, nesse estudo, não mostrou influência sobre os níveis de HDL-C dos homens (p=0,5464) e das mulheres avaliados (p=0,0935). Conclusão: Apesar não ter sido evidenciada associação entre a obesidade abdominal e níveis alterados de HDL-C, os dados desse estudo, com elevada prevalência de acúmulo de gordura na região abdominal, mostram a necessidade de intervenção e orientação nutricional para esse grupo, visando redução do risco cardiovascular. Infelizmente, a CC é um indicador de obesidade abdominal, não diferenciando tecido adiposo subcutâneo (menor risco) da gordura visceral (maior risco). Ou seja, talvez nessa amostra em particular, o acúmulo seja maior de gordura subcutânea. P-004 CURCUMA LONGA (L.) E O ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA AMANDA DA SILVA CHAVES (UNIRIO); NATASHA CARDOSO MAIA (UNIRIO); THAÍZE ARAÚJO (UNIRIO); STELLA LENZ DE MELLO (UNIRIO); CAROLINE THURLER (UNIRIO); VICTOR AUGUSTUS MARIN (UNIRIO/ FIOCRUZ) Introdução: Curcuma longa Linn é uma planta do tipo herbácea, componente do curry, muito utilizada na culinária. Possui ação anti-inflamatória, antioxidante, além de exercer ação neuroprotetora, diminuindo o estresse oxidativo. Objetivo: Identificar a ação neuroprotetora da curcuma longa (L.) no acidente vascular encefálico (AVE). Método: Realizou-se uma revisão sistemática por meio de pesquisa em bases de dados eletrônicas entre os anos de 1900 a 2013. Resultados: Dentre os 1.751 artigos selecionados, 23 artigos foram tabulados para a revisão, sendo eles n=17 (73,9%) estudos experimentais e n=06 (26,1%) estudos de revisão. Discussão: A curcumina possui efeitos polifenólicos e dicetônicos, ajudando na varredura dos radicais livres, sendo capaz de atravessar a barreira hematoencefálica, reduzindo, assim, a área infartada isquêmica, representando numa maior sobrevida dos animais tratados com suplementação. Conclusão: De acordo com os trabalhos, as formas de Curcuma longa apresentam resultados positivos no papel da regulação e proteção dos efeitos causados por um AVE. P-003 FREQÜÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) E CONSUMO DE SÓDIO ENTRE FUNCIONÁRIOS DA ÁREA DE SAÚDE DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DA CIDADE DO RECIFE, PE. NATHÁLIA BRISSANT PIRES FERREIRA (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO – UFPE); GLEYCE KELLY DE ARAÚJO BEZERRA (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO – UFPE); MARYÂNGELA CASTRO DOS SANTOS (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO – UFPE); VANESSA CAROLINA DE CHAGAS BARRETO (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO –UFPE); JAILMA SANTOS MONTEIRO (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO - UFPE ); POLIANA COELHO CABRAL (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO - UFPE ) P-005 ASSISTÊNCIA EM TERAPIA NUTRICIONAL EM ALTA COMPLEXIDADE: UM ESTUDO SITUACIONAL EM HOSPITAIS PÚBLICOS DO ESTADO DA BAHIA. MARIA LUISA MORAIS GUIMARAES (SESAB-DIVISA); DAVID CANCIO VERGNE (SESAB-DIVISA) Introdução: A terapia nutricional tem sido considerada um importante recurso terapêutico na redução da morbidade mortalidade de pacientes portadores de patologias graves e alternativa terapêutica na redução da desnutrição intra-hospitalar. Objetivo: Inspecionar, avaliar e dar parecer técnico para habilitação nos Serviços de Assistência de Alta Complexidade em Terapia Nutricional Enteral e Parenteral da rede SUS. Método: Estudo de natureza exploratória, do tipo observacional, abordagem quantiqualitativa em oito hospitais que foram desabilitados pelo Ministério da Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é considerada um problema de saúde pública por sua magnitude e por ser um dos mais importantes fatores de risco para o desenvolvimento do acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio. Objetivo: Avaliar a ocorrência de hipertensão arterial e o consumo de sódio em funcionários da área de saúde de uma universidade pública da cidade do Recife- PE. Método: Estudo com 267 indivíduos, sendo 135 do sexo masculino (50,6%), com Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 30 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Saúde na Terapia Nutricional de Alta Complexidade. Durante processo de fiscalização foi realizada coleta de dados em prontuário, analise documental, entrevistas, avaliação da estrutura física, equipamentos e recursos humanos no período de agosto de 2010 a junho de 2013, utilizando como instrumento o Roteiro de Inspeção, conforme exigência da Portaria 120/2009. Resultados: Oito unidades hospitalares foram avaliadas, quatro unidades apresentaram parecer favorável da Vigilância Sanitária e foram habilitadas, quatro hospitais foram monitorados com 70% dos requisitos mínimos atendidos e 50 profissionais foram orientados. Conclusão: As unidades habilitadas cumpriram os requisitos mínimos, apresentando condições técnicas, instalações físicas, equipamentos e recursos humanos adequados à prestação da assistência a pacientes em risco nutricional ou desnutridos. Este trabalho comprova a importância da ação de fiscalização e educação da Vigilância Sanitária nas unidades hospitalares, contribuindo para aprimorar a prática profissional com a incorporação de indicadores e padrões de qualidade da assistência, fornecendo para os gestores um diagnóstico da realidade, instrumentos de acompanhamento das Unidades Hospitalares e garantindo uma assistência nutricional segura, eficaz e com equidade, visando o bem estar do paciente e um menor tempo de internação, conforme preconiza o SUS. ADRIANE DOS SANTOS DA SILVA (HOSPITAL ADVENTISTA SILVESTRE); ANNIE BELLO (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO); IDA CRISTINA MANARINO (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO) Introdução: A senescência causa diversas repercussões na saúde pública. A perda da capacidade funcional, autonomia e alterações fisiológicas contribuem para a desnutrição no idoso. A desnutrição afeta tanto a condição clínica do paciente, como também aumenta o risco de complicações em idosos, sendo responsável por contribuir com o aumento do tempo de hospitalização e taxa de morbimortalidade desta faixa etária Objetivo: Estudar a associação do risco nutricional e desfechos clínicos em idosos internados em Unidade de Clínica Médica em hospital privado do Rio de Janeiro utilizando ferramenta de triagem nutricional. Método: Estudo longitudinal prospectivo, com 116 pacientes idosos. Nas primeiras 72 horas após a admissão hospitalar foi aplicado o questionário Triagem de Risco Nutricional (NRS-2002), coletados dados antropométricos como peso e altura e diagnóstico clínico e foram coletados dados de desfechos clínicos no final da internação (óbito, infecção e tempo de internação).Os dados foram avaliados em programa estatístico SPSS e foi considerado significância menor que 5%. Resultados: Verificou-se que 39,6% dos pacientes apresentaram risco nutricional no momento da admissão hospitalar. Os pacientes em risco nutricional eram mais idosos, apresentaram um índice de massa corporal (IMC) menor (p<0,05) e chance três vezes maior de óbito. Os pacientes que ficaram internados por tempo prolongado (> que 13 dias), apresentam chance três vezes maior de desenvolver infecção e ir a óbito. Conclusão: Os pacientes em risco nutricional tiveram maior risco de complicações como maior tempo de internação, infecção e óbito. Sugerimos que a NRS-2002 é um método de triagem simples, de fácil aplicação e baixo custo, com eficiência para predizer desfechos clínicos em pacientes idosos hospitalizados e identificar precocemente indivíduos com problemas nutricionais ou aqueles em risco nutricional que necessitem de um suporte nutricional adequado. P-006 NÚMERO DE REFEIÇÕES POR DIA E QUALIDADE DO CAFÉ DA MANHà EM FUNCIONÁRIOS DA ÁREA DE SAÚDE DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DA CIDADE DO RECIFE, PE. NATHÁLIA BRISSANT PIRES FERREIRA (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO – UFPE); MARYÂNGELA CASTRO DOS SANTOS (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO – UFPE); GLEYCE KELLY DE ARAÚJO BEZERRA (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO – UFPE); VANESSA CAROLINA DE CHAGAS BARRETO (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO – UFPE); JAILMA SANTOS MONTEIRO (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO – UFPE); POLIANA COELHO CABRAL (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO – UFPE) Introdução: De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira (MS/CGAN, 2005) o indivíduo deve fazer pelo menos 3 refeições diárias intercaladas com lanches saudáveis. No entanto, a agitação da vida diária prejudica o cumprimento dessa recomendação e dificulta a obtenção de uma refeição adequada. Objetivo: Avaliar o número de refeições por dia e a qualidade do café da manhã em funcionários da área de saúde de uma universidade pública da cidade do Recife- PE. Método: Estudo com 267 indivíduos, sendo 135 do sexo masculino (50,6%), com média de idade 43,5 ± 11,5 anos. As informações foram coletadas no período de maio de 2010 a junho de 2011. As informações foram coletadas utilizando-se um questionário, onde foi abordado o número de refeições por dia, se tomavam café da manhã e quais alimentos eram ingeridos nessa refeição. A criação do banco de dados e a análise estatística foram realizadas através do programa epi-info, versão 6.04 e para avaliar a qualidade do café da manhã, foi utilizado o prato equilibrado (Monteiro, 1998). Resultados: A grande maioria dos entrevistados (97,4%) realizava três ou mais refeições por dia. Desses, 28,1% faziam três refeições; 38,5%, quatro refeições; 23,4%, cinco refeições; 10,0%, seis refeições. Quanto à qualidade do café da manhã, 97,2% referiu fazer essa refeição, porém, destes, apenas 42,7% consumiam uma refeição nutricionalmente equilibrada, como preconizado por Monteiro, 1998. No que se refere ao local onde era realizada essa refeição, 77,5% realizavam no próprio domicílio. Conclusão: Essa população apresentou um bom número de refeições por dia. No entanto, os resultados encontrados mostram que a qualidade do café da manhã dos funcionários deve ser melhorada através de técnicas de educação nutricional. P-008 ANÁLISE SENSORIAL DE IOGURTE DE MORANGO NAS VERSÕES TRADICIONAL E LIGHT ERIKA ALBUQUERQUE (HOSPITAL PROMATER); ANGÉLICA ALVES (UNIVERSIDADE POTIGUAR); ELIZABETH CHAGAS (HOSPITAL PROMATER); KATIA VIANA (UNIVERSIDADE POTIGUAR) A produção de iogurtes vem crescendo de maneira considerável, destacando-se o sabor de morango mais vendido e aceito. Além de conter substâncias nutritivas, a quantidade de gordura apresentada se mostra um fator importante, visto que as pessoas estão à procura de uma alimentação mais saudável e cuidados com a estética corporal, enquadrando-se neste quesito os produtos diet e light. Dentro da Análise sensorial, os testes afetivos feitos por meio da escala hedônica (EH) de 9 pontos são utilizados para se conhecer a preferência de um produto e o grau de aceitação deste pelo consumidor. Assim, este trabalho teve por finalidade avaliar sensorialmente duas amostras de iogurte de morango, na versão tradicional e light, e sua intenção de compra e consumo (ICC). Setenta provadores não treinados participaram do estudo e avaliaram as duas amostras de iogurte nos quesitos Aparência, Cor, Odor, Sabor e textura, através da EH de 9 pontos. Também foi calculado o Índice de Aceitabilidade (IA) e intenção de compra e consumo. Na avaliação da EH, o iogurte tradicional obteve a média 7, sendo classificado como gostei regularmente, e o light média 6, classificado como gostei ligeiramente. Os resultados apresentados pelo IA mostraram a aprovação do iogurte tradicional em todos os atributos (>70%) e detentor do maior percentual de ICC; a amostra do iogurte light foi rejeitada no quesito sabor (65,6%), com um percentual de ICC inferior ao iogurte tradicional, possivelmente pela presença de três edulcorantes (ciclamato de sódio/sacarina sódica/ steviosídeo). Diante dos resultados expostos, verificou-se que o iogurte P-007 RISCO NUTRICIONAL EM PACIENTES IDOSOS HOSPITALIZADOS COMO DETERMINANTES DE DESFECHOS CLÍNICOS Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 31 Suplemento Nutrição Clínica/2013 tradicional foi melhor aceito que o iogurte light, tornando-se necessários mais estudos sobre quais os componentes e quantidades a serem utilizados na fabricação de produtos light; para que suas características organolépticas não sejam prejudicadas e a aceitação pelo mercado consumidor não seja prejudicada. foi realizado de novembro de 2009 a agosto de 2012, sendo convidadas todas as 36 instituições hospitalares administradas pelo governo estadual na cidade de São Paulo. À diretoria de nutrição e/ou EMTN foi entregue o questionário de auto preenchimento, composto por questões que caracterizavam o atendimento da EMTN. Foram realizados testes estatísticos (Exato de Fisher e não Paramétrico Mann-Whitney), considerando significância estatística um valor de p menor que 0,05. Resultados: Participaram do estudo 17 instituições (47,2%), onde 76.6% de hospitais de administração direta, 64.7% de atendimento geral e 64.7% sem atividade de ensino. A EMTN é instituída em 88.2% das instituições, considerada equipe de apoio em 71.4%, possui protocolo de atendimento em 76.5%, cadastro no Sistema Único de Saúde - SUS em 71.4% e com profissionais exclusivos para a função em 13.3%. Quando realizados os testes de associação entre as instituições quanto ao tipo de administração hospitalar, especialidade da instituição e instituição com fins educacionais, encontrou-se associação relacionada ao tipo de infusão, profissionais que compõem a equipe, fórmula enteral utilizada, média diária de pacientes em uso de terapia nutricional enteral. Conclusão: Apesar da regulamentação vigente, os hospitais estaduais no município de São Paulo apresentam EMTN instituída, com número de profissionais adequados, protocolos elaborados, porém com dificuldade de execução na rotina hospitalar. P-009 FATORES RELACIONADOS À INTOLERÂNCIA À GLICOSE EM UM GRUPO DE PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS DO AMBULATÓRIO DO SERVIÇO DE NEFROLOGIA NA REGIÃO CENTRO-OESTE DO BRASIL LINA MONTEIRO DE CASTRO LOBO (SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE GOIÂNIA); ADRIANA CRISTINA CAMPOS (SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE GOIÂNIA) Introdução: O transplante renal é uma opção para o tratamento do portador de doença renal crônica avançada. A intolerância a glicose de jejum é uma condição que precede o diabetes e geralmente não causa sintomas. Objetivo: Avaliar os fatores associados à glicemia de jejum alterada em pacientes transplantados renais atendidos em ambulatório. método: Avaliação dos prontuários de 65 pacientes entre 2009 e 2010, ambos os sexos, maior que 18 anos, usuários do Sistema Único de Saúde, máximo de seis meses de pós-operatório. Exclusão: pacientes com diagnóstico de diabetes ou intolerância à glicose pré transplante. O estado nutricional foi classificado pelo Índice de Massa Corporal (IMC). A glicemia de jejum alterada foi considerada como &#8805;100 mg/dL3. Os dados foram analisados no SPSS 19.0. Testes estatísticos: qui-quadrado de Pearson, teste exato de Fisher, teste T e teste t pareado. Nível de significância de 5%. Resultados: A idade média foi 39,9±12,6 anos, sendo 58,0% do sexo masculino. A média de glicemia pré-transplante foi 80,0±8,5 mg/dL. Não houve associação entre o status vital do doador e a glicemia no 6º mês pós-transplante (p=0,089). Não houve associação entre glicemia de jejum alterada e idade (p=0,416), IMC (p=0,639), peso pré-transplante (p=0,432), peso seis meses após o transplante (p=0,647) e uso de ciclosporina ou tacrolimus (p=0,475). A glicemia pré e seis meses após o transplante apresentaram associação com a glicemia de jejum alterada. Houve diferença significativa entre a glicemia pré e após seis meses do transplante e entre o peso pré e após seis meses do transplante (p<0,001). Conclusão: Não houve associação entre glicemia de jejum alterada e idade, IMC, peso pré e após seis meses de transplante renal. Houve diferença significativa entre glicemia pré e glicemia seis meses após transplante e entre o peso pré e seis meses após o transplante. P-011 PERFIL DO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE NUTRIÇÃO NOS HOSPITAIS PÚBLICOS ESTADUAIS NA CIDADE DE SÃO PAULO LENITA GONÇALVES DE BORBA (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA); FERNANDO JOSÉ DE NÓBREGA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO); FERNANDA LUÍSA CERAGIOLI OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO); ANA MARGARET N. G. F. SOARES (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA); REGINA GONÇALVES PLATA (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA); CAMILA MITIE HATTORI (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA); MARIA JOSÉ DOS SANTOS (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA); SILVANA PIORELLI VIANA (UNIVERSIDADE METODISTA); ISABELLA CASTELLANO SILVA (UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO); CARLOS DANIEL MAGNONI (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA) Introdução: O estado nutricional de pacientes frequentemente piora durante a hospitalização. Objetivo: Caracterizar a atuação do Serviço de Nutrição - SN nos hospitais públicos administrados pelo Governo do Estado na cidade de São Paulo. Método: O estudo foi realizado de novembro de 2009 a agosto de 2012, sendo convidadas todas as 36 instituições hospitalares. À diretoria de nutrição foi entregue o questionário de auto preenchimento, composto por questões que caracterizavam o atendimento do SN. Para descrever o grupo foram calculadas medidas de tendência central e de dispersão (variáveis quantitativas) e frequências absolutas e relativas (variáveis qualitativas). Resultados: Participaram do estudo 17 instituições (47,2%). Os equipamentos mais frequentes são balança digital adulto, fita antropométrica e balança mecânica para adulto, pois pelo menos. A avaliação do estado nutricional era realizada em 41,2% dos pacientes; Avaliação do Risco Nutricional em 76,5% da amostra, mas apenas 42,9% a realiza em todos os pacientes; utilização de protocolos em 76,5%; 46,7% possuem número de profissionais nutricionistas suficientes; 100% possuem orientação nutricional impressa e, 43,8%, orientam seus pacientes de acordo com algum critério de seletividade; 35,3 % realizam algum método de avaliação do consumo alimentar; evolução em prontuário é realizada em 94,1% das instituições, sendo que a frequência diária ocorre em apenas 43,8% casos. Conclusão: Apesar da regulamentação vigente, os hospitais estaduais no município de São Paulo apresentam um atendimento nutricional instituído com protocolos elaborados, porém com número de profissionais inadequados e dificuldade de execução na rotina hospitalar. P-010 PERFIL DO ATENDIMENTO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL EM TERAPIA NUTRICIONAL (EMTN) NOS HOSPITAIS PÚBLICOS ESTADUAIS NA CIDADE DE SÃO PAULO - PATENUT LENITA GONÇALVES DE BORBA (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA); FERNANDO JOSÉ DE NÓBREGA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO); FERNANDA LUÍSA CERAGIOLI OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO); ANA MARGARET N. G. F. SOARES (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA); REGINA GONÇALVES PLATA (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA); CAMILA MITIE HATTORI (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA); MARIA JOSÉ DOS SANTOS (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA); SILVANA PIORELLI VIANA (UNIVERSIDADE METODISTA); ISABELLA CASTELLANO SILVA (UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO); CARLOS DANIEL MAGNONI (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA) Introdução: A Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional - EMTN contribui para garantir a adequada atenção aos pacientes hospitalizados. Objetivo: Caracterizar a atuação da EMTN nos hospitais públicos administrados pelo Governo do Estado na cidade de São Paulo. Método: O estudo P-013 AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO EM NUTRIÇÃO DE GESTANTES ATENDIDAS EM UM HOSPITAL E MATERNIDADE DE PARNAÍBA-PI. Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 32 Suplemento Nutrição Clínica/2013 ANA KARINE ALVES DE MOURA (); ANA GLAYRCE DE ARAUJO OLIVEIRA (); KEYLANE OLIVEIRA DE SOUZA (); JOANA DARC RODRIGUES DE SOUSA (); MARIA DO SOCORRO VERAS DE ARAUJO () Resultados: Foram analisados 84 indivíduos com mediana de idade de 35,5 (28,3 - 42) anos, predominantemente homens (81%) e não brancos (78,6%), com mediana do tempo de infecção pelo HIV de 3 (2-7) anos e mediana de CD4 de 582 (438,5-750,5) céls/mm3. De acordo com o IMC, 51,2% da amostra foi classificada com sobrepeso/obesidade, e apenas 2,4% apresentava desnutrição. Foram observados valores aumentados de RCEst, IC, CC e RCQ em 67,9%, 57,1%, 45,2% e 15,5% dos indivíduos, respectivamente. Conclusão: Identificamos uma elevada prevalência de sobrepeso/obesidade, principalmente abdominal, em indivíduos HIV ainda virgens de tratamento antirretroviral. A utilização dos indicadores de obesidade permite detectar alterações precoces da composição corporal, incluindo o maior acúmulo de adiposidade visceral, identificando indivíduos com maior risco de desenvolvimento de doenças cardiometabólicas. Estes resultados reforçam a necessidade de intervenções nutricionais ainda na fase assintomática da doença. Introdução: Durante a gestação, o estado anabólico é constante e promove ajustes contínuos em relação a diversos nutrientes. As necessidades nutricionais estão aumentadas a fim de se garantir a saúde materno-fetal. A assistência pré-natal é fundamental para o preparo da maternidade. Objetivo: O presente estudo teve por objetivo avaliar o conhecimento das gestantes atendidas por um serviço de pré-natal de uma maternidade de Parnaíba- PI, sobre alimentação e nutrição. Método: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo com dados coletados através de questionários contendo 10 questões do tipo Survey certo / errado, aplicados durante consulta de pré-natal de um hospital maternidade, considerado referência no atendimento de gestantes, puérperas e neonatos de médio e alto risco. A pesquisa ocorreu em outubro de 2012, e o questionário continha questões de noções básicas de alimentação saudável; aleitamento materno e alimentação infantil. Resultados: Entre as gestantes, 14,3% encontram-se entre 15 e 19 anos; 54,3% entre 20 e 30 anos; 24,3% entre 31 e 40 anos; 7,1% encontram-se entre 41 ou mais. Das 70 gestantes, 64 estavam realizando pré-natal e somente 27 receberam informações nutricionais durante o mesmo. Houve 70% de acertos no geral, um conhecimento satisfatório das gestantes. Conclusão: Observou-se que as gestantes possuem conhecimentos básicos a respeito de alimentação e nutrição concluindo que a Maternidade procura orientá-las de uma maneira geral. Espera-se que, a partir deste estudo, sejam realizadas mais ações voltadas para o atendimento nutricional das gestantes, para que elas aprendam a se alimentar corretamente contribuindo para a redução da morbi/mortalidade associadas à gestação e ao parto. P-015 PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE ANTIRRETROVIRAIS USADOS ATRAVÉS DE CATETERES ENTERAIS EM UMA UNIDADE HOSPITALAR DE DOENÇAS INFECCIOSAS MICHELE FERNANDA BORGES DA SILVA (IPEC/FIOCRUZ); PATRÍCIA DIAS DE BRITO (IPEC/FIOCRUZ); LUSIELE GUARALDO (IPEC/FIOCRUZ) Introdução: Com o surgimento de novos antirretrovirais para o tratamento da AIDS, a expectativa de vida dos pacientes vem aumentando. Durante a hospitalização estes pacientes necessitam de cuidados especializados, dentre eles o preparo e administração de medicamentos pelos técnicos e auxiliares de enfermagem sob a supervisão do enfermeiro. Nos pacientes em uso de nutrição enteral por cateteres é frequente a administração de medicamentos por esse dispositivo. Trata-se de uma via mais fisiológica e com menor risco de ocorrência de eventos indesejáveis que a via parenteral, porém não é isenta de complicações, que podem ocorrer por erros nas etapas que envolvem o processo de preparo e administração. Objetivo: Descrever o perfil de medicamentos orais mais utilizados em uma unidade hospitalar especializada em doenças infecciosas e elaborar um plano de recomendações de preparo e administração de antirretrovirais usados através de cateteres enterais nesta unidade. Método: Estudo exploratório retrospectivo. A compilação da lista destes medicamentos foi feita através de busca no relatório de consumo médio mensal da farmácia da internação e no cadastro de produtos da farmácia. As informações sobre o correto preparo e administração dos medicamentos por cateteres enterais foi obtida a partir de revisão bibliográfica nas bases MedLine, Lilacs e Scielo, além da base de dados Micromedex , do bulário eletrônico da ANVISA e do Guideline da ASPEN. Resultados: Dos 241 medicamentos orais, 25 eram antirretrovirais, representando um consumo médio mensal de 24,9% de medicamentos dispensados ao setor de internação. Apenas sete antirretrovirais eram disponibilizados na forma farmacêutica líquida, ideal para administração através de cateteres enterais. Os medicamentos sólidos eram comprimidos (simples e revestidos), cápsulas (moles e de liberação prolongada). Os principais problemas encontrados na literatura para a administração destes medicamentos nestas formas farmacêuticas através de cateteres enterais foram: impossibilidade de ser triturado, risco de interação com dieta enteral, risco de obstrução do cateter e risco de alteração da farmacocinética do medicamento. As bulas dos medicamentos não trazem informações sobre a correta administração por cateteres e as possíveis interações com dietas enterais. Conclusão: A forma farmacêutica mais utilizada dos antirretrovirais foram os comprimidos que normalmente podem ser triturados e diluídos para serem administrados através de cateteres enterais desde que a lavagem adequada antes e após a administração seja feita. Espera-se com este estudo propiciar condições ou a disponibilidade de informações farmacológicas à equipe assistencial acerca dos antirretrovirais garantindo a segurança na prescrição, preparo e administração destes medicamentos, reduzindo e prevenindo reações adversas. P-014 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL ATRAVÉS DOS INDICADORES DE OBESIDADE EM INDIVÍDUOS HIV+ VIRGENS DE TRATAMENTO ANTIRETROVIRAL RAQUEL ESPIRITO SANTO (IPEC/FIOCRUZ); VALDILÉIA GONÇALVES VELOSO (IPEC?FIOCRUZ); PAULA SIMPLÍCIO DA SILVA (IPEC/FIOCRUZ); CLAUDIA SANTOS DE AGUIAR CARDOSO (IPEC/FIOCRUZ); CRISTIANE FONSECA DE ALMEIDA (IPEC/FIOCRUZ); PATRÍCIA DIAS DE BRITO (IPEC/ FIOCRUZ) Introdução: A infecção pelo HIV implica em risco nutricional em qualquer fase da doença. Atualmente os pacientes estão desenvolvendo complicações metabólicas, incluindo alterações na distribuição da gordura corporal, antes mesmo da introdução da terapia antirretroviral. Torna-se necessária avaliar a regionalização do tecido adiposo, através dos indicadores de obesidade, para identificar precocemente os indivíduos com maior risco de doenças cardiometabólicas. Objetivo: Avaliar o estado nutricional através dos indicadores de obesidade de indivíduos portadores de HIV virgens de tratamento antirretroviral. Método: Estudo descritivo do tipo transversal realizado no período de março de 2012 a janeiro de 2013. Foram selecionados portadores de HIV VT, de ambos os sexos, com idade entre 20 e 60 anos, acompanhados no serviço ambulatorial de uma instituição de pesquisa em doenças infecciosas. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa e todos os participantes assinaram TCLE. Dados clínicos foram coletados do prontuário. Dados antropométricos (peso corporal, estatura, circunferência de cintura-CC, circunferência de quadril-CQ) foram utilizados para a construção dos indicadores de obesidade: Índice de Massa Corporal (IMC), Razão cintura/quadril (RCQ), razão cintura/ estatura (RCE) e índice de conicidade (IC). Para análise estatística foi utilizado o software SPSS versão 16.0. Variáveis categóricas são apresentadas na forma de freqüência e variáveis quantitativas na forma de mediana e intervalo interquartílico, após aplicação do teste de Kolmogorov-Smirnov, que indicou distribuição não-paramétrica. Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 33 Suplemento Nutrição Clínica/2013 P-016 NUTRITION DAY: RESULTADOS DE UM HOSPITAL GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL alimentação, na faixa etária até seis meses, a alimentação predominante é o aleitamento materno exclusivo 60% (12); na idade entre seis meses e um ano, são o leite materno e mingau 63,63% (7); e, por fim, a alimentação das crianças de um a dois anos é mingau e cardápio alimentar familiar 79,24% (42).Conclusão: Quando a criança passa a receber alimentação complementar aumenta a possibilidade de acometimento de diarreia, que constitui importante causa de morbimortalidade entre crianças pequenas. Os maiores problemas dessa ordem são a contaminação da água e de alimentos durante a sua manipulação e preparo, higiene pessoal e dos utensílios inadequados, alimentos mal cozidos e conservação dos alimentos em temperatura não recomendada (BRASIL, 2002). MARIA CRISTINA ZANCHIM (HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO); GABRIELA SGARBOSSA (HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO); TATIANA PACHECO RODRIGUES (HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO) Introdução: O Nutrition Day (NutriDia Brasil) é um projeto multicêntrico, iniciado na Europa em 2006, que visa avaliar uma ou várias unidades de um mesmo hospital, evidenciando os problemas nutricionais que os pacientes possam apresentar. Objetivo: Avaliar o perfil nutricional dos pacientes em uma unidade de internação de um Hospital Geral de Alta Complexidade da cidade de Passo Fundo, RS. Método: Estudo de caráter descritivo, retrospectivo e transversal, com protocolo de coleta de dados segundo o NutriDia Brasil, com dados coletados em um único dia, em novembro de 2012. Foram aplicados 4 questionários, sendo: (1) a respeito da instituição, unidade de internação e seus recursos humanos, (2) referente às informações do paciente (estado nutricional, medicações, terapia nutricional, diagnóstico e co-morbilidades, tempo de internação hospitalar, etc), (3) e (4) questionários referentes ao consumo alimentar e aceitação da dieta. O paciente informou sua história nutricional e como se encontrava a sua ingestão naquele dia. Utilizou-se ainda um questionário final, onde reavaliou-se o desfecho clínico dos mesmos após 30 dias. Resultados: A amostra incluiu 32 pacientes de uma Unidade de Internação, desses 56,2% eram homens, 43,8% eram adultos e 56,2% idosos. A media do IMC dos pacientes foi de 26±5,0 kg/m² e a média de idade de 64 anos. Cinquenta e três por cento relataram perda de peso nos últimos três meses, sendo que destes 34% perderam de 0 a 4 kg. Com relação ao consumo alimentar na última semana, 41% relataram comer menos que o habitual devido a inapetência. A ingesta hídrica também apresentou-se abaixo das recomendações (média de um litro/dia). O uso de terapia nutricional esteve presente em 78% dos avaliados, seja pelo uso de sondas, suplementos nutricionais e/ou dietas específicas. O tempo médio de permanência hospitalar foi de 18 dias, sendo que 97% obtiveram alta para domicílio e 22% foram readmitidos na instituição em 30 dias. Conclusão: Por meio da participação deste Projeto, pôde-se traçar o perfil nutricional dos pacientes internados, e com isso, auxiliar na otimização dos cuidados nutricionais prestados, visto o elevado percentual de perda de peso e ingestão alimentar insuficiente identificados. P-018 ANÁLISE DO CONSUMO ALIMENTAR FORA DO DOMICÍLIO DE CONSUMIDORES DE FAST-FOOD DE UM SHOPPING EM SÃO LUIS – MA. NARUNA ARITANA COSTA MELO (CEST); PRISCILA SOUSA BARCELLOS (CEST); MARIA TEREZA MEDEIROS AURELIANO DE LIMA (CEST); MARCOS ROBERTO CAMPOS DE MACEDO (CEST); AÍDA CAVALCANTI DANTAS (CEST); ANA PATRICIA GUTERRES SILVA (CEST) Introdução: O crescimento de consumo das refeições fora do domicílio pode ser explicado por fatores como a crescente urbanização, o aumento da participação da mulher no mercado de trabalho, as diferenças socioeconômicas e culturais, as mudanças na composição familiar, entre outros. De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2002-2003, do valor mensal destinado pelas famílias brasileiras, em média, para a alimentação, aproximadamente 24,0% são gastos com alimentação fora do domicílio. Objetivo: Analisar consumo alimentar fora do domicílio de consumidores de lanchonetes do tipo fast-food de um shopping de São Luís – MA. Método: A amostra foi composta por 113 indivíduos de ambos os sexos que estavam presentes na praça de alimentação do shopping nos dias da pesquisa, que aceitaram participar e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Para a coleta de dados foi utilizado um questionário socioeconômico e de frequência alimentar adaptado dos questionários socioeconômico de Critério de Classificação Econômica do Brasil da ABEP (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa) e do questionário de frequência alimentar (YAQ) da Escola de Medicina de Harvard.Resultados: Dos entrevistados, 86 (76%) eram do sexo feminino e 27 (24%) do sexo masculino, com faixa etária prevalente entre 18 e 25 anos. A maioria dos entrevistados, 72 (64%) possuíam grau de instrução compreendido entre o ensino médio completo e o ensino superior incompleto, quanto a classe econômica 60 (54%) pertenciam à classe B e possuíam constituição familiar de 4 moradores por domicílio, 32 (29%). Entre os motivos para o consumo de fast-foods o quesito sabor foi o mais citado com 13 (38%) para homens e 54 (47%) para mulheres; 78 (69%) dos entrevistados afirmam que os alimentos tipo fast-food são de boa qualidade, porém nocivos à saúde e 59 (52%), relataram realizar refeições fora do domicílio uma ou duas vezes por semana, enquanto 26 (23%) nunca ou quase nunca realizam refeições fora do domicílio. Conclusão: O consumo alimentar fora do domicilio tem-se mostrado cada vez mais frequente na vida da população, principalmente de jovens, motivo de grande preocupação, tendo em vista o aumento do consumo de açúcares simples e gordura. Estratégias de educação nutricional precisam ser criadas a fim de evitar as co-morbidades causadas pela má alimentação e excesso de peso. P-017 PADRÃO ALIMENTAR DE CRIANÇAS DE ZERO A DOIS ANOS DE IDADE INTERNADAS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE SÃO LUÍS-MA ANA PATRÍCIA GUTERRES SILVA (CEST); ABRAHÃO LIMEIRA DE OLIVEIRA (CEST); ELIETE COSTA OLIVEIRA (CEST); AÍDA CAVALCANTI DANTAS (CEST); PATRICIA ALMEIDA DE ANDRADE (CEST); NARUNA ARITANA COSTA MELO (CEST); MARCOS ROBERTO CAMPOS DE MACÊDO (CEST) Introdução: A amamentação da criança, do nascimento e aos primeiros anos de vida é considerada como um dos fatores mais importantes para o seu crescimento e desenvolvimento, pela capacidade de leite materno de suprir suas necessidades nutricionais.Objetivo: Avaliar o Padrão alimentar de crianças de zero a dois anos de idade internadas em um hospital público de São Luís-MA. Método: Trata-se de estudo de caráter descritivo, que tem como objetivo avaliar a prática alimentar de crianças de zero a dois anos de idade e variáveis maternas. A investigação se deu através de uma entrevista às mães das crianças, no período de 1º a 30 de setembro do corrente ano, tendo como instrumento de coleta de dados 01 questionário. Utilizou-se uma amostra de 80 crianças, com faixa etária de zero a dois anos de idade.Resultados: Sobre os resultados das variáveis das crianças, conclui-se que a maioria estava internada pela primeira vez 72,50% (58), com prevalência do sexo masculino 51,25 % (41), na faixa etária de 1 a 2 anos 66,25% (53), por doenças gastrointestinais 50% (40), apontando como principal causa, o padrão alimentar inadequado. No tocante à P-019 FREQUÊNCIA DE CONSUMO DE ALIMENTOS SAUDÁVEIS DE COMENSAIS DE UMA PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO DE UM SHOPPING EM SÃO LUIS - MA. NARUNA ARITANA COSTA MELO (CEST); PRISCILA SOUSA BARCELLOS (CEST); MARIA TEREZA MEDEIROS AURELIANO DE LIMA (CEST); MARCOS Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 34 Suplemento Nutrição Clínica/2013 ROBERTO CAMPOS DE MACÊDO (CEST); AIDA CAVALCANTI DANTAS (CEST); ANA PATRICIA GUTERRES SILVA (CEST) correlação com o IMC real do paciente (r=0,79 e r=0,86, respectivamente, com p<0,001).Conclusão: Os resultados sugerem que a técnica de inspeção visual possa ser utilizada, por nutricionistas experientes, para determinar o IMC em pacientes acamados deste hospital. Porém, em relação à obtenção do IMC através da escala de silhuetas, mais estudos devem ser delineados para uma recomendação mais segura. Introdução: O crescente interesse pelo consumo de alimentos com maior valor nutritivo e menor teor de contaminantes, além da busca por hábitos de vida mais saudáveis, têm contribuído para impulsionar o consumo de alimentos saudáveis. A promoção do consumo de frutas e hortaliças é uma prioridade mundial para a melhoria da saúde da população. Hábitos alimentares poucos saudáveis estão associados a inúmeros agravos à saúde, entre eles, a obesidade e outros agravos não transmissíveis.Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo analisar o consumo de alimentos saudáveis de consumidores de lanchonetes do tipo fast-food de um shopping de São Luís – MA. Método: A amostra foi composta por 113 indivíduos de ambos os sexos que estavam presentes na praça de alimentação do shopping nos dias da pesquisa, que aceitaram participar e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Para a coleta de dados foi utilizado um questionário socioeconômico e de frequência alimentar adaptado dos questionários socioeconômico de Critério de Classificação Econômica do Brasil da ABEP (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa) e do questionário de frequência alimentar (YAQ) da Escola de Medicina de Harvard.Resultados: Dos entrevistados, 86 (76%) eram do sexo feminino e 27 (24%) do sexo masculino, com faixa etária prevalente entre 18 e 25 anos, 72 (64%) possuíam grau de instrução compreendido entre o ensino médio completo e o ensino superior incompleto e pertenciam à classe B 60 (54%). O tipo de leite mais consumido pelos entrevistados foi o leite integral 73 (65%), 11 (13%) relataram não consumir leite e 4 (4%) não sabem qual tipo de leite consomem. Quanto ao consumo de frutas, 30 (34%) relataram consumir frutas apenas uma ou duas vezes por semana, enquanto 35 (31%) relataram o consumo em cinco ou mais vezes por semana. Quanto ao consumo de verduras, 34 (30%) relataram consumir verduras de uma a duas vezes por semana, enquanto 34 (30%) relataram o consumo em cinco ou mais vezes por semana.Conclusão: O consumo de alimentos saudáveis tem-se mostrado cada vez menos frequente na vida da população, principalmente de jovens, o que chama atenção para necessidade de criação de estratégias de educação nutricional a fim de evitar as co-morbidades causadas pela má alimentação e excesso de peso. P-021 AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE MANIPULADORES DE NUTRIÇÃO ENTERAL ANTES E APÓS TREINAMENTO ADRIANA QUEIROZ LISBOA (MSC) (SES DF); HELLEN FERREIRA TELES DE OLIVEIRA (SES DF); QUEDMA MARTINS TRINDADE (); MAISE CLAUDIA VARGAS MATTOS (); POLYANA ALVES RODRIGUES (MSC) (SES DF) Introdução: A terapia nutricional enteral deve ser segura, pois a contaminação destas trazem complicações ao paciente como diarreia, infecções e em casos extremos sepse. Portanto, é importante o treinamento continuado dos profissionais que lidam com a manipulação das dietas enterais. Objetivo: Avaliar o grau de conhecimento dos manipuladores do laboratório de nutrição enteral de um hospital público do Distrito Federal antes e após treinamento. Método: Todos os manipuladores participaram da pesquisa. Este estudo foi dividido em três etapas: avaliação prévia do conhecimento, treinamento e avaliação do conhecimento adquirido. Para avaliação do conhecimento prévio e do conhecimento adquirido foi elaborado questionário composto por 10 questões objetivas de múltipla escolha. As questões foram divididas em manipulação da nutrição enteral (NE) e higiene. Conceitos e notas foram utilizados para avaliação dos questionários. O treinamento foi dado por nutricionista especialista responsável pelo laboratório de nutrição enteral. Tanto o questionário quanto o treinamento foram elaborados tendo por base a RDC nº 63 da ANVISA. Após treinamento o questionário foi reaplicado após 15 dias. Resultados: A nota média antes do treinamento foi de 4,44 (±1,33). Os conceitos foram péssimo (12,5%), ruim (37,5%) e regular (50%). Após o treinamento a nota média foi de 5,75 (±0,88). Os conceitos foram regular (75%) e bom (25%). Quando avaliado por área de conhecimento os conceitos nas questões sobre manipulação da NE tiveram melhores resultados, onde antes do treinamento eram péssimo (50%) e regular (50%) e após o treinamento regular (87,5%) e bom (12,5%). Conclusão: Os manipuladores apresentaram baixo grau de conhecimento antes do treinamento. Após treinamento houve melhora discreta dos conceitos e médias. Um fator que pode ter colaborado para este resultado foi o possível uso de linguagem inadequada, tanto no questionário e/ ou no treinamento, uma vez que todas lactaristas tem experiência prática e trabalham sob supervisão. P-020 AVALIAÇÃO DE MÉTODOS SUBJETIVOS COMO INSTRUMENTO PARA A ESTIMATIVA DE IMC EM PACIENTES ACAMADOS ELIANE ALBURQUERQUE BESERRA (SES DF); POLYANA ALVES RODRIGUES (SES DF); ADRIANA QUEIROZ LISBOA (SES DF) Introdução: Medidas simples como peso e altura nem sempre são possíveis de serem aferidas de forma direta. A altura é uma medida relativamente mais simples de ser aferida de forma indireta. Já as fórmulas de estimativa de peso precisam da aferição de pregas cutâneas e circunferências que pode ser dificultada devido à restrição ao leito e edemas. O uso do Índice de Massa Corporal (IMC) poderia ser uma alternativa para a estimativa do peso. Conhecendo a altura e o IMC, o peso corporal pode ser obtido facilmente. Objetivo: Comparar o uso da Escala de Silhuetas e inspeção visual como instrumentos para determinar o IMC em pacientes acamados de um hospital público do Distrito Federal. Método: Estudo transversal, analítico. A amostra foi composta por 102 indivíduos procedentes das clínicas médica e cirúrgica. Foram realizadas as medidas de peso e da altura para obtenção IMC (IMC real). Realizou-se ainda a avaliação subjetiva do IMC, por duas nutricionistas experientes (10 anos de experiência em prática clínica), pela da escala de silhuetas (IMC estimado) e por inspeção visual (IMC sugerido). As médias foram comparadas através de teste T e foi aplicado a correlação de Pearson. Resultados: O estudo revelou que a média do IMC sugerido foi similar à média do IMC real (p=0,95). Porém, a média do IMC estimado apresentou uma tendência há ser diferente (p=0,06) quando comparado ao IMC real. Observou-se também que o IMC estimado e sugerido apresentaram boa P-022 CORRELAÇÃO DOS MÉTODOS DE ESTIMATIVA DE PESO E ALTURA COM AS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS REAIS EM PACIENTES ADULTOS DE UM HOSPITAL PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL POLYANA ALVES RODRIGUES (MSC) (SES DF); JULYANNA MARQUES ROLIM (HOSPITAL DA CRIANÇA); MARTINA CELI BANDEIRA RUFINO (SES DF); ELAINE ALVES CORREIA (HOSPITAL DA CRIANÇA); ADRIANA QUEIROZ LISBOA (MSC) (SES DF) Introdução: O peso corporal e a altura são medidas antropométricas mais utilizadas para prescrição dietética. Porém para pacientes acamados são necessários métodos para estimá-los. Poucos estudos avaliaram estes métodos para a população brasileira adulta internada, sendo a maioria dos estudos em idosos. Objetivo: Avaliar a correlação dos métodos de estimativa de peso e da altura com as medidas antropométricas reais em pacientes adultos de um hospital público do Distrito Federal. Método: Estudo transversal e analítico. As fórmulas de estimativas de peso e altura propostas por Chumlea et al (1988; 1985), meia envergadura do braço (Kwok; Whitelaw, 1991) e o método Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 35 Suplemento Nutrição Clínica/2013 indireto de aferição de altura (altura recumbente) foram analisadas pelo coeficiente de correlação de Pearson utilizando as medidas reais como padrão ouro. Participaram do estudo 100 pacientes entre 20-59 anos. Resultados: Todas as estimativas de altura apresentaram boas correlações com a altura real: altura recumbente (r=0,94), meiaenvergadura (r=0,84) e Chumlea et al (1985) para sexo masculino (r=0,85) e feminino (r=0,87), todos com o p<0,0001. O peso também apresentou forte correlação com a fórmula de Chumlea et al (1988) em ambos os sexos (r=0,92; p<0,0001). Conclusão: Todas as medidas estimadas apresentaram boa correlação com as medidas reais. Introdução: A terapia nutricional é fundamental no tratamento de pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI), porém transtornos gastrointestinais podem estar relacionados à rápida evolução da terapia nutricional a fim de atingir o suporte pleno. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre a velocidade de evolução da dieta enteral e a ocorrência de vômito e diarreia. Método: estudo com 197 pacientes, em suporte nutricional enteral e/ou parenteral exclusivo, internados na UTI de um hospital público do Distrito Federal. A coleta de dados foi realizada de janeiro de 2012 a junho de 2013, através de registros da enfermagem, em formulário específico, quanto às intercorrências gastrointestinais e da nutrição quanto à velocidade da evolução da dieta até atingir o suporte pleno. Os pacientes foram divididos em três grupos em relação ao número de dias gastos para atingir o suporte pleno: menos de 3 dias, 3 dias e mais de 3 dias. Resultados: em média os pacientes atingiram o suporte nutricional pleno em 3,81 dias. A incidência de vômito, na amostra, foi de 51 pacientes (25,89%), dentre estes pacientes a ocorrência de vômito foi maior (47,83%) quando a evolução da dieta foi rápida, ou seja, em menos de 3 dias, quando comparada à meta nutricional alcançada em 3 dias (17,39%) e em mais de 3 dias (34,78%). Já em relação à ocorrência de diarreia, a maior incidência aconteceu entre os pacientes que atingiram o suporte pleno em mais de 3 dias (42,31%) seguidos dos pacientes que o fizeram em menos de 3 dias e em 3 dias, (38,46% e 19,23%, respectivamente); ressaltando que a diarreia acometeu 82 pacientes o que corresponde a 41,62% do total da amostra. Conclusão: a evolução rápida da terapia nutricional, com o objetivo de atingir o suporte pleno, pode ter contribuído com a alta incidência de vômitos, porém, vale ressaltar que outros fatores como, uso de opioides, sedativos e drogas vasoativas também estão relacionados à ocorrência deste sintoma. O mesmo não foi observado com a incidência de diarreia, já que a sua frequência foi maior em pacientes que atingiram a meta nutricional em mais de 3 dias, o que pode ser influenciado pelo tempo prolongado de internação e pelo uso recorrente de antibióticos. P-023 VARIAÇÕES GLICÊMICAS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA RONYLMA MAGNA SILVA LACERDA (HOSPITAL REGIONAL DO GAMASECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); NIARANJAN CUNHA DE QUEIROZ (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA- SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); ROSANA BARCELLOS VIEIRA DUQUE (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA- SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); MARCOS ANDRÉ DUQUE () Introdução: A variação glicêmica impacta na morbidade e mortalidade dos pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI). Objetivo: O objetivo desse estudo foi observar a incidência de hiperglicemia e hipoglicemia, isoladas e associadas ao uso de insulina intravenosa (IV) e corticoide, em pacientes internados na UTI de um hospital público do Distrito Federal. Método: Estudo realizado com 345 pacientes em terapia nutricional (TN) oral, enteral e/ou parenteral exclusivo ou não, de janeiro de 2012 a junho de 2013. Os dados foram coletados a partir da ficha de sinais vitais da enfermagem. Os pontos de corte utilizados foram: glicemia capilar menor que 80 mg/dl para hipoglicemia e glicemia capilar maior que 180 mg/dl para hiperglicemia. Resultados: A hiperglicemia foi constatada em 248 pacientes (71,48%) e a hipoglicemia em 194 pacientes (56,23%), ressaltando que 137 pacientes (39,71%) apresentaram algum episódio tanto de hiper quanto de hipoglicemia durante a internação. Associando o controle glicêmico com o uso de insulina IV, dos pacientes hiperglicêmicos apenas 24,6% usaram insulina IV, destes 74,19% apresentaram pelo menos um episódio de hipoglicemia, porém sem especificação se antes ou depois do início do uso da insulina IV. Em relação ao uso de corticoide, a amostra foi de 312 pacientes, dentre os quais, 50% (n=156) usaram esse tipo de fármaco, e destes 90,38% apresentaram hiperglicemia em algum momento da internação. Avaliando apenas os 197 pacientes em TN enteral e/ou parenteral exclusiva, a incidência de hiperglicemia passou para 78,68%, a de hipoglicemia para 54,82% e a de hiper e/ou hipoglicemia para 42,64%. Ainda nesta última amostra de 197 pacientes, 52,8% usou corticoide e 27,1% dos hiperglicêmicos usou insulina IV. Conclusão: No presente estudo observou-se inadequação do controle glicêmico, com alta incidência de hiper e hipoglicemia, tanto em pacientes com nutrição enteral e/ou parenteral exclusiva, quanto em pacientes que associaram a via oral. Como visto acima, uma pequena parcela da amostra recebeu insulina IV, o que denota que nesta UTI não é feito um controle glicêmico restrito e eficaz, a fim de evitar grande variação glicêmica e suas consequências, como aumento na morbi mortalidade. P-025 INDICADORES DE QUALIDADE DA TERAPIA NUTRICIONAL EM UM HOSPITAL PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL NIARANJAN CUNHA DE QUEIROZ (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); RONYLMA MAGNA SILVA LACERDA (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA - SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); ROSANA BARCELLOS VIEIRA DUQUE (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA - SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); MARCOS ANDRÉ DUQUE () Introdução: Sabe-se que os danos da desnutrição estão associados a maior morbimortalidade de pacientes graves, portanto, o suporte nutricional é fundamental para a evolução clínica satisfatória desses pacientes. Nesse contexto, indicação e controle adequados da terapia nutricional são necessários para minimizar esses danos. Objetivo: Avaliar em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital da rede pública de saúde do Distrito Federal, os seguintes indicadores de qualidade da terapia nutricional (TN): tempo de jejum para início da TN, número de dias para atingir o suporte pleno, e percentual da TN prescrita, efetivamente infundido. Método: Foram avaliados 197 pacientes em TN enteral e/ou parenteral exclusivas, de janeiro/2012 a junho/2013. Os dados foram coletados em formulário próprio, pelo nutricionista assistente durante o acompanhamento diário. Resultados: Com relação ao tempo de jejum para o início da TN: 61 pacientes (30,96%) iniciaram a TN no dia da admissão; 99 (50,25%) ficaram um dia em jejum; 18 (9,14%) dois dias; 11 (5,58%) três dias; e 8 (4,06%) mais de três dias. Esses dados demonstram que 178 pacientes (90,35%) dos tiveram a TN implementada em até 48h horas após a internação, como preconizado pela literatura. A média de tempo gasto para atingir o suporte pleno, foi de 3,81 dias, sendo que 31 (15,7%) pacientes não atingiram o suporte pleno, pois faleceram ou receberam alta. No tocante ao percentual de TN prescrita, efetivamente infundida: 38 pacientes (19,29%) receberam P-024 VELOCIDADE DA EVOLUÇÃO DE DIETAS ENTERAIS: QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS? RONYLMA MAGNA SILVA LACERDA (HOSPITAL REGIONAL DO GAMASECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); NIARANJAN CUNHA DE QUEIROZ (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA- SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); ROSANA BARCELLOS VIEIRA DUQUE (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA- SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); MARCOS ANDRÉ DUQUE () Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 36 Suplemento Nutrição Clínica/2013 100% do prescrito durante a internação; 95 (48,22%) de 99,9 a 90%; 39 (19,80%) de 89,9 a 80%; 21 (10,66%) de 79,9 a 50%; 3 (1,52%) de 49,9 a 25% ; e um paciente (0,51%) recebeu menos de 25%. Isto evidencia que 133 pacientes (67,51%) receberam 90% ou mais da TN e 64 pacientes (32,49%) menos de 90%. Conclusão: Os dados coletados demonstram que, apesar deste hospital não contar com equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN) atuante, os pacientes tiveram acesso à TN em tempo adequado e, em média, atingiram suporte pleno até o quarto dia de internação. Entretanto, houve um percentual elevado de inadequação do percentual de TN infundido, fato que pode estar relacionado à pior evolução clínica e denota que a TN, apesar de indicada e prescrita corretamente, não é implementada efetivamente. Ressalta-se que esta inadequação é influenciada por diversos fatores, como interrupções para procedimentos e exames, ou por complicações gastrointestinais como vômitos, por saída inadvertida da sonda em pacientes em TN enteral, dentre outros. mentar protocolos, treinamento da equipe, acompanhamento e supervisão da terapia nutricional. Assim seria possível garantir melhor tolerância ao suporte nutricional e, consequentemente, manutenção ou recuperação do estado nutricional dos pacientes. P-027 TRIAGEM NUTRICIONAL, DESFECHO CLÍNICO E CARGA DE TRABALHO PARA ENFERMAGEM CAROLINE SANTOS DA ROCHA (HOSPITAL UNIMED - RIO); FERNANDA GUIMARAES RESENDE (HOSPITAL UNIMED - RIO); HAROLDO FALCAO RAMOS DA CUNHA (HOSPITAL UNIMED-RIO); MONICA HISSA (HOSPITAL UNIMED-RIO); RENATO VIEIRA GOMES (HOSPITAL UNIMED RIO); PEDRO MIGUEL MATTOS NOGUEIRA (HOSPITAL UNIMED-RIO); LUIZ ANTONIO DE OLIVIERA CAMPOS (HOSPITAL UNIMED RIO) Introdução: Desnutrição hospitalar associa-se a maior morbi-mortalidade. Identificar o risco nutricional por triagem permite intervenção precoce e contribui para melhores desfechos. Tencionamos Descrever a prevalência de estratos de risco nutricional e avaliar sua relação com desfechos clínicos e medida de trabalho de enfermagem hospitalares. Método: Considerando um banco de dados (Oracle), jan-jul/2013, foram incluídos pacientes > 18a e tempo de internação hospitalar > 48h. A avaliação nutricional foi medida em até 48h de admissão pelo Nutrition Risk Screening 2002 (NRS-2002), considerando-se 3 estratos (0 pts. = baixo risco; 1 a 2 pts. = moderado risco; > 2 pts. = elevado risco) e a carga de trabalho de enfermagem foi medida pelo Nursing Activity Score (NAS). Ao todo 1019 pacientes foram incluídos e submetidos a estatística descritiva; médias entre grupos foram calculadas e comparadas por teste t não-pareado; variáveis categóricas foram comparadas por teste qui-quadrado. Resultados: 1019 registros foram estudados. Não houve diferença em relação a sexo e faixas etárias maiores ou menores que 65 anos. (47% vs. 53%, NS). A distribuição por NRS foi: baixo risco = 37%, moderado = 41%, e alto = 24%. A prevalência de risco moderado a alto na primeira avaliação (<48h) foi 65%. Variáveis de tempo de internação em UTI e hospitalar, ocorrência de internação em UTI e morte diferiram significativamente entre os grupos (p < 0.0039). Só foi observada diferença significativa no escore NAS entre o grupo de alto risco e os demais. Conclusão: A prevalência de risco nutricional foi elevada. Possivelmente a exclusão de pacientes com tempo curto internação pode ter contribuído com viés de seleção, aumentado a prevalência de pacientes com risco nutricional elevado. O risco nutricional na amostra considerada se relacionou com piores desfechos hospitalares. A carga de trabalho para enfermagem foi significativamente maior apenas no grupo com risco nutricional alto. P-026 INTERCORRÊNCIAS RELACIONADAS AO SUPORTE NUTRICIONAL NA AUSÊNCIA DE EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DE TERAPIA NUTRICIONAL ATUANTE NIARANJAN CUNHA DE QUEIROZ (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); ROSANA BARCELLOS VIEIRA DUQUE (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA - SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); RONYLMA MAGNA SILVA LACERDA (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA - SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL); MARCOS ANDRÉ DUQUE () Introdução: As intercorrências relacionadas ao suporte nutricional, aliadas à ausência de uma equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN) estabelecida na unidade hospitalar, exercem dificuldades quanto à indicação, à manutenção e à evolução do suporte nutricional de pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI). Complicações como presença de diarreia, de episódios eméticos e um controle glicêmico insatisfatório influenciam a tolerância e a evolução do suporte nutricional prescrito para estes pacientes; e devem ser corretamente interpretados para que não aconteça interrupção e/ou suspensão da terapia nutricional desnecessárias. A presença de profissionais especialistas em terapia nutricional na unidade tem papel fundamental na diminuição e controle dessas intercorrências, minimizando-as. Objetivo: Avaliar a ocorrência de diarreia/constipação; vômitos e de controle glicêmico insatisfatório em pacientes nutridos exclusivamente por suporte nutricional enteral e ou parenteral em um hospital da rede pública do Distrito Federal. Método: Foram avaliados 197 pacientes no período de janeiro/2012 a junho/2013. A diarreia foi definida como a presença de três ou mais evacuações volumosas e com fezes amolecidas por dia; constipação definiu-se como a ausência de evacuação por mais de três dias; hiperglicemia foi estabelecida como glicemia capilar maior que 180mg/dL e, por fim, a hipoglicemia como glicemia capilar menor que 80mg/dL. Os dados foram coletados diariamente através da análise dos registros de enfermagem, pelo nutricionista assistente. Resultados: A presença de diarreia foi constatada em 82 pacientes (41,62%); já a presença de constipação ocorreu em 123 pacientes (62,44%), confirmando o descrito na literatura. A ocorrência de vômito foi constatada em 51 pacientes (25,89%); destes 33 (64,7%) apresentaram resíduo gástrico maior que 200ml em algum momento da internação. Ressalta-se que não há protocolo de checagem de volume residual gástrico nesta UTI e, na presença de vômitos, o suporte nutricional é, por vezes interrompido sem critérios estabelecidos para o seu retorno. Com relação ao controle glicêmico, 155 pacientes (78,68%) apresentaram hiperglicemia, e 108 pacientes (54,82%) hipoglicemia, dados que ratificam o controle glicêmico deficitário nesta UTI. Conclusão: As intercorrências apresentadas acima são frequentes nestes por pacientes, por diversos fatores, como uso de antibioticoterapia, desnutrição e pelo próprio quadro clínico, entretanto, poderiam ser minimizadas através da atuação da EMTN que é fundamental para estabelecer e imple- P-028 IMPACTO DO IMC NO TEMPO DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR EM DIFERENTES ESTRATOS ETÁRIOS FERNANDA GUIMARAES RESENDE (HOSPITAL UNIMED - RIO); CAROLINE SANTOS DA ROCHA (HOSPITAL UNIMED - RIO); MONICA HISSA (HOSPITAL UNIMED-RIO); HAROLDO FALCAO RAMOS CUNHA (HOSPITAL UNIMEDRIO); RENATO VIEIRA GOMES (HOSPITAL UNIMED RIO); PEDRO MIGUEL MATTOS NOGUEIRA (HOSPITAL UNIMED-RIO); LUIZ ANTONIO DE ALMEIDA CAMPOS (HOSPITAL UNIMED RIO) Introdução: Idade e IMC são importantes determinantes do prognóstico em pacientes hospitalizados. Objetivo: O objetivo do estudo é avaliar associação entre IMC em adultos de diferentes faixas etárias e o tempo de internação. Método: Consulta à base dados em Oracle dos pacientes registrados de janeiro a julho de 2013. Total de 1019 registros pacientes foram incluídos e submetidos a estatística descritiva simples; médias entre os grupos foram calculadas e comparadas através de teste t não pareado, variáveis categóricas foram comparadas por teste Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 37 Suplemento Nutrição Clínica/2013 qui-quadrado. IMC foi obtido através de informações com o paciente ou familiares, estimado ou calculado à beira do leito. Foram incluídos todos os pacientes com mais de 18 anos e com tempo de internação hospitalar >2d. Não foi feita distinção entre população internada em UTI e pacientes internados em quarto. Foram elaboradas duas matrizes 3 x 3 (extratos de IMC vs. Idade; <20, 20-30 e >30 e 18 a 65a, 66 a 80a e >80a) para avaliação do tempo de internação e da mortalidade. Resultados: Pacientes idosos com IMC<20 apresentaram tempo médio de internação maior que idosos com IMC <20 (28.5 vs. 13.1 vs. 15.6; p=0.0034 e p=0.0361). Entre pacientes com IMC 20-30, observou-se diferença significativa no tempo de internação entre as faixas etárias até 65 anos, com 65-80 anos e com os mais de 80 anos (8.4, 13.1 e 17.2, p=0.0001, p=0.0001 e p=0.0427). Para níveis de IMC acima de 30, não se observou diferença significativa no tempo de internação entre os pacientes com idade de 65-80 anos e os com mais de 80 anos. (15.6 vs. 16.8, p=0.7854). Conclusão: Na amostra estudada não se observou diferença significativa no tempo de internação hospitalar entre as diversas estratificações de idade nos indivíduos idosos. A comparação entre os grupos pode ter sido influenciada pelo número reduzido de indivíduos em alguns grupos. ROSANA BARCELLOS VIEIRA DUQUE (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA); RONYLMA MAGNA SILVA LACERDA (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA); NIARANJAN CUNHA DE QUEIROZ (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA); MARCOS ANDRÉ DUQUE Introdução: A nutrição enteral (NE) em sistema aberto (SA) exige manipulação antes de ser administrada; já no sistema fechado (SF), não exige manipulação, é estéril, industrializada e acondicionada em recipiente hermeticamente fechado. A dieta em SF, após aberta, pode ser infundida em até 24 horas; já a dieta em SA em até 04 horas. O desperdício de NE em SA gera ônus financeiro e promove aporte nutricional inadequado, retardando a manutenção e/ou recuperação do estado nutricional. Suspensão de exames/cirurgias que necessitam de jejum; interrupções da dieta sem justificativa; lentidão no reposicionamento e na desobstrução de sondas nasoenterais, entre outros, são responsáveis pela interrupção da NE na unidade de terapia intensiva (UTI). Objetivo: Mensurar o desperdício de NE em SA na UTI. Método: O desperdício de NE foi medido por 236 dias úteis, de julho/2012 a junho/2013, em UTI com 20 leitos de hospital público do Distrito Federal, com média de internação de 30 pacientes/mês e média de 22 dias de internação. Os pacientes recebem, em média, 1500mL/dia de NE (aproximadamente R$120,00/NE ou R$0,08/mL, considerando a dieta menos onerosa do contrato). Os dados foram coletados dos registros de enfermagem, pelo nutricionista assistente, em formulário próprio. Resultados: O volume total de NE desperdiçado foi de 89.289mL, ou 378mL/dia, representando 25% da quantidade diária necessária para nutrir um paciente. Conclusão: os resultados evidenciam o caráter secundário imputado ao suporte nutricional, devido ao elevado volume de NE desperdiçado no SA. Além disso, o SA possui apenas 1/6 do prazo de infusão (04 horas) do SF (24 horas). Frequentemente, o reinício da NE ocorre nas primeiras horas seguintes à interrupção da dieta, minimizando o desprezo nos casos de dietas em SF, já que o produto ainda encontra-se na validade. O custo do desperdício foi de aproximadamente R$7.140,00 no período ou R$ 30,25/dia nesta UTI. P-029 FREQUÊNCIA DE DIARREIA ANTES DA IMPLANTAÇÃO DE UM PROTOCOLO ASSISTENCIAL EM UMA UNIDADE DE TERAPIA ­INTENSIVA MARINA AUGUSTA CIRINO RUOCCO (HOSPITAL ESTADUAL AMÉRICO BRASILIENSE); CAROLINA CÉLIA TITO GARCIA SELLI (HOSPITAL ESTADUAL AMÉRICO BRASILIENSE); EVELIN DROCIUNAS PACHECO CECHINATTI (HOSPITAL ESTADUAL AMÉRICO BRASILIENSE); MILENA REGINA SIMPLÍCIO (HOSPITAL ESTADUAL AMÉRICO BRASILIENSE) Introdução: Vários estudos demostram que sintomas gastrintestinais são frequentes na UTI e mais de 62% dos pacientes exibem pelo menos um sintoma gastrintestinal, por no mínimo, um dia. O objetivo deste trabalho foi avaliar a frequência de diarreia na UTI em um hospital de nível secundário antes da implantação do protocolo assistencial específico e treinamento da equipe. O local possui 10 leitos, com média de 30 internações/mês. Observou-se as anotações da enfermagem em impresso e prontuário eletrônico, no período de junho/2012 a junho/2013, seguindo o conceito de diarreia como 3 ou mais evacuações liquidas e/ou em grande quantidade - definida por +4/+4 por mais de 2 dias consecutivos. A frequência de diarreia foi calculada entre o total de pacientes internados na unidade e o total de pacientes em terapia nutricional, sendo observada uma média mensal de 4,88% e 5,82%, respectivamente. O menor valor foi de 2,65% e o maior de 10,23% entre os que estavam em terapia nutricional, a Força Tarefa de Nutrição Clínica ISLI Brasil, 2010 preconiza valor ideal menor ou igual a 10%. Os valores obtidos podem estar subestimados por anotações inadequadas e falta de treinamento da equipe, que pode usualmente classificar erroneamente diarreia. A alteração de dieta durante quadro diarreico foi efetuada em 20% dos casos, sendo realizadas modificações de tipo de dieta, concentração da formula enteral e acréscimo de fibras, já que a administração é feita de forma contínua. Observou-se o uso de terapia antimicrobiana em 57,5% dos pacientes internados e compactação fecal em 7,91% dos pacientes em terapia nutricional. Os valores obtidos estão dentro do preconizado, com causas e adequações também observadas na literatura. Porém a implantação de um protocolo relacionado ao controle da diarreia faz-se necessário pela presença constante de fatores causadores, acompanhado da capacitação da equipe multiprofissional sobre definição e condutas frente ao quadro intestinal alterado. P-031 O SUPORTE NUTRICIONAL É PREPONDERANTE EM PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA? ROSANA BARCELLOS VIEIRA DUQUE (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA); RONYLMA MAGNA SILVA LACERDA (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA); NIARANJAN CUNHA DE QUEIROZ (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA); MARCOS ANDRÉ DUQUE () Introdução: O suporte nutricional exerce grande importância na recuperação de pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI), visto que, muitas vezes, suas necessidades energéticas e proteicas encontram-se exacerbadas, devido às diversas comorbidades que lhes acometem ao longo da internação. Entretanto, em muitos casos, não há condições de suprir este aporte por via oral, havendo indicação plena de terapia nutricional (TN) enteral. O objetivo deste estudo, realizado na UTI de um hospital da rede pública do Distrito Federal, foi o de avaliar o quantitativo de pacientes em suporte nutricional, exclusivo ou não, e o percentual de dieta efetivamente infundida. Método: foram avaliados 345 pacientes no período de janeiro/2012 a junho/2013. Os dados foram coletados em formulário próprio pelo nutricionista assistente. Resultados: observou-se que 197 pacientes (57,10%) tiveram indicação de TN exclusiva; 116 pacientes (33,62%) receberam, concomitantemente à terapia nutricional, dieta oral durante a internação e, apenas 32 pacientes (9,28%) receberam dieta oral exclusiva. Com relação ao percentual de dieta efetivamente infundido, observou-se que 193 pacientes (61,66%) receberam entre 90-100% da terapia nutricional prescrita. Consequentemente, os outros 120 pacientes (38,34%) receberam menos de 90% do suporte nutricional prescrito. Conclusão: Os P-030 MENSURAÇÃO DO DESPERDÍCIO DE DIETAS ENTERAIS EM SISTEMA ABERTO DENTRO DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA. Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 38 Suplemento Nutrição Clínica/2013 dados acima ratificam a importância da atuação da equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN) nas UTI’s, visto que 313 pacientes (90,72%) utilizaram TN, exclusivo ou não, durante a sua internação. Tais pacientes necessitam de monitoração nutricional e de reavaliações periódicas, a fim de avaliar tolerância e a adequação à terapia nutricional empregada. Observou-se ainda que, apesar da indicação da TN ser precisa e a terapia implementada, um elevado percentual de pacientes recebeu menos de 90% da TN prescrita, demonstrando que o suporte nutricional ainda não é visto como prática prioritária no tratamento de pacientes críticos, à revelia do estabelecido na literatura. Introdução: A fibrose cística (FC) é uma doença genética autossômica recessiva com mutações no gene que codifica a proteína reguladora da condutância transmembrana – CFTR, responsável pelo transporte de cloro através das membranas celulares. Possui como característica fisiopatológica relevante a insuficiência pancreática exócrina, causando má digestão e má absorção de nutrientes, principalmente gorduras. A esteatorréia ocorre quando há lesão pancreática importante, com capacidade secretora inferior a 10%, sendo considerada a manifestação digestiva mais importante nos pacientes com fibrose cística. Esta manifestação digestiva encontra-se dentre os principais fatores que estão associados à perda de energia pelas fezes e possível desnutrição nos pacientes fibrocísticos, mesmo em uso da terapia enzimática. A intervenção nutricional tem resposta positiva na melhora do estado nutricional, principalmente quando associada a terapia enzimática de substituição. Objetivo: Avaliar a influência do relato de esteatorréia no estado nutricional antropométrico dos pacientes com fibrose cística em uso de terapia enzimática. Método: Trata-se de uma coorte histórica de base secundária com 25 pacientes com Fibrose Cística em uso de terapia enzimática, na faixa etária de 0 a 18 anos. Foram incluídos indivíduos com diagnóstico clínico confirmado de Fibrose Cística com teste do suor positivo e clínica compatível. Os indicadores antropométricos avaliados foram P/I, E/I, P/E e IMC/I. Aplicou-se o inquérito alimentar de 24 h. Na anamnese investigou-se o ritmo intestinal referido pelo cuidador ou pelo paciente. Foram coletados dados de 3 avaliações: M1: primeiro momento pós-intervenção nutricional, no M2, após 6 meses, e no M3, após 12 meses. Resultados: As idades dos pacientes variaram de 1 a 18 anos, apresentando idade mediana de 5,2 anos (IQ=6,3) no M1. Detectou-se no grupo com déficit de peso uma prevalência no M1 de 20% de esteatorréia e de 10% nos demais. Nas três avaliações, todos os pacientes com quadro de esteatorréia apresentaram médias de consumo energético próximas ao recomendado. O consumo médio de gordura ficou abaixo do preconizado nos três momentos. Quanto ao estado nutricional, observou-se que durante o seguimento do estudo todos os participantes apresentaram melhora dos indicadores antropométricos, independe da presença de esteatorreia. Conclusão: O relato de esteatorréia de forma isolada não mostrou influência no estado nutricional antropométrico dos pacientes com diagnóstico de fibrose cística, demonstrando que uma boa adesão a dieta garante um estado nutricional adequado. P-032 INGESTÃO DIETÉTICA E ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES COM FIBROSE CÍSTICA EM USO DE TERAPIA ENZIMÁTICA. RAFAELA CAJAÍBA S. CRUZ (UFBA); ANA PAULA DE BRITO AGUIAR (UFBA); CAROLINA DE GODOY ALMEIDA (UFBA); EDNA LÚCIA S. DE SOUZA (UFBA); SANDRA SANTOS VALOIS (UFBA) Introdução: A fibrose cística (FC) é uma doença genética autossômica recessiva com mutações no gene que codifica a proteína reguladora da condutância transmembrana – CFTR - responsável pelo transporte de cloro através das membranas celulares. As necessidades energéticas dos pacientes com FC são muito diferentes e tem sido preconizado como de 120 a 150% das exigidas para indivíduos saudáveis do mesmo sexo e idade, segundo as DRIs (Dietary Reference Intakes). A perda de peso e o crescimento deficiente na FC têm sido pensados como parte integrante no processo da doença. Entretanto, o suporte nutricional agressivo tem uma correlação positiva com a melhora no estado nutricional e sobrevida dos pacientes fibrocísticos, através do uso de enzimas pancreáticas, terapia de substituição, aconselhamento dietético, alimentos com alta densidade calórica e suplementos nutricionais. Objetivo: Relacionar a ingestão dietética com o estado nutricional de pacientes com fibrose cística, em uso de terapia enzimática. Método: Estudo de coorte histórica, envolvendo 25 crianças e adolescentes com fibrose cística e insuficiência pancreática. Foram realizadas três avaliações: no momento 1 (M1: 1°avaliação pós-intervenção nutricional), no M2, após 6 meses, e no M3, após 12 meses. Foram analisados nos três momentos: o escore Z dos indicadores peso/idade (P/I), peso/ estatura (P/E), estatura/idade (E/I) e índice de massa corpórea para a idade (IMC/I), bem como o cálculo do recordatório alimentar de 24 horas, quantificando o consumo total de energia e macronutrientes dos participantes. Resultados: Nas crianças menores de 5 anos observou-se aumento significante do escore Z do indicador IMC/I entre o M1 e o M2(M1=-0,23; M2=-0,96; M3=-1,01) após intervenção nutricional, sem melhora significativa nos escores Z de P/E e E/I. Notou-se piora do indicador antropométrico P/I entre o M1 e M3. Nos maiores de 5 anos, ocorreu uma melhora nos indicadores A/I e IMC/I entre os momentos 1 e 3, porém essa melhora não foi significante. Verificou-se aumento na média de consumo energético no M2 (134,75 Kcal/Kg) em relação ao M1(122,20 Kcal/Kg). Houve considerável aumento no consumo de proteína e lipídeos. Observou-se uma ingestão calórica e protéica superior nos indivíduos desnutridos quando comparado aos pacientes eutróficos nos três momentos da coorte. Conclusão: A oferta calórica entre 120 a 150% da RDA pode ser suficiente para pacientes eutróficos com FC, todavia, insuficiente para aqueles com algum comprometimento do estado nutricional. P-034 COMO OCORRE A INTRODUÇÃO DA ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR EM ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL? ALICE MAGAGNIN NEVES (PORTO ALEGRE/RIO GRANDE DO SUL); DARLISE RODRIGUES DOS PASSOS (PORTO ALEGRE/RIO GRANDE DO SUL) Introdução: O número de pais que procuram escolas de educação infantil (EEI) tem crescido. Assim, torna-se importante a discussão sobre a maneira como as EEI iniciam a alimentação complementar (AC). Objetivo: Visualizar como a AC é ofertada para crianças que freqüentam EEI, utilizando como referência as recomendações do guia alimentar para menores de 2 anos (GAM). Método: Trata-se de um estudo exploratório, de cunho qualitativo. Tendo como amostra EEIs com classes de crianças de até 2 anos de idade, pertencentes ao território de uma Unidade Básica de Saúde de Porto Alegre-RS. Do total de 17 escolas, 3 não estavam mais em funcionamento, 6 não aceitaram participar, em 3 não houve coleta dos dados por incompatibilidade de horário, restando-nos um total de 5 escolas. Dessas, 4 eram particulares situadas em bairros de classe média alta, e apenas uma comunitária. Para a coleta utilizou-se um questionário semi-estruturado, com questões norteadoras baseadas no GAM. O entrevistado foi o nutricionista responsável pela alimentação das crianças na escola, o qual também concedeu uma cópia do cardápio mensal. As entrevistas foram gravadas em áudio com posterior degravação, transcrição das falas e categorização das respostas, para posterior leitura e análise. Todos os entrevistados assinaram o termo de consentimento livre P-033 A INFLUÊNCIA DA ESTEATORRÉIA NO ESTADO NUTRICIONAL ANTROPOMÉTRICO DE PACIENTES COM FIBROSE CÍSTICA EM USO DE TERAPIA ENZIMÁTICA MARIA GRAZIELE FERNANDES DOS SANTOS (UFBA); ANA PAULA DE BRITO AGUIAR (UFBA); RAFAELA CAJAÍBA S. CRUZ (UFBA); SANDRA SANTOS VALOIS (UFBA) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 39 Suplemento Nutrição Clínica/2013 esclarecido. Resultados: Introdução do grão de feijão e carne em torno de 7-8 meses; 1 oferece alimentos em consistência líquida; 3 misturam os alimentos; todas oferecem os líquidos em mamadeira; introdução dos alimentos depende de liberação do pediatra da criança, não havendo qualquer tipo de contato por parte do nutricionista da escola com médico; todos os profissionais afirmaram ter conhecimento do GAM. Conclusão: Verificou-se que a alimentação das crianças menores de 2 anos nas EEIs avaliadas, não seguem as orientações do GAM. Ademais, os nutricionistas das EEI avaliadas seguem as recomendações do pediatra mesmo quando a mesma é prejudicial a criança. ALESSANDRA STEFANI (HOSPITAL UNIVERSITARIO DE CURITIBA); PATRICIA STRAPAÇÃO (HOSPITAL UNIVERSITARIO DE CURITIBA); ELISE OBAYASHI (HOSPITAL UNIVERSITARIO DE CURITIBA); ODERY RAMOS (HOSPITAL UNIVERSITARIO DE CURITIBA) Introdução: No decorrer dos tempos, ocorreram mudanças no padrão alimentar e, consequentemente, o acarretamento de doenças crônicodegenerativas, tais como obesidade, dislipidemias, Diabetes Mellitus, entre outras. Suas maiores causas são os maus hábitos alimentares, em geral adquiridos na infância, e o sedentarismo.Objetivo: Identificar as faixas etárias e sexo dos atendidos, avaliar o estado nutricional através do peso, altura e IMC e avaliar a coexistência de patologias associadas Método: O estudo foi desenvolvido no ambulatório de nutrição de um Hospital de Curitiba, cuja coleta de dados nos prontuários ocorreu no período de 09/2012 a 05/2013. Os dados antropométricos colhidos dos prontuários foram idade, peso, altura e patologias associadas. Para análise dos dados, foi calculado o IMC, (peso (kg) dividido pelo quadrado da altura (m), independente do sexo e idade). Resultados: Foram levantados 150 prontuários. Na classificação por sexo, 77% correspondem a pacientes do sexo feminino. Na classificação de acordo com a idade foi constatado que do total de 115 mulheres, 54 (47%) correspondem a faixa etária de 40 a 60 anos de idade e do total de 35 homens, 17 (48%). Segundo a classificação quanto ao IMC observou-se uma grande prevalência de pacientes com obesidade, totalizando 61% da amostra. Foi avaliada a existência de patologias associadas, verificando-se que, 84 (37%) apresentavam hipertensão, 56 (25%) eram diabéticos, 32 (14%) tinham problemas com colesterol e 54 (24%) portavam outro tipo de patologia. Conclusão: A reeducação alimentar é o principal motivo do encaminhamento ao ambulatório de nutrição, fortalecendo assim, a importância da equipe multidisciplinar no tratamento e na avaliação nutricional. A orientação à população na escolha de alimentos mais saudáveis e suas preparações, contribui para que ocorra uma mudança de vida significativa, diminuindo assim, as patologias associadas à alimentação. P-035 AVALIAÇÃO CLÍNICA DE UMA MEDIDA PARA INTRODUÇÃO DE SONDA NASO-GÁSTRICA EM ADULTOS: ESTUDO PILOTO SANDRA CRISTINA VEIGA OLIVEIRA SANTOS (FENF-UNICAMP); NELSON ADAMI ANDREOLLO (FCM-UNICAMP); NELSON MÁRCIO GOMES CASERTA (FCM-UNICAMP); MARIA ISABEL PEDREIRA DE FREITAS (FENF - UNICAMP) Introdução: A despeito da visão simplista de que a inserção da sonda para alimentação é uma técnica padronizada e não complexa, a literatura demonstra tratar-se de um procedimento sujeito a graves complicações, podendo incorrer em óbito. As complicações mecânicas estão entre as mais freqüentes especialmente durante o procedimento de sua inserção. Objetivo: Avaliar clinicamente a possibilidade de se usar uma medida de inserção de sonda naso-gástrica para alimentação de adultos, estabelecida estatisticamente em estudo anterior, usando-se medidas obtidas em pontos de referencia. Método: População de referência: pacientes internados em Unidades de Emergência Clínica e Cirurgia do Trauma de um hospital universitário, com prescrição de sonda naso-gástrica para alimentação em estômago. A sonda foi inserida por uma das autoras, seguindo um protocolo pré-determinado, contendo as medidas a serem seguidas. Após a inserção e comprovação da localização as cegas, por dois profissionais, o paciente era encaminhado ao exame radiológico, no tempo máximo de 6 horas. Resultados: 17 pacientes adultos, com diagnóstico de traumatismo torácico-abdominal (41%) seguido de alterações do sistema neurológico (25%) dentre outros. 76% dos pacientes estavam sob ventilação mecânica, 12% com traqueostomia e 12% respiravam espontaneamente. 82,3% dos pacientes estavam sob sedação (Escala de Hamsay = 5). Foi utilizada como medida externa, a medida estabelecida anteriormente com nível de correlação (r =,85), correspondente à distância obtida do lóbulo da orelha à base do apêndice xifóide e desta, ao ponto médio da cicatriz umbilical. As sondas utilizadas foram de poliuretano, 08 french (71%) e 12 french (29%). O exame radiológico foi usado como padrão-ouro para estabelecer a locação da ponta distal da sonda. O êxito da colocação foi demonstrado em 94% dos casos, porém o exame radiológico não pode ser considerado padrão ouro em pacientes com patologias respiratórias e com área cardíaca aumentada. As complicações estiveram presentes em quatro (23,5%) pacientes e um deles apresentou três complicações concomitantemente. Outro apresentou dificuldade para progressão da sonda, com ocorrência de epistaxe. Três apresentaram dificuldade para se posicionarem corretamente para se obter das medidas por problemas de comorbidade (alteração mental) ou anatômica devido á idade. Conclusão: A alimentação por sonda não é um procedimento simples, não está isento de complicações. O exame radiológico auxilia na identificação da locação da sonda, porém não pode ser considerado padrão ouro. É necessário utilizar dados de evidência científica para se alimentar o paciente com o menor risco de iatrogenia possível. P-038 PERFIL DE PACIENTES QUEIMADOS EM USO DE TERAPIA NUTRICIONAL EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA YASMIM SENA SILVA DE CARVALHO (GHC); CRISTIANE WENTZEL DA SILVA (GHC); LISIANE LIMA BOENO (GHC); LEANDRA SCOLA (GHC) Introdução: O paciente queimado necessita de alto aporte proteico-calórico para fornecer substratos à cicatrização epitelial. No grande queimado, mais que 20% de superfície corporal queimada (SCQ), há indicação do uso de Nutrição Enteral (NE) de maneira complementar à nutrição Via Oral (VO) devido à alta demanda nutricional desses pacientes. Objetivo: Conhecer características dos pacientes queimados em uso de Terapia Nutricional (TN). Método: Todos os pacientes queimados que fizeram uso de TN no período de agosto de 2010 a maio de 2013 foram acompanhados pela equipe multiprofissional de TN. Foram registrados idade, gênero, percentual de SCQ, diagnóstico nutricional subjetivo, duração de TN, unidade hospitalar de avaliação e desfecho: alta com VO, alta com TN, óbito ou transferência. Os dados foram analisados com medidas de frequência no software Excel. Resultados: Foram realizadas 121 avaliações. A idade média foi de 39,5 ± 19,9 anos; 64,5% do sexo masculino; 40,5% iniciaram TN por menos de 20% de SCQ, 43% de 20 a 40% e 16,5% com mais de 40%.Quanto ao diagnóstico nutricional, 52% eram eutróficos, 18% com algum grau de desnutrição e 15% com excesso de peso e obesidade, cada. A duração de uso de NE foi de 1 a 156 dias, com mediana de 16 dias, sendo que 51% iniciaram NE complementando VO e 19% iniciaram VO após a NE. Nutrição parenteral foi utilizada em 2,5% dos casos. A maioria foi avaliada na enfermaria - 54%. Sobre o desfecho, 67% tiveram alta com VO, 7% alta com TN, 23% de óbitos e 3% de transferências. P-037 PERFIL NUTRICIONAL DOS PACIENTES ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE CURITIBA Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 40 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Conclusões: A maioria dos pacientes queimados que receberam TN era jovem, do sexo masculino, eutrófico, com grande SCQ e com alta hospitalar sem TN. O tempo de uso de NE foi variado, possivelmente associado com sua indicação. A maioria iniciou NE de maneira complementar à VO e teve alta sem TN. (NCEP-ATPIII) e da International Diabetes Federation (IDF) e observar a concordância entre essas duas definições. Método: Trata-se de um estudo transversal com indivíduos atendidos no Ambulatório de Hipertensão de um hospital de referência em cardiologia do Rio Grande do Sul entre o período de 2006 a 2012. Foram incluídos os 148 pacientes com dados de primeira consulta que permitiam verificar a prevalência de SM segundo os critérios do NCEP-ATP III e da IDF. Resultados: A prevalência de SM encontrada foi de 74,8% e 61,6%, segundo os critérios da IDF e NCEP-ATPIII, respectivamente. A concordância (kappa) entre os métodos foi de 0,673 (0,721 entre mulheres e 0,545 entre homens); nenhum deles mostrou diferença significativa em relação ao sexo (p=0,537 para IDF e 0,063 para NCEP-ATPIII). Os critérios do IDF indicaram que a presença de SM aumentou conforme a faixa etária, já o NCEP-ATPIII mostrou maior prevalência entre 40 e 59 anos; no entanto, os métodos não apresentaram associação estatística em relação à idade. A faixa etária que apresentou melhor concordância entre as definições foi a de 40 a 59 anos (kappa=0,786). Todos os pacientes diagnosticados pelo NCEP-ATPIII como portadores de SM também foram pelo IDF. Conclusões: Houve boa concordância entre os métodos, entretanto, os critérios adotados pela IDF identificaram mais pacientes com SM. P-039 TEMPO DE JEJUM INICIAL EM PACIENTES QUE INICIARAM TERAPIA NUTRICIONAL EM UM HOSPITAL DE TRAUMA E NEUROCIRURGIA DE PORTO ALEGRE, RIO GRANDE DO SUL CLÁUDIA MESQUITA DE CARVALHO (GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO); CRISTIANE WENTZEL DA SILVA (GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO); LEANDRA SCOLA (GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO) Introdução: O jejum compreende o tempo em que o organismo fica privado de ingestão alimentar. A Terapia Nutricional (TN) precoce, iniciada nas primeiras 24 a 48 horas após internação e utilizando principalmente a via enteral, é uma estratégia que pode reduzir complicações, tempo de hospitalização e atuar favoravelmente na evolução clínica do paciente1. Na TN parenteral um estudo envolvendo 4640 indivíduos mostrou que o início tardio foi associado a uma recuperação mais rápida e menos complicações2. Objetivo: Avaliar o tempo de jejum inicial em pacientes que iniciaram terapia nutricional em um hospital de trauma e neurocirurgia de Porto Alegre, RS. Método: Estudo transversal descritivo, realizado entre janeiro e fevereiro de 2013. Os dados foram coletados do banco de dados da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN). Foram incluídos no estudo todos pacientes que iniciaram terapia nutricional enteral ou parenteral. O tempo de jejum inicial foi contabilizado a partir da internação hospitalar do paciente até a prescrição médica de terapia nutricional. Todos pacientes foram avaliados pela EMTN. As variáveis coletadas foram: sexo, idade, causa da internação, diagnóstico nutricional subjetivo, dias de jejum inicial, unidade onde iniciou a terapia nutricional e via de alimentação utilizada. Os dados foram analisados através de estatística descritiva com auxílio do programa Excel 2000. Resultados: Foram incluídos 99 indivíduos, 68 homens, com idade média de 49 anos, sendo a mínima 15 e a máxima de 94 anos. Em relação ao estado nutricional, 27,3 % apresentaram algum grau de desnutrição. O tempo médio de jejum inicial após internação hospitalar foi de um (±1,6) dia e 89 pacientes iniciaram a dieta em até 2 dias da internação. Do total de pacientes acompanhados, 94 iniciaram dieta por via enteral. Dentre os pacientes com nutrição enteral, o início ocorreu após 1 (±1) dia de jejum. Aqueles que necessitaram de nutrição parenteral iniciaram em média no sexto dia, com tempo de jejum mínimo de três e no máximo oito dias. Dos pacientes avaliados, 75 (75,8%) iniciaram a terapia nutricional na Unidade de Terapia Intensiva. Conclusão: A maioria dos pacientes apresentou início da terapia nutricional precoce, dentro das 24 a 48 horas da internação, permanecendo de acordo o recomendado na literatura. P-041 DIARREIA E ANTIBIOTICOTERAPIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA CAROLINA REBELO GAMA (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA - SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DF); ROSANA BARCELLOS VIEIRA DUQUE (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA - SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DF); NIARANJAN CUNHA DE QUEIROZ (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA - SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DF); RONYLMA MAGNA SILVA LACERDA (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA - SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DF); MARCOS ANDRÉ DUQUE () Introdução: Estudos já comprovaram a relação estabelecida entre uso de antibióticos e diarreia em pacientes hospitalizados em unidades de terapia intensiva (UTI), podendo tal quadro dificultar a manutenção e/ ou recuperação do estado nutricional, além de espoliar pacientes que, muitas vezes, já encontram-se desnutridos. Objetivo: Avaliar a relação entre função gastrointestinal e o uso de antibiótico em pacientes críticos em uma UTI de um hospital público do Distrito Federal. Método: Foram avaliados 345 pacientes internados de janeiro/2012 a junho/2013, que receberam terapia nutricional (TN) enteral e/ou parenteral exclusiva ou associada à via oral. A diarreia foi definida como a presença de três ou mais evacuações volumosas e com fezes amolecidas por dia; constipação definiu-se como a ausência de evacuação por mais de três dias. Os dados foram coletados em formulário próprio, pelo nutricionista assistente, por meio dos registros de enfermagem e da prescrição médica. Resultados: Do total da amostra, 145 pacientes (42,03%) apresentaram diarreia, 209 (60,58%) apresentaram constipação e 83 (24,06%) apresentaram os dois sintomas em algum momento da internação. Com relação ao uso de antibiótico, 273 pacientes (79,13%) submeteram-se à antibioticoterapia, dentre os quais 120 (43,96%) apresentaram diarreia e 174 (63,74%) apresentaram constipação. Ao selecionar os pacientes em TN exclusiva, o universo passou a ser de 197 pacientes, em que 82 (41,62%) apresentaram diarreia; 123 (62,44%), constipação; e 51 (25,89%) apresentaram os dois sintomas em algum momento da internação. Ainda nessa amostra, 170 (86,29%) fizeram uso de antibióticos, entre os quais 72 (42,35%) apresentaram diarreia e 110 (64,71%) constipação. Conclusão: Os resultados encontrados revelaram que a frequência de diarreia e constipação foi similar entre os pacientes que receberam antibiótico ou não. Esses dados surpreenderam, pois confrontam o descrito na literatura, já que há uma associação previamente estabelecida entre antibioticoterapia e diarreia. Além disso, mostra a constipação intestinal como mais um obstáculo a ser vencido nos pacientes internados em UTI, devido às suas repercussões abdominais, como distensão abdominal, fecaloma e consequente menor P-040 SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES HIPERTENSOS: COMPARAÇÃO ENTRE DOIS MÉTODOS DIAGNÓSTICOS MIRENA BOKLIS (IC-FUC); DENISE DILLENBURG OSÓRIO (IC-FUC); ALINE DALMAZO (IC-FUC); SÍLVIA GOLDMEIER (IC-FUC); PATRÍCIA PEREIRA RUSCHEL (IC-FUC); MARIA CLAUDIA IRIGOYEN (IC-FUC) Introdução: Estudos têm verificado que a síndrome metabólica (SM), caracterizada pela presença de distúrbios metabólicos e hemodinâmicos associados, apresenta alta prevalência em pacientes hipertensos. No entanto, esta pode variar dependendo dos critérios diagnósticos adotados. Considerando que a síndrome está associada ao aumento da morbi-mortalidade cardiovascular, é importante identificar de forma adequada a população de risco. Objetivo: Verificar a prevalência de SM em pacientes hipertensos de acordo com a definição do National Cholesterol Education Program Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 41 Suplemento Nutrição Clínica/2013 tolerância à TN. Este achado corrobora a importância de se ter uma equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN) estabelecida e atuante, a fim de minimizar tais complicações advindas de um suporte nutricional mal empregado e assistido. renda familiar, estado nutricional, época de introdução da alimentação complementar, motivo da introdução, entre outras. Resultados: A média de idade dos responsáveis entrevistados foi 24 anos (±5,6) com idade mínima de 13 e máxima de 38 anos. A maioria apresentou união estável (55,56% casadas). Em relação ao grau de instrução (40,74%) concluíram o 2º grau e (25,93)% possuíam o nível superior. 70,37% dos entrevistados possuía renda entre 1 a 3 salários mínimos. A prevalência de amamentação exclusiva até o sexto mês foi 96,30%. Motivos citados para o desmame precoce: necessidade de trabalhar (29,66%), leite fraco (7,41%), rejeição do bebe (7,41%), recomendação médica (3,70%), falta de apoio familiar (3,70%), conselho da mãe, avós ou outros familiares (3,70%), pouco leite (22,21%), leite secou (22,21%). Os tipos de alimentos introduzidos foram leite (51,85%), mingau (25,93%), suco, fruta e leite (18,52%) e todos os alimentos (água, chás, leite, mingau, frutas, sucos, papa salgada) 3,70%. Na avaliação nutricional das crianças predominou peso adequado/idade (66,67%). O surgimento de doenças se deu em 44,44% das crianças, sendo as de maior prevalência infecção com (41,67%), diarreia (33,33%), refluxo (16,67%) e anemia (8,33%). Conclusão: Pelos resultados obtidos neste estudo, constatou-se que existe efeito protetor do aleitamento materno sobre o sobrepeso e obesidade no estado nutricional das crianças, já que quase 70 % estavam com peso adequado para idade. Observou-se também que as que foram desmamadas já no primeiro mês, tiveram alguns problemas como infecção, diarreia e anemia devido ao provável consumo de alimentos nutricionalmente inadequados e a ausência dos fatores de proteção do leite humano. P-042 ANÁLISE QUALITATIVA DA COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DE FÓRMULAS ENTERAIS PARA DIABETES CAROLINA REBELO GAMA (HOSPITAL REGIONAL DO GAMA - SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DF); GILBERTI HELENA HÜBSCHER (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - RS) Introdução: O Diabetes Mellitus é uma doença crônica não transmissível de proporções epidêmicas em muitos países. No Brasil, trata-se de um problema de Saúde Pública, visto que o mal controle da doença é uma das principais causas de internação hospitalar. Parte desses pacientes não são capazes de se alimentar por via oral e dependem da via enteral para nutrição. Objetivos: Avaliar qualitativamente a composição nutricional de quatro fórmulas enterais específicas para diabéticos. Método: Trata-se de um estudo de análise qualitativa descritiva. Foram analisadas quatro fórmulas enterais em relação ao tipo de proteína, fonte de carboidrato, presença de fibras e prebióticos, qualidade do lipídeo, presença de cromo, vitamina D e nutrientes antioxidantes. Resultados: observou-se que nenhuma fórmula possui a proteína do soro do leite em sua composição, a qual, por possuir uma maior concentração de aminoácidos de cadeia ramificada, pode causar um efeito deletério pela exaustão das células beta-pancreáticas. Apenas as fórmulas 1 e 2 possuem proteína da soja, que possui efeitos protetores. Constatou-se, ainda, uma tendência à redução do percentual de carboidratos e aumento de lipídeos em relação ao VET da dieta, com destaque ao aumento da gordura monoinsaturada. Essas características da dieta são úteis em melhorar o controle glicêmico dos pacientes. Apenas a fórmula 4 possui distribuição de macronutrientes semelhante às fórmulas padrão. Todas as dietas também são acrescidas de fibras, com destaque à fibra solúvel, a qual aumenta os níveis de adiponectina e peptídeo 1 semelhante ao glucagon (GLP-1), conferindo efeitos benéficos ao controle glicêmico. Em relação aos micronutrientes e antioxidantes, todas as fórmulas são acrescidas desses nutrientes em quantidades superiores às recomendações de ingestão de indivíduos 31 a 50 anos do sexo masculino. Conclusão: As quatro fórmulas enterais apresentam características úteis ao controle glicêmico de pacientes diabéticos, porém são necessários estudos clínicos que comparem as quatro fórmulas enterais, a fim de determinar qual delas resulta em melhores resultados. P-044 COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DE BISCOITOS ENRIQUECIDOS COM FARINHAS DE AVEIA E DE PINHÃO JOÃO VICTOR BATISTA CABRAL (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); DYEGO DA COSTA SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE); EMANUEL NETO ALVES DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE); FÁBIO HENRIQUE PORTELLA CORRÊA DE OLIVEIRA (FACULDADE DE SAÚDE DE PAULISTA); NEIDE KAZUE SAKUGAWA SHINOHARA (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO) Introdução: A indústria de biscoitos está buscando melhorar o valor nutritivo e a funcionalidade de seus produtos, com a finalidade de satisfazer as exigências de cada vez mais consumidores conscientes com a saúde. Uma alternativa para agregar valor nutricional a biscoitos é através da adição de farinhas de cereais e grãos, a exemplo da aveia (Avena sativa L.) e do pinhão do Brasil (Araucaria angustifolia). Nesse contexto, objetivou-se elaborar e determinar a composição nutricional de biscoitos utilizando-se farinhas de aveia (FA) e farinha pinhão (FP) como substitutos parciais à farinha de trigo. Foram elaboradas 04 formulações de biscoitos com substituição da farinha de trigo: T1 (0% de FP e 0% de FA), T2 (20% de FP e 0% de FA), T3 (0% de FP e 20% de FA) e T4 ( 20% de FP e 20% de FA). Em todas as formulações foram adicionados açúcar cristal, ovos, margarina e coco ralado. Os ingredientes foram pesados e misturados até obtenção de massa homogênea, que foi fracionada em porções de 15 g. Estas foram moldadas manualmente em formato oval, adicionadas em bandejas de aço inoxidável e colocadas em forno à temperatura de 200 °C até completo forneamento (20 a 30 min). Após cocção, os biscoitos foram resfriados à temperatura ambiente, acondicionados em sacos plásticos de polietileno e submetidos às análises da composição nutricional (umidade, cinzas, proteínas, lipídeos, carboidratos e valor energético). Observou-se que o teor de umidade variou entre 2,53 a 3,48%, sendo que não foi verificada diferença estatística significativa entre os tratamentos T1 (3,48%) e T2 (3,06%) e entre os tratamentos T3 (2,54%) e T4 (2,53%). Todos os biscoitos apresentaram menos de 3% de cinzas, que é o máximo permitido pela legislação, e consideráveis valores de proteínas com variação entre as amostras de 5,90 (T1) a 7,15% (T3). O menor e maior valor de lipídeos foi encontrado nos tratamentos T2 P-043 RELAÇÃO ENTRE O ESTADO NUTRICIONAL COM A INTRODUÇÃO PRECOCE DA ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR EM CRIANÇAS ATENDIDAS EM UMA MATERNIDADE DE PARNAÍBA-PI. JOCLEANE ALMEIDA DE LIMA (PREFEITURA TIANGUA); ANA KARINE ALVES DE MOURA (PREFEITURA VIÇOSA-CE) Introdução: A introdução de alimentos na dieta da criança após os seis meses de idade deve complementar as numerosas qualidades e funções do leite materno, que deve ser mantido preferencialmente até os dois anos de vida ou mais. Esse processo complexo é baseado em fatores biológicos, culturais, sociais e econômicos, sendo um momento vulnerável para a ocorrência de deficiências nutricionais, infecções, atraso no desenvolvimento e formação de hábitos alimentares inadequados. Objetivo: Relacionar o Estado Nutricional com a introdução precoce da alimentação complementar em crianças de atendidas em uma maternidade de Parnaíba-Piaui. Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, qualiquantitativo com mães de crianças atendidas em um serviço de puericultura. Os dados foram coletados no período de 24 de setembro a 23 de outubro de 2012, por no por meio de um questionário contendo perguntas como escolaridade, Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 42 Suplemento Nutrição Clínica/2013 (18,15%) e T3 (23,33%), respectivamente. Esses tratamentos também revelaram os maiores (70,71%) e menores (65,40%) valores de carboidratos, respectivamente. Os biscoitos apresentaram elevado valor energético, com uma variação de 471,41 (T2) a 500,12 kcal/100g (T3). Conclui-se que a adição das farinhas de pinhão e de aveia em substituição parcial à farinha de trigo na elaboração de biscoitos mostrou-se viável, pois os biscoitos apresentaram considerável valor nutritivo e baixo custo. Introdução: O tratamento de escolha para o megaesôfago avançado é a esofagectomia transhiatal, sendo as fístulas cervicais uma das complicações mais frequentes. Objetivo: Discutir o manejo nutricional realizado em um caso de megaesôfago chagásico após realização de esôfagogastroplastia a Thal - Hatafuko. Método: Pesquisa de caráter descritiva transversal, com abordagem qualitativa e de finalidade comparativa. Os dados da evolução da doença, do tratamento clínico, procedimentos realizados e a conduta nutricional, foram colhidos em prontuário eletrônico no mês de julho de 2013. Os mesmos foram comparados com base na revisão bibliográfica e o tratamento nutricional adotado. Resultados: Paciente do sexo masculino, 66 anos. Diagnóstico de megaesôfago chagásico grau IV. A cirurgia foi realizada em 02/2010 e em seguida o paciente foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), permanecendo em jejum por 4 dias. Ainda na UTI iniciou nutrição enteral (NE). Na enfermaria, no 6º dia de pós-operatório (PO) evoluiu com fístula esofagopleural, sendo então retomado o jejum. No 7º PO foi solicitado início da nutrição parenteral (NP) e no 15º PO observou-se que não houve mais débito pela fístula, sendo então solicitado o início da NE (17º PO). A dieta via oral (VO) líquida restrita associada a NE foi liberada no dia 20º dia de PO. No 3º dia de alimentação VO a dieta foi evoluída para pastosa e no dia seguinte a NE foi suspensa. Após 24 dias de internação o paciente recebeu alta com orientações nutricionais VO exclusivamente. Conclusão: O megaesôfago é uma doença que afeta diretamente o estado nutricional. Dessa forma evidencia-se a importância de apresentar e discutir casos em que o manejo nutricional são fundamentais para o sucesso do tratamento. P-045 COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DE POLPAS DE FRUTAS TROPICAIS JOÃO VICTOR BATISTA CABRAL (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); DYEGO DA COSTA SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE); EMANUEL NETO ALVES DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE); FÁBIO HENRIQUE PORTELLA CORRÊA DE OLIVEIRA (FACULDADE DE SAÚDE DE PAULISTA); NEIDE KAZUE SAKUGAWA SHINOHARA (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO) Introdução: O consumo de frutas tropicais vem crescendo a cada ano em virtude da conscientização da população em ter um estilo de vida mais saudável. Dentre as frutas de interesse destacam-se o caju (Anacardium occidentale L.), a pinha (Anona squamosa L.), o umbu-cajá (Spondias spp.), a manga (Mangifera indica L.) e a graviola (Annona muricata L.) devido às boas características para o consumo in natura, industrialização e processamento. Nesse contexto, objetivou-se determinar a composição nutricional de diferentes frutas tropicais consumidas na região Nordeste. Frutos maduros de caju, pinha, umbu-cajá, manga e graviola foram adquiridos diretamente de pequenos produtores na cidade de Campina Grande (PB – Brasil) conduzidos, ao laboratório, onde foram despolpados manualmente com auxilio de facas de aço inoxidável, homogeneizados em liquidificador doméstico e refinados em peneiras de malha de nylon, para remoção da maior parte dos resíduos. Posteriormente foram envasados em sacos de polietileno e analisados quanto à composição nutricional. As análises foram em triplicata, com determinação dos teores de umidade, minerais, proteínas, lipídeos, carboidratos e valor energético. Observou-se que o teor de umidade das amostras variou de 74,32% (pinha) a 91,25% (caju), com apenas as polpas de manga (81,60%) e graviola (81,72%) não apresentando diferença estatística significativa. As polpas apresentaram valores de minerais inferiores a 1%, com uma variação de 0,86% (pinha) e 0,36% (umbu-cajá). Não foram detectados lipídeos nas amostras de caju, pinha e umbu-cajá. Entretanto, nas polpas de graviola e manga foram encontrados teores de 0,01 e 0,10% de gordura, respectivamente. O conteúdo protéico variou de 0,32% (caju) a 1,31% (graviola), não sendo verificada diferença estatística significativa entre as proteínas do umbu-cajá (0,89%) e manga (0,97%). As polpas de pinha e de caju, por terem apresentado a maior (23,78%) e a menor (8,05%) concentração de carboidratos, também revelaram valores extremos para o valor energético, com valores de 99,27 kcal/100 g e 33,49 kcal/100 g, respectivamente. Ante o exposto, conclui-se que as polpas de frutas analisadas constituem-se em fontes consideráveis de carboidratos, proteínas e minerais para a dieta, além de contribuir com valores energéticos relativamente baixos. P-047 A OBESIDADE SE RELACIONA COM MAIOR NECESSIDADE DE REINTERNAÇÃO HOSPITALAR? FERNANDA GUIMARAES RESENDE (HOSPITAL UNIMED - RIO); CAROLINE SANTOS DA ROCHA (HOSPITAL UNIMED - RIO); HAROLDO FALCAO RAMOS DA CUNHA (HOSPITAL UNIMED-RIO); MONICA HISSA (HOSPITAL UNIMED-RIO); RENATO VIEIRA GOMES (HOSPITAL UNIMED RIO); PEDRO MIGUEL MATTOS NOGUEIRA (HOSPITAL UNIMED-RIO); LUIZ ANTONIO DE ALMEIDA CAMPOS (HOSPITAL UNIMED RIO) Objetivo: Identificar marcadores independentes na necessidade de reinternação hospitalar. Casuística: De 3 Janeiro a 15 de julho de 2013, foram analisadas retrospectivamente a partir de banco de dados em Oracle, 1390 pts internados e um hospital terciário Definimos como reinternação todos aqueles pacientes que necessitaram de mais de uma internação em nosso hospital no período de até 6 meses. Análise estatística pelo SPSS, significância estatística p<0,05, análise univariada (testes de Fisher’s, Pearson, Teste T, e Kruskal-Wallis) e análise multivariada com regressão logística binária. Resultados: A reinternação ocorreu em 201(14,4%) das 1390 internações no período. Após análise univariada foram associados a reinternação: Idade, Tempo de internação hospitalar, NRS, internação Clínica, presença de comorbidade, pacientes com plano de saúde classe A, obesidade grau 2 (IMC &#8805;35), pacientes internados por transferência de outros hospitais (transferidos); a regressão com os 1373 pcs que tinham preenchido todas as variáveis identificou risco aumentado de re-internação em até 6 meses em pacientes obesos (p=0,007, OR: 2,05, IC: 1,22 – 3,45), portadores de co-morbidades (p<0,0001, OR: 3,15, IC: 2,14 – 4,65), pacientes transferido (p=0,001, OR: 3,234, IC: 1,65 – 6,36) planos classe A (p=0,002, OR: 1,96, IC: 1,29 – 2,99). Conclusão: Nesta amostra inicial a obesidade, presença de comorbidade, pacientes com planos classe A, pacientes transferidos aparecem como interessantes marcadores de reinternação devendo merecer atenção especial. P-046 MANEJO NUTRICIONAL NO PÓS-OPERATÓRIO DE MEGAESÔFAGO CHAGÁSICO: UM ESTUDO DE CASO CINTHIA CORDEIRO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE CURITIBA); ELISE TANAAMI (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE CURITIBA); CRISTINA ROTH (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE CURITIBA); ODERY RAMOS JÚNIOR (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE CURITIBA); EDWIN BALDERRAMA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE CURITIBA) P-048 VALIDADE DA ALTURA AFERIDA E ESTIMADA PARA AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES HOSPITALIZADOS: CONCORDÂNCIA ENTRE MÉTODOS Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 43 Suplemento Nutrição Clínica/2013 LARISSA SILVA BARBOSA (HOSPITAL DE URGÊNCIA DE GOIÂNIA E PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS (PUC GOIÁS)); JULIANA SIPPERT (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS (PUC GOIÁS)); SARA CADIGE DE FREITAS LIMA (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS (PUC GOIÁS)); CINTIA SANTOS TAKAHASHI (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS (PUC GOIÁS)) dia e o fornecido 947,76±361,98 ml/dia. Conclusão: A administração de volume, calorias e proteínas foi menor que o prescrito para os pacientes críticos em uso de terapia nutricional enteral, o que pode interferir na melhora do seu quadro clínico. P-050 INDICADORES DE QUALIDADE: A MELHORIA APÓS IMPLANTAÇÃO EM UMA ENFERMARIA DE CLÍNICA MÉDICA SUS EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DO INTERIOR DE SÃO PAULO Introdução: Para a realização da avaliação nutricional, faz-se necessário a aferição de dados antropométricos, como peso e altura, de forma prática, barata e confiável. Objetivo: Avaliar a concordância entre altura aferida e estimada de pacientes internados em um hospital público de Goiás, segundo diferentes métodos antropométricos. Método: Estudo do tipo transversal, realizado com pacientes com idade de 20 a 59 anos, de ambos os sexos. Foram coletados dados demográficos e antropométricos. As análises foram realizadas no programa STATA/SE. Realizou-se análise descritiva de algumas variáveis de estudo. A concordância entre a altura estimada a partir de outras variáveis antropométricas e a aferida foi realizada pela análise gráfica proposta por Bland e Altman e por Lin. Resultados: De acordo com Índice de Massa Corporal, a maioria dos pacientes apresentavam-se eutróficos. Analisando a inclinação da reta de regressão, observou-se que a altura do joelho apresentou tendência em superestimar os menores valores e subestimar os maiores valores da altura aferida, com concordância satisfatória (CCC = 0,879). Melhores resultados foram observados para altura recumbente, apresentando superestimativa de 0,01 metros em relação à altura aferida e a maior concordância (CCC = 0,941). Já a envergadura do braço subestimou os valores inferiores e superestimou os valores superiores em relação à altura aferida, apresentando a maior diferença média (DM = 0,02 metros). Pior concordância foi encontrada para semi-envergadura do braço (CCC = 0,717). Conclusão: A altura recumbente destacou-se como a melhor forma de aferição da altura, como substituto da altura real. A semi-envergadura do braço se colocou como método menos confiável. AMANDA DAVID CASTANHEIRA (SANTA CASA DE VOTUPORANGA); DAISY CRISTINA VITOR (SANTA CASA DE VOTUPORANGA) Introdução: A monitorização da qualidade em saúde requer o entendimento de conceitos de saúde de qualidade de medição, proporcionando a comparação e a continuidade de ações, visto o acompanhamento das técnicas de melhoria no cuidado como a maneira de medir. O indicador de qualidade fornece o intuito de diagnosticar os problemas para a tomada de decisões futuras, seja para correção do processo ou redefinição das metas na busca de melhoria contínua. Objetivo: Avaliar, orientar e acompanhar o atendimento prestado no paciente em Terapia Nutricional (TN) de uma enfermaria. Método: Trabalho desenvolvido através da percepção da necessidade de melhoria no atendimento prestado no paciente em Terapia Nutricional (TN) de uma enfermaria. Teve-se a análise de 6 indicadores de qualidade propostos pela Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN), com seleção e implantação de 3 indicadores: índice de perda de sonda nasoenteral para aporte nutricional, índice de diarréia de pacientes em TN, volume prescrito x volume infundido. Através dos dados obtidos nos primeiros meses, proporcionou um treinamento que direcionou à boas práticas de manutenção de sondas e administração da dieta. Foram obtidos resultados que sugerem melhorias na assistência ao paciente. Resultados: Foi observado pela EMTN uma grande rotatividade no setor, gerando dificuldades em atingir o aporte calórico devido a falta de conhecimento em relação à importância da TN, assim como a inexperiência na infusão da dieta e a falta de habilidade nos cuidados com a sonda enteral, causando um aumento no custo e aos danos que poderiam causar aos pacientes. Após a orientação e incentivo a toda equipe do setor, observou-se melhorias da assistência prestada através dos resultados dos indicadores no índice de perda de sonda nasoenteral, diminuição de diarréia e aumento na infusão do volume prescrito. Conclusão: O trabalho com indicadores demonstrou ser uma ferramenta importante para o cuidado no paciente adulto em uso de TN, possibilitando ações preventivas para a melhoria da assistência e segurança do paciente. P-049 OFERTA NUTRICIONAL EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: PRESCRIÇÃO VERSUS ADMINISTRAÇÃO DE DIETAS ENTERAIS LARISSA SILVA BARBOSA (HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA E PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS (PUC GOIÁS)); ALINE CRISTINE FERREIRA FELIPE (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS (PUC GOIÁS)); GABRIELLA MARIA SILVA (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS (PUC GOIÁS)); NATHÁLIA DE SOUSA MARTINS (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS (PUC GOIÁS)) Introdução: A monitoração da oferta nutricional em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é importante para que as necessidades nutricionais do paciente sejam atendidas, visto que pacientes internados normalmente se encontram em estado hipercatabólico e frequentemente apresentam depleção nutricional. Objetivo: Analisar se a dieta prescrita foi efetivamente consumida por pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital público de Goiânia, Goiás. Método: Estudo do tipo transversal, desenvolvido a partir do estudo multicêntrico – Nutrition Day, cujos dados foram obtidos a partir entrevista com aplicação de questionário padronizado sobre prescrição e administração de dietas enterais. As análises foram realizadas no programa STATA/SE versão 8.0. Realizou-se análise descritiva por meio de freqüência absoluta e relativa. Aplicou-se Teste t pareado para comparação entre médias. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Santa Casa de Misericórdia de Pelotas e do Hospital de Urgências de Goiânia. Resultados: Identificou-se 43 pacientes sob o uso de terapia nutricional enteral, sendo 72,09% do sexo masculino. A média do tempo de internação foi de 36,28±27,24 dias, sendo 24,39±55,83 dias em uso exclusivamente de dieta enteral. A prescrição de calorias diárias foi de 1407,71±364,36 Kcal/dia e o administrado 1264,88±455,04 kcal/dia. Já a prescrição de proteínas foi de 52,72±17,02 g/dias e o administrado 47,55±20,14 g/dias. O volume planejado foi de 1101,32±266,23 ml/ P-051 PADRONIZAÇÃO DO AQUECIMENTO DE FÓRMULAS LÁCTEAS EM BANHO-MARIA PARA O SERVIÇO DE LACTÁRIO DE UM HOSPITAL PÚBLICO MATERNO-INFANTIL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO. SIMONE DE PINHO FERREIRA AZEVEDO (INSTITUTO NACIONAL DA SAÚDE DA MULHER, DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE FERNANDES FIGUEIRA); ALINE CARNEVALE LIA DIAS GUIMARÃES (INSTITUTO NACIONAL DA SAÚDE DA MULHER, DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE FERNANDES FIGUEIRA); RAQUEL SYLVESTRE RIBEIRO (INSTITUTO NACIONAL DA SAÚDE DA MULHER, DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE FERNANDES FIGUEIRA); SUZANY FELICÍSSIMO DE OLIVEIRA (INSTITUTO NACIONAL DA SAÚDE DA MULHER, DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE FERNANDES FIGUEIRA) Introdução: Segundo a Organização Mundial da Saúde, o aleitamento materno é recomendado exclusivamente até os seis meses de idade, sendo orientada sua manutenção até os dois anos ou mais. Porém, existem situações em que a introdução de fórmulas lácteas deve ser realizada precocemente, podendo estas ser utilizadas como única medida terapêutica. Recomenda-se que, após a reconstituição destas fórmulas, deve-se proceder ao consumo imediato ou refrigeração. Caso refrigeradas, devem ser aque- Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 44 Suplemento Nutrição Clínica/2013 cidas, utilizando método que minimize as perdas de nutrientes e garanta a sua administração em temperatura capaz de preservar a zona térmica neutra dos pacientes. A identificação do método de aquecimento que garanta estas condições é uma tarefa importante para o serviço de lactário. Objetivo: Padronizar o procedimento de aquecimento das fórmulas lácteas, em banho-maria, considerando o tempo, temperatura, volume e tipo de dieta. Método: Este trabalho foi realizado no lactário de uma unidade hospitalar situada no Município do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo experimental, com acompanhamento do aquecimento em banho-maria de três tipos de dietas de volumes diferentes, comparando duas técnicas: galheteiro vazado e galheteiro fechado com água. Resultados: Observou-se que todas as dietas aquecidas no galheteiro fechado com água atingiram a temperatura de 45°C em até dez minutos, independentemente do volume e do tipo de dieta. Já no galheteiro vazado, o tempo de aquecimento observado para alcançar a temperatura de 45°C oscilou entre 10 minutos (apenas nos pequenos volumes) e 35 minutos. Conclusão: Padronizou-se a utilização de galheteiro com água como método mais indicado para o aquecimento das fórmulas lácteas em banho-maria, permitindo que as mesmas sejam aquecidas por no máximo dez minutos até atingir a temperatura de 45°C, possibilitando assim que as dietas sejam administradas ao paciente na temperatura corporal. LARISSA COSTA PEREIRA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-HU/UFS); CAMILA ARAÚJO OLIVEIRA DANTAS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-HU/UFS); ELENICE OLIVEIRA SANTOS FILHA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-HU/UFS); MÁRCIA FERREIRA CÂNDIDO DE SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-HU/UFS); DORIANE DA CONCEIÇÃO LACERDAS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-HU/ UFS); SIEUNE ROBERTA ARAÚJO GOMES DOS SANTOS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-HU/UFS) Introdução: O risco nutricional e a desnutrição são prevalentes em pacientes hospitalizados e sua detecção precoce pode ser decisiva para a recuperação dos mesmos. Assim, os métodos subjetivos de avaliação nutricional, como a ASG (Avaliação Subjetiva Global) e NRS (Nutritional Risk Screening), permitem identificar pacientes desnutridos ou em risco de desnutrir-se e instituir a terapia nutricional adequada que vise à recuperação do estado nutricional e a prevenção de complicações relacionadas à desnutrição. Objetivo: Comparar a ASG e MAN com a NRS-2002 na avaliação do risco nutricional em pacientes hospitalizados. Método: Estudo transversal realizado com adultos e idosos, de ambos os gêneros, internados em um hospital Universitário. O estado nutricional foi avaliado por intermédio da Avaliação Subjetiva Global (ASG) para adultos e Mini Avaliação Nutricional (MAN) para idosos e NRS (Nutritional Risk Screening), nas primeiras 48 horas de internamento. Para analisar os dados utilizou-se o programa SPSS versão 18.0. O teste estatístico Qui-Quadrado, foi utilizado para análise dos dados, sendo considerado nível de significância de 5% ou p<0.05. Resultados: A amostra foi composta por 24 pacientes hospitalizados, sendo 54,2% do sexo feminino, a média de idade encontrada foi de 45±18 anos. Ao analisar os métodos subjetivos de avaliação nutricional foi possível constatar que a ASG e MAN diagnosticaram 79,16% (n=19) dos pacientes com desnutrição enquanto que a NRS verificou 70,83% (n=17) em risco nutricional. A ASG e MAN detectaram um número mais significativo de pacientes desnutridos do que a NRS (p=0,005). Conclusão: A ASG e MAN identificaram maior prevalência de desnutrição em comparação com a NRS, sendo mais sensível na avaliação do estado nutricional de pacientes hospitalizados neste estudo. P-052 TRIAGEM NUTRICIONAL DE ADULTOS ADMITIDOS NUMA UNIDADE DE EMERGÊNCIA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CAMILA DIAS FÜHRER (HSL - PUCRS); DANIELA DE SOUZA MOTTA MARCHI (HSL - PUCRS); RAQUEL MILANI EL KIK (HSL - PUCRS) Introdução: A triagem nutricional é definida como o processo de identificação das características associadas a problemas dietéticos e/ ou nutricionais. Consiste na realização de inquérito simples ao paciente e/ou familiar com o objetivo de rastrear pacientes em risco nutricional. Dentre os instrumentos de triagem validados, um dos mais utilizados é a Nutritional Risk Screening 2002 (NRS 2002), que pode ser aplicada em todos os pacientes hospitalizados. Objetivo: Identificar o risco nutricional de adultos hospitalizados em uma unidade de emergência do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir da NRS 2002. Método: Estudo transversal, descritivo e retrospectivo. A amostra foi composta por adultos admitidos em uma unidade de emergência do SUS no mês de junho de 2013. Foram excluídos do estudo os adultos que reinternaram no mesmo período. As variáveis analisadas foram idade, sexo, tempo de permanência na emergência, índice de massa corporal (IMC) e a classificação da NRS 2002. Os dados foram analisados no programa SPSS versão 17.0. Foi realizada estatística descritiva, medidas de tendência central, variabilidade e teste t para amostras independentes (p < 0,05). Este estudo foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética. Resultados: Foram incluídos 72 adultos com média de idade 44,2±10,9 anos, sendo 59,7% (43) do sexo feminino e 40,3% (29) do sexo masculino. O tempo médio de permanência na emergência foi de 2,68±2,32 dias, sendo que 86,1% (62) foram transferidos para unidades de internação do hospital. A média do IMC foi 27,29±7,17 kg/m², sendo que 58,3% (42) dos avaliados apresentaram sobrepeso e obesidade em diferentes graus, 34,7% (25) eutrofia e 7% (5) estavam entre desnutrição leve e grave. Com relação à classificação da NRS 2002, 25% (18) dos adultos apresentaram risco e 75% (54) foram classificados sem risco nutricional. Foi evidenciado que o risco nutricional decai com o aumento do IMC (p=0,002). Conclusão: A maioria dos pacientes não apresentou risco nutricional e foi identificada alta prevalência de sobrepeso/obesidade, o que evidencia a realidade da transição nutricional na população estudada. P-054 INFLUÊNCIA DE FATORES AMBIENTAIS SOBRE A OCORRÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM ESCOLARES DOS PRIMEIROS ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE UMA ESCOLA PARTICULAR DO MUNICÍPIO DE LONDRINA, PARANÁ LARA RIBEIRO SISTI (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); LUISA DE ALBUQUERQUE PHILIPPSEN (); GRAZIELA MARIA GORLA CAMPIOLO SANTOS (CENTRO UNIVERSITÁRIO FILADÉLFIA); CAMILA BOSSONI RUSSO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); CLISIA MARA CARREIRA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA) Introdução: No Brasil, transição nutricional está cada vez mais presente, sendo caracterizada pela redução da desnutrição e aumento do excesso de peso. A obesidade possui caráter multifatorial e vários estudos têm indicado que o desmame precoce, utilização de bicos artificiais e a introdução de alimentos complementares antecipadamente contribuem posteriormente para o desenvolvimento da obesidade infantil, onde existe um risco aumentado dessas crianças tornarem-se adultos obesos. Objetivo: Esta pesquisa teve como objetivo investigar a prevalência da obesidade infantil, identificando possíveis associações desta com fatores ambientais, em escolares dos primeiros anos do ensino fundamental de uma escola particular do município de Londrina, Paraná. Método: Realizado um estudo com 73 alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental de ambos os sexos. Foram entregues aos pais e/ou responsáveis pela criança, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e um questionário referente aos hábitos alimentares e estilo de vida da criança. Foram relacionados os dados deste questionário com o estado nutricional dos escolares, obtido através do indicador IMC/Idade (IMC/I) padronizado P-053 COMPARAÇÃO ENTRE ASG E NRS-2002 NA DETERMINAÇÃO DO RISCO NUTRICIONAL EM PACIENTES HOSPITALIZADOS Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 45 Suplemento Nutrição Clínica/2013 pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 2007). Resultados: Com a tabulação destes dados foi possível verificar que a prevalência de eutrofia na amostra foi de 54,8%, enquanto que o excesso de peso (sobrepeso e obesidade) apresentou um índice de 45,2%. Constatou-se que dentre as crianças que apresentaram excesso de peso, 58,4% não receberam aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida, 100% nasceram com macrossomia fetal (> 4 kg), 67% afirmaram consumir refrigerantes quatro vezes por semana e mais de 77% relataram consumir apenas duas vezes por semana frutas, verduras e legumes. Conclusão: Assim, concluise que o significativo índice de excesso de peso encontrado comprova o processo de transição nutricional e a influência de fatores ambientais sobre o estado nutricional dos indivíduos. NAIRA ROSE DO NASCIMENTO FERREIRA PAIXÃO (CLÍNICA ESPECIALIZADA EM NUTRIÇÃO - CENUTRI); CRISTINA GAMA PEREIRA LUCENA (CLÍNICAESPECIALIZADA EM NUTRIÇÃO - CENUTRI); ALINE ÁVILA FRANÇA CONSERVA (CLÍNICA ESPECIALIZADA EM NUTRIÇÃO -CENUTRI); FLÁVIA ROBERTA SILVESTRE GOMES (CLÍNICA ESPECIALIZADAEM NUTRIÇÃO - CENUTRI) Introdução: A Terapia Nutricional Parenteral (TNP) é uma terapêutica importante para a sobrevivência dos recém-nascidos prematuros (RNP), especialmente aqueles de baixo peso (RNBP) ou de muito baixo peso (RNMBP). Neste grupo de pacientes, a sepse ainda constitui-se num grande desafio, tendo em vista a imaturidade de diferentes órgãos e sistemas, especialmente do ponto de vista imunológico. Objetivo: avaliação da TNP em RNP com o diagnóstico de sepse em maternidades de Sergipe e Alagoas. Método: Estudo observacional, prospectivo, para análise das seguintes variáveis: sexo, peso, acesso venoso, tempo de uso da TNP, motivo da alta da TNP. Os dados foram colhidos no período de janeiro de 2010 a junho de 2013. Resultados: foram avaliados 96 RNP, sendo 57% do sexo masculino. Cerca de 70% dos pacientes eram RNMBP, ou seja, de peso inferior a 1.500g, e 29%, RNBP. O peso máximo na amostra estudada foi de 4,320g (RNP com gigantismo, nascido com 32 semanas), enquanto o peso mínimo foi de 0.500Kg. Em cerca de 70% dos casos o acesso foi central. O tempo médio de uso da TNP foi de 10.63 dias, sendo o tempo máximo registrado de 31 dias e o tempo mínimo de 1dia. Entre as causas de alta da TNP observaram-se troca de terapia nutricional em 56% (via oral em 23% e enteral em 33%), óbito e agravo clínico em 32%, problemas relativos ao acesso venoso em 6% e outras causas em 6% dos casos. Conclusão: 1 - A TNP em RNP sépticos teve indicação quase absoluta em pacientes de baixo peso, predominantemente em RNMBP, sendo o acesso central o acesso mais utilizado em um tempo médio de uso acima de 10 dias. 2. Apesar da morbimortalidade elevada decorrente a gravidade do quadro dos RNP que usaram a TNP, houve alta desta terapia para a utilização do tubo digestivo na maioria dos pacientes. P-055 CONSUMO DE ALIMENTOS RICOS EM FERRO NA INTRODUÇÃO DA ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR E SEUS DETERMINANTES SOCIODEMOGRÁFICOS THAISSA BORGES ELIAS DE ALENCAR PRATES (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS); RENATA MOREIRA GONÇALVES (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS); LINA MONTEIRO DE CASTRO LOBO (FACULDADE DE NUTRIÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS); MARIA DO ROSÁRIO GONDIM PEIXOTO (FACULDADE DE NUTRIÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS); IDA HELENA CARVALHO FRANCESCANTONIO MENEZES (FACULDADE DE NUTRIÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS) Introdução: O perfil do consumo alimentar, fatores sócioeconômicos e cuidados dispensados à criança influenciam sua saúde, principalmente nos primeiros dois anos, onde o risco de desenvolver carência nutricional é maior. A anemia é a carência nutricional mais prevalente no mundo e afeta principalmente as crianças, tornando-se importante o diagnóstico social da doença, além da implementação de medidas socioeducativas de prevenção e tratamento. Objetivo: identificar dados sociodemográficos que interferem no consumo alimentar e na ingestão de ferro por crianças de 6 a 24 meses. Método: Estudo transversal, de base populacional e domiciliar, realizado com 235 crianças de Goiânia-GO, nos anos de 2011 e 2012. A ingestão alimentar foi avaliada por meio do questionário de frequência de consumo alimentar, realizado com os pais ou responsáveis. O banco de dados foi montado no programa EPI INFO® 3.1 e análise estatística realizada no programa STATA/SE® 12.0. A associação entre variáveis socioeconômicas com hábitos alimentares foi avaliada pelo Qui-quadrado de Pearson considerando nível de significância de 5% (p<0,05).Resultados: Das crianças incluídas na faixa etária do estudo, a maioria era do sexo masculino (52,34%) e tinha de 12 a 24 meses (68,1%). Na classe socioeconômica, predominou a classe C (51,49%). O nível de escolaridade materno mais prevalente foi o ensino médio (53,6%). Dentre os alimentos pesquisados, os mais consumidos foram o feijão (93,6%), carne bovina (91%), ovos (52,8%) e vegetais verde-escuros (51,5%). Em contrapartida, os menos consumidos foram fígado bovino (46,8%) e a linguiça/salsicha (34,47%). A classe econômica influenciou o consumo de vegetais verde-escuros, onde a maior ingestão foi observada na classe D/E (p=0,04). Em se tratando da idade da criança, de forma geral houve associação direta com todos os alimentos estudados, exceto os vegetais verde-escuros (p=0,053). A escolaridade materna influenciou de forma significativa somente o consumo de vegetais verde-escuros (p=0,019), estando o consumo mais presente nas mães que possuíam ensino superior (12,7%). Conclusão: Foi identificado um maior consumo de ferro não-heme, além do baixo consumo de modo geral de alimentos ricos em ferro, principalmente nas crianças com idade inferior a um ano, devido a introdução da alimentação complementar. P-058 AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE CONSTIPAÇÃO E DIARREIA EM IDOSOS DIABÉTICOS RITA DE CÁSSIA SANTOS DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); GABRIELA CAMPOS DE BARROS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); RAFAELA RODRIGUES DE ALBUQUERQUE COELHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); THIALLY MARINA ALVES HOLANDA (CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU); MARIA GORETTI PESSOA DE ARAÚJO BURGOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) Introdução: Com o envelhecimento populacional, as doenças crônicas como o diabetes mellitus são de alta prevalência entre os idosos. Quando não tratada adequadamente, poderá acarretar complicações que contribuem para redução na qualidade de vida. Esse grupo ainda sofre alterações relacionadas com a idade, trazendo diversas mudanças funcionais no organismo, inclusive no trato gastrointestinal, elevando o risco de constipação e diarreia. Objetivo: Avaliar o funcionamento intestinal em idosos diabéticos. Método: Estudo transversal tipo série de casos com dados coletados a partir da ficha de atendimento de 108 idosos diabéticos, atendidos no ambulatório de nutrição, do Núcleo de Atenção ao Idoso de uma Universidade Pública de Pernambuco. 80,56% da amostra tinham entre 60-75 anos e 19,44% com idades superiores a 75 anos. A coleta de dados ocorreu de março/2011 a julho/2013. As variáveis analisadas foram: idade, sexo, procedência, atividade física, funcionamento intestinal, frequência de defecação, consistência das fezes, ingestão de liquidos, ingestão de frutas (uma porção igual a uma unidade média ou duas pequenas), verduras ( porção&#8805; duas colheres de sopa) e leguminosas (porção &#8805; uma concha média) . Resultados: Do grupo total, 81(75%) eram mulheres e 27(25%) eram homens, procedentes do Recife (78,70%), Área Metropolitana P-057 AVALIAÇÃO DA TERAPIA NUTRICIONAL EM RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS COM SEPSE Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 46 Suplemento Nutrição Clínica/2013 (19,44%) e do Interior do Estado de Pernambuco (1,85%). O sedentarismo esteve presente em 53,70%, enquanto 41,66% realizavam atividade física diária. A ingestão de fibras foi verificada através do consumo de frutas, verduras e leguminosas; onde observou-se que 43,51% dos idosos ingeriam diariamente três ou mais porções de frutas e, duas ou mais porções de verduras e leguminosas (68,51%). A média da ingestão de liquidos foi de 1200mL (6 copos/dia). Em relação a frequencia de defecação, a maioria do grupo (35,48%) referiu defecar 1x/dia, com fezes de consistência normal (62,50%). Quanto ao tipo de funcionamento intestinal auto referido, 67,59% da amostra apresentavam normalidade, 25,92% constipação, 0,92% diarreia, 2,77% alternância frequente entre diarreia/constipação e 2,77% não souberam classificar seu funcionamento intestinal. Foi observado que 81,48% dos constipados não realizavam atividade física, enquanto ingeriam em média apenas 600mL de líquidos por dia. Conclusão: Diante dos resultados, conclui-se que este grupo de idosos diabéticos tem funcionamento intestinal normal com consistência e frequencia de fezes dentro dos parâmetros fisiológicos eutróficos. O sedentarismo e a reduzida ingestão hídrica foi frequente naqueles com presença de constipação. P-060 ANÁLISE DE PRESCRIÇÕES NUTRICIONAIS CALÓRICAS E PROTEICAS DE PACIENTES PORTADORES DE ÚLCERA POR PRESSÃO EM USO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ACOMPANHADAS POR UM SERVIÇO DE ATENDIMENTO DOMICILIAR ALANE NOGUEIRA BEZERRA (UECE); FERNANDA MARIA MAIA MACHADO (UECE); GEYSIANNE SOARES DA SILVA (UNIMED LAR); GERMÂNIA ALVES MARTINS (UNIMED LAR); SIMONE CLESIA LOPES MELO (UNIMED LAR) Introdução: O cuidado nutricional é importante tanto na prevenção como no tratamento de Úlcera por Pressão (UP), promovendo uma cicatrização mais rápida e eficaz. A nutrição adequada do paciente é uma das estratégias de prevenção. O tratamento das UP deverá recuperar o estado nutricional e garantir uma alimentação adequada de maneira individualizada. Objetivo: Avaliar as prescrições nutricionais de acordo com as recomendações nutricionais para pacientes portadores de UP em Terapia Nutricional Enteral (TNE) assistidas por um serviço de Atendimento Domiciliar. Método: Foram avaliados 33 pacientes adultos e idosos de ambos os sexos em TNE e portadores de UP, acompanhados pelo serviço de Atendimento Domiciliar. O estado nutricional foi avaliado de acordo com índice de massa corporal para adultos e idosos. As necessidades e as prescrições nutricionais calóricas e proteicas foram verificadas durante o mês de junho de 2013. Os dados foram obtidos a partir dos prontuários dos pacientes. Resultados: A idade média foi de 80,7 anos. Os pacientes eram 66,6% do sexo feminino. Dentre os 33 pacientes avaliados 63,6% eram eutróficos, 3,1% tinham sobrepeso, 12,1% tinham risco de desnutrição e 21,2% eram desnutridos. 27,2% dos pacientes usavam suplemento específico para cicatrização de UP, 48,5% faz uso de módulo proteico, 3,1% faz uso tanto de módulo proteico como de suplemento específico para cicatrização de UP e 21,2% não faz uso de nenhum suplemento ou módulo proteico. Os pacientes apresentam necessidades energéticas, em média, de 1560 kcal diárias e consumo calórico médio de 1597 kcal por dia. Receberam, em média, 31,58 kcal/kg de peso diariamente. O consumo proteico diário foi, em média, 1,44g/kg de peso/ dia. Conclusão: Considerando as análises realizadas, observa-se que a maioria dos pacientes portadores de UP assistidos por um serviço de Atendimento Domiciliar em uso de TNE são mulheres idosas, eutróficas e recebem terapia nutricional adequada tanto em relação ao consumo calórico como proteico. P-059 ANÁLISE DE PRESCRIÇÕES NUTRICIONAIS CALÓRICAS E PROTEICAS DE CRIANÇAS EM USO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ACOMPANHADAS POR UM SERVIÇO DE ATENDIMENTO DOMICILIAR ALANE NOGUEIRA BEZERRA (UECE); FERNANDA MARIA MAIA MACHADO (UECE); GEYSIANNE SOARES DA SILVA (UNIMED LAR); GERMÂNIA ALVES MARTINS (UNIMED LAR); SIMONE CLESIA LOPES MELO (UNIMED LAR) Introdução: Para garantir uma recuperação ou manutenção do estado nutricional das crianças bem como uma melhor qualidade de vida, é importante uma prescrição nutricional adequada. As necessidades calóricas variam de acordo com a etapa de crescimento das crianças, sendo importante o seu fornecimento adequado. Já a necessidade proteica deve ser adequada de maneira quantitativa e qualitativa. Objetivo: Avaliar as prescrições nutricionais de acordo com as recomendações nutricionais para crianças em Terapia Nutricional Enteral (TNE) assistidas por um serviço de Atendimento Domiciliar. Método: Foram avaliados 12 pacientes de ambos os sexos e faixa etária de 2 a 16 anos, em TNE, acompanhados pelo serviço de Atendimento Domiciliar. Foram verificados o estado nutricional segundo World Health Organization, as necessidades e as prescrições nutricionais calóricas e proteicas dos pacientes, durante o mês de julho de 2013. Os dados foram obtidos a partir dos prontuários dos pacientes. Resultados: A idade média foi de 10,3 anos. Dentre os 12 pacientes avaliados 58,3% eram eutróficos, 25% tinham risco de sobrepeso ou sobrepeso já instalado e 16,7% eram desnutridos ou tinham risco de desnutrição. Para análise da necessidade energética, dividiu-se em três grupos: idade de 1-7 anos, 7-12 anos e 12-18anos. Apresentaram prescrição nutricional calórica de 73,3, de 45,9 e de 31,55 kcal/kg de peso, enquanto suas recomendações calóricas eram de 75-90, de 60-75 e de 30-60 kcal/kg de peso, respectivamente, estando apenas um grupo atendendo a essas recomendações. Para análise da necessidade proteica, dividiu-se em três grupos: idade de 1-10 anos, 10-18 anos do sexo masculino e do sexo feminino. Apresentaram prescrição nutricional proteica de 1,92, de 1,56 e de 0,92 g/kg de peso/ dia, enquanto suas recomendações proteicas eram de 1-1,2, de 0,9 e de 0,8 g/kg de peso/dia, respectivamente, estando todos os grupos acima das recomendações. Conclusão: Considerando as análises realizadas, observa-se que a maioria das crianças assistidas por um serviço de Atendimento Domiciliar em uso de TNE tem prescrição nutricional calórica de acordo com as recomendações, podendo ser reajustadas de acordo com a evolução clínica, porém as necessidades proteicas estão acima do que se recomenda, necessitando que as condutas nutricionais sejam reavaliadas. P-061 PLANO DE ALTA HOSPITALAR E SEU ÍNDICE DE ADESÃO EM PACIENTES ACOMPANHADOS PELA EMTN DE UM HOSPITAL DA REDE PRIVADA DO MUNICÍPIO DE ARACAJU LAISE REIMÃO BARRETO (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO); JULIANA TEIXEIRA DA SILVA (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO); NARA NAYANE BRITO MENESES (ENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO); MICHELI CRUZ LIMA (ENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO); ANA GRAZIELA SANTOS BARBOSA (ENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO); NOEMIA DOS SANTOS PEIXOTO (ENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO) Introdução: A Terapia Nutricional (TN) a nível hospitalar tem como objetivo a recuperação ou manutenção do estado nutricional do paciente sendo necessária, em muitas situações, sua continuidade após a alta hospitalar (AH). Sendo assim, a TN Domiciliar, quando bem indicada, é considerada segura e possui uma satisfatória relação custo-benefício com implicações na diminuição das complicações clínicas e reinternações. Objetivo: Avaliar o percentual de pacientes que receberam orientação nutricional na AH e conhecer o índice de adesão a esta. Método: Foram considerados 201 pacientes em TN, de janeiro a junho de 2013. Os que receberam AH em uso de nutrição enteral (NE) receberam três opções de plano alimentar individualizados, além de orientações do enfermeiro da EMTN. Já os pacientes em uso de suplemento alimentar foram orientados para continuidade do mesmo após a AH. Para os pacientes em uso de NE, Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 47 Suplemento Nutrição Clínica/2013 após 21 dias da AH, foi aplicado o questionário de adesão por meio de contato telefônico. Foram excluídos do estudo os pacientes encaminhados para internamento domiciliar. Resultados: 88% dos pacientes receberam orientação nutricional para continuidade da TN em domicílio. O motivo de 24 pacientes não receberem orientação foi a falta de aviso da AH pelos médicos e/ou enfermeiros. Dessas orientações, 38 foram para pacientes em uso de NE, sendo feito contato telefônico com 34 destes, pois 02 pacientes foram à óbito e 04 não atenderam a ligação telefônica, foi observado que 100% dos pacientes aderiram ao plano de AH. Conclusão: A maioria dos pacientes em terapia nutricional enteral (TNE) recebe orientação nutricional, e uma melhor e mais efetiva comunicação entre a equipe de profissionais pode favorecer uma maior abrangência. Diante do índice de adesão ao plano de alta observado, vale a pena investigar a adesão da continuidade da TNE dos pacientes que recebem AH em uso de suplemento nutricional. indivíduos que não receberam dieta por um período mínimo de 6 horas durante a TNE. Tem-se como precoce, o início da TNE em até 48 horas após a admissão na unidade. Resultados: Dos 51 pacientes analisados, 4 (7,8%) realizaram cirurgia eletiva, 20 (39,2%) cirurgia de urgência e 27 (52,9%) cirurgia de urgência por trauma. O tempo médio de internação foi de 23,9 (±12,2) dias, sendo a média maior entre os pacientes vítimas de trauma- 24,6±13 dias (p<0,001) e o tempo mediano para início da TNE foi de 2 dias, variando entre 0 e 11 dias. Dentre estes, os cirúrgicos não trauma foram os que apresentaram, em média, maior tempo para o início da TNE (2,8±1,7 dias) (p<0,001). Apenas 3 pacientes não estiveram em jejum nem por razões terapêuticas e nem por razões diagnósticas, considerando a interrupção da dieta para procedimentos diagnósticos (PD) em 51% e/ou terapêuticos (PT) em 84,3%. A maioria aconteceu para intervenções sobre o aparelho respiratório como: intubação orotraqueal e traqueostomia. Houve em 52,9% dos pacientes, interrupção por sinais de intolerância do trato gastrointestinal, sendo mais prevalente entre os pacientes não traumáticos. Conclusão: A adoção de protocolos institucionais faz-se necessária para otimização e melhor manejo da TNE frente aos frequentes procedimentos que levam ao déficit nutricional durante a internação em terapia intensiva. P-062 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE RECÉM NASCIDOS POR MEIO DA ANTROPÓMETRIA LILIA DO SOCORRO BONFIM DA SILVA (SESPA) Introdução:A AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE RECÉM NASCIDOS É UMA IMPORTANTE TAREFA EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA NA NEONATOLOGIA,POIS NESTE PERÍODO DA VIDA AS COMPLICAÇÕES OCASIONADAS PELO BAIXO PESO,PODEM OCASIONAR MORBIDADES E OU MORTALIDADE EM RECÉM NASCIDOS.Objetivo:AVALIAR ATRAVÉS DA ANTROPOMÉTRIA OS RECÉM NASCIDOS .METODOLOGIA ESTUDO TRANSVERSAL REALIZADO EM RECÉM NASCIDOS INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ATRAVÉS DA ANTROPOMÉTRIA ,ONDE FORAM AVALIADOS 22 NEONATOS DE AMBOS OS SEXOS INCLUINDO(<738 GRAMAS E 26 SEMANAS GESTACIONAL Á 3760 GRAMAS Á TERMO),SENDO USADO COMO CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO A CURVA DE PESO/IDADE DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE DE 2006.Resultados:50% DOS NEONATOS ENCONTRAM-SE COM PESO ADEQUADO,31,81% MUITO BAIXO PESO E 9,09% COM PESO ELEVADO. CONCLUI-SE QUE A AVALIAÇÃO ANTROPOMETRICA É UM METODO DE GRANDE IMPORTÂNCIA EM NEONATOLOGIA P-064 AVALIAÇÃO DE PACIENTES HOSPITALIZADOS SUBMETIDOS A TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL: TEMPO PARA INTRODUÇÃO X TEMPO PARA ATINGIR O APORTE PLENO X FATORES QUE IMPOSSIBILITAM DE ATINGIR A META MARCELA RODRIGUES VIVEIROS (HOSPITAL AGENOR PAIVA); TARSILA RIBEIRO CAVALCANTE (HOSPITAL AGENOR PAIVA); ADHEMAR DE OLIVEIRA E SILVA NETO (HOSPITAL AGENOR PAIVA); MAGNO CÉZAR AMARAL DE SOUZA JUNIOR (HOSPITAL AGENOR PAIVA); LUIZ VIANNA DE OLIVEIRA (HOSPITAL AGENOR PAIVA) Introdução: As implicações da desnutrição sobre a evolução das doenças em pacientes hospitalizados são relatadas como fatores coadjuvantes na morbidade e na mortalidade. A terapia nutricional enteral (TNE) está indicada para pacientes desnutridos ou sob risco nutricional quando a alimentação oral está contra-indicada ou não é capaz de prover a quantidade adequada de nutrientes. A TNE deve ser introduzida nas primeiras 24/48 horas após a admissão. Deve-se identificar os pacientes desnutridos ou em risco nas primeiras 24 horas, assim como as necessidades nutricionais específicas de cada paciente, de acordo com sua condição clínica, e introduzir precocemente a oferta calórico-protéica adequada. Objetivo: Avaliar a TNE de pacientes hospitalizados, com relação ao tempo para introdução e o tempo para atingir as necessidades energéticas estimadas (NEE), procurando identificar as intercorrências que interferiram no processo. Método: Foram avaliados diariamente, durante o período de março a julho de 2013 todos os pacientes submetidos a TNE de um hospital privado da cidade de Salvador-Ba. Além do intervalo de tempo foram observados os seguintes parâmetros: sexo, idade, diagnóstico clínico na admissão, agrupados por especialidade, e as principais causas relacionadas ao retardo para atingir as NEE. As necessidades energéticas foram estimadas utilizando-se a relação Kcal/Kg peso estimado, de acordo com as recomendações da ESPEN 2006. Resultados: Foram avaliados no período 75 pacientes, sendo a maioria pertencente ao sexo feminino (54,6%) e a faixa etária idosa (74,7%). Com relação ao diagnóstico clínico, grande parte foi admitida por causas neurológicas (65,3%), seguido de causas infecciosas (17,3%), cirúrgicas (8,1%) e outras causas (9,3%). Do total de pacientes avaliados 48 (64%) tiveram o início da TNE nas primeiras 48 horas de internamento e o tempo médio para atingir o aporte nutricional considerado pleno foi de 3,7 dias. Dos pacientes avaliados 28 (37,3%) não apresentaram complicações. Dentre as causas que retardaram o avanço da TNE encontrou-se: jejum para procedimento (29,3%), instabilidade hemodinâmica (6,7%), diarreia (9,3%), resíduo gástrico elevado (8,1%), êmese (5,3%) e distensão abdominal (4,0%). P-063 TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E MOTIVO DE JEJUM EM PACIENTES NEUROCIRÚRGICOS INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ELIS SIZANOSKI TEIXEIRA (UNIFESP- EPM); JERUSA MARCIA TOLOI (UNIFESP- EPM); LUCAS BASSOLLI (UNIFESP- EPM); PATRICIA STANICH (UNIFESP- EPM) Introdução: A terapia nutricional não é efetiva em 2/3 dos pacientes admitidos em unidades de terapia intensiva (UTIs) por questões não relacionadas com o funcionamento do trato gastrointestinal. Esse fato pode comprometer ainda mais o estado nutricional já acometido por injúrias que aumentam o catabolismo e prejudicam o metabolismo de maneira geral. Objetivo: Apresentar as principais causas de interrupção da terapia nutricional em unidade de terapia neurointensiva. Método: foram estudados 51 pacientes (35 homens e 16 mulheres) neurocirúrgicos adultos (48,1±18,7 anos) admitidos em 2UTI’s de um hospital universitário, no período de fevereiro a julho de 2013. Excluíram-se dados de indivíduos com tempo de internação inferior a 72 horas e que não estiveram em terapia nutricional enteral (TNE) exclusiva por um período mínimo de 7 dias. Foram analisadas informações referentes à identificação do paciente, motivo da internação (cirúgico eletivo, cirúrgico de urgência e cirúrgicotrauma); dados relacionados com a TNE e as principais causas de jejum (divididas em: jejum para procedimentos diagnósticos (PD) exames e/ ou jejum para procedimento terapêutico (PT) - causas respiratórias, pré e pós-cirúrgico e complicações gastrointestinais). Considerou-se jejum Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 48 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Conclusão: A terapia nutricional adequada contribui no processo de melhora dos pacientes hospitalizados. Apesar da maioria dos pacientes ter iniciado a TNE precocemente, um percentual elevado apresentou fatores que podem ter contribuído para o atraso na progressão das NEE. Faz-se necessário a instituição de indicadores de qualidade para uma melhora progressiva do serviço prestado. dos pacientes. Resultados: Dentre os 192 pacientes avaliados 80,2% não apresentavam nenhuma complicação relacionada à nutrição enteral. Dos que foram avaliados com alguma complicação, 1,6% apresentaram saída invertida da sonda, 3,1% diarreia, 13,5% constipação e 1,6% distensão abdominal. Conclusão: Considerando o baixo número de complicações encontradas percebe-se que o serviço está de acordo com o que recomenda a literatura, sendo considerado um serviço de boa qualidade. P-065 IMPACTO DO USO DE SIMBIÓTICOS NA INCIDÊNCIA DE DIARREIA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS COM DIETA ENTERAL P-067 PERFIL NUTRICIONAL DOS PACIENTES INCLUÍDOS EM UM SERVIÇO DE ATENDIMENTO DOMICILIAR DE FORTALEZA- CE METÚSSULA SIMEIA (HOSPITAL GERAL - PAPI); ÊMILY BEZERRA (HOSPITAL GERAL - PAPI); SILVIO JOSÉ (HOSPITAL GERAL - PAPI) GABRIELLA FIDELIS DE SÁ (UECE); ALANE NOGUEIRA BEZERRA (UECE); FERNANDA MARIA MAIA MACHADO (UECE); GERMANIA ALVES MARTINS (UNIMED LAR); SIMONE CLESIA LOPES MELO (UNIMED LAR) Introdução: A diarreia é uma complicação comum associada ao paciente hospitalizado com nutrição enteral. O uso de prebióticos, probióticos e simbióticos podem contribuir para a prevenção e controle da diarreia, além de promover diversos benefícios para a saúde do individuo, sendo este último com ação mais efetiva. Objetivos: O presente estudo teve como objetivo avaliar o impacto do uso de simbióticos na incidência de diarreia em pacientes hospitalizados com dieta enteral. Método: A população estuda foi constituída de 28 pacientes, onde se avaliou a frequência e a característica de evacuações intestinais dos 10 primeiros dias de acompanhamento de pacientes hospitalizados, que recebiam dieta enteral, em um hospital geral, na cidade de Natal-RN. A amostra de pacientes foi dividida em dois grupos: grupo 1, constituído de pacientes que se encontravam internados quatro meses que antecederam o novo protocolo do hospital, os quais não recebiam suporte da terapia nutricional enteral com módulo de simbióticos; e grupo 2, composto de pacientes internados nos quatro meses que sucederam o novo protocolo do hospital, os quais recebiam suporte da terapia nutricional enteral com módulo de simbióticos. Resultados: Os resultados apontaram uma incidência de 21,4% de episódios de diarreia no grupo 1, enquanto que no grupo 2 a incidência foi de 7,70%, ou seja, uma diminuição de 278% de episódios de diarreia. Conclusão: Conclui-se que a utilização de simbióticos em pacientes que recebem suporte nutricional enteral é importante para o controle da função intestinal dos mesmos, principalmente no que se refere à diminuição de episódios de diarreia. Introdução: O crescimento do atendimento domiciliar (AD) no Brasil é recente. Esse crescimento deve-se a fatores como a transição demográfica, que demonstra um envelhecimento populacional cada vez mais acentuado, e a mudança no perfil epidemiológico da população, no qual há um aumento das doenças crônicas não transmissíveis. O serviço de atendimento domiciliar tem como prioridade aliar a atenção à saúde com: redução de custos; reintegração do paciente ao ambiente familiar, redução do número de internações e do estresse causado ao paciente pelo próprio ambiente hospitalar. A terapia nutricional interfere diretamente sobre o estado de saúde do paciente, sendo necessário acompanhamento contínuo do profissional nutricionista junto à equipe multiprofissional para promover recuperação ou manutenção do estado nutricional do paciente. Objetivo: Conhecer o perfil nutricional dos pacientes incluídos no serviço de atendimento domiciliar. Método: Os dados foram coletados de todos os pacientes inclusos no serviço dos meses de janeiro a junho de 2013. As vias de alimentação consideradas foram: via oral (VO), sonda nasoenteral (SNE) ou gástrica (SNG), gastrostomia (GTT), jejunostomia (JTT), via oral e enteral, parenteral (NPT). Foi avaliado o estado nutricional através do IMC estimado, segundo Organização Mundial da Saúde e Lipschitz, e a presença de alterações gastrointestinais como vômitos, constipação, distensão abdominal e diarreia. Resultados: O total de pacientes inclusos foi de 182, dentre os quais: 35,7% alimentavam-se V.O, 21,4% por SNG ou SNE, 38,5% por GTT, 0,5% por JTT, 3,9% VO e enteral. 48,9% eram eutróficos, 20,3% possuíam risco nutricional, 20,3% eram desnutridos, 5% sobrepeso, 5,5% obesidade; 77% não apresentavam nenhuma alteração gastrointestinal, 14,3% apresentavam constipação, 1% distensão abdominal, 1% vômito e 6,7% diarreia. Conclusão: O perfil nutricional dos pacientes inclusos no serviço pode ser traçado como sendo eutrófico, que se alimenta por sonda, sendo a maioria por gastrostomia e que não apresenta alterações gastrointestinais. P-066 PREVALÊNCIA DE COMPLICAÇÕES DA NUTRIÇÃO ENTERAL EM PACIENTES ACOMPANHADOS POR UM SERVIÇO DE ATENDIMENTO DOMICILIAR. GABRIELLA FIDELIS DE SÁ (UECE); ALANE NOGUEIRA BEZERRA (UECE); FERNANDA MARIA MAIA MACHADO (UECE); GERMANIA ALVES MARTINS (UNIMED LAR); SIMONE CLESIA LOPES MELO (UNIMED LAR) Introdução: A Terapia Nutricional Enteral (TNE), é considerada um conjunto de procedimentos terapêuticos empregados para manutenção ou recuperação do estado nutricional por meio de nutrição enteral. As complicações da NE podem ser divididas em três grupos: relacionadas à via de acesso, gastrintestinais e metabólicas. A literatura considera estas complicações como indicadores de qualidade de TNE. Dentre as recomendações é preconizado que a frequência de saída invertida de sonda de nutrição enteral deve ser menor ou igual a 10%, a de obstrução de sonda de nutrição enteral menor ou igual a 5%, a de diarreia menor ou igual a 10%, a de constipação menor que 20% e a de distensão abdominal menor que 15% para qualificar o serviço como de boa qualidade. Objetivo: Avaliar a prevalência de complicações da nutrição enteral em pacientes em TNE assistidos por um serviço de Atendimento Domiciliar. Método: Foram avaliados 192 pacientes de ambos os sexos e idades variadas em terapia nutricional enteral, acompanhados pelo serviço de Atendimento Domiciliar, foram analisados a frequência de saída invertida de sonda, obstrução de sonda, diarreia, constipação e distensão abdominal durante o mês de Junho de 2013. Os dados foram obtidos a partir dos prontuários P-068 OCORRÊNCIAS RELACIONADAS À TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL (TNE) QUE INTERFEREM NA OFERTA E NA RECUPERAÇÃO NUTRICIONAL DO PACIENTE HOSPITALIZADO ALINE CHAVES NERI (HOSPITAL SANTA CRUZ); JANICI THEREZINHA SANTOS (HOSPITAL SANTA CRUZ); JULIARA MUSSI DE ALMEIDA CHRISTIANO (HOSPITAL SANTA CRUZ) Introdução: Nos últimos anos, o interesse pelo estado nutricional de pacientes hospitalizados tem crescido mundialmente, uma vez que já é de conhecimento geral os efeitos da desnutrição sobre a morbi-mortalidade desse grupo (VASCONCELOS, 2002).Objetivo: identificar as ocorrências mais freqüentes relacionadas a Terapia Nutricional Enteral que possam interferir na oferta e na recuperação nutricional do paciente hospitalizado. Método: Estudo quantitativo, prospectivo, exploratório e descritivo, realizado em Hospital Geral de médio porte entre os meses de janeiro a março de 2012. A coleta de dados foi realizada durante as visitas diárias da Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 49 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Enfermeira e Médica da Equipe Multiprofissional de Terapia Enteral (EMTN) em 176 pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva, Transplante de Medula Óssea, Clinica Médica e Cirúrgica sob terapia nutricional, norteada por meio de um instrumento elaborado pelas pesquisadoras com os seguintes itens: Faixa etária, Gênero, Grau de dependência segundo escala de Fugulin, Tempo de permanência, Diagnóstico, Indicação para terapia nutricional. Ocorrências que interferiram na oferta da terapia nutricional ao paciente. Resultados: As ocorrências mais comuns foram: saque da SNE: 61 (35%) dos pacientes, diarréia: 53 (31%) dos casos, obstrução: 20 (12%), seguidos por 21 (12%) dos casos de jejum para procedimentos, distensão abdominal com 6 (3%) dos casos, vômito foram 6 (3%) dos casos investigados, intolerância a dieta foram 5 casos (3%), estase gástrica com 4 (2%) dos casos. Conclusão: Conclui-se que a administração de Terapia Nutricional pode ser dificultada por diversos fatores dire¬tamente relacionados ao paciente e sua evolução clinica ou pela rotina da assistência relacionada com o mesmo. Sabe-se que, diante das ocorrências levantadas, o paciente poderá não receber totalmente o aporte calórico prescrito pelo médico o que poderá impactar na sua recuperação. Diante desses fatos observou-se a necessidade de intervenções rápidas e conjuntas da EMTN como treinamentos para a equipe de enfermagem, padronização de fixação de SNE e implantação de protocolos assistenciais, para que as ocorrências pudessem ser resolvidas a curto prazo, garantindo o adequado aporte calórico e nutricional, prevenindo novas ocorrências. P-070 ADEQUAÇÃO DA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL EM PACIENTES SOB CUIDADOS INTENSIVOS SHIRLEY TAVARES OLIVEIRA (CLINUTRI); RENATA SIMONE OLIVEIRA BANDEIRA (CLINUTRI); RENATA BRANDÃO BORGES (CLINUTRI) Introdução: A depleção nutricional é frequente em pacientes em terapia intensiva, visto o intenso catabolismo e mobilização de proteínas para o reparo de tecidos lesados e fornecimento de energia, conhecida com resposta metabólica ao estresse ou resposta de fase aguda. Já está bem relatado em literatura que o início precoce e adequada da terapia nutricional enteral (TNE) pode reduzir consideravelmente a incidência de infecção e o tempo de permanência hospitalar. Objetivo: Verificar a adequação da oferta nutricional em até 72 horas do início da terapia nutricional enteral em pacientes sob cuidados intensivo. Método: Estudo transversal e observacional, realizado no período de janeiro a julho de 2013 na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Albert Sabin. Participaram da amostra pacientes maiores de 18 anos com terapia nutricional entereal exclusiva por mais de 72h. Foi aplicado o indicador de qualidade proposto, sendo considerada oferta calórico-protéica adequada quando alcançadas as necessidades nutricionais estimadas em até 72h após início da nutrição enteral. Resultados: Foram acompanhados 176 pacientes, sendo a maioria do sexo feminino (64,8%). A idade média foi 78,9 anos, com predominância de idosos (94,9%). A maioria tinha o diagnóstico de doença cardiovascular (76%), seguido de doenças pulmonares (19,9%). A adequação calóricoprotéica foi alcançada em 86,4%. Os principais motivos para o não alcance da adequação nutricional foram o óbito e a intolerância com 33,3% cada. Conclusão: Verificou-se um alto percentual de pacientes com adequação da oferta nutricional em até 72 horas, o que muitas vezes torna-se difícil pela instabilidade hemodinâmica de pacientes críticos, que retarda o início precoce e/ou a progressão da dieta conforme recomendado. O indicador de qualidade permite uma melhor monitorização da evolução da qualidade da assistência nutricional. P-069 PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES CANDIDATOS À CIRURGIA CARDÍACA JULIANA TEIXEIRA DA SILVA (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO); NAYARA VARJÃO DE OLIVEIRA (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO); MONIQUE TAVARES DE JESUS (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO); ERLAINE SOARES DO NASCIMENTO GOMES (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO); LUCIANA CATUNDA BRITO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) P-071 IDENTIFICAÇÃO DOS FATORES QUE INTERFEREM NA ADMINISTRAÇÃO DA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL DE UM HOSPITAL DO MUNICÍPIO DE VIÇOSA, MG. Introdução: O comprometimento nutricional é um fator que afeta de forma significativa o prognóstico de pacientes cirúrgicos. As deficiências orgânicas ou afecções graves apresentadas na desnutrição comprometem a capacidade de gerir o estresse, resultando numa maior taxa de complicações pós-operatórias. A obesidade, do mesmo modo, parece estar relacionada a uma maior incidência de complicações cardiovasculares e respiratórias no pós-operatório, entretanto os dados relativos ao impacto da obesidade sobre mortalidade e morbidade pós-operatória em cirurgia cardíaca ainda são contraditórios. Objetivos: Conhecer o estado nutricional dos pacientes candidatos à cirurgia cardíaca. Método: Estudo observacional, descritivo, de caráter prospectivo, baseado na avaliação antropométrica de pacientes candidatos à cirurgia cardíaca. Foram considerados como parâmetros para a avaliação nutricional o índice de massa corpórea, percentual de adequação da prega cutânea tricipital, circunferência do braço e circunferência muscular do braço, e circunferência da cintura, os quais foram coletados no dia que antecedeu a cirurgia. Resultados: A amostra foi constituída por 173 indivíduos de ambos os sexos, com idade média de 57,4±10,5 anos, sendo a maioria do sexo masculino (59,5%). O procedimento mais frequente foi a cirurgia de revascularização do miocárdio, a qual foi realizada em 116 indivíduos (67%). Foram encontrados 7% (n=12) dos indivíduos com diagnóstico de desnutrição e 58,8% (n=100) com sobrepeso ou obesidade, diagnosticado pelo IMC. A pesar do grande número de indivíduos com sobrepeso ou obesidade diagnosticado por este índice, foi encontrado 34,7% (n=60) dos indivíduos com depleção de massa muscular demonstrado pelo percentual de adequação da CB e 32,4% (n=56) evidenciado pelo percentual de adequação da CMB. Conclusão: A maior parte dos pacientes estudados apresentam sobrepeso ou obesidade quando classificados pelo IMC, entretanto boa parte deles encontra-se com baixa reserva de massa muscular e excesso de gordura visceral e subcutânea. HELOISA HELENA FIRMINO (CASA DE CARIDADE DE VIÇOSA HOSPITAL SÃO SEBASTIÃO); KARINE FRANKLIN ASSIS (CASA DE CARIDADE DE VIÇOSA - HOSPITAL SÃO SEBASTIÃO); MÁRCIO LUIZ FORTUNA ESMERALDO (CASA DE CARIDADE DE VIÇOSA - HOSPITAL SÃO SEBASTIÃO) Introdução: A Terapia Nutricional Enteral (TNE) mostra-se importante nos cuidados dispensados ao paciente, pois o estado nutricional interfere diretamente na evolução clínica. Na prática, percebe-se que, muitas vezes, volumes preconizados para a infusão da TNE não são atingidos, dificultando ou, até mesmo, retardando a recuperação do estado de saúde do paciente, o que pode ser devido às várias intercorrências relacionadas à administração da TNE. Objetivo: Detectar os principais fatores que limitam a administração correta da TNE para promoção do ajuste da taxa de infusão com otimização da mesma em prol da saúde dos pacientes internados em um hospital do município de Viçosa, MG. Método: Trata-se de um estudo prospectivo realizado a partir de uma Ficha pré estabelecida para o acompanhamento da administração da TNE; os dados foram tabelados e as estatísticas realizadas no Software Excel. Resultados: Foram analisados 12 pacientes críticos submetidos à TNE. A idade média destes foi de 70 anos, com mínima de 39 anos e máxima de 87 anos. A necessidade calórica estimada média foi de 1650Kcal/dia, com mínima de 1400Kcal/dia e máxima de 2160Kcal/ dia. A média de volume infundido foi de 1125ml/24h, com mínima de 930ml/24h e máxima de 1440ml/24h e a média da taxa de infusão foi Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 50 Suplemento Nutrição Clínica/2013 de 49,5ml/h, com mínima de 39ml/h e máxima de 60ml/h. As intercorrências mais frequentes foram os procedimentos de enfermagem, fisioterapia e pela própria condição clínica dos pacientes. Não houve registro de interrupções relacionadas à tolerância da dieta administrada. Os principais motivos da defasagem entre as necessidades calóricas calculadas, o prescrito e o administrado foram as interrupções para cuidados de enfermagem e de fisioterapia respiratória. O tempo médio do período de interrupção da administração da nutrição enteral perfez 4,5 horas/dia. O volume médio e a quantidade média de calorias não administrados pela TNE foi de 227,25ml/dia e 340 Kcal/dia, respectivamente. O percentual calórico médio infundido foi de 77,6%. Conclusão: Percebe-se que os fatores identificados implicaram na falta de administração do Valor Energético Total (VET) prescrito, o que merece atenção, elaboração e seguimento de um novo protocolo de infusão pela equipe de terapia nutricional, sendo proposta uma taxa de infusão calculada considerando-se apenas 20 horas, em contraposição às 24 horas adotadas pela instituição. CYNTHIA BARBOSA ALBUQUERQUE DOS SANTOS (UNIVERSIDADE TIRADENTES); TATIANA MARIA PALMEIRA DOS SANTOS (UNIVERSIDADE TIRADENTES); TAYS AREIDE DOS SANTOS ANDRADE (UNIVERSIDADE TIRADENTES); MUNIK SAMARAH GOMEZ SOUZA (UNIVERSIDADE TIRADENTES); JEORGEANY DIAS DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE TIRADENTES); ROSÂNGELA CRISTIANE DE OLIVEIRA ROCHA (UNIVERSIDADE TIRADENTES) Introdução: As Doenças Cardiovasculares (DCV) representam uma das principais causas de morbimortalidade no mundo. Quanto à sua etiologia, os principais fatores de risco foram identificados por estudos epidemiológicos realizados nos últimos 30 anos, destacando-se o tabagismo, Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabete Mellitus (DM), obesidade, inatividade física e dislipidemia. Dessa forma, quanto melhor o controle dos hábitos de vida, com redução do número de fatores modificáveis associados, maior é a redução deste risco. Objetivo: Traçar o perfil nutricional e estimar a prevalência dos principais fatores de risco cardiovasculares (RCV) em pacientes atendidos em um ambulatório de nutrição. Método: Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo, composto por 76 pacientes, adultos (93%) e idosos (7%), com idade média de 35,1 ± 12,4 anos. Foram utilizados os dados pessoais, clínicos e nutricionais disponíveis nos protocolo de atendimento. Para traçar o estado nutricional foi utilizado o IMC classificado de acordo com OMS (1998) para adultos e Lipschitz (1994) para idosos e CC segundo OMS (1998). Após estimar a prevalência dos fatores RCV, realizou-se a distribuição de frequência simples das variáveis de interesse. Resultados: As seguintes prevalências foram encontradas: 79% de sobrepeso/obesidade, 58% de hipertensão arterial sistêmica, 16% diabetes mellitus, 26% dislipidemia, 79% possuíam circunferência da cintura alterada, 55% inativos e 11% tabagismo. Verificamos que apenas 6% dos indivíduos não possuíam nenhum dos fatores de risco; 8% apresentavam um fator e 30%, 25%, e 31% apresentavam dois, três e quatro ou mais fatores associados, respectivamente. Conclusão: Foram identificados fatores de risco para doenças cardiovasculares nos pacientes atendidos como excesso de peso, sedentarismo, hipertensão, diabetes melitus tipo 2 e dislipidemia. Assim, é preciso intensificar as estratégias de prevenção, insistindo em medidas educativas e promoção de saúde, P-072 TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL EM PACIENTES GRAVES DE UM HOSPITAL DO MUNICÍPIO DE VIÇOSA, MG: RESULTADOS. MARIA AMÉLIA DA FONSECA (CASA DE CARIDADE DE VIÇOSA - HOSPITAL SÃO SEBASTIÃO); HELOISA HELENA FIRMINO (CASA DE CARIDADE DE VIÇOSA - HOSPITAL SÃO SEBASTIÃO) Introdução: A Terapia Nutricional é peça fundamental nos cuidados dispensados ao paciente crítico, devido às evidências científicas que comprovam que o estado nutricional interfere de forma concreta na sua evolução clínica. A Terapia Nutricional Enteral (TNE) faz parte da rotina de tratamento em pacientes impossibilitados de utilizar a via oral para alimentação e que possam utilizar o trato gastrintestinal. O uso da nutrição enteral (NE) está associado à redução no número de complicações infecciosas, manutenção da integridade da mucosa intestinal e redução da translocação bacteriana. Objetivo: Caracterizar o perfil nutricional dos pacientes hospitalizados no período de 1 de janeiro de 2011 a 31 de dezembro de 2012 usuários de Terapia Nutricional Enteral (TNE) de um hospital do município de Viçosa, MG. Método: Trata-se de um estudo prospectivo realizado a partir da revisão de banco de dados, por meio de uma ficha pré elaborada, dos pacientes usuários de TNE do referido período com posterior análise através do softwear SPSS versão 20. Utilizou-se as seguintes variáveis: sexo, idade superior ou inferior a 60 anos, tempo de permanência em TNE em dias, convênio utilizado pelo paciente, indicação da TNE, evolução do diagnóstico e estado nutricional do paciente. Resultados: Foram avaliados 356 pacientes durante o referido período, dos quais 51,1% eram do sexo feminino e 68,5% possuíam mais de 60 anos de idade. Do total, 19,9% foram inicialmente classificados com desnutrição grave; 23,6% com desnutrição leve-moderada; 11,2% com desnutrição leve; 38,8% como eutróficos e 6,5% com excesso de peso. A indicação mais frequente da TNE foi na Terapia Intensiva, sendo de 50,3% dos casos. Não obstante, o convênio mais utilizado em TNE pelos pacientes no hospital em questão foi o Sistema Único de Saúde – SUS, representando 72,2%. Dentre a evolução de diagnóstico, o mais frequente foi o óbito, sendo 53,7% dos casos e a média de tempo de permanência dos pacientes em TNE foi de 10,36 dias. Fez-se o teste de correlação entre o uso de TNE em terapia intensiva e evolução para óbito e encontrou-se uma correlação negativa. Conclusão: Percebe-se, assim, que a prescrição de TNE no referido hospital é elevada e suas características foram acima descritas, mas que o seu uso não correlaciona-se com a incidência de óbito nos pacientes usuários, o que corrobora a afirmativa que o uso de TNE favorece o prognóstico. P-074 PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES EM UM HOSPITAL DE URGÊNCIA DE ARACAJU-SE TATIANA MARIA PALMEIRA DOS SANTOS (UNIVERSIDADE TIRADENTES); CYNTHIA BARBOSA ALBUQUERQUE DOS SANTOS (UNIVERSIDADE TIRADENTES); TAYS AREIDE DOS SANTOS ANDRADE (UNIVERSIDADE TIRADENTES); MUNIK SAMARAH GOMEZ SOUZA (UNIVERSIDADE TIRADENTES); ROXANNE MELO PEIXOTO (UNIVERSIDADE TIRADENTES) Introdução: O estado de desnutrição é causa direta do maior tempo de internação hospitalar, aumento do número de complicações infecciosas, menor rotatividade dos leitos e maior custo por doente internado. Um dos métodos de avaliação nutricional utilizado no meio hospitalar para o diagnóstico desse é a antropometria. Objetivo: Avaliar o estado nutricional dos pacientes internados em um hospital de emergência, situado em Aracaju/SE. Método: Trata-se de um estudo de corte transversal e retrospectivo, cuja amostra foi composta por 76 pacientes, adultos e idosos de ambos os sexos, internados num Hospital Público de Sergipe. Os dados coletados foram obtidos durante o período de maio a julho de 2013. Para avaliar o estado nutricional foi utilizado o peso e altura para calcular o índice de massa corporal (IMC), a circunferência do braço (CB) e a prega cutânea tricipital (PCT) para cálculo da circunferência muscular do braço (CMB) e da área muscular do braço corrigida (AMBc). Resultados: Foram coletados dados de 76 pacientes, sendo 57 (75%) adultos e 19 (25%) idosos, 54 (71%) do sexo masculino e 22 (29%) do sexo feminino. A avaliação do estado nutricional através do IMC, para os pacientes adultos (OMS, 1998), demonstrou que 54% eram eutróficos, 23% estavam com P-073 PREVALÊNCIA DE OBESIDADE E FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO UNIVERSITÁRIO Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 51 Suplemento Nutrição Clínica/2013 sobrepeso e 13% desnutridos e segundo a classificação de IMC para idosos (Lipschitz, 1994) 50% destes apresentavam baixo peso e 11% excesso. Segundo a avaliação da PCT, 52% dos adultos foram classificados como obesos e 24% como desnutridos, e 37% dos idosos como desnutridos graves. Quanto a CMB, 78% dos adultos e 75% dos idosos possuíam algum grau de desnutrição. Através da AMBc foi comprovado que 63% dos adultos e 56% dos idosos eram desnutridos graves. Conclusão: Baseado no que foi exposto, é possível verificar uma alta prevalência de desnutrição principalmente entre os idosos. Vale ressaltar que o estado de desnutrição acarreta em complicações clinicas, ocasionando diretamente um maior tempo de internamento. Assim, o acompanhamento nutricional e a interferência alimentar são de grande importância na recuperação da saúde desses pacientes. Introdução: A investigação adequada do estado nutricional de pacientes hospitalizados está diretamente relacionada com a melhora na sua recuperação e com menor tempo de hospitalização. Para facilitar esse processo, foi criada na área pediátrica uma Triagem Nutricional chamada Strong Kids. Essa triagem é considerada completa pelo fato de contemplar: avaliação subjetiva, investigação da doença apresentada, perda ou ganho ponderal e a ingestão alimentar/nutricional. Avaliar o perfil nutricional das crianças internadas em um hospital filantrópico do Município de São Paulo, durante o mês de Fevereiro de 2013, por meio da aplicabilidade da ferramenta de triagem nutricional pediátrica: Strong Kids. A pesquisa se caracteriza como transversal, prospectiva, de caráter descritivo e quantitativo. Iniciou-se com a visita nutricional nos pacientes internados nas últimas 24 horas, confirmando dados necessários para o preenchimento da ferramenta Strong Kids. A seguir, definiu-se o estado nutricional das crianças a partir do percentil do índice peso/idade e para os adolescentes, a partir do índice do IMC/idade. Avaliando também a perda de peso desde admissão até alta hospitalar, perda de peso por dia de internação. A classificação de perda de peso durante a internação foi comparada com a classificação de porcentagem de perda de peso de acordo com Blackburn. A amostra do estudo totalizou 74 indivíduos. Deste total, 69 eram crianças, sendo 35 do sexo masculino e 34 do feminino; e 5 adolescentes, 2 do sexo masculino e 3 do feminino. A média de idade da amostra foi de 47,13 meses. De acordo com o índice de peso/idade nas crianças 91,3% apresentaram peso adequado para idade. Em relação aos adolescentes, 60% apresentaram eutrofia. De acordo com a classificação pelo Strong Kids, nas crianças, 62,31% apresentaram Baixo Risco, 36,23% apresentaram Risco Moderado e apenas 1,44%, do sexo feminino apresentou Risco Alto. Nos adolescentes 80% apresentaram Baixo Risco e apenas 20% do sexo feminino, apresentou Risco Moderado. As crianças que perderam peso durante a internação totalizaram 36,23%. Enquanto que dentre os adolescentes, 80% tiveram perda de peso durante a internação. A média de perda de peso por dia de internação foi de 1,41% do peso. No entanto todos os pacientes avaliados mantiveram seu estado nutricional. É de extrema importância a existência de uma ferramenta de triagem nutricional na especialidade pediátrica que possibilite identificar precocemente o risco ou a desnutrição já instaurada para a realização de um plano nutricional adequado e individualizado. P-075 AVALIAÇÃO DA GORDURA CORPORAL COMO FATOR DE RISCO CARDIOVASCULAR EM FUNCIONÁRIOS DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DA CIDADE DO RECIFE/PE FABÍOLA KARINE ARRUDA XAVIER PONZI (UFPE); POLIANA COELHO CABRAL (UFPE); NATHALIA FIDELIS LINS VIEIRA (UFPE); ANA MARIA ACCIOLY BEZERRA DE MELO (); CATARINA VASCONCELOS DE MELO (); LÍVIA AZEVEDO REGIS OLIVEIRA () Introdução: É sabido atualmente que a obesidade tem aumentado significativamente e, hoje, já está bem estabelecida a relação entre o excesso de gordura corporal, principalmente aquela localizada na região abdominal, e o desenvolvimento de complicações metabólicas e cardiovasculares. Desse modo, para a prevenção dessas complicações, são necessários métodos precisos e acessíveis para avaliar a gordura corporal. Objetivo: Analisar as diferentes técnicas de avaliação da gordura corporal em adultos. Método: Foi realizado estudo transversal com 268 funcionários de uma universidade pública do Recife, com média de idade de 43 anos. Os participantes foram submetidos à aferição do peso, altura, dobras cutâneas, circunferência da cintura (CC) e percentual de gordura pela bioimpedância elétrica (GorBIA). Aproximadamente 60% da amostra estudada apresentaram excesso de peso, dentre os quais, cerca de 20% eram obesos. Também foi elevada a prevalência de obesidade abdominal, 56,3% dos homens e 81,6% das mulheres foram classificados na faixa de risco pela CC (p=0,0001) e mais de 70,0% da amostra estudada foi classificada nessa categoria pela RCE. Em relação a GorBIA, 28,9% das mulheres e 31,1% dos homens apresentaram percentual de gordura na faixa de risco (p=0,812). Esses percentuais quando avaliados pelo somatório de dobras foi de 43,8% e 42,5% para mulheres e homens, respectivamente (p=0,942). Os resultados mostraram que houve moderada associação entre a GorBIA e o somatório das dobras, assim como entre a GorBIA e a RCE e CC. Por outro lado, no estudo comparativo entre a GorBIA x somatório de dobras verificou-se que, este último identificou, no sexo feminino, percentuais bem mais elevados de risco relacionados à obesidade. Conclusão:Os achados mostram que na impossibilidade de utilizar a BIA, o somatório das dobras cutâneas pode ser utilizado para avaliar o percentual da gordura corporal e devem ser realizadas também medidas da CC e da RCE para analisar distribuição corporal de gordura. P-077 FIBROSE CISTICA - PERFIL NUTRICIONAL EM DOIS MOMENTOS DE CRIANÇAS ACOMPANHADAS EM UM AMBULATÓRIO MULTIDISCIPLINAR DE CURITIBA/PR MIRELLA NEVES ALMEIDA (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); ANA CLÁUDIA CRUZ DOS SANTOS (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); DENISE TIEMI MIYAKAWA (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); BRUNA MANSUR LAGO (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); JOCEMARA GURMINI (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); KARIN KNABBEN DE SOUZA (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE) Introdução: A fibrose cística (FC) é uma doença hereditária autossômica recessiva que tem como as principais complicações: respiratória e disfunção das glândulas exócrinas com comprometimento da completa digestão dos alimentos. A desnutrição representa um desafio para as equipes que acompanham esses pacientes, por ter um caráter multifatorial e, em decorrência da progressão da doença, poder se manifestar como déficit de crescimento, perda de peso, retardo da puberdade, deficiências nutricionais e comprometimento da função pulmonar. Foi realizado estudo retrospectivo com dados de prontuários de pacientes atendidos em ambulatório multidisciplinar de FC em Curitiba/PR após aprovação do comitê de ética da instituição. Os dados foram coletados a partir de 80 prontuários, sendo excluídos aqueles que não tinham segunda avaliação e aqueles maiores de 19 anos. Permaneceram no estudo 71 pacientes, sendo 52,1% do sexo feminino e 47,9% masculino. Destes, 40,8% foram identificados pela triagem neonatal e todos tiveram o diagnóstico confir- P-076 AVALIAÇÃO DO PERFIL NUTRICIONAL DE CRIANÇAS INTERNADAS EM UM HOSPITAL DE SÃO PAULO, SEGUNDO FERRAMENTA STRONG KIDS NATHALIA FERREIRA PINHO GAMA (CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO); MARIANE MARQUES (CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO); VERA SILVIA FRAGELLA (CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO); JULIANA ZANETTI MACHADO (HOSPITAL SÃO CAMILO ); STEFANIA YUMI (HOSPITAL SÃO CAMILO ); MARISA RESENDE COUTINHO (HOSPITAL SÃO CAMILO) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 52 Suplemento Nutrição Clínica/2013 mado através do teste do suor. A média de idade na 1ª consulta foi de 37 meses, sendo a maioria menores de 5 anos (76,1%). O tempo médio de acompanhamento foi 48 meses. Na avaliação antropométrica da 1ª consulta, 48 pacientes (67,6%) encontravam-se eutróficos, e destes 34 (70,8%) mantiveram esta condição na última avaliação. Dos pacientes desnutridos (magreza e magreza acentuada – 22 pacientes: 30,98%) na 1ª avaliação, 68,1% apresentavam-se eutróficos na última avaliação. Concluímos que pacientes acompanhados por suporte nutricional e por equipe multidisciplinar em ambulatório especializado em FC apresentam recuperação e melhora do estado nutricional. Introdução: O cuidado nutricional deve ser realizado com planejamento e de forma sistematizada, sendo necessária uma intervenção precoce a fim de minimizar os distúrbios nutricionais, possibilitando um manejo adequado de forma a auxiliar na recuperação do estado de saúde do paciente.Objetivo: Objetivou-se elaborar e implantar um instrumento para acompanhamento de avaliação e terapia nutricional de pacientes internados na unidade de tratamento intensivo (UTI). Método: O estudo foi dividido em três etapas - construção do instrumento, avaliação através de um estudo piloto e implantação do mesmo. Resultados: A construção do instrumento foi o primeiro passo. Neste foi realizado uma revisão da literatura básica, abordando itens da avaliação nutricional como: antropometria, exames bioquímicos e avaliação clínica. Para acompanhamento da terapia nutricional foram incluídos: via de administração, tipo de fórmula, vazão, composição de macronutrientes e evolução da dieta, todos baseados nas necessidades nutricionais do paciente. No segundo momento, realizou-se um piloto que serviu de base para ajustes do instrumento e a última etapa constou da implantação do mesmo, já com as devidas modificações.Conclusão: Verificou-se que o instrumento pode facilitar e direcionar o acompanhamento nutricional e que serve de guia para a elaboração de condutas individualizadas para os pacientes críticos. P-078 APLICABILIDADE DA ESPESSURA DO MÚSCULO ADUTOR DO POLEGAR COMO MÉTODO DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE PACIENTES CANDIDATOS À CIRURGIA CARDÍACA. NAYARA VARJÃO (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO); JULIANA TEIXEIRA (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO); LUCIANA CATUNDA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); MONIQUE TAVARES (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO); LÍVIA RIBEIRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS); BIANCA SOUZA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) P-080 IMPLANTAÇÃO DE UM MANUAL DE INTERAÇÃO DROGA X NUTRIENTE NA PRÁTICA NEONATAL E PEDIÁTRICA Introdução: A desnutrição associa-se a complicações pós-operatórias, tornando fundamental a identificação precoce dos pacientes em risco. A Espessura do Músculo Adutor do Polegar (EMAP) consiste em um método direto para avaliação do estado nutricional, dispensando o uso de fórmulas estimativas de seu valor real. O músculo está fixado entre duas estruturas ósseas, é plano e anatomicamente definido, permitindo uma adequada avaliação de sua espessura. Objetivo: Avaliar a associação da EMAP com medidas antropométricas e laboratoriais clássicas em pacientes candidatos à cirurgia cardíaca e, consequentemente, sua eficiência como parâmetro de avaliação nutricional. Método: Estudo transversal de caráter quantitativo, realizado com pacientes candidatos a cirurgias cardíacas. Eles foram submetidos à avaliação nutricional por meio do índice de massa corporal, circunferência do braço, circunferência da panturrilha, albumina sérica e EMAP. Para a classificação do estado nutricional a partir desta última, foram utilizados pontos de corte divididos por gênero e faixa etária. A análise estatística dos dados utilizou o software SPSS versão 19. Foi realizado o teste qui-quadrado para verificar a associação entre as variáveis categóricas. O critério de significância foi ao nível de 5%. Resultados: A amostra foi composta por 106 pacientes, dos quais 57% eram homens e 43% mulheres, com uma média de idade de 58,01 ± 10,48 anos. A média da EMAP foi de 14,9 ± 4,64 mm, sendo 77% dos pacientes classificados como desnutridos por esta medida. Foi encontrada uma associação da classificação do estado nutricional através da EMAP com o índice de massa corpórea (p = 0,049), bem como com a circunferência do braço (p = 0,004). Conclusão: Tendo em vista a associação entre a classificação do estado nutricional por meio da EMAP com medidas classicamente utilizadas, tal método pode ser considerado eficaz para a avaliação nutricional de pacientes no pré-operatório de cirurgia cardíaca. ANDRÉIA MINUTTI (HOSPITAL SANTA CATARINA); MÁRIO FALCÃO (HOSPITAL SANTA CATARINA); CLAUDIA MATSUBA (HOSPITAL DO CORAÇÃO); REGINA STIKAN (HOSPITAL SANTA CATARINA); TATIANA CLEMENTE (HOSPITAL SANTA CATARINA); MÁRCIA SASAKI (HOSPITAL SANTA CATARINA) Introdução: A administração de medicamentos por sonda enteral em Neonatologia e Pediatria vem se tornando mais frequente devido a gravidade dos pacientes, mas não isenta de complicações. Assim se fez necessário a elaboração de um Manual de Interação Droga x Nutriente para auxilio da equipe multidisciplinar na prática segura de administração de medicamentos e nutrientes.Objetivo: Implantar um Manual de Interação Droga x Nutriente na Prática Neonatal e Pediátrica pela Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional Pediátrica, visando consulta segura e rápida à beira leito pela equipe multidisciplinar, minimizando intercorrências com o dispositivo,segurança no atendimento ao paciente, alcance do aporte calórico, diminuição do tempo de interação e custos, além de preparar a equipe para as boas práticas de administração do medicamento por via enteral. Método: 1° Levantamento dos principais medicamentos administrados por sonda; 2° Revisão bibliográfica de 2001 a 2011 nas bases de dados Scielo, Pubmed, Lilacs e Micromedex dos medicamentos e as possíveis interações com os nutrientes. 3° Redação do Manual e apresentação à equipes que atuam no atendimento destas Unidades. Resultados: Foram levantados de acordo com p perfil de uso das Unidades Neonatal e Pediátrica os medicamentos mais utilizados por via enteral e selecionados 40 dentre os grupos: anti-hipertensivos, cardiotônicos, diuréticos, antibióticos, analgésicos, hormônios, anticonvulsivantes, inibidores da bomba de prótons, disponibilizado na forma de manual onde consta o nome do fármaco, forma farmacêutica, via de administração, mecanismo de ação e recomendações no cuidado da administração dos mesmos, além das possíveis interações droga x nutriente. Conclusão: A implantação de um Manual de Interação Droga x Nutriente demonstrou ser ferramenta essencial no cuidado da equipe multidisciplinar ao paciente pediátrico em terapia nutricional enteral, proporcionando consulta rápida, sinalizando as possíveis interações droga x nutriente e possibilitando ação direta para prevenção destes, garantindo melhorias na assistência e segurança no atendimentos a estes clientes. P-079 PROPOSTA DE INSTRUMENTO DE ACOMPANHAMENTO DE AVALIAÇÃO E TERAPIA NUTRICIONAL EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BRENDA LIMA DA SILVEIRA (HOSPITAL UNIVERSITARIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES); ALYNE DA COSTA ARAUJO (HOSPITAL UNIVERSITARIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES); JOÃO ARAÚJO BARROS NETO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS); NINA THAIS GOMES DE CARVALHO SANTIAGO (HOSPITAL UNIVERSITARIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES); PATRICIA BRAZIL PEREIRA COELHO (HOSPITAL UNIVERSITARIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES); THALITA SOUTO DOS SANTOS (HOSPITAL UNIVERSITARIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 53 Suplemento Nutrição Clínica/2013 P-081 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL EM UM GRUPO DE APOIO AO PACIENTE OBESO MÓRBIDO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE ALAGOAS específicos para as diferentes faixas etárias. O diagnóstico antropométrico foi obtido mediante os indicadores peso/idade, índice de massa corpórea/ idade, estatura/idade, peso/estatura, considerando os pontos de corte preconizados pela Organização Mundial de Saúde (2006). Para a triagem nutricional foi utilizada a ferramenta STRONGkids. Resultados: Dos 42 pacientes que participaram do estudo, 20 (48%) foram classificados com baixo risco nutricional, segundo a ferramenta STRONGkids, 21 (50%) com risco nutricional moderado e 1 (2%) com alto risco nutricional. Quanto ao diagnóstico antropométrico, 36 (86%) pacientes eram eutróficos, 5 (12%) desnutridos e 1 (2%) apresentava déficit de crescimento. Dos pacientes eutróficos, 18 (50%) foram classificados com baixo risco nutricional, 18 (50%) com risco moderado e nenhum com alto risco nutricional. Entre os pacientes desnutridos, apenas 1 (20%) apresentava baixo risco nutricional, enquanto que 3 (60%) foram classificados com risco moderado e 1 (20%) com alto risco nutricional. Conclusão: Os resultados obtidos neste estudo permitiram concluir que embora a maioria dos pacientes admitidos não apresentasse alterações segundo os indicadores antropométricos, cerca de metade dos pacientes triados apresentavam risco nutricional variando entre moderado e grave. Considerando que a identificação precoce de pacientes em condição de risco nutricional possibilita a intervenção em tempo hábil e direciona o cuidado nutricional, a implantação da triagem por meio do STRONGkids se constitui em um instrumento importante para o benefício do paciente. BRENDA LIMA DA SILVEIRA (HOSPITAL UNIVERSITARIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES); ALYNE DA COSTA ARAUJO (HOSPITAL UNIVERSITARIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES); EMÍLIA MARIA WANDERLEY DE GUSMÃO BARBOSA (HOSPITAL UNIVERSITARIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES); NINA THAIS GOMES DE CARVALHO SANTIAGO (HOSPITAL UNIVERSITARIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES); THALITA SOUTO DOS SANTOS (HOSPITAL UNIVERSITARIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES) Objetivo: Descrever as atividades de educação nutricional realizada em um Grupo de apoio ao Paciente Obeso Mórbido (GAPOM) de um Hospital Universitário de Alagoas. Método: As atividades foram realizadas semanalmente ao longo do ano de 2013 com pacientes do pré-operatório acompanhados pelo GAPOM. As atividades foram realizadas em duas etapas: a primeira, por intermédio de exibição de recursos audiovisuais e dinâmicas de grupo, sobre diversos temas como: diabetes, hipertensão e dislipidemia. Na segunda etapa foram realizadas discussões sobre o papel da nutrição nessas patologias. Após isso foram iniciadas rodas de conversa onde os pacientes expuseram suas opiniões e tiraram suas dúvidas acerca da alimentação nessas patologias. Resultados: As atividades abrangeram 48 pacientes, sendo 75 % do sexo feminino e 25% do sexo masculino. São pacientes do pré-operatório incluídos no programa há cerca de 2 a 8 anos e que relataram dificuldades em participar das reuniões rotineiramente devido ao longo período de acompanhamento e falta de transporte, desistências e retornos ao grupo e problemas de marcação de consultas com os vários profissionais incluídos no programa. As principais dúvidas giraram em torno de quais ingredientes podem ser usados para substituir o uso de açúcar, sal e gorduras em geral, sobre a alimentação no pós-operatório, intolerâncias, mitos e tabus que cercam a abordagem cirúrgica. Conclusão: Percebe-se a importância de atividades de educação nutricional e acompanhamento desses pacientes a longo prazo na perspectiva de que os conhecimentos adquiridos possam ser úteis na escolha de hábitos de vida saudáveis contribuindo na melhoria da qualidade de vida e sucesso do tratamento. P-083 IMPLANTAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE EM EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DE TERAPIA NUTRICIONAL ANDREIA MINUTTI (HOSPITAL SANTA CATARINA); MÁRIO FALCÃO (HOSPITAL SANTA CATARINA); REGINA STIKAN (HOSPITAL SANTA CATARINA); ROSANA TUMAS (HOSPITAL SANTA CATARINA); RASMIE GHAZZAOUI (HOSPITAL SANTA CATARINA); JORGE REZENDE (HOSPITAL SANTA CATARINA) Introdução: Os serviços de saúde públicos e privados estão passando por mudanças, necessitando aperfeiçoar processos e aumentar a produtividade que resultem em melhor atendimento, sendo a implantação de indicadores de qualidade hospitalar importante arma para o aprimoramento de seus processos.Objetivos: Descrever indicadores de qualidade hospitalar implantados pela Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional Pediátrica em um hospital geral, privado, de nível terciário em São Paulo (Capital) e os benefícios encontrados na assistência ao paciente. Método: Trabalho desenvolvido em 4 etapas: 1° Análise dos 9 indicadores de qualidade propostos pelo grupo; 2° Seleção e implantação dos 5 indicadores ( Índice de perda de sonda para aporte nutricional, Índice de perda de acesso venoso para aporte nutricional, Índice de dieta enteral infundido, Índice de nutrição parenteral infundido, Índice de calorias prescritas) pela EMTN; 3° Análise dos resultados encontrados e não conformidades que dificultavam ao sucesso da terapêutica, com orientação e treinamento da equipe de enfermagem e médica direcionadas as boas práticas de administração e prescrição da terapia nutricional; 4° Análise dos resultados para a detecção de melhorias propostas. Resultados: Foi observada pela equipe uma grande dificuldade em atingir o aporte calórico necessário ao paciente, devido à intercorrências relacionadas aos dispositivos e não conformidades na assistência prestada. Após a orientação de toda a equipe envolvida no processo, observamos melhorias dos processos através da sinalização dos indicadores como: Índice de Calorias Prescritas, Índice de Dieta Enteral, Índice de Nutrição Parenteral, Índice de Perda de acesso e Índice de Perda de Sonda. Conclusão: A implantação e monitoramento dos indicadores de qualidade demonstrou ser ferramenta essencial no cuidado ao paciente em terapia nutricional, devendo sinalizar as não conformidades e possibilitar à Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional atuação direta na prevenção destes, garantindo assim melhorias na assistência e segurança no atendimento a estes clientes. P-082 DIAGNÓSTICO ANTROPOMÉTRICO E TRIAGEM NUTRICIONAL EM PACIENTES INTERNADOS EM UM HOSPITAL PEDIÁTRICO DO NORDESTE BRASILEIRO. MARIA ZILDA NERY (UFRB); PATRICIA PINHEIRO SOUZA CAMPOS (IMIP); MAYARA NOGUEIRA MOREIRA (IMIP); CLOTILDE ASSIS OLIVEIRA (UFRB); CATIA REGINA BISPO DOS SANTOS E SANTOS (IMIP); CASSIA LORENA CAVALCANTE SIMPLÍCIO DA SILVA (UFRB) Introdução: Diante da elevada prevalência de desnutrição hospitalar, a triagem nutricional tem sido recomendada nacional e internacionalmente, para detecção do risco nutricional durante a hospitalização e que antecede a avaliação nutricional. Assim, a identificação do risco nutricional dos pacientes possibilita ao nutricionista uma intervenção nutricional precoce. Objetivo: Comparar os resultados de uma triagem nutricional com os resultados obtidos a partir da avaliação antropométrica realizada nos pacientes admitidos em um hospital público do estado da Bahia. Método: Estudo transversal, prospectivo, exploratório, realizado em um hospital público do estado da Bahia, entre maio e junho de 2013. A amostra foi obtida por conveniência e o critério de seleção permitiu incluir pacientes com idade entre 1 mês e 18 anos incompletos. Foram excluídos deste estudo, pacientes portadores de neuropatia, edema, amputação de membros, para e tetraplegia, ou com diagnóstico clínico ainda não definido. Os pacientes foram triados e as medidas antropométricas mensuradas conforme protocolo instituído pelo Serviço de Nutrição. A avaliação antropométrica compreendeu a mensuração do peso e estatura através de equipamentos Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 54 Suplemento Nutrição Clínica/2013 P-084 ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES NEFROPATAS ACOMPANHADOS EM AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO DE UM HOSPITAL INFANTIL DE CURITIBA-PR: PERFIL EM DOIS MOMENTOS medicação à base de inibidor de bomba de prótons. Aplicou-se o teste da urease para verificação de presença ou ausência do microorganismo. A coleta de dados dietéticos foi realizada através de 2 recordatórios alimentares de 24 horas. As medidas caseiras foram convertidas em gramas com auxílio da tabela de Pinheiro et al. (2005). A análise da composição química da dieta foi realizada utilizando o DietWin Profissional 2.0, especificamente quantificando carboidrato, proteína, gordura, fibra, sódio e colesterol. A análise estatística foi efetuada através do programa estatístico SPSS (Statistical Program of Social Science), versão 18.0. As variáveis categoriais foram analisadas através do teste Qui-quadrado e as médias foram comparadas através do teste t de Student, adotando-se p < 0,05 como nível de significância. Resultados: Dentre os 140 pacientes estudados, 101 (72,1%) eram mulheres e 39 (27,9%) eram homens. Em relação à presença da bactéria Helicobacter pylori, 78 (55,7%) eram negativos e 62 (44,3%) eram positivos. A idade média dos participantes foi 39,7 ± 12,0 anos, sendo 39,9 ± 12,1 anos entre os pacientes Hp positivos e 39,6 ± 11,9 anos entre os Hp negativos. As médias de ingestão em pacientes negativos e positivos, respectivamente, foi 223,5g e 207,7g (p = 0,323) de carboidrato, 73,8g e 69,5g (p = 0,307) de proteína, 47,4 e 49,5g (p = 0,855) de gordura, 13,9g e 12,8g (p = 0,352) de fibra, 2826,3mg e 2779,3mg (p = 0,545) de sódio e 180,6 e 196,6mg (p = 0,879) de colesterol. Conclusão: Não foram encontradas diferenças significativas nos itens dietéticos analisados. São ainda necessárias pesquisas envolvendo amostras maiores, com a investigação de marcadores antropométricos e análise qualitativa da dieta. BRUNA MANSUR LAGO (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); DENISE TIEMI MIYAKAWA (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); MIRELLA NEVES ALMEIDA (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); ANA CLÁUDIA CRUZ DOS SANTOS (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); JOCEMARA GURMINI (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); KARIN KNABBEN DE SOUZA (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE) Introdução: A desnutrição acomete crianças com doença renal crônica, podendo aumentar a morbimortalidade. Diagnosticá-la precocemente possibilita intervenção. O estudo objetivou conhecer o perfil antropométrico em 2 momentos de pacientes nefropatas acompanhados em Ambulatório de Nutrição Clínica de um hospital pediátrico de Curitiba/PR. Foi realizado um estudo longitudinal, aprovado pelo comitê de ética, com peso e estatura de pacientes acompanhados no período de janeiro/2008 a junho/2013. Os índices Peso/idade (P/I), Estatura/idade (E/I) e IMC/idade (IMC/I) foram classificados conforme escore z da OMS. Para análise estatística de associação entre as variáveis utilizou-se teste de QuiQuadrado (p<0,05). Realizou-se 95 avaliações, 44 (46,3%) meninas e 51 (53,7%) meninos, com média de idade de 84 ± 81 meses. O tempo médio de acompanhamento foi de 12,1 meses (0-53 meses). A maior frequência de diagnóstico foi de doença renal crônica (59 – 62,1%), seguido de bexiga neurogênica (16 -16,8%). Houve associação estatística entre tempo de acompanhamento e o indice P/I (p=0,03), assim como com o índice E/I (p=0,04). Setenta crianças (42,85%) tiveram medidas antropométricas aferidas na última consulta e considerando-se alteração de peso, 36 (53,7%) mantiveram o peso, 9 (13,4%) ganharam e 4 (6,0%) perderam peso durante o acompanhamento. Onze pacientes (15,7%) apresentaram melhora do escore-z IMC/I. Dos 22 pacientes que utilizaram suplemento alimentar via oral, 5 melhoraram o índice E/I sem utilização do hormônio do crescimento, e dos 10 que apresentaram subnutrição na ultima avaliação, 6 (60%) eram maiores de 10 anos (p=0,01). Dos 36 pacientes acompanhados mais de 12 meses, 18 mantiveram-se eutróficos (50%), 3 (8,3%) mantiveram-se desnutridos, 5 recuperaram estado nutricional (13,8%) e 3 permaneceram com sobrepeso (8,3%). Pacientes com doença renal crônica devem iniciar precocemente o acompanhamento nutricional para que o estado nutricional, assim como o crescimento sejam mantidos. P-086 TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL EM CRIANÇAS HOSPITALIZADAS: PERFIL ANTROPOMÉTRICO EM DOIS MOMENTOS BRUNA MANSUR LAGO (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); DENISE TIEMI MIYAKAWA (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); MIRELLA NEVES ALMEIDA (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); ANA CLÁUDIA CRUZ DOS SANTOS (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); JOCEMARA GURMINI (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); ANA PAULA FADONI (HOSPITAL PEQUENO ­PRÍNCIPE) Introdução: Crianças hospitalizadas podem ter sua morbimortalidade aumentada pela desnutrição. O estudo objetivou conhecer o perfil antropométrico de pacientes em terapia nutricional em hospital pediátrico de Curitiba em dois momentos. Foi realizado um estudo longitudinal, aprovado pelo comitê de ética, com peso e estatura de pacientes internados, acompanhados pelo Suporte Nutricional de janeiro a março/2012. Peso/idade, Estatura/idade e IMC/idade foram classificados conforme escore z da OMS. Para verificação da associação estatista entre as varáveis utilizou-se o teste QuiQuadrado (p<0,05). Realizadas 60 avaliações, 27 (45%) meninas e 33 (55%) meninos, maioria (53/88,3%) assistida pelo SUS. O tempo médio de internamento foi de 17,6 dias (4-116 dias). A maior frequência de diagnóstico foi de nefropatias (13 – 21,7%), seguido de doenças hematológicas (10-16,7%) Não houve associação estatística entre período de internamento e IMC/I, assim como com o índice E/I (p=0,14 e p=0,58 respectivamente). 27 crianças (45%) tiveram medidas antropométricas aferidas antes da alta hospitalar e considerando-se alteração de peso a maioria (22/81,5%) manteve peso, 4 (14,8%) ganharam e 1 (3,7%) perdeu peso durante o internamento. 6 pacientes (22,2%) apresentaram melhora do indice IMC/I. Dos 15 pacientes inicialmente eutróficos, 12 assim se mantiveram, e dos 10 que apresentaram subnutrição na primeira avaliação, 2 (20%) recuperaram o estado nutricional, 5 (50%) mantiveram e 3 (30%) melhoram parcialmente. Dos 16 pacientes internados mais de 15 dias, 8 mantiveramse eutróficos (50%), 1 recuperou totalmente o estado nutricional (6,25%), 3 recuperaram parcialmente (18,75%) e 4 mantiveram-se subnutridos (25%). Pacientes internados que recebem o suporte nutricional adequado durante o internamento não sofrem alteração do seu estado nutricional inicial. Já aqueles que apresentam algum tipo de déficit nutricional não são prejudicados pelo internamento. P-085 INFECÇÃO PELO HELICOBACTER PYLORI: QUAL A REPERCUSSÃO NA INGESTÃO ALIMENTAR? NAYRANNE HIVINA CARVALHO TAVARES (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); SARAH MARIA DE ARAUJO ALMEIDA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); DAIANNE CRISTINA ROCHA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); HELENA ALVES DE CARVALHO SAMPAIO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); ANTÔNIO AUGUSTO FERREIRA CARIOCA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); JOSÉ RUVER LIMA HERCULANO JÚNIOR (HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA) Introdução: A infecção pelo Helicobacter pylori (Hp) ocorre em todo o mundo e acomete mais da metade da humanidade. Pesquisas apontam que tal infecção pode influenciar a ingestão alimentar, porém apesar de alguns estudos apontarem redução de ingestão, o tipo de influência ainda é tema controverso. Objetivo: Investigar os efeitos da presença de Helicobacter pylori sobre a ingestão alimentar. Método: Estudo do tipo transversal, de abordagem quantitativa e comparativa. A amostra foi constituída por 140 pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde e que buscaram o Serviço de Endoscopia de uma Instituição de referência para realização de endoscopia digestiva alta, no período de julho de 2012 a maio de 2013. Foram excluídos: idosos, crianças, portadores de neoplasia gástrica e usuários de Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 55 Suplemento Nutrição Clínica/2013 P-088 CUIDADO NUTRICIONAL DO PACIENTE MUITO IDOSO laboratoriais. A avaliação antropométrica foi realizada por um único investigador e a semiologia foi realizada no mesmo dia por duas avaliadoras independentes, anteriormente à avaliação antropométrica, sem terem conhecimento dos resultados uma das outras, assim como das avaliações objetivas. Foram analisadas a sensibilidade (S) e a especificidade (E) do exame físico, comparando-o com o diagnóstico nutricional obtido pelo IMC, considerando uma alta validade com valores de S e E em torno de 90%. O grau de concordância observado entre as examinadoras no exame físico foi verificado por meio do teste Kappa, adotando-se: kappa < 0,4 = concordância leve; 0,4-0,8 = concordância moderada; 0,8-1,0 = concordância forte; kappa = 1,0 = concordância perfeita. Os dados foram analisados utilizando-se o software SPSS, versão 13.0. Resultados: A casuística foi composta por pacientes com média de idade 41,2 (± 10,7) anos, sendo 50% do sexo masculino. Os resultados evidenciaram que 81,3% dos pacientes não apresentavam desnutrição segundo o índice de massa corporal (IMC), já pela prega cutânea tricipital 100% se mostraram desnutridos. Pelo exame semiológico, mais de 50% dos pacientes apresentaram ausência dos sinais físicos de desnutrição. Revelou-se uma baixa sensibilidade da semiologia, utilizando o IMC como padrão, apresentando boa especificidade (E>90%) para a musculatura do quadríceps, panturrilha, adutora do polegar e fáceis de desnutrição crônica. A reprodutibilidade interobservadores variou de leve a moderada, sendo melhor para a musculatura do quadríceps por apresentar > valor Kappa (0,77). Conclusão: A semiologia não foi uma boa ferramenta para o diagnóstico de desnutrição, quando comparada ao IMC, sendo um método de fácil aplicação e baixo custo, melhor utilizada quando por observadores treinados. FERNANDA RPDRIGUES ALVES (HOSPITAL SAMARITANO); MARISA CHICONELLI BAILER (HOSPITAL SAMARITANO); LARISSA LINS (HOSPITAL SAMARITANO); VANESSA BELLINI (HOSPITAL SAMARITANO) Introdução: Os pacientes geriátricos acima de 80 anos, são os idosos longevos ou “Muito Idosos”. Estes apresentam dificuldade de aceitação alimentar devido às alterações fisiológicas como mudança de paladar, salivação irregular, saciedade precoce, dificuldade para mastigação e inapetência. Portanto é fundamental que este público tenha cuidados especiais com a alimentação, visando favorecer a aceitação alimentar e a manutenção ou melhora do estado nutricional. Objetivo: Apresentar estratégias dietoterápicas e gastronomicas para intervenção nutricional durante o período de internação, de forma efetiva e individualizada, a fim de minimizar os efeitos negativos da hospitalização que impactam diretamente no estado nutricional do idoso. Método: Para o desenvolvimento desta proposta avaliou-se as necessidades relatadas por esta população em consultas nutricionais de rotina verificando a necessidade de suplementação, adequação do tamanho das porções, aumento da umidade dos alimentos, intensificação do sabor e inclusão de preparações caseiras como feijão e purê de batata. Resultados: O Serviço de Nutrição e Gastronomia do Hospital Samaritano implantou o padrão de dieta ‘’muito idoso’’. Este padrão é aplicado a dietas de consistência pastosa ou leve, onde a refeição é ofertada em porções pequenas que são mais harmônicas com o estado clínico dos pacientes que passam a cursar com inapetência. A refeição é composta pelo prato base, principal e guarnição, além da sopa. Também é servido feijão batido suplementado com azeite, purê de batatas modulado com suplemento em pó especifico para geriatria, purê de legumes batido com carne e molho gastronômico para garantir mais umidade às preparações. São oferecidos realçadores de sabor como glutamato monossódico, sal de ervas e azeite. A montagem apresenta um padrão diferenciado com louças atrativas e as preparações são porcionadas de forma a serem mais apetitosa ao paciente. Conclusão: Com esta proposta o paciente muito idoso recebe uma refeição mais adequada à situação fisiológica atual, com maior variedade e menores porções, contudo com maior aporte nutricional resultante da suplementação. As refeições são acrescidas dos itens que podem intensificar o sabor e ajudar na melhora da aceitação alimentar. O publico geriátrico merece muita atenção nos cuidados com a alimentação e tratando dos idosos longevos todas as estratégias nutricionais são de altíssima importância para garantir o sucesso da intervenção dietoterápica. P-090 ESTADO NUTRICIONAL E CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA EM PACIENTES COM DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL (DII) ATENDIDOS AMBULATORIALMENTE ALINE DE FAVERI (ACADÊMICA DO CURSO DE NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI), SANTA CATARINA (SC).); CLARICE MARIA SPECHT (ENFERMEIRA, MESTRE EM SAÚDE E GESTÃO DO TRABALHO – UNIVALI, SC.); EVERSON FERNANDO MALLUTA (MÉDICO, DOUTOR EM MEDICINA – USP, DOCENTE E PESQUISADOR DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVALI, SC.); BRUNO LORENZO SCOLARO (MÉDICO, MESTRE EM SAÚDE E MEIO AMBIENTE – UNIVILLE, DOCENTE E PESQUISADOR DO CURSO DE MEDICINA DA UN); CLAIZA BARRETTA (NUTRICIONISTA, MESTRE EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS – UNIVALI, DOCENTE E PESQUISADORA DO CURSO DE NUTRIÇ); CRISTINA HENSCHEL DE MATOS (NUTRICIONISTA, MESTRE EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - UFSC, DOCENTE E PESQUISADORA DO CURSO DE NUTRIÇÃO ) P-089 REPRODUTIBILIDADE INTEROBSERVADORES DA SEMIOLOGIA NUTRICIONAL E SENSIBILIDADE DO MÉTODO NO DIAGNÓSTICO DE DESNUTRIÇÃO Introdução: Doença Inflamatória Intestinal (DII) é a denominação dada para um grupo de distúrbios inflamatórios crônicos que apresentam-se como: a Doença de Crohn (DC) e a Retocolite Ulcerativa Idiopática (RCUI). Pacientes com DII podem ter suas necessidades nutricionais aumentadas como consequência da atividade inflamatória, e estão comumente associadas às carências nutricionais. Objetivo: Considerando que, boa parte dos medicamentos empregados no tratamento das DII são depletores de ferro e ácido fólico, este trabalho tem por objetivo avaliar o estado nutricional, as concentrações de Hemoglobina (HB) sérica e principais medicações empregadas no tratamento de pacientes atendidos pelo ambulatório de DII em uma Unidade de Saúde Escola de Itajaí – SC. Método: O projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da UNIVALI, sob o parecer 254.904. A coleta de dados foi realizada a partir dos registros de prontuários dos pacientes, entre junho e julho de 2013. Foram coletados dados referentes a doença, aos sinais e sintomas, medicações utilizadas, exames laboratoriais e antropometria. O estado nutricional foi avaliado a partir das variáveis peso e estatura, utilizando-se o indicador Índice de Massa Corporal (IMC) e classificações da Organização Mundial da Saúde (WHO, 1995). SYDIA DARCILA OLIVEIRA MACHADO (PROCAPE); CRISTIANE MARIA ARAÚJO TAVARES DE SÁ (PROCAPE); CLARISSA VITA ARRUDA (PROCAPE); MARIA LYGIA BARROS (PROCAPE) Introdução: A influência do estado nutricional (EN) sobre a evolução clínica torna clara a importância do diagnóstico nutricional precoce para permitir a correção da desnutrição e favorecer a recuperação do paciente. O reconhecimento dos sintomas e sinais clínicos de alteração do EN, através da semiologia nutricional, é de grande importância por se tratar de prática simples e econômica. Objetivo: Verificar a sensibilidade da semiologia para o diagnóstico de desnutrição e confrontar o diagnóstico nutricional obtido pela semiologia sob a ótica de duas avaliadoras independentes. Método: Estudo transversal com 80 adultos internados de março a setembro de 2011, em hospital universitário cardiológico. Foi aplicado protocolo de avaliação do EN composto por dados de identificação, antropométricos, de semiologia nutricional e Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 56 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Resultados: Foram avaliados 52 pacientes, destes 57,7% apresentavam DC e 42,3% RCUI, possuíam idade entre 18 e 71 anos, e o tempo de diagnóstico da doença variou de 3 meses a 27 anos. O hábito evacuatório variou de 1 à 15 vezes ao dia, tendo como média 3,6 ± 2,6 vezes. Quanto aos sinais e sintomas avaliados, 48% apresentavam dor abdominal, 42,3% diarreia e 21,1% hematoquezia. O diagnóstico nutricional revelou que 9,6% dos indivíduos foram classificados com baixo peso, 38,5% eutróficos, 36,5% com sobrepeso e 15,4% com obesidade. A concentração sérica de HB dos pacientes variou de 10,1 a 16,9mg/dl, tendo média de 12,7mg/dl. Das medicações utilizadas para o tratamento das DII, a mais comum são os aminossalicilatos, sendo a mesalazina utilizada por 55,8% dos avaliados, sulfassalazina 21,1%, seguidos dos imunossupressores azatioprina em 26,9% dos pacientes e metotrexato 5,8%. A classe de medicamentos biológicos (Infleximab e Adalimumabe) foi empregado em 19,2% dos pacientes, e os corticosteroides foram utilizados por 5,8%. Conclusão: Conclui-se que, apesar das DII e o uso de medicamentos possam comprometer a absorção de ferro e ácido fólico, a concentração média de HB encontrava-se dentro da normailidade. Ressalta-se a importância da presença do nutricionista na equipe multidisciplinar para tratamento das DII. Projeto financiado pelo artigo 170/Governo de Santa Catarina. Introdução: A nutrição é essencial para promover e manter a saúde. As alterações do estado nutricional contribuem para o aumento da morbimortalidade. Dentre várias formas de caracterizar o estado nutricional de pacientes hospitalizados, destacam-se: Avaliação Subjetiva Global (ASG) e Mini Avaliação Nutricional (MAN). Objetivo: Caracterizar o estado nutricional dos pacientes adultos e idosos hospitalizados no Hospital de Urgência do Nordeste, segundo a ASG ou MAN. Método: Fizeram parte do estudo 76 pacientes, sendo 57(75%) adultos e 19(25%) idosos. Foi aplicado a ASG ou MAN entre 03 de junho e 11 de julho de 2013. A ASG avalia a perda ponderal, depleção de tecido adiposo e muscular, mudanças na ingestão alimentar habitual e capacidade funcional. Enquanto a MAN é utilizada em pacientes idosos para identificar se estão com risco de desnutrição ou já desnutridos. Apresenta perguntas relacionadas com a ingesta alimentar, perda ponderal anterior a internação, estresse e mudanças neuropsicológicas. Resultados: De acordo com os resultados da ASG, 61,40% (35) dos pacientes adultos encontram-se nutridos, 33,33% (19) moderadamente desnutridos e 5,26% (3) gravemente desnutridos. Já os resultados obtidos através da MAN indicam que 21,05% (4) dos pacientes idosos estão em estado normal, 42,1% (8) com risco de desnutrição e 36,84% (7) desnutridos. Conclusão: Diante desses dados observamos a importância de avaliar o estado nutricional dos pacientes hospitalizados, visto que a prevalência de desnutrição é elevada nesses pacientes. Sendo assim a utilização da ASG e MAN são imprescindíveis para uma intervenção precoce, que por sua vez repercute na qualidade de vida desses pacientes. P-091 PREVALÊNCIA DE CONSTIPAÇÃO E FATORES ASSOCIADOS EM INDIVÍDUOS ATENDIDOS AMBULATORIALMENTE DANIELLA WANDERLEY DE CERQUEIRA (IMIP); FABRÍCIA MICHELLINE QUEIROZ DE HOLANDA PADILHA (IMIP); POLIANA COELHO CABRAL (UFPE) P-093 PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À CONSTIPAÇÃO INTESTINAL EM FUNCIONÁRIAS DO SETOR ADMINISTRATIVO DE UMA UNIVERSIDADE FUNDACIONAL DE SANTA CATARINA Introdução: A constipação intestinal (CI) é uma síndrome de caráter polissintomática e de etiologia multifatorial, sendo a queixa digestiva mais comum na população. Os hábitos modernos, fatores psicossociais, estilo de vida, sedentarismo têm sido associados à sua maior ocorrência. Devido à sua elevada prevalência nos últimos anos vem sendo considerada um problema de saúde pública, além de ser um sintoma inicial de doenças graves, como o câncer colorretal e acarretar disfunções do assoalho pélvico. Objetivos: Estimar a prevalência de CI em pacientes atendidos ambulatorialmente e a sua associação com outras variáveis. Método: Estudo com 484 pacientes atendidos em ambulatório geral de nutrição de um hospital filantrópico de Recife, Pernambuco, entre junho de 2011 e dezembro de 2012, com indivíduos maiores de 19 anos, de ambos os sexos. As variáveis estudadas foram: escolaridade, idade, atividade física, estado nutricional e morbidade. Para definição da CI, foram utilizados os critérios de Roma. Para a análise estatística dos dados sóciodemográficos, clínicos e prática de atividade física foi utilizado o teste Qui-quadrado. Resultados: A CI esteve presente em 16,7% dos indivíduos, sendo significativamente maior no sexo feminino (20,7%) que no masculino (8,1%) (p=0,0015). Não houve associação significativa entre escolaridade (p=0,8479), idade (0,4374), atividade física (p= 0,9600), estado nutricional (p=0,9875), morbidade e CI. Conclusões: A prevalência de CI encontrada é similar ao que observado em outros estudos, assim como a predisposição do sexo feminino a essa alteração no hábito gastrointestinal. Descritores: Constipação intestinal; prevalência; fatores associados. ALINE DE FAVERI (ACADÊMICA DO CURSO DE NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ/UNIVALI, SANTA CATARINA (SC)); ANA LUIZA PFÜTZENREUTER NUNES (NUTRICIONISTA, GRADUADA PELA UNIVALI); VANESSA WOYCICKOSKI BEBBER (NUTRICIONISTA, GRADUADA PELA UNIVALI); CLAIZA BARRETTA (NUTRICIONISTA, MESTRE EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS/UNIVALI, DOCENTE E PESQUISADORA DO CURSO DE NUTRIÇÃO); CRISTINA HENSCHEL DE MATOS (NUTRICIONISTA, MESTRE EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO-UFSC, DOCENTE E PESQUISADORA DO CURSO DE NUTRIÇÃO DA) Introdução: A constipação intestinal representa uma queixa comum em consultórios médicos, sendo um dos principais problemas da população dos países ocidentais. É mais prevalente em mulheres, decorrentede hábitos alimentares impróprios, sedentarismo, inibição do reflexo de evacuação e outros costumes comportamentais. Objetivo: O presente estudo avaliou a prevalência e fatores associados à constipação intestinal em funcionárias administrativas de uma Universidade Fundacional. Método: Para a determinação da amostra foi considerado o limite superior da maior prevalência de constipação estimada para a população ocidental que é de 28%, estabelecendo-se nível de confiança de 95% e erro de 5%, obtendo-se o valor representativo de 137 funcionárias. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário fechado com dados de identificação, hábitos de vida e intestinais, avaliação do consumo alimentar (inquérito alimentar de 1 dia) e verificação de medidas antropométricas (peso, estatura e circunferência da cintura), avaliadas segundo os critérios estabelecidos pela OMS (2004). O diagnóstico da constipação foi realizado a partir de um questionário fechado, adaptado de Del Ciampo et al. (2002), que abordava sinais maiores e menores para o risco de constipação intestinal. Os dados foram analisados pelo programa STATISTICA®, as variáveis categóricas foram testadas através do teste do Coeficiente de Contingência ajustado de Pearson (C*) (OGLIARI; PACHECO, 2004). Resultados: Pôde-se constatar que 44% (n=60) da população apresentava características da constipação intestinal. Este resultado pode ser em decorrência de hábitos alimentares impróprios, principalmente o baixo consumo de fibras das funcionárias (93%; n=128), o baixo consumo P-092 ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES INTERNADOS NA ENFERMARIA DE UM HOSPITAL DE URGÊNCIA DO NORDESTE SEGUNDO A AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL TATIANA MARIA PALMEIRA DOS SANTOS (UNIVERSIDADE TIRADENTES); CYNTHIA BARBOSA ALBUQUERQUE DOS SANTOS (UNIVERSIDADE TIRADENTES); MARIA JAQUELINE ALMEIDA RODRIGUES (UNIVERSIDADE TIRADENTES); MUNIK SAMARAH GOMEZ SOUZA (UNIVERSIDADE TIRADENTES); LORRAYNE ZOGAIB MARDONES (UNIVERSIDADE TIRADENTES); SAMUEL BENSON ALVES PASSOS (UNIVERSIDADE TIRADENTES) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 57 Suplemento Nutrição Clínica/2013 hídrico (46%;n=63), e inatividade física (62%;n=85), embora não se tenha encontrado associação entre estas variáveis. Quanto ao estado nutricional, prevaleceu a eutrofia em71% (n=97) da população eausência de risco de doenças metabólicas associada à obesidade em 78% (n=104). Conclusão: Diante do exposto, constatou-se que a o percentual de mulheresque apresentavam características de constipação intestinal foi bem maior que a média da população ocidental. Associado a isso, foi observado que a maior parte das funcionárias consumia quantidades insuficientes de fibras e água, e não praticavam exercícios físicos. Acredita-se que a modificação destes fatores podem ser determinantes para o tratamento e prevenção da constipação intestinal, melhorando a saúde destas mulheres. Projeto financiado pelo artigo 170/Governo de Santa Catarina. Introdução : A hiperglicemia é um conhecido fator de risco para mortalidade em pacientes criticamente enfermos. A maioria destes pacientes recebem alimentação enteral. Há controvérsias sobre a composição ideal de carboidratos das dietas oferecidas. O objetivo deste estudo foi comparar duas fórmulas enterais com a mesma proporção de carboidratos com e sem frutose nos níveis de glicose no sangue. Método: Vinte e cinco adultos diabéticos e não diabéticos, internados em UTI ( unidade de Terapia Intensiva) com glicemia capilar (HGT)> 180 mg / dL foram incluídos no estudo randomizado, duplo-cego com “crossover”. Pacientes que não estivessem com a oferta alimentar plena via enteral ou estivessem hemodinâmica instáveis, não foram incluídos. Os pacientes elegíveis foram alocados aleatoriamente para receber uma fórmula enteral de baixo teor de carboidrato com e sem frutose e foram seguidos por dois dias em cada dieta. As fórmulas entéricas foram administradas continuamente, sem interrupção, por meio de bomba de infusão. Valores da glicemia capilar (HGT) foram medidos no intervalo de 4 horas usando Accu-Chek Advantage ®. Duas análises de variância foram utilizadas para comparar a variação de glicose de cada dieta controlada por: utilização de glucocorticóides, a insulina e a administração IV de perfusão de glucose a 5%. Resultados: A idade média (DP) foi 77,0 (9,8) anos, e o IMC foi de 25,0 (5,8) kg/m2. Um total de 12 pacientes (48%) morreram. Não foi observada diferença significativa nos valores absolutos de HGT entre os dois tipos de dieta ao longo dos dois dias de seguimento (efeito da interação, p = 0,330). No entanto, a magnitude da variação da glicose foi mais elevada nos doentes que receberam fórmula entérica sem frutose: 2,9 (8,9) mg/dl vs 9,22 (15,8), p = 0,028. Conclusão: A dieta enteral sem frutose foi associada com uma menor variação dos valores de glicose e pode ser útil na obtenção de um melhor controle glicêmico em pacientes criticamente enfermos. P-094 ELEVADO CONSUMO DE SÓDIO, COLESTEROL E GORDURA SATURADA POR PORTADORES DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO UNIVERSITÁRIO EM ARACAJU/SE CYNTHIA BARBOSA ALBUQUERQUE DOS SANTOS (UNIVERSIDADE TIRADENTES); TATIANA MARIA PALMEIRA DOS SANTOS (UNIVERSIDADE TIRADENTES); TAYS AREIDE DOS SANTOS ANDRADE (UNIVERSIDADE TIRADENTES); MUNIK SAMARAH GOMEZ SOUZA (UNIVERSIDADE TIRADENTES); JEORGEANY DIAS DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE TIRADENTES); ROSÂNGELA CRISTIANE DE OLIVEIRA ROCHA (UNIVERSIDADE TIRADENTES) Introdução: A prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) apresenta, na atualidade, um crescente aumento, principalmente devido a rápidas mudanças no estilo de vida e na dieta, sendo esta um dos principais fatores determinantes passíveis de modificação para DCNT. Objetivo: Identificar os pacientes portadores de doenças crônicas não transmissíveis e correlacionar com o elevado consumo de sódio, colesterol e gordura saturada através do recordatório 24 horas. Método: Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo, composto por 76 pacientes, adultos (93%) e idosos (7%), com idade média de 35,1 ± 12,4 anos. Foram utilizados os dados pessoais, clínicos e nutricionais disponíveis nos protocolo de atendimento. Para estimar o consumo dietético foi empregado como inquérito alimentar o Recordatório Alimentar de 24h e posteriormente os dados obtidos foram analisados utilizando o software comercial Avanutri®. Resultados: A amostra foi composta por 84% (n= 64) de indivíduos do sexo feminino e 16% (n= 12), do sexo masculino. Dos pacientes atendidos, 79% possuíam sobrepeso/obesidade, 58% hipertensão arterial sistêmica, sendo que destes, 16% também eram portadores de diabetes mellitus DM tipo 2, 10% eram portadores de outras patologias e 16 % não apresentava nenhuma patologia. No que tange a ingestão de Sódio, colesterol e gordura saturada foi possível identificar um consumo inadequado onde: 55% dos pacientes consumiam quantidades excessivas de Sódio, 66% de colesterol e 68% de gordura saturada acima dos valores preconizados pelas diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Conclusão: Neste contexto, foi possível apontar uma elevada correlação entre a prevalência de portadores de doenças crônicas não transmissíveis com hábitos alimentares errôneos. Corroborando estudos epidemiológicos que têm comprovado a forte e comum associação que as principais DCNT mantêm com a dieta. P-096 QUALIDADE DA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E RELAÇÃO ENTRE FORMA DE INFUSÃO DAS DIETAS ALINE LOSCHI DE OLIVEIRA BRANDÃO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); MÁRCIA MAIA SATHLER (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); ALESSANDRA ALEXANDRINO DINIZ (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); ANA MARIA DOS SANTOS RODRIGUES (HOSPITAL PÚBLICO REGIONAL DE BETIM); SIMONE VASCONCELOS GENEROSO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS); EDUARDO PAULO COELHO ROCHA JÚNIOR (HOSPITAL RISOLETA TORENTINO NEVES) Introdução: A nutrição enteral (NE) é opção terapêutica para garantir a oferta nutricional adequada em pacientes hospitalizados. Estudos têm demonstrado discordância entre recomendação nutricional, volume prescrito e volume infundido de NE. Além disso, não há consenso se a forma de infusão da NE interfere na prevalência de intercorrências gastrointestinais e adequação nutricional. Objetivo: Avaliar a adequação entre o volume prescrito e infundido de dietas enterais contínuas e intermitentes assim como a incidência de intercorrências gastrointestinais.Método: Estudo prospectivo e observacional que avaliou pacientes internados na enfermaria de clínica médica de um hospital de ensino de Belo Horizonte, MG, durante 10 meses. Indivíduos adultos, de ambos os sexos, egressos do centro de terapia intensiva em uso exclusivo de nutrição enteral (NE), sistema fechado foram incluídos na amostra. Foram excluídos pacientes diabéticos, estomizados, em uso de agentes laxativos ou constipantes, ou que não atingiram o objetivo calórico prescrito. Os pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: infusão contínua (administração em bomba de infusão: 20 horas/ d) e infusão intermitente (5 refeições/ d, administração em 2 horas, seguida de descanso intestinal de 2 horas). Foi realizado controle diário dos volumes prescrito e infundido da NE e verificada a presença de intercorrências gastrointestinais passiveis de comprovação. Resultados: Participaram do estudo 36 pacientes, idade de 62,9 ± 25,1 anos. O tempo de utilização de NE foi 12,9 ± 9,5 dias, sendo o mínimo de 2 dias e máximo de 40 dias. O percentual de adequação entre volume prescrito P-095 ÍNDICE DE VARIAÇÃO GLICÊMICA DURANTE INFUSÃO DE FÓRMULA ENTERAL COM BAIXO TEOR DE CARBOIDRATOS COM E SEM FRUTOSE EM PACIENTES CRÍTICOS: UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO “CROSSOVER” MAGALI CRISTINI KUMBIER (HOSPITAL MOINHOS DE VENTO); JORGE LUIS GROSS (HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE); JOSÉ VICENTE SPOLIDORO (HOSPITAL MOINHOS DE VENTO); AMANDA RIMOLO (HOSPITAL MOINHOS DE VENTO); ANA LIA BARRETO (HOSPITAL MOINHOS DE VENTO) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 58 Suplemento Nutrição Clínica/2013 e volume infundido foi de 100,1 ± 20,5%, porém sem diferença entre o tipo de infusão intermitente e contínuo (95,3 ± 23,0% vs. 105,1 ± 17,0%, respectivamente). Dentre as complicações, ocorreu maior prevalência de diarreia (36,6%), seguida por estase (7,3%) e vômito (4,9%). A prevalência de tais complicações foi influenciada pela idade (p< 0,041), mas não pelo tipo de infusão (p> 0,05). Conclusão: A assistência nutricional realizada aos pacientes em terapia nutricional enteral independente da forma de administração está dentro dos padrões de qualidade recomendados. de estudo transversal, de amostragem por conveniência, composta por 39 pacientes, com idade maior igual a 18 anos, de ambos os gêneros, submetidos à cirurgia bariátrica e assistidos pelo Sistema Único de Saúde, em nível ambulatorial, em um Hospital Universitário. Foram selecionados para participar do estudo todos os pacientes que apresentavam, pelo menos, 2 meses de pós-operatório em cirurgia bariátrica.O estudo confrontou as porções ingeridas pelos pacientes, obtidas pela média de, pelo menos, 2 Recordatórios de 24h em consultas consecutivas, com as porções recomendadas pela pirâmide alimentar proposta para pacientes em pós-operatório de cirurgia bariátrica. Foram coletadas informações referentes a identificação pessoal, gênero, idade, tempo de acompanhamento nutricional e de pós-operatório, estilo de vida, hábitos alimentares e estado nutricional do paciente. Para a avaliação do estado nutricional foram realizadas medidas antropométricas (peso e estatura), conforme a padronização de Lohman et al. (1988).O estado nutricional dos pacientes no pós-operatório esteve, distribuído desde a eutrofia até a obesidade grau III. O tempo médio de assistência no pré-operatório foi 38,89 meses. Houve inadequação no consumo de alimentos do grupo das carnes, ovos, leite e derivados e leguminosas e do grupo das hortaliças e óleo vegetal e alimentos com alto teor de gorduras e açucares. Em contrapartida, houve adequação para o grupo das frutas e grupo dos cereais, raízes e tubérculos. É fundamental a construção do conhecimento do padrão alimentar desta população em longo prazo, para orientação e prevenção de carências nutricionais. P-097 PERFIL NUTRICIONAL DE IDOSOS ATENDIDOS EM UM HOSPITAL PRIVADO DO RECIFE KALINE SCHRÖDER (RECIFE - PE); LIVIA AZEVEDO REGIS OLIVEIRA (RECIFE - PE); SUZIANE DUTRA DE ALCANTARA SANTOS (RECIFE - PE); FABIOLA KARINE ARRUDA XAVIER PONZI (RECIFE - PE); RAFAELLA BRANCO PIRES (RECIFE - PE); DANIELA FARIAS TEIXEIRA DE BARROS (RECIFE - PE) Introdução: O impacto do estado nutricional na condição física e emocional é especialmente alto nos idosos. Além disso, pessoas idosas têm maior risco de deficiência nutricional que adultos e jovens, merecendo maior atenção na identificação e tratamento precoce desta. Objetivos: O presente estudo teve como objetivo avaliar o estado nutricional dos idosos hospitalizados em um hospital privado da cidade de Recife-PE. A coleta de dados foi realizada durante os meses de Janeiro a Abril de 2013. Método: o estudo caracterizouse como transversal, sendo a amostra constituída por 130 pacientes idosos (60 a 97 anos) das unidades de internação e a classificação de acordo com o motivo de internação procedeu-se em: crônicos, cirúrgicos, infecciosos, outros. Foram avaliados os parâmetros antropométricos peso e estatura através da coleta por meio de registro prévio em programa informatizado (prontuário eletrônico do hospital). Para analise dos dados foram utilizados os programas Bioestat® 5.0 e Microsoft® Office Excel versão 2010. Os dados foram inseridos em planilha do Excel com iniciais do nome, idade, peso, estatura, índice de massa corpórea (IMC) e classificação do estado nutricional. Utilizou-se para avaliação do estado nutricional o IMC, com classificação proposta por Lipschitz (1994). Resultados: Os resultados obtidos foram submetidos à analise descritiva e expressos em porcentagem relativa aos valores válidos. Dos 130 idosos avaliados, 46,1% eram do sexo masculino e 53,9% do sexo feminino. Em relação a classificação do estado nutricional pelo IMC, 33,1% apresentavam desnutrição, 36,9% eutrofia e 30% excesso de peso. Não houve diferença significativa entre os sexos. A idade média foi de 77,4 anos. Observou-se que acima dos 75 anos ocorre aumento do número de idosos com desnutrição e diminuição do número de eutróficos e obesos. Conclusão: Visto o risco de priora no estado nutricional, sugere-se que a avaliação nutricional de pacientes idosos seja realizada rotineiramente na prática clínica, uma vez que esses indivíduos representam uma população vulnerável a distúrbios nutricionais. Percebe-se ainda a necessidade de intervenções incentivando hábitos alimentares saudáveis e utilização quando necessário de suplementos, a fim de reverter o quadro de risco. P-099 MINI AVALIAÇÃO NUTRICIONAL: UMA FERRAMENTO UTILIZADA EM IDOSOS PARA DETECÇÃO DO RISCO NUTRICIONAL EM UM HOSPITAL PRIVADO DO RECIFE – PE LIVIA AZEVEDO REGIS OLIVEIRA (RECIFE - PE); KALINE SCHRÖDER (RECIFE - PE); SUZIANE DUTRA DE ALCANTARA SANTOS (RECIFE - PE); FABIOLA KARINE ARRUDA XAVIER PONZI (RECIFE - PE); SILENE ALVES PEREIRA (RECIFE - PE); ELIZABETH BARBOSA RIVERA (RECIFE - PE) Introdução: A desnutrição é um considerável precedente de patologias e mortes em idosos, pois é um fator que prolonga o tempo de permanência em hospitais, impondo enormes gastos para os serviços de saúde. Além disso, pessoas idosas têm maior risco de deficiência nutricional que adultos e jovens, merecendo maior atenção na identificação e tratamento precoce desta. Objetivos: Avaliar o risco nutricional e a aplicabilidade de instrumento de triagem em idosos hospitalizados em um hospital privado do Recife-Pe. Método: Foi realizado um estudo do tipo transversal, com avaliação de 130 idosos, de ambos os sexos com idade superior ou igual a 60 anos, internados de Janeiro a Abril de 2013. Para avaliação do risco nutricional foi utilizado o questionário MAN – Mini Avaliação Nutricional traduzida, sendo esta a versão do método Short-form Mini Nutricional Assessment (Guigoz, 2006). A avaliação antropométrica foi realizada pelo Índice de Massa Corpórea (IMC). Utilizou-se os pontos de corte propostos por Lipschitz (1994). A idade, gênero e motivo de internação foram obtidos através do sistema de prontuário eletrônico do hospital. Resultados: Em relação ao sexo, observou-se que 46,1% da amostra era do sexo masculino. Verificou-se pela MAN que: 33% da amostra encontravam-se eutrófica, 28,5% em risco para desnutrição e 38,5% com desnutrição. Conforme avaliado, houve associação do estado nutricional com a faixa etária (mais desnutrição na faixa acima de 70 anos e mais eutrofia nos menores de 69 anos). Com a classificação do IMC foi verificado que 33,1% estavam desnutridos, 36,9% eutróficos e 30% apresentavam excesso de peso. Conclusão: Através da utilização da MAN, observamos uma alta prevalência de desnutrição e risco de desnutrição (77%) nos idosos hospitalizados pesquisados. A identificação precoce dos desvios do estado nutricional, por esta ferramenta, possibilita ao profissional nutricionista a realização pró-ativa de uma avaliação nutricional completa e de uma consequente intervenção nutricional efetiva. P-098 CONSUMO ALIMENTAR CONFORME PIRÂMIDE PROPOSTA PARA PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA FABIANA MELO SOARES (UFS); EPIFÂNIO FEITOSA DA SILVA NETO (UFS); CAROLINE TRINDADE SILVA (UFS); THAMIRES FERNANDA SILVA VASCONCELOS (UFS); MÁRCIA FERREIRA CÂNDIDO DE SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO- UFS); KIRIAQUE BARRA FERREIRA BARBOSA (UFS) Introdução: O sucesso no tratamento cirúrgico da obesidade com promoção de perda ponderal satisfatória e manutenção da saúde requer um acompanhamento nutricional direcionado para as necessidades do paciente.O objetivo deste estudo foi avaliar a adequação da frequência do consumo de alimentar de acordo com pirâmide alimentar para pacientes no pós operatório tardio da cirurgia bariátrica, com adaptações. Tratou-se Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 59 Suplemento Nutrição Clínica/2013 P-100 USO DA MINI AVALIAÇÃO NUTRICIONAL COMO INSTRUMENTO DE TRIAGEM NUTRICIONAL EM IDOSOS HOSPITALIZADOS Método: Trata-se de um estudo retrospectivo, realizado em duas unidades de terapia intensiva, UTI neurológica e UTI geral,de um hospital privado na cidade de Salvador-Ba, no período de março a julho de 2013. Foram acompanhados, durante os 04 meses, todos os pacientes submetidos a TNE, que estavam internados em tais unidades, sendo coletadas informações referentes a sexo, faixa etária, diagnóstico clínico, vias de administração da dieta enteral e complicações gastrintestinais (diarreia, êmese, resíduo gástrico elevado e distensão abdominal). Para o rastreamento nutricional foi utilizado o NRS-2002, recomendado pela ESPEN. Resultados: Foram acompanhados um total de 63 pacientes, sendo a maioria pertencente a faixa etária idosa (71,4%) e ao sexo feminino (55,5%). Com relação ao diagnóstico clínico, 41,3% foi admitido por doença neurológica, 34,9% por doenças infecciosas seguido de outras patologias (23,8%). A principal via de administração da dieta era a sonda nasoenteral (89%). Segundo o NRS-2002 a maioria dos pacientes estava em risco nutricional (68,2%). Ao analisar as alterações gastrintestinais que podem influenciar diretamente na introdução/evolução da TNE constatou-se que 65% dos pacientes avaliados não apresentaram complicações gastrintestinais. Um percentual elevado 41,0% apresentou 02 ou mais complicações, seguido de diarreia (31,8%), resíduo gástrico elevado (13,6%), distensão abdominal (9,1%) e êmese (4,5%).Conclusão: Com base nos resultados analisados, evidenciou-se que o perfil do paciente crítico estudado teve como base a doença neurológica e a dietoterapia possui caráter relevante para a remissão de sintomas e/ou melhora do quadro clínico. Associando que a maioria dos pacientes estava com risco nutricional e não apresentaram complicações gastrointestinais, que favorecem ao comprometimento do estado nutricional, devemos concluir que não houve agravamento do estado nutricional motivado pelas alterações do trato gastrointestinal. SUZIANE DUTRA DE ALCANTARA SANTOS (RECIFE - PE); FABIOLA KARINE ARRUDA XAVIER PONZI (RECIFE - PE); KALINE SCHRÖDER (RECIFE - PE); LIVIA AZEVEDO REGIS OLIVEIRA (RECIFE - PE); ELIZABETH BARBOSA RIVERA (RECIFE - PE); RAFAELLA BRANCO PIRES (RECIFE - PE) Introdução: O impacto do estado nutricional na condição física e emocional é especialmente alto nos idosos. A desnutrição energéticoprotéica é uma das maiores causas de morbidade e mortalidade entre idosos hospitalizados e é associada a aumento nas complicações e no tempo de permanência hospitalar. Objetivos: Avaliar o risco nutricional em idosos hospitalizados através da Mini Avaliação Nutricional (MAN) revisada e elaborar uma proposta de intervenção nutricional. Método: Estudo do tipo transversal, realizado com 130 pacientes idosos, de ambos os gêneros, com idade superior ou igual a 60 anos internados em um hospital particular de Recife-PE. Os pacientes avaliados foram submetidos a triagem nutricional através da MAN para avaliação do risco nutricional nas primeiras 24h de internação hospitalar e os dados foram registrados em prontuário eletrônico. Foi realizada a caracterização demográfica (gênero e idade), avaliação antropométrica (IMC, circunferência do braço, da panturrilha e perda de peso), avaliação global (perguntas relacionadas ao modo de vida, medicação, mobilidade e problemas psicológicos), avaliação dietética (perguntas relativas ao numero de refeições, ingestão de líquidos e autonomia na alimentação) a autoavaliação (a autopercepção da saúde e da condição clínica). A partir dos resultados obtidos propôs-se um fluxograma de intervenção nutricional. Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 77,4 anos, sendo 46,1% do gênero masculino e 53,9% do feminino . Os resultados da MAN mostraram que 77% dos idosos apresentavam risco nutricional e desnutrição. A análise dos quartis indicou que os idosos no maior quartil de idade (80 a 97 anos) apresentaram os menores valores de circunferência da panturrilha. Conclusão: A ferramenta de triagem nutricional utilizada mostrou-se simples pratica e aplicável na rotina hospitalar. O resultados obtidos permitem a identificação rápida de idosos que necessitam de intervenção nutricional precoce, contribuindo para a sua recuperação ou manutenção do estado nutricional. O uso de um fluxograma de intervenção pode ser um facilitador desse processo. P-102 ESPESSURA DO MÚSCULO ADUTOR DO POLEGAR COMO PARÂMETRO NUTRICIONAL EM PACIENTES CIRÚRGICOS AMANDA FERNANDES OLIVEIRA SOUZA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); CLAUDIA MOTA SANTOS (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); DIONISIO HENRIQUE AMARAL SILVA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); MARIA GRACIANNY SILVA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); PATRICIA CARLA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); KEILA FERNANDES DOURADO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) Introdução: Pacientes cirúrgicos hospitalizados apresentam uma alta prevalência de desnutrição variando de 30% a 50%. Vários métodos podem ser utilizados para avaliação do estado nutricional, como a Espessura do Músculo Adutor do Polegar (EMAP), que é uma medida direta para detectar desnutrição e que avalia o compartimento muscular. Estudos mostram que a EMAP é um método simples, não invasivo, rápido, baixo custo e confiável para avaliação do estado nutricional de pacientes cirúrgicos. Para a triagem nutricional de pacientes cirúgicos indica-se a Nutritional Risk Screening 2002 (NRS) com o objetivo de detectar desnutrição e promover uma intervenção nutricional precoce e para o rastreamento nutricional há a Avaliação Subjetiva Global (ASG), sendo um bom preditor do estado nutricional de pacientes hospitalizados. Objetivo: Avaliar o EMAP como indicador do estado nutricional de pacientes cirúrgicos. Método: Estudo transversal, realizado de abril a junho de 2013, em pacientes internados para cirurgias eletivas de grande porte no trato gastrointestinal. Foram utilizados 43 pacientes, de ambos os sexos, sem dificuldade de locomoção, sem gravidez, amputados ou neurológicos. Foram avaliados coletando-se dados pessoais, questionário de avaliação da NRS 2002, questionário da ASG adaptada de Destsky 1987 e medidas antropométricas: Peso, Altura, Índice de Massa Corporal (IMC) e EMAP. Na análise estatística foi realizada uma análise descritiva, incluindo distribuições de frequência e cálculo de média e desvio padrão para as variáveis quantitativas, foram utilizados os testes Exato de Fisher e Qui-quadrado. Resultados: A média de idade P-101 PERFIL DOS PACIENTES CRÍTICOS SUBMETIDOS A TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL EM UM HOSPITAL PRIVADO NA CIDADE DE SALVADOR-BA E AS COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS MAIS FREQUENTES MARCELA RODRIGUES VIVEIROS (HOSPITAL AGENOR PAIVA); TARSILA RIBEIRO CAVALCANTE (HOSPITAL AGENOR PAIVA); ADHEMAR DE OLIVEIRA E SILVA NETO (HOSPITAL AGENOR PAIVA); MAGNO CÉZAR AMARAL DE SOUZA JUNIOR (HOSPITAL AGENOR PAIVA); LUIZ VIANNA DE OLIVEIRA (HOSPITAL AGENOR PAIVA) Introdução: A doença crítica é uma situação patológica grave, com risco vital imediato, afetando diversos órgãos, que depende de medidas extraordinárias de suporte, tais como ventilação mecânica e nutrição artificial. Há algumas décadas reconhece-se a correlação entre desnutrição e pior evolução clínica do doente grave. O suporte nutricional do paciente grave é um dos maiores desafios clínicos dentro da UTI. Apresentam com frequência complicações gastrintestinais que prejudicam o início e a progressão da terapia nutricional enteral (TNE), podendo contribuir para a piora do estado nutricional e consequentemente com o surgimento de complicações. Objetivo: conhecer o perfil dos pacientes críticos submetidos a TNE em um hospital privado na cidade de Salvador-Ba e as complicações gastrintestinais mais frequentes que podem influenciar no início/progressão da TNE. Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 60 Suplemento Nutrição Clínica/2013 foi de 57,91 ± 15,31 anos sendo 53,5% do sexo masculino. A eutrofia predominou com 72,1% e 37,2% pelo EMAP e IMC, respectivamente. Por outro lado, a NRS detectou 53,5% dos pacientes com risco e pela ASG 41,9% apresentaram desnutrição. Não foram observadas associações significativas entre o diagnóstico de desnutrição pela EMAP e ASG (p=0,196) e entre o EMAP e NRS (p=0,099). Entretanto houve associação significativa entre o EMAP e o IMC (p=0,026). Conclusão: A eutrofia foi elevada segundo o EMAP e IMC levando a associação significativa entre os indicadores, no entanto a NRS e ASG mostraram alto risco nutricional e desnutrição nesses pacientes. O EMAP, portanto, pode ser utilizado na avaliação nutricional de pacientes cirúrgicos, desde que associado a outros parâmetros de avaliação nutricional. parecem estar mais relacionados às mudanças atuais no estilo de vida e aos hábitos alimentares. Diante do exposto, procurou-se avaliar o estado nutricional de escolares de duas escolas, uma pública e outra privada, da cidade de Itapetim-PE, e especificamente identificar a prevalência de excesso de peso entre as crianças. Para tanto, foi realizada uma pesquisa do tipo transversal e descritiva com 98 crianças de ambos os gêneros, 54,1% delas matriculadas na rede particular e os demais (45,9%) na rede municipal de Itapetim(PE), na faixa etária de 06 a 10 anos. Foi realizada a avaliação nutricional das crianças utilizando o padrão de referência da OMS (2007) e os indicadores antropométricos P/I, E/I e IMC/I. Observouse que para as duas escolas, prevaleceu o estado nutricional adequado em todos os indicadores, porém houve uma freqüência significativa de sobrepeso entre os escolares, com maior número na escola particular. Considerando o IMC/I, a prevalência de sobrepeso foi de 24,5% entre as crianças da escola privada e 6,7% nas da escola pública. Em relação ao P/I constatou-se 22,6% e 8,9% de sobrepeso na escola particular e pública, respectivamente. No que se refere a déficit nutricional, 2,2% da amostra da escola pública apresentaram baixo peso e baixa estatura para a idade, não havendo déficit ponderal, nem estatural entre os escolares da rede particular. Desse modo, percebe-se um antagonismo de tendências temporais entre desnutrição e obesidade, definindo uma das características marcantes do processo de transição nutricional do país. Portanto, faz-se necessário uma maior atenção nas áreas que envolvem a alimentação infantil, sendo a educação, a indústria alimentícia e os meios de comunicação, os principais meios de atuação. P-103 TEMPO MÉDIO DE JEJUM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO EM CIRURGIAS DO TRATO GASTROINTESTINAL YASMIM SENA SILVA DE CARVALHO (GHC); ALINE MARCADENTI DE OLIVEIRA (GHC); ANELISE SIVIERO RIBEIRO (GHC); SOLANGE BORDIGNON (GHC) Introdução: O período em que os pacientes são submetidos a jejum antes e após cirurgias é grande, principalmente nas que envolvem o trato gastrointestinal (TGI). A literatura aponta média de jejum pré-operatório de 16 horas em cirurgias eletivas e de até 5 dias no pós-operatório, conforme sinais de retorno de atividade gastrointestinal. Há protocolos multimodais específicos para cirurgias eletivas visando à redução do jejum em cirurgias. Objetivo: Avaliar o tempo de jejum pré e pós-operatório em cirurgias do TGI. Método: Estudo de prevalência entre pacientes submetidos a cirurgias do TGI, que foram acompanhados desde a intervenção até a prescrição dietética. Foram coletados dados demográficos, do tempo cirúrgico em horas e tipo de cirurgia, horário da última e da primeira refeição após o ato cirúrgico. Os dados foram descritos em médias &#61617; desvio padrão, percentuais e mediana. Resultados: No total, foram avaliados 301 pacientes com idade média 53,2 &#61617; 16,7 anos e 53,1% do sexo masculino. Em relação às cirurgias, 81,1% foram classificadas como de urgência e as mais freqüentes foram laparotomias exploratórias (34,9%), intervenções em vias biliares (25,9%) e apendicectomias (13,6%). Na mediana, o tempo cirúrgico foi de 2,3 horas, variando de 15 minutos a 12 horas. A mediana do jejum pré-operatório foi de 16 horas, variando de 2 a 218 horas; quanto ao jejum pós-operatório, a mediana foi de 19,5 horas, variando de 1,5 a 234 horas. Conclusão: O tempo de jejum em cirurgias do TGI na população estudada foi elevado, porém em concordância com a literatura. Observou-se grande amplitude nos resultados, provavelmente relacionada com os tipos de cirurgias realizadas. Na maioria dessa população não se aplicam os protocolos para cirurgias eletivas, porém outras medidas devem ser encontradas para se minimizar o tempo em jejum. P-105 ÍNDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL ESTÃO CORRELACIONADOS EM PACIENTES COM CÂNCER DE PRÓSTATA NAYRANNE HIVINA CARVALHO TAVARES (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); SARAH MARIA DE ARAUJO ALMEIDA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); PATRÍCIA CÂNDIDO ALVES (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); HELENA ALVES DE CARVALHO SAMPAIO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); ANTÔNIO AUGUSTO FERREIRA CARIOCA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); MARCOS VINICIUS ALVES LIMA (HOSPITAL DO CÂNCER - INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ ) Introdução: Para os pacientes diagnosticados com câncer de próstata, a correta mensuração da adiposidade é de extrema importância, já que esta pode ser constituir como fator agravante da doença. Para isso utiliza-se comumente na prática clínica de ambulatórios públicos o Índice de Massa Corporal (IMC), utilizado amplamente para predição de adiposidade, mas que, no entanto, representa mais a corpulência do que a quantidade de gordura corporal. Diferentemente, o Índice de Adiposidade Corporal (IAC), tem sido apontado como detentor de maior correlação com a gordura corporal e, portanto, uma alternativa mais fidedigna. No entanto os resultados obtidos a partir de sua utilização ainda são controversos. Objetivo: Avaliar a correlação e concordância entre IAC e IMC na análise de adiposidade em pacientes com câncer de próstata. Método: Foram avaliados 58 pacientes, com faixa etária entre 51 e 90 anos, com diagnóstico de câncer de próstata atendidos em um centro de referência para tratamento desta doença. Foram coletados dados antropométricos (peso, altura e circunferência do quadril) para cálculo do IMC (peso/altura²) e IAC ([C.Quadril/(altura x &#8730;altura)] – 18), a fim de quantificar o excesso de adiposidade, adotando-se como parâmetros classificatórios, respectivamente, a World Health Organization (1998) e Bose et al. (2011). Após isto, realizou-se a analise dos dados através da correlação de Pearson e de concordância por kappa, utilizando o pacote estatístico do SPSS versão 19.0 e estabelecendo p < 0,05, como nível descritivo de teste. Resultados: A média de IAC foi 30,4 (4,6)% e o IMC médio foi 27,3 (5,0) kg/m². IAC e IMC apresentaram forte correlação positiva (r = 0,743; p < 0,001). No grupo avaliado, 67,3% apresentou excesso de adiposidade de acordo com P-104 PERFIL NUTRICIONAL DE ESCOLARES: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ESCOLA PÚBLICA E PRIVADA DA CIDADE DE ITAPETIM- PE DÉBORA DANUSE DE LIMA SILVA (FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA); KAMILA MARIA DANTAS DE ALBUQUERQUE (FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA) Introdução: A obesidade é uma doença crônica que ocorre devido a fatores de risco genéticos e ambientais. A projeção dos resultados de estudos efetuados nas últimas três décadas é indicativa de um comportamento claramente epidêmico do problema. Este fato é preocupante, uma vez que a associação do excesso de peso com alterações metabólicas já pode ser observada freqüentemente na faixa etária mais jovem. Os fatores que poderiam explicar este crescente aumento na infância Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 61 Suplemento Nutrição Clínica/2013 o IMC e 87,9% segundo o IAC. O diagnóstico dos parâmetros apresentou leve concordância (kappa = 0,346; p = 0,001). Conclusão: IAC e IMC apresentam forte correlação, entretanto baixa concordância no diagnóstico de adiposidade. Desta forma, são necessários maiores estudos, para avaliar o verdadeiro comportamento das duas variáveis. triagem nutricional do paciente cirúrgico com o objetivo de detectar o risco nutricional. O diagnóstico nutricional deve ser realizado, através de diversos métodos de avaliação, havendo destaque para a Avaliação Subjetiva Global (ASG), que é considerada por muitos autores como padrão ouro, inclusive em cirurgia do trato gastrointestinal. Objetivo: Verificar o risco nutricional, desnutrição e perda de peso em pacientes submetidos a grandes cirurgias no trato gastrointestinal. Método: Estudo transversal, realizado em abril a junho de 2013, em pacientes internados para realização de grandes cirurgias no trato gastrointestinal. A amostra foi composta de pacientes com idade superior a 18 anos, ambos os sexos, não podendo ser pacientes neurológicos, gestantes e amputados. Foi coletado: Peso atual e habitual, altura, Índice de Massa Corpórea (IMC) e patologia de base. Foi aplicada triagem NRS-2002 e o questionário da ASG (Detsky 1987). Na análise estatística foi realizada uma análise descritiva e utilizados os testes, Exato de Fisher, Qui-quadrado e Pearson. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco (nº 255.398). Resultados: Foram avaliados 43 indivíduos, sendo 23 (53,5%) sexo masculino. A média de idade foi 57,91 + 15,31 anos, sendo 58,1% de idosos. Pela NRS-2002 53,5% apresentaram risco nutricional, pela ASG 41,9% apresentaram desnutrição, pelo IMC houve desnutrição em 13 pacientes (30,2%), sendo 11 idosos (p=0,002) e a perda de peso maior que 10% foi encontrada em 34,9% dos pacientes, sendo o câncer a patologia mais prevalente (67,5%). Houve associação entre ASG e perda ponderal (p< 0,001), entre ASG e IMC (p=0,037) e pacientes desnutridos pela ASG apresentaram risco em 65,2% dos casos (p=0,002). Não foi encontrada associação entre a patologia de base e as variáveis ASG, NRS-2002 e IMC, havendo uma tendência a desnutrição pelo IMC nos casos de câncer gastrointestinais (p=0,084). Conclusão: Conclui-se que os pacientes candidatos a cirurgias gastrointestinais de grande porte têm alta prevalência de desnutrição apresentando perda de peso significativa, havendo assim uma tendência principalmente nos casos de câncer e na população idosa. P-106 COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE CRIANÇAS DE ESCOLAS PÚBLICA E PRIVADA DO MUNICÍPIO DE ITAPETIM-PE DÉBORA DANUSE DE LIMA SILVA (FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA); KAMILA MARIA DANTAS DE ALBUQUERQUE (FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA) Introdução: À medida que a tecnologia avança, a população brasileira ganha também novos estilos de vida. Há uma mudança evidente na alimentação das pessoas e uma modernização da cultura, na qual as atividades são mecanizadas, globalizadas, advindo disto um sedentarismo que se torna indicador preocupante na grande escala da obesidade. Neste contexto, a mídia dita regras e a indústria exerce um papel influenciador no dia-a-dia das pessoas. Diante do exposto, procurou-se avaliar o perfil dietético de escolares de duas escolas, uma pública e outra privada, da cidade de Itapetim-PE, e especificamente identificar a freqüência de consumo de alimentos promotores e protetores do sobrepeso. Para tanto foi realizado um estudo de campo, de caráter transversal e quantitativo, utilizando, com uma amostra de 98 crianças de ambos os gêneros na faixa etária de 06 a 10 anos, um questionário de consumo alimentar do dia anterior (QUADA) com o intuito de reconhecer a freqüência do consumo de determinados grupos de alimentos. Os resultados mostram que os alimentos mais consumidos pelo grupo foram semelhantes para as duas escolas. Foi possível observar que o feijão, arroz, pão e/ou macarrão e carne foram os mais citados, estando presente na alimentação de ao menos 80% das crianças estudadas. O doce obteve uma frequência elevada de consumo (acima de 60%), destacando-se principalmente nos da escola pública (64,4%). O refrigerante, batata frita, pizza e/ou hambúrguer foram consumidos por 40% ou mais das crianças avaliadas, no entanto, com freqüência maior entre os da escola particular (64,2%, 41,5% e 39,6% respectivamente). Em oposição, os alimentos que obtiveram os menores percentuais nas duas escolas foram o peixe e as verduras. As frutas e sucos de fruta foram citados por menos da metade das crianças entrevistadas. Percebe-se, portanto, que o padrão alimentar do grupo estudado tem sofrido influências do estilo de vida moderno, favorecendo a substituição das refeições tradicionais pelos fast foods e o baixo consumo de legumes e frutas, induzindo o aumento de doenças crônicas degenerativas de forma cada vez mais precoce. Sabendo-se que é na infância que se constroem os hábitos alimentares, é importante iniciar a educação alimentar neste período de vida para assegurar a formação de conduta alimentar satisfatória, evitando o aparecimento da obesidade e suas complicações. P-108 AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO ALIMENTAR DE PACIENTES INTERNADOS EM UM HOSPITAL PARTICULAR DE JOÃO PESSOA – PB KAMILA MARIA DANTAS DE ALBUQUERQUE (FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA); DÉBORA DANUSE DE LIMA SILVA (FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA); LETÍCIA HOSANA ARAÚJO DE ALMEIDA (FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA) Introdução: A satisfação do cliente é um dos temas mais amplamente tratados e estudados nas áreas de marketing, administração e qualidade. As necessidades, preferências e opiniões de cada paciente têm significado importante para a definição dos objetivos de todas as operações dentro da empresa, pois elas auxiliam a identificação dos fatores competitivos ganhadores de pedidos na hora de tomar decisões estratégicas para a melhoria e qualidade do serviço. A criação de um padrão de qualidade da alimentação servida aos clientes possibilita o aparecimento da gastronomia hospitalar, com o objetivo de confrontar a adequação da dieta à patologia do paciente. A alimentação, seguindo a linha de inovações do hospital, passa a ser considerada um dos aspectos mais importantes para a criação da nova imagem do lugar, e não, somente, um dos aspectos do atendimento voltados ao tratamento. Deste modo, o presente estudo teve como objetivo avaliar a satisfação alimentar dos pacientes internos em um hospital particular de João Pessoa – PB. Durante dois dias foram abordados 60 pacientes, sendo 26 do gênero feminino e 34, masculino, e aplicado um questionário com os itens da avaliação. Quando analisado aroma, sabor e aparência o índice ótimo obteve 40%, 46,67% e 43,33% respectivamente, enquanto o índice bom prevaleceu em 56,67%, 51,67% e 53,33% na mesma sequência. Percebe-se então que a alimentação servida pelo Serviço de Nutrição e Dietética deste hospital teve bom êxito em agradar a clientela, proporcionando-lhes boa satisfação. P-107 PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA NO TRATO GASTROINTESTINAL DIONISIO HENRIQUE AMARAL SILVA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); KEILA FERNANDES DOURADO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - CENTRO ACADEMICO DE VITORIA DE SANTO ANTÃO); MARIA GRACIANNY SILVA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); AMANDA FERNANDES OLIVEIRA SOUZA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); LIVIA SIQUIERA BELTRAO (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); EVANE MARIA QUEIROZ VENTURA BERNARDO (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA) Introdução: Nos últimos vinte anos trabalhos em todo o mundo observam altas prevalências de desnutrição em pacientes hospitalizados, um problema bastante recorrente em pacientes cirúrgicos, chegando a acometer de 29,8% a 78,6% dos casos. O Projeto Acelerando a Recuperação Total Pós-operatória preconiza a utilização da Nutritional Risk Screening 2002 (NRS-2002) para Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 62 Suplemento Nutrição Clínica/2013 P-109 ADESÃO DE PACIENTES AMBULATORIAIS AO TRATAMENTO PARA PERDA DE PESO Universitário de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí (UNINOVAFAPI). Método: Essa pesquisa foi concretizada por meio de uma avaliação qualitativa da dieta, utilizando um questionário de frequência de consumo alimentar (QFCA) e avaliação antropométrica por meio do cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC), utilizando-se do peso e a altura ao quadrado. Resultados: Com relação ao estado nutricional, o peso corporal médio foi de aproximadamente 56Kg, a estatura média de 154 cm. O IMC variou de 16,40 a 25,30 Kg/m², com média de 21,44 Kg/m², sendo que, apenas um indivíduo encontrou-se com sobrepeso (5,26%); 68,42% destes estavam eutróficos; 26,31% com baixo peso. Enquanto que no consumo alimentar, foram divididos em grupos alimentares, dos quais os alimentos que tiveram maior prevalência consistiram no pão francês, leite integral, óleo vegetal, manteiga, açúcar e café; e aqueles que tiveram menor predominância constituíram da ingestão de frutas, carne e aves, lanches, salgados e salgadinhos. Conclusão: Portanto, estudos confirmam a importância da inclusão do café da manhã na rotina diária juntamente com a qualidade nutricional, tendo em vista, majoritariamente, o papel de “combustível primordial” do organismo para o inicio das atividades cotidianas do indivíduo. CLÁUDIA MOTA SANTOS (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); ABDEJANE ROCHA ARAÚJO (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); POLIANA COELHO CABRAL (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); DIONÍSIO HENRIQUE AMARAL SILVA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA) Introdução: Diferentes abordagens terapêuticas estão disponíveis para indivíduos com excesso de peso, a exemplo dos tratamentos farmacológicos, cirúrgicos e dietoterápicos. Os ambulatórios de nutrição adotam o tratamento dietoterápico, que, quando associado à prática de atividade física, objetivando uma perda ponderal de 5% a 10% do peso inicial, parece ser uma medida efetiva. Entretanto, a adesão do paciente ao tratamento proposto, especialmente do obeso, deve ser considerada, visto que frequentemente são observadas altas taxas de insucesso. Objetivo: Avaliar a taxa de adesão do paciente ambulatorial ao tratamento dietoterápico para perda de peso. Método: Estudo transversal, com base no modelo analítico, no qual foi acoplada uma variável com caráter prospectivo (tempo de acompanhamento). O estudo foi realizado em ambulatórios de atendimento geral em nutrição de dois hospitais da rede pública de saúde do Estado de Pernambuco. Para execução do estudo, utilizaram-se os prontuários dos indivíduos admitidos para orientação nutricional, no período de janeiro a dezembro de 2009, encaminhados pelos ambulatórios médicos. Foram estudados todos os pacientes de ambos os sexos na faixa etária superior a 19 anos, sendo excluídas as gestantes, os pacientes portadores de doenças consumptivas, como câncer e AIDS, os pacientes que tenham utilizado medicamento para perda de peso nos últimos seis meses ou que tenham realizado cirurgias plásticas, tipo abdominoplastia ou os portadores de patologia que pudessem modificar a distribuição da gordura corporal, como a hepatopatia, ascite, entre outras. O intervalo entre as consultas era de 30 dias. A taxa de adesão ao tratamento foi avaliada de acordo com o retorno às consultas durante os três meses de acompanhamento. Resultados: Foram avaliados 550 pacientes de ambos os sexos (76,4% de mulheres) com média de idade de 49,4 + 13,3 anos. O atendimento nutricional dava-se principalmente pelo excesso de peso e presença de HAS. Avaliando a adesão dos pacientes ao tratamento nutricional proposto, verifica-se que, dos 550 pacientes que iniciaram o tratamento, apenas 235 (43%) retornaram para a segunda consulta e 94 (17%) para o terceiro momento avaliado. Conclusão: Os dados encontrados nesta população demonstraram uma baixa taxa de adesão ao tratamento, e diante do quadro epidemiológico da obesidade, estes achados evidenciam a necessidade de mudanças na estrutura do atendimento atualmente utilizada pelo serviço público para os casos de excesso de peso e obesidade. P-111 RELATO DE EXPERIÊNCIA DE PROJETO DE INTERVENÇÃO EM CENTRO DE APOIO A CRIANÇA E ADOLESCENTE – TERESINA PI MARINA DIAS BORGES (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUI ) Introdução: Centros de Apoio abrigam crianças e adolescentes oferecendo condições favoráveis, propiciando o desenvolvimento integral e harmonioso por meio do apoio educacional, nutricional e psicológico. O Estatuto da Criança e do Adolescente considera o desenvolvimento sadio e harmonioso da criança e do adolescente como um dos direitos fundamentais para esta faixa etária, e sugere oferecimento de orientação destinados especificamente a eles. O Centro de Apoio a Criança e ao Adolescente (CACA) é um centro que tem os objetivos citados, sobrevivendo de doações o que não abona a insegurança alimentar, porém recentemente contemplou-se pelo Programa de Aquisição de Alimentos, assim viu-se a necessidade de conscientizar as voluntárias a aproveitar integralmente os alimentos, a partir do desenvolvimento de um trabalho educativo, equilibrando o orçamento e acrescentando qualidade nutricional nas preparações. Este relato de experiência foi desenvolvido por um Projeto de Intervenção, tendo seu inicio na disciplina Nutrição em Saúde Pública. Metodologia: Realização de palestra educativa, com o público-alvo as voluntárias que preparam as refeições, sobre como reaproveitar os alimentos nas refeições do dia-a-dia e, sugestões de novas preparações, e a entrega de cartilhas e folders contendo as recomendações. Ao final, as crianças e adolescentes receberam lanche saudável de bolo de abóbora e suco de abacaxi. Resultados: A execução do projeto constituiu de alta aceitabilidade, pois não houve preconceito da utilização de resíduos de alimentos, e as voluntárias surpreenderam-se com a gama de preparações aproveitando integralmente os alimentos. Conclusão: Consistiu uma intervenção inovadora, possibilitando à oportunidade de conhecer técnicas de aproveitamento máximo dos alimentos comumente utilizados, bem como do aproveitamento integral dos nutrientes que os mesmo contém, equilibrando o orçamento e garantindo segurança alimentar. P-110 CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO ALIMENTAR DO CAFÉ DA MANHà DE ESTUDANTES DE NUTRIÇÃO EM UM CENTRO UNIVERSITÁRIO EM TERESINA - PI MARINA DIAS BORGES (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUI ) Introdução: De modo a interdisciplinar diagnóstico e dietética temos que, uma das refeições a qual evidências científicas relacionam com o sobrepeso e obesidade é o café da manhã, visto que seu consumo frequente proporciona baixo risco destas doenças crônicas não transmissíveis, além de melhorar o poder de saciedade do comensal, e assim, reduzir a quantidade calórica total ingerida durante o dia. Reconhecendo a importância do café da manhã para a saúde, e apesar de ser considerada uma das principais refeições, observar-se-á uma relativa carência de informações na literatura científica, desta forma, objetivou-se avaliar o consumo alimentar do café da manhã. Objetivo : Estimar o consumo alimentar do café da manhã e o estado nutricional de estudantes do 5º bloco de Bacharelado em Nutrição do Centro P-112 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE TRIUNFO – PE DANIEL LUÍS VIANA CRUZ (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO); PLÍNIO PEREIRA GOMES JÚNIOR (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO); MARIA LUCIANA DA SILVA (PREFEITURA MUNICIPAL DE TRIUNFO PERNAMBUCO); TAYLANE HELLEN DE LIMA SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO); TACIANO GONÇALVES DE SOUZA (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO); CAIO VINÍCIUS FEITOSA ALMEIDA (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 63 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Introdução: O acompanhamento nutricional é de fundamental importância para melhores condições de saúde da população infantil, evitando o desenvolvimento da obesidade, desnutrição e contribuindo para o desenvolvimento físico e cognitivo. O trabalho possui relevância sócioeducativa por atingir as crianças carentes da escola pública. Objetivo: Traçar o perfil nutricional das crianças assistidas, assim como promover informações sobre educação nutricional, incentivando-os a serem agentes multiplicadores. Método: O estudo foi realizado durante o mês de maio a junho de 2013 em três escolas: uma da zona urbana, uma da zona distrital e uma da zona rural, tendo respectivamente 76, 41 e 33 estudantes da educação infantil e ensino fundamental I. Primeiramente foi aplicado um inquérito alimentar, para pesquisa de hábitos alimentares e um inquérito socioeconômico, para pesquisa da qualidade de vida. Em seguida, houve a avaliação antropométrica dos alunos, seguindo os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), com o uso de balança mecânica antropométrica, obtendo-se o peso e fita inelástica fixada em parede sem rodapés, para medida de altura, calculando assim, o Índice de Massa Corporal (IMC) utilizados para crianças e adolescentes. Após as análises antropométricas, os resultados foram tabelados e entregues aos pais com uma semana após a realização, e nos casos necessários, dietas foram passadas por uma nutricionista. Posteriormente houve em cada escola, a palestra sobre educação nutricional. Resultados: O projeto atingiu diretamente 150 crianças. De acordo com IMC calculado 70,67% das crianças estavam com o peso adequado, 13,33% estavam obesas, 12% estavam com sobrepeso e 4% estavam abaixo do peso ideal. Nas escolas da zona urbana, da zona distrital e da zona rural a porcentagem de crianças com o peso adequado foi de 76,31%, 68,29% e 60,60%, seguido das obesas 10,52%, 14,63% e 15,15%, com sobrepeso 11,84%, 12,19% e 12,12% e abaixo do peso ideal 1,31%, 4,88% e 9,1% respectivamente. A renda mensal da maioria dos familiares dos estudantes é de apenas um salário mínimo. O consumo habitual apresentou-se alto em feijão, arroz/ macarrão, café, pães e margarina, biscoito, pipoca/salgadinho; consumo médio de frutas, sucos, carnes, ovos; baixo consumo de hortaliças, refrigerante, doces/guloseimas. Conclusão: Diante dos resultados obtidos a ocorrência de excesso de peso acima do esperado na curva normal pode estar relacionada ao padrão alimentar, sendo necessárias medidas de intervenção, de educação e saúde, para prevenir doenças crônicas não transmissíveis e melhorar a qualidade vida. I. Primeiramente foi realizado um inquérito alimentar, para pesquisa de alimentação escolar, contendo quatro opções relacionadas ao consumo diário e a qualidade das refeições escolares de um modo geral e a relação dos alimentos que eles traziam quando não foi possível a oferta da merenda escolar. Posteriormente houve em cada escola, a palestra sobre a importância da alimentação escolar. Resultados: Participaram do estudo 150 estudantes. De acordo com o inquérito aplicado 88,7% das crianças sempre come a merenda escolar e gostam muito; 3,3% sempre comem, mas não gosta muito; 6,7% só comem às vezes; 1,3% nunca come. A aceitação da merenda escolar quanto ao consumo diário e a qualidade foi satisfatória. O consumo habitual apresentou-se alto em biscoito, frutas, suco, pão e pipoca/salgadinho; consumo médio de biscoito receado, achocolatado, bolo e farofa de cuscuz; baixo consumo de refrigerante, doces/guloseimas, mortadela, leite queijo e ovo cozido. Nos períodos em que não foi possível a oferta da merenda escolar, o consumo de alimentos ricos em nutrientes foi razoável assim como os alimentos ricos em açúcar e gordura. Dos 150 estudantes 4% não tinham condições financeiras para levar algum tipo de lanche para a escola. Conclusão: Diante dos resultados obtidos a merenda escolar mostrase essencial para atender as necessidades nutricionais dos estudantes, principalmente para aqueles que não possuem condições de levar seu próprio alimento, pois as escolas municipais possuem profissionais capacitados para elaboração e administração das refeições dos estudantes. P-114 COMPORTAMENTO DE RISCO PARA TRANSTORNOS ALIMENTARES ENTRE ESTUDANTES DA ÁREA DE SAÚDE SARAH MARIA DE ARAUJO ALMEIDA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); NAYRANNE HIVINA CARVALHO TAVARES (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); NARA DE ANDRADE PARENTE (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); HELENA ALVES DE CARVALHO SAMPAIO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); ANTÔNIO AUGUSTO FERREIRA CARIOCA (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); DIANA JIMÉNEZ RODRÍGUES (UNIVERSIDAD SAN ANTONIO DE MURCIA ) Introdução: O Eating Attitudes Test-26 (EAT-26) é um questionário composto de 26 perguntas, já validado no Brasil, que vem sendo largamente utilizado para identificar indivíduos susceptíveis ao desenvolvimento de distúrbios no comportamento alimentar. Ele avalia comportamentos de risco para transtornos alimentares (TA). Sua utilização na avaliação de estudantes da área da saúde é importante, já que estes tanto possuem maiores conhecimentos sobre praticas de alimentação saudáveis e transtornos alimentares, como, ao mesmo tempo, são apontados como grupo populacional vulnerável a tais distúrbios. Objetivo: Avaliar comportamentos de risco para transtornos alimentares de estudantes de cursos da área de saúde de uma universidade pública, utilizando o EAT-26. Método: O questionário foi aplicado em uma amostra de 187 participantes, matriculados nos seguintes cursos: Ciências Biológicas, Educação Física, Enfermagem, Medicina e Nutrição. Os dados foram tabulados para apresentação em frequências simples e percentual e a diferença entre sexos foi avaliada através do teste Qui-quadrado, com p < 0,05 como nível de significância. Resultados: O estudo incluiu 49 alunos do sexo masculino e 138 do feminino. O resultado do EAT-26 foi positivo para 29 (15,5%) estudantes e negativo para 158 (84,5%) deles. Considerando o sexo, 24 (17,4%) mulheres e 5 (10,2%) homens tiveram resultado positivo, sem diferença estatística entre ambos (p = 0,233). Entre as mulheres, (138) o resultado foi positivo para 24 delas (17,4%). Conclusão: Os achados são concordantes com estudos nacionais e evidenciam alta prevalência de risco para TA nesta população. Ações preventivas são necessárias uma vez que esses comportamentos podem evoluir para síndromes completas de TA, além de levarem a outros prejuízos à saúde e a consequências psicossociais. P-113 ANÁLISE ALIMENTAR DE ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE TRIUNFO – PE DANIEL LUÍS VIANA CRUZ (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO); PLÍNIO PEREIRA GOMES JÚNIOR (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO); MARIA LUCIANA DA SILVA (PREFEITURA MUNICIPAL DE TRIUNFO PERNAMBUCO); ARIADJA MONIQUE DE SÁ VANDERLEY (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO); TÚLIO PAULO ALVES DA SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); MAIANNE JOSANNE DA SILVA MORENO (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO) Introdução: É consensual a importância de atender as necessidades nutricionais dos alunos durante sua vida escolar, contribuindo para o desenvolvimento físico e cognitivo, bem como promover a formação de hábitos alimentares saudáveis. Incentivando a propagação de uma alimentação de qualidade na escola, segundo os objetivos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Objetivo: Analisar a aceitação da merenda escolar municipal por meio dos estudantes, assim como avaliar os alimentos consumidos por eles no período em que não foi possível a oferta da merenda escolar. Método: O estudo foi realizado durante o mês de maio a junho de 2013 em três escolas: uma da zona urbana, uma da zona distrital e uma da zona rural, tendo respectivamente 76, 41 e 33 estudantes da educação infantil e ensino fundamental Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 64 Suplemento Nutrição Clínica/2013 P-115 PREVALÊNCIA DE RISCO NUTRICIONAL E DESNUTRIÇÃO EM PACIENTES HOSPITALIZADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE NATAL – RN valores menores do que 31cm (depleção muscular). Destaca-se que entre os pacientes que apresentaram CP menor que 31cm, um elevado percentual (84% / n=116) foi também classificado como desnutrido ou em risco nutricional pela MAN em comparação aqueles com CP maior que 31cm. Conclusão: A maioria dos pacientes idosos avaliados apresentou desnutrição ou risco de desnutrição e esta identificação precoce é fundamental para que a intervenção nutricional seja realizada melhorando o prognostico de morbidade e mortalidade destes pacientes. A MAN é um método de triagem importante nesta avaliação precoce, pois apresenta sensibilidade, especificidade e acurácia na detecção do risco nutricional em idosos. AMANDA FERREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); PAULA DIAS DE VASCONCELOS (HOSPITAL MONSENHOR WALFREDO GURGEL); KASSIA SANTANA (HOSPITAL MONSENHOR WALFREDO GURGEL); JANE SAÚ (HOSPITAL MONSENHOR WALFREDO GURGEL) Introdução: É reconhecida a influência do estado nutricional sobre a evolução clínica de pacientes hospitalizados. A detecção precoce de Risco Nutricional é fundamental para que seja iniciada a intervenção, minimizando as complicações nestes pacientes. A Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ASG) tem sido considerada um método com boa reprodutibilidade e capacidade de prever complicações relacionadas à desnutrição e está indicada em doentes sob diferentes condições clinicas. Objetivo: Avaliar a prevalência de risco nutricional e desnutrição em pacientes hospitalizados de acordo com a (ASG). Método: Estudo do tipo transversal, com amostragem de conveniência no qual foram incluídos 98 pacientes adultos de ambos os sexos, com diversos diagnósticos, que estavam hospitalizados em um hospital geral público em Natal-RN. Foi aplicado o questionário da ASG dentro do período de até três dias após a internação. Após o diagnóstico nutricional inicial foi realizada intervenção nutricional nos pacientes em risco de desnutrição ou desnutridos. Resultados: A amostra foi composta por 53% (n=54) de pacientes do sexo masculino e 47% (n=44) feminino com idade média de 45,9 ±11,4 anos. Os resultados demonstraram que, dos pacientes avaliados, 19% (n=19) foram classificados em Risco Nutricional e 12% (n=12) como Desnutridos, de acordo com a ASG, estando a maioria deles classificados como “Sem Risco Nutricional” (69% / n=67). Os pacientes em Risco Nutricional ou desnutridos sofreram intervenção nutricional, sendo 39% (n=12) com uso de suplementação oral e 45% (n=14) com uso de Suporte Nutricional Enteral por sonda. Conclusão: A ASG é um instrumento importante como forma de diagnosticar a desnutrição de maneira não invasiva, rápida e de baixo custo, podendo ser utilizada de modo seletivo e complementar a outras formas de diagnostico nutricional. A aplicação deste método no momento da admissão do paciente permite uma intervenção nutricional precoce, minimizando as complicações decorrentes do estado nutricional comprometido. P-117 ESTIMATIVA DA ADIPOSIDADE CORPORAL EM PORTADORAS DE CÂNCER DE MAMA SEGUNDO O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E O ÍNDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL SARAH MARIA DE ARAUJO ALMEIDA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); NAYRANNE HIVINA CARVALHO TAVARES (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); HELENA ALVES DE CARVALHO SAMPAIO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); ANTÔNIO AUGUSTO FERREIRA CARIOCA (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); MARIA OLGANÊ DANTAS SABRY (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); LUIZ GONZAGA PORTO PINHEIRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ). Introdução: O câncer de mama é o segundo mais freqüente no mundo e o mais comum entre as mulheres, havendo vários fatores etiológicos envolvidos. Dentre estes, a composição corporal desempenha importante papel quando existe excesso de adiposidade corporal. Adicionalmente, tal excesso compromete a resposta terapêutica e aumenta o risco de recidiva da doença. Assim torna-se importante selecionar indicadores acurados de determinação de composição corporal e viáveis na prática clínica. Recentemente vêm sendo debatidos dois indicadores: o índice de massa corporal e o índice de adiposidade corporal, ainda sem conclusões definitivas quanto ao mais fidedigno. Objetivo: Comparar a prevalência do excesso de adiposidade corporal entre portadoras de câncer mama segundo dois indicadores: o Índice de Massa Corporal (IMC) e o Índice de Adiposidade Corporal (IAC). Método: Foram avaliadas 182 pacientes, com faixa etária entre 30 e 78 anos, com diagnóstico de câncer de mama e atendidas em Instituições de referência na assistência as portadoras desta doença. Foram coletados os seguintes dados: idade, altura, peso e circunferência do quadril. A partir dos dados coletados foi calculado o IMC (peso/altura²) e o IAC ([C.Quadril/ (altura x &#8730;altura)] – 18), adotando-se como parâmetros classificatórios, respectivamente, a World Health Organization (1998) e Bose et al. (2011). Realizou-se a analise dos dados através da correlação de Pearson e de concordância por kappa, utilizando o pacote estatístico do SPSS versão 19.0 e estabelecendo p < 0,05, como nível descritivo de teste. Resultados: A média de IAC foi de 36,8 (5,2)% e o IMC médio foi 27,6 (4,6) kg/m². Segundo o IMC, 67,58% estavam com excesso de peso. Já segundo o IAC, 62,64% estavam com excesso de peso. IAC e IMC apresentaram forte correlação positiva (r = 0,808; p < 0,001). O diagnóstico dos parâmetros apresentou leve concordância (kappa = 0,595; p = 0,001). Conclusão: A partir desse estudo pode-se concluir que não houve grandes diferenças na classificação da adiposidade corporal, segundo os indicadores utilizados. Estudos com maior amostra e na presença de diferentes doenças podem apontar quais os melhores indicadores para cada situação. P-116 TRIAGEM NUTRICIONAL EM IDOSOS HOSPITALIZADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE NATAL-RN PAULA DIAS DE VASCONCELOS (HOSPITAL MONSENHOR WALFREDO GURGEL); AMANDA FERREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE); KASSIA SANTANA (HOSPITAL MONSENHOR WALFREDO GURGEL); JANE SAÚ (HOSPITAL MONSENHOR WALFREDO GURGEL) Introdução: Alterações no estado nutricional tem reconhecida influência sobre a evolução clínica de pacientes hospitalizados, especialmente idosos, devendo haver empenho na identificação precoce destas alterações. A Mini Avaliação Nutricional (MAN) foi desenvolvida especificamente para avaliação nutricional de idosos e é um método de triagem sensível para identificar risco nutricional e desnutrição em estágio inicial. Objetivo: Identificar o risco nutricional em idosos hospitalizados a partir da aplicação da MAN. Método: Estudo do tipo transversal, com amostragem de conveniência no qual foram incluídos 233 pacientes idosos de ambos os sexos, que estavam hospitalizados em um hospital geral público em Natal-RN. Para identificação do Risco Nutricional foi aplicada MAN dentro do período de até três dias após a internação. Resultados: A amostra foi composta por 60% de mulheres e 40% de homens com idade média de 76 ± 9,9 anos. Os resultados demonstraram que 39,5% (n=92) apresentaram desnutrição; 21% (n=49) foram classificados em Risco Nutricional e 39,5% (n=92) não apresentavam risco nutricional. Uma das variáveis avaliadas na MAN é a circunferência da panturrilha e a avaliação deste parâmetro antropométrico isoladamente demonstrou que 59% (n=138) dos idosos apresentaram P-118 PREVALÊNCIA DE ANTECEDENTES FAMILIARES DE FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM CRIANÇAS HOSPITALIZADAS DORIANE DA CONCEIÇÃO LACERDAS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO); MÁRCIA FERREIRA CÂNDIDO DE SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO); CAROLINA PRADO DE OLIVEIRA BERGAMINI (UNIVERSIDADE TIRADENTES); LORENA LIMA PIMENTEL (UNIVERSIDADE TIRADENTES); ANDREZA MELO DE ARAUJO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO); THAMIRIS THATIELE RODRIGUES DE MELO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 65 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Introdução: A identificação da presença de fatores de risco cardiovascular como hipertensão arterial (HAS), diabetes (DM) e dislipidemias, entre familiares, torna-se importante para melhor entendimento dos mecanismos de desenvolvimento de DCV em crianças. Objetivo: Identificar antecedentes familiares de fatores de risco cardiovascular em crianças hospitalizadas. Método: Foi conduzido um estudo do tipo transversal no período de abril a julho. Participaram do estudo 50 crianças, sendo 72,5 % do sexo masculino e 37,5 % do sexo feminino com média de idade de 4,6 ± 3,0 anos. Foram coletados dados de antecedente pessoal e familiar de fatores de risco cardiovascular, como Diabetes Melitus (DM), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e dislipidemia, além do peso e circunferência abdominal de um protocolo padrão utilizado na pediatria pelo serviço de nutrição de um hospital universitário. Resultados: A prevalência de antecedentes familiares de Doença Cardiovascular, DM, HAS e dislipidemia foi 12,5%, 25 %, 47,9 %, 10,4 % e 1,2%, respectivamente. A média de peso atual foi 16,27 ± 6,44 kg e de circunferência abdominal 53,23 ± 7,86 cm. Foi observado que 62% dos familiares das crianças reportaram apresentar, pelo menos, um dos fatores de risco. Conclusão: Os fatores de risco mais prevalentes na história familiar foram a hipertensão arterial e diabetes. A prevalência destes fatores de risco representa uma advertência e mostra a necessidade de identificação dos mesmos para que possam ser implementadas medidas precoces de prevenção na população infantil estudada. entretanto 78,3% dos indivíduos foram classificados em risco nutricional pela ASG. Quando avaliou-se os parâmetros antropométricos por sexo foi observado que houve diferença estatisticamente significativa apenas no IMC(p= 0,039)., tendo destaque o sexo feminino apresentou maior percentual de desnutrição (23,1%). Quanto a associação entre ASG e os outros métodos analisados, foi observada apenas a associação com IMC. Conclusão: Diante dos resultados obtidos a ASG não se apresentou como padrão ouro, uma vez que a mesma obteve associação apenas com o IMC, método pouco sensível a alterações na composição corporal, principalmente na quantidade de tecido muscular. P-120 COMPORTAMENTO ALIMENTAR E ESTADO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE PETROLINA – PE MICHELLE VANCE DE FIGUEIREDO FULCO (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); VANESSA MAYANA ALVES DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); ANA CAROLINA RODARTI PITANGUI (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); MARIANE LOUISE MARINHO MENDES (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); CRISTHIANE MARIA BAZÍLIO DE OMENA (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO) Introdução: O perfil alimentar da população está fortemente associado a aspectos culturais, socioeconômicos e demográficos exercendo grande influência sobre o crescimento, desenvolvimento e saúde geral dos indivíduos. Estudos relacionam, por exemplo, à obesidade não somente quanto ao volume da ingestão alimentar, como também à composição e qualidade da dieta. Objetivo: Avaliar o comportamento alimentar e estado nutricional de adolescentes do sexo feminino de uma escola pública do município de Petrolina - PE. Método: Trata-se de um estudo de corte transversal com adolescentes da faixa etária de 10-17 anos de idade do sexo feminino. Sendo aplicado um questionário de dados gerais com a finalidade de conhecer as adolescentes, além de analisar a frequência de consumo do café da manhã e a quantidade de refeições diárias. A investigação do consumo alimentar foi realizada utilizando questionário de frequência alimentar. O questionário possuía uma listagem de alimentos estruturados em três grupos distintos: alimentos construtores; alimentos reguladores e alimentos energéticos. O estado nutricional foi avaliado através de medidas antropométricas com análise do índice de massa corporal (IMC) e percentual de gordura. Resultados: Foram avaliadas 418 alunas do sexo feminino. No referente à frequência da ingestão do café da manhã, a maioria (42,58%) sempre realizava essa refeição; 30,86%, às vezes; 13,63%, raramente; 10,28%, frequentemente e 2,15% nunca. Questionadas sobre a quantidade de refeições realizadas: 0,23% realizavam apenas 1 refeição diária; 4,78%, 2 refeições diárias, e 17%, 35,16%, 25,11%, 12,44%, 12,44%, 3,4,5,6 e mais de 6 refeições ao dia; respectivamente. Na avaliação do estado nutricional, 66,33% encontraram-se eutróficas de acordo com o IMC; 77,22% foram classificadas normais com relação à circunferência da cintura e segundo a distribuição de gordura corporal, 58,66% obtiveram a classificação ótima. No que diz respeito à frequência alimentar, os alimentos consumidos diariamente com maior predominância foram: açúcar, 74,58%; arroz e macarrão, 92,08%; frutos e sucos de fruta, 55,39%; manteiga e margarina, 65,46%; balas e chicletes, 53,23% e leguminosas, 70,02%. Conclusão: A maioria das adolescentes apresentaram estado nutricional adequado. A frequência alimentar mostrou uma variedade de alimentos e nutrientes bem distribuídos entre os grupos de alimentos que seriam indicados em uma dieta saudável, em contraponto houve uma frequência significativa do consumo de açúcar e gordura. Sendo importante ressaltar que alimentos comumente não ingeridos na fase da adolescência, foram citados pela maioria das adolescentes como alimentos habitualmente consumidos a exemplo das hortaliças verdes, coloridas e frutas. P-119 AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL É O MÉTODO PADRÃO OURO DE AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES HOSPITALIZADOS ? MARIA GRACIANNY DA SILVA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); DIONISIO HENRIQUE AMARAL DA SILVA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); KEILA FERNANDES DOURADO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); MARINA DE MORAES VASCONCELOS PETRIBÚ (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); AMANDA FERNANDES OLIVEIRA DE SOUZA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); LÍVIA SIQUEIRA BELTÃO (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA) Introdução: A desnutrição é um importante problema observado em pacientes hospitalizados e torna-se cada vez mais necessário a utilização de métodos e técnicas para a avaliação do estado nutricional desses pacientes. Mesmo sem existir uma avaliação nutricional ideal, há métodos bastante utilizados, como é o caso da avaliação antropométrica, método objetivo, e da avaliação subjetiva global (ASG), considerada padrão ouro para o diagnostico nutricional. A ASG é uma avaliação que considera alterações na composição corporal e também a presença de alterações funcionais do paciente, que pode ser empregada em diversas patologias. Objetivo: Avaliar o diagnostico nutricional de pacientes internados pela ASG e associar com a antropometria clássica. Método: O estudo foi do tipo transversal, realizado entre abril a junho de 2013, em pacientes internados na clínica médica de um hospital estadual de Pernambuco. A amostra foi composta de 60 pacientes, com patologias diversas e idade superior a 18 anos, de ambos os sexos, que se encontraram em condições físicas e mentais para realização dos procedimentos necessários. Foram excluídos pacientes incapazes de prestar informações, acamados, gestantes e que possuíam alguma deficiência física e mental. Os pacientes foram avaliados através de métodos objetivos como peso, altura, índice de massa corpórea e circunferência do braço (CB), e pela ASG. Foram utilizados os testes Exato de Fisher, Qui-quadrado e Pearson e os dados foram analisados no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 21. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco (nº CEP 231.736). Resultados: Dos 60 pacientes avaliados, 56,7% eram do sexo masculino, com idade média de 44,47 &#61617; 15,39 anos. Foram classificados com desnutrição 18,3% pelo IMC, 51,7% pela CB e apenas 5% pela ASG, Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 66 Suplemento Nutrição Clínica/2013 P-121 CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO NA PREDIÇÃO DO RISCO NUTRICIONAL EM PACIENTES HOSPITALIZADOS seguida, p &#61603; 0,05, sendo realizadas etapas com entrada e saída de covariáveis até que restassem somente aquelas com valor de p &#61603; 0,05. Observou-se para o grupo com sonda nova e o grupo que teve a sonda reaproveitada, o custo total em valores médios (em reais) relativos ao desperdício decorrente da sondagem enteral, considerando o valor da mão de obra e os materiais gastos, em torno de R$2.448,79. Em relação à obstrução da sonda, concluiu-se que houve maior chance de obstrução em casos com uso de fibras, fórmulas farmacêuticas sólidas e líquidas e administração de sucos e módulos. Concluiu-se que há a necessidade de medidas de contenção de custos principalmente, o desperdício, assim como conhecer e controlar os fatores potenciais que levam à obstrução de sonda enteral, e a adoção de de protocolos que podem otimizar a administração da TNE. CAMILA ANDRADE DE OLIVEIRA DANTAS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); LARISSA COSTA PEREIRA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); ELENICE DE OLIVEIRA SANTOS FILHA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); MÁRCIA FERREIRA CÂNDIDO DE SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); DORIANE DA CONCEIÇÃO LACERDAS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); SIEUNE ROBERTA ARAÚJO GOMES (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE) Introdução: É elevada a prevalência de desnutrição em pacientes hospitalizados e o diagnóstico adequado é imprescindível na predição do risco nutricional e para a recuperação de pacientes internados, diminuindo o tempo de permanência hospitalar dos mesmos. Objetivo: Analisar a medida da Circunferência Muscular do Braço (CMB) na predição do Risco Nutricional de pacientes hospitalizados. Método: Estudo transversal com adultos e idoso de ambos os gêneros, internados na clínica médica em um hospital universitário. O estado nutricional dos pacientes da amostra foi avaliado por meio da Circunferência Muscular do Braço (CMB), nas primeiras 48 horas de admissão. Para análise estatística dos dados foi utilizado o SPSS versão 18.0.A análise comparativa dos dados foi realizada pelo teste do Qui-Quadrado, sendo o nível de significância adotado de 5% ou p<0.05. Resultados: A amostra foi composta por 40 pacientes com média de idade de 49,05 ± 17 anos, sendo 56,1% (n=23) do sexo masculino. Quanto à avaliação do estado nutricional pela CMB, verificou-se prevalência de 31,7% (n=13) de pacientes eutróficos e 68,3% (n= 28) de pacientes desnutridos. Conclusão: Diante dos resultados encontrados, a CMB detectou uma alta prevalência de desnutrição tendo se mostrado como uma opção prática, rápida e sensível na predição de risco nutricional em pacientes hospitalizados. P-123 CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL SÓCIO-NUTRICIONAL DE CRIANÇAS SUBMETIDAS À INTERNAÇÃO HOSPITALAR DORIANE DA CONCEIÇÃO LACERDAS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO); MÁRCIA FERREIRA CANDIDO DE SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO); LORENA LIMA PIMENTEL (UNIVERSIDADE TIRADENTES); CAROLINA PRADO DE OLIVEIRA BERGAMINI (UNIVERSIDADE TIRADENTES); THAMIRIS THATIELE RODRIGUES DE MELO (HOSPITAL UNIVERSITARIO); ANDREZA MELO DE ARAUJO (HOSPITAL UNIVERSITARIO) Introdução: Partindo-se do pressuposto de que a nutrição infantil constitui um importante indicador das condições gerais de vida de uma população, o acompanhamento da situação nutricional e do controle do crescimento infantil de um país revelam-se instrumentos essenciais, tanto para a aferição das condições de vida a que está submetida à população infantil, como da sociedade em geral. Objetivo: Avaliar o perfil social e nutricional de crianças em um Hospital Universitário . Método: Estudo transversal com uma população de crianças hospitalizadas .As avaliações do estado nutricional e do perfil social basearam-se nos dados coletados do protocolo de nutrição padrão utilizado na pediatria do hospital universitário.As variáveis utilizadas foram idade , gênero , tempo assistindo TV, escolaridade do pai e da mãe e medidas antropométricas. Resultados: Este estudo foi composto por 48 crianças com idade média 4,6 ± 3,0 anos , sendo a maioria do gênero masculino(72,5%) . De acordo com a classificação do IMC 4,2% das crianças apresentaram muito baixo peso, 6,3% baixo peso, 77,1% peso adequado, 8,3% risco de sobrepeso e 4,2% de sobrepeso. Dentre as características sociais a média do tempo de TV assistida pela criança em sua residência foi de 5 horas/dia. Em relação a escolaridade a média de tempo de estudo do pai 7,0 anos e da mãe 10 anos. Conclusão: Apesar das crianças apresentarem um adequação no peso , elas demonstraram ter um índice significativo de sedentarismo pelas elevadas horas em que passam assistindo TV. P-122 ANÁLISE DO CUSTO E DO DESPERDÍCIO RELACIONADO AO PROCEDIMENTO DE SONDAGEM ENTERAL EM UNIDADES DE INTERNAÇÃO DE UM HOSPITAL DE MÉDIO PORTE DE MINAS GERAIS VALERIA MOURA (CEFET-MG); ANGELA MELLO FERREIRA (CEFETMG); LÍLIAN BARBOSA SILVA (PREFEITURA MUNICIPAL DE BETIM) Introdução: A terapia nutricional enteral (TNE) contribui para a evolução favorável dos indicadores nutricionais e bioquímicos dos pacientes. Porém, alguns fatores como a saída acidental e a obstrução da sonda podem limitar sua oferta, gerando custos relacionados ao desperdício. O controle de custos na área da saúde constitui um dos grandes desafios a ser enfrentado, principalmente os custos relacionados ao desperdício. O objetivo deste estudo, foi analisar o custo e o desperdício relacionado ao procedimento de sondagem enteral em unidades de internação de um hospital de médio porte de Minas Gerais. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, analítico e correlacional, envolvendo uma amostra de 51 pacientes adultos e idosos internados em unidades de Clínica Cirúrgica, Clínica Médica e Terapia Intensiva. A coleta de dados foi realizada em duas etapas. Na primeira, foram coletados dados demográficos, clínicos, e informações relativas à nutrição enteral dos pacientes submetidos à TNE. A segunda etapa compreendeu a quantificação do material gasto e a cronometragem do tempo de execução da sondagem enteral para avaliar os custos relacionados ao procedimento, no período de 16 a 31 de julho. As análises foram realizadas nos softwares R versão 2.7.1 e Epi Info versão 6.04, sendo considerado nível de significância de 5%. A presença de obstrução da sonda e os fatores associados ao seu surgimento foram identificados, na análise univariada, por meio do ajuste dos modelos de regressão Generalized Estimating Equations. Após a análise univariada, foi realizado o ajuste dos modelos multivariados, que adotou o critério para a inclusão no modelo inicial o valor-p &#61603; 0,25 na univariada e, em P-124 USO DE SIMBIÓTICOS EM PACIENTES COM DISBIOSE INTESTINAL EM TERAPIA NUTRICIONAL DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE JOINVILLE-SC TALITA DEFREIN (ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL LUTERANA BOM JESUS/ IELUSC); NEIVA INEZ MEDEIROS (HOSPITAL MUNICIPAL SÃO JOSE/HMSJ) Introdução: O surgimento de diarreia e constipação intestinal durante internação hospitalar é evento comum, relacionado à morbidade do paciente, terapia medicamentosa e terapia nutricional, alterando a microbiota intestinal, favorecendo o crescimento de patógenos bacterianos no intestino delgado. A suplementação de probióticos e prebióticos dieta pode assegurar o equilíbrio ao intestino humano, desempenhando papel fundamental no estado nutricional dos pacientes. Objetivo: avaliar o uso de simbióticos em pacientes com diarreia aguda ou constipação intestinal em terapia nutricional, internados em um hospital público de Joinville. Método: Trata-se de um estudo de caso clínico prospectivo de intervenção, realizado Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 67 Suplemento Nutrição Clínica/2013 com pacientes internados em terapia nutricional,que propôs inicialmente identificar pacientes com terapia nutricional enteral via oral, sonda nasoenteral ou gastrostomia com quadros de diarreia e constipação. Após a identificação de disbiose foi realizado a intervenção com simbiótico durante três dias, na posologia de dois saches diários, avaliando após os resultados. Resultados: Participaram do estudo 32 pacientes, com prevalência do sexo feminino sendo que (47%) apresentaram quadro de desnutrição e 41% dos pacientes foram submetidos ao tratamento com antibióticos. Quando avaliados quadros de disbiose observou se o predomínio de constipação intestinal com 53% dos pacientes. Em relação aos pacientes com diarreia, antes da intervenção foi identificado a média 4 evacuações diárias, sendo 87% com consistência líquida. Após a intervenção, o número médio de evacuações reduziu para 1 vez ao dia, com melhora da consistência da fezes. Nos casos de constipação, os pacientes permaneceram em média de 4 a 5 dias sem evacuar, após a intervenção, 76% dos pacientes evacuaram em até 2 dias. Conclusão: Através deste estudo pode-se verificar que a suplementação com simbióticos em pacientes hospitalizados, com quadros de diarreia aguda ou constipação intestinal em terapia nutricional, contribuiu positivamente na redução desses sintomas, bem como, evidenciando os efeitos benéficos na recuperação da microbiota. P-126 AVALIAÇÃO DO PERFIL DOS PACIENTES EM USO DE TERAPIA NUTRICIONAL NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA EM UM HOSPITAL PRIVADO DE SERGIPE. SHIRLEY BARROS DA CONCEIÇÃO ANDRADE (HOSPITAL UNIMED-SE); IRLA RODRIGUES SANTOS (HOSPITAL UNIMED-SE); CRISTINA GAMA PEREIRA LUCENA (HOSPITAL UNIMED-SE); LUDMILLA RODRIGUES MURTELE (HOSPITAL UNIMED-SE); MIRNA SANTOS LEAL DAMASCENO (HOSPITAL UNIMED-SE); MICHELE OLIVEIRA LOPES (HOSPITAL UNIMED-SE) Introdução: Na abordagem dos pacientes críticos, a complexidade de cada patologia implica na necessidade de manutenção de um bom aporte nutricional. Estudar suas características possibilita seu acompanhamento mais sistematizado pela equipe multidisciplinar. Objetivo: Identificar o perfil de pacientes que necessitaram de terapia nutricional (TN) no período em que estiveram internados na unidade de terapia intensiva (UTI) em hospital geral privado de Sergipe. Método: Estudo retrospectivo e descritivo, realizado entre janeiro de 2012 a janeiro de 2013 com pacientes admitidos na UTI geral em uso de TN. Excluíramse pacientes com idade inferior a 18 anos e aqueles que receberam apenas suplementação oral. Coleta de dados por meio da analise de prontuários eletrônico com autorização do Comitê de Ética da instituição. Variáveis estudadas: sexo, idade, diagnóstico à admissão na UTI, tempo de permanência na unidade, tempo para início da TN, óbitos e altas. Resultados: No período estudado, 39 pacientes receberam TN, sendo 54% do gênero feminino. Idade média: 69 anos (22-92). Cerca de 67% dos pacientes tiveram idade superior aos 65 anos . Apenas 8% da população estudada teve idade inferior aos 40 anos. Tempo médio de permanência na unidade: 31 dias (3-240 dias). Nos pacientes clínicos (59% do total), o principal diagnóstico foi de insuficiência respiratória (57%). Dos pacientes cirúrgicos, 56% foram submetidos cirurgias digestivas e utilizaram a TN parenteral como primeira escolha. A TN teve início em até 24h após a admissão na UTI em 94% dos pacientes. Em 6%, a TN foi iniciada em até 48h da admissão. Em cerca de 60% dos casos houve alta da UTI com o paciente em TN exclusiva, em 28% houve alta com alimentação via oral exclusiva e em 12%, com associação de TN + via oral. A mortalidade foi de 35%, observando-se predominância de óbitos em mulheres (71%). Dos pacientes que foram a óbito, 85% apresentaram idade superior a 65 anos e comorbidades que agravaram o quadro clínico. Conclusão: Neste estudo, perfil dos pacientes admitidos na UTI, foi predominantemente de idosos, com tempo médio de permanência na unidade superior a 30 dias, com início precoce da TN, a qual foi mantida após a alta da Terapia Intensiva na maioria dos pacientes. Observou-se ainda que, nos pacientes críticos cirúrgicos, houve maior emprego da TN parenteral em relação à enteral. P-125 AVALIAÇÃO DO COLESTEROL SÉRICO E SUA CORRELAÇÃO COM O CONSUMO DE GORDURAS EM FUNCIONÁRIOS DA ÁREA DE SAÚDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) CATARINA TENÓRIO CERQUEIRA (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO– UFPE); GLEYCE KELLY DE ARAÚJO BEZERRA (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO–UFPE); MARYÂNGELA CASTRO DOS SANTOS (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO–UFPE); JÉSSICA CRISTINA GUEDES LIMA DA SILVA (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO–UFPE); JAILMA SANTOS MONTEIRO (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO-UFPE ); POLIANA COELHO CABRAL (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO-UFPE ) Introdução: Estudos relatam que, indivíduos que consomem grandes quantidades de gorduras, têm níveis mais elevados de colesterol sérico (CT). Objetivo: Avaliar a ocorrência de correlação entre o consumo de gordura total (G) e gordura saturada (AGSA) com os níveis de CT de funcionários da área de saúde da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Método: Trata-se de um estudo de caráter transversal onde foram avaliados 267 indivíduos. Com o objetivo de quantificar o consumo de lipídios foi utilizado o inquérito alimentar tipo Recordatório de 24hs em todos os funcionários da amostra. Após a estimativa do valor lipídico da dieta, foram tomados como referência os intervalos de distribuição aceitável do lipídio, estabelecidos em função da prevenção das DCNTs e das necessidades nutricionais (< 30% do valor calórico total da dieta como lipídios e < 10% como AGSA). O CT foi avaliado através dos exames sanguíneos, realizados nos últimos 3 meses, na rotina de avaliação de saúde da UFPE e os resultados foram analisados, tendo como base os valores de referência apresentados na III Diretriz Brasileira de Dislipidemia (2001) que estabelece como alterado o valor de CT > 200 mg/ dL. O banco de dados foi estruturado no software EPI-info versão 6.04 e a análise estatística no SPSS versão 13.0. Como as variáveis do estudo não apresentaram distribuição normal a avaliação da correlação foi realizada através do coeficiente de Spearman. Adotou-se como nível de significância estatística o valor de p< 0,05. Resultados: Os resultados mostram que a prevalência de hipercolesterolemia e consumo inadequado de gordura total e saturada foram bastante elevados em ambos os sexos. Apenas o consumo de AGSA apresentou, no sexo feminino, uma fraca correlação com o colesterol sérico (r=0,228 p=0,011). Conclusão: A não ocorrência de correlação pode ter ocorrido em virtude das limitações na técnica de aferir o consumo alimentar. Desse modo, são necessários mais estudos com outros desenhos para avaliar a possibilidade dessa correlação. P-127 APLICABILIDADE DE FÓRMULAS PREDITIVAS DE PESO E ESTATURA EM PACIENTES NO PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA. MONIQUE TAVARES DE JESUS (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO); JULIANA TEIXEIRA DA SILVA (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO); LUCIANA CATUNDA BRITO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); BIANCA S. SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); LÍVIA R. DE SANTANA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); NAYARA VARJÃO DE OLIVEIRA (CENTRO ESPECIALIZADO DE NUTRIÇÃO) Introdução: O peso e a estatura corporal são medidas importantes para avaliação nutricional. Contudo, a aferição destas nem sempre é possível, sendo necessário utilizar métodos preditivos. Objetivo: Avaliar a aplicabilidade de fórmulas de estimativa de peso e altura proposta pela literatura e correlacioná-las com o peso e altura aferidos em pacientes adultos e idosos no pré-operatório de cirurgia cardíaca. Método: Trata-se de um Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 68 Suplemento Nutrição Clínica/2013 estudo transversal, baseado no acompanhamento pré-operatório dos pacientes com indicação de cirurgia cardíaca em um hospital filantrópico referência em cardiologia. A amostra constituiu-se de 115 pacientes, dos quais foram aferidos peso e altura e, para o cálculo das equações de estimativa de peso e altura, foram coletadas a altura do joelho, a circunferência da panturrilha, do braço, do abdômen e a dobra cutânea subescapular. A análise estatística foi feita por meio do software SPSS versão 18.0, sendo utilizado para comparação entre as variáveis (idade, altura e peso) o teste de Wilcoxon e a correlação de Pearson para analise de correlação entre as medidas antropométricas aferidas e estimadas, adotando o nível de significância 5% (p<0,05).Resultados: A amostra constituiu-se de 60 adultos e de 55 idosos com idade média de 58,2 ± 10,2 anos. Observou-se correlação forte e significativa entre o peso real e o estimado pelas fórmulas de Chumlea et al. (r: 0,929 e r: 0,922) e Rabito et al. (r: 0,932 e r: 0,933), nos adultos e nos idosos respectivamente. Com relação à diferença média encontrada entre as medidas estimadas e aferidas e a média da proporção dessa diferença, observou-se que a aplicação das fórmulas preditivas para peso de Chumlea et al. e Rabito et al. , subestimou e superestimou, respectivamente, o peso aferido tanto em adultos como em idosos. Para as medidas de altura, observou-se fraca correlação entre a aferida e a estimada pelos métodos de Chumlea et al. (r: 0,426) e de Silveira et al. (r: 0,511), quando aplicados em adultos. Contudo, quando utilizados em idosos apresentam forte correlação, Chumlea et al. (r: 0,755) e Silveira et al. (r: 0,772). Conclusões: As fórmulas utilizadas para estimativa de peso mostraram importante aplicabilidade em adultos e idosos. Para estimativa de altura, houve menor correlação com as medidas reais, porém, a aplicabilidade apresentou-se maior em indivíduos idosos que em adultos. de peso foi de 39,9%, sendo de obesidade 9,7%. Em relação à obesidade abdominal, 22,2% apresentam CC elevada e 7,8% muito elevada. Conclusão: Verifica-se uma prevalência significativa de excesso de peso e obesidade abdominal na população estudada. Tal resultado evidencia a necessidade de intervenções visando à redução de peso corporal em especial a gordura abdominal reduzindo assim o risco de comorbidades associadas à obesidade. P-129 PERFIL DE MULHERES QUE RECEBERAM TERAPIA NUTRICIONAL(TN) EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA MATERNA(UTIMAT). SILVIANE M. LUNA VIANNA (UNCISAL ); EDJA SOLANGE DE SOUZA RANGEL (UNCISAL ); ALBA M WANDERLEY SILVA QUINTELA CAVALCANTE (UNCISAL); RENATA MYLENA GUERRA DE HOLANDA BARBOSA (UNCISAL); DEISE M MENESES DE ALMEIDA (UNCISAL); VINILZA LINS GÓES (UNCISAL) Introdução: A gestação é o processo fisiológico da reprodução humana em que a nutrição tem um papel fundamental na manutenção do binômio mãe x feto. A existência de grávidas enfermas que necessitam de TN é incomum nos hospitais. A realidade de uma UTImat é peculiar. Nela encontram-se gestantes, puérperas e pacientes ginecológicas gravemente enfermas. Quando indicada, a TN pode representar na gravidez a salvação para a mãe e feto; e no puerpério a possibilidade de recuperação de um corpo espoliado pela gravidez e doença. Objetivo: Conhecer o perfil das mulheres internas em UTImat que receberam TN.e compara-lo com a literatura. Método: Os dados foram extraídos das fichas de acompanhamento nutricional e de prontuários das pacientes internas na UTI mat que receberam TN de janeiro de 2008 a dezembro de 2012. Resultados: Receberam TN no período do estudo 99 pacientes das quais, 27,2% eram grávidas, 70,7% puérperas e 2% ginecológicas. Quanto aos diagnósticos, apresentaram cirurgia obstétrica com sepse abdominal(39,3%), doença hipertensiva da gestação(20,2%), doenças infecciosas(14,1%), doenças neurológicas(6,06%), neoplasias(6,06%), litíase biliar (4,04%). Com menor prevalência aparecem: hiperemese gravídica, intoxicação exógena dentre outras. Quanto ao tipo de TN utilizada; 56,5% receberam nutrição enteral(NE), 31,3% % receberam nutrição parenteral(NP), e 11,1% receberam NP associada a NE. Quanto à evolução 61,6% receberam alta da TN, 13,1% evoluíram para o óbito e 11,1 % foram transferidas de unidade hospitalar. Conclusão: Sepse pós-cirurgia obstétrica foi encontrada como principal indicação de TN, seguida de doença hipertensiva da gestação. Estes dados apontam para a necessidade de melhorias na atenção à gestante, visto que, a maioria das causas apontadas poderia ser evitada com pré natal e condições de parto adequadas. Um percentual de 61,6% evoluiu satisfatoriamente recebendo alta da TN. Estes dados reforçam a necessidade de equipes multidisciplinares de TN atuando nas maternidades brasileiras. Não foram encontrados na literatura trabalhos que avaliam as indicações de TN em UTImat.. P-128 PREVALÊNCIA DE EXCESSO DE PESO E OBESIDADE ABDOMINAL CONFORME INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS EM PACIENTES ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE CARDIOLOGIA EM SÃO LUÍS-MA FLORINDA MARIA DE FREITAS MORAIS (FACULDADE SANTA TEREZINHACEST); JULIANA MOREIRA DA SILVA (FACULDADE SANTA TEREZINHA-CEST); SUZANNE CAROLYNE DO NASCIMENTO FERREIRA (FACULDADE SANTA TEREZINHA-CEST) Introdução: A obesidade é uma doença crônica, multifatorial e que se constitui em reconhecido fator de risco independente para muitas outras doenças debilitantes, como hipertensão arterial, cardiopatias, diabetes tipo 2, dislipidemias e alguns tipos de câncer. Quando esse acúmulo centraliza-se na região abdominal os prejuízos e repercussões são múltiplos. A antropometria é o método quantitativo mais utilizado no diagnóstico da obesidade por ser barato, não invasivo e universalmente aplicável. Entre os indicadores antropométricos mais utilizados estão o Índice de Massa Corporal (IMC) e a circunferência da cintura (CC). Objetivo: O propósito do estudo é determinar a prevalência de excesso de peso e adiposidade abdominal em pacientes adultos atendidos em ambulatótio de cardiologia de um serviço privado e analisar os dados obtidos segundo indicadores antropométricos pré-estabelecidos. Método: Estudo realizado em ambulatório de cardiologia de um serviço privado, localizado na cidade de São Luís-MA. Neste estudo foram incluídos adultos (20-59 anos), de ambos os sexos, sem ascite e diagnóstico de gravidez. Para a análise de excesso de peso e obesidade abdominal foram utilizados o IMC, seguindo os pontos de corte da Organização Mundial de Saúde (OMS, 1998), e a CC, classificada em elevada para mulheres (CC > 80cm) e para homens (CC > 94cm), e muito elevada para mulheres (CC > 88cm) e para homens (CC > 102cm) (OMS 1998). Resultados: Foram avaliados 637 pacientes, dos quais 58,4% eram do sexo feminino, a média de idade e IMC foi de 35,5 ± 11,4 anos e 25,2 ± 15,6 kg/m2, já a média da CC foi de 87,8 ± 11,9 cm para homens e 83 ± 15,5 cm para mulheres. A prevalência de excesso P-130 PERFIL NUTRICIONAL DOS PACIENTES INTERNADOS NA CLÍNICA CIRURGICA EM UM HOSPITAL GERAL DO ESTADO DA BAHIA BIANCA GONÇALVES DE BRITO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO BAIANO ); LAIANA NASCIMENTO LÔBO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO BAIANO ); PERICLES SANTOS CRUZ (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO BAIANO ) Introdução: A desnutrição é uma realidade em nosso meio, que pode ser detectada durante o período de internação hospitalar. Sua investigação é essencial para o prognóstico de pacientes, já que alguns desses são admitidos no hospital com desnutrição e outros a desenvolvem após a Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 69 Suplemento Nutrição Clínica/2013 internação. Objetivo: Verificar, na admissão, a classificação do índice de massa corporal (IMC) e nível de assistência nutricional de pacientes internados na unidade cirúrgica de um hospital Geral do Estado da Bahia. Método: Estudo exploratório, prospectivo e transversal, realizado com pacientes adultos e idosos de ambos os sexos, internados na unidade cirúrgica de um hospital do estado da Bahia, no período de junho a julho de 2013. Todos os pacientes foram avaliados nas primeiras 48 horas do internamento. Os critérios utilizados para classificar o nível de assistência nutricional (primário, secundário e terciário) se basearam no resultado da triagem nutricional e na necessidade de cuidados dietoterápicos decorrente da doença de base ou problema apresentado. Já o diagnóstico antropométrico considerou os pontos de corte preconizados pela Organização Mundial de Saúde para os diferentes grupos etários. Resultados: A amostra foi constituída de 31 pacientes, sendo que 54,8% eram do sexo masculino, com idade entre 17 e 71 anos. Segundo o IMC, 52% eram eutróficos, 29% com excesso de peso e 19% abaixo do peso. Com relação ao nível de assistência, 23% foram classificados como nível primário, 48% secundário e 29% terciário. Conclusão: Os resultados evidenciaram que quase metade dos pacientes apresentava alguma alteração no estado antropométrico apontando a importância de se instituir a classificação por nível de assistência como instrumento capaz de direcionar o cuidado, na perspectiva da identificação do risco nutricional e prevenção da desnutrição, uma vez que mais da metade dos pacientes foi classificada como nível secundário e terciário e, por sua vez, requerem intervenção nutricional precoce. P-132 ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO: COMO ANDA ESTA PRÁTICA? JULIANA JORDÃO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); PRISCILA SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); JÉSSICA ROBERTA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); ELAINE CRISTINA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); ANA PAULA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); JULIANA MARIA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) Introdução: Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o aleitamento materno exclusivo (AME) deve ser a única prática alimentar a ser adotada nos seis primeiros meses de vida. Entretanto, muitos são os fatores que interferem na decisão da mãe em interromper o AME precocemente. Por esta razão, o Projeto de Extensão Ame Amamentar, teve como objetivo promover e incentivar o aleitamento materno no pré-natal realizado no Hospital Barão de Lucena (HBL) no período de junho a dezembro de 2012. Objetivo: Avaliar a duração do AME da última amamentação realizada por mães que frequentavam o pré-natal no HBL. Método: Ao longo de seis meses de trabalho, foram reunidos cento e vinte nove questionários respondidos pelas mulheres que participaram da atividade proposta pela a equipe do projeto AME Amamentar. Este questionário continha informações relativas a dados demográficos, a gestação e ao aleitamento materno. Resultados: Das 129 mulheres entrevistadas, 24% (n=31) eram adolescentes, 73% (n=94) eram adultas e 3% (n=4) não informaram a idade. Do total, 38% (n=49) eram primíparas e 62% (n=80) eram multíparas. Entre as multíparas, cinco eram adolescentes e setenta e uma eram adultas. Quando perguntadas sobre a duração do AME em relação ao último filho amamentado, 31% relataram que a duração do AME foi inferior a quatro meses, 18% amamentou exclusivamente entre 4 e 5 meses, 29% amamentou exclusivamente por 6 meses, 20% não souberam informar e 3% disseram não ter amamentado. Conclusão: Apesar das estratégias do Ministério da Saúde em promover, incentivar e apoiar o Aleitamento Materno Exclusivo por seis meses pôde-se constatar que, neste pré-natal, ainda havia um percentual elevado de mulheres que na última experiência com amamentação não chegaram a atingir quatro meses de AME. Isto reforça a necessidade de um empenho ainda maior das equipes de saúde da família junto às mulheres, no sentido de apoiar o Aleitamento Materno Exclusivo nos seis primeiros meses de vida. P-131 ANÁLISE DO PERFIL NUTRICIONAL E INGESTÃO ALIMENTAR DE PACIENTES NA FILA DE ESPERA PARA O TRANSPLANTE HEPÁTICO ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO BIAS FORTES DO HC – UFMG. LIDIANE DE PAULA VIEIRA (UFMG); SIBELLE CAROLINE SCHRAMM CARVALHO TEIXEIRA DA SILVA (UFMG); ANA MARIA DOS SANTOS RODRIGUES (UFMG); AGNALDO LIMA SOARES (UFMG); MARIA ISABEL TOULSON DAVISSON CORREIA (UFMG); SIMONE DE VASCONCELOS GENEROSO (UFMG) Introdução: A prevalência de desnutrição é alta entre pacientes submetidos a transplante hepático. Essa é decorrente de várias causa, sendo a inadequação alimentar uma delas. O objetivo do presente trabalho é descrever o estado nutricional e o perfil da ingestão alimentar desses indivíduos. Método: Estudo realizado com pacientes acompanhados no ambulatório Bias Fortes HC/UFMG, de agosto/2012 a julho/2013. A avaliação nutricional foi realizada avaliação global subjetiva (AGS), antropometria e, registro de ingestão alimentar habitual (24 horas). Foi avaliada a associação entre a ingestão total de proteínas e a ocorrência de encefalopatia. Utilizou-se o software SPSS versão 17.0 para análise dos dados tendo-se adotado o nível de 5% para significância estatística. Resultados:Trinta e um pacientes pré-transplante hepático foram avaliados. A mediana de idade foi de 50 anos (mín21 – máx 65), sendo a maioria (80,6%) do sexo masculino. 70,9%(n=22) dos doentes possuem algum grau de desnutrição, segundo a AGS . Metade dos pacientes tiveram ingestão calórica e proteica abaixo de 60% das necessidades nutricionais. Não houve associação entre a ingestão proteica e o estado nutricional. Contudo, pacientes desnutridos consomem menos de 60% das necessidades calóricas (p<0,05). Em relação ao consumo de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) e aromática (AAA), 57,2% (n=16) não atin giram a proporção mínima recomendada de 2:1 e, nenhum paciente atingiu a proporção 3:1. Não houve associação entre encefalopatia hepática e consumo proteico assim como com a proporção dos aminoácidos BCAA e AAA. Conclusão: A desnutrição e a ingestão calórica/proteica inadequadas são prevalentes entre pacientes no pré-transplante hepático. Há também inadequação na relação entre os tipos de aminoácidos, o que pode favorecer o risco de encefalopatia hepática. P-133 ESTADO NUTRICIONAL E PRESENÇA DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS EM PACIENTES IDOSOS COM HIV/AIDS. LUIZA MORAES HOLLO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS); MONIQUE APARECIDA MELLO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS); ANDREA ZUMBINI PAULO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS); CATIA DE LIMA CARVALHO GASPAR (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS) Introdução: O Brasil apresenta uma das maiores taxas de crescimento da população idosa. Segundo Ministério da Saúde (2008), 2% da população acima de 60 anos são portadoras do vírus HIV. A Terapia Antirretroviral (TARV) proporciona melhora no prognóstico e expectativa de vida dos portadores do HIV, entretanto, idosos apresentam uma resposta imunológica mais lenta à TARV e maior risco de desenvolver doença cardiovascular pela combinação: envelhecimento, infecção, HIV e TARV. Objetivo: Identificar o estado nutricional e a presença de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) em idosos com HIV/AIDS. Método: Estudo transversal retrospectivo, realizado em 2012, com coleta de dados nos prontuários de pacientes com 60 anos ou mais, de ambos os gêneros, atendidos no ambulatório de hospital referência em doenças infecciosas no município de São Paulo, sendo: idade, sexo, peso, altura, colesterol e frações, triglicérides, glicemia e presença de diabetes mellitus (DM), hipertensão arterial sistêmica (HAS) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 70 Suplemento Nutrição Clínica/2013 e infarto agudo do miocárdio (IAM). A avaliação nutricional foi realizada a partir do Índice de Massa Corporal (IMC) e classificado de acordo com o Nutrition Screening Initiative, 1994 (NSI). Resultados: A amostra foi constituída de 30 prontuários, sendo 50% do gênero masculino e 50% feminino; a faixa etária média foi de 69,3 anos. De acordo com NSI, 20% dos pacientes estavam acima do peso, 30% abaixo e 37% eutróficos. As DCNT observadas foram DM em 59,5%, HAS em 66% e IAM em 10%. Os pacientes apresentavam exames laboratoriais fora dos níveis recomendáveis, sendo 46% deles com glicemia, 30% com colesterol, 36,6% com HDL, 10% com LDL e 10,5% com VLDL. Conclusão: Dos indivíduos avaliados, 52% tinham três ou mais critérios de diagnóstico de Síndrome Metabólica e 47% apresentavam IMC>25 kg/m2, comprovando que a dislipidemia em níveis associados com o aumento do risco de doenças cardiovasculares ocorre em número considerável dos idosos infectados pelo HIV/AIDS. Introdução: O paciente submetido a cirurgia sofre alterações metabólicas e fisiológicas que comprometem o seu estado nutricional. Assim sendo, o estado nutricional prévio à cirurgia é de extrema importância porque irá condicionar a resposta, relativamente à reversão catabólica própria do trauma cirúrgico, cicatrização e prevenção de complicações frequentes como a infecção. Os pacientes desnutridos no pré-operatório têm um risco significativamente mais elevado de complicações no pós-operatório e mortalidade, comparativamente a pacientes com bom estado nutricional. O Objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de desnutrição de pacientes em peri-operatório de cirurgias do tratogastrointestinal. Foram avaliados 183 pacientes, de ambos os sexos, acima de 18 anos, admitidos entre abril e julho de 2013 em um Hospital público de referência em Salvador – Bahia. Foram coletados dados referentes a sexo, idade, diagnóstico cirúrgico, medidas antropométicas como peso e altura, além da classificação da Nutritional Risk Screening (NRS). O diagnóstico nutricional foi dado por meio do Índice de Massa Corporal (IMC) com referência da Organização Mundial da Saúde, 2000, e a estratificação de risco foi dada por ausência de risco, risco leve, moderado ou grave. A amostra foi constituída na sua maior parte pelo sexo feminino (57,9%), a média de idade para ambos os sexos foi de 52 anos (±16), e a médida de peso foi de 67 Kg (±14,6). Dentre os procedimentos cirúrgicos os mais prevalentes foram esofagectomia, enterectomia, colectomia, colelitíase, dentre outras. De acordo com o IMC, 19,2% dos pacientes foram diagnosticados com algum grau de magreza, enquanto que 43,3% eram eutróficos, seguidos de 37,5% com excesso de peso. Quanto a estratificação do risco nutricional dado pela NRS, 40% dos pacientes apresentaram risco moderado/grave de desnutrir, enquanto que 20,6% apresentaram ausência de risco ou risco leve. Ao correlacionar o IMC com a NRS, observou-se que dos pacientes considerados com magreza pelo IMC e que obtinham a estrafificação da NRS, 60,8% encontravam-se entre o risco moderado/grave da NRS. Neste estudo foi constatado que o risco de desnutrição em pacientes em peri-operatório é alto, o que reforça a importância de traçar estratégias de atenção nutricional logo no início da internação. P-134 ESTADO NUTRICIONAL E AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE E NUTRIÇÃO DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS DE LAGARTO-SE CAROLINA CUNHA DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); HELOISA MIRELLE COSTA MONTEIRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); FÁBIO RESENDE DE ARAÚJO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); DAYANE KELLY DOS SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); DRIELLI OLIVEIRA SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); MARIANA CRUZ SOARES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) Introdução: O envelhecimento acarreta alterações fisiológicas com repercussões nas condições de saúde e nutrição. A insatisfação da condição de saúde exerce influência sobre a percepção do idoso a cerca do seu estado de nutrição. Objetivo: Avaliar o estado nutricional antropométrico dos idosos e sua percepção em relação ao seu estado de saúde e nutrição. Método: Estudo transversal, realizado com idosos residentes em uma Instituição de Longa Permanência (ILP) na cidade de Lagarto-SE. O estado nutricional antropométrico foi classificado segundo pontos de corte do IMC, proposto pelo NSI (2002). A auto-percepção do estado de saúde e nutrição foi obtida por meio de dados da Mini-avaliação nutricional (MAN). Resultados: Dos 30 idosos residentes na ILP, não foi possível aferição do peso e aplicação da MAN em 16 idosos devido a recusas, fragilidade ou déficit cognitivo do idoso. A idade média foi de 83,6 (DP 9,4) anos, representando percentual importante (68,4%) de idosos longevos (>80 anos). Segundo o estado nutricional antropométrico, 64,3% apresentaram magreza e 35,7% peso adequado. Em relação à auto-percepção da condição nutricional, 54,5% acreditavam não ter problema nutricional, 36,4% se consideravam desnutridos e 9,1% não sabiam responder. Em relação à condição de saúde em comparação a outras pessoas da mesma idade, 66,7% dos idosos acreditavam que sua própria saúde não estava muito boa. Conclusões: A maioria dos idosos apresentavam magreza, muito embora não acreditavam ter qualquer problema nutricional. A maioria dos idosos acreditava que sua saúde não estava muito boa em relação aos outros idosos. A percepção do idoso a cerca do seu perfil de nutrição é uma importante ferramenta a ser utilizada na atenção nutricional, uma vez que os aspectos subjetivos, quando associados aos métodos objetivos, auxiliam na conduta mais coerente para um cuidado individualizado. P-136 COMPARAÇÃO DO PERFIL ANTROPOMÉTRICO ENTRE IDOSOS DIABÉTICOS PRATICANTES OU NÃO DE ATIVIDADE FÍSICA THIALLY HOLANDA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); RAFAELA COELHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); GABRIELA BARROS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); RITA OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); MARINA BARROS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); MARIA GORETTI BURGOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) Introdução: O envelhecimento da população é um fenômeno global, que vem ocorrendo em todas as regiões e países do mundo, com exceção daqueles em extrema pobreza. Nesta faixa etária ocorrem mudanças no comportamento social, biológico e físico, acarretando alterações corporais. Com o aumento da idade cronológica as pessoas ficam menos ativas e diminui consequentemente a prática de exercícios físicos, o que facilita o aparecimento e/ou o agravamento de doenças crônicas degenerativas. Objetivo: Avaliar o índice de massa corpórea (IMC) de idosos diabéticos e comparar com a prática de atividade física. Método: Estudo descritivo, transversal e quantitativo, com idosos, de ambos os sexos, orientados e em boas condições físicas. Os dados foram coletados nas fichas de atendimento do ambulatório de Nutrição, do Núcleo de Atenção ao Idoso de uma Universidade Pública, tendo como base a primeira consulta, no período de março/2011 a julho/2013. Foram analisadas informações referentes à prática de atividade física, sexo, idade, procedência, peso, altura, calculado IMC, tendo com faixa de normalidade de 22-27kg/m2. Resultados: Foram avaliados 68 idosos diabéticos na faixa etária de 60 a 70 anos, com a maioria (76%) do sexo feminino, procedentes do Recife e interior do estado de Pernambuco. Do grupo total 54% realizavam atividade física com P-135 PREVALÊNCIA DE DESNUTRIÇÃO EM PACIENTES NO PERIOPERATÓRIO INTERNADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO REFERÊNCIA NA CIDADE DE SALVADOR, BAHIA. LUANA DE OLIVEIRA LEITE (HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS); DANNIELI DO ESPIRITO SANTO SILVA (HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS); TATIANE MELO DE OLIVEIRA (HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS); MANOEL ALVES COSTA NETO (HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS); MARIA ESTELA P MASAVITCH (HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 71 Suplemento Nutrição Clínica/2013 frequência de três vezes por semana, na modalidade de caminhada com duração de 30 a 60 minutos. As modalidades menos praticadas incluíam ginástica aeróbica, hidroginástica e natação. Quanto à adesão ao exercício, em relação ao sexo, era realizado por 73% das mulheres e apenas 27% dos homens. Dos idosos com excesso de peso (IMC > 27) 54% eram praticantes de atividade física, enquanto 46% eram sedentários, não sendo evidenciada diferença ponderal entre os praticantes ou não de atividade física. Conclusão: Diante dos resultados pode-se concluir que na amostra estudada a prática de atividade física não influenciou diretamente o IMC, provavelmente pela modificação corporal que ocorre na terceira idade. retrospectivo, realizado em um hospital na cidade de São Paulo. Os dados foram coletados de janeiro a dezembro de 2012 em prontuário eletrônico e compilados em planilha Excel. As variáveis do estudo foram idade, gênero, diagnóstico, via da dieta liberada, tempo de início de dieta, alteração ponderal e diagnóstico nutricional na admissão e na alta. Resultados: Foram avaliados 439 pacientes, dos quais 61% (n=267) sexo masculino e 39% (n=172) sexo feminino. Idade: 49% (n=215) menor que 2 anos (maior risco nutricional), 21% (n=92) entre 3 a 5 anos e 30% (n=132) com mais de 5 anos. A média de dias de internação foi de 6,29 dias, onde 73% (n=321) tiveram dieta por via oral liberada, 20% (n=89) por via enteral, 1% (n=4) por via parenteral e 6% (n=25) estavam em jejum. Tempo para liberação de dieta: 91% (n=400) liberação em menos de 24 horas, 7% (n=32) mais de 24 horas e 2% (n=7) foram a óbito. O diagnóstico observado foi de 37% (n=163) respiratório, 20% (n=86) renal, 7% (n=29) convulsão, 6% (n=28) cardiopatias, 30% (n=133) outros. Avaliação ponderal: 31% (n=137) ganharam peso durante a internação em média 450g, 36% (n=158) perderam peso em média 400g e 33% (n=144) peso inalterado. Diagnóstico nutricional na (I) internação e na (A) alta: eram Eutróficos (I): 62% (n=269) e (A): 62% (n=273). Risco para desnutrição: (I): 2% (n=10) e (A): 2% (n=9). Desnutridos: (I): 21% (n=93) e (A) 21% (n=91). Sobrepeso: (I): 6% (n=28) e (A): 6% (n=27). Obesos: (I): 3% (n=14) e (A): 3% (n=14). Estavam sem avaliação 6% (n=25) dos pacientes (I) e (A). Conclusão: Os indicadores nutricionais são muito importantes para avaliar a efetividade da dietoterapia aplicada, impactando diretamente na recuperação clínica do paciente, assim evitando a desnutrição intra-hospitalar. P-137 COMPARAÇÃO ENTRE DOIS TIPOS DE INFUSÃO DE NUTRIÇÃO ENTERAL E A ADEQUAÇÃO DAS METAS CALÓRICA E PROTEÍCA. ANDREA ZUMBINI PAULO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS); MEIRE MARCHI PEREIRA (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS); CAMILA GARCIA MORENO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS); ROBERTA NEMER CAMARGO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS) Introdução: Pacientes em terapia nutricional enteral (TNE), recebem menos nutrição do que o prescrito, o que pode contribuir para a desnutrição e piores desfechos hospitalares. Atualmente, o suporte nutricional é visto como uma ferramenta terapêutica fundamental no manejo do paciente, portanto, o conceito de controle de qualidade dos cuidados em TNE é um tema cada vez mais discutido. Objetivo: Comparar se os tipos de sistemas de infusão da nutrição enteral (NE), podem interferir na adequação das metas calórica e proteica e consequentemente nos indicadores de qualidade da terapia nutricional. Método: Foi realizado o levantamento do resultado dos indicadores de qualidade, meta calórica (MC) e meta proteica (MP), aplicados pela Equipe Multiprofissional em Terapia Nutricional (EMTN) de um hospital do município de São Paulo, em dois períodos: de agosto a setembro de 2012, quando o serviço utilizava a infusão através do sistema aberto (SA), e em outubro a novembro de 2012, quando o serviço passou a utilizar o sistema fechado (SF) com gotejamento contínuo, e observado se os indicadores atingiam o mínimo de 80% de adequação propostos pela EMTN e segundo o International Life Sciences Institute (ILSI- Brasil), 2008. Resultados: O primeiro grupo (SA) foi constituído de 30 pacientes com idade média de 43,5 anos e a média dos resultados dos indicadores foram MC e MP de 66,38% e 63,25% respectivamente. O segundo grupo (SF) foi constituído de 31 pacientes com idade média de 38,3 anos e a média dos resultados dos indicadores foram MC e MP 84,88% e 84,57%, respectivamente. Conclusão: O SF para infusão da NE mostrou-se mais eficiente atingindo as metas propostas e consequentemente oferecendo melhor assistência nutricional aos pacientes. P-139 PERFIL GLICÊMICO DE IDOSOS DIABÉTICOS ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DE RECIFE-PE MARINA BARROS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); GABRIELA BARROS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); RITA OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); THIALLY HOLANDA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); GORETTI BURGOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) Introdução: Diabetes mellitus é um conjunto de distúrbios metabólicos caracterizados pela presença de hiperglicemia, a qual é o resultado de defeitos na ação e/ou secreção da insulina. O monitoramento laboratorial do nível glicêmico é importante para acompanhar e prevenir possíveis complicações. Contudo, a adoção de uma conduta rigorosa em idosos, além de não prevenir eventos cardiovasculares, aumenta a mortalidade. Objetivo: Traçar o perfil glicêmico de idosos diabéticos atendidos na primeira consulta em um ambulatório de nutrição de um Núcleo de Atenção ao Idoso, de uma Universidade Pública de Pernambuco, em Recife-PE. Método: No período de maio de 2011 a julho de 2013, foram avaliadas dosagens de glicemia de jejum (GJ) e hemoglobina glicada (HbA1c), coletadas a partir de resultados de exames bioquímicos de rotina, na primeira consulta de nutrição. Os valores coletados foram classificados segundo a Diretriz da Sociedade Brasileira de Diabetes-2013, com pontos de cortes para faixa de normalidade GJ valores até 150 mg/dL, HbA1c maior que 7%. Resultados: Foram atendidos 32 pacientes na faixa etária de 60-88 anos, sendo 73% mulheres e 27% homens, provenientes da Cidade do Recife (79%), área metropolitana (19%) e interior do Estado de Pernambuco (2%). O tratamento medicamentoso mais freqüente foi hipoglicemiante oral duas vezes ao dia, não sendo referidos casos de hipoglicemia. Quanto à GJ, o valor médio encontrado foi de 144 mg/dL, com a menor glicemia de 84 mg/dL e a maior de 517 mg/dL, sendo detectado que 68,7% do grupo total estavam com GJ aceitável, e 31,3% com GJ maior que 150 mg/dL. Denota-se que 2/3 das GJ estavam na faixa de normalidade. Em relação à HbA1c, o valor médio encontrado foi de 7,3%, com a menor de 4,4% e a maior de 12,1%. Metade dos idosos atendidos encontrava-se com HbA1c menor que 7%, 18,7% estava abaixo de 8%, enquanto 31,3% acima de 8%. P-138 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DOS PACIENTES INTERNADOS EM UTI PEDIÁTRICA ATRAVÉS DE INDICADORES NUTRICIONAIS DENISE RURI UTSUNOMIA SEKIYA (HOSPITAL SAMARITANO); KATIA JARANDILHA (HOSPITAL SAMARITANO); LARISSA LINS (HOSPITAL SAMARITANO); WERUSKA DAVI BARRIOS (HOSPITAL SAMARITANO) Introdução: A nutrição adequada é fundamental para promover o crescimento e o desenvolvimento adequado da criança, garantindo melhores condições de saúde. A identificação precoce da desnutrição intra-hospitalar e o risco nutricional dos pacientes ao internar fornecem instrumento para a intervenção nutricional precoce, interferindo diretamente no custo da internação hospitalar, reduzindo o tempo de hospitalização e complicações. Objetivo: Avaliar o diagnóstico nutricional na admissão e na alta da unidade de UTI pediátrica, o tempo de liberação da dieta e perda ou ganho ponderal durante a internação. Método: Estudo descritivo, longitudinal e Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 72 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Conclusão: O perfil glicêmico dos pacientes idosos desta amostra revelou adequado controle glicêmico. risco nutricional 31,9%. O tempo de internação foi diretamente relacionado com a idade da população estudada (teste de Pearson 0,180, p=0,004). Houve correlação negativa entre a circunferência da panturrilha e o tempo de internação - teste de Pearson -2,4 (p < 0,001). Houve também correlação entre a circunferência da panturrilha e o desfecho (p < 0,005). Não houve correlação entre a circunferência do braço e o desfecho (p=0,074). Conclusão: A prevalência de desnutrição em hospitais gerais é muito elevada, principalmente entre os idosos. Estes apresentam tempo de internação mais prolongado em relação aos pacientes mais jovens. A circunferência da panturrilha foi um bom preditor do tempo de internação hospitalar assim como do desfecho. Pacientes idosos e, principalmente os sarcopênicos, apresentam risco elevado de desnutrição, internações prolongadas e também de maior mortalidade. P-140 CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DOS PACIENTES EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ATRAVÉS DA ESPESSURA DO MÚSCULO ADUTOR DO POLEGAR E CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO. BARBARA VERNE FACIN (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS); MEIRE MARCHI PEREIRA (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS); ROBERTA NEMER CAMARGO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS); ANDREA ZUMBINI PAULO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS) Introdução: A desnutrição gera consequências aos indivíduos hospitalizados, comprometendo a imunidade, prolongando o sofrimento e aumentando o risco de infecções. O acompanhamento e intervenção nutricional são de grande importância, interferindo positivamente no tratamento e prognóstico de diversas doenças. Os métodos mais utilizados para a avaliação nutricional são: exames bioquímicos, composição corporal e antropometria. O objetivo da medida da espessura do músculo adutor do polegar (EMAP) é acompanhar o grau da degradação do tecido muscular. Objetivo: Caracterizar o estado nutricional (EN) dos pacientes na unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital referência em infectologia através da EMAP e da circunferência do braço (CB); avaliar a aplicabilidade e empregabilidade da EMAP na prática clínica. Método: O estudo foi realizado na UTI, de Setembro à Dezembro de 2012, com 30 pacientes de 18 a 65 anos, que recebiam exclusivamente Terapia nutricional enteral ou parenteral (TNE/ TNP) ou ambas. A classificação do EN foi realizada através adequação da CB, Blackburn, 1979, e adequação da EMAP, Lameu, 2004. Resultados: A EMAP encontrou 100% de redução muscular nos pacientes enquanto a CB apresentou 73% dos pacientes com subnutrição. Dos pacientes eutróficos avaliados pela CB, 87,5% apresentaram redução moderada e 12,5% de redução leve. Conclusão: Este estudo demonstrou ser possível utilizar a EMAP para avaliar o estado nutricional de pacientes internados recebendo TNE e TNP, diante maior sensibilidade verificada no diagnóstico de risco de depleção nutricional, quando comparados a CB. Sugere-se que a EMAP pode ser aplicada como método de avaliação antropométrica preditor e complementar na avaliação do EN, na prática clínica, inclusive em pacientes com doenças infecciosas. P-142 ALTERAÇÕES CORPORAIS E DISLIPIDEMIAS EM PACIENTES COM HIV POSITIVO INTERNADOS EM UM HOSPITAL REFERÊNCIA EM INFECTOLOGIA DE SÃO PAULO LORENA DE CASTRO BARROS E SOUSA (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS); CAETANO SORAGGI NETO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS); MIRIAM KLOCK BARCHA (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS); PAULA GOUVEA GUIMARÂES (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS); MEIRE MARCHI PEREIRA (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS); ANELYSE MARIA IURKY (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMILIO RIBAS) Introdução: A infecção pelo HIV ainda acomete um alto número de pessoas em todo o mundo. A terapia antirretroviral (TARV) aumentou a sobrevida, porém trouxe alterações metabólicas e corporais. Objetivo: Verificar as alterações corporais e o risco de dislipidemia em pacientes HIV positivo internados no hospital de infectologia da cidade de São Paulo. Método: A amostra foi composta de adultos de ambos os gêneros, portadores do vírus HIV em uso ou não de TARV. A classificação do estado nutricional foi realizada através do Índice de Massa Corporal (IMC), da Adequação da Circunferência do Braço (CB) Circunferência Muscular do Braço (CMB), e Circunferência Abdominal (CA); e os exames bioquímicos analisados foram: HDL-colesterol, LDL-colesterol e triglicerídeos. Resultados: O estudo foi concluído com 25 pacientes com a prevalência do gênero masculino (68%) sobre o gênero feminino (32%). O estado nutricional mais diagnosticado quanto ao IMC foi a Eutrofia.(OMS,1997/1998). Segundo as adequações de CB e CMB, predominou a Desnutrição Leve. (BLACKBURN, G. L. & THORTON, P.A., 1979). Quanto a CA, 92% dos pacientes apresentaram valores adequados, não indicando possíveis riscos cardiovasculares ou metabólicos. A maioria não apresentou alterações nos exames bioquímicos de Colesterol total, LDL e HDL. A irregularidade foi encontrada apenas nos exames de triglicerídeos, em 60% dos participantes. Conclusão: Foi inconclusiva a relação entre a TARV e a dislipidemia, assim como a relação entre CA aumentada e o risco cardiovascular. Observou-se que a CMB é um indicador importante na determinação do diagnóstico nutricional. Já os exames bioquímicos mostraram-se indispensáveis métodos a serem analisados frequentemente P-141 CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA É PREDITOR DE TEMPO DE INTERNAÇÃO E DO DESFECHO EM PACIENTES HOSPITALIZADOS NO INSTITUTO DE CARIDOLOGIA - HOSPITAL VIAMÃO EDILENE BOEIRA (INSTITUTO DE CARDIOLOGIA - HOSPITAL VIAMÃO); BRUNA DUTRA (INSTITUTO DE CARDIOLOGIA - HOSPITAL VIAMÃO); CÁTIA SILVA (INSTITUTO DE CARDIOLOGIA - HOSPITAL VIAMÃO); JOÃO WILNEY FRANCO (INSTITUTO DE CARDIOLOGIA - HOSPITAL VIAMÃO) Introdução: desnutrição hospitalar é muito frequente, multifatorial e se associa com piores desfechos dos pacientes hospitalizados, como tempo de internação e mortalidade, principalmente em pacientes idosos. Objetivo: Descrever aspectos nutricionais da população internada em um hospital geral da Grande Porto Alegre. Método: Foram coletados prospectivamente idade, sexo, avaliação nutricional (Avaliação Global Subjetiva (AGS) e Mini Avaliação Nutricional (MAN)), circunferência de braço e panturrilha, tempo de internação e desfechos (alta hospitalar e óbito). Resultados: Foram avaliados 303 pacientes hospitalizados com idade média de 62,6 anos (15 a 04 anos), 52% do sexo feminino. Um total de 7,4% apresentou magreza (IMC < 18,5), 48,8% IMC > 25 e 20,9% apresentavam-se obesos (IMC > 30).Os pacientes foram avaliados por AGS ou MAN no caso dos idosos. A prevalência de desnutrição na população foi de 53,1%. Quando separamos os idosos (acima de 65 anos), a prevalência de desnutrição foi de 47% e de P-143 ESTADO NUTRICIONAL NO PRIMEIRO ANO DE VIDA EM PACIENTES COM FIBROSE CÍSTICA IDENTIFICADOS PELA TRIAGEM NEONATAL. MIRELLA NEVES ALMEIDA (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); ANA CLÁUDIA CRUZ DOS SANTOS (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); DENISE TIEMI MIYAKAWA (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); BRUNA MANSUR LAGO (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); JOCEMARA GURMINI (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); KARIN KNABBEN DE SOUZA (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 73 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Introdução: A fibrose cística (FC) é uma doença passível de identificação precoce através da triagem neonatal (TN). Seu diagnóstico precoce permite que o acompanhamento seja iniciado em uma fase crítica do crescimento onde a nutrição tem um importante papel. O objetivo do estudo foi identificar a evolução do estado nutricional no 1º ano de vida de crianças portadoras de FC identificadas pela TN acompanhadas em ambulatório especializado de um hospital pediátrico de Curitiba/PR. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da instituição. Foi realizado um estudo retrospectivo com levantamento de dados dos prontuários de pacientes portadores de FC identificados pela TN. As variáveis foram: sexo, idade, índices antropométricos (média do escore-z de Peso/Estatura (P/E); Estatura/Idade (E/I); Peso/Idade (P/I) e IMC/Idade (IMC/I) segundo a OMS – Programa Anthro) e cálculo do desvio-padrão (DP). A população estudada consiste em um grupo de 17 crianças, sendo 9 (52,9%) meninas e 8 (47,1%) meninos. Treze pacientes (76,5%) apresentavam insuficiência pancreática; 2 (11,8%) apresentaram como 1ª manifestação da doença íleo meconial; 1 (5,9%) apresentou alteração hepática e 1 (5,9%) usou via alternativa de alimentação neste período. Observamos que no momento 1 (3 meses de vida), o índice E/I teve a média de -2,04 (DP±1,20), com 60% dos pacientes adequados, 20% baixa estatura (BE) e 20% muito baixa estatura (MBE). No momento 2 (12 meses de vida), a média foi de -0,80 (DP±1,19), com 83,3% adequado, 16,7% BE e nenhum MBE. Em relação ao índice P/I, a média inicial foi de -2,28 (DP±1,54), sendo 53,3% adequado, 26,7% baixo peso (BP) e 20% muito baixo peso (MBP). Na evolução, verificou-se média de -0,73 (DP±0,90), com 91,7% adequado, 8,3% MBP e nenhum BP. O IMC/I inicial teve média de -1,53 (DP±1,84), com 73% eutrofia (E), 6,7% magreza (M) e 20% magreza acentuada (MA). Aos 12 meses de vida, a média foi de -0,29 (DP±0,86), 91,7% E, 8,3%M. A média do P/E inicial era -0,80 (DP±1,92), com 60% E, 13,3% M, 13,3% MA, 6,7% risco de sobrepeso e 6,7% sobrepeso. No momento 2, a média foi de -0,51 (DP±0,79), com 91,7% E, 8,3% M. A identificação da fibrose cística pela triagem neonatal e a instituição do tratamento precoce específico possibilitam que a desnutrição não se mantenha, permitindo a recuperação nutricional através da melhora de todos os parâmetros antropométricos. nenhum paciente com BP ou MBP. Na 1ª avaliação, o índice IMC/I demonstrou: 73,3% eutrofia (E), 6,7% magreza (M), 20% magreza acentuada (MA) e nenhum com risco de sobrepeso (RS) e sobrepeso (S). Contudo, na última avaliação tivemos 76,5% E, 17,6% RS e 5,9% S, porém nenhum M ou MA. O índice P/E apresentou 60% E, 13,3% M e o mesmo valor com MA, além de 6,7% RS e o mesmo valor S na 1ª avaliação. Na última avaliação, 82,4% apresentavam-se E e o mesmo valor (5,9%) foi encontrado nos outros 4 grupos (MA, M, RS e S). Conclui-se que o estado nutricional de pacientes com FC pode ser modificado pelo acompanhamento nutricional, visto que houve melhora de 94,1% dos pacientes em relação ao P/I na última avaliação. Porém, 11,8 % persistiram BE, que pode estar associado a outros fatores não dietéticos. Esses dados alertam para o RS e S existentes nesta população. P-145 MONITORAMENTO DAS CAUSAS DA INADEQUADA INFUSÃO DE DIETA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ADULTO TATIANA MORENO DE OLIVEIRA (HOSPITAL SÃO CAMILO); FERNANDA CAROLINA MARIN (HOSPITAL SÃO CAMILO); DANIELA FRANÇA GOMES (IMEN); LÍGIA DOS SANTOS (HOSPITAL SÃO CAMILO); JULIANA ZANETTI MACHADO (HOSPITAL SÃO CAMILO) Introdução: A resposta metabólica ao trauma, estresse ou doença grave pode ser modificada pelo tratamento e controle da doença de base. O catabolismo e o consumo são acelerados e as respostas hormonais adaptativas ao jejum são sobrepostas. A terapia nutricional não reverte completamente o catabolismo, porem minimiza a depleção calórica e a perda tissular e, quando utilizado o trato gastrointestinal auxilia resposta imune e minimiza translocação intestinal bacteriana. A atuação da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional dentro das unidades de Terapia Intensiva Adulto auxilia na introdução precoce de terapia nutricional e monitorar as dificuldades de fornecer adequada terapia nutricional. Objetivo: Monitorar as causas da inadequada infusão de dieta em uma Unidade de Terapia Intensiva Adulto. Método: Estudo retrospectivo, observacional quantitativo, conduzido no período de janeiro de 2011 á junho de 2013, totalizando dois anos e seis meses de análise. Este estudo pretende mostrar as principais motivos de não infusão da dieta enteral proposta, adotando como meta, no mínimo, 90% de infusão, nos pacientes em terapia nutricional enteral de uma unidade de terapia intensiva de um hospital particular de São Paulo. A adequação do volume administrado e as causas da não infusão seguiram o referencial de porcentagem que ficaram abaixo da meta proposta. Resultados: Neste período, foram acompanhados pela Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional 901 pacientes em terapia nutricional enteral, sendo 47% do sexo masculino e 53% do sexo feminino, com média de idade de 61 anos (25-97 anos). Do total dos pacientes acompanhados, 300 ficaram abaixo da meta proposta de infusão, totalizando 33%. A média calculada foi de 73% no ano de 2011, 84% em 2012 e 83% até junho de 2013. As causas que impactaram na baixa infusão da dieta foram: repassagem de sonda enteral (23%), ausência de informação (22%), vômito (21%), instabilidade hemodinâmica (19%) e desconforto respiratório (15%). Todos os dados foram coletados diariamente, discutido nas reuniões mensais com a equipe multiprofissional com o objetivo de sensibilização e foco na melhora da meta de infusão. Conclusão: O conhecimento dos fatores que impedem a efetiva administração da nutrição enteral permite a adoção de medidas intervencionais, visando ação direta para atingir a meta proposta e adequada aos pacientes em terapia nutricional enteral. P-144 EVOLUÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES COM FIBROSE CÍSTICA ACOMPANHADOS EM AMBULATÓRIO MULTIDISCIPLINAR DENISE TIEMI MIYAKAWA (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); ANA CLÁUDIA CRUZ DOS SANTOS (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); MIRELLA NEVES ALMEIDA (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); BRUNA MANSUR LAGO (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); JOCEMARA GURMINI (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE); KARIN KNABBEN DE SOUZA (HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE) Introdução: Fibrose cística (FC) é uma doença hereditária autossômica recessiva. Seu diagnóstico precoce e tratamento específico pode prevenir desnutrição, melhorar prognóstico e a qualidade de vida. Trata-se de estudo retrospectivo com dados coletados de prontuários de pacientes com FC, identificados pela triagem neonatal e acompanhados nos últimos 5 anos em ambulatório especializado de hospital pediátrico de Curitiba/PR. O objetivo foi avaliar a evolução do estado nutricional no período. Avaliaram-se os índices antropométricos escore-z: Estatura/Idade (E/I), Peso/ Idade(P/I), Peso/Estatura(P/E) e IMC/Idade (IMC/I) através do programa Anthro (WHO). A população estudada consiste em 17 crianças, 9 (52,9%) meninas e 8 (47,1%) meninos. A média de idade foi 41 meses na última avaliação. Na 1ª avaliação (3 meses de vida), 60% apresentaram índice E/I adequado, 20% baixa estatura (BE) e 20% muito baixa estatura (MBE). Na última avaliação, 88,2% encontrava-se adequado, 11,8% BE e nenhum apresentou MBE. O índice P/I encontrava-se adequado em 53,3% na 1ª avaliação, 26,7% baixo peso (BP) e 20% muito baixo peso (MBP). Na última avaliação, 94,1% encontrava-se adequado e 5,9% estava elevado, não sendo detectado P-146 A INFLUÊNCIA DO MARKETING NAS ESCOLHAS ALIMENTARES DAS CRIANÇAS DE UMA ESCOLA PARTICULAR, EM SÃO LUIS- MA. LAURA CAROLINA DE MATOS BARBOSA (FACULDADE SANTA TEREZINHACEST, SÃO LUIS- MA); ADRIANA FURTADO BALDEZ MOCELIN (FACULDADE SANTA TEREZINHA- CEST, SÃO LUIS- MA) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 74 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Introdução: Os hábitos e as preferências alimentares são constituídos na infância e consolidados nas demais fases da vida. Diversos fatores exercem poderoso influxo nas escolhas alimentares das crianças, dentre eles, a mídia, especialmente a televisiva, que, através dos comerciais de alimentos, conseguem persuadir e induzir ao consumo o público infantil. Objetivo: Analisar a influência do marketing nas escolhas alimentares das crianças de uma escola particular, em São Luís – MA. Método: Foi realizado um estudo descritivo, quantitativo, de caráter transversal, no mês de março de 2013, com amostra de 62 crianças, na faixa etária de 7 a 10 anos, de uma escola particular do município de São Luis - MA. A coleta de dados foi realizada através de questionário padronizado e da gravação da programação de três canais de TV a cabo. A análise de dados foi realizada no Microsoft Office Excel 2010. Resultados: Os resultados evidenciaram que a maioria das crianças avaliadas era do sexo masculino (53,0%), com sete anos de idade (52,0%), cursando a 1ª série (37,0%). Toda a amostra tinha o hábito de assistir televisão, sendo que somente algumas crianças relataram ter o costume de fazer as refeições em frente à TV (52,0%). A maioria relatou receber mesada dos pais (69,4%) e ter o costume de pedir os alimentos anunciados na televisão (92,0%), entretanto a maioria dos pais não atendia a esse pedido (65%). Foi observado que a maioria das crianças não considera os alimentos veiculados saudáveis (69,0%), mas, ainda assim, possui o desejo de comprá-los (74,0%), e prefere os alimentos que contêm desenhos animados nas embalagens (63,6%). Em relação a influencia na hora da compra, as crianças se sentem mais influenciadas pelos produtos que aparecem com maior frequência nas propagandas (37,0%). Foi observada a prevalência de propagandas de alimentos em canais infantis de TV a cabo. Conclusão: A mídia exerce influência sobre o desejo de compra e nas escolhas alimentares, sendo necessário o desenvolvimento de estratégias voltadas para a saúde, nutrição e qualidade de vida, buscando a adoção de hábitos alimentares adequados e a redução do tempo destinado à TV. P-147 DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE, PERCENTUAL DE ÁGUA E MINERAIS CORPORAL DE PACIENTES CRÍTICOS EM TRATAMENTO INTENSIVO COM SOBRECARGA DE LÍQUIDOS log10 (PCT+PSE+PCB+PCA), desenvolvida na população de estudo com uma prevalência de 25% de sépticos e edemaciados. Indivíduos, idade igual ou superior a 18 anos, em tratamento intensivo foram incluídos. Médias e desvio padrão foram desenvolvidas no SAS®. Resultados: Um total de 20 participantes, 12 (60%) eram homens e 8 (40%) mulheres. As análises mostraram idade mediana em ambos os sexos (45,5 anos). Os homens (180,95±14,81 cm) e mulheres (178,77±9,14 cm) mostraram estatura alta. A densidade corporal foi quase o dobro do observado em indivíduos normais (DC = 1.8956±0,1555 Kg/mL em homens e 1.8476±0,1653 Kg/ mL em mulheres). O percentual de água e peso da água corporal variou entre homens e mulheres (54,23±3,54%; 41,12±5,23% e 40,48±4,71 litros; 26,17±2,52 litros), respectivamente. O percentual de água e minerais mostraram valores esperados para altura e peso corporal estimados pelo comprimento do joelho. Conclusão: Os resultados sugerem que a densidade corporal é o principal parâmetro de avaliação do acúmulo de água corporal porque utiliza dobras cutâneas, essas superestimadas pela retenção hídrica. A estimativa do peso pela altura do joelho subestima a retenção hídrica e percentual de minerais. P-148 CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA COMO PREDITOR DE ALTERAÇÕES NO PERFIL GLICÊMICO E LIPÍDICO EM PORTADORES DE DIABETES TIPO 2 REBECCA PEIXOTO PAES SILVA (UFPE); ANA CAROLINA DE SOUSA BRAGA (UFPE); MARIA DA CONCEIÇÃO CHAVES DE LEMOS (UFPE); ILMA KRUZE GRANDE DE ARRUDA (UFPE); POLIANA COELHO CABRAL (UFPE) Introdução: A obesidade e o sobrepeso estão relacionados com o desencadeamento e/ou exacerbação das doenças crônico degenerativas, como doenças cardiovasculares, hipertensão e o diabetes mellitus, e a circunferência da cintura fornece melhor estimativa de gordura visceral que o IMC. Objetivo: Avaliar a associação entre estado nutricional e perfil glicêmico e lipídico de pacientes com diabetes tipo 2 (DM2). Método: Estudo transversal, realizado com 65 pacientes portadores DM2, de ambos os sexos, atendidos no ambulatório de endocrinologia do Hospital das Clínicas de Pernambuco e no Centro Médico Senador Ermídio de Moraes. Para avaliação do estado nutricional e bioquímico foi realizado peso, estatura, circunferência da cintura (CC), glicose de jejum (GJ), glicose pós-prandial (GPP), hemoglobina glicada (HbA1c), colesterol total (CT) e frações (HDL-c e LDL-c) e triglicerídeos (TG). Os pontos de corte para perfil glicêmico e lipídico foram utilizados segundo critérios da ADA. Resultados: Do total dos pacientes atendidos, foi encontrado maior prevalência de idosos (63,1%) e do sexo feminino (78,5%). Em relação à avaliação nutricional, 73,8% apresentavam excesso de peso e 87,7% circunferência da cintura elevada. Houve associação positiva e significativa entre CT e GJ; LDLc e GJ; LDLc e HbA1c; TG e HbA1c; CC e HbA1c; CC e TG, e correlação negativa entre HDL-c e HbA1c, IMC e HDL-c e CC e HDL-c. Conclusão: A CC aumentada está associada à elevação de HbA1c e TG, e diminuição do HDL, enquanto que o IMC elevado apresenta associação inversa apenas com HDL. Sendo assim, ressalta-se a importância de intervenções dos profissionais de saúde para melhoria do estado nutricional e controle metabólico, o que irá contribuir para a prevenção de complicações crônicas futuras. MARIA CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMZONAS); RAISA LIMA DE SOUSA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS); ROBERTA FLORES MARQUEZINI (UFA/FIOCRUZ/UFPA); PAULA RAQUEL BENZAQUEM DA CRUZ (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS); HELEN MARIA SILVA CÉSAR DE CARVALHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS); THAIZE MARIA SILVA LIMA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS) Introdução: Em pacientes internados em Unidade de Tratamento Intensivo -UTII, o edema é uma condição secundária ao tratamento por excessiva infusão de soluções endovenosas associadas às complicações da doença de base. Neste caso, a causa de base deve ser investigada e a alimentação, com restrição de sódio e água deve ser introduzida precocemente, visto ser fundamental no tratamento. Os pacientes sépticos, geralmente apresentam taxas de água corporal aumentada podendo atingir um acúmulo de 10 a 20 litros, condição que reflete diretamente na densidade corporal, modificando os valores observados em homens sadios (1,015-1,086 Kg/mL). Objetivo: Determinar a densidade corporal, o percentual de água e minerais de pacientes críticos em tratamento intensivo com sobrecarga de líquidos. Método: Consistiu na análise secundária de dados de um estudo transversal conduzido entre dezembro de 2011 a março de 2012, num total de 20 pacientes críticos provenientes de uma UTI de Manaus. Utilizou-se medidas antropométricas, somatório de dobras cutâneas e equações de predição segundo modelo de quatro compartimentos para estimar a quantidade de água corporal [AGUA%= (79,45)-(0,24*peso)-(0,15* idade, sexo masculino]; [AGUA%= (69,81)-(0,3*peso)-(0,2*idade, sexo feminino)] e minerais [Minerais% = (altura (cm)*2,46 * 0,0326)/(peso corporal * 100) *100]. A densidade corporal foi obtida a partir da equação DC= (1.1765-0.0744)* P-149 IMPORTÂNCIA DA IDENTIFICAÇÃO DO RISCO PARA DEFINIÇÃO DE CONDUTAS DE RECUPERAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL PARA PACIENTES ONCOLÓGICOS INTERNADOS JULIANA CORRÊA DO NASCIMENTO (NUTRICIONISTA - FUNDAÇÃO CRISTIANO VARELLA - HOSPITAL DO CÂNCER DE MURIAÉ); DERLYANE CONSOLAÇÃO SIMÃO DE PAIVA (NUTRICIONISTA - FUNDAÇÃO CRISTIANO VARELLA - HOSPITAL DO CÂNCER DE MURIAÉ); BETHÂNIA ESTEVAM MOREIRA CABRAL (NUTRICIONISTA RESPONSÁVEL TÉCNICA - FUNDAÇÃO CRISTIANO VARELLA - HOSPITAL DO CÂNCER DE MURIAÉ); JOSÉ CLAÚDIO Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 75 Suplemento Nutrição Clínica/2013 SOUZA (NUTRÓLOGO - FUNDAÇÃO CRISTIANO VARELLA - HOSPITAL DO CÂNCER DE MURIAÉ); ANA CAROLINA FERREIRA FÉLIX (NUTRICIONISTA - FUNDAÇÃO CRISTIANO VARELLA - HOSPITAL DO CÂNCER DE MURIAÉ); MARINA SANTANNA LOPES (NUTRICIONISTA - FUNDAÇÃO CRISTIANO VARELLA - HOSPITAL DO CÂNCER DE MURIAÉ) observou-se que dentre os pacientes eutróficos, 31,8% apresentaram piora no estado estado nutricional. Dos pacientes inicialmente classificados como levemente e moderadamente desnutridos, 45,5% e 30%, respectivamente, apresentaram piora do estado nutricional. Dentre aqueles classificados como gravemente desnutridos, não foi observada melhora no estado nutricional. Entretanto, a taxa de desnutrição mostrou-se menor quando comparado a dados de anos anteriores. Foi observada uma prevalência negativa na evolução nutricional dos pacientes, o que enfatiza a importância da realização da triagem, seguida da avaliação nutricional no início da internação, permitindo assim a rastreabilidade da desnutrição, dada a importância de um adequado estado nutricional para a evolução clínica dos pacientes. Introdução:Cerca de 85% dos pacientes oncológicos encontram-se em estado de risco nutricional ou desnutrição devido à doença ou seu tratamento (Buschinelli e Piovacari, 2011). O estabelecimento de indicadores como antropometria e exames laboratoriais que evidenciem o paciente em risco nutricional é necessário para possíveis intervenções precoces (INCA, 2011). Atualmente a Avaliação Subjetiva Global (ASG) é utilizada para identificar esse paciente, além de ser um método simples, de baixo custo e que pode ser realizado por todos os profissionais da área da saúde em poucos minutos no leito do paciente (Waitzberg, 2001). Pesquisas indicam que o bom estado nutricional melhora a terapêutica e a evolução clínica do paciente oncológico, com isso a importância de determinar as intervenções nutricionais adequadas, e consequentemente, melhorar ou manter o estado nutricional do paciente e sua qualidade de vida (Bentes et al, 2009; Huhmann e Cunningham, 2005). Objetivo: Apresentar os resultados da classificação de risco nutricional estratificando perda ou ganho ponderal, demonstrando a importância do conhecimento deste contexto para definição de condutas nutricionais adequadas para recuperação do estado nutricional. Método: A coleta dos dados ocorreu no período de janeiro a junho de 2013. A classificação do estado nutricional foi verificada através da Avaliação Subjetiva Global adaptada para a instituição e a aferição do peso realizada com a balança digital, segundo procedimento operacional padrão do hospital, na admissão dos pacientes e na alta. Resultados: No estudo foram identificados 118 pacientes internados classificados em risco nutricional, no período de janeiro a junho de 2013. De acordo com os dados compilados, 57% dos pacientes apresentaram ganho ponderal, 35% evoluíram com perda de peso e os demais, 8%, mantiveram o peso. Foi verificada uma média de ganho de ponderal de 1,37kg e de perda de peso de 1,18kg. Quando analisados os motivos da perda de peso, a principal causa identificada foi a baixa ingestão alimentar dos pacientes devido aos efeitos colaterais do tratamento, principalmente a quimioterapia. Já o ganho ponderal justifica-se na intervenção nutricional e boa tolerância da terapia instituída. Conclusão: O reconhecimento do paciente classificado em risco nutricional é de suma importância para que possíveis intervenções nutricionais sejam realizadas de forma precoce, a fim de promover o estado nutricional adequado do paciente evitando assim o declínio para a desnutrição. P-151 APLICABILIDADE DE TRIAGEM NUTRICIONAL PADRÃO FRENTE À AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL E NUTRITIONAL RISK SCREENING LIZANDRA TRALDI MENDONÇA SANCHES (HOSPITAL DO CORAÇÃO); APARECIDA NATANE VIEIRA DE SOUZA (HOSPITAL DO CORAÇÃO); CAMILA ANDRADE PEREIRA (HOSPITAL DO CORAÇÃO); ROSANA PERIM COSTA (HOSPITAL DO CORAÇÃO) Introdução: Pesquisas nacionais e internacionais demonstraram alto índice de pacientes hospitalizados com desnutrição. Portanto, uma ferramenta de triagem nutricional eficiente pode ajudar na identificação precoce de risco nutricional ou desnutrição, melhorando o prognóstico e evolução clínica. Objetivo: Avaliar a autenticidade da ferramenta triagem nutricional padrão de um hospital particular de São Paulo, frente aos instrumentos: Avaliação Subjetiva Global (1987) e Nutritional Risk Screening (NRS)(2002), na detecção do risco nutricional de pacientes adultos e idosos. Método: Estudo de campo não direcional, observacional transversal, não controlado, com eixo de seleção incompleto. Amostra de 241 pacientes internados até 48 horas. As ferramentas de triagem foram aplicadas em cada paciente com a intenção de confrontar os diagnósticos e avaliar sua praticidade e tempo. Os questionários foram realizados verbalmente e o tempo de cada triagem foi cronometrado. Para as variáveis numéricas foi calculado desvio padrão e média, com o auxílio do programa estatístico STATISTICA 7.0. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética da Instituição e aprovado sob o número: 08730412.7.0000.0060. Resultados: A amostra compôs-se de 241 pacientes, com média de idade de 63 anos ± 15,53, sendo 157 homens e 84 mulheres. Na Avaliação Subjetiva Global 94,2% pacientes foram classificados como bem nutridos, 5,8% como moderadamente desnutridos e casos nulos de desnutrição, tempo médio de aplicação: 3 minutos e 30 segundos. Na NRS 93,8% não apresentaram risco nutricional enquanto 6,2% apresentaram risco nutricional, sendo a maioria idosos com mais de 60 anos, tempo médio: 28 segundos. Na Avaliação Nutricional Admissional do hospital 19,9% foram classificados com nível de assistência Primário, 66,4% Secundário e 13,7% Terciário, tempo médio: 3 minutos. Conclusão: O método de avaliação nutricional admissional padronizado na Instituição obteve sensibilidade na detecção do risco nutricional ou desnutrição semelhante aos demais instrumentos. O método apresentou aspectos positivos em relação aos demais por identificar também o desvio nutricional à direita (excesso de peso). A NRS demonstrou ser o método mais rápido, porém os demais não excederam a 3 min e 30s, demostrando também praticidade na aplicação. P-150 ANÁLISE DA EVOLUÇÃO NUTRICIONAL DOS PACIENTES EM INTERNADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE CURITIBA- PR LARISSA NEGRELLO ORSO (HOSPITAL DO TRABALHADOR); TELMA SOUZA E SILVA GEBARA (UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ); MARY EVELYN PISTORI SBALQUEIRO (HOSPITAL DO TRABALHADOR) Introdução: A elevada incidência de desnutrição hospitalar, assim como a piora do estado nutricional observado durante o internamento, enfatizam a necessidade de atenção sobre a situação nutricional e sua relação no tratamento e recuperação dos pacientes. Com o objetivo de verificar a evolução do diagnóstico nutricional dos pacientes, foram analisadas 1888 fichas de avaliação nutricional de pacientes internados na enfermaria de clínica cirúrgica de um hospital de trauma de Curitiba no período de maio de 2012 a maio de 2013. O serviço realiza triagem nutricional (NRS 2002), seguida de avaliação antropométrica (IMC, pregas e circunferências) nos paciente que apresentam risco nutricional, sendo essa repetida a cada 7 dias durante a hospitalização. Inicialmente, foi observada incidência de 59,4% de eutrofia e 9,6% de desnutrição, considerada grave em 2,1% dos pacientes. Com relação à evolução nutricional durante o internamento, P-152 CONCORDÂNCIA ENTRE DOIS MÉTODOS DE TRIAGEM NUTRICIONAL EM PACIENTES HOSPITALIZADOS MARIA GRACIANNY DA SILVA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); MARINA DE MORAES VASCONCELOS PETRIBÚ (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); KEILA FERNANDES DOURADO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); DIONISIO HENRIQUE AMARAL DA SILVA (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); AMANDA FERNANDES OLIVEIRA DE SOUZA Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 76 Suplemento Nutrição Clínica/2013 (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA); CLÁUDIA MOTA DOS SANTOS (HOSPITAL BARÃO DE LUCENA) complicações gestacionais. Avaliou-se o consumo alimentar com a aplicação do recordatório de 24 horas. A necessidade energética foi estimada pelo cálculo simplificado da RDA (1989), a de proteína (PTN) pela FAO/ OMS (1985) e as porcentagens de macronutrientes foram estabelecidas segundo a DRI (2002). Para os micronutrientes, utilizaram-se os valores da FAO/NIH/IOM (2000). A classificação da adequação do consumo seguiu os critérios da OMS (1990). Os dados foram analisados no programa STATA 11.0 e adotado nível de significância de 5%. A associação das variáveis quantitativas foi avaliada pelos testes ANOVA ou Kruskal-Wallis e a normalidade das variáveis quantitativas pelo Teste Shapiro Wilk. Resultados: A média de idade das gestantes foi de 25,9 anos (±5,4), com maioria de cor não branca (89,6%), em união estável (56,2%), com renda familiar de 1 a 2 salários mínimos (75%) e ensino médio completo (45,8%). A média de consumo de energia da dieta foi de 1716,4 kcal (±563,9), com 72,9% da amostra apresentando consumo insuficiente quando comparado à recomendação, a média de PTN foi de 74,3g/dia (±26,7), com consumo excessivo em 45,8% das gestantes. Quanto à distribuição percentual de macronutrientes, identificou-se média de 18% de proteínas, 26% de lipídios e 56% de carboidratos. Entre os micronutrientes, apresentaram consumo inadequado: cálcio, ferro, vitaminas A e C. Quando comparado o consumo alimentar com a renda familiar, PTN (%), sódio (Na) e vitamina C foram os únicos que tiveram associações significantes. Conclusão: A maioria das gestantes apresentou consumo insuficiente de energia e de micronutrientes e consumo excessivo de PTN(g). Portanto, deve-se dar maior atenção ao acompanhamento nutricional das gestantes, buscando melhoria da qualidade da alimentação e orientando quanto às quantidades adequadas dos nutrientes para essa fase. Introdução: A desnutrição nos últimos anos tem sido um fator preocupante entre pacientes hospitalizados e seu aparecimento só tende a crescer durante a permanência hospitalar. Por esse motivo se faz cada vez mais necessário a realização de métodos de triagem nutricional, que detectam o risco nutricional, como é o caso da Triagem de Risco Nutricional 2002(NRS 2002) e o Instrumento Universal de Triagem de Desnutrição (MUST). Objetivo: Avaliar o risco nutricional através da NRS 2002 e da MUST, além da concordância entre os dois métodos, em pacientes hospitalizados. Método: O estudo foi do tipo transversal, realizado entre abril a junho de 2013 em pacientes internados na clínica médica de um hospital estadual de Pernambuco. A amostra foi composta por 60 pacientes, com patologias diversas e idade superior a 18 anos, de ambos os sexos, que se encontravam em condições físicas e mentais para realização dos procedimentos necessários. Foram excluídos, pacientes incapazes de prestar informações, acamados, gestantes. Todos foram triados até 72 horas após a admissão hospitalar, através das triagens NRS 2002 e MUST. Os dados foram analisados no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 21. A concordância entre os métodos foi medida através do índice kappa, considerando ruim valores menores que 0,00, fraca entre 0.00 e 0.20, sofrível de 0.21 a 0.40, regular de 0.41 a 0.60, boa de 0.61 a 0.80, ótima de 0,81 a 0,99 e perfeita igual a 1.00. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco (nº CEP 231.736). Resultados: Dos 60 pacientes avaliados, 56,7% eram do sexo masculino e 43,3% do sexo feminino, com idade média de 44,47 &#61617; 15,39 anos. De acordo com a NRS 2002, 30,0% dos pacientes apresentaram risco nutricional, enquanto a MUST evidenciou 28,3% e 11,7% com médio e alto risco nutricional, respectivamente. Observou-se uma boa concordância entre os dois métodos (índice kappa = 0,638), sendo que dos pacientes classificados como apresentando baixo risco pela MUST, apenas 5,6% foram classificados como possuindo risco nutricional pela NRS2002 e dos pacientes classificados como risco médio ou alto pela MUST, 33,3% foram classificados como sem risco através da NRS 2002. Conclusão: Diante dos resultados encontrados houve uma boa concordância entre os dois métodos. Dessa forma tanto a NRS 2002 quanto a MUST podem ser utilizadas para detecção do risco nutricional em pacientes hospitalizados. P-154 ADEQUAÇÃO CALÓRICO-PROTEICA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: APLICAÇÃO DE INDICADORES DE ­QUALIDADE WÉLLIDA BRÍGIDA GOMES DA SILVA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); CELINA DE AZEVEDO DIAS (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); JACQUELINE ELINEUZA DA SILVA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); CLAUDETE XAVIER DO NASCIMENTO (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); FRANCISCA LEIDE DA SILVA NUNES (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); ELDA SILVA AUGUSTO DE ANDRADE (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP) P-153 CONSUMO ALIMENTAR DE GESTANTES ATENDIDAS EM UM HOSPITAL DO MUNICIPIO DE SÃO LUIS, MARANHÃO Introdução: Os pacientes admitidos em unidades de terapia intensiva (UTI) apresentam como característica comum o estado de hipermetabolismo, que elevam as suas necessidades nutricionais. O elevado índice de desnutrição nesses pacientes, desfavorece o seu prognóstico e aumenta a morbimortalidade. A aplicação dos indicadores de qualidade em terapia nutricional enteral (TNE) possibilita a identificação das não conformidades da assistência nutricional, garantindo a sua qualidade. Objetivo: Avaliar a TNE por meio dos indicadores de qualidade em pacientes internados na UTI clínica de um Hospital da cidade do Recife. Método: Estudo retrospectivo realizado durante o período de janeiro a julho de 2013 com dados obtidos das fichas de acompanhamento de TNE de pacientes admitidos na UTI clínica adulto de um Hospital da cidade do Recife. Foram aplicados dois indicadores de qualidade: 1. Frequência de aporte calórico adequado em pacientes em TNE; 2. Frequência de dias de administração com aporte protéico insuficiente no total de dias de pacientes em TNE, de acordo com a proposta da Força Tarefa em Nutrição Clínica (ILSI, 2008). Resultados: A amostra estudada (N=60) foi composta de 55% de pacientes do gênero feminino e 45% gênero masculino, com idade média de 59,78 anos (+ 19,55). O tempo médio de permanência na UTI foi de 8,5 dias (variação de 06 a 15). A estimativa média das necessidades nutricionais foi de 25,69 Kcal/kg/dia (variação de 24,78 a 27,25) para energia e 1,14 g/kg/dia (± 0,16) para proteínas. Todos os pacientes receberam dieta enteral com loca- BRUNA RENATA FERNANDES PIRES (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO); ADRIANA FONSECA TEIXEIRA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO); KÁTIA DANIELE ARAÚJO LOURENÇO VIANA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO); LUANA LOPES PADILHA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO); LILIAN FERNANDA PEREIRA CAVALCANTE (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO); ALINE DIAS GUIMARÃES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO) Introdução: Na gestação ocorrem alterações das necessidades nutricionais para que seja possível o desenvolvimento do bebê e para suprir as necessidades nutricionais da gestante. Durante essa fase, há a necessidade adicional de energia devido ao crescimento do feto, da placenta e tecidos maternos. Ainda, o consumo inadequado de vitaminas e minerais está associado a desfechos gestacionais desfavoráveis. Objetivo: Analisar o consumo energético, de macronutrientes e micronutrientes de gestantes no pré-parto. Método: Estudo transversal realizado com 48 gestantes adultas, em trabalho de parto, atendidas em uma maternidade pública, em São Luis, Maranhão. Foram excluídas aquelas com gravidez múltipla e com Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 77 Suplemento Nutrição Clínica/2013 lização pós-pilórica, industrializada, em sistema aberto, administrada em bomba de infusão contínua. Os principais diagnósticos encontrados foram doenças oncológicas (55%), pulmonares (11,66%), cardíacas (5%), renais (5%) e hepáticas (5%). A aplicação dos indicadores de qualidade revelou que a frequência do aporte calórico adequado foi 81,48% e a frequência de dias de administração com aporte protéico insuficiente foi 5,2%, equivalentes às metas propostas: >70% e < 10% respectivamente. Conclusão: Os resultados encontrados dos indicadores de qualidade atenderam a meta proposta pela literatura, indicando que o acompanhamento da TNE está ocorrendo de forma contínua e de acordo com referenciais científicos. A utilização dos indicadores de qualidade permitem monitorar a evolução da qualidade da assistência nutricional, sendo de grande importância ao considerar as dificuldades existentes na avaliação nutricional do paciente crítico. prescritos em pacientes em terapia nutricional oral/enteral, internados em UTIP. Método: Estudo prospectivo com coleta de dados primários, realizado na UTIP de um hospital especializado em cardiopneumologia. O estado nutricional foi avaliado por meio do Índice de Massa Corporal para a idade e da circunferência do braço. As necessidades energético-proteicas foram estimadas por meio das equações propostas pelo Institute of Medicine. Foi verificada a aceitação da dieta via oral, bem como o volume infundido de fórmula enteral, o tempo em jejum prévio à Terapia nutricional enteral, interrupções no fornecimento da dieta e intercorrências, e tempo de ventilação mecânica. A adequação prescrito/ingerido foi analisada em porcentagem. Foram considerados significantes valores de p<0,05. Resultados: Foram acompanhados 12 pacientes, dos quais 41,7% desnutridos, 41,7% eutróficos, 8,3% sobrepeso e 8,3% obesidade. Houve variação média de 193,22% ± 115,33 entre as necessidades energéticas diárias estimadas e a dieta prescrita, e de 157,84% ± 100,73 entre as necessidades proteicas e a dieta prescrita, porém não se estabeleceu relação estatística significante (p>0,05), 16,7% apresentou consumo energético abaixo de suas necessidades, e 33,3% consumo proteico inferior às necessidades (p>0,05). Conclusão: Foi observada uma tendência de prescrições dietéticas hipercalóricas e hiperproteicas para pacientes críticos internados, favorecendo ganho ponderal e balanço nitrogenado positivo. Ressalta-se a importância do acompanhamento nutricional individualizado para que sinais de hiperalimentação possam ser evitados ao longo do tratamento. P-155 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE JOVENS ATLETAS DE UM CENTRO DE TREINAMENTO ESPORTIVO BÁRBARA CRISTINA GUEDES MIRANDA (UFMG); LETÍCIA FREITAS ZANON (UFMG); LICIA TORRES (UFMG); GÉSSIKA VIEIRA BARBOSA (UFMG); JANAINA LAVALLI GOSTON (UFMG); SIMONE DE VASCONCELOS GENEROSO (UFMG) Introdução: A adolescência é caracterizada por intenso desenvolvimento e crescimento sendo fase importante do ponto de vista nutricional, em especial quando há participação em atividades esportivas. O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil nutricional de jovens participantes do programa contínuo de formação de atletas em um centro de treinamento esportivo universitário. Método: Trata-se de dados preliminares de estudo piloto envolvendo 18 atletas de ambos os sexos, com idades entre 12 e 15 anos. A classificação do estado nutricional foi obtida pela caracterização do perfil antropométrico, adequação da ingestão de energia, macro e micronutrientes. Resultados: A média dos valores de IMC foi de 21,0±3,5 Kg/m2 e do percentual de gordura corporal de 21,6±8,5%GC, em que a maioria apresentou %GC adequado (66,7%). Metade da população estudada apresentou consumo energético abaixo do recomendado, ainda que o consumo de macronutrientes segundo as recomendações propostas pelas DRIs (ingestão dietética de referência) estão adequados (57,5±8,1%carboidratos; 13,8±5,4%proteínas; 28,6±5,3%lipídios). Considerando o consumo em g/kg de peso corporal, o de proteínas (1,4 ± 0,56g/kg/d) e carboidratos (8,24 ± 5,76g/kg/d) foi adequado mas o de lipídios (1,5 ± 0,75g/ kg/d)foi elevado. A ingestão de cálcio estava abaixo da recomendada em 77,8% da população e a de ferro em 38,9%.Conclusão: Os jovens atletas apresentam maior demanda energética inerentes ao ciclo de vida e níveis de treinamento físico. Intervenções nutricionais devem ser realizadas para corrigir as inadequações dietéticas observadas, tais como a baixa ingestão de cálcio, ferro e energética, além do alto consumo de lipídeos, a fim de favorecer o desempenho físico e de saúde dos mesmos. P-157 TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL: APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ANA CRISTINA FREITAS RIBEIRO (SCMBA); ANDRÉ NEY MENEZES FREIRE (SCMBA); DARCI MALAQUIAS DE OLIVEIRA BARBOSA (SCMBA); IANA CORREIA REIS SANTOS (SCMBA); DANIELE LEAL BRAGA DA SILVA (SCMBA); GIOVANNA LÚCIA OLIVEIRA BONINA COSTA (SCMBA) Introdução: No Brasil, a desnutrição hospitalar é uma realidade e um desafio para os profissionais da saúde, sendo esta responsável por maiores índices de morbidade e mortalidade e aumento no tempo de internação. Frente a esta realidade, a Terapia Nutricional Enteral (TNE) vem sendo amplamente utilizada por trazer grandes benefícios ao paciente, entretanto, alguns estudos revelam que sua administração é prejudicada por vários fatores, como: jejum para exames, pausas para procedimentos, disfunções do trato gastrintestinal e ausência de equipe especializada e que, freqüentemente, os pacientes recebem aporte nutricional inferior ao prescrito. Assim sendo, o monitoramento diário da oferta nutricional através de indicadores de qualidade, permite o estabelecimento de estratégias para aumentar a eficiência da TNE e melhorar a qualidade assistencial ao paciente. Objetivo: avaliar os indicadores de qualidade da terapia nutricional enteral em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um Hospital Filantrópico de Salvador – BA e analisar as complicações apresentadas por estes de acordo com os parâmetros estabelecidos na literatura. Método: Trata-se de estudo observacional, prospectivo, a coleta de dados foi realizada com pacientes maiores de 18 anos internados em uma UTI de um Hospital Filantrópico da cidade de Salvador - BA, durante o período de dezembro de 2012 à fevereiro de 2013, atendidos pelo Serviço de Terapia Nutricional. Foram aplicados os indicadores de qualidade de acordo com a proposta da Força Tarefa em Nutrição Clínica (ILSI, 2008). Os dados foram descritos por distribuição de freqüência simples, média e desvio padrão e processados no programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences), versão 11.0. Resultados: A amostra foi composta por 51 indivíduos, sendo 56,9% do gênero feminino. A média de idade encontrada foi de 62,4 ± 17,5 anos. Dentre as afecções principais estão as enfermidades do sistema nervoso central (70,5%) seguido das infecções sistêmicas (15,6%). A meta calórica foi adequada em 62,7% dos casos. Dentre as complicações relacionadas à nutrição enteral, foi observado que, 23,5% apresentaram diarréia, 15,7% distensão abdominal, 94,1% ficaram em jejum prolongado para algum procedimento e 39,2% tiveram resíduo gástrico elevado em P-156 AVALIAÇÃO DA TERAPIA NUTRICIONAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES INTERNADOS DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL ESPECIALIZADO EM CARDIOPNEUMOLOGIA FELIPE MANFRA (); HELENICE MOREIRA DA COSTA (INSTITUTO DO CORAÇÃO); PATRICIA TIEMI HIDAKA (INSTITUTO DO CORAÇÃO); LETÍCIA GOMES DE OLIVEIRA (INSTITUTO DO CORAÇÃO); MITSUE ISOSAKI (INSTITUTO DO CORAÇÃO) Introdução: A prevalência de desnutrição hospitalar entre indivíduos admitidos em Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) é de 24,1%. A disparidade entre prescrito/administrado, propicia balanço energéticoproteico negativo, relacionado ao decréscimo dos parâmetros antropométricos e desnutrição. Objetivo: Comparar e verificar a porcentagem de adequação dos valores energético-proteico ingeridos/administrados com os Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 78 Suplemento Nutrição Clínica/2013 algum momento do internamento. Conclusão: Na população estudada, a frequência de interrupção da nutrição enteral é significativamente elevada. O jejum prolongado aparece como motivo mais frequente de interrupção. Diante do exposto, ressalta-se a importância da aplicação dos indicadores de qualidade em TNE visando um adequado monitoramento na evolução da qualidade de assistência nutricional prestada. Hábitos alimentares de idosos participantes “Programa de atividade física para a promoção de corpo e mente saudável no envelhecimento” Barretto, EMF; Silva, JR ; Santos, PAS; Holanda, TMA; Costa, AS. Introdução: De acordo com a Organização Mundial da Saúde (2003), gradativamente vem ocorrendo grandes mudanças no estilo de vida das pessoas no mundo, e isso têm se refletido nos hábitos alimentares. De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, uma alimentação saudável deve ser acessível, variada, referenciada pelo hábito alimentar, harmônica em quantidade e qualidade, e adequada às necessidades. O envelhecimento está relacionado com alterações fisiológicas que afetam a necessidade de vários nutrientes. A orientação nutricional é especialmente importante para os idosos devido às mudanças fisiológicas e aparecimento de doenças relacionadas ao envelhecimento. Este, apesar de ser um processo natural, submete o organismo a diversas alterações com repercussões nas condições de saúde e nutrição do idoso. Objetivo: O trabalho teve como objetivo identificar a freqüência do consumo de alimentos energéticos, protéicos e reguladores, através da aplicação do Questionário de Frequência Alimentar (QFA) por idosos participantes do projeto. Método: Para avaliação qualitativa da dieta utilizou-se um questionário já validado de frequência de consumo alimentar, elaborado por Maciel & Enes (2006). Foram entrevistados 30 idosos, sendo 04 do sexo masculino e 26 do sexo feminino. Resultados: Entre os alimentos protéicos, o leite (43,3%), queijo branco (46,6%), carne bovina (23,3%), o feijão (73,3%) e os ovos (13,3%) se destacaram pelo consumo acima de quatro vezes por semana. Entre os alimentos reguladores a ingestão de hortaliças, frutas e verduras mostrouse satisfatória, verificado consumo por mais da metade dos entrevistados. Dentre os alimentos energéticos avaliado pelo QFA, identificou-se maior consumo pelos idosos de arroz (86,66%) seguido do pão (53,33%). O suco de frutas (73,3%) era consumido diariamente. Quanto à ingestão de frutas e verduras, apresentaram consumo diário de 60% e 85%. Óleos e gorduras eram consumidos por mais de 90% dos entrevistados, sendo que a preferência foi o azeite (46,66%). Estes resultados se mostram favoráveis, visto o baixo consumo destes por outros extratos da população. Conclusão: As características e as transformações pelas quais passam os indivíduos com o avanço da idade, demonstram a necessidade de ações mais efetivas no controle e/ou na prevenção dos fatores relacionados à saúde na terceira idade, resultantes de estilo de vida. P-158 NUTRIÇÃO PRECOCE E ADEQUAÇÃO CALÓRICO- PROTEICA DA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL EM PACIENTES CRÍTICOS ANA CAROLINA SALES DOS SANTOS (UFPE-HSE); ANNE ELLEN ALVES E OLIVEIRA (HSE); MILENA DAMASCENO DE SOUZA COSTA (HSE); LAURA MATA DE LIMA SILVA (UFPE-HSE); NÍVOLA BEATRIZ MENDONÇA DE ARRUDA (UFPE-HSE); ANDRESSA FARIA NEVES LOPES (HSE) Introdução: A Desnutrição é uma realidade comum para o paciente crítico devido o estado hipermetabólico bem como a oferta nutricional inadequada. Neste contexto, a Terapia Nutricional Enteral (TNE) adequada é essencial para a recuperação e/ou manutenção do estado nutricional destes pacientes. Segundo a American Society for Parenteral and Enteral Nutrition (ASPEN) em 2009, a Terapia Nutricional (TN) precoce deve ser iniciada entre 24 a 48 horas após internamento, além disso, a meta nutricional estimada deve ser alcançada em até 72 horas após inicio da TNE. Estas práticas estão relacionadas com melhora do balanço nitrogenado e melhora da imunidade. Objetivo: Avaliar o estado nutricional, estimar as necessidades, descrever o tempo para início da TNE e a adequação da oferta nas primeiras 72 horas do início da TNE em pacientes críticos internados em um hospital público. Método: Estudo realizado com pacientes de ambos os sexos, em uso de TNE, internados nas Unidades de Terapia Intensiva de um hospital público de janeiro a julho de 2013. Amostra caracterizada segundo sexo e idade. Classificou-se o estado nutricional utilizando-se Índice de Massa Corpórea (IMC), Circunferência do Braço (CB) e Circunferência da Panturrilha (CP). Para a classificação do IMC, utilizou-se o ponto de corte da Organização Mundial de Saúde (OMS, 1995) para adultos e para idosos o proposto por LIPSCHITZ (1994). Para CB, considerou-se a classificação de BLACKBURN (1979), e para CP, o ponto de corte da OMS (1995). Necessidades estimadas segundo recomendação da European Society for Clinical Nutrition and Metabolism (ESPEN). A nutrição foi considerada precoce quando iniciada em até 48 horas da admissão (ASPEN, 2009). Resultados: Foram avaliados 41 pacientes, sendo 63,4% do sexo feminino, com idade média 74,9 &#61617; 12,09 anos, em sua maioria, maiores de 60 anos (90,3%). Segundo IMC, 53,6% dos pacientes eram desnutridos. Utilizando valores de CP e adequação de CB, isoladamente, observou-se um percentual ainda maior de desnutrição (60,9%). A nutrição precoce ocorreu em 85,4% dos casos, sendo 65,85% iniciada nas primeiras 24 horas. Nas primeiras 72 horas de TNE, em 39,1% dos casos não foi obtida a adequação da oferta às necessidades, tendo como principal motivo a instabilidade hemodinâmica (62,5%). Conclusão: A instabilidade hemodinâmica é prevalente em pacientes críticos, e, por sua vez, acaba retardando o início precoce ou a progressão adequada da TNE. Isso contribui para os altos índices de desnutrição encontrados nesses pacientes, agravando a depleção do estado nutricional comumente observada. P-160 PREVALÊNCIA DE CO-MORBIDADES EM PACIENTES DIABÉTICOS ATENDIDOS EM UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA ARABELA VIEIRA CLEMENTINO (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, JOÃO PESSOA); FLÁVIA LIMA NUNES (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA,JOÃO PESSOA); KEYTH ULAMITTA DE LIMA GUIMARÃES (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA,JOÃO PESSOA); REIDENE SIMPLICIO DA SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA,JOÃO PESSOA); MARIA DA CONCEIÇÃO RODRIGUES GONÇALVES (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA,JOÃO PESSOA) Introdução: A prevalência do diabetes mellitus está aumentando de forma exponencial, adquirindo características epidêmicas em vários países. As complicações crônicas do diabete são as principais responsáveis pela morbidade e mortalidade desses pacientes, sendo as doenças cardiovasculares a principal causa de morte. A adiposidade, em especial a visceral, está intimamente ligada à resistência insulínica e ao diabete, dessa forma a obesidade e a diabete são doenças que têm forte associação. Esse estudo possui como objetivo avaliar a prevalência de co- morbidades em pacientes diabéticos atendidos em uma instituição pública. Foram avaliados 57 pacientes diabéticos a parti da aplicação de um questionário semi-estruturado, desenvolvido com o objetivo de traçar o perfil desses pacientes. Desse modo, foram selecionados os dados relacionados à saúde e antropométricos para caracterização das patologias associadas aos P-159 HÁBITOS ALIMENTARES DE IDOSOS PARTICIPANTES “PROGRAMA DE ATIVIDADE FÍSICA PARA A PROMOÇÃO DE CORPO E MENTE SAUDÁVEL NO ENVELHECIMENTO” EDIGLEIDE BARRETTO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); JOYCE SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); PAULA SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); THIALLY HOLANDA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); ANDRÉ COSTA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 79 Suplemento Nutrição Clínica/2013 pacientes diabéticos e o seu estado nutricional. Dos diabéticos atendidos 28 % eram homens e 72 % eram mulheres, com média de 59± 10,3 anos de idade. Destes, 39 % eram diabéticos tipo 1 e 61% eram diabéticos tipo 2. Segundo o Índice de Massa Corporal os homens apresentaram média de 29,8±6,16 kg/m² e as mulheres de 29,9±6,22 kg/m ². Foram identificadas 18 patologias crônicas não transmissíveis, entretanto foram selecionadas para este estudo aquelas que obtiveram a prevalência p&#8805;4. Dentre as doenças que acometiam os diabéticos estavam a Hipertensão Arterial sistêmica em 58 % dos pacientes, Dislipidemia 23 %, Obesidade 22 %, Hipotireoidismo 9 %, sendo que 4 % não apresentaram doenças crônicas associadas. Percebeu-se um maior percentual de pacientes diabéticos que apresentam Hipertensão Arterial Sistêmica e com o índice de massa corporal alto, indicando um diagnóstico de Obesidade. Percebemos a necessidade de promover a educação nutricional e adotar medidas dietéticas, na perspectiva de prevenir as complicações decorrentes do diabete Mellitus, e assim melhorar a qualidade de vida desses pacientes. P-162 SUPLEMENTAÇÃO MODICIFICADAS NA TNO NO PACIENTE ONCOLÓGICO INTERNADO PARA QUIMIOTERAPIA. ANA CAROLINA BRASIL E BERNARDES (HOSPITAL DAS CLINICAS SAMUEL LIBANIO); VIVIAN MARA SILVA DA LUZ (HOSPITAL DAS CLINICAS SAMUEL LIBÂNIO); ANA CAROLINA FERREIRA DE OLIVEIRA (HOSPITAL DAS CLINICAS SAMUEL LIBANIO); ERICA CRISTINA MARIANO (HOSPITAL DAS CLINICAS SAMUEL LIBANIO); THAILA ROMANELLI MOKARZEL DE MELLO (HOSPITAL DAS CLINICAS SAMUEL LIBANIO); MARCIENE DA SILVA MOREIRA E SILVA (HOSPITAL DAS CLINICAS SAMUEL LIBANIO) Introdução: Existem no mercado diversos suplementos alimentares para auxiliar na nutrição de pacientes oncológicos em tratamento quimioterápico, porém, muitas vezes esta suplementação associada a alimentação, não consegue atingir as necessidades do paciente, principalmente no âmbito hospitalar. Para melhorar esta aceitação, algumas técnicas foram aplicadas, no quesito consistência e apresentação. Uma forma bem aceita pelos pacientes internados, foi a administração dos suplementos, em forma de gelatina, em copos com tampa. Esta apresentação foi escolhida, por minimizar as características da alimentação em ambiente hospitalar. A receita constitui o seguintes ingredientes:500 ml de água fervida e filtrada 474 ml de Suplemento hiperprotéico e hipercalórico específico para pacientes oncológicos,170 g de gelatina em pó com sabores variados. A receita foi ofertada a 100 pacientes internados neste hospital, 2 vezes ao dia, sendo 100ml por porção. A aceitação destes pacientes foi de 100%. Na anamnese alimentar verificou-se que a aceitabilidade se deu devido aos seguintes itens: consistência gelatinosa, temperatura fria e apresentação. Conclui-se com isso que a imposição de oferta de suplementos muitas vezes não é bem aceita pelo paciente, porém, quando modificado a forma de apresentação, tornando o alimento mais familiar a alimentação habitual, este é melhor aceito e tolerado, já que a introdução de novos alimentos no ambiente hospitalar pode ser frustrante. P-163 TRIAGEM NUTRICIONAL EM PACIENTES INTERNADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO P-161 NUTRIÇÃO ENTERAL PRECOCE: UMA REALIDADE EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA EM SALVADOR GIOVANNA LÚCIA OLIVEIRA BONINA COSTA (SCMBA); ANA CRISTINA FREITAS RIBEIRO (SCMBA); ANDRÉ NEY MENEZES FREIRE (SCMBA); IANA CORREIA REIS SANTOS (SCMBA); DANIELE LEAL BRAGA DA SILVA (SCMBA); ILANA D`ANDRADE SOUZA (SCMBA) Introdução: A terapia nutricional enteral precoce em pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) tem objetivos específicos: melhora da resposta imune, prevenção da atrofia intestinal evitando translocação bacteriana e diminuição da resposta inflamatória. Ao avaliar o risco e o benefício da terapia nutricional, conclui- se que ele sempre tem sido um fator benéfico; assim, nos dias atuais é imprescindível a avaliação para introdução da terapia nutricional precoce. Para início da Nutrição Enteral Precoce (NEP) – aquela instituída em até 48 horas da admissão – deve-se avaliar o funcionamento do intestino, principalmente, em pacientes críticos que passaram por momentos de instabilidade hemodinâmica. Objetivo: Analisar a instituição da nutrição enteral precoce em pacientes adultos e idosos admitidos em uma UTI de um hospital filantrópico de Salvador e identificar o motivo de não introdução da mesma. Método: trata-se de estudo observacional, prospectivo, a coleta de dados foi realizada com pacientes adultos e idosos internados em uma UTI de um Hospital Filantrópico de Salvador - Bahia, durante os meses de dezembro de 2012 à fevereiro de 2013, atendidos pelo Serviço de Terapia Nutricional. Analisaram-se dados como: idade, sexo, afecção principal, diagnóstico nutricional, início de NEP e fatores limitantes para não introdução da mesma. Os dados foram descritos por distribuição de freqüência simples, média e desvio padrão e processados no programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences), versão 11.0. Resultados: A amostra foi composta por 51 indivíduos, sendo 56,9% do gênero feminino. A média de idade encontrada foi de 62,4 ± 17,5 anos. Dentre as afecções principais estão as enfermidades do sistema nervoso central (70,5%) seguido das infecções sistêmicas (15,6%). Quanto ao estado nutricional observou-se que 64,7% destes apresentavam-se desnutridos, 35,3% em risco nutricional. Instituiu-se NEP em 82,4% dos pacientes analisados, sendo observados como motivo para não introdução da mesma nos 17,6% dos pacientes restantes: presença de instabilidade hemodinâmica em 88,9% dos casos, seguidos de dificuldade de passagem de SNE em 11,1% dos casos. Conclusão: A nutrição enteral é recomendada como terapia ideal para pacientes críticos, sendo considerada cuidado padrão na maioria das UTIs. Diante dos benefìcios da NEP descritos na literatura, é importante a agilidade nas decisões relativas à terapia nutricional enteral, já que são potencialmente capazes de influenciar nos resultados clínicos, de acordo com recentes evidências. ANNE ELLEN ALVES E OLIVEIRA (HSE); SHIRLEY TAVARES DE OLIVEIRA (HSE); SHEYLANE PEREIRA DE ANDRADE (HSE); ANA CAROLINA SALES DOS SANTOS (UFPE-HSE); MARIA RAMOS DO NASCIMENTO SILVA (HSE); MONARA KAELLE CRUZ ANGELIM (HSE) Introdução: Alterações no estado nutricional contribuem para o aumento da morbimortalidade, podendo aumentar as complicações e com isso, o tempo de permanência hospitalar e os custos1. Segundo os dados do IBRANUTRI (2001), 48,1% de 4.000 dos pacientes internados em hospitais da rede pública do país apresentavam algum grau de desnutrição2. Portanto, torna-se relevante estabelecer rotinas de screening nutricional que facilitem a identificação de pacientes que necessitam passar por avaliação mais detalhada a fim de se obter um planejamento dietoterápico individualizado3. Objetivo: Descrever o risco nutricional de pacientes recém admitidos no SPA do Hospital dos Servidores do Estado /HSE, na cidade de RecifePernambuco, no período de Março a Junho de 2013, pontuado através da aplicação de instrumento de triagem nutricional (NRS, 2002)4. Método: Foi aplicado o protocolo de triagem nutricional (NRS, 2002) implementado no hospital, em até 72 horas da admissão do paciente. Assim, foi obtido o escore para classificação do risco nutricional segundo os critérios estabelecidos. Foi considerada a presença de risco nutricional quando escore total &#8805; 3 e iniciado suporte nutricional após avaliação criteriosa e individualizada. Quando escore total < 3, classificou-se a ausência desse risco e a retriagem foi realizada semanalmente. Resultados: De 1019 pacientes admitidos, foram aplicadas 460 triagens (45,1%), porém 56,5% (n=576) saíram do serviço em menos de 72h (alta/transferência/óbito), devido à alta rotatividade no setor de emergência. A média de idade foi de 67,5 (±15,48 anos), na maioria > 60 anos (72,6%),e mulheres (55,2%). Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 80 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Segundo a pontuação da triagem, 22,82% foram considerados com risco nutricional. Conclusão: A triagem e/ou avaliação nutricional dos pacientes internados tornam-se importantes instrumentos, uma vez que identificam os pacientes desnutridos ou em risco nutricional, permitindo uma intervenção precoce, evidenciando-se também a importância da recuperação do estado nutricional como variável para sucesso terapêutico da enfermidade. pacientes, gera disfunções que interferem negativamente no consumo alimentar e no crescimento/desenvolvimento, ocorrendo muitas vezes necessidade de alimentação via artificial (sondas ou ostomias). Portadores de ECNP apresentam, geralmente, necessidade reduzida de calorias, e frequentemente apresentam tolerância a volumes reduzidos, dificultando o aporte nutricional adequado de micronutrientes, podendo ocasionar deficiências nutricionais importantes para o processo de crescimento, como deficiência de ferro. Objetivo: Associar níveis de hemoglobina e hematócrito com via de acesso da terapia nutricional de pacientes com ECNP acompanhados ambulatorialmente. Método: Trata-se de um estudo transversal realizado no período de março a junho de 2013 com crianças e adolescentes portadores de ECNP. Foram classificados quanto ao Gross Motor Function Classification System – GMFCS, que baseia-se na função motora e estratifica a população em cinco níveis, nível I caracterizado pela capacidade de caminhar sem dificuldades e nível V pela locomoção com cadeira de rodas dirigida por cuidador, com subníveis para via de alimentação (crianças alimentadas via oral e sonda/ostomias). A amostra foi dividida em 2 grupos – Alimentados via artificial (VA) e alimentados via oral (VO). Os parâmetros bioquímicos incluíram hemoglobina e de hematócrito. Os dados foram analisados através do programa SPSS®, e adotou-se nível de significância de 5%. Resultados: A amostra foi composta por 17 pacientes, com idade entre 2 e 18 anos, 50% do sexo masculino e média de idade de 9,4 ± 3,9 anos . Segundo o GMFCS 64,70% pertenciam ao nível V (n= 11); 12,5 % (n=2) no nível IV; 6,25 no nível 3 (n=1); 6,25 ao nível 2 (n=1) e 12,5 ao nível I (n=2). Todos os pacientes classificados no nível V recebiam alimentação por via artificial (sonda ou gastrostomia) e 53% da amostra utilizavam suplementos nutricionais. Os valores de hemoglobina e hematócrito foram semelhantes entre os grupos, sendo de hemoglobina 12,73 ± 1,79 mg/dL versus 12,63 ± 1,07 mg/dL para o grupo VA e para o grupo VO respectivamente (p = 0,26). Os valores de hematócrito também foram semelhantes, 38,41% ± 4,65 e 38,32% ± 3,65 (p = 0,62) para o grupo VA e VO respectivamente. Conclusão: Os resultados apontam que crianças e adolescentes portadores de ECNP podem apresentar níveis normais de hemoglobina e hematócrito quando recebem aporte adequado de micronutrientes. P-164 EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL ORAL AVALIADA ATRAVÉS DA FORÇA DE PREENSÃO PALMAR EM PACIENTES HOSPITALIZADOS. IANA CORREIA REIS SANTOS (SCMBA); ANA CRISTINA FREITAS RIBEIRO (SCMBA); DANIELE LEAL BRAGA DA SILVA (SCMBA); ILANA D´ANDRADE SOUZA (SCMBA); ANDRÉ NEY MENEZES FREIRE (SCMBA); CLAUDIA DA SILVA DALTRO (SCMBA) Introdução: A avaliação nutricional é a primeira etapa no processo de tratamento nutricional (TN), o qual é amplamente conhecido pela sua importância no acompanhamento hospitalar. Entre os objetivos desta avaliação, destacam-se: identificar indivíduos que precisam de suporte nutricional mais intensivo; recuperar e manter o estado nutricional do indivíduo; escolher o TN mais apropriado e monitorar a eficácia das intervenções realizadas. Dentre as ferramentas utilizadas para tal avaliação, destaca-se o Teste de Força de Preensão Palmar (FPP), que consiste na aferição da força máxima de preensão manual e objetiva estimar a função do músculo esquelético. O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito da suplementação nutricional oral (SNO) através da FPP em pacientes hospitalizados em um hospital filantrópico de Salvador. Trata-se de um estudo longitudinal em que foi verificado a FPP dos pacientes antes do início da suplementação nutricional e após 5 dias desta, sendo este ofertado 2 vezes ao dia. Utilizou-se o dinamômetro de bulbo da marca Lange; a aferição foi obtida pela posição padronizada pela American Society of Hand Therapists. A amostra compôs-se de 27 pacientes com diversos diagnósticos, exceto os que interfeririam na avaliação, como alteração do nível de consciência. A escolha da SNO ofertada deu-se pela particularidade do quadro clínico. A medida foi realizada em triplicata e feito a média dos valores, os quais foram tratados estatisticamente pelo Teste Paramétrico T para amostras emparelhadas, através do pacote estatístico SPSS 18.0, ao nível de significância de 5%. Observou-se que a FPP mínima tanto antes quanto depois da implantação do suplemento foi de 2,0. Já em relação FPP máxima, notou-se um aumento de 2,0. Conclui-se que a suplementação nutricional oral nos pacientes hospitalizados surtiu aumento na força de FPP no período assistido. No entanto, é necessário um acompanhamento a maior prazo para uma análise de maior eficácia. P-166 SARCOPENIA EM IDOSOS INTERNADOS EM HOSPITAL DE CARDIOLOGIA ANA MARGARET NASCIMENTO GOMES FARIAS SOARES (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA); NAYARA OLIVEIRA (UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU); RITA DE CÁSSIA AQUINO (UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU); DANIELA FRANÇA GOMES (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA); DANIEL MAGNONI (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA); AMANDA GUERRA DE MORAES REGO SOUSA (INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA) P-165 TERAPIA ENTERAL E NÍVEIS DE HEMOGLOBINA E HEMATÓCRITO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES PORTADORES DE ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO PROGRESSIVA ACOMPANHADOS AMBULATORIALMENTE Introdução: Sarcopenia é uma palavra de origem grega que significa “perda de carne” (sarco= perda e penia = carne). É caracterizada pela associação da diminuição de massa, força e funcionalidade do músculo esquelético, a depleção se inicia aos 30 anos, evoluindo na quinta década de vida, quando a proteína muscular contrátil passa a ser substituída por lipídios. Apesar de frequente nessa população e de ocasionar significativos prejuízos, ainda são poucos os estudos que avaliam a sarcopenia em ambiente hospitalar. Objetivo: Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar a associação de sarcopenia com estado nutricional em pacientes internados em hospital de cardiologia. Método: Estudo transversal, quantitativo, realizado em 81 idosos internados em um hospital de cardiologia durante o segundo semestre de 2012. A presença e a classificação de sarcopenia foi obtida pelo método proposto por Lee et al. e associada a medidas antropométricas(circunferência do braço, circunferência muscular do braçoecircunferência da panturrilha), aorisco nutricional (instrumento de triagem NutritionalRiskScreening- NRS 2002) e a força de pressão palmar MARIANA GONÇALVES DE ALENCAR (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); ELDA SILVA AUGUSTO DE ANDRADE (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); ANA CAROLINA RIBEIRO DE AMORIM (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); LARISSA DE ANDRADE VIANA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); LUCIANA DE LIMA ARAÚJO (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP) Introdução: Encefalopatia crônica não progressiva (ECNP) é uma desordem do movimento e da postura, persistente, porém variável, surgida nos primeiros anos de vida pela interferência no desenvolvimento do sistema nervoso central. O comprometimento motor, característico desses Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 81 Suplemento Nutrição Clínica/2013 (avaliada pelo dinamômetro de mão). Resultados: Os idosos do gênero masculino apresentaram maior frequência de sarcopeniae associação à presença de risco nutricional. As medidas antropométricas observadas foram maiores entre os idosos com ausência de sarcopenia e a força de pressão palmar diminuiu com a idade (p<0,05). Conclusão: Os dados do presente estudo indicam que a sarcopenia está associada ao gênero masculino, a presença de risco nutricional e redução de medidas antropométricas Introdução: As padarias oferecem grande variedade de produtos, suficientes para atender à crescente demanda de consumo variado que abrange desde um simples lanche a refeições principais. As boas práticas de fabricação abrangem um conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas indústrias de alimentos a fim de garantir a qualidade sanitária e a conformidade dos produtos alimentícios com os regulamentos técnicos que se aplicam a qualquer estabelecimento que manipule, prepare, fracione, armazene, distribua, transporte ou exponha à venda alimentos preparados ao consumo. A capacitação fornece aos manipuladores conhecimentos técnicos e práticos necessários ao desenvolvimento de habilidades e atitudes de trabalho específicas da área de alimentos. Objetivo: Capacitar funcionários de unidade produtora de refeição e panificação, do município de Natal/RN, através de uma palestra de boas práticas de fabricação. Método: Trata-se de um estudo descritivo cuja população estudada foi de 30 indivíduos, com faixa etária entre 23 e 52 anos. A avaliação foi realizada nas dependências da unidade produtora de alimentos, no período de 10 a 12 de abril de 2013. Para o treinamento, foi realizada uma palestra sobre manipulação segura dos alimentos e aplicado um questionário, no início e após o término do evento, estruturado com cinco perguntas referentes à manipulação segura dos alimentos e higiene pessoal, e finalizando com uma dinâmica de lavagem das mãos. A intervenção foi realizada durante o estágio supervisionado do curso de Nutrição da Universidade Potiguar. Resultados: Dentre os resultados do questionário antecedente ao treinamento, 7 funcionários acertaram 100% das questões, 7 acertaram 80%, 11 acertaram 60% e 5 acertaram 40%. Após a realização do treinamento, os resultados da aplicação do questionário apresentaram dados significativos. 20 funcionários acertaram 100% das questões, 8 acertaram 80% e 2 acertaram 60%. Conclusão: O resultado confirma que é indiscutível que os programas de treinamentos específicos para manipuladores de alimentos constituem o meio mais recomendável e eficaz para transmitir conhecimentos e promover mudanças de atitudes, devendo os manipuladores de alimentos ser capacitados e supervisionados periodicamente. A capacitação e educação continuada dos manipuladores envolvidos no processo produtivo de alimentos se faz necessária para estabelecer a segurança higiênico-sanitária do ambiente produtor de refeições, de modo a evitar consequências inadequadas do processamento errôneo. P-167 ANÁLISE CLÍNICA E NUTRICIONAL DE PACIENTES NO PRÉ OPERATÓRIO DE CIRURGIAS ABDOMINAIS E GASTRINTESTINAIS ELETIVAS DE UM HOSPITAL ESCOLA DA CIDADE DO RECIFE -PE FRANCISCA LEIDE DA SILVA NUNES (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); MILENA DAMASCENO DE SOUZA COSTA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); MARIA DA GUIA BEZERRA DA SILVA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); PATRICIA CALADO FERREIRA PINHEIRO GADELHA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); WÉLLIDA BRÍGIDA GOMES DA SILVA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); KARLA VANESSA GOMES DE LIMA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP) Introdução: Pacientes cirúrgicos frequentemente apresentam quadro de desnutrição que pode estar associado tanto ao comprometimento nutricional prévio quanto à doença de base ou mesmo ao seu tratamento. Objetivo: Descrever o perfil clínico e o estado nutricional de pacientes candidatos a cirurgias abdominais e gastrintestinais eletivas. Método: Estudo transversal, retrospectivo, composto por adultos e idosos de ambos os sexos, admitidos para cirurgia eletiva, no período de abril a julho de 2013 na clínica de cirurgia geral de um hospital do estado de Pernambuco. O estado nutricional foi avaliado pelo índice de massa corporal (IMC), circunferência do braço (CB) e prega cutânea tricipital (PCT). Para a classificação do IMC foi utilizado o ponto de corte da Organização Mundial de Saúde (OMS, 1997) em indivíduos adultos e por LIPSCHITZS (2004) em idosos. Para a classificação da CB e PCT foram utilizadas suas adequações conforme proposto por BLACKBURN & THORTON (1979). Resultados: Foram avaliados 50 pacientes, sendo a maioria adultos (60%) com idade média de 50 &#61617; 16,56 anos e, na sua maioria, mulheres (76,5%). As principais cirurgias realizadas foram colecistectomia por videolaparoscopia (37,2%), seguida por hernioplastias (19,6%) e colectomias (13,7%). Segundo o IMC, 30% da amostra foi classificada como em sobrepeso e 30% obesidade, 32% em eutrofia e 8% com algum grau de desnutrição. Quando utilizado a CB como parâmetro de diagnóstico nutricional, observou-se aumento no percentual de desnutrição com 23% da amostra diagnosticada como desnutrida. Já segundo a PCT 19,9% da amostra possuía algum grau de desnutrição, 19,4% era classificada como sobrepeso e 41,6% em obesidade. Quando se avalia sobrepeso juntamente com obesidade utilizando IMC e PCT, percebe-se quem ambos obtiveram um percentual de 60% dos pacientes internados. Conclusão: Verifica-se diferentes prevalências de desnutrição a depender do método de avaliação nutricional utilizado, o que evidencia a necessidade da utilização de mais de um parâmetro de avaliação para obter maior precisão no diagnóstico nutricional. P-169 EVOLUÇÃO PONDERAL DE PACIENTES CARDIOPATAS HOSPITALIZADOS MILENA CAROLINE TERTULIANO DE LIMA (PROCAPE/UPE); RENATA REIS DE LIMA E SILVA (PROCAPE/UPE); MARINALDO FREIRE LUSTOSA (PROCAPE/ UPE); LARISSA PESSOA VILA NOVA (PROCAPE/UPE); ADNA JESSICA SILVA DE ARAUJO (ICB/UPE); CLAUDIA PORTO SABINO PINHO (UFPE) Introdução: O comprometimento do estado nutricional do paciente hospitalizado relaciona-se diretamente com sua evolução clínica, influenciando no sistema imunológico e função cognitiva, podendo causar um aumento na incidência de infecções, complicações pós-operatórias,podendo interferir na recuperação, acarretando maior tempo de internamento hospitalar. Objetivo: Avaliar a evolução ponderal de pacientes cardiopatas em 15 dias de internamento. Método: Estudo do tipo retrospectivo, com coleta de dados em fichas de acompanhamento nutricional de pacientes internados em um Hospital de Referência em Cardiologia, entre fevereiro de 2011 e junho de 2013. Foram coletados dados como sexo, idade, peso, altura e índice de massa corpórea (IMC). Foram excluídos indivíduos com idade menor que 18 anos e edema. Foi avaliado o peso admissional, em 1 semana e em 15 dias. Os dados foram analisados no software SPSS, versão 13.0. Este trabalho obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), com número de protocolo 346.129/2013. Resultados: O peso de 222 pacientes foi reavaliado em uma semana e de 88 após 15 dias. Na avaliação admissional, 14,1% eram desnutridos, 24,7% sobrepeso e 14,4% obesos. Em uma semana, o percentual de desnutridos aumentou P-168 ANÁLISE DE TREINAMENTO DE BOAS PRÁTICAS PARA FUNCIONÁRIOS DE UMA UNIDADE PRODUTORA DE REFEIÇÃO E PANIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO DE NATAL/RN JAILMA MORAES (UNP - LAUREAT INTERNATIONAL UNIVERSITIES); MARIÁ RAQUEL (UNP - LAUREAT INTERNATIONAL UNIVERSITIES); ILLANA MELO (FCF/USP) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 82 Suplemento Nutrição Clínica/2013 para 17,5% e para 24% em duas semanas. Não foi observada alteração ponderal significativa na primeira semana (desnutridos: 0,18%; eutróficos, 0,24%; sobrepesados, 0,05%; e obesos, 0,57%, com p-valor=0,342), e na segunda semana (desnutridos: 0,34%; eutróficos, 0,51%; sobrepesados, 0,71%; e obesos, 0,06, com p-valor=0,709). Conclusão: Embora não tenha havido alteração significativa do peso na primeira e segunda semana de internamento, o percentual de desnutridos aumentou no período avaliado, indicando que o indivíduo com comprometimento nutricional permaneceu maior tempo no ambiente hospitalar. Isto demonstra a importância do acompanhamento nutricional do paciente hospitalizado, visando prevenir a deterioração do estado nutricional. GRACYANNE MARIA OLIVEIRA MACHADO (FACULDADE MAURICIO DE NASSAU) Introdução:A Terapia Nutricional Enteral-TNE tem sido rotineiramente usada como uma alternativa bem sucedida para melhorar as condições nutricionais de pacientes hospitalizados. Pacientes que recebem TNE, frequentemente recuperam ou mantém seu estado nutricional. Objetivo:Identificar o conhecimento da equipe de enfermagem sobre nutrição enteral verificando como a equipe realiza a assistência de enfermagem ao paciente que está com esse suporte nutricional. Método: Pesquisa descritiva utilizando o método quantitativo, realizada na UTI de um Hospital Público do Município de Parnaíba, Piauí. As informações foram coletadas através de questionário semiestruturado. A amostra foi compostapor 36 profissionais da equipe de enfermagem (07 enfermeiros e 29 técnicos de enfermagem). Foram respeitados os princípios éticos da Resolução 196 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados:Quanto a fixação da sonda, a maioria (78%) relata que precisa ter cuidado com a fixação adequada; em relação à gastrostomia e a jejunostomia, relatam a necessidade de fazer o curativo, a maior preocupação está com o manuseio da sonda de forma que a mesma não desprenda; os cuidados de enfermagem citados realizados antes da administração da dieta e medicamento foram verificar refluxo, posicionamento da sonda; e o principal cuidado realizado citado após a administração da dieta e medicamento foi à lavagem da sonda, entretanto, alguns não especificaram a quantidade que deve ser utilizada para lavar, as complicações da terapia enteral mais citadas foram: diarréia, bronco aspiração, infecção, refluxo aumentado e obstrução da sonda. Conclusão: Constatou-se que o conhecimento da equipe de enfermagem sobre nutrição enteral não é suficiente para contribuir satisfatoriamente na recuperação e manutenção do equilíbrio nutricional do paciente, diante da assistência prestada o risco do paciente desenvolver complicações torna-se muito alto dificultando a eficácia do método. Então, sugerimos a instituição que ofereça a equipe de enfermagem atividade de capacitação e educação continuada para melhorar a assistência prestada. Além do maior envolvimento e comprometimento da equipe multiprofissional. P-172 NÍVEIS GLICÊMICOS E SOBREVIDA DE PACIENTES GRAVES EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA P-170 ANÁLISE DE CONSUMO DE REFRIGERANTES E SEUS RISCOS POR ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA PRIVADA DO MUNICÍPIO DE NATAL/RN JAILMA MORAES (UNP - LAUREAT INTERNATIONAL UNIVERSITIES); MARIÁ RAQUEL (UNP - LAUREAT INTERNATIONAL UNIVERSITIES); ILLANA MELO (FCF/USP) Introdução: A adolescência é uma fase marcada por diversas mudanças biológicas, psicológicas e sociais que podem interferir no consumo alimentar. Estudos sobre alimentação dos adolescentes mostram a inadequação alimentar com excessos de açucares e gorduras, marcadas muitas vezes pela preferência e não pela disponibilidade de alimentos saudáveis. O uso universalizado dos refrigerantes mostra a aceitação globalizada dessa bebida, composta, na maior parte das vezes, por um extrato vegetal ou suco de frutas, gaseificada artificialmente, adoçada por açúcar ou edulcorantes. O alto valor calórico dos refrigerantes, proveniente da concentração de açúcares, contribui para a obesidade. E os aditivos neles contidos, tais como acidulantes, conservantes e corantes artificiais. Objetivo: Analisar o consumo de refrigerantes e seus riscos, por alunos de uma escola privada do município de Natal/RN, através de enquete. Método: Trata-se de um estudo descritivo cuja população estudada foi de 80 estudantes, com faixa etária entre 11 e 18 anos. A avaliação foi realizada no colégio no período de 04 de março a 08 de abril de 2013. Para a avaliação foi utilizado um questionário estruturado com nove perguntas referentes à preferência por refrigerantes, sabor, tipo e hábito de consumo. Foi aplicada a seção correspondente de um Questionário de Frequência Alimentar (QFA), semiquantitativo, para obter informações relativas à frequência de ingestão por dia, semana, mês e ano e a porção média das referidas ingestões. Resultados: Os resultados demonstraram que o maior consumo de refrigerante se deu entre os meninos (63,7%), inseridos, estes e as meninas (36,3%), na faixa etária dos 11 aos 15 anos. Quanto aos refrigerantes de mais preferência, o maior consumo foi do tipo cola, com 41,2% (n=33) e de uva 21,3% (n=17). Quanto às demais bebidas, o consumo foi inferior tanto no consumo quanto na frequência. Conclusão: Conclui-se que é de suma importância uma reflexão sobre o consumo de refrigerantes nas escolas, entre adolescentes, uma vez que a ingestão elevada dessas bebidas pode provocar excesso de peso, deficiências de nutrientes, cárie dental e atrapalhar a absorção de cálcio. É importante, então, que sejam desenvolvidas ações de educação alimentar no ambiente escolar, com incentivos a promoção da saúde, favorecendo as escolhas alimentares saudáveis e protegendo, assim, a saúde dos estudantes. RAISA LIMA DE SOUSA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS); ROBERTA FLORES MARQUEZINE (FIOCRUZ); PAULA RAQUEL BENZAQUEM DA CRUZ (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS); THAIZE MARIA SILVA LIMA (); HELEN MARIA SILVA CÉSAR DE CARVALHO (); MARIA CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS) Introdução: As diretrizes para pacientes graves, preconiza que a manutenção da glicemia no intervalo de 140 a 150mg/dL apresenta menor risco de complicações associadas a hipoglicemia. Enquanto valores acima de 180mg/dL se associam com pior desfecho clínico. Objetivo: Avaliar o perfil glicêmico de pacientes graves em associação com o desfecho clínico dos participantes. Método: Consistiu de uma análise secundária de dados utilizando um estudo transversal, em dezembro de 2011 a março de 2012. Participaram 20 pacientes graves, 25% com sepse, edemaciados e provenientes de uma UTI de Manaus. Medidas demográficas e antropométricas foram analisadas, incluindo no estudo indivíduos com idades superiores a 18 anos e em tratamento intensivo. Foram acessados os valores de glicemia de jejum, 24 horas anterior ao desfecho clínico (alta ou óbito). Utilizou-se avaliação entre classes considerando os pontos de corte: menor que 140mg/dL, níveis glicêmicos desejáveis, e acima de 140mg/dL, glicemia alta e como desfecho clínico as variáveis, óbito e sobrevida. Média, desvio padrão e a média com tabulação cruzada segundo gênero e classe de níveis glicêmicos foram analisadas, assim como a associação entre exposição (classe glicêmica ou sexo) e desfecho clínico desenvolvidos no Programa Estatístico, EPI P-171 NUTRIÇÃO ENTERAL: SABERES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DA TERAPIA INTENSIVA ANA DE CÁSSIA IVO DOS SANTOS (FACULDADE MAURICIO DE NASSAU); ANDRESSA LIMA RAMOS (FACULDADE MAURICIO DE NASSAU); DANILA PACHECO DA SILVA (FACULDADE MAURICIO DE NASSAU); VICTOR GALENO DA COSTA LIMA (FACULDADE MAURICIO DE NASSAU); Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 83 Suplemento Nutrição Clínica/2013 INFO 7.0. Resultados: A média de glicemia de jejum (160,05±109,18) mostrou coeficiente de variação (CV%= 68,2%) muito alta na população, mínimo de 74mg/dL e máxima de 591mg/dL. A tabulação cruzada segundo sexo destacou 8 (40%) mulheres com níveis glicêmicos alto (197,8±164,0 mg/dL), enquanto 12 (60%) homens com níveis glicêmicos menores (134,91±41,82 mg/dL), p>0,05. A média de glicemia cruzada com desfecho clínico mostrou óbito em 9 (45% ) participantes. Em 3 (15%) mulheres observou-se níveis glicêmicos de 291,0±262,7 mg/dL e 6 (30%) homens com glicemia de 155,5±45,19 mg/dL (p<0,05). Contudo, sobreviveram 11 (55%) participantes, destes 5 (25%) mulheres e 6 (30%) homens com valores de níveis glicêmicos mais baixos (141,8±46,19 mg/dL; 114,33±28,09 mg/dL), respectivamente (p>0,05). A análise de associação estimada por odds ratio mostrou um risco 5,3 vezes maior para óbito em expostos aos níveis glicêmicos superiores a 140mg/ dL (IC 95% 0,782 – 36,33), quando comparados com níveis inferiores ou igual a 140mg/dL, porém, um intervalo de confiança muito largo descartando a possível associação. Conclusão: Os resultados sugerem no estudo que sexo não é fator determinante dos níveis glicêmicos e que essas variáveis individualmente não se associam com o óbito. Enquanto, níveis glicêmicos entre 114 a 142 mg/dL favorecem a sobrevida em uma importante parcela (55%) da população. identificou-se que no período de abril a julho de 2013, houve uma redução do volume infundido x volume prescrito, em abril de 40,8%, maio 38,4%, junho de 38,1% e em julho de 35,2%. Conclusão: Apenas o treinamento e o acompanhamento do volume infundido x volume prescrito pela EMTN semanalmente, não é suficiente, para a evidência de que o processo ocorra de maneira adequada. Faz-se necessário o gerenciamento diário de cada unidade de internação pela sua equipe. P-174 TEMPO DE JEJUM NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIAS ABDOMINAIS E GASTRINTESTINAIS ELETIVAS DE UM HOSPITAL ESCOLA DA CIDADE DO RECIFE – PE FRANCISCA LEIDE DA SILVA NUNES (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); MILENA DAMASCENO DE SOUZA COSTA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); MARIA DA GUIA BEZERRA DA SILVA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); PATRICIA CALADO FERREIRA PINHEIRO GADELHA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); ANA CAROLINA RIBEIRO DE AMORIM (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); GEÓRGIA FERREIRA DA SILVA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP) P-173 IMPLANTAÇÃO E MONITORAMENTO DE VOLUME PRESCRITO X INFUNDIDO DE TERAPIA NUTRICIONAL PELA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DE TERAPIA NUTRICIONAL EM HOSPITAL PRIVADO DE SÃO PAULO Introdução: A abreviação do jejum perioperatório está sendo vista como um dos fatores benéficos para diminuir a resposta orgânica, a resistência insulínica e o estresse cirúrgico além de melhorar o bem estar do paciente. Essa prática mostra-se não apenas segura, mas também essencial para a recuperação mais rápida do trauma cirúrgico. Objetivo: Descrever o tempo de jejum pré e pós-operatório de cirurgias abdominais e gastrintestinais eletivas de um hospital escola da cidade do Recife – PE. Método: Estudo transversal, composto por adultos e idosos de ambos os sexos, internados para cirurgias abdominais e gastrointestinais eletivas, no período de abril a julho de 2013 na clínica de cirurgia geral de um hospital do estado de Pernambuco. Os dados foram coletados por meio de observação direta, coleta em prontuário e entrevista ao paciente realizada pelas nutricionistas do serviço. Resultados: Foram avaliados 60 pacientes, com idade média de 48 ± 16,3 anos. As principais cirurgias realizadas foram colecistectomia por videolaparoscopia (31,7%) seguida por gastroplastia (16,7%), hernioplastia (15%) e colectomias (11,7%). O tempo médio de jejum pré-operatório foi de 12h20min, apresentando menor média nas colecistectomia por videolaparoscopia (12h16min) e maior nas hernioplastias (13h19min), colectomias (13h44min) e gastroplastias (13h54min). Já no pós-operatório, o tempo médio de jejum para a realimentação foi de 6h20min, apresentando menores médias nas hernioplastias (2h20min) e colecistectomia por videolaparoscopia (3h02min) e maiores nas colectomias (24h27min) e gastroplastias (37h04min). Conclusão: Verifica-se que o tempo de jejum pré-operatório foi prolongado em todas as cirurgias analisadas o que pode contribuir para potencializar a resposta metabólica ao trauma cirúrgico. Com relação ao jejum pós-operatório, a realimentação precoce foi realizada nas cirurgias de pequeno porte, contudo, não é observada nas cirurgias de grande porte cujos protocolos mais recentes sugerem iniciar a dieta no 1º dia pós operatório (DPO). Esse tempo prolongado de jejum pós-operatório pode predispor um aumento da permeabilidade intestinal e, consequentemente, levar à translocação bacteriana. MYLENE MONTES RODRIGUES FAIM (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ); SAMARA PROZZI (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ); JOYCE REBOUÇAS PASSOS MOURÃO (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ); SÉRGIO DOS ANJOS GARNES (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ); MARIA CAROLINA TORLINI LINARIC (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ); SEE HEE PARK (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ) Introdução: Atualmente verifica-se a importância da implantação e monitoramento de indicadores de qualidade em terapia nutricional para garantir efetividade e qualidade dos serviços prestados. Um dos principais indicadores em terapia nutricional utilizado é a relação entre volume prescrito e infundido, tendo meta internacional no mínimo 70% de infusão, sendo este valor mínimo estipulado para aporte nutricional do paciente. Objetivo: Analisar processo de implantação e monitoramento do volume prescrito x infundido de terapia nutricional pela equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN) em hospital geral privado de São Paulo. Método: Realizado levantamento de prontuários em diferentes períodos para comparação de dados. Em setembro de 2012 foram acompanhados 24 prontuários. Analisou-se a relação percentual entre o volume prescrito e infundido de terapia nutricional, considerou-se adequado o volume superior ou igual à 70% do volume infundido em relação ao prescrito. Em março de 2013 foram acompanhados 92 prontuários onde a EMTN realizou a implantação do indicador de volume prescrito e infundido de terapia nutricional, realizou treinamento com equipe de enfermagem, disponibilização de instrumento digital para monitoramento in loco do indicador e acompanhamento diário dos volumes. No período de abril à julho de 2013 a EMTN realizou acompanhamento semanal do indicador em 342 prontuários. Resultados: Observou-se em setembro de 2012, que apenas 45% dos prontuários avaliados, apresentavam registro do volume infundido maior que 70% em relação ao volume prescrito. Porém vale salientar que este índice se deve a falta de registro e/ ou anotações incorretas do mesmo. Em março de 2013, verificou-se, que houve um aumento gradativo do volume infundido x volume prescrito, semana 1 (57,8%), semana 2 (77,8%) e na semana 3 (92,6%). Acredita-se que este aumento das evidências do volume infundido seja em decorrência do treinamento realizado e da implantação do instrumento digital. Em contrapartida, P-175 NUTRIDIA BRASIL 2012: EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR EDGARD SANTOS. ETHIANE JESUS SAMPAIO (COMPLEXO HUPES/UFBA); MARTA FRANÇA (COMPLEXO HUPES/UFBA); JULIA DUARTE PAMPONET (COMPLEXO HUPES/ UFBA); LUZIA FAGUNDES PRUDENTE (COMPLEXO HUPES/UFBA); MARIA LUCIA NASCIMENTO (COMPLEXO HUPES/UFBA); MARIA HELENA LIMA GUSMÃO SENA (COMPLEXO HUPES/UFBA) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 84 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Introdução: A desnutrição hospitalar pode determinar maior permanência hospitalar, e maior custo, além de risco aumentado para infecções e complicações durante o internamento. Objetivo: Avaliar o risco nutricional de pacientes internados em clínica médica e cirúrgica de um Hospital Universitário (HU). Método: Estudo transversal realizado no dia 08 de novembro de 2012, com protocolo de coleta de dados segundo o NUTRIDIA (ND) 2012, projeto que no Brasil foi desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral. Foram aplicados quatro formulários nas unidades de internação abertas, caracterizadas como clínicas médicas e cirúrgicas, com o objetivo de avaliar os pacientes internados, em relação à condição clínica, medicamentos em uso, história nutricional prévia e ingestão alimentar. Foram incluídos no estudo pacientes com idade superior a 19 anos. Foram adotados como indicadores de risco nutricional, o Índice de Massa Corporal (IMC), a perda ponderal e a ingestão alimentar insuficiente na última semana. Os dados foram coletados por nutricionistas do HU e estudantes de nutrição e os resultados analisados pela equipe nacional do projeto. O protocolo de pesquisa foi reconhecido pelo Comitê de Ética e Pesquisa da instituição. Resultados: No dia do ND encontravam-se internados nas unidade selecionadas 80 pacientes, dos quais 78 (97,5%) participaram do estudo. Os pacientes apresentaram média de idade de 53,5 anos, sendo 42 (53,85%) pacientes do sexo masculino. A permanência hospitalar destes pacientes foi em média 27 dias. A média do IMC foi de 22,83Kg/m2. A perda de peso nos últimos três meses esteve presente em 62 pacientes (79,5%) e 31 (39,7%) pacientes apresentaram apetite reduzido na última semana. Dentre os indivíduos que apresentaram apetite reduzido, 5 (16%) relataram ingerir menos de 25% da dieta hospitalar avaliada ou próximo a nada. Dentre as causas da redução da ingestão alimentar, 20 (64,5%) pacientes referiram a perda de apetite e 3 (9,7%) náuseas. Conclusão: Os dados apresentados permitiram identificar que apesar da adequação da média do IMC, a perda de peso anterior e a inadequação da ingestão alimentar esteve presente nos indivíduos estudados, o que nos confirma a necessidade de uma intervenção precoce para prevenir e/ou tratar a desnutrição. P-176 O QUE OS PROFISSIONAIS DE NUTRIÇÃO CONHECEM A RESPEITO DAS EXPECTATIVAS DOS PACIENTES ONCOLÓGICOS DE UM HOSPITAL PRIVADO DE SÃO PAULO: UMA ANÁLISE QUALITATIVA alimentação simples e ao mesmo tempo diferenciada do que preparações sofisticadas. O trabalho também auxiliou na identificação de oportunidades de melhorias no serviço oferecido ao paciente oncológico como implantação de cardápio específico para atender melhor a expectativa do cliente. P-177 OTIMIZAÇÃO DA ACEITAÇÃO DE SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS ORAIS EM PACIENTES HOSPITALIZADOS INGRID OLIVEIRA ALONSO (HOSPITAL BARRA DOR); JOANA DARC CÂMARA CORDEIRO (HOSPITAL BARRA DOR); PATRICIA PINHÃO FREITAS COSTA (HOSPITAL BARRA DOR); CAMILA DE ARAÚJO STEFE (HOSPITAL BARRA DOR); ANA BEATRIZ FRANCO E SOUZA (HOSPITAL BARRA DOR); ADRIANA LAGES DE ANDRADE (HOSPITAL BARRA DOR) Introdução: O estado nutricional expressa o equilíbrio entre a ingestão e a necessidade de nutrientes. Alterações alimentares causadas por doenças, juntamente com períodos prolongados de jejum, levam ao menor consumo dos alimentos, podendo resultar em desnutrição. Objetivo: Elaborar um protocolo de aceitação de suplemento oral. Método: Estudo prospectivo de Setembro de 2012 a Março de 2013 em um Hospital geral da rede privada do município do Rio de Janeiro, onde foi desenvolvido um protocolo para avaliar a aceitação dos suplementos orais. A amostra foi composta por pacientes com aceitação inferior a 75% de acordo com o protocolo existente e dividida em 2 grupos, o primeiro recebeu o suplemento na apresentação original entregue em um horário de refeição, o segundo recebeu o volume total do suplemento fracionado em 6 horários de refeição. O Protocolo foi aplicado por três dias e constava de perguntas sobre aceitação. Os dados coletados foram comparados para propor melhor técnica a fim de otimizar a oferta. Os dados estatísticos foram avaliados pelo Epi info versão 3.5.1. Resultados: Foram estudados 65 pacientes, 48,9% do sexo feminino e 51,1% do sexo masculino, com idade média de 75,4 anos. Divididos em 55% grupo controle e 45% grupo experimental, foram excluídos 20 pacientes de acordo com critérios descritos na metodologia. Do total de suplementos prescritos, 54% fórmula padrão e 46% específica. No grupo controle, 76% dos pacientes entendiam a importância da suplementação, no grupo experimental 90%. 30% da amostra do grupo controle e 15% da amostra do grupo experimental aceitaram abaixo de 85%. No grupo controle, 45% dos pacientes recusaram o suplemento, bem como 25% do grupo experimental, por não se adaptarem ao sabor. Em relação ao horário, 43,5% do grupo controle não apresentou preferência e 60% no grupo experimental. No que diz respeito ao sabor e preparação, ambos não apresentaram preferência. No grupo controle, 64% preferiram receber o suplemento gelado, no grupo experimental 61%. Quanto à interferência do suplemento na refeição seguinte, 16% do grupo controle relatou que o mesmo atrapalhou. Já no grupo experimental não houve prejuízo. Conclusão: A suplementação oral oferecida na apresentação fracionada foi bem aceita pelos pacientes. Identificamos que este fator isolado não é determinante, tornando não aplicável a criação de um protocolo. É importante a individualização da terapêutica através do acompanhamento diário da aceitação para que possamos intervir no estado nutricional dos pacientes. FABIANA CURTI BELUTTI (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ); CAMILA MORAES MARTINS (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ); JOYCE REBOUÇAS PASSOS MOURÃO (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ); MYLENE MONTES RODRIGUES FAIM (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ); SAMARA PROZZI (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ); ANDREA APARECIDA LOPES MARTINEZ (HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ) Introdução: A desnutrição calórica e proteica em indivíduos com câncer é muito frequente. Os principais fatores determinantes da desnutrição nesses indivíduos são a redução na ingestão total de alimentos, as alterações metabólicas provocadas pelo tumor e o aumento da demanda calórica pelo crescimento do tumor. Por isso, técnicas gastronômicas são fundamentais para a elaboração de cardápios nutritivos e que estimulem a aceitação do paciente. Objetivo: Analisar qualitativamente a correlação entre o conhecimento das nutricionistas sobre as necessidades dos pacientes oncológicos e a real necessidade desses indivíduos. Método: Aplicou-se um questionário em pacientes oncológicos (n=35) e profissionais da nutrição (PN) (n=25) em uma Instituição Privada, de São Paulo, SP, no qual os mesmos foram questionados a respeito de sua opinião sobre a alimentação, o grau de importância, o que a mesma representa e proporciona, além das principais queixas. Resultados: Tanto para os pacientes como para os PN é importante uma alimentação segura (11,3% e 13,2% respectivamente) e não tão elaborada (7,5% e 7,4% respectivamente) devido ao fato de que o paciente em questão tem preferência por preparações simplificadas, entretanto é importante um cardápio diferenciado (34,8% para os pacientes). Conclusão: Podemos concluir que, para os pacientes é muito mais importante uma P-178 FATORES DIFICULTADORES DA AMAMENTAÇÃO: ONDE ESTÁ O APOIO NECESSÁRIO? JÉSSICA ROBERTA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); JULIANA JORDÃO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); VANESSA VIEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); MARIA SURAMA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); JAILMA SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); JULIANA MARIA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) Introdução: Atualmente, preconiza-se que nos primeiros seis meses de vida da criança, o leite materno seja a fonte exclusiva de nutrientes e água. Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 85 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Entretanto, o número de mulheres que interrompem o aleitamento materno exclusivo antes dos 6 meses de vida, ainda é muito significativo em todo o mundo. Há vários fatores que contribuem para esta interrupção e, dentre eles, aqueles relacionados ao manejo da amamentação são os mais citados pelas mães. Objetivo: Identificar as causas mais freqüentes referidas por mães como dificultadoras do aleitamento materno exclusivo por seis meses. Método: Ao longo de seis meses de trabalho, foram reunidos cento e vinte nove questionários respondidos por mulheres que participaram das atividades propostas pela a equipe do projeto de Extensão AME Amamentar durante o pré-natal no Hospital Barão de Lucena (HBL). Este questionário continha informações relativas a dados demográficos, a gestação e ao aleitamento materno. Resultados: Das 78 mulheres que disseram ter amamentado anteriormente, 36% (n=28) relataram ter tido problema com a amamentação e 64% (n=50) disseram não ter tido problema ao amamentar. Apesar da maioria não ter referido problema anterior com a amamentação, 49% delas interromperam o Aleitamento Materno antes dos seis meses. Segundo as mães, as causas dificultadoras mais freqüentes da amamentação foram: peito ferido (n=11), leite secou (n=5), estresse (n=4), leite empedrado (n=3), dor (n=2), pouco leite (n=1) entre outras (n=7). Conclusão: Muitas mulheres interrompem o aleitamento materno antes dos seis meses, apesar de não referir problema com a amamentação. Os problemas comumente referidos estão relacionados com a falta de apoio para a amamentação após o parto. Isto sugere a necessidade em intensificar as ações de apoio à mulher no puerpério. P-181 TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL EM PACIENTES CRÍTICOS: IMPACTO NO VOLUME TOTAL INFUNDIDO APÓS MUDANÇA DE PROTOCOLO EM UM SERVIÇO DE TERAPIA NUTRICIONAL DE UM HOSPITAL PRIVADO EM SALVADOR-BA. SUZANA SANTOS (HOSPITAL PORTUGUES); LIVIA PEDROSA (HOSPITAL PORTUGUES); PRISCILA FACCHINETTI (HOSPITAL PORTUGUES); SARA MOREIRA (HOSPITAL PORTUGUES); CLÁUDIO ZOLLINGER (HOSPITAL PORTUGUES) Introdução: A oferta segura das necessidades nutricionais através da terapia nutricional enteral (TNE) no paciente crítico é um grande desafio. O percentual de volume infundido (VI) em relação ao volume prescrito (VP) é um indicador de qualidade de efetividade em TNE. Os pontos de corte descritos na literatura variam de 50% a 90% 1,2,3,4. Objetivo: Avaliar o volume da dieta enteral prescrita e administrada em um hospital privado em Salvador – BA, após mudança no protocolo do serviço, reduzindo a programação de infusão do VP para 22h. Método: Estudo tranversal, de caráter observacional prospectivo, realizado em Unidades de Cuidados Intensivos, com pacientes com idade igual ou superior a 18 anos de ambos os sexos, que receberam TNE exclusiva por pelo menos 72 horas. No primeiro momento (M1), entre outubro e novembro de 2012, o volume de dieta foi programado para ser infundido em 24 h e, no segundo momento (M2), período de março a abril de 2013, reprogramada para 22h. Foram considerados como adequados os dias em que o VI foi >70% do VP. Resultados: Compuseram a pesquisa 174 pacientes no M1 e 286 pacientes no M2, cujos dias de acompanhamento somados resultaram numa amostra de 547 dias no M1 e 723 dias no M2. Em M1, 67,75% dos dias foi identificada adequação na infusão e, durante o M2, a adequação de infusão ocorreu em 73% dos dias. Conclusão: Observou-se que a mudança no protocolo de TNE, com redução do tempo de infusão da dieta para 22h, resultou em melhora da adequação do VI. O gerenciamento das possíveis causas de inadequação de infusão, com aprimoramento dos protocolos e treinamento da equipe assistente, provavelmente resultaria em dados mais satisfatórios de efetividade da terapia nutricional. P-179 É POSSÍVEL MONITORAR INDICADORES DE QUALIDADE EM LACTÁRIO? LILLIAN DE CARLA SANT´ANNA (HOSPITAL DO CORAÇÃO); ADRIANA MARIA DA SILVA FÉLIX (HOSPITAL DO CORAÇÃO); DÉBORA GOMES FIDALGO (HOSPITAL DO CORAÇÃO); CAMILA ANDRADE PEREIRA (HOSPITAL DO CORAÇÃO); ROSANA PERIM COSTA (HOSPITAL DO CORAÇÃO) Introdução: A qualidade dos processos realizados no Lactário deve ser mensurada e aprimorada por meio de indicadores de qualidade. Os indicadores são instrumentos utilizados para avaliar e direcionar a execução dos processos. Diversos estudos demonstram a importância da prática de higienização das mãos, porém, sabe-se que a taxa de adesão dos profissionais de saúde é em média 50% e informações referentes à adesão em serviços de Lactário são inexistentes. Objetivo: Relatar o acompanhamento de indicadores de qualidade em Lactário e descrever as estratégias de monitoramento utilizadas para avaliar a adesão à higienização das mãos. Método: Estudo transversal com coleta de dados prospectiva, realizado no Lactário de um hospital privado especializado em cardiologia, em São Paulo (SP), no período de janeiro de 2011 a junho de 2013. Os procedimentos realizados pelas lactaristas foram acompanhados diariamente por meio da aplicação de check-list, baseado em oportunidades e adesões a fim de encontrar as não conformidades presentes. Para evitar que as lactaristas previssem os horários de observações, estes foram aleatorizados. Este estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: As taxas de adesão atingidas em 2011, 2012 e 2013 foram de 74, 91 e 94%, respectivamente e as metas foram evoluídas anualmente. As lactaristas recebiam mensalmente o panorama geral do indicador por meio de um quadro de Questão à vista. Dentre as ações educativas, o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, realizou treinamentos teóricopráticos em que foram abordados tópicos referentes à indicação, técnica e recursos necessários para a higienização das mãos. Conclusão: Neste estudo, o acompanhamento da adesão à higienização das mãos no Lactário, mostrou-se uma prática possível. Com isso, as ações estabelecidas foram monitoradas por planos de melhorias, proporcionando maior qualidade ao setor. O trabalho em equipe, o monitoramento da adesão e o feedback mensal para a equipe de lactaristas foram fatores que contribuíram para a obtenção e manutenção dos resultados alcançados. P-182 INDICADORES DE QUALIDADE EM TERAPIA NUTRICIONAL NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL ONCOLÓGICO EM SÃO PAULO: APLICAÇÃO E RESULTADOS SEGUNDO DIAGNÓSTICOS RONALDO SOUSA OLIVEIRA FILHO (INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO - ICESP); GISLAINE APARECIDA OZORIO (INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO - ICESP); DEBORA PEREIRA DOS SANTOS (INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO - ICESP); MARINA CELIA TOMAZELA (INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO - ICESP); MARIA MANUELA FERREIRA ALVES (INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO - ICESP); THAIS CAMPOS CARDENAS (INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO - ICESP) Introdução: A Terapia Nutricional Enteral (TNE) no paciente crítico torna-se um cuidado essencial na manutenção da função imune, na diminuição das complicações metabólicas e principalmente na reversão de déficit na massa muscular. Os Indicadores de Qualidade em Terapia Nutricional (IQTN), em conjunto com as ações da Equipe Multiprofissional em Terapia Nutricional (EMTN), constituem uma ferramenta importante para avaliar o uso adequado de TNE em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Objetivo: Aplicar, monitorar e verificar, segundo diagnóstico oncológico, os IQTN na UTI de um hospital oncológico de referência em São Paulo (SP). Método: Trata-se de um estudo retrospectivo, observacional, realizado entre março e maio de 2013, em pacientes da UTI com diagnósticos de câncer do trato digestório(A), cabeça e pescoço(B), neurológico(C), hematológico(D), respiratório(E), ginecológico(F), outros(G), acima de 18 anos, sob TNE exclusiva por no mínimo 72 horas (h). Os IQTN (meta) aplicados foram: I Frequência de aplicação da Avaliação Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 86 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Subjetiva Global-ASG (>75%), II Cálculo da estimativa de gasto energético e necessidade proteica (>80%), III Jejum digestório >24h (<10%), IV Realização de ensaios bioquímicos (100%) e V Volume de infusão de TNE (>80%). A coleta de dados foi realizada através do prontuário eletrônico TASY®. Resultados: Foram incluídos 125 pacientes, a idade média foi de 60,4 (+12,78) anos, 59,2% eram desnutridos moderados e 60% eram do sexo masculino. O diagnóstico B teve 24,8% de prevalência seguido do A com 21,6%. O tempo médio de TNE foi de 8,14 (+5,98) dias e as medianas do percentual do infundido versus prescrito de infusão de volume, calorias e proteínas da TNE foram de 81,6%, 79,5% e 81,2%, respectivamente. No total da amostra estudada, apenas o IQTN V não atingiu a meta estabelecida. A meta foi alcançada nos IQTN I, II, III, IV em todos os diagnósticos. O IQTN V foi contemplado pelos diagnósticos B (80,6%), C (100%), F (87,5%), porém não pelos diagnósticos A (66,6%), D (72,2%), E (66,6%), e G (58,3%). Conclusão: As metas propostas foram contempladas em 80% dos IQTN na amostra total dos pacientes no período estudado. Isso representa a qualidade da assistência nutricional no doente grave e a importância da sua sustentação por meio de projetos de educação continuada, além da estruturação de protocolos institucionais de TNE. Destaque para o diagnóstico B com 80,6% de adequação no IQTN V, enquanto os diagnósticos A, D e E merecem uma atuação mais específica da EMTN. P-184 ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA E O INDICE DE ADISPOSIDADE CORPORAL NA CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL CLAUDIA PORTO SABINO PINHO (PROCAPE); PATRÍCIA AMANCIO DOS SANTOS (PROCAPE); AMANDA SOUZA BEZERRA (PROCAPE); ISA GALVÃO RODRIGUES (PROCAPE) Introdução: O índice de massa corpórea (IMC) é o parâmetro antropométrico tradicionalmente mais utilizado na avaliação do estado nutricional apesar de suas limitações serem bem reconhecidas, sobretudo por não traduzir a ampla variação que ocorre na composição corporal de indivíduos. Com isso, alguns parâmetros têm sido propostos como uma alternativa mais fidedigna para a avaliação da adiposidade, entre eles o Índice de adiposidade corporal (IAC), que apresentou forte correlação com a quantidade de gordura corporal medida pela densitometria (r=0,85). Objetivo: Analisar comparativamente a classificação do estado nutricional segundo o IMC e o IAC. Método: Estudo de delineamento transversal envolvendo pacientes coronariopatas com idade &#8805; 30 anos, internados em Hospital Universitário Cardiológico de Recife-PE no período de maio a setembro/2010. O IMC foi classificado em desnutrição de acordo com os pontos de corte preconizados pela Organização Mundial de Saúde, 1998. O IAC foi obtido pela equação proposta e validada por Bergman et al, 2011: [Quadril/(altura1,5)] – 18 e categorizado em baixo peso (IAC<11 para homens e <23 para mulheres), eutrofia (IAC entre 11 e 22 para homens e 23 e 35 para mulheres), sobrepeso (IAC entre 22 e 27 para homens e 35 a 40 para mulheres) e obesidade (IAC>27 para homens e >40 para mulheres). Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do hospital (nº 24/2010). Os dados foram analisados utilizando os softwares Epi Info, versão 6.04 e SPSS, versão 13.0. Resultados: Foram avaliados 323 indivíduos, com média de idade de 61,6 (±11,8) anos e 60,1% do sexo masculino. Segundo o IMC, foram encontrados 0,6% de desnutrição, 38,1% de eutrofia, 42,4% de sobrepeso e 18,9% de obesidade. De acordo com o IAC, 1,2% dos indivíduos apresentaram desnutrição, 28,2% eutrofia, 34,4% sobrepeso e 36,2% eram obesos. Embora, tenha sido encontrada correlação entre o IMC e o IAC (r=0,622, p<0,001), diferenças significativas foram demonstradas na classificação do estado nutricional segundo os dois parâmetros analisados (p<0,001). O índice de concordância para diagnóstico da desnutrição e obesidade foi fraco (Kappa= 0,328 e 0,330, p<0,001, respectivamente).Conclusão: Diferenças significativas foram reveladas na classificação do estado nutricional segundo o IMC e o IAC, demonstrando a importância de que o IMC seja utilizado em associação com outros parâmetros para evitar que diagnósticos imprecisos sejam emitidos, levando à condução de uma prescrição dietética inapropriada, sobretudo na vigência de um distúrbio nutricional. P-183 REGISTRO ELETRÔNICO REALIZADO PELA ENFERMAGEM DE ACEITAÇÃO DA DIETA E DA OFERTA DO SUPLEMENTO VO EM PACIENTES DISFÁGICOS HOSPITALIZADOS SIMONE TEIXEIRA DE SOUSA (HOSPITAL NIPO BRASILEIRO); PATRICIA NORIKO IDERIHA NAGATO (HOSPITAL NIPO BRASILEIRO); LILIAN CHIKA KATO (HOSPITAL NIPO BRASILEIRO); ROBERTO IEIRI (HOSPITAL NIPO BRASILEIRO); WAGNER ISSAO HOSHINO (HOSPITAL NIPO BRASILEIRO); CESAR BRANT (HOSPITAL NIPO BRASILEIRO) Introdução: A sistematização da assistência nutricional, enfermagem e fonoaudiológica de pacientes disfágicos determinam critérios e técnicas a serem utilizadas e concretiza a estruturação de protocolos de avaliação, os quais objetivam padronizar e viabilizar o processo, visando diagnosticar o estado nutricional e a presença de disfagia. Entretanto, no acompanhamento do paciente, observa-se que seu manejo e monitoramento necessitam ser eficazes. Mediante esta dificuldade, foi criado neste Hospital particular um protocolo de registro de aceitação alimentar e suplemento em pacientes disfágicos, o que torna fundamental o sucesso do procedimento escolhido e a integração da equipe multidisciplinar. Objetivo: acompanhar o estado nutricional dos pacientes disfágicos, mediante oferta e monitoramento de aceitação do suplemento e do alimento VO pela enfermagem através do registro eletrônico. Método: No período junho a julho de 2013,participaram desta pesquisa 50 pacientes com disfagia orofaríngea diagnosticada pela fonoaudióloga, sendo que 26 mantiveram dieta VO disfágica e CNE e 24 com dieta VO disfágica exclusiva. Foram excluídos os pacientes que permaneceram com dieta disfágica no período menor de 4 dias. Na avaliação da nutricionista, calculou-se o aporte calórico-proteico, por meio de dados antropométricos e exames bioquímicos, enviou-se dieta suplementada e acompanhou-se o estado nutricional até a alta do paciente. A enfermagem administra e realiza controle e anotações da aceitação alimentar e do suplemento conforme a legenda de ingestão (pontuação1: < que 25%, pontuação 2: 50%, pontuação 3: 75% e pontuação 4: 100%. O suplemento é mensurado por ml ou sachê ingerido). Resultados: No grupo de pacientes com dieta VO e CNE, observou-se que 23% dos pacientes apresentaram piora, 23% melhora e 54% mantiveram estado nutricional. No grupo de pacientes com VO exclusiva, 8% apresentaram piora, 33% melhora e 59% mantiveram. Conclusão: Com a administração e anotação da enfermagem, foi possível controlar a quantidade de aceitação alimentar, bem como adaptar oferta, horários e volume dos suplementos, levando a uma manutenção ou melhora do estado nutricional. P-185 INCIDÊNCIA DE DIARRÉIA E PROVÁVEIS CAUSAS ASSOCIADAS EM PACIENTES EM TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL DE UM HOSPITAL PRIVADO EM SALVADOR-BA. SUZANA SANTOS (HOSPITAL PORTUGUES); ARUANI BRITO (HOSPITAL PORTUGUES); FERNANDA BARREIROS (HOSPITAL PORTUGUES); LAILA HOHLENWERGER (HOSPITAL PORTUGUES); CLÁUDIO ZOLLINGER (HOSPITAL PORTUGUES) Introdução: A ocorrência de diarréia em pacientes críticos é uma das complicações mais observadas na Terapia Nutricional Enteral (TNE), possuindo incidência que varia de 2% a 95%1. A frequência da diarréia é considerada um bom indicador de qualidade em TNE2 e sua etiologia é multifatorial. O uso de antibióticos representam 80,2%, tendo como outras causas a hipoalbuminemia, toxinas bacterianas, medicamentos osmoticamente ativos3. A identificação das causas ajuda na formulação de protocolos, adotando medidas de controle e prevenção do evento. Objetivo: Determinar a frequência da diarréia em pacientes críticos Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 87 Suplemento Nutrição Clínica/2013 em TNE e descrever suas possíveis causas, em um hospital privado em Salvador – BA. Método: Estudo tranversal, de caráter observacional prospectivo, realizado com pacientes com idade > 18 anos, ambos os sexos, que receberam TNE exclusiva e contínua por pelo menos 72 horas e que apresentaram 3 ou mais episódios de evacuações líquidas ou semi-líquidas no período de 24 horas. As variáveis coletadas das possíveis causas foram: uso de antibiótico, osmolaridade da fórmula enteral, hipoalbuminemia, medicamentos hiperosmolares ou procinéticos, uso de laxantes e patologia de base. Os dados foram coletados durante o mês de julho de 2013. A tabulação e análise foram feitas no programa Microsoft Excel 2010. Resultados: Participaram da pesquisa 148 pacientes, 54,7% do sexo feminino, média de idade de 72 anos. Foi observada a ocorrência de diarréia em 21% dos pacientes. Dentre as causas, a mais frequente foi o uso de medicamentos hiperosmolares ou procinéticos (31%), seguido do uso antibiótico (23,1%) e hipoalbuminemia (21,5%). Conclusão: A diarréia apresentou elevada ocorrência, tendo como principal causa o uso de medicações hiperosmolares ou procinéticos. Um maior critério na prescrição desses medicamentos poderia reduzir a ocorrência, a fim de contribuir com a maior efetividade da terapia nutricional e redução dos riscos deletérios ao estado nutricional do paciente. P-187 A IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO EM PACIENTE COM QUADRO DE ENCEFALOPATIA HEPÁTICA E ÚLCERA POR PRESSÃO LAÍS NANCI PEREIRA NAVARRO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES HUPAA/UFAL); PATRÍCIA DE MENEZES MARINHO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES HUPAA/ UFAL); FABIANA ANDREA MOURA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS); DENIZE PEREIRA VERÇOSA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES HUPAA/UFAL) Introdução: A Encefalopatia Hepática (EH) refere-se a uma síndrome neuropsiquiátrica, de etiologia multifatorial e depende da ruptura da barreira hematoencefálica, junções rígidas entre as células endoteliais que compões os capilares cerebrais. Dentre as complicações da EH, destaca-se a dificuldade de deambulação, confusão mental e rigidez muscular o que aumenta o risco do paciente ficar acamado, além da desnutrição, sendo estes fatores de risco para o desenvolvimento de úlceras por pressão (UPP). Essas UPP aumentam o risco de infecção e necessidade de intervenções clínico cirúrgicas, elevando o tempo de permanência hospitalar. Descrever a importância da nutrição em paciente em processo com EH e com UPP. Paciente LVOS, 55 anos, sexo feminino, internada com quadro de EH apresentando estado geral comprometido, confusão mental, rigidez muscular em membros, sinal de flapping e fala arrastada. Foi diagnosticado esquistossomose há quatro anos. Ex-tabagista e nega etilismo. Teve perda ponderal de aproximadamente 17 kg nos últimos seis meses. Apresenta ainda HAS e DM tipo 2. A avaliação clínico nutricional identificou catabolismo intenso, disfunção e lesão hepática; os dados dietéticos revelaram redução de apetite, com realização de apenas três refeições ao dia; ao exame físico foi detectado mucosas hipocoradas (+/4+), além de sinais de depleção de tecido adiposo e muscular; segundo a antropometria, a paciente apresentava IMC de 18,08 kg/m², e um % de perda de peso severa de 29,8% além de depleção grave de tecido adiposo e moderada de tecido muscular. Sendo então diagnosticado com desnutrição moderada. Inicialmente foi prescrita dieta por VO, branda, fracionada em seis ref/d, com adição de suplemento oral rico em BCAA, hipossódica, isenta de sacarose, com as seguintes características: hipercalórica (1670 kcal), hiperproteica (1,25 g/kg/PTN), com 25,5 g de fibras, 8,7 mg Zn, 10,5 mg Fe, 880 mg Ca. Após 17 dias de intervenção, a equipe de enfermagem identificou inicio de pequena ulceração na região sacral (grau 1). Foi adicionado um suplemento especifico para cicatrização, isenta de sacarose, elevando o fornecimento calórico para 1700 kcal e proteico para 1,45 g/kg/PTN, além de Zn (13,7 mg), Fe (12,3 mg) e Ca (980 mg). A paciente evoluiu com melhora significativa do seu quadro clinico, com ganho de 1,8 kg e controle das glicemias. A UPP apresentou cicatrização de aproximadamente 95%, recebendo alta após 30 dias de internação. A intervenção nutricional realizada favoreceu o ganho de peso, melhora da EH, controle das glicemias e consequentemente melhor qualidade de vida para o paciente. P-186 ESTUDO PILOTO PROSPECTIVO DE OFERTA SEGURA DE MEDICAMENTOS VIA ORAL DOS PACIENTES DISFÁGICOS CESAR BRANT (HOSPITAL GERAL DO GRAJAÚ); CLARA RODRIGUES (HOSPITAL GERAL DO GRAJAÚ); DONATA FEROLDI (HOSPITAL GERAL DO GRAJAÚ); FABIANE OLIVEIRA (HOSPITAL GERAL DO GRAJAÚ); MARISTELA PANTALEÃO (HOSPITAL GERAL DO GRAJAÚ); JESSICA MAGRINI (HOSPITAL GERAL DO GRAJAÚ) Introdução: A disfagia orofaríngea é freqüente no ambiente hospitalar, atingindo até 57% dos pacientes hospitalizados. A disfagia é uma dificuldade na deglutição, um sintoma de uma doença de base. As consequências são desnutrição, desidratação e risco de complicações pulmonares. A correta administração dos medicamentos via oral para os pacientes com disfagia orofaríngea, é essencial para a eficácia do tratamento. É necessário sempre adequar à medicação de acordo com a possibilidade de deglutição que o paciente tem, evitando maiores complicações e garantindo a oferta segura do medicamento. Desenvolvemos o protocolo de modificação da forma farmacêutica do medicamento, ofertando-o para o paciente disfágico misturado ao espessante visando diminuir as comorbidades, como o riso de aspiração. Objetivo: Garantir a administração segura do medicamento via oral para pacientes disfágicos. Método: Estudo prospectivo, realizado no período de 06 de Junho de 2013 a 06 de Agosto de 2013. Avaliamos 247 pacientes sendo 24 pacientes elegidos para o estudo. A Triagem é aplicada diariamente por um membro da Equipe de Terapia Nutricional para verificação da presença do risco de broncoaspiração. Identificado o grau de risco, o avaliador comunica toda a equipe multidisciplinar (médico assistente, fonoaudióloga, fisioterapeuta, nutricionista e farmacêutica). Cada membro é responsável pela avaliação, intervenção e condutas específicas. Os medicamentos são enviados para as unidades elegidas no estudo juntamente com o espessante e a forma farmacêutica. Esta, quando possível, modificada. Cada medicamento é ofertado ao paciente com 20 ml do espessante na consistência pudim. Realiza-se orientação e educação continuada in loco com a equipe de enfermagem na intenção de que o medicamento misturado ao espessante seja administrado corretamente. Resultados: Avaliamos e acompanhamos 247 pacientes com risco de disfagia, sendo 6 com disfagia leve, 10 moderada e 8 grave. Foram 18 medicamentos com espessante e 13 medicamentos com alteração na forma farmacêutica para solução. Conclusão: Desenvolvemos um protocolo que apresenta uma forma segura e eficaz de ofertar medicamentos via oral para pacientes disfágicos. Unitermos: oferta segura de medicamentos; disfagia orofaríngea; espessantes. P-188 DESAFIO DA TERAPIA NUTRICIONAL NA CARDIOPATIA CONGÊNITA LILLIAN DE CARLA SANT´ANNA (HOSPITAL DO CORAÇÃO); TATIANA CARNEVALLI DE VUONO (HOSPITAL DO CORAÇÃO); RENATA BORGES ABDULMASSIH (HOSPITAL DO CORAÇÃO); CRISTIANE FÉLIX XIMENES PESSOTTI (HOSPITAL DO CORAÇÃO); CAMILA ANDRADE PEREIRA (HOSPITAL DO CORAÇÃO); ROSANA PERIM COSTA (HOSPITAL DO CORAÇÃO) Introdução: A Síndrome da Hipoplasia do Coração Esquerdo (SHCE) é uma doença na qual o ventrículo esquerdo e a aorta apresentam graus variados de hipoplasia. Estudos revelam que a desnutrição e perda de peso podem modificar desfavoravelmente a evolução pós-operatória de crianças Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 88 Suplemento Nutrição Clínica/2013 portadoras de cardiopatias congênitas submetidas à cirurgia cardiovascular. Objetivo: Relatar a adequação nutricional e ganho ponderal no pós cirúrgico de um recém nascido diagnosticado com SHCE submetido à primeira fase da cirurgia. Método: Estudo observacional retrospectivo. Foram analisados dados no prontuário durante o período de internação com as seguintes variáveis: peso, estatura, evolução ponderal, volume infundido, oferta calórica, oferta proteica, intercorrências clínicas e valores de proteína C reativa (PCR). Resultados: D.M.S.R, 2 dias de vida, gênero masculino foi caracterizado no pré-cirúrgico com diagnóstico de eutrofia segundo Organização Mundial da Saúde (2006/2007). Foram observados 87 dias de internação em que a média da oferta energética e protéica via nutrição enteral exclusiva foi de 70 kcal/kg/dia e 1,5 grama/kg/dia (ganho ponderal de 6,1 g/dia) e 109 kcal/kg/dia e 2,8 grama/kg/dia (ganho ponderal de 13 g/dia) na UTI Neonatal e Pediatria, respectivamente. As principais intercorrências clínicas que tiveram relação direta com a diminuição do volume prescrito foram distensão abdominal, êmese e instabilidade hemodinâmica. A fase de recuperação nutricional teve relação com diminuição do PCR e indicação de fórmula enteral específica hipercalórica e hiperproteica, com evolução progressiva de volume diário. Com relação ao estado nutricional, após 3 meses de tratamento, o lactente apresentou evolução nutricional, com ganho de peso adequado à cardiopatia congênita e foi submetido à segunda fase do procedimento cirúrgico. Conclusões: Constatou-se no relato de caso que a Terapia Nutricional Enteral (TNE) atua diretamente no tratamento dessa doença e apresenta impacto em sua evolução. A equipe multiprofissional é essencial para o sucesso da terapia nutricional em crianças com cardiopatias congênitas e deve ser inserida no sentido de promover a adequação nutricional como indicador de qualidade. 52% da amostra relatou ter conhecimento e 84% caracterizou ser importante a sua utilização na recuperação e manutenção nutricional. Com relação ao consumo, 56% afirmaram que foram orientados pela equipe da nutrição ou médico assistente e apenas 18% não consumiam todo o volume ofertado. Conclusão: O uso da suplementação oral é de grande valia para atingir as necessidades nutricionais do paciente hospitalizado, prevenindo o risco de desnutrição, mantendo e/ou recuperando o estado nutricional. P-191 CORRELAÇÃO ENTRE A INGESTÃO ALIMENTAR DE COLESTEROL E FIBRAS COM O COLESTEROL SÉRICO TOTAL EM PACIENTES NO PÓS TRANSPLANTE TARDIO DE CÉLULAS TRONCO-HEMATOPOIÉTICAS AMANDA CRISTINA DE OLIVEIRA (HOSPITAL DE CLÍNICAS/UFPR - CURITIBA/PR); ANA CLÁUDIA THOMAZ (HOSPITAL DE CLÍNICAS/UFPR - CURITIBA/PR); CRISTIANE PAVAN PEREIRA (HOSPITAL DE CLÍNICAS/UFPR - CURITIBA/PR); CAROLLINE ILHA SILVÉRIO (HOSPITAL DE CLÍNICAS/UFPR - CURITIBA/PR); REBECCA BAUMGARTNER (HOSPITAL DE CLÍNICAS/UFPR - CURITIBA/PR); DENISE JOHNSSON CAMPOS (HOSPITAL DE CLÍNICAS/ UFPR - CURITIBA/PR) Introdução: A dislipidemia por uso de agentes imunossupressores é uma complicação frequente no pós transplante de células tronco-hematopoiéticas (TCTH). O excesso de lipídeos pode interferir na ação dos macrófagos e prejudicar o sistema imune. A ingestão alimentar de fibras vem sendo estudada por reduzir os níveis de absorção de colesterol. Objetivo: Correlacionar a ingestão alimentar de colesterol e fibras com o colesterol sérico de pacientes submetidos ao TCTH. Método: Estudo retrospectivo realizado no ambulatório do serviço de TCTH de um hospital universitário no período de maio a setembro de 2012. Foram incluídos pacientes maiores de 18 anos e com mais de 1 ano pós TCTH. A ingestão de colesterol e fibras foi avaliada através do método Recordatório Alimentar de 24 horas. Os pacientes foram classificados em dislipidêmicos ou não de acordo com a IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Para adequação do consumo de fibras e colesterol foram consideradas as recomendações da I Diretriz sobre o Consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular. Os dados foram submetidos à análise estatística através dos testes Qui-quadrado e Pearson com nível de 5% de significância. Resultados: Foram incluídos 37 pacientes com idade média de 35,5±11 anos, sendo 56,7% (n=16) homens. O consumo médio de fibras foi de 20,2±12,8 g, sendo que 64,9% (n=24) apresentaram consumo de fibras menor que 20 g. O consumo médio de colesterol foi de 321,0±339,2 mg (0 a 1390 mg), sendo que 35,1% (n=12) dos participantes consumiram mais que 300 mg. A média do colesterol sérico foi de 190,5±46,8 mg/dl e a prevalência de dislipidemia foi de 73% (n=27). A ingestão de colesterol e fibras não apresentou correlação com os níveis de colesterol sérico (p>0,05). Conclusão: A maioria dos pacientes apresentou consumo de fibras abaixo da ingestão mínima recomendada e níveis elevados de colesterol sérico. Não foi encontrada correlação entre a ingestão de colesterol e fibras com os níveis séricos de colesterol. Diante disso, há necessidade de orientação nutricional promovendo a alimentação saudável e prevenindo estas alterações. P-189 AVALIAÇÃO DO PERFIL NUTRICIONAL, INGESTÃO ALIMENTAR E ADESÃO À TERAPIA NUTRICIONAL ORAL EM PACIENTES DE UM HOSPITAL REFERÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL MARIA CRISTINA ZANCHIM (HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO); GABRIELA SGARBOSSA (HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO); TAÍSA ANNES (HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO); TATIANA P. RODRIGUES (HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO) Introdução: O impacto da desnutrição sobre a morbimortalidade em pacientes hospitalizados tem sido descrito e a Terapia Nutricional Oral (TNO) torna-se fator de promoção da saúde, melhorando o estado nutricional, função muscular, imunológica e a qualidade de vida. Objetivo: Avaliar o perfil nutricional, ingestão alimentar e adesão à TNO em pacientes hospitalizados. Método: Estudo descritivo, transversal, realizado com pacientes adultos e idosos, com prescrição de TNO, em diferentes unidades de internação de um hospital geral, entre junho e julho de 2013. Os dados foram coletados por meio de questionário composto por história clínica, avaliação nutricional e antropométrica, abordando ainda questões referentes à suplementação oral. Resultados: Foram avaliados 50 pacientes, 56% do gênero masculino e 44% do feminino, com idade média de 59±21,2 anos. Houve predomínio de atendimento pelo Sistema Único de Saúde (62%) e o principal motivo de internação foram as neoplasias (36%). O estado nutricional segundo o Índice de Massa Corporal demonstrou que 50% eram eutróficos, 32% apresentavam excesso de peso e 14% estavam desnutridos. Foi prevalente a prescrição de dieta livre (26%), seguido de diabetes (18%) e hipossódica (10%). Quanto à aceitação da dieta hospitalar, 48% relataram estar regular, 40% boa e 12% a consideraram ruim. A análise do Recordatório Alimentar identificou consumo médio de 1583,3±2229,0kcal e 55,3±17,4g de proteína. Quando associado o uso de TNO, obteve-se percentual de adequação de 94,8±19,0% em calorias e 105,4±26,5% para ingestão proteica. A prescrição de suplementação oral hiperproteica foi de maior prevalência (52%) e o tempo médio de uso foi de 5,7±6,13 dias. O volume médio ofertado foi de 263,6±115,8ml, com aporte calórico/proteico médio de 352,6±140,7kcal e 17,6±10,4g/kg. Quando questionado sobre os motivos do uso de TNO e seus benefícios, P-192 AUMENTO DA OBESIDADE APÓS TRATAMENTO DE HAS EM PACIENTES IDOSOS DE UM AMBULATÓRIO DO MUNICÍPIO DE NATAL/RN MARIÁ RAQUEL (UNIVERSIDADE POTUGUAR UNP); JAILMA MORAES (UNIVERSIDADE POTUGUAR UNP); NÁDIA MARIA SOUSA FREITAS (INSTITUTO FEDERAL DE LIMOEIRO – IFCE/CE); ANAKLAUDIA SOMBRA SANTOS (INSTITUTO FEDERAL DE LIMOEIRO – IFCE/CE); ILLANA LOUISE PEREIRA DE MELO ( FCF/USP) Introdução: A população brasileira vem envelhecendo desde a década de sessenta. Juntamente nessa fase, surgem várias doenças crônicas, desta- Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 89 Suplemento Nutrição Clínica/2013 cando-se a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), doença multifuncional, caracterizada por níveis elevados da pressão no interior das paredes dos vasos sanguíneos, associados às alterações metabólicas e hormonais e a fenômenos tróficos. Para o controle da pressão arterial, os especialistas recomendam uma alimentação rica em nutriente e com pouco teor de gordura. Vários nutrientes, como cálcio, fibra alimentar, magnésio, potássio e vitaminas C, são abundantes em muitos desses alimentos. Esses nutrientes podem ajudar a baixar a pressão arterial e também controlar o aumento de peso, que é um dos fatores da causa da Hipertensão Arterial Sistêmica. Objetivo: Investigar o aumento de peso após o tratamento medicamentoso de HAS através de prontuários e discutir os fatores de riscos em idosos atendidos em um ambulatório do RN, no ano de 2013. Método: O estudo consistiu em uma análise pós-tratamento de HAS em 36 idosos, de 65 a 85 anos, atendidos na unidade hospitalar entre os meses de fevereiro a agosto de 2012, sendo observado o índice de massa corporal (IMC) e a pressão arterial antes e após o tratamento da HAS. A aferição da PA e o IMC foram coletados e colocados nos prontuários por enfermeiras do posto de saúde. Onde utilizaram aparelhos existentes da própria unidade de saúde. Resultados: Os resultados da aferição demonstraram que, após o tratamento com medicamentos, 29 pacientes (80,5%) obtiveram redução nos índices da pressão arterial. Entretanto, essa redução foi acompanhada de aumento no índice de massa corporal em 21 pacientes (61,1%). Em geral, a recomendação médica para pessoas com HAS é a diminuição de frituras e a inclusão de uma dieta isenta de sal. No caso dos idosos analisados, a falta de um acompanhamento adequado acerca da educação alimentar fez com que muitos deles recompensassem a diminuição da ingestão de sal com a inserção de alimentos calóricos na dieta, como frituras e açúcares, aumentando o peso e os riscos de outras patologias, como problemas cardíacos e nas articulações, além de colesterol elevado. Conclusão: O estudo realizado demonstrou que o controle medicamentoso da HAS trouxe resultados satisfatórios, sendo necessário, porém, para garantir uma melhora na qualidade de vida dos pacientes, acrescentar no tratamento uma maior preocupação com a orientação nutricional. enquanto os do sexo masculino apresentaram peso adequado. Já a DCNT mais prevalente nos adultos de ambos os sexos, foi a obesidade, seguido de DM 2, HAS e dislipidemia. Nos idosos do sexo feminino a mais ocorrente foi HAS, seguido de obesidade, DM 2 e dislipidemias e nos do sexo masculino foi DM 2, seguido de HAS, obesidade e dislipidemia. Conclusão: As DCNT representam atualmente a maior causa de morbidade mundial. Existe um acentuado interesse em reduzir os gastos com a saúde pública por meio da prevenção dessas doenças, melhorando a qualidade de vida e principalmente da alimentação da população. Com os resultados encontrados, ressaltam uma maior necessidade de estabelecer práticas de monitoramento e direcionar intervenções mais adequadas em ambulatórios de nutrição. P-194 INDICADORES DE QUALIDADE EM TNE: PACIENTES CRÍTICOS COM INDICADORES NÃO TÃO CRÍTICOS - UMA REALIDADE DO HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA MARIA MÁRCIA FEITOSA MELO (HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA); MARIA ELIZABETE MAGALHÃES YUM (HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA); FERNANDO CÉSAR GURGEL PINHEIRO (HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA); LEYSHIR GOMES DE CARVALHO VIANA CAVALCANTE (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); MÁRCIA ANGÉLICA DOS SANTOS LIMA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ); KEITHYANNE MARINHO SABÓIA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) Introdução: A terapia nutricional (TN) é considerada um dos pilares de sucesso na reabilitação dos pacientes clínicos, cirúrgicos, oncológicos e internados em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Segurança na assistência à saúde significa evitar, prevenir e aprimorar resultados adversos e danos gerados pelo serviço. Assim, visando atingir um bom nível de segurança na TN aplicada em pacientes de UTI, foi realizado um estudo de indicadores de qualidade da TN nesses pacientes. Objetivos: verificar a proporção de pacientes em TN, avaliar a frequência e intensidade de diarreia e constipação nos pacientes em terapia nutricional enteral (TNE), bem como de resíduo gástrico (RG) e vômito, ou seja, as principais intolerâncias gastrointestinais que dificultam a evolução da TN. Método: Foram avaliados 35 pacientes internados na UTI do HGF no mês de julho de 2013. Foram coletadas informações sobre o número de pacientes em TNE que apresentaram diarreia, a média de episódios diarreicos por paciente, o número de pacientes constipados e o tempo médio de constipação, a frequência de pacientes com RG e o volume médio apresentado, o índice de vômito e a média de vômitos ocorridos por paciente. A proporção de pacientes em TN também foi mensurada. Resultados: Dos 35 pacientes avaliados, 91,52% ± 0,07 % estavam sob algum tipo de TN e 83,35% ± 0,13% estavam sob TNE. Desse total, 24,49% ± 0,12 apresentam diarreia, com uma média de 2,21 ± 0,86 eventos de evacuações líquidas. 12,07% ± 0,12% apresentaram constipação, com uma média de 3,67 ± 2,44 dias sem evacuações. O índice de pacientes com vômitos foi de apenas 1,14% ± 0,02% com uma média de 0,25 ± 0,75 episódio de vômito por paciente. 4,43% ± 0,07 % apresentaram RG com um volume médio de 123,5 ml ± 145,55 ml por paciente. Conclusão: A TN alcançou quase a totalidade dos pacientes internados na UTI, com um bom número de pacientes em TNE, conforme a recomendação. A intolerância gastrointestinal mais comum foi a diarreia, frequente nesse tipo de paciente devido a antibioticoterapia. A constipação foi a segunda maior intercorrência, entretanto, pelo tempo médio de constipação, observa-se uma resolução efetiva dessa intolerância, principalmente ao se considerar a dismotilidade intestinal, típica do paciente grave. Os índices de pacientes com vômito e RG surpreendem, com valores bem abaixo do relatado na literatura científica, mostrando um bom nível de segurança na TNE aplicada nesse hospital. P-193 PERFIL NUTRICIONAL E PREVALÊNCIA DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS EM PACIENTES ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ELIMARY FRANCELINO DE OLIVEIRA (HOSPITAL REGIONAL UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ); MARIA STELLA SINGH RONA (HOSPITAL REGIONAL UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ); MARIA SILVIA ANDRE BASSAN (HOSPITAL REGIONAL UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ); LILIAN LONGHI BERALDO DA ROSA (HOSPITAL REGIONAL UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ) Introdução: A transição nutricional, na qual grande parte da população mundial vive, é caracterizada pela redução na prevalência de desnutrição energética protéica com aumento generalizado na prevalência de sobrepeso, obesidade, surgimento de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) e sedentarismo. Objetivo: Verificar o perfil nutricional e a prevalência de DCNT em pacientes atendidos no ambulatório de nutrição de um Hospital Universitário. Método: Participaram desta pesquisa pacientes de ambos os sexos, atendidos no ambulatório de nutrição no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2012, sendo considerados adultos aqueles com idade entre 20 e 59 anos e idosos, igual e/ou superior a 60 anos. O perfil nutricional foi calculado pelo IMC, no qual os adultos foram classificados segundo a OMS, 1997 e os idosos de acordo com a tabela da OPAS. A prevalência de DCNT foi determinada através do diagnóstico médico, onde as patologias analisadas foram as seguintes: obesidade, hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitus 2 (DM 2), dislipidemia. Resultados: Do total dos 504 indivíduos avaliados, 383 eram adultos, sendo 316 do sexo feminino e 67, masculino e 121 eram idosos, onde 78 do sexo feminino e 43, masculino. Em relação ao perfil nutricional verificou-se maior prevalência de adultos e idosos do sexo feminino com obesidade, seguido de sobrepeso, P-195 PERFIL NUTRICIONAL DOS PACIENTES DA ENFERMARIA CIRÚRGICA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 90 Suplemento Nutrição Clínica/2013 CRISTINA GAMA PEREIRA LUCENA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); JOSÉ MACHADO NETO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); MARCO ANTÔNIO NUNES PRADO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); ALINE FRANÇA CONSERVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) pacientes em TNE e Porcentagem de pacientes em TN com estimativa do gasto energético e necessidades protéicas) e desfechos clínicos (mortalidade, tempo de dieta e tempo de hospitalização). Os dados foram avaliados pelo programa PRISM com modelo estatístico utilizado Mann-whitney U (&#945; < 0,05). Resultados: No grupo Geral os IQ não estiveram associados aos desfechos clínicos. A mortalidade esteve associada apenas com a idade (p=0,0425) e tempo de hospitalização (p=0,04). No grupo da UTI, o IQ volume de caloria administrado foi maior no grupo que sobreviveu (1109 x 1386 kcal/d; p=0,0004). Também foram encontradas diferenças nas idades (p=0,0029), tempo de dieta (p=0,0001) e tempo de hospitalização (13,3 x 27,8 dias; p=0,0001). Conclusão: O impacto dos IQ foram maiores na UTI possivelmente pela maior gravidade clínica e desnutrição. Introdução: A desnutrição hospitalar (DH) acarreta aumento da morbimortalidade dos pacientes, inclusive cirúrgicos, com impacto no tempo de internação e nos custos hospitalares. O IBRANUTRI (1996) mostrou uma taxa de DH no Brasil de 48%. Mais recentemente, Waitzberg (2009) estimou que a DH brasileira ainda é de 30%. Objetivo: caracterizar sob o ponto de vista nutricional os pacientes admitidos numa enfermaria Cirúrgica de um hospital universitário da região Nordeste. Método: estudo observacional, prospectivo, cuja coleta de dados foi realizada por um acadêmico de Medicina de junho a julho de 2013. Como ferramenta para o diagnóstico nutricional, utilizou-se a Avaliação Subjetiva Global. Variáveis estudadas: sexo, idade, diagnóstico clínico, IMC, estado nutricional e sua correlação com o IMC. Resultados. Avaliaram-se 46 pacientes, sendo 72% do sexo feminino, com idade média de 48.7 anos (15-80) e 52% de patologias digestivas. Observou-se uma taxa de DH de 32% e um IMC médio de 26.6Kg/m2 (13.5-48.7). Os pacientes desnutridos graves representaram 17% da amostra. Destes, 87% apresentaram afecções digestivas, sendo 85% neoplásicas. Neste grupo, a média de idade foi 60.6 anos, o IMC médio foi de 20.1kg/m2 (13.5-24.1). Aqueles com desnutrição moderada/risco nutricional foram 15% da amostra, com 71% de doenças ginecológicas e 29% de doenças digestivas, idade média de 44.7 anos e IMC médio de 25.7kg/m2 (17.6-39.7). A correlação entre o IMC e o estado nutricional mostrou que 25% dos desnutridos graves apresentaram IMC abaixo do normal enquanto 75% dos mesmos apresentaram IMC dentro da normalidade. Dos pacientes de desnutrição moderada/risco nutricional, 43% tiveram IMC normal, 29% sobrepeso, 14% baixo e 14% apresentaram obesidade grau II. Dos pacientes bem nutridos, 39% apresentaram IMC normal, 39% sobrepeso e 22% apresentaram obesidade. Conclusões: 1- Em cerca de 32% dos pacientes avaliados houve DH, índice compatível com o da literatura nacional. 2- O paciente desnutrido grave apresentou uma média de idade maior em relação aos demais grupos e predomínio de patologias digestivas neoplásicas. 3- A maioria dos pacientes com alteração nutricional apresentou um IMC normal. 4- A triagem nutricional é uma ferramenta importante e de fácil aplicação para o diagnóstico precoce e terapia dos pacientes com DH. P-197 AVALIAÇÃO DO PERFIL NUTRICIONAL DE MULHERES ATENDIDAS NA ATENÇÃO BÁSICA DE DUAS UBS DO ESTADO DO PARANÁ LARA RIBEIRO SISTI (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); CAMILA BOSSONI RUSSO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); FERNANDA DOS SANTOS NERI (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); BEATRIZ SIMÕES GALERA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); CRIVALDO GOMES CARDOSO JUNIOR (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA); CLISIA MARA CARREIRA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA) Introdução: O sobrepeso e a obesidade são considerados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um dos maiores problemas de saúde pública, sendo o quinto maior fator de risco de mortalidade no mundo. Estudos têm demonstrado que o sobrepeso e obesidade representam uma séria ameaça à saúde da mulher, contribuindo para o risco aumentado de doenças crônicas degenerativas, particularmente doenças cardiovasculares, diabetes mellitus tipo II e outros distúrbios endócrinos e metabólicos. Objetivo: Avaliar o perfil nutricional de mulheres atendidas na atenção básica de duas UBS do estado do Paraná e verificar a presença de fatores de riscos relacionados à doença cardiovascular. Método: Foi realizada avaliação do estado nutricional de 214 mulheres, com idade entre 18 e 59 anos, assistidas pela atenção básica. Durante consulta nutricional, foram avaliados os seguintes indicadores: peso, estatura, circunferência abdominal (CA), índice de massa corporal (IMC) e o levantamento sobre a presença de hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitus (DM) e dislipidemias. Resultados: A maioria das mulheres avaliadas foi classificada com obesidade (52,9%) e 38,8% com sobrepeso, apenas 8% delas estavam com o peso adequado (eutróficas). Em relação a CA, 87,9% apresentavam riscos aumentados para doenças cardiovasculares (CA > 80cm) e 70% apresentaram pelo menos um fator de risco associado ao excesso de peso, sendo 10,7% com DM, 34,1% com HAS e 25,2% com dislipidemia. Conclusão: A avaliação nutricional das mulheres atendidas indicou prevalência de obesidade e alto risco para doenças cardiovasculares. Esses resultados vêm de encontro com as novas diretrizes, do Ministério da Saúde, de prevenção e tratamento do sobrepeso e obesidade. Nesse sentido, são evidentes que novas estratégias devem ser integradas as UBS promovendo ações que aumentem o nível de conhecimento da população sobre a importância da promoção da saúde por meio da manutenção de um estilo de vida mais saudável e ativo. P-196 INDICADOR DE QUALIDADE NUTRICIONAL E DESFECHOS CLÍNICOS ELIMARY FRANCELINO DE OLIVEIRA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO REGINAL DE MARINGÁ); LILIAN LONGHI BERALDO DA ROSA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO REGINAL DE MARINGÁ); MARIA STELLA SINGH RONA (HOSPITAL REGINAL UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ); MARIA SILVIA ANDRE BASSAN (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO REGINAL DE MARINGÁ); NESTOR ALEJANDRO SAINZ RUEDA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO REGINAL DE MARINGÁ) Introdução: Dentro da Terapia Nutricional os Indicadores de Qualidade (IQ) podem avaliar a eficiência e a eficácia da terapêutica nutricional. Podem desta forma repercutir os desfechos clínicos dos pacientes, tais como mortalidade e tempo de internação. Objetivo: Avaliar os desfechos clínicos dos pacientes com dieta enteral através dos IQ. Método: Foi feito uma avaliação seqüencial das fichas de acompanhamento de nutrição enteral em dois momentos distintos. O primeiro de Janeiro a Junho de 2013 abrangendo a terapia nutricional enteral de pacientes adultos (grupo Geral) e o segundo de Janeiro a Dezembro de 2011 de pacientes adultos internados na UTI sob ventilação mecânica (grupo UTI) em um Hospital Universitário da região Noroeste do Paraná. As fichas eram compostas de informações epidemiológicas básicas, IQ (Índice de volume administrado/volume prescrito; Nº de dietas não administradas (infundido - administrado)/ total de dietas prescritas; Nº de pacientes em TNE com registro de peso e altura/ Total de P-198 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE ESCOLARES DE UMA ESCOLA ESTADUAL NO MUNICÍPIO DE CUITÉ/PB HELENA CRISTINA MOURA TAVARES (UFCG); JANAÍNA ALMEIDA DANTAS ESMERO (UFCG); CAROLINA DE MIRANDA GONDIM (UFCG) Introdução: O acompanhamento da situação nutricional de crianças constitui um instrumento essencial para a aferição das condições de saúde da população infantil. A antropometria é amplamente utilizada para avaliação nutricional de indivíduos e de grupos populacionais por se tratar de uma Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 91 Suplemento Nutrição Clínica/2013 técnica de baixo custo, não invasiva, universalmente aplicável e com boa aceitação da população. Objetivo: Realizar a avaliação antropométrica de crianças em idade escolar, do ensino fundamental, de uma escola estadual de Cuité, PB. Método: Trata-se de um estudo de delineamento transversal com alunos de 5 a 10 anos de uma escola da rede pública estadual do município de Cuité-PB, selecionados aleatoriamente. Foram avaliados 349 alunos, no período de 21/06/12 a 24/07/12. Para avaliação antropométrica, utilizaram-se as medidas de Estatura/Idade (E/I) e Peso/Idade (P/I), com auxílio de uma balança digital CAMRY EB9013 e estadiômetro. Os alunos foram pesados através de medição única, em pé, descalços e sem roupas sobrepostas. Para a estatura, foram realizadas medidas com os alunos descalços na plataforma do estadiômetro, de costas para a haste, em posição ereta e sem adornos na cabeça. A idade foi analisada em relação à diferença entre a data de nascimento e a data da avaliação. Foram utilizados como valores de referencias as Curvas de Crescimento da OMS, 2007.Resultados: Na avaliação nutricional dos escolares pelo indicador P/I, observou-se que a prevalência de crianças eutróficas foi de 83,81% e 89,14% para os sexos masculino e feminino, respectivamente. A distribuição de frequência de sobrepeso foi de 15,03% para meninos e 10,27% para as meninas. Aproximadamente 1,16% dos alunos do sexo masculino estavam abaixo do peso esperado, em contrapartida com os 0,59% encontrados nos alunos do sexo feminino. Quanto à avaliação pelo parâmetro E/I, constatamos que 99,98% das crianças do sexo feminino tinham um crescimento apropriado para a idade; e 0,02% estavam fora do padrão estabelecido. Considerando o sexo masculino, todos os escolares tinham estatura adequada para a idade. Conclusão: A frequência de eutrofia foi superior ao baixo peso e sobrepeso nesta amostra e que avaliação nutricional de escolares é fundamental para subsidiar as condutas a serem adotadas para a promoção da saúde. estadiômetro, 6,7% eram desprovidas de balança, 80% não possuíam fita inelástica e 73,3% possuíam fitas métricas de costura, para realização da antropometria dos beneficiários. Resultados semelhantes foram encontrados no estudo de Romeiro (2006). Conclusão: Constatou-se a falta de execução do SISVAN nas UBS de São Luís. A Secretaria Municipal de Saúde deve sensibilizar os gestores de saúde e servidores das UBS a executarem o SISVAN, além de dar subsídios para sua devida implementação. P-200 PERFIL DE PACIENTES EM TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ATENDIDOS POR UM PROGRAMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE KARINE ZORTÉA (PROGRAMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR, GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO); DIANI O. MACHADO (PROGRAMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR, GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO); CRISTINA O. CECCONI (PROGRAMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR, GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO); DIRCE R. P. NUNES (PROGRAMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR, GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO); GISLAINE S. JARDIM (PROGRAMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR, GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO); SATI J. MAHMUD (PROGRAMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR, GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO) Introdução: A terapia nutricional enteral é necessária a pacientes que não tem viabilidade de alimentar-se via oral e tem como objetivo recuperar ou manter o nível máximo de saúde do paciente. O Programa de Atenção Domiciliar (PAD) é um serviço do Sistema Único de Saúde (SUS) que viabiliza o atendimento a domicílio de pacientes após a alta hospitalar por equipe multidisciplinar, incluindo o nutricionista. Muitos pacientes em internação domiciliar alimentam-se por via enteral. Neste contexto, é importante conhecer o perfil destes pacientes para auxiliar nas intervenções das equipes, minimizar as intercorrências e melhorar o prognóstico clínico. Objetivo: Descrever o perfil dos pacientes em terapia nutricional enteral atendidos por um Programa de Atenção Domiciliar no SUS. Método: Os pacientes adultos acompanhados pelo PAD são triados quanto ao risco nutricional através da ferramenta Malnutrition Screening Tool (MUST) na primeira visita realizada pelas equipes. Estas informações são computadas em um banco de dados específicos, que foi utilizado para a análise dos dados deste trabalho. Resultados: De janeiro a junho de 2013 foram atendidos 38 pacientes, com tempo médio de internação domiciliar de 31,7 dias. A maioria do gênero masculino (52,63%), com média de idade 62 anos. Em relação às vias de acesso, 86,84% (n=33) estavam em alimentação via sonda nasoenteral e 13,17% (n=5) via gastrostomia. Foi realizada triagem de risco nutricional em 26 pacientes. Destes, 68% referiram perda de peso, sendo a média de 9% (7 kg) do peso usual nos últimos 3 a 6 meses. Do total de pacientes, 23,68% (n=9) progrediram para alimentação via oral total, e 8% (n=3) via oral complementada com via enteral. Dez pacientes (26,31%) reinternaram, 2 (5,26%) foram a óbito e 27 (71,05%) receberam alta e foram encaminhados para Unidade Básica de Saúde de referência. Conclusão: Os pacientes em terapia nutricional enteral atendidos pelo PAD apresentam elevado risco nutricional e relatam perda importante de peso nos últimos meses. Durante o atendimento domiciliar, muitos pacientes evoluem para alimentação via oral, o que está associado a um bom prognóstico já que é a via natural de alimentação. Em relação ao número de reinternações, deve ser investigado se há associação com a patologia de base, situação clínica ou nutricional para que possam ser implementadas medidas preventivas. Uma vez que os pacientes possuem várias comorbidades, as intervenções multidisciplinares no domicílio preparam melhor os familiares, tanto para os cuidados na administração da fórmula enteral, quanto para a solução de intercorrências. P-199 AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE EM SÃO LUÍS – MA GLAUCIANE MÁRCIA DOS SANTOS MARTINS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO); SUELI ISMAEL OLIVEIRA DA CONCEIÇÃO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO); SILVIO GOMES MONTEIRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO); THALLITA DE OLIVEIRA AMORIM (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO); ALINE DIAS GUIMARÃES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO); LILIAN PEREIRA CAVALCANTE (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO) Introdução: O monitoramento da situação alimentar e nutricional da população é uma das diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição e é realizado pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). Objetivo: Avaliar a execução do SISVAN, em Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Município de São Luis, Maranhão. Método: Estudo do tipo transversal, realizado em 15 UBS selecionadas por meio de sorteio. Aplicou-se questionários pré-elaborados aos funcionários e usuários atendidos nas UBS, sobre o nível de conhecimento, atuação e participação no SISVAN. A análise dos dados contemplou uma abordagem descritiva e quantitativa mediante verificação de freqüência simples e foram elaboradas tabelas de contingências, envolvendo as variáveis estudadas. Resultados: Entre os dirigentes das UBS, 46,6% não sabiam no que consistia o SISVAN, 66,6% afirmaram que o mesmo era executado nas UBS, 86,7% relataram que a população que freqüentava a UBS tinha peso e altura aferidos. Entre os usuários do SUS entrevistados, 85% nunca ouviram falar em SISVAN, 61,6% afirmaram ter seus pesos e alturas aferidos quando iam às UBS, 96,7 % não responderam os questionários sobre seu consumo alimentar e 78,3% não responderam os questionários sobre o consumo alimentar de membros de sua família. Em 100% das UBS não foram encontrados os formulários de Cadastro e de Acompanhamento do SISVAN. Quanto aos equipamentos antropométricos, 60% das UBS não tinham infantômetro, 20% não possuíam P-201 IMPACTO DA INADEQUAÇÃO DO VOLUME PRESCRITO VERSUS INFUNDIDO EM TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL NO DESFECHO CLÍNICO Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 92 Suplemento Nutrição Clínica/2013 GLAUCIA SHIROMA (GANEP); LILIAN HORIE (GANEP); MELINA CASTRO (GANEP); LUCIANA LOGULLO (GANEP); MARIA DE LOURDES SILVA (GANEP); DAN WAITZBERG (GANEP, FMUSP) diabetes em 10% das mulheres e 16,7% dos homens e hipertensão em 5% das mulheres e 22,2% dos homens. Conclusão: População obesa com predomínio de síndrome metabólica, as quais comprometem a saúde e a qualidade de vida do indivíduo. Introdução: A Terapia Nutricional Parenteral (TNP) tem mostrado ser benéfica quando bem indicada1,2,3, porém ainda existe muita inadequação. Estudo prévio demonstrou grande taxa de inadequação (68,5% prescrito versus meta calórica)4. Assim, mais estudos se fazem necessários para avaliar o impacto desta inadequação no desfecho clínico de pacientes hospitalizados. O objetivo do estudo foi verificar o impacto da inadequação (volume prescrito versus infundido) via Nutrição Parenteral (NP) no desfecho clínico em pacientes internados. Método: Estudo observacional, sequencial e prospectivo realizado entre março de 2009 a setembro de 2010. Cem indivíduos adultos hospitalizados foram recrutados para receber NP via central ou periférica. Considerou-se como adequado os pacientes que receberam 80% ou mais do volume de NP prescrito. A análise estatística foi calculada pelo Teste de Mann Whitney, sendo significativo valor de p<0,05. Resultados: 100 pacientes (55H e 45F) com mediana de idade de 59 anos (21 – 95) internados em enfermarias (n=54) ou UTI (n=46) predominantemente cirúrgicos (57%) foram incluídos. Pacientes que receberam alta hospitalar (65 pacientes) ficaram 59% dos dias recebendo volume > 80% do prescrito, com desvio padrão de 20%, enquanto os pacientes que tiveram desfecho final óbito (35 pacientes) ficaram 49% dos dias recebendo volume > 80%, com desvio padrão de 20%. (p = 0,027). Conclusão: A adequação do volume prescrito versus infundido proporcionou maior taxa de alta hospitalar. P-203 CORRELAÇÃO ENTRE ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E DIAS DE INTERNAÇÃO DE CARDIOPATAS HOSPITALIZADOS FERNANDA PIRES RESENDE (HOSPITAL DE CLÍNICAS / UFPR); MARYANNE ZILLI CANEDO DA SILVA (HOSPITAL DE CLÍNICAS / UFPR); NATALI CAROL FRITZEN (HOSPITAL DE CLÍNICAS / UFPR); REBECCA BAUMGARTNER (HOSPITAL DE CLÍNICAS / UFPR); ANA CLÁUDIA THOMAZ (HOSPITAL DE CLÍNICAS / UFPR); FRANCISCA EUGÊNIA ZAINA (HOSPITAL DE CLÍNICAS / UFPR) Introdução: O estado clínico e o tempo de internamento de indivíduos hospitalizados são diretamente influenciados pelo estado nutricional. A má nutrição aumenta o risco de morbimortalidade e por consequência, o tempo de internação e os custos hospitalares. Objetivo: Avaliar a correlação entre o índice de massa corporal (IMC) e dias de internação de cardiopatas hospitalizados. Método: Estudo retrospectivo realizado com pacientes internados na Unidade de Cardiologia em um Hospital Universitário no período de 2011 a 2012. Foram aferidos peso e estatura dos pacientes nas primeiras 48 horas após admissão, com os dados foi possível calcular o IMC. O tempo de internação foi obtido por meio do sistema hospitalar informatizado. Para análise dos dados aplicou-se o teste de Pearson, considerando o nível de confiança de 95% (p<0,05) por meio do programa SigmaPlot®. Resultados: Participaram do estudo, 605 pacientes, sendo 58,68% do sexo masculino (n=355) e 41,32% do sexo feminino (n=250), com média de idade de 57 anos (mínimo 15 e máximo 98 anos). O IMC médio dos participantes foi de 27,1Kg/m² (mínimo de 14,8 e máximo de 47,6kg/ m²). O tempo médio de internação foi de 13 dias (mínimo de 1, máximo de 89 dias). A correlação do IMC com o número de dias internados foi fraca (r=-0,151), embora, estatisticamente significativa, com p=0,00175. Conclusão: Os dados avaliados mostram que quanto menor o IMC, maior o tempo de internação, apesar da fraca correlação observada. Isto pode ser devido ao IMC, de forma isolada, não ser um bom determinante do estado nutricional, embora seja muito utilizado na prática clínica. Sendo assim, destaca-se a importância da avaliação nutricional completa, que inclua diversos parâmetros como composição corporal, ingestão alimentar e exames bioquímicos. P-202 ÍNDICES PREDITORES DE GORDURA CORPORAL NA PREVALÊNCIA DE OBESIDADE EM INDIVÍDUOS COM AIDS CATIA LIMA CARVALHO GASPAR (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO RIBAS); NATALIA GOLIN (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO RIBAS); MIRIAM LUCIA NASCIMENTO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO RIBAS); ANDREA ZUMBINI PAULO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO RIBAS); LUIZA MORAES HOLO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO RIBAS); MONIQUE APARECIDA MELLO (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO RIBAS) Introdução: O índice de massa corpórea (IMC) em conjunto com idade e sexo, pode influenciar na distribuição de gordura corporal. Excesso de peso e gordura abdominal aumentados mostra associação positiva com níveis de pressão arterial e podem predizer fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis e mortalidade. Síndrome metabólica (SM) é um conjunto de anormalidades orgânicas relacionadas ao perfil lipídico, excesso de adiposidade visceral, resistência à insulina e risco cardiovascular. Objetivo: Observar a ocorrência de síndrome metabólica e seus componentes em indivíduos obesos com Aids. Método: Estudo retrospectivo, envolvendo adultos acima de 18 anos, ambos os sexos, com Aids e com IMC &#8805; 30 Kg/m², atendidos em 2012 no Ambulatório do Instituto de Infectologia Emilio Ribas. Para classificação da obesidade utilizou-se os critérios da Organização Mundial da Saúde (2000): IMC 30 - 34,9 Kg/m² grau I; IMC 35 - 39,9 Kg/m² grau II e IMC &#8805; 40 Kg/m² obesidade mórbida. Para síndrome metabólica adotou-se os critérios do National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III, que preconiza a combinação de pelo menos três componentes: circunferência da cintura &#8805; 102 cm para homens e 88 cm para mulheres; diagnóstico de diabetes, dislipidemia e hipertensão. Resultados: Avaliados 40 pacientes, idade média de 43 anos; predomínio do sexo feminino 52%, peso médio 96,3 kg; diagnóstico nutricional predominante de obesidade grau I 63%, comparados com obesidade mórbida e obesidade grau II de respectivamente 20% e 17%. Observado a presença de três ou mais critérios de SM em 97,3% da amostra, com circunferência da cintura elevada na totalidade das mulheres e 83,3% dos homens, dislipidemia em 90% das mulheres e 94,4% dos homens, P-204 PREVALÊNCIA DE HIPERURICEMIA PÓS CIRURGIA BARIÁTRICA ALINE DA SILVA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); PRISCILLA SANTOS (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); BRUNA MENDONÇA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); MARLA MARTINS (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); MARIA IZABEL ANDRADE (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); DENISE DE LIMA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) Introdução: Bypass gátrico em Y de Roux consiste na redução da capacidade gástrica e deslocamento da alça intestinal, sendo uma técnica restritiva e disabsortiva. Esse procedimento requer no pós operatório dietas altamente restritivas e de consistência líquida, que podem levar ao aumento das cetonas urinárias. Estas interferem na liberação renal do ácido úrico, elevando seus níveis séricos e podendo levar ao aparecimento de gota. Objetivo: Avaliar prevalência de hiperuricemia nos primeiros 30 dias após Bypass Gástrico em Y de Roux. Método: Coletaram-se dados de 42 fichas de acompanhamento ambulatorial de pacientes submetidos à Bypass Gástrico em Y de Roux em um hospital universitário de Recife-PE entre maio de 2011 a fevereiro de 2013. Consideraram-se apenas os pacientes que Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 93 Suplemento Nutrição Clínica/2013 apresentavam exames bioquímicos após 30 dias do procedimento cirúrgico. Foram adotados os pontos de corte de 6,0 e 7,0mg/dL para mulheres e homens respectivamente, sendo considerados hiperuricêmicos aqueles que apresentaram valores maiores que o limite superior proposto. Foram administradas dietas hipocalóricas, com aproximadamente 700kcal, média de 100g de carboidratos e 70 g de proteínas (com uso de suplementos) e 4g de lipídios. Analisaram-se os dados pelo programa SPSS, versão 20. Resultados: Dos pacientes coletados 31 (73,8%) eram mulheres e 11 (26,19%) homens com média de idade de 40,12 anos, IMC médio de 37,17 kg/m2, e valor médio de ácido úrico de 6,26mg/dL. A prevalência de hiperuricemia no pós-operatório foi de 33,33% (14 pacientes - 10 mulheres e 4 homens). Não houve correlação significativa do aumento do ácido úrico com idade e IMC. Conclusão: Pode-se sugerir que pacientes pós gastroplastizados submetidos a dietas altamente restritivas tenham uricemia monitorizada visando evitar o aparecimento de complicações posteriores. Além disso, o monitoramento faz-se necessário devido à introdução do maior aporte protéico e lipídico após essa fase inicial, que também se associa com hiperuricemia. 50% de hipoalbuminemia e 22,2% de hemoglobina abaixo dos valores de normalidade. Conclusão: Pode-se verificar maior percentual de déficit nutricional pelos indicadores bioquímicos e de composição corporal quando comparados aos antropométricos. Esses achados podem estar associados a alterações no estado nutricional secundária a patologia que gerou a indicação cirúrgica. Esses resultados corroboram com a literatura indicando que diferentes métodos de avaliação nutricional associados podem melhor identificar os agravos nutricionais em pacientes cirúrgicos pediátricos. P-206 GLICEMIA DE JEJUM E NÚMERO DE REFEIÇÕES CONSUMIDAS POR PACIENTES DIABÉTICOS HOSPITALIZADOS FERNANDA PIRES RESENDE (HOSPITAL DE CLÍNICAS / UFPR); JESSICA ALVES DE PAULA (HOSPITAL DE CLÍNICAS / UFPR); EMMANUELLE DIAS BATISTA (HOSPITAL DE CLÍNICAS / UFPR); REBECCA BAUMGARTNER (HOSPITAL DE CLÍNICAS / UFPR); LETÍCIA HACKE (HOSPITAL DE CLÍNICAS / UFPR); FRANCISCA EUGÊNIA ZAINA (HOSPITAL DE CLÍNICAS / UFPR) Introdução: O diabetes mellitus (DM) está entre as seis causas mais frequentes de internação hospitalar, representando cerca de 30% dos indivíduos internados em Unidades Coronarianas Intensivas. Uma alimentação adequada associada a um estilo de vida saudável é considerada essencial para o controle do DM, pois pode ser atingida a partir de orientações nutricionais personalizadas. Recomenda-se que o plano alimentar do indivíduo com DM seja fracionado em três refeições principais e em duas a três refeições intermediárias complementares. Método: Estudo retrospectivo realizado em um Hospital Universitário de Curitiba/PR onde foram coletados dados de pacientes admitidos no período de 2011 a 2012 no setor de cardiologia. Foi analisada a glicemia de jejum, obtida por meio de exames laboratoriais coletados nos primeiros dias de internação e o número de refeições realizadas por dia, informados em um Recordatório Habitual de consumo alimentar, no momento da anamnese nutricional. Foram considerados somente pacientes portadores de DM. Para fins de análise estatística foi utilizada a correlação de Pearson, considerando o nível de confiança de 95% (p<0,05), através do programa SigmaPlot®. Resultados: Foram incluídos no estudo 153 pacientes, dentre os quais 50,9% (n=78) eram do sexo masculino. A idade média foi de 61 ± 12 anos e a glicemia de jejum média foi de 174,29 ± 88,59 mg/dL. Foram consumidas em média cinco refeições por dia. Não houve correlação entre a glicemia de jejum e o número de refeições (p=0,41 e r=0,06). Conclusão: O número de refeições realizadas por indivíduos diabéticos, como fator isolado, não exerce influência significativa sobre a glicemia. Existem outras variáveis relevantes como o tipo de carboidrato ingerido, o intervalo entre cada refeição, consumo de fibras alimentares, uso ou não de insulina e outros medicamentos, que também influenciam as taxas glicêmicas em pacientes diabéticos. P-205 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL PRÉ-CIRÚRGICO DE PACIENTES PEDIÁTRICOS SEGUNDO DIFERENTES INDICADORES LIGIA PEREIRA DA SILVA BARROS (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); ALCINDA DE QUEIROZ MEDEIROS (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); ANA CAROLINA RIBEIRO DE AMORIM (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); CHIKA WAKIYAMA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); KELLYANE CORREIA DA CRUZ (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); JANINE MACIEL BARBOSA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA) Introdução: O estado nutricional identifica a proporção na qual as necessidades fisiológicas estão sendo alcançadas, sendo ele o resultado do equilíbrio entre a ingestão e a necessidade de nutrientes. O processo de assistência nutricional é iniciado com a avaliação do estado nutricional e essa tem como objetivo identificar o crescimento e as medidas corporais de um indivíduo ou em uma comunidade. As alterações nutricionais e metabólicas decorrentes das afecções cirúrgicas são semelhantes as observadas após politraumatismo, queimaduras extremas e infecções graves e decorrem basicamente do jejum e do hipercatabolismo. Objetivo: Avaliar o estado nutricional pré-cirúrgico através de indicadores antropométricos, de composição corporal e bioquímicos em paciente pediátricos em hospital de referência do Nordeste. Método: Estudo descritivo, tipo série de casos realizado em clínica cirúrgica pediátrica. A amostra foi composta por crianças e adolescente, de ambos os sexos, internados no período de março a julho de 2013, que atenderam os critérios de elegibilidade. O diagnóstico nutricional foi realizado a partir dos indicadores antropométricos: al¬tura/ idade (A/I), peso/idade (P/I) e índice de massa corpórea/idade (IMC/I), tomando-se como base o padrão de referência da Organização Mundial da Saúde. Também foram avaliadas a circunferência muscular do braço (CMB) e a prega cutânea tricipital (PCT) para avaliar a compo¬sição corporal.Os dados foram coletados em formulários previamente estruturados. A análise estatística foi feita através do programa statistical peckage for the social sciences 13 (SPSS 13.0). Resultados: Dos 18 pacientes avaliados, 55,6% eram do sexo masculino, 44,4% com idade inferior a 24 meses e 66,9% possuíam como indicação cirúrgica alterações no sistema geniturinário. Na antropometria, obteve-se déficit nutricional segundo os indicadores P/I, A/I e IMC/I (escore Z< -2) em 14,3%, 5,6% e 5,6%, respectivamente. Segundo relato do acompanhante 5,6% apresentaram perda ponderal. Em relação às medidas de composição corporal, encontrou-se depleção de massa adiposa e magra (<90% de adequação de PCT e CMB, respectivamente) em 94,4% e 33,3%. Observou-se nos parâmetros bioquímicos analisados P-207 PREVALÊNCIA DE EXCESSO DE PESO E FATORES ASSOCIADOS EM MULHERES ATENDIDAS NO AMBULATÓRIO DE GINECOLOGIA DE UM HOSPITAL ESCOLA DA CIDADE DE RECIFE – PE MARIA DA GUIA BEZERRA DA SILVA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); MILENA DAMASCENO DE SOUZA COSTA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); LEILA VIRGÍNIA DA SILVA PRADO (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); FRANCISCA LEIDE DA SILVA NUNES (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); EDIJANE MARIA DE CASTRO SILVA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); LIDIANE CONCEIÇÃO LOPES (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 94 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Introdução: A obesidade é uma doença crônica de etiologia multifatorial que pode estar associada a fatores sociais, comportamentais, ambientais, culturais, psicológicos, metabólicos e genéticos. Objetivo: Avaliar a frequência do excesso de peso (EP) e fatores associados em mulheres atendidas no ambulatório de ginecologia de um hospital escola da cidade do Recife. Método: Estudo do tipo transversal, com mulheres adultas, realizado no ambulatório de ginecologia no período de janeiro de 2011 a março de 2012. O EP foi determinado pelo índice de massa corporal (IMC) &#8805; 25 kg/m2 segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 1997). Foram analisadas a relação do EP com as variáveis estado civil, escolaridade, história familiar de obesidade, consumo de álcool e tabagismo. Resultados: Foram avaliadas 486 mulheres com idade entre 20 – 49 anos. A frequência de EP foi de 84,6%, sendo sobrepeso encontrado em 48,4% e obesidade em 36,2% das participantes. Quanto à escolaridade, 32,1% das mulheres tinham até sete anos de estudo. A história familiar de obesidade foi encontrada em 32,5% das participantes, sendo que 58,9% dessas mulheres referiram obesidade materna, enquanto 10,1% relataram este agravo no pai. Cerca de 10% das mulheres fumavam e 21,2% ingeriam bebida alcoólica. A análise multivariada mostrou que o EP foi maior em mulheres com companheiros (p=0,004), escolaridade menor que sete anos (p=0,02), história familiar de obesidade (p<0,001). Não houve associação com o consumo de álcool e o tabagismo. Conclusão: Os resultados evidenciaram uma alta prevalência de EP na população estudada. Sugerindo ainda que fatores socioeconômicos e hereditários possuem associação com o EP reforçando a natureza multifatorial de sua etiologia suplementação em pequenos volumes que forneça um aporte elevado em calorias é fundamental, visto que os pacientes mantidos em âmbito hospitalar cursam com anorexia, não sendo tolerada a administração de grandes volumes por via oral. O maior uso desta terapia nutricional em pacientes portadores de neoplasia e AIDS se devem ao fato destas patologias estarem diretamente relacionadas ao aparecimento do quadro de baixa aceitação alimentar, astenia e desnutrição. P-209 INDICADORES DE QUALIDADE NA ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL: DIAGNÓSTICO DA ADEQUAÇÃO DA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL MAÍRA BRANCO RODRIGUES (HOSPITAL DAS CLÍNICAS FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); MARCELA PIRES SERAFIM (HOSPITAL DAS CLÍNICAS FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); ANA CLÁUDIA DA SILVA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); BÁRBARA NOGUEIRA PALMIERI (HOSPITAL DAS CLÍNICAS FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); THALITA DE MOURA SANTOS BRAGA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO); VITOR PIOVESAN CONTI (HOSPITAL DAS CLÍNICAS FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO) Introdução: Todo paciente deve ter a TNE monitorizada. Objetivos: Analisar os indicadores de qualidade em TN (IQTN) e identificar os motivos de interrupção. Método: Estudo prospectivo e descritivo, com pacientes admitidos em UTI’s, acompanhados a partir das 24 horas do início da TNE até a sua des¬continuação, de agosto a outubro de 2012. Foram excluídos pacientes menores de 18 anos, com diagnóstico de diarréia ou má absorção, menos de 24 horas em UTI, sem condições de antropometria e TNE não exclusiva. Os dados clínicos, prescrição, administração e causas de interrupção da dieta foram coletados do prontuário. As metas para a adequação do aporte nutricional foram calculadas de forma individualizada, a partir do peso ideal. Foram considerados para os IQTN frequência de aporte protéico insuficiente e adequação energética, episódios de diarreia e adequação de dieta infundida e prescrita. As metas foram definidas conforme ILSI, 2010. Resultados: Foram acompanhados 36 pacientes, 61,1% do sexo masculino. O período médio de acompanhamento foi 7,6 dias. O desfecho clínico mais frequente foi introdução de alimentação oral. Constatou-se adequação de 80,6% de volume de dieta prescrita x infundida, sendo a meta superior a 80%. A frequência de episódios de diarreia foi encontrada em 5,6%, inferior à meta que é abaixo de 10%. O indicador de dias de aporte proteico insuficiente foi de 73,3%, superior a meta que é inferior a 10%. Com relação aos dias de administração adequada de energia o atingido foi de 43,1%, inferior a meta que é acima de 80%. Em 49,2% das interrupções da administração da dieta enteral houve ausência de registro. As causas mais citadas de interrupções da NE englobam os procedimentos de enfermagem. Conclusão: O estudo evidenciou inadequação no aporte calórico e proteico, estando ambos abaixo do preconizado por ILSI. O que pode ser atribuído pelas pausas na dieta. Ressalta-se a importância da inclusão do acompanhamento desses IQTN nos procedimentos de rotina. P-208 USO DA TERAPIA NUTRICIONAL ORAL HIPERCALÓRICA DE PEQUENOS VOLUMES EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RECIFE - PE MARCELLA CAMPOS (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); PRISCILLA SANTOS (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); GLÁUCIA QUEIROZ (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); LIDIANA HOLANDA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); MARIA DO SOCORRO ALVES (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); DENISE DE LIMA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) Introdução: A suplementação nutricional oral é uma das estratégias utilizadas no manejo de pacientes com risco nutricional e desnutrição. Deficiências nutricionais prévias, comuns entre indivíduos hospitalizados, têm justificado o emprego de suplementos com o objetivo de suprir a ingestão oral insuficiente. Objetivos: Avaliar do uso da terapia nutricional oral (TNO) hipercalórica de pequenos volumes em pacientes internados em um hospital universitário do Recife-PE Método: Estudo do tipo série de casos envolvendo 240 pacientes internados nas enfermarias de um hospital universitário do Recife-PE no período de agosto de 2011 a julho de 2013, os quais receberam o mesmo suplemento hipercalórico fracionado em pequenos volumes. Os dados foram coletados a partir das prescrições dietéticas. A construção do banco de dados e a análise estatística foram realizadas no programa Epi-info versão 6.04 e SPSS versão 13.0. Resultados: 57,5% da população estudada eram do sexo feminino. Estes pacientes estavam internados principalmente nas enfermarias de clínica médica (29,6%) e doenças infecto-parasitárias (18,3%), tendo como principal diagnóstico neoplasia (33,75%) e AIDS (18,75%). A média de volume da suplementação ofertada foi de 107,0±29,3 ml, onde foi ofertada uma média de 681,4±257,3 calorias (Kcal) e 27,3±10,3 gramas de proteína. A mediana do tempo em terapia nutricional foi de Md=7 (P25=3, P75=14,5). Apenas 4,7% da amostra foi a óbito durante o internamento em uso da suplementação. Conclusão: A TNO é uma forte aliada na manutenção e recuperação do estado nutricional. O uso de uma P-210 CONSUMO ALIMENTAR E FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM MULHERES OBESAS ASSISTIDAS EM UM AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO FABIANA MELO SOARES (UFS); LUCIANA VIEIRA SOUZA ALVES (UFS); PAULA GUIMARÃES DE CARVALHO SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO- UFS); EPIFÂNIO FEITOSA DA SILVA NETO (UFS); MÁRCIA FERREIRA CÂNDIDO DE SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO- UFS) Introdução: No Brasil, as doenças cardiovasculares (DCVs) são a principal causa de morte, com cerca de 300.000 brasileiros por ano vítimas desta doença. As DCVs possuem fatores de risco modificáveis, tais como dieta, Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 95 Suplemento Nutrição Clínica/2013 obesidade, sedentarismo, tabagismo, HDL baixo e triglicérides elevado. O presente estudo teve como objetivo descrever o consumo alimentar e os fatores de risco cardiovascular encontrados em mulheres obesas assistidas pelo ambulatório de nutrição de um hospital universitário. Foram incluídas mulheres obesas atendidas no ambulatório de nutrição, avaliando-se dados antropométricos (peso, altura, IMC, circunferência da cintura (CC), dados bioquímicos (Glicemia de Jejum (GJ), HDL, LDL, Triglicérides (TG) e Colesterol Total (CT)), dados da história clínica (frequência de fatores de risco cardiovascular) e dados alimentares (perfil de consumo alimentar e classificação do consumo de nutrientes). Os dados foram coletados durante os atendimentos ambulatoriais com nutricionistas e estagiários. Realizou-se o teste t-pareado (p<0,05) com auxílio do programa Statical Package for Social Science. Avaliaram-se 120 mulheres, com idade média de 46±14 anos, com predominância da faixa etária de 40 a 49 anos (27,5%). Na avaliação antropométrica, a média de peso inicial foi 94,81 ± 20,62 kg, IMC 37,45 ± 7,28 kg/m², sendo 71,7% da amostra com o IMC na faixa da obesidade e 28,3% com sobrepeso. A circunferência da cintura apresentou média de 109,21 ± 15,13 cm. Na avaliação bioquímica, verificou-se a média do HDL 46,06 ± 10,66mg/dl, LDL 121,40 ± 64,38 mg/dl, colesterol total 187,79 ± 40,29 mg/dl, TG 147,01 ± 78,81 e GJ 101,83 ± 31,76 mg/dl. De acordo com os dados da história clínica, as patologias mais prevalentes foram: dislipidemias (85,83%), hipertensão (65,8%), diabetes (40,8%), esteatose hepática (27,5%), doenças tireoidianas (25,8%) e DCVs (20%). Na amostra, 15,8% das pacientes fumavam e 26,7% ingeriam bebidas alcoólicas e 53,3% da população apresentaram antecedentes familiares de obesidade. Na análise dos dados alimentares observou-se consumo calórico médio de 1962,25 ± 489,68 kcal, com um percentual de 38,3% da amostra apresentando um consumo acima das necessidades, enquanto o consumo de proteínas apresentou-se adequado pela maior parte (90,8 %) da população estudada. O consumo de carboidratos foi adequado para 58,3% da amostra. Grande parte da amostra (85,8%) apresentou consumo de lipídios acima das recomendações e quase metade dela (46,7%) apresentou consumo de gordura saturada acima do preconizado. A maioria (84,2%) da amostra apresentou uma ingestão de fibras significativamente abaixo das recomendações. O estudo demonstrou associação positiva entre consumo alimentar inadequado e fatores de risco cardiovascular. tais como: duração da terapia, indicação, tipo de fórmula utilizada, cálculo das necessidades nutricionais, via de acesso, complicações e evolução. Todas as informações foram coletadas a partir de registros de protocolos de acompanhamento nutricional. Resultados: A amostra foi composta por 43 pacientes, com a maior incidência de crianças com idade inferior a 12 meses e do sexo masculino (46,5% e 60,3%, respectivamente). A patologia de base com maior freqüência está incluída no grupo de doenças cardiovasculares (25,6%), seguida das doenças pulmonares (20,9%). A indicação da TNE foi, em sua maioria, devido ao estado crítico do paciente (81,6%). A maior parte das crianças recebeu TNE exclusiva (81,4%), com o cateter nasogástrico como via de acesso mais utilizada (79,1%). A média de duração da terapia foi de 16,6 dias. Em relação ao estado nutricional admissional, 84% das crianças foram classificadas como eutróficas através do Índice de Massa Corpórea para Idade (IMC/I) > 2 Desvios Padrão. Para o cálculo das necessidades nutricionais, o método mais utilizado foi o da Organização Mundial de Saúde (1985) com 54,6%. O tipo de fórmula nutricional mais empregada foi a padrão adequada para pediatria (36,2%), seguido de fórmulas especializadas para lactentes (27,9%). Em relação à adequação da dieta enteral às necessidades nutricionais, 76,7% e 62,8% das crianças atingiram >80% das metas calóricas e protéicas, respectivamente. Após a permanência na UTIPED, 32,6% das crianças tiveram alta em recuperação do estado nutricional e 48,8% evoluíram ao óbito. Conclusão: O estado crítico das crianças internadas, evidenciado pela alta taxa de mortalidade, pode ter sido responsável pela dificuldade no manejo nutricional, interferindo negativamente na adequação da TNE. O déficit energético ao longo do internamento somado ao estado hipermetabólico podem também influenciar em um pior prognóstico para o paciente. P-212 ASSOCIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL COM DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS E LOCALIZAÇÃO DA DOENÇA EM PACIENTES ONCOLÓGICOS INTERNADOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA ELUÁ BENEMÉRITA VILELA NASCIMENTO (UFBA); FERNANDA SILVA BARBOSA (UFBA); LAÍS RAMOS SOARES (UFBA); JOSIENE CARVALHO PEREIRA (UFBA); LUCIVALDA PEREIRA MAGALHÃES DE OLIVEIRA (UFBA); MARIA LÚCIA VARJÃO DA COSTA (HOSPITAL ARISTIDES MALTEZ) Introdução: O câncer é uma doença caracterizada pelo crescimento anormal das células, proveniente da interação de diversos fatores. As modalidades de tratamento oncológico incluem cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou ambas, e podem causar efeitos colaterais, interferindo negativamente no estado nutricional (EN) dos pacientes dificultando a recuperação dos mesmos. Assim, evidencia-se a necessidade de uma triagem nutricional dos pacientes oncológicos para intervenção precoce. Objetivo: Avaliar a associação do Estado Nutricional, segundo métodos objetivo e subjetivo, com dados sociodemográficos e localização da doença em pacientes oncológicos internados em um hospital de referencia. Método: Estudo transversal com dados preliminares de uma investigação maior intitulada “Perfil nutricional e qualidade de vida dos pacientes internados no hospital em Salvador” que esta sendo realizado com indivíduos maiores de 20 anos internados nas clínicas médicas e cirúrgicas de um hospital de referência no tratamento de câncer em Salvador, Bahia. Utilizou-se o questionário da ASG-PPP como método de triagem nutricional nas primeiras 72h após internamento, dados sociodemográficos e antropométricos. O EN foi avaliado segundo o IMC e a ASG-PPP. Resultados: Observou-se que 74,0% dos pacientes eram do sexo feminino. A média de idade foi de 53,32(+13,50DP) anos, sendo 60,54(+12,4DP) anos para homens e 50,78(+13,0) anos para mulheres. A prevalência de desnutrição foi de 9% segundo o IMC e 34% a ASG-PPP (com 35,3% entre as mulheres e 64,7% entre os homens); não houve associação significante entre o EN, segundo a ASG-PPP, com gênero e idade. O IMC médio do grupo foi 25,7(+5,6DP), sendo 24,36 para os homens e 26,12 para as mulheres, sem diferença significante. Os tipos de tumores mais prevalentes foram mama (35%), P-211 SUPORTE NUTRICIONAL ENTERAL EM PACIENTES CRÍTICOS PEDIÁTRICOS INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA SIMONE RAPOSO MIRANDA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); CAROLINA BEATRIZ DA SILVA SOUZA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); CHIKA WAKIYAMA CARVALHO (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); ALCINDA QUEIROZ MEDEIROS (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); KELLYANE CORREIA DA CRUZ (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); ANNE ELLEN ALVES E OLIVEIRA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP) Introdução: Os pacientes críticos pediátricos cursam com fases distintas de resposta metabólica, onde após a estabilização, comumente ocorre o hipermetabolismo. A Terapia Nutricional Enteral (TNE) muitas vezes possibilita o aporte nutricional necessário quando a via oral não é uma opção segura ou quando as necessidades destes pacientes encontram-se muito elevadas. Objetivo: Descrever o suporte nutricional enteral em pacientes pediátricos hospitalizados em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIPED) de um hospital de referência. Método: Estudo foi do tipo transversal, realizado com pacientes pediátricos internados em UTIPED, submetidos à TNE, no período de junho de 2012 a março de 2013. Foram coletados dados demográficos, antropométricos e sobre a terapia nutricional enteral Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 96 Suplemento Nutrição Clínica/2013 TGI (22%) e pele (13%). Dos pacientes com cânceres no TGI 68,2% apresentavam maior prevalência de desnutrição (p<0,001), enquanto os de mama e pele tiveram maior proporção de pacientes bem nutridos, 82,9% (p=0,009) e 84,6% (p>0,05) respectivamente. Conclusão: Houve uma alta prevalência de risco nutricional ou desnutrição pela ASG-PPP, sendo este o método mais apropriado para triagem e diagnostico nutricional em pacientes oncológicos. Os pacientes com câncer no TGI apresentavam mais desnutrição, e aquelas com câncer de mama, em sua maioria eram bem nutridas. Entretanto, não houve associação significativamente entre desnutrição com gênero e idade dos pacientes. Objetivo: avaliar a indicação do uso de sonda para alimentação de lactentes cardiopatas, e destacar a importância da avaliação nutricional à admissão. Método: estudo transversal, com coleta retrospectiva de dados em prontuários de crianças cardiopatas de 0 a 24 meses admitidas na fase pré-operatória em hospital de cardiologia, entre novembro de 2007 e julho de 2011. Estudou-se as variáveis: sexo, idade, peso, comprimento, defeitos cardíacos, repercussão hemodinâmica, peso ao nascer, tipo e via de alimentação, procedência, e uso de sonda para alimentação até 72hs de admissão. Na avaliação nutricional(escore Z), utilizou-se os índices peso por idade (P/I), comprimento por idade (C/I), peso por comprimento (P/C), e índice de massa corporal para idade (IMC/I), tendo como padrão de referência as Curvas de Crescimento da Organização Mundial da Saúde, 2006. Resultados: Estudou-se 101 lactentes, destes 55(54,5%) do sexo masculino, com idade média de 8 meses(DP=6,40), sendo 69(68,3%) procedentes de suas residências, 50,5% com 3 ou mais defeitos cardíacos, 42(41,6%) apresentando repercussão hemodinâmica, 90(89,1)% se alimentando por via oral na admissão, e 94(93,1%) nascidos de baixo peso. Segundo parâmetros nutricionais, 43(42,6%) apresentaram baixo P/I, 32(31,7%) baixo P/C, 37(36,6%) baixo C/I, e 42(41,6%) baixo IMC/I. Do total da amostra 24(23,8%) precisaram de sonda para alimentação nas primeiras 72hs de admissão, e esta medida esteve associada ao déficit nutricional, sobretudo pelo IMC/I(p=0,000) e com a procedência de outros Serviços ou setores do hospital(p=0,000). Conclusão: Aproximadamente um quarto da amostra necessitou de sonda para alimentação devido ao déficit nutricional e a condição clínica, alertando para a importância da avaliação nutricional à admissão. P-213 AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA APLICAÇÃO DO MANUAL DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR SONDAS ENTERAIS NA REDUÇÃO DA TAXA DE OBSTRUÇÃO DE ACESSOS ENTERAIS LÍVIA MARIA GONÇALVES BARBOSA (HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS); THAIZ ANGÉLICA FRANZONNI (HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS); PAULO CÉSAR RIBEIRO (HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS); FABIANA RUOTOLO (HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS) Introdução: O sucesso da Terapia Nutricional depende em parte de se manter os acessos enterais em boas condições de funcionamento. Vários motivos tornam o acesso enteral impróprio para uso, como deslocamento por tração inadvertida, acotovelamento, infecção, vazamento, ruptura e obstrução. Com o advento dos acessos enterais menos calibrosos, os eventos obstrutivos são uma ocorrência freqüente, obrigando muitas vezes o paciente a ser submetido a uma nova passagem, o que aumenta o desconforto, os custos e a morbidade, pois alguns procedimentos são complexos, como por exemplo, endoscopia sob sedação endovenosa. Avaliação da aplicação de uma ferramenta capaz de orientar os profissionais de saúde envolvidos nesta prática para reduzir o número de obstruções acessos enterais. O manual de administração de medicamentos por acessos enterais foi finalizado em janeiro, porém sua aplicação e treinamento efetivamente ocorreram no final do mês de março. Os treinamentos foram aplicados para ensinar os profissionais a manusear o manual e reforçar a importância quanto ao cuidado na administração de medicamentos por acessos enterais. Foram levantados quantos pacientes receberam acessos enterais no período de janeiro de 2013 a junho de 2013. A cada obstrução a equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN) era informada e realizava as intervenções necessárias além de realizar o registro da obstrução para fins estatísticos. Durante os 6 meses observados, foram realizados 393 acessos enterais, sendo 371 sondas e 24 gastrojejunostomias. No primeiro trimestre foram encontradas 33 obstruções, neste período não havia sido ainda aplicado o manual na rotina dos profissionais de saúde relacionados aos cuidados com a sonda (enfermeiros e farmacêuticos). Já no segundo trimestre foram encontradas 18 casos de obstrução. Do total de 393 acessos enterais realizados no semestre 51 sofreram obstrução, o que resulta em uma taxa de 13% de obstrução dos acessos enterais. Destes 51 casos, 46 (12%) foram relativos a sondas e 5 (20%) a gastrojejunostomias. O desenvolvimento e implementação do manual de medicamentos reduziu em 54% o número de obstrução dos acessos enterais. O trabalho da EMTN com foco na qualidade e segurança para o paciente é capaz de realizar ações que garantam resultados positivos e melhoria na qualidade de vida para os pacientes. P-215 ABREVIAÇÃO DO JEJUM NO PREPARO DA COLONOSCOPIA CAROLYNE DONEDA SILVA SANTOS (GASTROCLINICA CASCAVEL LTDA); MAURO WILLEMANN BONATTO (GASTROCLINICA CASCAVEL LTDA) Introdução: A colonoscopia é o exame de primeira escolha na avaliação das doenças do cólon. O jejum e preparo intestinal são obrigatórios para a realização deste exame e a qualidade do preparo encontra-se diretamente relacionada ao sucesso do procedimento. Vários pacientes apresentam sintomas adversos durante o preparo. A possibilidade do uso de suplementação líquida de rápida absorção auxilia na redução destes. Objetivo: Avaliar a redução dos sintomas adversos durante o preparo para colonoscopia em pacientes utilizando suplementação nutricional e a possível interferência do seu uso na visualização do exame. Método: Os pacientes foram divididos em 2 grupos, com 47 pacientes cada e idade entre 50 e 70 anos, de ambos os sexos. Foram excluídos pacientes com constipação (avaliados pelos critérios de Roma III), diarréia atual e diabéticos. Para o grupo 1 foram oferecidas 2 amostras de um produto com 200mL de líquido clarificado rico em carboidrato e isento de gordura e fibras, devendo ser consumindo 8 horas e 4 horas antes do exame, consecutivamente. Na data da colonoscopia, os pacientes responderam questionário sobre o uso do suplemento e sobre os sintomas apresentados (náuseas, vômito, tontura, desmaio e estufamento). Durante o exame, o endoscopista avaliou o resultado final do preparo (limpo, regular e ruim). Todos os pacientes selecionados tinham indicação prévia de colonoscopia na Gastroclínica Cascavel e assinaram o termo de consentimento livre esclarecido. Resultados: No grupo 1, 40 (85%) pacientes consumiram toda a suplementação proposta, os demais consumiram apenas 1 frasco e relataram saciedade. 44 (94%) consideraram o suplemento saboroso e 43 (91%) sentiram aumento da sede após o consumo do mesmo. No grupo 1, seis (13%) pacientes relataram um ou mais sintomas e no grupo 2, vinte e seis (55%) pacientes relataram presença de sintomas. Em relação à qualidade final do preparo, no grupo 1, dois (4%) preparos apresentaram má qualidade, enquanto no grupo 2, apenas um (2%). Conclusão: O uso de suplementação rica em carboidratos e composição nutricional adequada reduz a presença de sintomas adversos causados pelo período prolongado de jejum e diversos P-214 INDICAÇÃO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL EM LACTENTES NO PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA: IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NA ADMISSÃO ADRIANA CÉSAR DA SILVEIRA (PROCAPE); ISA GALVÃO RODRIGUES (PROCAPE); CLÁUDIA PORTO SABINO PINHO (PROCAPE) Introdução: Devido à alta prevalência de desnutrição em crianças cardiopatas, a intervenção nutricional se torna fundamental para estes pacientes. Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 97 Suplemento Nutrição Clínica/2013 episódios de diarréia que acontecem durante o preparo para a colonoscopia e não interfere na qualidade do preparo e visualização do cólon. biópsia (Doença celíaca em fase pré destrutiva Marsh III, Rostami IIIC) e exames laboratoriais: Anti-ENDOMÍSIO IgA Reagente, Anti-GLIADINA IgA 616,0U/mL, Anti-GLIADINA IgG 36,0U/mL, Anti-GLIADINA IgM 436,4U/ mL e Albumina 1,14g/dL. Recebeu orientação nutricional sobre a restrição do glúten na dieta e suplementação imunomoduladora e probióticos. Resultados: Após 2 meses do diagnóstico o paciente recuperou 18kg e melhora de todos os sintomas, albumina atual 4,2g/dL. Conclusão: A avaliação duodenal de pacientes tem síndrome consumptiva é importante para afastar diagnóstico de doença celíaca. P-216 CONSUMO ALIMENTAR DE CAFEÍNA POR HIPERTENSOS ATENDIDOS EM UM CENTRO DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE ANTONIA EDLAYNE SILVA GOMES (FACULDADE MAURICIO DE NASSAU); BARBARA RAVEENA DINIZ BERGAMINI (FACULDADE MAURICIO DE NASSAU); JULIANNE SANTOS SOUSA (FACULDADE MAURICIO DE NASSAU); MARIA DAS GRAÇAS VIEIRA CIARLINI (FACULDADE MAURICIO DE NASSAU); IZABELLE SILVA DE ARAÚJO (FACULDADE MAURICIO DE NASSAU) P-218 AVALIAÇÃO DAS FÓRMULAS PREDITIVAS DE PESO E ALTURA EM PACIENTES INTERNADOS NA EMERGÊNCIA DE UM HOSPITAL ESTADUAL Introdução: As doenças cardiovasculares são afecções muito prevalentes em nosso meio e numerosos fatores de risco são identificados para sua prevalência, dentre eles podemos citar a hipertensão arterial. A dieta é primordial para o acometimento ou não da hipertensão, onde cabem às pessoas buscar uma vida mais saudável, limitando da sua vida alguns alimentos que aumentem a predisposição dessa doença e dentre esses alimentos encontra-se a cafeína. Objetivo: O objetivo do presente trabalho foi verificar o consumo alimentar de cafeína de pacientes hipertensos em um centro de especialidades em saúde. Método: Trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva e quantitativa, onde foi aplicada uma entrevista estruturada, bem como Recordatório de 24 horas e frequência de consumo alimentar a 40 pacientes hipertensos assistidos em um centro de especialidades em saúde no período de 22 de setembro a 22 de outubro de 2011. Todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: A maioria é do sexo feminino (72%/n= 29), possui renda de até 1 salário mínimo (60%/n=24), não pratica atividade física (52%/ n=21) e possui como doença associada a gastrite (65%/n=26). O consumo alimentar de cafeína foi em média 104 mg (± 76,87mg) e se mostrou maior entre os pacientes do sexo masculino (112,4 mg/ ± 55,78mg). Entre os alimentos fontes de cafeína mais consumidos diariamente encontram-se o café tradicional (infuso) (50%/n= 20) e o café solúvel (18%/n= 7), já entre os alimentos desconhecidos ou que nunca foram consumidos encontram-se o chá preto (100%/n=40), chá mate (98%/n=39), bebidas energéticas (98%/ n=39) e o café expresso (98%/n=39). Conclusão: O consumo alimentar de cafeína na amostra estudada encontra-se dentro do aceitável para a população em geral (cerca de 250 mg/dia). Porém uma vez que a doença associada mais presente foi a gastrite, o consumo alimentar de cafeína deve ser monitorado nessa população. MILENA DAMASCENO DE SOUZA COSTA (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO); MONARA KAELLE CRUZ ANGELIM (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO); LAURA MATA DE LIMA SILVA (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO); NÍVOLA BEATRIZ MENDONÇA DE ARRUDA (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO); ADNA J.S.ARAÚJO (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO); DANIELLE DE PAIVA PONTES (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO) Introdução: Para melhor predizer as necessidades nutricionais dos pacientes, faz-se necessário, no mínimo o conhecimento de medidas antropométricas simples, como peso e altura. Entretanto, não é possível aferir tais medidas na maioria dos pacientes internados no setor de emergência, devido à senilidade ou à própria condição clínica no momento de admissão. Assim, é lançada mão de fórmulas estimativas, a partir de medidas antropométricas como a circunferência do braço (CB), da panturrilha (CP), abdominal (CA) altura de joelho (AJ), prega cutânea subescapular (PCSE). Objetivo: Identificar, dentre as fórmulas existentes para estimar peso por Chumlea et al. (1988), Rabito et al. (2006), Lee e Nieman (1995), altura por Chumlea et al. (1985; 1994) e envergadura, as que mais se aproximavam do valor real. Método: Estudo transversal com delineamento amostral por conveniência. Para tanto, utilizou-se as medidas reais como padrão ouro e foram coletados dados antropométricos de pacientes internados no setor de emergência em um hospital público, com idade entre 24-93 anos. Foram excluídos da pesquisa, pacientes com edema, deficientes e que não deambulam. Calculouse o coeficiente de Correlação de Pearson. Resultados: Observou-se correlação forte, mas não significativa, entre o peso real e o estimado pela equação de Chumlea et al. para o sexo masculino (&#961;=0,91; p>0,05; n=14) e feminino (&#961;=0,92; p>0,05; n=23). Da mesma forma, forte correlação foi encontrada com as fórmulas de Lee e Nieman (&#961;=0,79; p>0,05; n=47) e Rabito (&#961;=0,84; p>0,05; n=47). Para as medidas de altura, observou-se correlação significativa entre a medida real e a estimada pelos dois métodos de Chumlea et al (1985) (&#961;=0,85; p<0,05; n=47), Chumlea et al (1994) (&#961;=0,84; p<0,05; n=47); e pela envergadura (&#961;=0,86; p<0,05; n=47). Todas as medidas estimadas apresentaram boa correlação entre os dados de peso reais, principalmente o método de Chumlea et al (1988), entretanto a PCSE é necessária para este método, a qual é de difícil mensuração em pacientes idosos. Conclusão: Todas as fórmulas estudadas podem ser utilizadas com segurança para estimar a altura dos pacientes, pois apresentam boa correlação significativa. Portanto, são necessários mais estudos que identifiquem fórmulas que melhor se aproximem do peso real do paciente e que utilizem medidas de fácil mensuração, como CB, CP e AJ. P-217 IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO ENDOSCÓPICA E CONDUTA NUTRICIONAL PRECOCE NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA DOENÇA CELÍACA MAURO WILLEMANN BONATTO (GASTROCLINICA CASCAVEL LTDA); CAROLYNE DONEDA SILVA SANTOS (GASTROCLINICA CASCAVEL LTDA); UNIVALDO ETSUO SAGAE (GASTROCLINICA CASCAVEL LTDA) Introdução: A doença celíaca (DC) é uma intolerância à ingestão do glúten, proteína presente em no trigo, aveia, centeio, cevada e malte. A DC provoca um processo inflamatório no intestino delgado que resulta na atrofia das vilosidades intestinais. O diagnóstico é feito por sorologia de anticorpos e confirmação por biópsia duodenal, porém, o cuidado na observação das alterações intestinais na endoscopia pode promover o diagnóstico e intervenção nutricional precoces. Objetivo: Ressaltar a importância da endoscopia no diagnóstico da doença celíaca. Método: Estudo de caso, paciente S.A.D., 46 anos, masculino, atendido na Gastroclínica Cascavel, em Maio/2013. Foi recebido em cadeira de rodas, com perda de 23kg em 8 meses, IMC 15,8kg/m². Com vários episódios de diarréia/dia, cefaléia, estufamento, dores articulares, descamação de pele e edema de membros inferiores. Foi submetido à endoscopia e P-219 ASSOCIAÇÃO ENTRE COMPLICAÇÕES CLÍNICAS E ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES EM TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL DOMICILIAR Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 98 Suplemento Nutrição Clínica/2013 CARYNA EURICH MAZUR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); RUBIA DANIELA THIEME (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); DARLA SILVERIO MACEDO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); GISLAINE CUTCHMA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); KARLA TAJANA PIDPALA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ); MARIA ELIANA MADALOZZO SCHIEFERDECKER (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ) contínuas foram avaliadas pelos coeficientes de correlação de Pearson ou Spearman. O nível de significância foi de 5% (p<=0,05) e as análises realizadas no programa SPSS versão 18.0. Resultados: Dos pacientes avaliados (78,7anos ± 17,7) 68% eram mulheres e 38% portadores de Doença de Alzheimer. Das dietas, 65% eram industrializadas, com VCT de 1325 kcal ± 209 e oferta proteica de 53,3g ± 11.2, sendo 27% de origem animal, 32% vegetal e 41% mista. A média sérica de proteína foi 6,67 g/dL ± 0,67, onde 8% apresentaram deficiência, e de albumina 3,40 g/dL ± 0,53, com hipoalbuminemia em 42% da amostra. Houve associação positiva entre a quantidade de proteína vegetal ingerida e os níveis séricos de proteína (rs=0,473; p=0,004), porém negativa para a proteína animal (rs=-0,410; p=0,013). O aumento do consumo de proteína vegetal demonstrou aumento da albumina sérica (rs=0,333; p=0,047), enquanto que, para proteína animal, a ocorrência foi limítrofe (rs=-0,309; p=0,067). Conclusão: Nossos resultados sugerem que o consumo maior de proteína vegetal aumenta os níveis séricos de albumina e proteína nos pacientes crônicos e acamados. Introdução: A terapia nutricional enteral domiciliar (TNED) é uma modalidade terapêutica que visa manutenção/melhora do estado nutricional do paciente em domicílio. O estado nutricional é importante fator prognóstico. A presença de complicações, relacionadas ou não à TNED, pode contribuir para a piora do quadro clínico. Objetivo: Verificar se existe associação entre complicações clínicas e o índice de massa corporal (IMC) de pacientes em TNED. Método: Estudo transversal descritivo e analítico realizado nos meses de janeiro a maio de 2013, em domicílios da cidade de Curitiba, PR, com pacientes em TNED. O diagnóstico nutricional foi realizado por meio do IMC e foram considerados os pontos de cortes para adultos, de acordo com a OMS (1998), e para idosos, conforme Lipchitz (1994). A presença ou ausência de complicações clínicas nos últimos seis meses foi relatada pelos cuidadores. A análise estatística foi realizada com o software SPSS versão 19.0. Para análise entre grupos, utilizou-se análise de variância (ANOVA). O nível de significância utilizado foi 5% (p<0,05). Resultados: Foram avaliados 42 pacientes, 13 eram adultos e 29 eram idosos. A média de idade dos adultos foi de 41,62±13,6 anos (min.:21; máx.:58) e dos idosos foi de 75,03±6,9 anos (min.:60; máx.:94). A desnutrição foi encontrada em 71,8% (n=10) dos adultos e a magreza em 86,2% (n=25) dos idosos. A gastrostomia era via de acesso para nutrição em 33,3% (n=14) dos pacientes. Complicações digestivas, como vômito, náusea, diarreia ou obstipação, foi relatada por 35,7% (n=15), úlcera por pressão em 23% dos pacientes e pneumonia em 7,1% (n=3) dos pacientes. A pneumonia foi significativamente relacionada com o estado nutricional, de forma que quanto menor o IMC maior a chance dessa complicação (p<0,02). As demais complicações relatadas no estudo não se correlacionaram com o IMC (p>0,05). Conclusão: Houve associação positiva entre o IMC e a ocorrência de pneumonia. P-221 ADEQUAÇÃO DA DIETA EM RECÉM-NASCIDOS INTERNADOS EM UMA UTI/UCI NEONATAL ALINE RAFAELLY APOLÔNIO DA SILVA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO HC/UFPE); GERLANE QUERCIA DE FREITAS FRANÇA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO HC/UFPE); MARYANE GABRIELA TAVARES (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO HC/UFPE); DENISE SANDRELLY CAVALCANTI DE LIMA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO HC/UFPE) Introdução: A meta nutricional na abordagem do recém- nascido (RN) é alcançar crescimento pós-natal adequado, sem produzir deficiências nutricionais, efeitos metabólicos indesejáveis ou toxicidades decorrentes de uma reduzida ou exagerada oferta nutricional. A adequação nutricional nesta fase pode influenciar de forma significante na morbidade e mortalidade do RN. A alimentação representa contínuo desafio, principalmente daqueles prematuros e de muito baixo peso ao nascer, tendo como meta a adequação das dietas no final da segunda semana de vida. Objetivo: Avaliar a adequação das dietas de recém-nascidos internados em uma UTI/ UCI neonatal. Método: Estudo transversal, com dados coletados de RNs, nascidos na maternidade de um hospital universitário e posteriormente internados na UTI/UCI neonatal no período de maio a julho de 2013. Foram excluídos da amostra os RNs que permaneceram tempo inferior a 14 dias de internamento, totalizando em 32 RNs. A rotina de assistência nutricional teve como meta atingir a necessidade calórica de aproximadamente 130 kcal/kg/dia e 3,5g de proteínas/kg/dia, no final da segunda semana, caso as condições das crianças assim o permitissem. Analisaram-se os dados pelo programa Epi Info e SPSS versão 20. Resultados: Dentre a amostra, 75% foram do sexo masculino, idade gestacional média de 32±4,0 semanas, 65,6% pré-termos, peso médio de 1886±965. Quanto ao estado nutricional 46,9% apresentaram extremo baixo peso, 28,1% baixo peso ao nascer e 25% peso adequado. No final da segunda semana 50% e 18,8% dos RNs alcançaram as necessidades nutricionais consideradas desejáveis. Dentre os RNs que atingiram a meta de calorias, a maioria apresentavam baixo peso, em média 1446±667kg, sendo significativo (p<0,005). Tendo 58,3% e 20,8% dos RNs de baixo peso atingido a adequação de calorias e de proteínas respectivamente. Conclusão: Diante dos dados, pode-se observar que os RNs de baixo peso, apresentaram maior probabilidade de adequação da dieta ofertada. Dentre os possíveis fatores, podemos citar a necessidade de menor volume para atingir as necessidades, e o maior tempo de internamento muitas vezes necessário para recuperação do estado nutricional. Contudo, o início precoce de alimentação enteral, é fundamental para não alterar o estado nutricional, minimizar perdas e estimular o desenvolvimento do trato gastrointestinal. P-220 RELAÇÃO ENTRE A FONTE PROTEICA COM A ALBUMINA E PROTEÍNA SÉRICA DE PACIENTES INTERNADOS NO HOME CARE EM USO EXCLUSIVO DE DIETA ENTERAL. AGNES MARTINS DE LIMA (NUTRIVIDA LTDA); MÁRCIA MENEGASSI (NUTRIVIDA LTDA); MARIA DA CONCEIÇÃO DAVIM (NUTRIVIDA LTDA); LARISSA VIEIRA DE MEDEIROS SILVANO (NUTRIVIDA LTDA); LINDINALDA DE FRANÇA ROCHA (NUTRIVIDA LTDA); FERNANDO FREIRE LISBOA (NUTRIVIDA LTDA) Introdução: No internamento domiciliar é constante o desafio pela adoção de condutas nutricionais específicas ao acompanhamento dos pacientes, principalmente idosos, portadores de enfermidades crônicas e incapacitantes, com maior risco para desnutrição proteica decorrente do declínio da massa muscular e da redução da síntese de proteínas. Diante disto, buscou-se observar se a qualidade e quantidade de proteínas ofertadas através da dieta propiciam diferenças nos níveis séricos de proteína e albumina. Objetivo: Relacionar a fonte proteica das dietas enterais de pacientes crônicos em internamento domiciliar com valores séricos de proteína e albumina. Método: Estudo observacional com dados de 37 pacientes crônicos internados em home care, em uso exclusivo de dieta enteral. As variáveis contínuas foram descritas por média e desvio padrão ou mediana e amplitude interquartílica, enquanto as categóricas por frequências absolutas e relativas. Foi aplicada a Análise de Variância (ANOVA) one-way com post-hoc de Tukey para comparar médias entre os grupos e teste qui-quadrado de Pearson para comparação de proporções. As associações entre as variáveis Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 99 Suplemento Nutrição Clínica/2013 P-222 APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE EM TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA MILENA DAMASCENO DE SOUZA COSTA (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO); ANNE ELLEN ALVES DE OLIVEIRA (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO); ANDRESSA FARIA NEVES LOPES (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO); ANA CAROLINA SALES DOS SANTOS (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO); LAURA MATA DE LIMA SILVA (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO); MONARA KAELLE CRUZ ANGELIM (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO) Introdução: Pacientes críticos apresentam uma intensa resposta metabólica, geralmente caracterizada por hipermetabolismo, com importante catabolismo proteico. Além disso, esses pacientes frequentemente apresentam inadequações no suporte nutricional com alto risco de depleção do estado nutricional, o que pode agravar ainda mais sua condição clínica. A aplicação dos indicadores de qualidade em terapia nutricional enteral (TNE) possibilita a identificação das não conformidades da assistência nutricional, garantindo a sua qualidade. Objetivo: Monitorar a adequação da TNE na unidade de terapia intensiva visando à melhoria da qualidade da assistência nutricional. Método: Estudo transversal, composto por pacientes com idade &#8805; 18 anos de ambos os sexos, no período de maio de 2013 internados nas unidades de terapia intensiva de um hospital escola de Pernambuco. Os dados foram coletados diariamente por um profissional nutricionista. Foram aplicados os indicadores de qualidade em terapia nutricional propostos pela Força Tarefa em Nutrição Clí¬nica do Comitê de Nutrição do International Life Sciences Institute (ILSI, 2008; ILSI, 2010). Resultados: Foram avaliados 237 registros, destes 100% foram triados ou avaliados nas primeiras 72h sendo a meta acima de 80%. A frequência de estimativa das necessidades calóricas e proteicas foi de 100% alcançando a meta preconizada acima de 80%. A Frequência de dias de administração com aporte calórico e proteico insuficiente no total de dias em terapia nutricional foi, respectivamente, de 4,6% e 3,6% alcançando também a meta preconizada. A frequência de diarreia foi de 3% e a de constipação foi de 4%, alcançando também a meta proposta que é menor que 10% para ambos. Conclusão: Foi observado adequação de todos os indicadores de qualidade utilizados atendendo assim a meta proposta pela literatura. Isto indica que a assistência aos pacientes da TNE está ocorrendo de forma contínua e de acordo com referenciais científicas. P-223 ESTADO NUTRICIONAL E PERFIL LIPÍDICO DE CRIANÇAS COM AIDS. NATALIA GOLIN (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO RIBAS); CATIA DE LIMA CARVALHO GASPAR (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO RIBAS); ROBÉRIO ALVES CARNEIRO JÚNIOR (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO RIBAS); MARINELLA DELLA NEGRA (INSTITUTO DE INFECTOLOGIA EMÍLIO RIBAS) Introdução: A dislipidemia em indivíduos com Aids é resultado da combinação entre fatores genéticos, infecção pelo vírus, ação da terapia antirretroviral (TARV) e fatores alimentares. Estima-se que até 50% das crianças recebendo TARV apresentarão anormalidades nos lipídios. Objetivos: Observar o estado nutricional e as alterações lipídicas em crianças com Aids. Método: Tratou-se de um estudo retrospectivo, descritivo, observacional, em crianças com Aids atendidas no ambulatório do Instituto de Infectologia do Emílio Ribas (IIER), no primeiro semestre do ano de 2012. Buscaram-se informações como idade, sexo, peso, altura, prática de exercício físico e exames bioquímicos, como: colesterol total, HDL-colesterol (HDL), LDLcolesterol (LDL), VLDL-colesterol (VLDL) e triglicérides. Quanto ao estado nutricional, adotou-se como critério índice de massa corpórea por Idade (IMC/I) de acordo com OMS (2007). Para os parâmetros bioquímicos, foram classificados conforme os valores de referência do IIER (2012), sendo os seguintes padrões: colesterol total &#8805; 200 mg/dL, HDL < 60 mg/dL, LDL &#8805; 130 mg/dL, VLDL > 30 mg/dL e triglicérides &#8805; 200 mg/dL. Em relação à prática de exercício físico, foram consideradas sedentárias aquelas crianças que não realizavam nenhuma atividade recreativa regular, sendo excluídas as atividades do cotidiano. Resultados: Foram estudados 35 pacientes, com idade média de 8,2 anos, sendo 57,1% do sexo masculino. Quanto ao estado nutricional, foram encontrados 80% de eutrofia, 14,3% de magreza e 5,7% de sobrepeso, e em relação à prática de exercício físico, 82,9% encontram-se sedentárias. Quanto às alterações lipídicas observaram-se valores elevados de colesterol total (25,7%), de HDL (65,7%), de LDL (20%), de VLDL (20%) e de triglicérides (2,9%). Conclusão: Predomínio de eutrofia e sedentarismo, o que possivelmente pode estar relacionado à prevalência de baixos níveis de HDL, o que compromete o crescimento, desenvolvimento e a qualidade de vida. P-224 DIAGNÓSTICO E INDICAÇÃO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL EM RECÉM-NASCIDOS NAIRA ROSE NASCIMENTO FERREIRA PAIXÃO (CENUTRI - CLÍNICA ESPECIALIZADA DE NUTRIÇÃO); ALINE ÁVILA FRANÇA CONSERVA (CENUTRI - CLÍNICA ESPECIALIZADA DE NUTRIÇÃO); CRISTINA GAMA PEREIRA LUCENA (CENUTRI - CLÍNICA ESPECIALIZADA DE NUTRIÇÃO); FLÁVIA ROBERTA SILVESTRE GOMES (CENUTRI - CLÍNICA ESPECIALIZADA DE NUTRIÇÃO) Introdução: A Terapia Nutricional Parenteral (TNP) está indicada para recém-nascidos (RN) nas diversas condições clínicas e pode ser de grande auxílio na profilaxia e no tratamento da desnutrição aguda que tanto acomete estes pacientes. Assim, diversas condições clínicas como prematuridade, doenças respiratórias do prematuro, sepse, enterocolite e exclusões do trato gastrintestinal fazem com que a TNP seja um dos procedimentos mais utilizados em terapia intensiva neonatal. Objetivo: avaliação dos diagnósticos e indicações da TNP em RN de maternidades de Sergipe e Alagoas. Método: Estudo observacional, prospectivo, para análise das seguintes variáveis: diagnótico e indicação da TNP. Os dados foram colhidos no período de janeiro de 2011 a junho de 2013. Resultados: foram avaliados 1162 RN. Foram avaliados todos os diagnósticos clínicos e indicações, com predominância da prematuridade com 89,75%, insuficiência respiratória 18,41% e sepse com 17,29%; Icterícia (7,22%), enterocolite neonatal (6,28%), anóxia (6,68%), asfixia (4,04%), pneumonia (2,49%), enterectomia (2,84%) refluxo gástrico (1,80%), insuficiência renal aguda (1,54%), atresia de esôfago (1,89%), cardiopatias (1,29%), gastrosquise (1,29%), hemorragia pulmonar (1,11%) e persistência do canal arterial (1,89%) seguem com menores prevalências. As miscelâneas (pneumotórax, perfuração intestinal, epidermólise bolhosa, infecção urinária, megacólon, abscesso duodenal, pós-operatórios de pâncreas, diverticulite, intolerância à dieta enteral, meningoencefalite, onfalocele,hérnia diafragmática e infecção fúngica) somaram-se 3,81%. Conclusões: 1 - A TNP em RN teve como maior indicação a prematuridade, sendo comprovada a importância da mesma para evitar desnutrição em prematuros de baixo peso. P-226 PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES GRAVES EM TERAPIA NUTRICIONAL EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE TRAUMA LORENA LOBATO RODRIGUES DA CUNHA (NUTRITERÁPICA); FABIO COSTA DE VASCONCELOS (CESUPA) Diante da influência do estado nutricional sobre a evolução clínica de pacientes hospitalizados, surge a necessidade de identificar os distúrbios nutricionais. A desnutrição hospitalar tem sido associada à maior incidência de complicações e mortalidade. Terapia nutricional se refere Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 100 Suplemento Nutrição Clínica/2013 a um conjunto de procedimentos que visam reconstituir ou manter o estado nutricional de um indivíduo, por meio de oferta de alimentos ou nutrientes para fins especiais. A avaliação nutricional visa identificar os distúrbios nutricionais para permitir intervenção adequada e, favorecer a recuperação do paciente. Foram utilizados testes de avaliação clínica, bioquímica, antropometria e exames de composição corporal. Desta forma foram avaliados 30 pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência do Pará, no período de junho a julho de 2008. O estado nutricional foi avaliado, através de métodos antropométricos (IMC, CB, PCT e CMB). Verificou-se que a maioria dos pacientes apresentaram-se em estado de eutrofia de acordo com o IMC (76%), PCT (35%) e CMB (53%), entretanto de acordo com a CB foi encontrado a maior incidência de desnutrição leve, 29%. Quanto ao diagnóstico nutricional final percebeu-se uma maior prevalência de eutrofia (62%). Sendo assim, podemos verificar a importância da avaliação nutricional do paciente hospitalizado como parte fundamental do tratamento, porém devemos atentar sempre ä duração da estadia hospitalar e se a infusão da dieta está sendo feita de forma correta. P-227 SUPORTE NUTRICIONAL ENTERAL EM LACTENTES HOSPITALIZADOS EM CLINICA MÉDICA PEDIÁTRICA DE UM CENTRO DE REFERÊNCIA DO NORDESTE ILÍLIAN K. F DA SILVA (IMIP); LARISSA DE A. VIANA (IMIP); ANNE ELLEN A E OLIVEIRA (IMIP); DERBERSON JOSÉ DO N. MACÊDO (IMIP); ANA CAROLINA S. CAMELO (IMP); JANINE M. BARBOSA (IMIP) Introdução: A nutrição enteral (NE) via sonda ou ostomias é uma terapêutica que tem um papel fundamental no manejo do paciente impossibilitado de ingestão plena por via oral, sendo uma ferramenta para manutenção e/ ou recuperação do estado nutricional, promovendo um adequado aporte calórico-proteico. Para isso, precisa ser adequadamente planejada de acordo com a situação clinica e nutricional do paciente. Objetivo: Descrever o suporte nutricional enteral em pacientes pediátricos hospitalizados em um centro de referência do Nordeste. Método: Estudo transversal realizado com menores de 2 anos submetidos à terapia nutricional enteral (TNE), entre Junho/2012 e março/2013. Foram obtidos dados clínicos, antropométricos e dietéticos. Os valores de escore Z dos indicadores Peso-para-Idade (P/I) e Índice-Massa-Corporal-Para-Idade (IMC/I) foram calculados através do software AnthroPlus®. As necessidades calóricas e proteicas foram calculadas de acordo com as recomendações da ASPEN (2002/2009) ou método de acordo com patologia de base. O Comitê de Bioética em Pesquisa do IMIP aprovou o presente estudo (n.ºxxxx). Na análise estatística utilizou-se programa SPSS® e adotou-se nível de significância de 5%. Resultados: Foram avaliados 325 lactentes, cuja maioria era do sexo masculino (61,2%), com média de idade de 4,2 meses (±4,6 desvio-padrão). Ao início do suporte, obteve-se 49,5% e 39,8% de déficit nutricional pelos indicadores P/I e IMC/I (escore Z <-2DP), respectivamente. A principal indicação para terapia foi o desconforto respiratório (52,9%) e sua utilização ocorreu em 81,8% dos pacientes de forma exclusiva, com administração via sonda nasogástrica em 67,3% dos casos. Mais da metade dos pacientes (54%) utilizou fórmula infantil modificado para idade e a duração média da terapia foi de 10 dias (±12,9). A adequação da dieta ofertada em relação à estimada foi de 82,8% e 85,4% para calorias e proteínas, respectivamente. Conclusão: Os resultados apontam que o comprometimento do estado nutricional é uma situação frequente entre lactentes hospitalizados e que em percentual importante da amostra o suporte nutricional garantiu a oferta calórica e proteica estimada. O adequado monitoramento da TNE favorece melhores resultados nutricionais com consequente impacto positivo na evolução clínica. P-228 ASSOCIAÇÃO ENTRE PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS E BIOQUÍMICOS COM DESFECHO CLÍNICO DE PACIENTES CARDIOPATAS CRÍTICOS RENATA REIS DE LIMA E SILVA (PROCAPE); MILENA CAROLINE TERTULIANO DE LIMA (PROCAPE); MARINALDO FREIRE LUSTOSA (PROCAPE); ADNA JÉSSICA SILVA DE ARAÚJO (ICB/UPE); CLÁUDIA PORTO SAINHO PINHO (PROCAPE); ISA GALVÃO RODRIGUES (PROCAPE) Introdução: Pacientes graves apresentam alterações hormonais que visam manter a homeostase hemodinâmica,podendo cursar com hiperglicemia e hipercatabolismo proteico. Esta resposta metabólica ao estresse leva a depleção nutricional frequente,sendo a desnutrição um fator agravante e potencialmente letal nestes indivíduos. Objetivo: Verificar associação de variáveis antropométricas e bioquímicas com desfecho clínico em pacientes cardiopatas críticos. Método: Estudo retrospectivo,realizado na UTI de um hospital cardiológico,entre março de 2012 e julho de 2013, com adultos e idosos, de ambos os sexos. Foram avaliadas variáveis antropométricas (circunferência do braço (CB) e circunferência da panturrilha (CP) para os idosos), bioquímicas (albumina sérica, glicemia,hemoglobina,contagem total de linfócitos) e o desfecho clínico.A análise dos dados foi realizada através do pacote estatístico SPSS versão 13.0. A associação entre as variáveis categóricas foi avaliada pelo teste qui-quadrado com nível de significância <5%. Resultados: A amostra constou de 301 pacientes, com média de idade de 64,4±14,4 anos e maior prevalência do sexo feminino (50,6%). A média de internamento foi 13,8±13,7 dias. A desnutrição esteve presente em 57,5% e 63% da amostra, de acordo com CB e CP respectivamente. Quanto às variáveis bioquímicas, 61,6% da amostra apresentou anemia, 49,3% hipoalbuminemia e 55,1% hiperglicemia. Quanto ao desfecho clínico, 49,8% evoluíram para o óbito. Dentre os parâmetros antropométricos e bioquímicos analisados, apenas a desnutrição segundo a CB (p=0,005), hipoalbuminemia (p=0,011) e hiperglicemia (p=0,041) estiveram associados a um pior desfecho clínico. Conclusão: A desnutrição avaliada pela CB, a hipoalbuminemia e a hiperglicemia foram variáveis preditoras de um mau prognóstico, ressaltando a importância de um adequado controle glicêmico e da necessidade de que estratégias efetivas para prevenir e tratar a desnutrição no paciente crítico sejam precocemente instituídas. P-229 O IMPACTO DA INTERVENÇÃO NUTRICIONAL EM PACIENTES CIRÚRGICOS SUELEN DALBOSCO LINS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); ANDREZA MELO DE ARAUJO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); RAYSA MANUELLE SANTOS ROCHA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); LEILA ALMEIDA GOMES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); LETÍCIA CAROLINE DA SILVA OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FERDERAL DE SERGIPE); MARINA MENEZES ALMEIDA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) Introdução: Estudos mostram que a prevalência de desnutrição varia de 30% a 50% em pacientes cirúrgicos. Além disso, a desnutrição hospitalar tem sido associada ao maior tempo de internação, ao maior custo e ao aumento de complicações e mortalidade. Diante da reconhecida influência do estado nutricional sobre a evolução clínica de pacientes candidatos a procedimentos cirúrgicos, deve-se iniciar precocemente a intervenção nutricional pré-operatória e, dessa forma, favorecer a recuperação do paciente no pós-operatório. Objetivo: Avaliar a intervenção nutricional em pacientes no pré-operatório de cirurgias eletivas. Método: Trata-se de um estudo transversal com uma amostra de pacientes em pré-operatório de cirurgias eletivas. Foi realizada a avaliação antropométrica (peso, altura, circunferência do braço (CB)) em até 48 horas após admissão e após cinco dias de hospitalização. Resultados: A amostra foi composta por 62 pacientes com idade média de 58,42±16,41 anos. O IMC médio no momento da admissão hospitalar foi 23±4,85 kg/m² e na avaliação final do estudo foi 23,18±5,15 kg/m². A circunferência do braço no momento da admissão foi 27,08±5,06 cm e no momento da avaliação final foi 26,82±4,77 cm. Ambas as medidas não apresentaram diferença significativa entre os dois Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 101 Suplemento Nutrição Clínica/2013 momentos. Conclusão: A intervenção nutricional permitiu a manutenção do estado nutricional dos pacientes do estudo, sendo uma estratégia eficaz no tratamento cirúrgico dos mesmos. P-230 POSICIONAMENTO ANÔMALO DA SONA ENTERAL EM VIA BILIAR PRINCIPAL SILVIO DANTAS (UNP); LUÍSA DANTAS (UNP); MATHEUS SILVA (UFRN); THAIS ANDRADE (UNP); NATHANY ARAÚJO (UNP); TIAGO DINIZ (UNP) Os autores relatam um caso inédito de posicionamento anômalo de sonda nasoenteral (SNE) em paciente submetido à terapia de nutrição enteral. Paciente, 67 anos, sexo feminino, internada com quadro de desnutrição grave devido doença de Crohn, tinha passado de colectomia total com ileostomia definitiva e derivação bilio-digestiva. Há seis meses com fístula êntero-vesico-vaginal. Em decorrência do quadro de desnutrição e baixa ingesta por via oral foi submetida à terapia nutricional por SNE. Após alguns dias, apresentava dor em abdome superior e náuseas, que melhorava com a parada da infusão da nutrição. Exames complementares evidenciaram posicionamento da SNE na via biliar principal. A SNE foi reposicionada por via endoscópica, tendo a paciente melhorado da sintomatologia. Realizado pesquisa no banco de dados da BIREME, no qual não foi encontrado nenhuma referencia a esse tipo de complicação. P-231 DISFUNÇÃO INTESTINAL EM PACIENTES COM HIPERTENSÃO PORTAL OLIVAL CIRILO LUCENA DA FONSECA NETO (HR); DANIELLE TETI MAGALHÃES (HOSPITAL DE CARIDADE SÃO BRAZ); CAMILA GOMES FERNANDES (HR); JULIANA FERNANDES DE OLIVEIRA (HR) Introdução: Desnutrição é encontrada com frequência em pacientes cirróticos. Ascite, icterícia, sangramento digestivo (SD) e encefalopatia contribuem como complicadores da ingesta alimentar. Alterações da motilidade, absorção e digestão são observados em pacientes com hipertensão portal. Objetivo: Descrever as alterações intestinais que contribuem com a desnutrição em pacientes com hipertensão portal. Método: Estudo retrospectivo entre pacientes adultos com hipertensão portal admitidos na emergência de um hospital do SUS - Recife/PE, que apresentavam alterações da motilidade, absorção ou digestão, entre janeiro de 2002 e junho de 2013. Resultados: Quarenta e cinco pacientes foram avaliados, trinta e dois eram do sexo masculino. A idade variou de 27 a 68 anos. A origem da hipertensão portal foi esquistossomose (8), cirrose alcoólica (10), cirrose viral (18), Síndrome de Budd-chiari (4), colangite esclerosante primária (3), cirrose biliar primária (2). Vômitos e náuseas ocorreram em 15 pacientes; diarréia, em 12; constipação, em 5 casos. A associação entre dois sintomas ocorreu em 50% ( 22 pacientes). Colestase com diarréia ( em 4 pacientes) foi responsável pela pior evolução ( 2 óbitos). Empachamento e flatulência foram encontrados em todos os pacientes com ascite (13). Conclusão: Alterações gastrointestinais inerentes à congestão esplâncnica podem originar complicações nutricionais de difícil manejo. P-232 PANORAMA DE INDICAÇÃO DE TERAPIA NUTRICIONAL MISTA EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA. WANDYRA PEIXOTO MENDES TEMPORINI (NUTRIMEDICAL); ERIDAN BERTÉ (HOSPITAL MINISTRO COSTA CAVALCANTI); CAMILA PRIM (NUTRIMEDICAL); ROSSANE MATOS (NUTRIMEDICAL); TAYLINI SAMISTRARO (NUTRIMEDICAL); GISLAINE VERÔNICA DA SILVA LEAL (NUTRIMEDICAL) Introdução: A terapia nutricional no paciente crítico é um desafio. A nutrição parenteral (NPT) tem sido levantada como uma abordagem alternativa ou adicional quando outras vias, como a nutrição enteral não suprem o aporte calórico proteico. O principal objetivo da NPT é proporcionar a adequação de nutrientes tendo como condição de segurança e prevenindo possíveis complicações. Objetivo: Avaliar a indicação de nutrição mista nas unidades de terapia intensiva em um hospital privado. Método: Estudo de coorte retrospectivo com 36 pacientes que permaneceram mais de sete dias com nutrição enteral nos primeiros quatro meses do ano de 2013, internados nas duas unidades de terapia intensiva (geral e coronariana). Foram randomizados pacientes de ambos os sexos, com idade maior que 18 anos, os quais foram randomizados em dois grupos para análise comparativa: Grupo 1 = pacientes que receberam nutrição enteral exclusiva e Grupo 2 = pacientes que receberam nutrição mista. Foram avaliados de ambos os grupos o aporte calórico e proteico, assim como também, motivo e prazo para início da nutrição parenteral complementar. Para classificação do estado nutricional foi utilizado à avaliação nutricional subjetiva global (ANSG). Resultados: Os pacientes apresentaram idade média de 89+42 anos, quanto ao sexo, sendo mais da metade da amostra composta pelo gênero masculino (58,3%). Quanto aos diagnósticos clínicos, a maior prevalência foram as doenças cardiovasculares (33,3%), seguidas de pacientes oncológicos (27,7%). Do total de pacientes, apenas 16,6%, atingiram as metas nutricionais estabelecidas até o 4° dia de nutrição enteral. Dentre os pacientes que não atingiram meta calórica proteica (44,4%), metade iniciou a nutrição parenteral complementar. Em relação ao prazo para início da nutrição complementar notou-se que o tempo mínimo foi de nove dias após internação (média de 13,7 dias). Conclusão: A terapia mista não foi instituída em acordo com os guidelines e estudos realizados, indicando a necessidade da implementação do protocolo de nutrição mista na presente instituição. Unitermos: Nutrição mista; paciente crítico; protocolo. P- 2 3 3 C I R U R G I A D E C O N T R O L E D E DA N O E S U P O R T E NUTRICIONAL OLIVAL CIRILO LUCENA DA FONSECA NETO (HR); CAMILA GOMES FERNANDES (HR); DANIELLE TETI MAGALHÃES (HR); JULIANA FERNANDES DE OLIVEIRA (HR); RENATA FERREIRA BEZERRA (HR) Introdução: Pacientes graves vítimas de trauma abdominal podem necessitar de uma cirurgia abreviada (Controle de dano) para melhorar as suas condições fisiológicas. Após a reanimação e establização do paciente a recuperação nutricional é necessária e pode ser responsável por melhor evolução.Objetivo: Descrever as opções de acesso nutricional nos pacientes submetidos a cirurgia do controle de dano (CCD). Método: Estudo retrospectivo entre pacientes adultos admitidos na unidade de trauma de hospital de emergência do SUS do recife - PE entre janeiro de 2002 e junho de 2013. Pacientes submetidos a CCD que não evoluíram para óbito nos primeiros 07 dias foram estudados. Resultados: Foram estudados 14 pacientes. Dez eram do sexo masculino. A idade variou de 19 - 37 anos. A indicação de CCD foi acidose metabólica grave (> -15) e hipotermia (< 35 graus) em 10 pacientes. Em quatro, ocorreu coagulopatia. Na relaparotomia, a jejunostomia alimentar foi a opção em 05, a gastrostomia em 03, e a sonda nasoenteral com posição pós-Treitz em 04. Em 02 a nutrição parenteral foi a opção. A introdução da dieta ocorreu no 4° dia em 06, no 5° dia em 05. Íleo prolongado ocorreu em 04, necessitando do retorno ao jejum em 02. Ocorreu óbito em 01 paciente. Conclusão: A necessidade do acesso nutricional em pacientes submetidos a CCD deve fazer parte do manejo multidisciplinar possivelmente levando ao melhor prognóstico. P-234 PERFIL NUTRICIONAL DE CANDIDATOS A TRANSPLANTE RENAL EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RECIFE SILVANA FRADE GALVÃO (HC/UFPE); BRUNA LUCIA DE MENDONÇA SOARES (HC/UFPE); KARLA GABRIELA LAPENDA DOS SANTOS MOTA (HC/UFPE) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 102 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Introdução: A literatura mostra alta prevalência de desnutrição energético-proteica em pacientes que aguardam o transplante renal. Grande parte destes pacientes se beneficiam do tratamento dialítico prévio, que associado a doença renal proporciona um estado catabólico, contribuindo para a deterioração do estado nutricional. Há a hipótese de que os pacientes candidatos a transplante já apresentam algum grau de desnutrição energético-protéica. Objetivo: Avaliar o estado nutricional de pacientes candidatos a transplante renal em um hospital universitário do Recife. Método: Estudo do tipo descritivo transversal realizado com pacientes adultos e idosos, de ambos os sexos. Foram coletados dados de 200 fichas de acompanhamento nutricional dos pacientes que internaram para realizar o transplante renal no período de 1994 a 2011. A variável estudada para avaliar o estado nutricional foi o índice de massa corpórea (IMC), cuja classificação adotada foi a proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 1995) para os adultos, e para os idosos (&#8805;60 anos) o Nutrition Screening Initiative (NSI, 1994). Também foram coletados dados sobre tipo de doador, tempo de tratamento dialítico e patologia de base para o desenvolvimento da doença renal. O banco de dados foi elaborado no Excel e os dados foram expressos em percentuais, médias e desvio-padrão. Resultados: Dos 200 pacientes analisados 63,5% eram do sexo masculino, com idade entre 20 – 67 anos, com média de 36 ± (10,7) anos, sendo 95,5% adultos. Segundo o estado nutricional, avaliado pelo IMC, 68,2% dos adultos foram classificados como eutróficos, 14,8% com algum grau de magreza e 16,9% com sobrepeso e obesidade. Já entre os idosos (5,5%) foi verificado que 72,7% estavam eutróficos, 27,2% baixo peso, não sendo visualizado pacientes idosos com excesso de peso. O enxerto foi proveniente em 33% dos casos de doadores vivos e o tempo médio de diálise prévia ao transplante foi de 6 (± 3,8) anos. A patologia mais frequente como causa da insuficiência renal, neste estudo foi a Glomerulonefrite (33%), e em 52,5% a causa foi indeterminada. Conclusões: Diferentemente do que é apresentado na literatura, esta pesquisa verificou que a maioria dos pacientes candidatos ao transplante eram eutróficos. Estudos demonstram que o estado nutricional é seguramente um dos fatores que mais influenciam nos resultados pós-operatórios. Em pacientes desnutridos ou em risco de desnutrição, candidatos a transplantes, a resposta orgânica ao trauma operatório tem maiores repercussões e influencia negativamente no sucesso do procedimento. P-235 AVALIAÇÃO DA EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM RELACIONADO AO USO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL ANDRÉ SANTOS ALVES DE ARAUJO (HCOR - HOSPITAL DO CORAÇÃO); CLAUDIA SATIKO TAKEMURA MATSUBA (HCOR - HOSPITAL DO CORAÇÃO); BERNADETE WEBER (HCOR - HOSPITAL DO CORAÇÃO); DANIEL MAGNONI (HCOR - HOSPITAL DO CORAÇÃO) Introdução: A Evolução de Enfermagem é o registro do estado geral do paciente após a avaliação do enfermeiro, onde deverá conter os problemas identificados inicialmente, o resultado dos cuidados prescritos e o seguimento da assistência nas 24 horas subsuquentes. Segundo a Resolução do Conselho Federal de Enfermagem 277/2003, é responsabilidade do enfermeiro a garantia do registro claro e preciso de informações relacionadas à administração e a evolução do paciente em uso de terapia nutricional enteral (TNE) e terapia nutricional parenteral (TNP). Objetivo: Avaliar a realização da Evolução de Enfermagem relacionada à TNE e TNP e a qualidade das descrições. Método: Estudo transversal, quantitativo, realizado num hospital privado, especializado em cardiologia, na cidade de São Paulo. O acompanhamento ocorreu no período de maio a julho de 2013. Para coleta de dados institui-se um instrumento no formato de check-list. Os dados acompanhados foram relacionados ao tipo de dispositivo, volume de infusão da dieta enteral ou nutrição parenteral e intercorrências com a terapia. Resultados: Foram acompanhados 79 pacientes, sendo 51 adultos e 28 pediátricos. O tipo de terapia nutricional em uso foi descrito em 82% das evoluções; dispositivo utilizado em 95% e controle do posicionamento do acesso enteral em 79 %. Quanto ao volume de infusão da dieta enteral verificou-se registro em 90% com descrição do indicador de infusão em 86%. As interferências na infusão da dieta do dia anterior foram documentadas em 65% dos prontuários com intervenção de enfermagem em 83% dos casos e aspecto de curativo peri-cateter e gastrostomia em 31,4%. Conclusão: O registro da terapia nutricional na Evolução de Enfermagem é necessário para garantir o acompanhamento da administração e intercorrência pelo enfermeiro. Apesar de ser instituída como rotina em vários hospitais e constar na legislação, na prática clinica não são observados dados relacionados à TNE e TNP na Evolução de Enfermagem. Os resultados demonstram a necessidade de supervisão e treinamento dos enfermeiros visando promover uma assistência de melhor qualidade e segurança ao paciente em uso desta terapia P-236 CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA DE PACIENTES DIABÉTICOS ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO INGRID RIBEIRO DA CRUZ MELO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); LARISSA MARINA SANTANA MENDONÇA DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); CAMILA DE LIMA PIRES LIMA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); JULIANA MENÊSES SANTOS LIMA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); MÁRCIA FERREIRA CÂNDIDO DE SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE) Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) acomete, em média, 300 milhões de pessoas no mundo. Em torno de 20% das pessoas que possuem entre 65 e 76 anos já são consideradas diabéticas e esses números tendem a aumentar com o avanço da idade. A alta prevalência de casos associada à elevada mortalidade e custos com o tratamento tornam a doença um problema de saúde pública. No Brasil, essa prevalência chega a 7,6%, sendo que quase metade dessa população (46%) desconhece o diagnóstico. O conhecimento acerca das características da doença em pacientes ambulatoriais é fundamental para um melhor tratamento e controle da patologia. Objetivo:Caracterizar o estado clínico dos pacientes diabéticos atendidos no ambulatório de um Hospital Universitário. Método: Foi realizado um estudo transversal com pacientes atendidos no ambulatório do Hospital Universitário de Sergipe. Foram coletados dados antropométricos, bioquímicos e história clínica dos protocolos de atendimento do ambulatório de nutrição. Analisou- se peso, IMC, colesterol total e frações, glicemia de jejum, triglicérides e prevalência de hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia. Resultados: Foram avaliados 102 pacientes sendo, 82,4% do sexo feminino. Foi identificado nesta população uma prevalência de 89,2 % de excesso de peso de 80,66 ± 20,63 kg com IMC médio 32,55 ± 8,19 kg/m², prevalência de 77,5% de hipertensão arterial sistêmica e 50% de dislipidemias. A média de circunferência de cintura apresentou valor de 107,7 ± 18,47 cm. Também foram analisados exames bioquímicos, entre eles, glicemia de jejum (136,68 ± 65,58 mg/dl)colesterol total (174,49 ± 41,39 mg/dl), LDL-c (102,02 ± 33,52 mg/dl), HDL-c (47,64 ± 14,81 mg/dl) e triglicerídeos (123,51 ± 71,94 mg/dl). Conclusão: Ao analisar-se os dados encontrados, identificou-se prevalência de excesso de peso e obesidade grau I, obesidade abdominal e hipertensão arterial nos pacientes estudados. O perfil lipídico dos mesmos, entretanto, não demonstrou alterações condizentes com dislipidemias, o que pode estar relacionado ao uso de medicamentos à base de estatinas a que a maioria dos pacientes da amostra estava submetida. Reforça-se a necessidade de um controle nutricional adequado a fim de contribuir para a redução do peso e consequente melhora das comorbidades associadas. P-237 APLICABILIDADE DA TRIAGEM NUTRICIONAL NA ADMISSÃO HOSPITALAR. ZÂNIA REGINA PEREIRA (UFAM) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 103 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Introdução: A triagem nutricional consiste de realização de inquérito simples ao paciente ou seus familiares com o propósito de indicar o risco nutricional na admissão hospitalar. Identifica o risco de desnutrição, mudanças na condição que afetem o estado nutricional do doente, fatores que possam ter como conseqüências problemas relacionados à nutrição e se é necessária avaliação nutricional mais detalhada. Avaliação e triagem nutricional dos pacientes à internação tornam-se importantes já que identifica os pacientes desnutridos, permitindo a intervenção precoce. Considerase alvo da terapia nutricional os pacientes classificados em desnutrido ou em risco nutricional. Ressaltar a importância da utilização de ferramentas e recursos disponíveis para o combate da desnutrição. Objetivo: Aplicar o questionário de triagem nutricional em pacientes internados e uma clínica ortopédica de um Hospital Universitário da cidade de Manaus. Método: Trata-se de uma estudo quantitativo transversal, incluindo 321 pacientes com idade maior ou igual de 18 a 59 anos, com até 24 horas na admissão hospitalar em uma clínica ortopédica no período de Janeiro a Junho de 2013, onde foi aplicado o questionário de triagem nutricional. Resultados: Dos pacientes que foram aplicados o questionário de triagem nutricional, (33%)106 são do sexo feminino e (67%)215 do sexo masculino, sendo (3,5%) 11 apresentaram IMC < 20,5 ; (2%) 6 apresentaram perda de peso nos últimos meses; (3,5%)11 apresentaram redução na ingestão de alimentos ; (84,42%) 271 apresentaram estado nutricional normal; (5%)16 apresentaram gravidade da doença e (2,0%)6 pacientes apresentaram déficit proteica. Conclusão: Aplicabilidade da triagem nutricional mostrou a importância desta ferramenta para detectar o risco nutricional de pacientes na admissão hospitalar, prevenindo assim a desnutrição, reduzindo a morbimortalidade e permanência média hospitalar. P-238 IMPLANTAÇÃO DE INDICADOR PARA ALTA DOMICILIAR EM TERAPIA NUTRICIONAL COM USO DE ESCALA LIKERT ANDRÉ SANTOS ALVES DE ARAUJO (HCOR - HOSPITAL DO CORAÇÃO); CLAUDIA SATIKO TAKEMURA MATSUBA (HCOR - HOSPITAL DO CORAÇÃO); LILIAN CARLA SANT´ANNA MACEDO (HCOR - HOSPITAL DO CORAÇÃO); BERNADETE WEBER (HCOR - HOSPITAL DO CORAÇÃO); DANIEL MAGNONI (HCOR - HOSPITAL DO CORAÇÃO) Introdução: Segundo os padrões da Joint Commission International (JCI), melhorar a comunicação efetiva e promover a educação de pacientes e familiares faz parte das Metas Internacionais de Segurança do Paciente. O plano educacional em Terapia Nutricional (TN) é uma das atividades desenvolvidas pelos profissionais da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN), procurando promover adesão do cuidador e minimizar erros e complicações no domicilio. Objetivo: Avaliar as ações e o cumprimento das atividades desenvolvidas no período que precede a alta domiciliar por meio do indicador Taxa de Satisfação do Paciente/Familiar quanto ao Planejamento Educacional. Método: Estudo prospectivo, quantitativo desenvolvido entre os períodos de janeiro dee 2012 a julho de 2013, num hospital privado especializado em cardiologia do município de São Paulo. Utilizou-se um instrumento contendo escala de LIKERT com avaliações de cinco itens de satisfação relacionados às atividades desenvolvidas, ao tempo e a atuação do enfermeiro e do nutricionista. Para critérios de inclusão foram considerados aqueles que tivessem plano educacional de no mínimo 3 dias, sem auxílio de serviços de homecare. Resultados: No período relacionado 81 pacientes tiveram indicação para planejamento educacional, sendo que 26 pacientes atenderam aos critérios de inclusão (12 do sexo feminino e 14 do sexo masculino). A média da idade encontrada foi 71 anos, com variação de 1 a 107 anos; o diagnóstico mais encontrado foi o clínico em 83,3%, com predomínio de broncopneumonia em 33% dos casos. As principais indicações para uso da TN foram: risco para broncopneumonia (44,5%); aporte calóricoproteico (22,2%) e intubação orotraqueal (11,1%). O dispositivo mais utilizado foi sonda enteral (66,7%) e o número de horas utilizadas para treinamento foi de 2 a 5 horas. Houve maior participação do cuidador no planejamento educacional em 50%, seguido de algum familiar do paciente em 27,7%. 72% dos entrevistadores não relataram apresentar dúvidas, mas os questionamentos mais frequentes foram relacionados ao dispositivo (37,5%) e ao tipo da dieta enteral (11,1%).Este indicador apresentou média global de 94% (80 a 100%). Conclusão: A implantação deste indicador demonstrou ser útil para avaliação da qualidade do atendimento e satisfação do paciente, procurando esclarecer dúvidas e tornar subsídios para melhorar abordagem educacional. Com estes resultados percebeu-se a importância deste indicador institucional. P-239 MELHORES PRÁTICAS DE ENFERMAGEM EM TERAPIA NUTRICIONAL- SÉRIE HISTÓRICA NUM HOSPITAL ESPECIALIZADO EM CARDIOLOGIA CLAUDIA SATIKO TAKEMURA MATSUBA (HOSPITAL DO CORAÇÃO-HCOR SÃO PAULO); MADALENA MONTERISI NUNES (HOSPITAL DO CORAÇÃOHCOR SÃO PAULO); ANDRÉ SANTOS ALVES DE ARAÚJO (HOSPITAL DO CORAÇÃO-HCOR SÃO PAULO); BERNARDETE WEBER (HOSPITAL DO CORAÇÃO-HCOR SÃO PAULO); DANIEL MAGNONI (HOSPITAL DO CORAÇÃO-HCOR SÃO PAULO) Introdução: A terapia nutricional (TN) tem sido reconhecida amplamente pelos seus benefícios desde o século 20. No entanto, esta prática não está isenta de intercorrências, levando à sub ou super-infusão da dieta, necessitando de monitoramento. O gerenciamento de riscos em TN compõe-se de ações para identificar, propor e estabelecer melhorias, com monitoramento rigoroso dos resultados das condutas. Objetivo: O objetivo foi verificar a existência de planos de ações elaborados pela Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) a pacientes em uso desta terapia e avaliar o cumprimento e os resultados destas estratégias. Método: Estudo retrospectivo, quantitativo, realizado num hospital privado especializado em cardiologia do município de São Paulo. Para levantamento dos dados utilizou-se uma ferramenta gerencial de informações denominada DOCNIX 6-0, nos quais são realizadas notificações de ocorrências e planos de melhorias de todas as áreas assistenciais. Resultados: Verificou-se que existem 22 planos estabelecidos entre 2007 a 2013. Destes, 72, 7% (16) pertenciam ao nível assistencial e 27,3% (6) em nível educacional. Quanto à categoria, estes foram distribuídos em melhorias (59%), corretivos (27,3%) e preventivos (13,7%). As principais áreas envolvidas foram Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Pediatria em 36,3% dos planos; Setor de Avaliação de produtos em 22,7% e Setor de Farmácia, em 9%. O número total de ações foi 93, tendo em média 4 por ocorrência. O tempo mínimo para resolução foi de 30 dias e o máximo, de 120 dias. Observou-se atraso em seis casos por falta de disponibilidade do material para teste (50%), demora na finalização de testes (17%) e demora na entrega do material após sua padronização (17%). As ações mais freqüentes foram reuniões para análise em 32%; avaliação de materiais em 18% e realização de testes de materiais/ processos em 13,7%. Conclusão: Esta pesquisa demonstrou que o estabelecimento de planos de ação foram direcionados a área da Pediatria e avaliação de produtos, demonstrando sua complexidade e carência de materiais específicos. As ações implantadas para o gerenciamento de risco na TN permitiram identificar possibilidades de melhorias, sendo um processo dinâmico e contínuo para garantir a segurança daquele que recebe e daquele que administra a terapia. P-240 COMPLICAÇÕES METABÓLICAS E NUTRICIONAIS EM PACIENTES COM ILEOSTOMIA CAMILA GOMES FERNANDES (HR); OLIVAL CIRILO LUCENA DA FONSECA NETO (HR); DANIELLE TETI MAGALHÃES (HR); JULIANA FERNANDES DE OLIVEIRA (HR); RENATA FERREIRA BEZERRA (HR) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 104 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Introdução: Doença inflamatória intestinal (DII) e Trauma são as principais indicações de ileostomia. Câncer e abdome agudo também podem originar a derivação cutânea ileal. Manejo hidroeletrolítico e nutricional são desafiadores e requerem atenção especial nesses pacientes. Objetivo: Descrever as complicações metabólicas e nutricionais em pacientes com ileostomia. Método: Estudo retrospectivo entre pacientes adultos admitidos em hospital do SUS do Recife-PE de janeiro de 2002 a junho de 2013. Todos eram provenientes da emergência onde foram submetidos a cirurgia para trauma ou abdome agudo. Resultados: Foram avaliados 29 pacientes. Quinze eram homens. A idade variou de 20-52 anos. Ileostomia com origem de trauma foram 20. Abdome agudo ocorreu em 08, sendo tumor de cólon direito (03), isquemia mesentérica (03), aderências (01), hérnia inguinal (01) e doença de Chron (01). Acidose metabólica e hipovolemia ocorreu em 20 pacientes nas 48 horas iniciais. Retardo na nutrição enteral ocorreu em 07 (diarréia e dor). Nutrição parenteral foi necesária em 13 pacientes, necessitando ficar por mais de 15 dias em 03 (peritonite, íleo paralítico e insuficiência renal). A ingesta oral foi iniciada no 2° dia em 16 e no 5° dia em 10. Três pacientes evoluiram para o óbito. Conclusão: Em pacientes com ileostomia os cuidados com a hidratação e nutrição devem ser precoces para evitar complicações graves com risco de vida. P-241 PREVALÊNCIA DE DESNUTRIÇÃO E DE SINTOMAS DE IMPACTO NUTRICIONAL EM PACIENTES ONCOLÓGICOS PALIATIVOS HOSPITALIZADOS RAFAELA MAGALHÃES SOARES (IMIP); FERNANDA RAFAELLA MELO DA SILVA (IMIP); MIRELLA GONDIM OZIAS AQUINO DE OLIVEIRA (IMIP); LEILA VIRGÍNIA DA SILVA PRADO (IMIP); CELINA AZEVEDO DIAS (IMIP); PATRÍCIA CALADO FERREIRA PINHEIRO GADELHA (IMIP) Introdução: A avaliação nutricional (AN) deve preceder a indicação da terapia nutricional (TN) e, em cuidados paliativos, deve ser realizada em todas as fases da doença de forma completa sem gerar desconforto físico ou emocional. Atualmente, não há consenso sobre o método ideal, porém a realização da AN é essencial tendo em vista a baixa ingestão alimentar, perda ponderal e a presença de sintomas de impacto nutricional nestes pacientes. Objetivo: Avaliar a frequência de desnutrição segundo Avaliação Subjetiva Global Produzida pelo Próprio Paciente (ASG-PPP), percentual de Perda de Peso (%PP) e Índice de Massa Corporal (IMC) e de sintomas de impacto nutricional em pacientes oncológicos em cuidados paliativos exclusivos hospitalizados. Método: Trata-se de um estudo transversal com coleta de dados de março/junho de 2013. Foram incluídos indivíduos com idade superior a 18 anos e excluídos aqueles alimentados exclusivamente por via artificial a mais de 72h e portadores de síndromes consumptivas. Os participantes foram avaliados com até 72h de internamento e classificados como desnutridos aqueles que tiveram resultado B e C na ASG-PPP, %PP &#8805; 5 em um período &#8804; 6 meses ou %PP > 5 em período superior a 6 meses e IMC <18,5 e &#8804;23 kg/m² para adultos e idosos, respectivamente. Os sintomas apresentados foram colhidos a partir da ASG-PPP. Resultados: A casuística foi composta de 21 indivíduos com idade média de 57 anos, sendo 62% do sexo feminino. Na AN, o método que detectou maior prevalência de desnutrição foi a ASG-PPP com prevalência de 95%, seguida do %PP com 93% e do IMC com apenas 53%. Do total de pacientes estudados apenas 3 ganhou ou manteve seu peso habitual. Os sintomas mais prevalentes foram: falta de apetite (52%), disgeusia (40%), náuseas e vômitos (33%), sendo os menos frequentes: plenitude gástrica e constipação (19%); xerostomia, cheiros que enjoam, diarréia e outros [dispnéia e azia] (10%). Disfagia e dor apresentaram menor prevalência com apenas 5%. Conclusão: Os achados mostram a importância da escolha adequada do método de AN tendo em vista que a sensibilidade na detecção da desnutrição é diferente entre eles e que este distúrbio nutricional tem alta prevalência neste grupo de pacientes. Além disso, percebe-se a relevância na detecção dos sintomas de impacto nutricional devido a sua influência na ingestão alimentar e no valor do seu manejo para minimizar o desconforto causado pela alimentação, proporcionando um melhor bem estar para o indivíduo e sua família. P-242 PERFIL GLICÊMICO E NUTRICIONAL DE PACIENTES IDOSOS INTERNADOS EM UM SERVIÇO DE CIRURGIA GERAL DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE PERNAMBUCO HELÂNIA VIRGINIA DANTAS DOS SANTOS (HOSPITAL MIGUEL ARRAES); SHIRLEY KELLY DOS SANTOS SIMÕES (HOSPITAL MIGUEL ARRAES); LARISSA MARIA CAVALCANTE E SILVA (HOSPITAL MIGUEL ARRAES); KELIANE OLIVEIRA DE LIMA (HOSPITAL MIGUEL ARRAES); CIBELE MARIA DE ARAÚJO ROCHA (HOSPITAL MIGUEL ARRAES); DARLLETY CANTO DA SILVA (HOSPITAL MIGUEL ARRAES) Introdução: O envelhecimento populacional atrelado a alta prevalência de desnutrição hospitalar e a possível associação da hiperglicemia com complicações pós-operatórias. Objetivo: Avaliar o perfil glicêmico e o estado nutricional pré-operatório de pacientes idosos. Método: Foi realizado um estudo transversal descritivo e analítico, com aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos com parecer de nº 63041/2012. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido de acordo com a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, autorizando a realização da mesma. Foram avaliados pacientes idosos (&#8805; 60 anos), internados em uma enfermaria de cirurgia geral. O estado nutricional foi avaliado até 48 horas da sua admissão no pré-operatório, tomando por base os dados antropométricos que incluíram peso, altura estimada pela altura do joelho (Chumlea, 1985) e o índice de massa corporal (IMC), calculado a partir da fórmula: Peso/(altura)² e classificado conforme descrição de Lipschitz, 1994. Para a avaliação da glicemia de jejum foram analisados prontuários e considerado valores normais < 100mg/dL. Os dados foram digitados no programa Excel for windows, versão 2007. A análise estatística foi realizada no programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 13.0, sendo considerado um p < 0,05 para rejeição da hipótese de nulidade. Resultados: Os 44 idosos avaliados possuíam uma idade média de 70,0 ± 7,6 anos (mínimo 60 e máximo 98 anos) sendo 61,4% do sexo feminino. Segundo avaliação nutricional o IMC médio foi de 24,0 ± 4,4 kg/m2 com uma prevalência de desnutrição de 45,5% (20) e de 29,5% (13) de excesso de peso. Com relação à glicemia de jejum a mediana foi de 96,55 mg/dL, com variações mínima e máxima de 54 e 522mg/dL, respectivamente. Não foi encontrada associação entre os níveis glicêmicos e o estado nutricional (p > 0,55). Conclusão: A desnutrição hospitalar continua sendo uma das principais alterações nutricionais. Embora, não tenha sido observada associação dos níveis glicêmicos com o estado nutricional, a grande variabilidade glicêmica encontrada deixa clara a necessidade de uma atenção especial para os níveis glicídicos dos pacientes idosos no pré-operatório, uma vez que já foi observada a associação da hiperglicemia com um possível aumento de complicações cirúrgicas. P-243 PERFIL NUTRICIONAL E USO DE TERAPIA NUTRICIONAL EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA HEPÁTICA CRÔNICA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ROSEMARY DE BARROS FONSECA (UFPE); MARIA DO SOCORRO ALVES DE CARVALHO (UFPE); PATRICIA FORTES CAVALCANTI DE MACEDO (UFPE); DÉBORA JOICE DA SILVA (UFPE); CINTIA MARIA DO NASCIMENTO GIBSON BARBOSA (UFPE); JULIANA GONÇALVES TRIGUEIRO (UFPE) Introdução: A avaliação nutricional de pacientes com Doença Hepática Crônica (DHC) é considerada difícil, pois não existe, até o momento, um padrão-ouro para a estimativa do seu estado nutricional. A terapia nutricional tem um papel fundamental para manutenção ou recuperação do Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 105 Suplemento Nutrição Clínica/2013 estado nutricional desses pacientes. Objetivo: descrever o perfil nutricional e o uso de terapia nutricional em pacientes portadores de DHC. Método: Trata-se de um estudo realizado em um Hospital Universitário. A amostra foi composta de pacientes com DHC, internados entre 2010 e 2012. A fonte de coleta de dados foram fichas utilizadas para acompanhamento dos pacientes pelo Serviço de Nutrição do Hospital. Foi elaborado um banco de dados utilizando o Excel, onde foram analisadas variáveis demográficas (sexo, idade), clínicas (diagnóstico, história de encefalopatia), antropométricas (peso, altura, edema e ascite, peso ajustado, IMC) e dietéticas (terapia nutricional e tipo de fórmula utilizada). Os resultados foram expressos através de média, desvio padrão e percentuais. Resultados: A amostra foi composta de 75 indivíduos com média de idade 58,5 anos (+ 13,8) sendo 61,33% homens e 38,67% mulheres. As principais causas da DHC foram de etiologia mista com 30,6%, seguidos por EHE (25,3%), álcool (16%) e vírus C (10,6%). Foi observado que 41,33% tiverem encefalopatia e 61,33% ascite de leve a grave. Em relação ao estado nutricional houve predominância de eutrofia (48%), desnutrição (28%) e excesso de peso (24%). A terapia nutricional empregada foi predominantemente oral (18,67%), seguida da terapia enteral (9,33%) e parenteral (2,67%). A maior parte da amostra não fez uso de terapia nutricional (68%). Dentre as fórmulas utilizadas, destacou-se o uso daquelas especializadas para hepatopata (95,45%), foi visto o uso de fórmulas hipercalóricas e hiperprotéicas (13,64%) e especializadas para doença renal (4,55%). Conclusão: No presente estudo foi visto predominância da eutrofia, é válido ressaltar que parte da amostra apresentava ascite, e que o único parâmetro utilizado para avaliação foi o IMC que se usado isoladamente, pode superestimar o estado nutricional. O uso de terapia nutricional não foi predominante, mas destacou-se o uso de fórmulas especificas para hepatopatia. P-244 MONITORAMENTO NUTRICIONAL DE PACIENTES ADMITIDOS EM UM HOSPITAL PEDIÁTRICO. MARIA DA CONCEIÇÃO MASCARENHAS VASCONCELOS (UFRB); MARIA ZILDA NERY (UFRB); EDINEUSA DE JESUS FERNANDES (UFRB); ANGELA MARIA SILVA LISBOA FERREIRA (IMIP); CAROLINE SILVA CARVALHO (IMIP); CAMILA ARAÚJO SOUSA (IMIP) Introdução: Grande parte das crianças hospitalizadas perde peso ao longo do internamento, o que se confirma através dos altos índices de desnutrição entre esses pacientes. Isso se deve a uma série de fatores que se somam, e entre os quais, destaca-se a ausência da triagem de risco nutricional. A triagem nutricional possibilita a identificação do risco de complicações decorrentes da condição clínica, da ingestão nutricional e alterações de peso do paciente, antecipando a conduta nutricional. Objetivo: Monitorar o risco nutricional dos pacientes admitidos em um hospital pediátrico, através da ferramenta de triagem STRONGkids. Método: Estudo transversal, prospectivo, exploratório, realizado em um hospital público pediátrico do estado da Bahia. Foram incluídos todos os pacientes admitidos na unidade emergência durante o período de maio a junho do ano de 2013 com idade variando entre um mês de vida até os 18 anos incompletos. Foram excluídos do estudo os pacientes portadores de neuropatia, edema, amputação de membros, para e tetraplegia, ou com diagnóstico clínico ainda não definido. Todos os pacientes foram triados no momento da admissão, mediante o instrumento STRONGkids que classifica o risco nutricional em três níveis (leve, moderado e elevado), e retriados semanalmente, até a quarta semana de internamento. Resultados: Participaram do presente estudo 42 pacientes. De acordo com a classificação do STRONGkids, 20 (48%) pacientes apresentaram baixo risco nutricional, 21 (50%) médio risco e apenas 1 (2%) alto risco nutricional no momento da admissão hospitalar. Dos pacientes classificados com baixo risco nutricional na admissão, 16 (80%) receberam alta hospitalar antes de iniciar a segunda semana de internamento. Durante a retriagem, notou-se melhora no que se refere à classificação do risco nutricional em 4 (9,5%) pacientes da primeira para a segunda semana e 2 (7,8%) da segunda para a terceira semana de acompanhamento. Além disso, nenhum pacientes apresentou agravo da classificação de risco nutricional durante o internamento. Conclusão: O monitoramento do risco nutricional durante o internamento permitiu direcionar a assistência nutricional aos pacientes com maior risco, sobretudo, porque estes permaneceram internados por um período superior a uma semana. Ressalta-se a importância de se instituir protocolo de triagem, uma vez que a gravidade do risco nutricional pode variar de uma semana para outra, no mesmo paciente, ao longo do internamento. P-245 EFEITO DE INTERVENÇÃO NUTRICIONAL SOBRE ANTROPOMETRIA EM IDOSOS DIABÉTICOS MARINA HORTÊNCIA DA SILVA BARROS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); MARIA GORETTI PESSOA DE ARAÚJO BURGOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); MARÍLIA CORREIA CARVALHO NOVAES FERRAZ (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); PRISCILA VIEIRA ANTUNES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) Introdução: Diabetes Mellitus (DM) é um conjunto de distúrbios metabólicos caracterizados pela presença de hiperglicemia, a qual é o resultado de defeitos na ação e/ou secreção da insulina. A obesidade é considerada como o principal fator de DM 2 em idosos, por resultar em resistência a insulina, influenciando de forma negativa o metabolismo da glicose. O controle adequado do peso corporal tem sido eficaz no processo de controle da glicemia, sensibilidade insulínica, perfil lipídico, níveis pressóricos e redução da mortalidade, além de sempre estar entre as prioridades para o tratamento do DM. Objetivo: Avaliar o efeito de intervenção nutricional sobre parâmetros antropométricos (peso, altura e Índice de Massa CorporalIMC) em idosos diabéticos atendidos em um ambulatório de nutrição de Recife-PE. Método: Foi realizado um estudo transversal do tipo série de casos no período de maio a agosto de 2013 com uma amostra de 27 pacientes. Nas primeiras consultas, os idosos foram pesados e suas alturas foram estimadas pelo cálculo da equação de Chumlea, 1994 através da técnica da altura do joelho. O IMC foi calculado segundo Lipschitz, 1994 (estando a eutrofia na faixa de 22 a 27Kg/m²). Depois de realizada a orientação nutricional, o paciente foi instruído a retornar 3 meses após para ser reavaliado. No retorno, o paciente foi submetido a nova avaliação antropométrica, do mesmo modo que na primeira consulta. Resultados: Na primeira consulta, 51,8% dos pacientes apresentaram excesso de peso (IMC>27Kg/m²), 37,1% eram considerados eutróficos e 11,1% estavam com baixo peso (IMC<22Kg/m²). Após 3 meses, não houve variação significativa no IMC, porém, 64,3% dos idosos classificados com excesso de peso conseguiram reduzir em média 3,09% do peso anterior, o equivalente a aproximadamente 2Kg. Conclusão: A partir dos resultados obtidos na avaliação antropométrica, foi possível mostrar que a intervenção nutricional na primeira consulta promoveu resultados benéficos após 3 meses de seguimento das orientações recebidas, visto que a maioria dos idosos diabéticos com excesso de peso conseguiu uma redução ponderal significativa. O acompanhamento periódico é de fundamental importância na busca de um controle metabólico satisfatório, bem como de uma melhor qualidade de vida do paciente diabético. P-246 SEGURANÇA ALIMENTAR E ESTADO NUTRICIONAL DE PORTADORES DE DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIA PAULA SIMPLICIO DA SILVA (IPEC/FIOCRUZ); CLAUDIA SANTOS DE AGUIAR CARDOSO (IPEC/FIOCRUZ); CRISTIANE FONSECA DE ALMEIDA (IPEC/ FIOCRUZ); ADRIANA COSTA BACELO (IPEC/FIOCRUZ); RAQUEL ESPIRITO SANTO (IPEC/FIOCRUZ); PATRICIA DIAS DE BRITO (IPEC/FIOCRUZ) Introdução: O estado nutricional de pacientes hospitalizados influencia a sua evolução clínica e tempo de internação. A desnutrição hospitalar Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 106 Suplemento Nutrição Clínica/2013 tem sido associada a complicações infecciosas, contribuindo para um aumento significativo na morbidade e na mortalidade. A insegurança alimentar, definida como a persistente falta de acesso a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, está relacionada com aumento de internação hospitalar e consequente desnutrição. Objetivo: O objetivo desta pesquisa é avaliar a situação de segurança alimentar e estado nutricional de pacientes portadores de doenças infecciosas e parasitárias (DIPs) internados em hospital federal. Método: Este é um estudo descritivo de corte transversal com portadores de DIPs. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. Para a avaliação da Segurança alimentar foi adotada a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). A avaliação do estado nutricional dos pacientes foi realizada pelo índice de massa corporal (IMC) (OMS, 2004). A construção do banco de dados e a análise estatística foram realizadas pelo Excel (Microsoft Corp., Estados Unidos). Resultados: Os dados são apresentados na forma de média, desvio padrão e freqüências. Foram avaliados 384 pacientes, idade 43,8±15,2 anos, sendo 40,1% do sexo feminino e 59,9% masculino. Os portadores de HIV/AIDS representaram 65,2% da amostra e outras DIPs (doença de chagas, doença febril aguda, HTLV, tuberculose, hanseníase, esporotricose e paracoccidioidomicose) 34.8%. Insegurança alimentar foi encontrada em 46,6% dos pacientes. Quando avaliamos a segurança alimentar de acordo com a doença infecciosa encontramos que 52,5% dos portadores de HIV/AIDS apresentam insegurança alimentar, enquanto que os portadores de outras DIPs apresentaram 36,4%. A avaliação nutricional foi realizada em 342 pacientes, a maioria apresentou eutrofia, entretanto 30% apresentavam desnutrição. Conclusão: A prevalência de insegurança alimentar foi elevada, sendo observada em todas as faixas de classificação do estado nutricional, evidenciando a necessidade de intervenção nutricional precoce em portadores de DIPs. A determinação da situação de insegurança alimentar nessa população poderá embasar propostas de programas, ações de prevenção e recuperação nutricional, bem como a implementação de políticas públicas específicas para os pacientes portadores de doenças infecciosas. P-247 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL ANTROPOMÉTRICA DE PACIENTES IDOSOS INTERNADOS NA CLÍNICA CIRÚRGICA DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE PERNAMBUCO HELÂNIA VIRGINIA DANTAS DOS SANTOS (HOSPITAL MIGUEL ARRAES); AMANDA MOREIRA DE ANDRADE (HOSPITAL MIGUEL ARRAES); ELIZANGELA ALICE DE MELO GOMES SOARES (HOSPITAL MIGUEL ARRAES); RAFAELLA DE ANDRADE SILVA (HOSPITAL MIGUEL ARRAES); IONÁ GALVÃO DE AZEVÊDO (HOSPITAL MIGUEL ARRAES); MILENA SANTOS SOUZA (HOSPITAL MIGUEL ARRAES) Introdução: Diante do quadro de envelhecimento da população brasileira, da alta prevalência de desnutrição hospitalar associado às transformações naturais do envelhecimento que tornam complexa a avaliação nutricional de idosos. Objetivo: Avaliar o estado nutricional pré-operatório de pacientes idosos. Método: Foi realizado um estudo transversal descritivo e analítico, com aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos com parecer de nº 63041/2012. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido de acordo com a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, autorizando a realização da mesma. Foram avaliados idosos (&#8805; 60 anos), internados em uma enfermaria de cirurgia geral. O estado nutricional foi avaliado até 48 horas da sua admissão no pré-operatório, tomando por base os dados antropométricos que incluíram peso, altura estimada pela altura do joelho (Chumlea, 1985) e o índice de massa corporal (IMC), calculado a partir da fórmula: Peso/ (altura)² classificado conforme descrição de Lipschitz, 1994 e a circunferência da panturrilha (CP) classificada como adequada a circunferência &#8805; 31cm para homens e mulheres (WHO, 1995). Os dados foram digitados no programa Excel for windows, versão 2007. A análise estatística foi realizada no programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 13.0, sendo considerado um p < 0,05 para rejeição da hipótese de nulidade. Resultados: Os 49 idosos avaliados possuíam uma idade média de 69,7 ± 7,5 anos (mínimo 60 e máximo 98 anos) sendo 59,2% do sexo feminino. A avaliação nutricional antropométrica mostrou um IMC médio de 23,8 ± 4,4 kg/m2 com uma prevalência de desnutrição em 46,9% (23) pelo IMC e de 34,7% (17) pela CP, a média da CP foi de 32,4 ± 3,7cm. Observou-se uma associação significativa do IMC com a CP (p = 0,001), e com o sexo (p = 0,01), sendo o sexo masculino o que apresentou maior índice de desnutrição, 70%. Conclusão: Apesar de todos os esforços a elevada prevalência de desnutrição hospitalar, continua apresentando dados alarmantes. A significativa associação do IMC com a CP é um achado importante, uma vez que nem sempre é possível avaliar o peso e a altura dos mesmos devido às limitações do envelhecimento. Além disso, a alta incidência de desnutrição entre os pacientes do sexo masculino merece um destaque importante. P-248 SUPORTE NUTRICIONAL COM NUTRIÇÃO PARENTERAL EM PACIENTE COM NEOPLASIA DE CÓLON KAREN BEATRIZ BORGES DE OLIVEIRA DE OLIVEIRA (UFPB); SUELLEN TAVARES PAULINO (UFPB); JOANNA DARC GOMES RODRIGUES SILVA (UFPB); FILIPE RODOLFO MOREIRA BORGES DE OLIVEIRA (UFPB); RAQUEL PATRICIA ATAIDE LIMA (UFPB); JESSICA VICKY BERNARDO (UFPB) Introdução: O suporte nutricional via parenteral é indicado sempre que o paciente estiver impossibilitado de usar a via enteral por um tempo predefinido, podendo ser utilizada como apoio ou exclusivamente, para aqueles casos em que o uso da via enteral é contra indicada. Este estudo teve como objetivo aplicar o suporte nutricional em paciente crítico com neoplasia de cólon, para melhoria do estado nutricional do paciente afim de melhorar as condições críticas do paciente.Tratou-se de um estudo clínico, realizado no Hospital Universitário Lauro Vanderley, por estudantes de Graduação do Curso de Nutrição da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Nutricionistas do Hospital. Os resultados levantados no prontuário médico apresentou que o paciente foi diagnosticado com neoplasia de cólon, diarréia crônica e sepse, sendo ofertado a este paciente o suporte nutricional parenteral. Concluindo que, Devido aos traumas normalmente levarem o paciente a estados hipermetabólicos, e sabendo que a única terapia capaz de suprir tais necessidades é a parenteral, esta foi ofertada ao paciente e verificou-se, pela equipe multiprofissional, melhoria no estado nutricional do paciente e redução do número de evacuações/dia. P-249 AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE CÁLCIO E INGESTÃO DA VITAMINA D NUMA POPULAÇÃO DE UMA CIDADE DA REGIÃO DE JUNDIAÍ, SP ENARA AMÁDIO FRIZÃO (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); TACIANA DAVANÇO (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); KATIA CRISTINA GAMBINI (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); DANILA MARIANE PEREIRA (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); BRUNO CARAMELLI (USP); LUCIANA SAVOY FORNARI (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA) Introdução: O cálcio é um nutriente essencial e necessário em funções biológicas como a contração muscular, coagulação sanguínea, transmissão do impulso nervoso ou sináptico e o suporte estrutural do esqueleto. Muitos estudos têm demonstrado que o consumo de cálcio previne doenças como a osteoporose, hipertensão arterial, obesidade e câncer de cólon. A deficiência de vitamina D afeta diretamente a absorção de cálcio. A vitamina D é produzida pela síntese cutânea, através da exposição solar, e também pode ser adquirida pela ingestão de alimentos fontes desse nutriente. Portanto, o baixo consumo de alimentos fontes de vitamina D e Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 107 Suplemento Nutrição Clínica/2013 insuficiente exposição solar podem interferir na absorção do cálcio. Objetivo: O objetivo geral foi avaliar a ingestão alimentar de estudantes de 6 a 10 anos de idade, seus pais e mães em duas escolas públicas de uma cidade da região de Jundiaí-SP, através do recordatório 24 horas, por meio efetuou-se o cálculo do cálcio e da vitamina D na dieta desta população. Método: Foi aplicado recordatório 24h em cada indivíduo. Essa avaliação foi feita para investigar ingestão de cálcio e vitamina D das crianças, pais e mães. O cálculo foi realizado pelo software AVANUTRI versão 3.1.4. Para avaliação da adequação quanto à ingestão de cálcio e vitamina D foi utilizado a DRI (2002), como parâmetro de comparação. Resultados: A avaliação foi realizada em 428 Crianças, 211 pais e 433 mães e pode-se verificar que o consumo de cálcio encontro-se por 5,60% das crianças acima do recomendado, 94,40% abaixo do recomendado e nenhuma criança ingeriu adequadamente. Os pais consumiram o cálcio 5,20% acima do recomendado, 94,80% abaixo e ninguém ingeriu adequadamente. As mães ingeriram 4,41% do cálcio acima, 95,61% abaixo e nenhuma mãe ingeriu adequadamente este micronutriente. O consumo da vitamina D foi observado que 10,27% das crianças ingeriram acima, 87,86% abaixo e 1,86 % adequado.O consumo de vitamina D pelos pais foi de 6,15% acima, 93,35% abaixo e 0,50% adequado.As mães ingeriram a vitamina D em proporções inadequadas, sendo que 4,84% acima, 94,91% abaixo e 0,23% apenas consumiu este micronutriente em quantidades adequadas segundo a DRI, 2202. Conclusão: Todos os sujeitos do estudo apresentaram consumo inadequado do cálcio e da vitamina D, sendo necessário a realização de trabalhos de intervenção e educação nutricional nesta população. UNITERMOS: cálcio, vitamina D, ingestão alimentar. P-250 NÍVEIS SÉRICOS DE VITAMINA D, CONSUMO ALIMENTAR E OBESIDADE NO PÓS TRANSPLANTE TARDIO DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOIÉTICAS AMANDA CRISTINA DE OLIVEIRA (HOSPITAL DE CLÍNICAS - UFPR); EMMANUELLE DIAS BATISTA (HOSPITAL DE CLÍNICAS - UFPR); CRISTIANE PAVAN PEREIRA (HOSPITAL DE CLÍNICAS - UFPR); ANA CLÁUDIA THOMAZ (HOSPITAL DE CLÍNICAS - UFPR); REBECCA BAUMGARTNER (HOSPITAL DE CLÍNICAS - UFPR); DENISE JOHNSSON CAMPOS (HOSPITAL DE CLÍNICAS - UFPR) Introdução: A deficiência de vitamina D é um problema de saúde conhecido mundialmente e pode levar a alterações ósseas como osteoporose, osteomalácia, fraturas e outras alterações metabólicas. O transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH) pode aumentar o risco de deficiência de vitamina D devido ao condicionamento, doença do enxerto versus hospedeiro, restrição da ingestão alimentar, da atividade física e da exposição solar. A obesidade também pode ser fator de risco para deficiência de vitamina D. Objetivo: Avaliar os níveis séricos de vitamina D no pós TCTH, e sua correlação com o consumo alimentar e o IMC (Índice de Massa Corporal). Método: Estudo retrospectivo incluindo pacientes com mais de 1 ano pós TCTH, maiores de 18 anos, do ambulatório de transplante de medula óssea de um Hospital Universitário, no período de maio a setembro de 2012. O estado nutricional foi determinado pelo IMC utilizando-se a classificação da OMS (1998). Para a avaliação da ingestão de vitamina D aplicou-se o recordatório alimentar de 24h. A adequação de consumo foi baseada na RDA (Recommended Dietary Allowances). O valor sérico de vitamina D (25OHD) foi considerado adequado quando acima de 30 ng/ dl. Os dados foram submetidos à análise estatística por meio dos testes Qui-quadrado e Pearson, com nível de 5% de significância. Resultados: A amostra foi composta por 32 pacientes, com idade de 34±10,3 anos, sendo 52,9% mulheres (n=18). Com relação ao estado nutricional, 65,6% pacientes eram eutróficos (n=21), 21,8% sobrepeso (n=7) e 12,5% obesos (n=4). Todos os pacientes (100%) apresentaram ingestão inadequada de vitamina D, com média de consumo de 1,35±3,5 mcg/dia. Apenas 18,7% dos pacientes (n=6) apresentavam níveis sanguíneos adequados de vita- mina D, com dosagem plasmática média de 20,6±9,07 ng/dl. Não houve correlação significativa entre os níveis séricos de vitamina D e o consumo alimentar (r=0,05; p=0,76) ou o IMC (r= -0,05; p=0,78). Conclusão: Níveis séricos reduzidos de vitamina D foram observados na maioria dos pacientes. Todos os pacientes possuiam baixa ingestão de vitamina D. Portanto, não foi possível encontrar correlação dos níveis séricos de vitamina D com o consumo alimentar e o IMC. É necessário orientação nutricional destes indivíduos, visando a adequação da ingestão alimentar, prevenindo a obesidade e doenças futuras. P-251 EFEITOS POSITIVOS DA INTERVENÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE TERAPIA NUTRICIONAL RELACIONADAS À TERAPIA ENTERAL DE PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA FRANCINE GONÇALVES (HOSPITAL MUNICIPAL DE ARAUCÁRIA); AYRTON ALVES ARANHA JUNIOR (HOSPITAL MUNICIPAL DE ARAUCÁRIA); JUANG HORNG JYH (HOSPITAL MUNICIPAL DE ARAUCÁRIA); MAILA MARIANA CRUCINSKI (HOSPITAL MUNICIPAL DE ARAUCÁRIA); CHEILA RAQUEL WOLLINGER DE SOUZA (HOSPITAL MUNICIPAL DE ARAUCÁRIA); MARINA YAMAMOTO (HOSPITAL MUNICIPAL DE ARAUCÁRIA) Introdução: A efetividade da participação da equipe multiprofissional de terapia nutricional (EMTN) vem sendo demonstrada em diversos estudos. A discussão multiprofissional dos casos internados, bem como a participação efetiva de médicos, nutricionistas, enfermeiros e farmacêuticos no suporte nutricional diário reduz de forma significativa complicações e custos relacionadas a terapia enteral, bem como o tempo de internamento dos pacientes. Objetivo: O presente estudo tem por objetivos comparar os resultados do uso de terapia enteral nos períodos prévios e posteriores à efetivação da equipe multidisciplinar de terapia nutricional, avaliando complicações gastrointestinais e mecânicas, porcentagem de volume infundido em relação ao prescrito e custos. Método: Estudo retrospectivo de dados obtidos de planilhas de acompanhamento do serviço de nutrição e dietética referente a pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI) adulto de um hospital secundário e tratados com terapia nutricional enteral. As variáveis avaliadas foram: causa e tempo de internação em UTI, via utilizada para administração, fórmula utilizada, complicações mecânicas e gastrointestinais, volume prescrito e volume infundido. Foram comparados os períodos prévios à instalação efetiva da EMTN (2008-2011), como sendo grupo I, e posterior à mesma (2011-2013), como sendo grupo II. A análise estatística foi realizada através dos testes ANOVA e t de Student. Resultados: Comparando as causas de internação, a maioria dos pacientes em ambos os períodos, foram insuficiência respiratória associada a broncopneumonia em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica ou sequela de acidente vascular encefálico. Com relação à via utilizada, a nasogástrica representou a maioria em ambos os grupos analisados (87% - grupo I e 90% - grupo II), estatisticamente não havendo diferença significativa. Analisando as complicações, tanto mecânicas quanto gastrointestinais, houve diferença estatística significativa entre os grupos (P<0,05), onde o grupo II apresentou menor freqüência. Comparando a porcentagem de volume prescrito versus infundido, houve um aumento significativo após a efetivação da EMTN, passando de uma média de 78% para 97%. Conclusão: A participação efetiva da EMTN proporcionou melhora significativa no acompanhamento aos pacientes críticos que recebem suporte nutricional através de dieta enteral, com redução de perdas de volumes infundidos, o que proporciona ao recebimento quase integral das suas necessidades calóricas e protéicas. Isso também reflete na melhoria da assistência a saúde e na redução de desperdícios com relação ao suporte nutricional. P-252 TRIAGEM NUTRICIONAL EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 108 Suplemento Nutrição Clínica/2013 ANA PAULA LEÃO (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG); GICELE MENDES CHAGAS (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG); CLARA MARIZE CARLOS (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG) Introdução: Desnutrição hospitalar é um evento prevalente e está associada a maior morbidade e mortalidade. Vários fatores colaboram para esse desfecho na hospitalização: ação da doença de base e comorbidades, ingestão insuficiente, efeitos colaterais de medicamentos e inatividade física. Identificação precoce desses fatores possibilita adoção de melhor manejo nutricional e a triagem nutricional (TN) é capaz de identificá-los de forma eficiente, direcionando os pacientes para um atendimento nutricional individualizado. Objetivo: Caracterizar os pacientes submetidos a TN classificados como risco nutricional (RN) nas Unidades de Terapia Intensiva (TI) de um hospital universitário de Belo Horizonte e identificar os principais motivos que levam estes pacientes ao RN grave, assim como as patologias mais prevalentes. Método: Trata-se de estudo transversal onde foram avaliados pacientes internados nas unidades de TI (Centro de Terapia Intensiva e Unidade Coronariana) do hospital, de março a agosto de 2012. O protocolo de TN utilizado tem como referência o Nutritional Risk Screening (2002), que emprega parâmetros antropométricos (peso, altura, circunferência do braço), diagnóstico, avaliação da ingestão e história de perda de peso. O protocolo foi adaptado para pacientes críticos, visto que não há na literatura ferramenta de TN específica para esta população. Considerou-se, para classificação de RN grave, ausência de suporte nutricional por 72 horas, baixa aceitação da dieta e presença de sintomas gastrintestinais que comprometam a ingestão. Os resultados foram organizados em banco de dados do Excel, versão 2007. Resultados: Foram triados, no período, 247 pacientes, 53,44% do sexo masculino e 46,56% do feminino. Foram classificados como RN grave 36,84% dos pacientes, os quais foram encaminhados para avaliação individualizada. Destes, 36,3% estavam com dieta suspensa há pelo menos 72 horas; 56,04% apresentavam ingestão diminuída (25-60% na última semana); 30,8% alegaram perda de peso não intencional (últimos 3 meses) e 32% apresentavam sintomas gastrintestinais que comprometiam a ingestão (vômitos e/ou diarréia) na semana anterior à TN. As doenças mais prevalentes foram as cardiovasculares (46,15%), pós-operatório (PO) de ressecção de aneurisma cerebral (12,09%), PO de troca valvar mitral (6,59%) e câncer (6,59%). Conclusão: Através dos dados avaliados, observou-se a importância da realização da TN para identificar precocemente pacientes em RN grave na TI, uma vez que má nutrição é problema comum entre esses e pode levar a pior prognóstico. O processo de identificação do RN através da TN é efetivo, capaz de sinalizar, muitas vezes precocemente, pacientes que poderiam beneficiar-se de terapia nutricional, minimizando complicações relacionadas à internação e à desnutrição. P-253 AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE FERRO, VITAMINA A E VITAMINA C DE ESTUDANTES DE 6 A 10 ANOS DE IDADE. ENARA AMÁDIO FRIZÃO (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); TACIANA DAVANÇO (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); KATIA CRISTINA GAMBINI (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); DANILA MARIANE PEREIRA (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); BRUNO CARAMELLI (USP); LUCIANA SAVOY FORNARI (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA) Introdução: As anemias carenciais ocorrem por deficiência da produção de eritrócitos, devido à falta de elementos essenciais para sua formação e diferenciação. O Ferro apresenta-se sob duas formas nos alimentos: heme (de origem animal) e não-heme (cereais e hortaliças). A absorção intestinal do Ferro envolve mecanismos complexos, que necessitam da presença de substâncias facilitadoras e inibidoras. O baixo consumo de vitamina C e Vitamina A são fatores dietéticos que atrapalham a absorção e biodisponibilidade do Ferro da dieta atuando diretamente em vários processos metabólicos no cérebro. Desta maneira o consumo adequado do Ferro, Vitamina C e vitamina A constituem estratégia de prevenção da anemia, principalmente na fase escolar. Objetivo: O objetivo geral foi avaliar a ingestão de ferro, vitamina C e vitamina A de estudantes de 6 a 10 anos de idade em duas escolas públicas de uma cidade da região de Jundiaí-SP, através do recordatório 24 horas. Método: Foi aplicado recordatório 24h em cada indivíduo. Essa avaliação foi feita para investigar ingestão de Ferro, vitamina C e vitamina A das crianças. O cálculo foi realizado pelo software AVANUTRI versão 3.1.4. Para avaliação da adequação quanto à ingestão de Ferro, vitamina C e vitamina A foi utilizado a DRI (2002), como parâmetro de comparação. Resultados: A avaliação foi realizada com 428 Crianças e observou-se que as crianças ingeriram o Ferro 29,22% acima, 69,40% ingeriu abaixo e 1,40% ingeriu adequadamente. Em relação ao consumo de vitamina C verificou se que 51,86% ingeriu acima, 48,13% ingeriu abaixo e nenhuma criança ingeriu adequadamente. A ingestão da vitamina A foi 24,10% acima, 75,93% abaixo e ninguém ingeriu adequadamente. Conclusão: Todos os sujeitos do estudo apresentaram consumo inadequado do Ferro, vitamina A e Vitamina C, sendo necessário a realização de trabalhos de intervenção e educação nutricional nesta população. P-254 AVALIAÇÃO DO CONSUMO DA FIBRA ALIMENTAR EM ESTUDANTES DE 6 A 10 ANOS DE IDADE. ENARA AMADIO FRIZÃO (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); TACIANA DAVANÇO (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); KÁTIA CRISTINA GAMBINI (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); DANILA MARIANE PEREIRA (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); BRUNO CARAMELLI (USP); LUCIANA SAVOY FORNARI (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA) Introdução: O consumo da fibra alimentar é considerado fator importante na prevenção e no tratamento da constipação. Tanto a fibra insolúvel como também a solúvel, tem um possível papel na prevenção de outras doenças, tanto do tubo digestivo como extra-digestivas. As mudanças dos hábitos alimentares ocasionadas pelo desenvolvimento das indústrias alimentícias, em especial os “fast foods” tem causado grande preocupação e aumento da constipação, já que estes alimentos são pobres em fibras e ricos em gorduras e sódio. Desta maneira o consumo adequado da Fibra dietética constitui estratégia de prevenção da constipação e saúde do trato gastro intestinal. Objetivo: O objetivo geral foi avaliar a ingestão alimentar de estudantes de 6 a 10 anos de idade em duas escolas públicas de uma cidade da região de Jundiaí-SP, através do recordatório 24 horas, por este meio efetuou-se o cálculo da fibra alimentar na dieta desta população. Método: Foi aplicado recordatório 24h em cada indivíduo para avaliação do micronutriente(fibra). Essa avaliação foi feita para investigar a alimentação das crianças. Por meio desse método, foi avaliado a ingestão de fibras alimentares. O cálculo foi realizado pelo software AVANUTRI versão 3.1.4. Para avaliação da adequação quanto à ingestão deste micronutriente foi utilizado a SBC (2005), como parâmetro de comparação. Resultados: A avaliação foi realizada com 428 Crianças e pode-se verificar que as crianças ingeriram a fibra alimentar 21,04% acima, 77,10% ingeriu abaixo e 1,86% ingeriu adequadamente, essa menor ingestão de fibra alimentar tem levado a maiores índices de constipação intestinal, sendo um distúrbio comum na população infantil. Conclusão: A maioria das crianças do estudo apresentaram consumo de fibras abaixo do recomendado, sendo necessário a realização de trabalhos de intervenção e educação nutricional nesta população, já que este nutriente é de fundamental importância no bom funcionamento intestinal destas crianças. UNITERMOS: Fibra alimentar, recordatório alimentar, constipação. Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 109 Suplemento Nutrição Clínica/2013 P-255 CORRELAÇÃO ENTRE ÍNDICES DIETÉTICOS, COMPOSIÇÃO CORPORAL E GASTO ENERGÉTICO DE REPOUSO DE MULHERES JOVENS RENATA ADRIELLE LIMA VIEIRA (UFOP); FERNANDA CAMPOS FREIRE (UFOP); LÍDIA MARA GOMES HENRIQUES (UFOP); CRÍSSIA MARIA DE LIMA (UFOP); ANA CAROLINA PINHEIRO VOLP (UFOP) Introdução: A obesidade é um problema de saúde pública e sua gênese pode ser avaliada no âmbito da identificação do papel da dieta por meio da análise do padrão alimentar. Este é verificado por vários índices dietéticos que avaliam a qualidade da dieta de um indivíduo ou população. Objetivo: Avaliar a relação dos índices Contagem de Alimentos Recomendados (CAR) e Escore da Diversidade da Dieta (EDD) com a composição corporal de mulheres eutróficas e com excesso de peso. Método: Trata-se de um estudo transversal realizado em indivíduos do sexo feminino, com idade entre 18 e 35 anos. As voluntárias foram selecionadas segundo o índice de massa corporal (IMC) e divididas em dois grupos: 1- eutrofia (IMC: 18,5 a 24,9kg/m2) e 2- excesso de peso (IMC: 26 a 35kg/m2). Dados sobre o consumo alimentar foram obtidos por meio do questionário de frequência de alimentos. Para o CAR adotou-se 1 ponto para cada alimento recomendado e consumido na última semana. O EDD, foi atribuído 1 ponto para cada grupo de alimento consumido dentro das quantidades mínimas estabelecidas. Seus escores variam entre 0 e 5, sendo 0 baixa diversidade e 5 alta diversidade. A composição corporal foi avaliada por meio da bioimpedância elétrica tetrapolar que determina porcentagem de gordura corporal, massa magra e gasto energético de repouso (GER). Utilizou-se o teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov e a correlação de Pearson, adotando-se um nível de significância de 5%. Para as análise estatísticas utilizou-se o software PASW 18. Resultados: Estudo realizado com 22 voluntárias das quais, 68,2% pertenciam ao grupo 1 e 32,8% ao grupo 2. A idade média da amostra foi 24,1±3,6 anos. As médias obtidas para IMC, massa magra, gordura corporal, GER, CAR e EDD foram 21,5±1,6kg/ m2, 41±4,2kg, 28,6±4%, 1245,5±130,7Kcal, 8,5±2,6 e 4,3±0,6, respectivamente para o grupo 1. Já no grupo 2 observou-se 30,1±3,1kg/ m2, 51±6,6kg, 37,3±3,9%, 1555,2±195,3Kcal, 8,4±3,1 e 4,1±0,9, respectivamente. Ao correlacionar EDD e CAR com as variáveis, apenas o grupo 2 apresentou correlação negativa entre EDD, massa magra e GER (r=-0,775, p=0,041 e r=-0,774, p=0,041, respectivamente).Conclusão: Nesse contexto, observou-se que os indivíduos apresentaram uma dieta diversificada, porém não necessariamente tal diversidade implicará no aumento da massa magra e consequentemente no aumento do GER. P-256 EMULSÕES LIPÍDICAS EM TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL: UMA PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA KAYO ALVES FIGUEIREDO (HOSPITAL DE URGÊNCIA DE TERESINA); ILKA DE CARVALHO BARROS (HOSPITAL DE URGÊNCIA DE TERESINA); JÉSSICA FREIRE DA SILVA (HOSPITAL REGIONAL NORTE) Introdução: Em 1961, a utilização parenteral de emulsão lipídica (EL) contendo óleo de soja foi um importate marco na história da terapia nutricional parenteral (TNP). Em 1970, surgiram estudos sobre a ação imunossupressora dessa EL, os quais motivaram o desenvolvimento de novas formulações de EL para uso parenteral. Objetivo: Esta prospecção tecnológica objetiva realizar um levantamento nas principais bases de patentes de novas formulações que contenham EL para TNP. Método: Foram obtidos os pedidos de patentes depositados no últimos 20 anos nas seguintes bases (até 07/2013): European Patent Office (EPO); World Intellectual Property Organization (WIPO); United States Patent and Trademark Office (USPTO); Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) do Brasil. Foram utilizados como descritores: Emulsão/Emulsion AND Nutrição parenteral/Parenteral nutrition e Lipídeo/Lipid AND Nutrição parenteral/Parenteral nutrition. Através da leitura exploratória dos títulos e resumos foram selecionados os pedidos de patentes até o presente momento que contemplassem resultados de desenvolvimento tecnológico de formulações de EL para TNP. Resultados: Foram pré-selecionados 40 documentos com base nos critérios de inclusão com a seguinte distribuição: INPI (1); EPO (9); USPTO (4); WIPO (26). Com a exclusão das patentes repetidas, foram incluídas no estudo 16 documentos com os seguintes anos de depósito: 2012 (5); 2011 (1); 2010 (2); 2008 (3); Outros (5). Das patentes selecionadas, a grande maioria foi oriunda de países americanos ou europeus: EUA (8); Alemanha (2); Canadá (1); Brasil (1); Rússia (1); Outros (3). Com relação a sua composição, foram encontrados os seguintes componentes como fonte de lipídeos: óleo de peixe (7); óleos vegetais (6); triglicerídeos de cadeia média (TCM) (6); ácidos graxos poliisaturados ômega 3 (6) e ômega 6 (1); outros (7). Novas EL vem sendo desenvolvidas com outros óleos vegetais, como óleo milho, girassol, oliva, palma e de argan, os quais podem conter vitaminas antioxidantes. Além dos TCM, que já são adicionados às clássicas EL, algumas patentes relatam a adição de ácidos graxos poliinsaturados, como os ácidos linoléico e alfa-linolênico. Muitas formulações relatam indicações para tratamento e prevenção de hepatopatias, tratamento de inflamações e de condições urêmicas, como as nefropatias. Conclusão: Novas formulações de EL são importantes considerando o potencial de reações imunológicas das EL de primeira e segunda geração. Outros óleos vegetais, assim como alguns óleos de peixe, vem se consagrando como potenciais fontes de lipídeos para a TNP, tendo em vista que estes contem constituintes com propriedades interessantes aos pacientes críticos, como efeitos antioxidantes e antiinflamatórios. P-257 CONTRIBUIÇÃO PARA FORMAÇÃO DE HÁBITOS HIGIÊNICOS DE CRIANÇAS DE ESCOLAS PÚBLICAS PERIFÉRICAS DE BELÉM/PA RAFAELA ALVES FERREIRA (UFPA); ANDREIA NAZARE SOUZA CARDOSO (UFPA); SILVIANE RIBEIRO CASTILHO (UFPA); RÉIA SÍLVIA LEMOS (UFPA) Introdução: A manifestação de maus hábitos higiênicos é comum em crianças que ainda não possuem a noção de higiene, por não terem concretizados seus conceitos acerca de uma higienização e hábitos. O baixo poder aquisitivo contribui significativamente para torná-los recipientes de patologias infecto-contagiosas, pela falta de esclarecimentos sobre o assunto. Objetivo: Orientar escolares para a formação de seus hábitos higiênicos, em particular, aqueles relacionados à manipulação dos alimentos. Método: As ações foram realizadas por meio de palestras de cunho ilustrativo, expositivo e explicativo; com ou sem auxílio de equipamentos multimídia, dinâmicas de grupos (jogo de pistas, soletramento com palavras-chave de temas das palestras; ‘quiz’ com as dúvidas mais frequentes sobre os temas); teatralização com fantoches; exposição de recursos pedagógicos sobre educação nutricional. Resultados: Os dados aqui registrados resultam de cinco ações nos meses de Maio a Novembro de 2012, em escolas públicas estaduais (EE) e municipais (EM) e em uma creche municipal (CM) que atingiram 444 estudantes da 2ª à 5ª séries, de crianças de creche aos adolescentes do Ensino Fundamental de escolas da periferia da cidade de Belém/PA. Conclusão: O esclarecimento para criança sobre hábitos higiênicos e agentes infecciosos e parasitários contribuirá para que se tornem adultos mais conscientes acerca de higiene, oferecendo a possibilidade para conhecerem hábitos de higienização adequados e promovendo a auto-prevenção de enfermidades ligadas aos maus hábitos higiênicos. P-258 ESTADO NUTRICIONAL ANTROPOMÉTRICO DE PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS ATENDIDOS EM UMA INSTITUIÇÃO DE RECIFE-PE FLÁVIA ERIKA FELIX PEREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); HELOÍSA MIRELLE COSTA MONTEIRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); MARÍLIA TOKIKO OLIVEIRA TOMIYA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 110 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Introdução: O Transplante Renal é, atualmente, a melhor forma de tratamento da insuficiência renal crônica terminal. No entanto, após o procedimento podem surgir problemas e riscos nutricionais, entre eles, desnutrição protéico-energética ou sobrepeso/obesidade. Assim, é de grande valia conhecer-se os aspectos nutricionais que envolvem o paciente transplantado, os quais podem ser evidenciados primeiramente por meio da avaliação do estado nutricional. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo avaliar o estado nutricional antropométrico dos pacientes transplantados renais, no período pós-operatório tardio, de uma instituição do Recife-PE. Método: Foi realizado um estudo de coorte transversal e descritivo com 21 pacientes adultos (38,9 + 10, 7 anos) que se encontravam no período pós-operatório tardio de transplante renal. Na ocasião foram mensurados o Índice de Massa Corporal (IMC), Prega Cutânea Tricipital (PCT) e Circunferência do Braço (CB). Para análise estatística utilizou-se o SPSS.13. Resultados: A média do IMC foi de 22.37 kg/m2 ± 3.518, sendo 57,1% eutróficos, 28,6% com sobrepeso e 14,3% com desnutrição. Segundo PCT (Média=12.75 mm ± 5.64), 81% dos pacientes estavam desnutridos, destes 61,9% com desnutrição grave, 14,3% com sobrepeso/ obesidade e 4,8% com estado nutricional adequado. A média da CB entre os participantes foi de 26.68cm ± 3.11, com 52,4% de desnutrição, 42,9% de eutrofia e 4,8% de sobrepeso. Conclusão: A classificação do estado nutricional dos pacientes transplantados renais através de medidas antropométricas mostrou que o IMC não se apresentou como um bom indicador isolado, uma vez que definiu a maioria dos pacientes dentro da faixa de normalidade, enquanto que a avaliação por outros parâmetros antropométricos como PCT e CB, mostrou que a maioria da amostra é classificada como desnutrida. Portanto, percebe-se que o diagnóstico nutricional pode variar de acordo com o tipo de indicador utilizado para essa finalidade, devendo ser estimulado o uso de um conjunto de parâmetros de avaliação nutricional para que se possa determinar com maior precisão a condição nutricional do indivíduo. correlação do IMC com Kt/V (r= - 0,40), PRU (r= - 0,35), HDL (r= - 0,28). Conclusão: Embora a maioria dos pacientes encontrava-se com estado nutricional adequado, a prevalência de desnutrição nessa população foi elevada. Além disso, quanto maior o IMC melhor qualidade da diálise, melhor percentual de redução da ureia e maior HDL. P-260 A EVOLUÇÃO DO RISCO CARDIOMETABÓLICO EM PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA EPIFANIO FEITOSA DA SILVA NETO (UFS); FABIANA MELO SOARES (UFS); CAROLINE TRINDADE DA SILVA (UFS); THAMIRES FERNANDA SILVA VASCONCELOS (UFS); KIRIAQUE BARRA FERREIRA BARBOSA (UFS); MÁRCIA FERREIRA CANDIDO DE SOUZA (HU/UFS) Introdução: A obesidade atinge proporções epidêmicas, associada ao risco cardiometabólico (RCM), conjunto de condições que favorecem o desenvolvimento da diabetes, hipertensão e dislipidemia. A cirurgia bariátrica vem sendo considerada uma estratégia eficaz no tratamento da obesidade, promovendo perda ponderal e sua manutenção em longo prazo, mediante assistência nutricional, reduzindo assim as comorbidades. A redução da mobimortalidade entre pacientes submetidos a cirurgia bariátrica, se deve em parte, à reversão do RCM. Objetivo: Investigar a evolução clínica dos componentes do RCM em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, assistidos em nível ambulatorial. Método: Foram avaliados 47 pacientes de 18 a 60 anos de idade, assistidos pelo ambulatório de nutrição de um Hospital Universitário do Nordeste, em 4 momentos distintos: inicial (na admissão), na liberação para a cirurgia, e aos 3, 6 e 12 meses após a cirurgia. A classificação do estado nutricional por meio do índice de massa corporal (IMC) foi realizada utilizando as tabelas de referência da Organização Mundial de Saúde (OMS). O RCM foi diagnosticado quando componentes de risco estivessem presentes: diabetes, dislipidemia e hipertensão. Foram coletadas do prontuário do paciente as medidas antropométricas (peso, altura, circunferência do braço, circunferência da cintura, circunferência abdominal e circunferência do quadril). Em razão do tamanho amostral e distribuição das variáveis, foram adotados testes não paramétricos. Foi utilizado o teste de W-Wilcoxon para comparar os diferentes momentos da assistência nutricional. Para as variáveis categóricas foi utilizado o teste de &#967;2-Qui-quadrado.Adotou-se o nível de significância estatística de 5%. Resultados: Prevaleceu o sexo feminino, 72%; Na admissão todos os pacientes tinham obesidade grau 3 e 12 meses pós cirurgia apenas 34,2%. Aplicando a avaliação das comorbidades relacionadas à obesidade (ACRO) na admissão, liberação para a cirurgia, pós-operatório (3,6 e 12 meses) foi possível observar que na admissão 19,1% apresentaram diabetes, 61,7% dislipidemia, 80,9% hipertensão e no pós-operatório de 12 meses apenas a HAS chegou a 2,7% e os outros tiveram melhora em relação a esses índices. Conclusão: Os pacientes submetidos à cirurgia bariátrica apresentaram redução significativa do RCM de acordo com a ACRO, desde o pré-operatório até durante todo o período de pós-operatório. P-259 ASSOCIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES EM DIÁLISE COM MARCADORES BIOQUÍMICOS E QUALIDADE DA DIÁLISE ISABELA DARIÚ MACEDO (HU-UFJF); FABIANA DE FARIA GHETTI (HU-UFJF); MARIA AMÉLIA RIBEIRO ELIAS (HU-UFJF) Introdução: A doença renal crônica (DRC) é um processo em que ocorrem alterações nutricionais, metabólicas, hormonais e bioquímicas. A desnutrição é uma complicação frequente em pacientes com DRC em diálise, e marcador de mau prognóstico nesses pacientes. Objetivo: Avaliar o estado nutricional de pacientes em diálise e sua correlação com marcadores bioquímicos e qualidade da diálise. Método: Coletaram-se dados antropométricos e bioquímicos dos prontuários de pacientes renais crônicos dialíticos, de um Hospital Universitário. Para classificar o estado nutricional, utilizou-se o Índice de Massa Corporal (IMC), segundo critérios da OMS e Lipschitz para adultos e idosos, respectivamente. Os marcadores bioquímicos avaliados foram albumina, hemoglobina, ferro sérico, ferritina, cálcio, fósforo, potássio, ureia pré e pós diálise, percentual de redução de ureia (PRU) proteína C reativa (PCR), colesterol total e frações, triglicérides, ácido úrico, leucócitos, paratormônio. A qualidade da diálise foi mensurada pelo Kt/V, cujo valor ideal recomendado pela National Kidney Foundation Disease Outcomes Quality Initiative é superior a 1,2. Os dados foram descritos em frequência e média±DP. Para correlacionar o estado nutricional com os marcadores bioquímicos e Kt/V foi utilizada a correlação de Pearson, adotando-se p < 0,05 (SPSS 13.0). Resultados: Foram avaliados 50 pacientes em diálise no período de julho de 2013, com idade média de 54,1±15,5 anos, com mais de seis meses de tratamento dialítico, sendo 54% do sexo masculino. A média do IMC foi de 22,9±4,2 kg/m², sendo que a desnutrição foi observada em 28% dos pacientes. A maioria encontrava-se eutrófica (44%) e o sobrepeso e obesidade foi observada em 22% e 6%, respectivamente. A média de Kt/V foi de 1,5±0,3. Houve P-261 EFEITOS DO CONSUMO DA POLPA DE AÇAÍ SOBRE A COMPOSIÇÃO CORPORAL, MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS E ÍNDICES DIETÉTICOS RENATA ADRIELLE LIMA VIEIRA (UFOP); FERNANDA CAMPOS FREIRE (UFOP); GILCE ANDREZZA DE FREITAS FOLLY (UFOP); CRÍSSIA MARIA DE LIMA (UFOP); LÍDIA MARA GOMES HENRIQUES (UFOP); ANA CAROLINA PINHEIRO VOLP (UFOP) Introdução: A obesidade é uma doença multifatorial relacionada, atualmente, a um processo inflamatório. A incidência de várias doenças crônicas tem sido inversamente correlacionadas com as dietas ricas em polifenóis . O açaí é um fruto que possui efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios, entretanto, existem poucas evidências relacionadas ao seu potencial efeito sobre Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 111 Suplemento Nutrição Clínica/2013 a alteração na composição corporal. Objetivo: Avaliar o efeito do consumo da polpa de açaí sobre a composição corporal, medidas antropométricas e índices dietéticos em mulheres jovens, eutróficas e com excesso de peso. Método: Trata-se de um estudo de intervenção nutricional com dois grupos de voluntários do sexo feminino, um grupo eutrófico e outro com excesso de peso, com idade entre 18 e 35 anos que receberam 200g de polpa de açaí durante 30 dias. Foram realizadas medidas antropométricas, de composição corporal por meio da bioimpedância elétrica tetrapolar e dietéticos, obtidos pelo questionário de frequência de alimentos. Para o cálculo da contagem de alimentos recomendados (CAR) adotou-se 1 ponto para cada alimento recomendado e consumido na última semana. O escore da diversidade da dieta (EDD) foi atribuído 1 ponto para cada grupo de alimento consumido dentro das quantidades mínimas estabelecidas. Seus escores variam entre 0 e 5, sendo 0 baixa diversidade e 5 alta diversidade. Utilizou-se o teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov e na comparação entre as médias foi utilizado teste t-Student pareado adotando-se um nível de significância de 5%. Para as análise estatísticas utilizou-se o software PASW Statistics 18. Resultados: Participaram 22 voluntárias, sendo 68,2% do grupo 1 e 32,8% do grupo 2. A idade média foi 24,1±3,6 anos. A diferença entre as médias no período antes e após o consumo de açaí (delta) para índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura, circunferência do braço, pregas cutâneas tricipital, bicipital, subescapular, suprailíaca, massa magra, gordura corporal, gasto energético de repouso, CAR e EDD não foi significativa para nenhum dos grupos. Conclusão: Nesse contexto, observa-se que o consumo diário de 200g da polpa de açaí parece não interferir na composição corporal, nas medidas antropométricas e na qualidade da dieta após 30 dias de intervenção para esta população. Introdução: Atualmente a cirurgia bariátrica é considerada uma forma eficaz no controle e tratamento da obesidade. As técnicas cirúrgicas são de caráter restritivo; disabsortivo ou misto. A técnica Fobi-Capella, mista, é amplamente utilizada e considerada “padrão ouro”. O aumento do número de cirurgias leva à preocupação com a ocorrência de deficiências nutricionais em decorrência de baixa ingestão e comprometimento da digestão e/ou absorção. Objetivo: Relatar o comprometimento grave do estado nutricional no período pós-operatório tardio de cirurgia FobiCapella em paciente portadora de obesidade mórbida, com posterior necessidade de reversão parcial da cirurgia. Método: Estudo retrospectivo, com análise de prontuário da paciente NRS, 46 anos, com diagnóstico anterior de obesidade mórbida (IMC= 52,9kg/m2). Resultados: A paciente foi submetida à cirurgia de Fobi Capella em Março/2010. Após dois anos foi internada em um Hospital Universitário, para investigação do quadro clínico de anasarca. Durante a internação hospitalar foi diagnosticada como portadora de desnutrição proteica grave, tipo kwashiorkor, com albumina sérica de 1,8mg/dl, e proteínas totais de 4,9mg/dl. Apresentavase hipocorada, com unhas quebradiças, alopecia e IMC= 24,99kg/m2. Após alta hospitalar foi encaminhada para atendimento ambulatorial multiprofissional. A paciente evoluiu com quadro clínico de síndrome disabsortiva (hipoalbuminemia, diarreia e anasarca - com variação de peso de 68, 95kg a 52,95kg em 1 mês), ocorrendo 3 internações hospitalares no período de 1 ano, para receber suporte nutricional. Durante as internações foi ofertada dieta enteral semielementar, com aumento de volume gradual, em bomba de infusão, e sonda em posicionamento gástrico. Associou-se dieta via oral de consistência branda, hipolipídica, com baixo teor de fibras insolúveis, isenta de lactose e sacarose. Diante do importante e persistente quadro disabsortivo foi proposto cirurgia para reinserção de alça intestinal de delgado ao trânsito alimentar. Este procedimento foi realizado em Julho/2013, sendo acrescidos cerca de 100 cm de intestino delgado, anteriormente excluso, à porção funcionante. Vinte dias após a cirurgia, a paciente apresentou boa evolução clínica, com valor sérico de albumina de 2,42mg/dl, IMC=24,12kg/m2, redução progressiva do edema e estabilidade da função intestinal. A paciente mantém acompanhamento ambulatorial. Conclusão: Pacientes obesos submetidos a técnicas cirúrgicas mistas apresentam acentuada perda de peso, porém pode haver grave comprometimento do estado nutricional. A cirurgia e as condutas nutricionais devem ser realizadas de forma criteriosa e individual, visando uma perda de peso saudável e evitando carências nutricionais. P-262 EDUCANDO PARA O CONHECIMENTO E A PREVENÇÃO DA ANOREXIA EM ESCOLARES RAFAELA ALVES FERREIRA (UFPA); ANDREIA NAZARE SOUZA CARDOSO (UFPA); SILVIANE RIBEIRO CASTILHO (UFPA); RÉIA SÍLVIA LEMOS (UFPA) Introdução: Transtornos alimentares são modificações relacionadas à alimentação de um indivíduo. A anorexia é um dos transtornos alimentares mais comuns em adolescentes do sexo feminino, responsável por uma perda deliberada de peso, ocasionado por imagens distorcidas do próprio corpo. Tudo se inicia pela busca da “forma perfeita” imposta pela mídia de moda, que transforma as adolescentes reféns do que acham ser o ideal. Objetivo: Orientar adolescentes para aspectos dos desvios dos hábitos alimentares e a importância da manutenção de uma dieta alimentar sadia. Método: A abordagem temática foi por meio de palestras de cunho ilustrativo, expositivo e explicativo; com ou sem auxílio de equipamentos multimídia; aplicação de dinâmicas de grupos (jogo de pistas, soletramento, ‘quiz’ com as dúvidas sobre os temas); exposição de recursos pedagógicos sobre educação nutricional. Resultados: As ações de extensão, promotoras de saúde, foram realizadas em escolas públicas da periferia de Belém/PA, no período de Maio a Novembro de 2012, tanto em escolas públicas estaduais (EE) e municipais (EM) para um público de 600 estudantes da 2ª à 5ª séries. Conclusão: As atividades de esclarecimento e discussão com adolescentes, sobre o transtorno alimentar da anorexia, ouvindo as experiências compartilhadas, contribuirá para que tomem cuidados com relação ao próprio corpo e não se deixem levar pela mídia, acreditando ser aquele o padrão ideal. P-264 CAUSAS PARA NÃO REALIZAÇÃO DE TRIAGEM NUTRICIONAL DIFEREM DAS CAUSAS PARA NÃO ATENDIMENTO NUTRICIONAL NO HOSPITAL GOVERNADOR ISRAEL PINHEIRO-BELO HORIZONTE-MG JOSÉ ADALBERTO LEAL (HOSPITAL DO IPSEMG); ERIKA SIMONE COELHO CARVALHO (HOSPITAL DO IPSEMG); ADRIANA KELLER COELHO (HOSPITAL DO IPSEMG); NATHÁLIA BITTENCOURT RODRIGUES LOPES (FACULDADE NEWTON PAIVA); FABIANA RAMOS MARTINS GUERRA (FACULDADE UNIBH) Introdução: A assistência nutricional beneficia-se do processo de triagem nutricional na medida em que organiza o atendimento nutricional em função do risco nutricional e da desnutrição, morbidade de alta prevalência e de grande impacto no processo assistencial. Este trabalho objetivou analisar os resultados dos indicadores de triagem e atendimento nutricional e as causas-raízes apontadas em um hospital de grande porte. Método: Avaliamos os pacientes triados com internação superior a 72 horas, em risco nutricional e atendidos entre maio e julho de 2013. Resultados: Observouse no período avaliado um aumento do número de pacientes internados (5%) e do número de pacientes em risco nutricional (3,54%), acompanhado da redução do número de pacientes triados (2,2%) e atendidos (5,7%). Entres as causas-raízes apontadas para a não realização da triagem destacaram-se P-263 DESNUTRIÇÃO PROTEICA GRAVE EM PACIENTE EM PÓSOPERATÓRIO TARDIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA COM POSTERIOR REVERSÃO PARCIAL DA CIRURGIA TATIANA MARTINS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA); THAÍS DUARTE (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA); ETELVINA MOSCA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA); MARINA LOPES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA); BIANKA REIS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 112 Suplemento Nutrição Clínica/2013 o tempo de internação<72 horas (40%), transferência (33,26%) e feriado (14,33%). E a principal causa-raiz apontada como para não atendimentos dos pacientes em risco nutricional foi demanda excessiva. Conclusões: Os resultados demostram uma limitação na capacidade de triagem dos pacientes internados e de atendimento dos pacientes em risco nutricional e que as causas-raízes apontadas para não realização da triagem diferem das do não atendimento nutricional. THAMIRIS THATIELE R. DE MELO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); ELENICE DE OLIVEIRA SANTOS FILHA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); MÁRCIA F. C. DE SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); DORIANE CONCEIÇÃO LACERDAS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); TAYANE B. FREITAS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); ADRIANA B. L. FONSECA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) Introdução: Crianças hospitalizadas apresentam um maior risco de desenvolver desnutrição, sendo necessário que a mesma seja detectada mais precocemente e com maior precisão, por meio de métodos de fácil aplicação. Objetivo: Identificar a prevalência de risco nutricional em crianças hospitalizadas. Método: Estudo transversal e descritivo, realizado em um hospital universitário. Os dados dos pacientes foram coletados a partir dos prontuários clínicos e protocolos de nutrição do hospital. Foram incluídas no estudo as crianças que ficaram hospitalizadas por um tempo superior a 24 horas, sendo avaliadas com menos de 48 horas de internação, no período de abril a julho de 2013. A categorização final do grau de risco nutricional foi feita através do instrumento de triagem de risco nutricional infantil STRONGkids, que classifica o paciente em três níveis de acordo com a pontuação obtida: baixo risco (escore 0), médio risco (escore de 1 a 3) e alto risco (escore de 4 a 5). Resultados: A amostra foi composta por 48 pacientes com média de idade de 4,66 ± 0,46 anos, sendo 62,5% do gênero masculino, com tempo médio de internação de 8 dias. Os motivos de internação mais frequentes foram: doenças infecciosas (43,8%), realização de cirurgias eletivas (31,3%), anemia falciforme (12,5%) e diarréias (12,4%). Na classificação de risco nutricional pelo STRONGkids foi observado que 45,8% das crianças apresentavam baixo risco nutricional, 39,6% médio risco e 14,6% alto risco nutricional. Conclusão: Foi encontrada uma alta prevalência de crianças em risco nutricional na população estudada. A identificação do risco nutricional aliada à classificação do estado nutricional do paciente pediátrico fornece informações essenciais para estabelecer a conduta dietoterápica mais adequada, diminuindo assim, as complicações intra-hospitalares e o tempo de hospitalização em pacientes infantis. P-265 AVALIAÇÃO DA INGESTÃO DE ÁCIDOS GRAXOS DE ESTUDANTES, SEUS PAIS E MÃES DE DUAS ESCOLAS MUNICIPAIS DA REGIÃO DE JUNDIAÍ – SP. ENARA AMADIO FRIZÃO (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); TACIANA DAVANÇO (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); KÁTIA CRISTINA GAMBINI (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); SUZANA GONÇALVES BASCHIERA (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); BRUNO CARAMELLI (USP); LUCIANA SAVOY FORNARI (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA) Introdução: Há diversas classificações de gorduras, no qual o tipo que compõe a dieta desempenha um papel importante no desenvolvimento de muitas doenças, como as doenças cardiovasculares, diabetes melittus e alguns tipos de câncer. Alguns estudos têm demonstrado haver uma associação positiva entre a ingestão de gordura saturada e a prevalência dessas doenças, bem como uma associação negativa com a ingestão de gorduras insaturadas. Desta maneira o consumo adequado dos ácidos graxos saturados, monoinsaturados e polinsaturados constituem estratégia de prevenção da prevalência de doenças. Objetivo: O objetivo geral foi avaliar a ingestão alimentar de estudantes de 6 a 10 anos de idade, seus pais e mães em duas escolas públicas de uma cidade da região de Jundiaí-SP, através do recordatório 24 horas, por este meio efetuou-se o cálculo dos ácidos graxos na dieta desta população. Método: Foi aplicado recordatório 24h em cada indivíduo para avaliação dos ácidos graxos. Essa avaliação foi feita para investigar a alimentação dos pais e crianças. Por meio desse método, foi avaliado a ingestão de fibras alimentares. O cálculo foi realizado pelo software AVANUTRI versão 3.1.4. Para avaliação da adequação quanto à ingestão dos ácidos graxos foi utilizado a SBC (2005), como parâmetro de comparação. Resultados: A avaliação foi realizada em 428 Crianças, 211 pais e 433 mães e verificou-se que as crianças ingeriram 83,40% de gordura saturada acima do recomendado, nenhuma criança ingeriu abaixo e 16,60% ingeriu adequadamente, a gordura monoinsaturada foi consumida 16,11% acima, 0,23% ingerida abaixo e 83,65% ingerida adequadamente e a gordura polinsaturada foi 27,56% ingeriu acima, 0,23% abaixo e 72,20% ingeriu adequadamente. Os pais ingeriram da gordura saturada 82,95% acima, nenhum ingeriu abaixo e 17,07% ingeriu adequadamente, sobre a gordura polinsaturada 44,10% ingeriu acima, nenhum pai ingeriu abaixo e 55,91% ingeriu adequadamente, em relação a gordura monoinsaturada 33,16% ingeriu acima, ninguém ingeriu abaixo e 66,82% ingeriu adequadamente. As mães ingeriram 69,96% acima da gordura saturada, nenhuma ingeriu abaixo e 30,02% ingeriu adequadamente, foi ingerida a gordura polinsaturada 26,01% acima, ninguém ingeriu abaixo e 74,12% ingeriu adequadamente, e a gordura monoinsaturada foi consumida 14,07% acima, nenhum ingeriu abaixo e 85,93% ingeriu adequadamente. Conclusão: A maioria dos sujeitos do estudo apresentaram consumo inadequado das gorduras saturadas e adequado das gorduras monoinsaturadas e poliinsaturadas, sendo necessário a realização de trabalhos de educação nutricional, já que é de fundamental importância para a saúde o consumo de quantidades adequadas dos ácidos graxos. P-267 DIARRÉIA NO PACIENTE EM TERAPIA NUTRICIONAL: ANÁLISE DA INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO EM UM HOSPITAL DE MONTES CLAROS. EDNEI SILVA ANDRADE (FUNDAÇÃO HOSPITALAR DILSON GODINHO); NADJA PACCELLI FROTA PEREIRA (FUNDAÇÃO HOSPITALAR DILSON GODINHO); MICHELE ANTUNES DA SILVA (FUNDAÇÃO HOSPITALAR DILSON GODINHO); DARDIANE GUIMARÃES PEREIRA (FUNDAÇÃO HOSPITALAR DILSON GODINHO); JANE SANTA ROSA (FUNDAÇÃO HOSPITALAR DILSON GODINHO); ANTÔNIO SÉRGIO BARCALA JORGE (FUNDAÇÃO HOSPITALAR DILSON GODINHO) Introdução: O surgimento de diarréia durante a internação hospitalar é evento comum, principalmente no doente crítico.Na prática clínica o uso de Nutrição Enteral é amplamente apontado como fator de risco para diarréia. Objetivo: Analisar a incidência de diarréia nos pacientes em Terapia Nutricional Enteral (TNE) e identificar seus fatores de risco, correlacionando a TNE com o uso de procinético, bloqueador de bomba e antibiótico.Método: Pacientes internados e acompanhados pelo serviço de nutrição num período de 6 meses( janeiro e junho de 2013), totalizando 226 pacientes. Estudo prospectivo baseado em dados clínicos registrados e monitorados de prontuários da Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional. Resultados: A incidência de diarréia foi de 6,6% - 54 pacientes, sendo 33,3% do sexo masculino, com idade média de 59,6 anos. Quanto ao número de dejeções diárias, 55,3% dos pacientes apresentaram 3 dejeções, 29,4% 4 dejeções e 15,5%, mais que 5 dejeções. Verificou-se ainda que 62,9% desses pacientes estava em uso de antibiótico, 64,8%,de inibidor de bomba de prótons e 85,5%, de procinéticos. Não houve, entretanto, associação estatística entre o número de dejeções e o uso desses medicamentos (p:0,71; p:0,26; p:0,17, P-266 PREVALÊNCIA DE RISCO NUTRICIONAL DETECTADA PELO STRONGKIDS EM CRIANÇAS INTERNADAS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 113 Suplemento Nutrição Clínica/2013 respectivamente). Houve entretanto significância estatística em relação à ocorrência de diarreia e a via de administração da dieta (p:0,002); sendo maior a incidência nos pacientes nutridos por sonda e ostomias (67,6%) em relação à via oral (32,4%). Conclusão: A administração de dieta por sonda ou ostomia foi o principal fator associado à diarréia neste estudo mostrando a importância da preservação da fisiologia alimentar. Introdução: Pacientes com menos de 45 anos e elevada quantidade de massa livre de gordura parecem perder maior quantidade de peso após a cirurgia bariátrica. Não está bem estabelecido se a perda de peso no préoperatório influencia na perda de peso após a cirurgia bariátrica. Objetivo: O objetivo do nosso estudo foi analisar se a perda de peso pré-operatória é um fator preditivo para o sucesso pós-operatório. Método: Estudou-se a correlação entre a perda de peso antes e depois da cirurgia em 74 pacientes submetidos ao bypass gástrico, com seis meses de acompanhamento. A análise estatística foi realizada usando o teste de Wilcoxon. Resultados: Setenta e quatro pacientes obesos grau 3 (61F/13M) com mediana de 39 anos (18-64) anos e mediana do índice de massa corporal pré-operatório (IMC) 45,0 (34,6-60,1) kg/m2 foram incluídos. A perda média de peso préoperatória foi de 9,1 ± 6,42 kg e após seis meses de pós-operatório foi de 25,7 ± 11,36 kg. Nós encontramos uma correlação significativa entre a perda de peso pré e pós-operatória (r = 0,3, p <0,001). Conclusão: Nosso estudo mostrou uma correlação positiva entre a mudança de peso no pré-operatória e perda de peso pós-operatória em pacientes submetidos ao bypass gástrico em Y de Roux. P-268 IMPACTO DA PERDA PONDERAL E DA REDUÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL SOBRE A EVOLUÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO E GLICEMIA DE JEJUM, EM PACIENTES CANDIDATOS À CIRURGIA BARIÁTRICA. EPIFANIO FEITOSA DA SILVA NETO (UFS); LAÍS PRISCILA CAVALCANTE SANTOS (UFS); FABIANA MELO SOARES (UFS); PAULA GUIMARÃES DE CARVALHO SOUZA (HU/UFS); MÁRCIA FERREIRA CANDIDO DE SOUZA (HU/UFS) Introdução: A obesidade é uma doença cuja prevalência atinge proporções epidêmicas, elevando o risco de doenças associadas ao sobrepeso e à obesidade, tais como condições cardiometabólicas. A cirurgia bariátrica vem se popularizando como uma forma de tratamento dessa condição nos casos em que as opções de tratamento convencional não foram suficientemente eficazes. Ainda que esse percentual de perda ponderal esteja, muitas vezes, aquém do desejado pelo paciente, ele é capaz de modi&#64257;car favoravelmente diversas condições relacionadas à obesidade. A redução de peso melhora a tolerância à glicose e o per&#64257;l lipídico, além de poder melhorar os escores que avaliam a qualidade de vida. O objetivo do estudo foi analisar o impacto da perda ponderal e da redução da circunferência abdominal sobre a evolução do perfil lipídico e glicemia de jejum (GJ) em pacientes candidatos à cirurgia bariátrica. Tratou-se de estudo transversal com acompanhamento de pacientes no ambulatório de nutrição do Hospital Universitário, em dois momentos distintos: inicial (na primeira consulta no ambulatório de nutrição) e final (antes da cirurgia). Foram coletados dos prontuários os exames laboratoriais referentes ao perfil lipídico (colesterol total (CT), HDL-c, LDL-c e triglicérides(TG)), GJ e foi realizada a avaliação do peso corporal e da circunferência abdominal. Foi realizado o teste “T” pareado para comparação dos dados iniciais e finais. Avaliaram-se86 pacientes com média de idade 43,74 ± 10,26 anos. No momento inicial foram observadas as seguintes medidas antropométricas: peso médio 132,09 ± 27,37 kg, IMC 51,59 ± 10,96 kg/m² e CC 128,30 ± 14,64 cm. Com relação ao perfil lipídico foram encontradas as seguintes concentrações médias: CT 195,42 ± 37,10 mg/dL, LDL 122,89 ± 38,88 mg/dL, HDL 45,67 ± 11,45 mg/dL e TG 153,46 ± 82,97 mg/dL. Os resultados referentes à GJ foram: 106,84 ± 47,98 mg/dL. Após a intervenção nutricional, os valores antropométricos foram: peso médio 123,69 ± 23.60 kg, IMC 47,98 ± 7.97 kg/m² e CC 1283,30 ± 14,46 cm. Com relação ao perfil lipídico foram encontrados os seguintes valores no momento final: CT 180,50 ± 33,78 mg/dL, LDL 111,50 ± 31,37 mg/dL, HDL 45,40 ± 9,41 mg/dL e TG 131,52 ± 58,04 mg/dL. A média final da GJ foi 98,41 ± 42,35 mg/dL. Todos os parâmetros sofreram uma melhora significativa (p<0,05), com exceção do HDL. A perda ponderal e as mudanças na composição corporal induzidas pela intervenção nutricional auxiliaram na promoção do controle lipídico e GJ dos pacientes estudados, mesmo em curto período de avaliação. P-270 IDENTIFICAÇÃO DO RISCO NUTRICIONAL ENTRE PACIENTES ONCOLÓGICOS HOSPITALIZADOS: EXISTE MELHOR MÉTODO? JULIANA MIGUEL (HOSPITAL DO IPSEMG); ERIKA SIMONE COELHO CARVALHO (HOSPITAL DO IPSEMG); ADRIANA KELLER COELHO (HOSPITAL DO IPSEMG) Introdução: o estado nutricional de pacientes oncológicos hospitalizados interfere na evolução clínica, uma vez que a desnutrição aumenta a morbimortalidade e associa-se à piora do prognóstico. Objetivo: verificar qual dos métodos de triagem nutricional é mais adequado para detectar risco nutricional em pacientes oncológicos. Método: trata-se de um estudo observacional com coleta de dados retrospectiva de pacientes oncológicos internados em um hospital público de Belo Horizonte, MG, no período de Novembro de 2012 a Fevereiro de 2013. Foi realizada a comparação entre as ferramentas de triagem nutricional ASG-PPP, NRS e MNA em 33 pacientes com idade superior a 20 anos. Resultados: não foram observadas diferenças estatísticas entre as ferramentas de triagem nutricional avaliada para identificação de risco nutricional em pacientes oncológicos. Conclusão: embora esse estudo não tenha demonstrado diferença entre os métodos de triagem nutricional nota-se a importância da aplicação deste instrumento na identificação de risco nutricional em pacientes oncológicos. P-271 SUPORTE NUTRICIONAL EM PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE HOSPITAL FILANTRÓPICO DO NORDESTE BRASILEIRO P-269 PERDA DE PESO PRÉ-OPERATÓRIA: UM FATOR PREDITIVO DE SUCESSO APÓS BYPASS GÁSTRICO KARLA VANESSA GOMES DE LIMA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA ); LEILA VÍRGINIA DA SILVA PRADO (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA ); MIRELLA GONDIM OZIAS AQUINO DE OLIVEIRA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA ); ANA MONIQUE DAVID DA SILVA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA ); LAÉRCIO MARQUES DA CRUZ NETO (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA ); ALINE FIGUEIROA CHAVES DE ARAÚJO (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA ) MELINA GOUVEIA CASTRO (HOSPITAL ESTADUAL MARIO COVAS); MARIANA LURAGO (HOSPITAL ESTADUAL MARIO COVAS); FABÍOLA ISABEL SUANO DE SOUZA (HOSPITAL ESTADUAL MARIO COVAS); LILIAN MIKA HORIE (FACULDADE DE MEDICINA DA USP); DAN LINETZKY WAITZBERG (FACULDADE DE MEDICINA DA USP) Introdução: Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), a taxa de desnutrição varia de 30 a 60%, sendo proveniente de alteração no metabolismo dos diferentes substratos e ao déficit de nutrientes. O estabelecimento do diagnóstico do estado nutricional precoce torna-se imprescindível para a prescrição adequada de terapia nutricional. Objetivo: Traçar o Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 114 Suplemento Nutrição Clínica/2013 perfil nutricional dos pacientes em suporte nutricional, internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), em Recife/PE. Método: Estudo retrospectivo e observacional, envolvendo 43 pacientes, entre adultos e idosos e de ambos os sexos. Os dados foram coletados das fichas de acompanhamento nutricional do período de Janeiro à Julho de 2013. As variáveis coletadas foram idade, gênero, procedência, peso, altura, Índice de Massa Corporal (IMC), tipo e duração de suporte nutricional, requerimentos nutricionais, adequação calórica e proteica e desfecho clínico. Resultados: A amostra avaliada foi composta principalmente por indivíduos adultos (67,4%), do sexo feminino (67,4%), procedentes do interior do Estado (37,2%) e com patologias relacionadas ao sistema cardiovascular (48,8%). A mediana de idade foi de 56 (40-64) anos e a média do IMC foi de 24,66 ± 4,36 kg/m2. De acordo com IMC, apenas 7,7% dos adultos e 14,2% dos idosos apresentaram desnutrição. Grande parte dos pacientes (95,34%) receberam suporte nutricional enteral e a mediana de duração do mesmo foi de 4 (3–7) dias. A estimativa média de caloria e proteína foi de 1707,68 ± 318,23cal e 77,72 ±16,29g, respectivamente. A adequação calórica média foi de 85,69 ± 19,56% e a protéica de 83,27 ± 19,80%. A incidência de mortalidade foi de 55,8%. Conclusão: A desnutrição, embora bastante prevalente em UTIs, não foi encontrada na nossa população de estudo. A oferta de caloria e proteína esteve abaixo dos requerimentos estimados, o que pode influenciar a longo tempo no estado nutricional dos pacientes. ALINE RAFAELLY APOLÔNIO DA SILVA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFPE); BRUNA LÚCIA DE MENDONÇA SOARES (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFPE); DÉBORA JOICE DA SILVA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFPE); PATRÍCIA FORTES CAVALCANTE DE MACÊDO (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFPE); CÍNTIA MARIA DO NASCIMENTO GIBSON BARBOSA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFPE); JULIANA GONÇALVES TRIGUEIRO (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFPE) Introdução: Em situações de obesidade grave, a cirurgia bariátrica tem configurado como o único tratamento para alcançar perda de peso adequada e durável. Após o procedimento bariátrico, a redução do peso é claramente visível, com consequente melhora das comorbidades e da qualidade de vida. Uma perda de peso que se traduz como sucesso cirúrgico deve atingir ao menos 50% do peso excedente no momento da cirurgia. Objetivo: Avaliar a perda de excesso de peso em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica em um hospital universitário do Recife após um ano do procedimento. Método: Estudo realizado com 201 pacientes adultos e idosos, de ambos os sexos, submetidos à cirurgia bariátrica do tipo By Pass Gástrico em Y de Roux, no período de 2003 a 2012. Foram coletados dados do peso corporal do pré-cirúrgico e após um ano de cirurgia a partir de fichas de acompanhamento ambulatorial. As medidas antropométricas analisadas foram: Índice de massa corpórea (IMC), Excesso de Peso (EP), perda de peso (PP) e percentual de perda do excesso de peso (%PEP). Os dados foram tabulados no Excel e todas as variáveis registradas foram expressas em percentuais, médias e desvio-padrão. Resultados: Dentre os 201 pacientes estudados, 83,67% foram do sexo feminino, com idade média de 40,6 ± 10,23 anos. Os pacientes apresentaram, redução média do IMC de 15,92 ± 4,7 Kg/m² e PP de 41,29 ± 10,96 Kg. Pelo critério utilizado para classificação do sucesso da cirurgia (%PEP &#8805; 50), foi verificado que 73,84% ± 16,97% dos pacientes obtiveram o sucesso esperado. As reduções dos demais parâmetros analisados corroboram com dados da literatura. Conclusão: Diante do exposto, pode-se dizer que a cirurgia bariátrica pela técnica do Bypass Gástrico promove adequada redução do peso corporal, em médio prazo, com significativa perda do excesso de peso. P-272 ESTUDO COMPARATIVO DA EXPRESSÃO DE MARCADORES INFLAMATÓRIOS ENTRE INDIVÍDUOS OBESOS, EUTRÓFICOS E CAQUÉTICOS. GISLAINE CÂNDIDA BATISTA JORGE (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS); ALANNA FERNANDES PARAÍSO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS); JOÃO MARCUS OLIVEIRA ANDRADE (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS); JACIARA NEVES DE SOUSA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS); ANTONIO SÉRGIO BARCALA JORGE (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS); SÉRGIO HENRIQUE SOUSA SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS) P-274 CLASSIFICAÇÃO DO RISCO NUTRICIONAL DE PACIENTES INTERNADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO PEDIÁTRICO SITUADO NO ESTADO DA BAHIA Introdução: A obesidade têm aumentado drasticamente em todo o mundo e leva a inúmeros distúrbios metabólicos adversos, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, e algumas formas de câncer. Reconhecese agora que um estado inflamatório crônico, sistémico de baixo grau que se desenvolve durante a obesidade pode estar relacionado ao desenvolvimento destas doenças. Vários marcadores inflamatórios produzidos pelo tecido adiposo têm um papel chave na produção de disfunção metabólica e altos niveis de citocinas circulantes participam nas vias de sinalização da inflamação . Objetivo: Investigar a expressão da interleucina 6 (IL-6) e o fator de necrose tumoral (TNF-&#61537;) em pacientes obesos, eutróficos e caquéticos. Método: Um estudo transversal foi realizado em uma população de 45 indivíduos adultos, nos quais foram divididos em três grupos: 21 pacientes obesos, 12 eutróficos e 12 caquéticos. Foi avaliada a expressão de TNF-&#945; e IL-6 no tecido adiposo visceral, o qual foi obtido de cirurgias realizadas em uma instituição hospitalar pública. As análises de expressão gênica foram realizadas pela técnica de PCR quantitativo em tempo real (RT-PCR). Resultados: Os principais resultados do estudo mostraram que os pacientes caquéticos e obesos mórbidos apresentam significativo aumento de TNF-&#945; e IL-6 em relação aos pacientes eutróficos (p= 0,03 e p= 0,00 respectivamente). Conclusão: Observamos neste estudo que existe uma expressão elevada destes marcadores em pacientes caquéticos e obesos, principalmente nestes últimos , havendo uma tendência de uma maior expressão destes marcadores nos pacientes do sexo feminino. EDINEUSA DE JESUS FERNANDES (UFRB); LAIANA NASCIMENTO LOBO (UFRB); MARIA DA CONCEIÇÃO MASCARANHAS VASCONCELOS (UFRB); ALICE CAROLINA DA CRUZ SANTOS (HEC); TIARA LIMA OLIVEIRA (HEC); JUDELITA CARVALHO (UFRB) Introdução: A triagem nutricional se caracteriza como um instrumento rápido e prático utilizado no ambiente hospitalar para identificar pacientes em condição de risco nutricional, isto é, com risco aumentado de morbimortalidade em decorrência do estado nutricional. Objetivo: Classificar o risco nutricional dos pacientes, na admissão hospitalar, através do StrongKids®, em um hospital público pediátrico situado no estado da Bahia Método: Estudo transversal, prospectivo, exploratório, realizado em um hospital público pediátrico, situado no estado da Bahia. Para a classificação de risco nutricional aplicou-se o instrumento de triagem STRONGKids (Screening Tool for Risk of Nutrition Status and Growth). Foram incluídos no estudo, todos os pacientes admitidos na emergência com idade variando entre um mês de vida até os vinte anos incompletos, no período de maio a junho de 2013. Foram excluídos os pacientes portadores de neuropatia, edema, amputação de membros, para e tetraplegia, ou com diagnóstico clínico ainda não definido. As informações complementares para classificação do risco foram obtidas nos prontuários dos pacientes. Resultados: Participaram do presente estudo 42 pacientes; sendo 13 (31%) do sexo feminino e 29 (69%) do sexo masculino. A idade dos pacientes idades variou entre 1 mês e 13 anos. Segundo a classificação do STRONGKids, 20 (47%) P-273 AVALIAÇÃO DA PERDA DE EXCESSO DE PESO APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RECIFE Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 115 Suplemento Nutrição Clínica/2013 pacientes apresentaram o baixo risco nutricional, 21(50%) pacientes médio risco e apenas 1 (2%) paciente foi classificado com alto risco nutricional. Conclusão: A partir dos resultados obtidos neste estudo, observou-se que a maioria dos pacientes admitidos foi classificada com risco nutricional variando entre moderado e elevado e, por isso, devem ser submetidos à avaliação nutricional para que seja possível classificar seu estado nutricional e planejar a assistência nutricional com vistas à prevenção e/ou tratamento precoce da desnutrição. P-275 PERFIL NUTRICIONAL DE ADULTOS ADMITIDOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO KELLY CAVALHEIRO LACERDA (HU-UFJF); MARIA AMÉLIA RIBEIRO ELIAS (HU-UFJF); LUCIANE DE FREITAS LIMA (HU-UFJF); FABIANA DE FARIA GHETTI (HU-UFJF) Introdução: Pacientes hospitalizados se encontram em situação de maior vulnerabilidade, tornando o cuidado nutricional fundamental para o sucesso terapêutico e para a redução da morbimortalidade. Objetivo: Avaliar o estado nutricional de pacientes hospitalizados em um Hospital Universitário. Método: A pesquisa foi realizada no período de maio a julho de 2013. Os pacientes foram submetidos à triagem nutricional através de uma adaptação do Nutritional Risk Screening (Rastreio de Risco Nutricional 2002 - NRS). As medidas de peso e altura foram realizadas com balança digital antropométrica e régua acoplada à balança. A classificação do Índice de Massa Corporal (IMC) foi definida por meio dos pontos de corte preconizados pela OMS. Resultados: Foram avaliados 227 pacientes, sendo 55,9% do sexo feminino, com idade entre 19 e 64 anos. A maioria dos pacientes relatou a não existência de comorbidades (59,9%), dentre os que relataram alguma comorbidade, 40 (17,6%) informaram diabetes, 21 (9,3%) hipertensão e 30 (13,2%) informaram ter ambas as comorbidades. A maior prevalência de comorbidades (64%) foi encontrada entre as mulheres. Segundo o IMC 41% dos pacientes apresentaram eutrofia, 32,2% sobrepeso, 22,5% obesidade e 4,4% baixo peso. Dentre os pacientes com baixo peso, 90% eram mulheres. De acordo com o NSR, 38,8% dos pacientes apresentaram algum grau de risco nutricional. Dentre os pacientes com risco, 60% eram do sexo feminino. O risco nutricional leve (25,6%) foi mais prevalente entre os pacientes, quando comparado aos demais graus de risco. Conclusão: Embora a maioria dos pacientes encontrava-se em estado de eutrofia no momento da admissão hospitalar, a triagem nutricional revelou elevado percentual de risco nutricional, sendo este mais prevalente entre as mulheres. P-276 ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES ADMITIDOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL PÚBLICO LAURA MATA DE LIMA SILVA (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO); ANA CAROLINA SALES DOS SANTOS (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO); MILENA DAMASCENO DE SOUZA COSTA (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO); ANNE ELLEN ALVES E OLIVEIRA (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO) Introdução: A doença grave ou crítica refere-se a condições clínicas ou cirúrgicas diversas que apresentam risco à vida e que, em sua maioria, exigem internação em unidades de terapia intensiva (UTI). Nesses pacientes, a depleção nutricional é frequente devido ao estado de hipermetabolismo instalado em resposta ao estresse, o que influencia na evolução clínica. Além disso, nutrição inadequada aumenta o risco de morbimortalidade. Dessa forma, é importante fazer a avaliação nutricional para que haja uma intervenção dietoterápica mais direcionada e efetiva. Objetivo: Avaliar o estado nutricional de pacientes admitidos em unidade de terapia intensiva de um hospital público. Método: Estudo transversal e retrospectivo realizado com pacientes de ambos os sexos, admitidos na UTI de um hospital público, de abril a julho de 2013. Foram considerados dados antropométricos como peso atual e altura e, quando não foi possível coletá-los, os mesmos foram estimados pelas fórmulas de Lee e Niemann (1995) e Chumlea (1994), respectivamente, considerando sexo, idade e raça. Para a classificação do Índice de Massa Corporal (IMC), foram utilizados os pontos de corte da Organização Mundial de Saúde (OMS, 1995) para adultos, e Lipzchitz (1994) para idosos. A circunferência do braço (CB), foi classificada segundo Blackburn & Thorton (1979), e a circunferência da panturrilha (CP), de acordo com a classificação da OMS (1995) para idosos. Foram excluídos pacientes maiores de 80 anos, devido a inadequação da fórmula para estimar o peso e àqueles sem condições para aferição da CB e CP. Resultados: A amostra foi composta por 23 pacientes com idade média de 71,13 (±8,69 anos), sendo 52,2% do sexo masculino. Quanto ao IMC, 52,2% eram eutróficos, 34,8% desnutridos e 13% tinham excesso de peso. De acordo com a classificação de CB, 26,1%, 21,7% e 4,3% foram classificados em desnutrição moderada, leve e grave, respectivamente. Em relação à classificação de CP, 21 pacientes idosos foram avaliados (91,3%), evidenciando uma alta prevalência de desnutrição (52,4%). Conclusão: A alta prevalência de desnutrição em pacientes críticos é extensamente evidenciada na literatura, corroborando com a importância da associação de métodos na avaliação antropométrica, a fim de propiciar condutas dietoterápicas adequadas à condição clínica e ao estado nutricional. P-277 ADIPOSIDADE CORPORAL: UM FATOR DE INTERFERÊNCIA NA ESTIMATIVA DA FUNÇAO RENAL ADNA JÉSSICA SILVA DE ARAÚJO (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); RENATA REIS DE LIMA E SILVA (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); MILENA CAROLINE TERTULIANO DE LIMA (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); MARINALDO FREIRE LUSTOSA (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); LARISSA PESSOA VILA NOVA (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO); CLÁUDIA PORTO SABINO PINHO (UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO) Introdução: A estimativa da taxa de filtração glomerular (TFG) pela equação de Cockcroft e Gault (CG) (1976) em pacientes com excesso de peso tende a proporcionar resultados errôneos, pois a massa adiposa, não produtora de creatinina, distorce o resultado. Objetivo: Avaliar a influência do excesso de peso na estimativa da função renal pela equação CG em uma população de cardiopatas. Método: Estudo transversal com pacientes internados em hospital cardiológico que tiveram dosagem de creatinina sérica entre Fevereiro de 2011 e Junho de 2013. Foram incluídos pacientes de ambos os sexos, com idade >18 anos e diagnóstico de excesso de peso segundo Índice de Massa Corpórea (IMC) (IMC > 24,9 kg/m² para adultos e > 27 kg/m² para idosos). Foram excluídos aqueles com diagnóstico prévio de doença renal. Foi estimada a TFG utilizando-se a fórmula de CG, e comparados esses resultados com aqueles obtidos pela aplicação a esta fórmula do fator de correção para excesso de peso proposto por Saracino et al.(2004): (CG corrigida= CG x [1,25– {0,012 x IMC}]). Foi considerada disfunção renal quando TFG <60mL/min. Os dados foram analisados no programa SPSS 13.0. Para todas as análises considerou-se significativo p<0,05. Resultados: Foram avaliados os dados de 182 indivíduos, com média de idade de 58,4 (±13,7) anos, sendo 51,1% homens. De acordo com a equação de CG e a equação CG corrigida, a função renal diminuída prevaleceu em 14,8% e 20,3% dos pacientes, respectivamente (p<0,001). Portanto, 5,5% (n=10) dos indivíduos avaliados não seriam identificados com disfunção renal utilizando-se a equação CG sem o fator de correção. A concordância da classificação da TFG pelas duas equações indicou um índice Kappa de 0,54. Conclusão: Um percentual significativo de pacientes deixaria de ser considerado com disfunção renal quando a equação de estimativa de função renal não é corrigida considerando-se o IMC, comprometendo a adoção de medidas preventivas e terapêuticas. Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 116 Suplemento Nutrição Clínica/2013 P-278 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E ORIENTAÇÃO PARA PREVENÇÃO DO TRANSTORNO DA COMPULSÃO ALIMENTAR a Sepse ou Choque Séptico (25%). O peso médio da amostra foi 55,96 ± 15,96 kg e a média de IMC 18,21 ± 4,69 Kg/m2 (Baixo Peso). Os valores médios de CB foram 25,45 ± 4,73 cm (< p5) e da CP foram 29,46 ± 5,11 cm (desnutrição). Com relação às variáveis bioquímicas foram encontrados baixos valores médios de Hemácias (3,58 ± 0,63 106/mm3), Hemoglobina (10,45 ± 1,87 g/dL), Hematócrito (32,87 ± 5,53%), Linfócitos Totais (1485 ± 710,23 /mm3). Conclusão: A identificação do perfil geral do paciente é essencial para estabelecer a prescrição dietética mais adequada, sendo que esta deve ser baseada nas patologias e comorbidades apresentadas, estado nutricional e avaliação bioquímica do mesmo. ANDRÉIA DE NAZARÉ SOUZA CARDOSO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA); RAFAELA ALVES FERREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA); DAVID AMÉRICO DE ASSUNÇÃO JÚNIOR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA); SILVIANE RIBEIRO CASTILHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA); RÉIA SÍLVIA LEMOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA) Introdução: A compulsão alimentar é caracterizada pela grande ingestão de alimentos, em curto período de tempo sendo, onde o indivíduo perde o controle sobre o comportamento alimentar, mesmo tendo conhecimento sobre as consequências do mesmo. A alimentação saudável é caracterizada por ser acessível física e financeiramente, variada, harmônica em quantidade, qualidade e segurança. Objetivos: Orientar para a alimentação saudável e escolhas mais adequadas, em casos de transtorno da compulsão alimentar e suas conseqüências físicas e psíquicas. Método: As atividades de educação em saúde foram realizadas em nove escolas públicas da periferia e do centro de Belém/PA, por meio de palestras de caráter explicativo-expositivas, acerca do tema discutido e esclarecimentos de dúvidas manifestadas pelos alunos. Resultados: As palestras continham informações necessárias sobre o distúrbio compulsivo alimentar e os danos à saúde por ele desencadeados e orientações a respeito da alimentação saudável, principalmente para indivíduos passíveis a alimentar-se compulsivamente. O público alvo foi de 600 estudantes de escolas públicas estaduais e municipais, atingindo crianças e adolescentes do Ensino Fundamental e estudantes da Educação de Jovens e Adultos, entre os meses de Maio e Novembro de 2012. Conclusão: Os estudantes participaram ativamente, com perguntas sobre as patologias e relatos de experiências. Orientou-se para a busca de auxílio de equipe multiprofissional, principalmente, do acompanhamento psicológico e de aconselhamentos dietéticos, para que as pessoas saibam melhor lidar com as suas frustrações e ansiedades e possam mudar os maus hábitos ocasionados pelo distúrbio da compulsão alimentar. P-280 REGANHO DE PESO APÓS CIRURGIA BARIATRICA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RECIFE ALINE SILVA (HC/UFPE); MARLA MARTINS (HC/UFPE) Introdução: Os resultados da cirurgia bariátrica compreendem a redução de peso massiva associada à melhora ou remissão de comorbidades, além de um impacto positivo na qualidade de vida. Apesar dos resultados favoráveis, a perda ponderal sustentada nem sempre é uma realidade, e algum reganho de peso é comumente observado pelas equipes de saúde, especialmente após 24 meses da cirurgia, podendo comprometer os benefícios alcançados. Objetivo: Investigar o reganho de peso após a cirurgia bariátrica. Método: Estudo transversal, que avaliou dados coletados de 143 indivíduos, acompanhados no ambulatório de cirurgia bariátrica do Hospital das Clínicas de Pernambuco entre o período de 2003 a 2013. Estimou-se a prevalência de indivíduos com reganho de peso, sua evolução antropométrica, e tempo de cirurgia. O reganho de peso foi calculado em percentual de ganho de peso relativo ao menor peso pós-operatório registrado na ficha de acompanhamento. Os dados foram tabulados no Excel e todas as variáveis registradas. Resultados: Entre os pacientes avaliados, a média do menor IMC=31,3 kg/m² e o tempo médio de cirurgia para início do reganho de peso foi de 32 meses. Dentre a amostra, 34,9% apresentaram reganho de peso, em média 6,62kg (7,81% de reganho do peso) e reganho de IMC médio de 2,57kg/m2. Conclusão: O reganho de peso foi prevalente nesta amostra estudada. O maior tempo de cirurgia pode ser considerado um fator de risco para o reganho de peso, além da má qualidade da alimentação e estilo de vida. Estes resultados sugerem a necessidade de monitoramento clínico ao longo do pós-operatório e cuidado especialmente voltado ao padrão alimentar e estímulo a um estilo de vida saudável. P-279 PERFIL DE PACIENTES EM USO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ASSISTIDOS PELO SUS THAMIRIS THATIELE RODRIGUES DE MELO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); ELENICE DE OLIVEIRA SANTOS FILHA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); MÁRCIA FERREIRA CÂNDIDO DE SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); DORIANE CONCEIÇÃO LACERDAS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); REBECA R. ALMEIDA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); SIEUNE ROBERTA A. G. SANTOS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE) P-281 ORIENTAÇÃO DE ESCOLARES PÚBLICOS SOBRE A IMPORTÂNCIA DA HIDRATAÇÃO CORPORAL PARA A SAÚDE MYLENNE CADIM FERREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); DAVID AMÉRICO DE ASSUNÇÃO JÚNIOR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); MICHEL QUARESMA RODRIGUES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); ANA CAROLINE BARBOSA DOS SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); SILVIANE RIBEIRO CASTILHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); RÉIA SÍLVIA LEMOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) Introdução: A Terapia nutricional enteral (TNE) tem se mostrado uma alternativa terapêutica cuja prescrição é um processo complexo, que implica em conhecimento preciso do perfil geral do paciente. Objetivo: Identificar o perfil de pacientes críticos em uso exclusivo de suporte nutricional enteral. Método: Estudo transversal e descritivo, realizado em dois hospitais públicos da cidade de Aracaju, Sergipe, Brasil. Os dados dos pacientes foram coletados a partir dos prontuários clínicos e protocolos de nutrição dos hospitais. O critério de inclusão foi o uso exclusivo da Terapia Nutricional Enteral (TNE) e o critério de exclusão foi o tempo de hospitalização inferior a 7 dias. A classificação do estado nutricional foi feita a partir do IMC e das circunferências do braço (CB) e panturrilha (CP). O peso e a estatura foram estimados pela fórmula de Chumlea. Resultados: A amostra foi composta por 30 pacientes com média de idade de 46,96 ± 18,46 anos, sendo 54,8% do gênero masculino. Os diagnósticos mais frequentes foram o Traumatismo Crânio-Encefálico (35,5%), o Acidente Vascular Encefálico (29,0%) e a Hipertensão Arterial Sistêmica (23%). As comorbidades mais frequentes foram a Insuficiência Respiratória (38%), as Úlceras de Decúbito (35%) e Introdução: A contribuição da educação formal para socialização de conhecimento sobre educação em saúde para a população é inegável e as instituições de ensino têm uma responsabilidade social nesse contexto. Objetivo: Introduzir dinâmicas interativas nas ações voltadas para os esclarecimentos acerca da hidratação corporal e outras medidas preventivas em saúde para os estudantes de escolas públicas periféricas de Belém/PA. Método: Na consecução dos objetivos foram proferidas palestras explicativas interativas, sem o auxílio recursos multimídia, enriquecidas por meio de dinâmicas interativas (soletrando, ‘quis’, jogo das pistas e rodas de conversa), contando com a participação de todos os alunos presentes nas atividades. Resultados: As ações foram realizadas no período de Maio a Dezembro de 2012, com 900 estudantes de escolas públicas, municipais e estaduais, em diferentes Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 117 Suplemento Nutrição Clínica/2013 níveis de escolaridade, desde a Educação Infantil até Educação de Jovens e Adultos e Educação Profissional. Conclusão: A introdução de dinâmicas nesses eventos contribuiu para melhor assimilação dos conteúdos apresentados, pois a transmissão e a socialização do conhecimento tornaram-se mais prazerosas, com grande interação do público participante com a equipe responsável pela ação. Ou seja, as dinâmicas mostraram ser uma estratégia eficaz em educação em saúde, como método de entretenimento educativo que estimula a participação pró-ativa do público. P-282 PERFIL CLÍNICO E NUTRICIONAL DE NEONATOS PREMATUROS INTERNADOS EM UMA UTI/UCI NEONATAL ALINE RAFAELLY APOLÔNIO DA SILVA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO HC/UFPE); MARYANE GABRIELA TAVARES (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO HC/UFPE); GERLANE QUERCIA DE FREITAS FRANÇA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO HC/UFPE); DENISE SANDRELLY CAVALCANTI DE LIMA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO HC/UFPE) Introdução: O parto prematuro e o retardo do crescimento intrauterino são os dois processos básicos que contribuem para o nascimento de crianças com baixo peso. Pode-se constatar um progressivo risco de morbidade e mortalidade quanto menor for o peso do nascimento. Entre as complicações associadas ao baixo peso destacam-se as infecções neonatais, a síndrome do desconforto respiratório (SDR), os distúrbios metabólicos, a enterocolite necrosante (ECN), a persistência do canal arterial (PCA) e, em longo prazo, o desenvolvimento de displasia broncopulmonar (DBP), uma das complicações crônicas mais importantes em prematuros sobreviventes. Objetivo: descrever o perfil clínico e nutricional dos recém-nascidos prétermos internados em uma UTI/UCI neonatal de um Hospital Universitário do Recife. Método: Estudo transversal, onde foram incluídos recém-nascidos pré-termos (RNPT), de ambos os sexos, internados na UTI/UCI neonatal de um Hospital Universitário do Recife, no período de maio a julho de 2013. Para a coleta de dados, foi utilizado um banco de dados, elaborado a partir de informações contidas no prontuário dos RNs. As variáveis registradas foram: Idade gestacional (IG), peso ao nascimento, sexo e diagnóstico. Analisaram-se os dados pelo programa Epi Info e SPSS versão 20. Resultados: De um total de 43 RNPT, 53,5% eram do sexo masculino, com média da idade gestacional de 32±4,0 semanas e peso médio ao nascimento 1948±827g. Em relação ao perfil nutricional, 79,1% tinham peso adequado para idade gestacional (AIG), 16,3% pequenos para idade gestacional (PIG) e 4,6% grandes para idade gestacional (GIG). As principais doenças e complicações observadas no período de internação foram: síndrome do desconforto respiratório (32,5%), possibilidade de infecção inespecífica (27,9%), sepse (20,9%), broncodisplasia (16,2%), persistência do canal arterial (9,3%), e enterocolite necrosante 2,3%. Conclusão: Dessa forma, podemos observar que apesar do avanço científico e tecnológico empregados em Unidades Neonatais, ainda é muito prevalente a presença de prematuridade e baixo peso ao nascer com consequentes morbidades. Sugere-se que novos estudos sejam realizados, já que a sobrevida dessas crianças está relacionada à assistência e a prevenção de complicações. P-283 INFLUÊNCIA DO GÊNERO SOBRE O CONSUMO DE DOCES, REFRIGERANTES E FAST-FOODS DE FUNCIONÁRIOS DA ÁREA DE SAÚDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) RENATA MESQUITA LEAL (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO – UFPE); NATHÁLIA BRISSANT PIRES FERREIRA (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO – UFPE); JÉSSICA CRISTINA GUEDES LIMA DA SILVA (CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO – UFPE); FERNANDA CRISTINA DE LIMA PINTO TAVARES (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO - UFPE ); LEOPOLDINA AUGUSTA SOUZA SEQUEIRA DE ANDRADE (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO - UFPE ); POLIANA COELHO CABRAL (DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO - UFPE ) Introdução: O processo de transição nutricional no Brasil é marcado pelo aumento do consumo de alimentos com alta densidade energética como biscoitos e refrigerantes e diminuição do consumo de alimentos ricos em fibras. Objetivo: Avaliar a influência do gênero sobre as práticas alimentares de funcionários da área de saúde da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) quanto a freqüência de consumo de doces, refrigerantes e dois tipos de fast-foods, hambúrguer e batatinha frita. Método: Trata-se de um estudo de caráter transversal onde foram avaliados 267 indivíduos. Com o objetivo de identificar o consumo de alimentos descritos acima foi aplicado um Questionário de Freqüência Alimentar (QFA), desenvolvido e validado para o estudo da dieta e doenças não transmissíveis. A construção do banco de dados e a análise estatística foram realizadas no programa Epi-info, versão 6.04. Para verificar associações entre as variáveis dicotômicas, foi aplicado o teste do qui-quadrado com correção de Yates e o Teste de Fisher. Resultados: Dos funcionários analisados 135 (50,6%) eram do sexo masculino, com média de idade em torno de 43 anos. As mulheres apresentaram maior nível de escolaridade (p=0,0000) e maior faixa etária (0,0043) quando comparada aos homens. Aproximadamente 60% da amostra estudada apresentaram excesso de peso, não sendo encontrado diferencial significante entre os sexos. Foi constatado um consumo elevado de doces entre os entrevistados, com 62,2% dos homens e 66,7% das mulheres (p=0,1697) ultrapassando a recomendação de ingestão máxima de 2 porções/dia. O consumo diário de refrigerantes também foi bastante elevado, sendo evidenciado em mais de 60,0% da amostra sem diferencial significante entre os sexos (p=0,3564). Por outro lado o consumo de hambúrguer e batata frita foi baixo, sendo relatado como “ocasional” por cerca de 85,8% da amostra, também sem diferencial significativo por gênero. Conclusão: Apesar de não ter sido evidenciado associação entre as práticas alimentares avaliadas e o gênero, os resultados para a amostra como um todo, demonstram a necessidade de intervenção e orientação nutricional para esse grupo, com enfoque no estímulo ao consumo de uma alimentação saudável. P-284 CORRELAÇAO E CONCORDANCIA ENTRE INDICE DE RISCO NUTRICIONAL E INDICE DE PROGNOSTICO NUTRICIONAL DE ONODERA DARLA SILVERIO MACEDO (UFPR); RUBIA DANIELA THIEME (UFPR); CARYNA EURICH MAZUR (UFPR); MARIA ELIANA M. SCHIEFERDECKER (UFPR) Introdução: Estudos sugerem que 30 a 55% dos indivíduos hospitalizados estão desnutridos ou possuem risco de desnutrir. Alterações do estado nutricional são relacionadas a diversos agravos à saúde e complicações. Em busca de diagnóstico acurado de alterações nutricionais, diferentes índices foram desenvolvidos. O Índice de Risco Nutricional (IRN) utiliza valores de albumina sérica e percentual de perda de peso e a equação do Índice Nutricional Prognóstico de Onodera (IPNO) é composto por albumina sérica e linfócitos totais. Objetivo: Verificar associação e a concordância entre o IRN e o IPNO na determinação do estado nutricional de indivíduos hospitalizados. Método: Estudo clínico retrospectivo analítico. Foram coletados dados de fichas dos pacientes internados nas Clínicas Médicas Masculina e Feminina de Hospital Universitário de Curitiba, PR no período de janeiro a março de 2012. A classificação de estado nutricional para IRN e IPNO foi de acordo com Buzby e cols (1988) e Onodera e cols (1984), respectivamente. A análise estatística foi realizada por meio do software SPSS versão 17.0 e utilizouse coeficiente de correlação de Pearson e teste de concordância de Kappa, com nível de significância de 95%. Resultados: Foram incluídos 192 pacientes, com média de idade de 54,2±18,8 anos (mínimo=15; máximo=91), sendo 50,5% (n=97) do sexo masculino. De acordo com a classificação do IRN, 54,7% (n=105) dos pacientes apresentavam desnutrição grave, 35,4% (n=68) desnutrição moderada, 3,1% (n=6) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 118 Suplemento Nutrição Clínica/2013 desnutrição leve e 6,8% (n=13) eram eutróficos. A classificação segundo o IPNO foi de 64,1% (n=123) de desnutridos graves, 21,9%(n=42) de desnutrição moderada, 8,9%(n=17) de desnutrição leve e 5,2% (n=10) de eutrofia. Houve correlação positiva e moderada entre IRN e IPNO e foi estatisticamente significante (R=0,52, p<0,001). A concordância entre os índices foi aceitável (k=0,365, p<0,001). Conclusão: A correlação entre o IRN e IPNO foi moderada e o teste de concordância demonstrou ser aceitável e sugere-se que ambos podem ser utilizados na investigação de risco nutricional em indivíduos hospitalizados. PATRICIA DE CARVALHO PADILHA (UFRJ); ANA CAROLINA ALVES LAVOR (UFRJ); MARIANNA MARINO (IPPMG/UFRJ); DAIANA BELÉN LOPEZ (IPPMG/ UFRJ); LUÍSA PEREIRA (IPPMG/UFRJ); WILZA PEREZ (UFRJ) Introdução: Ao longo das últimas décadas, a prevalência de obesidade infantil tem aumentado de forma significativa, sendo considerada como um dos principais problemas de Saúde Pública e uma epidemia global. Objetivo: descrever o consumo de energia, macro e micronutrientes de crianças e adolescentes obesos atendidos pela primeira vez no ambulatório de nutrição de um Hospital Universitário. Método: Estudo descritivo do tipo transversal. Definiu-se obesidade como Índice de Massa Corporal (IMC) &#8805; percentil 97. Os critérios de exclusão foram: presença de desordens metabólicas e genéticas, doenças auto-imunes, acesso a orientações nutricionais previamente e aqueles que não concordaram em participar do estudo. A coleta de informações do estudo ocorreu por meio de entrevistas e consulta aos prontuários. Os instrumentos utilizados para avaliação do consumo alimentar foram recordatório 24h e frequência de consumo semi-quantitativa, sendo quantificado pelo softwear Nutwin 1.5. Resultados: A amostra final do estudo constituiu-se de 20 crianças e adolescentes com média de idade de 9,4±2,1 anos. A média de IMC foi 25,6 ± 4,4Kg/ m2, variando de 25,9 a 37,0 Kg/ m2. Os valores médios de consumo foram de 1775,1±740,8 Kcal de energia, 239,2 ± 105,0g de carboidrato, 90,1±43,8g de proteína e 50,9±23,3g de lipídios (81,6%, 183%, 264% e 88,4% de adequação, respectivamente). Quanto aos micronutrientes a ingestão média de cálcio foi de 531,0±259,6 mg/d, 12,7±5,5 mg/d de ferro, 729,3±604,8 mg/d de vitamina A, 9,7±2,7 mg de zinco (40,2%, 153%, 142% e 121,1% de adequação, respectivamente). As médias de consumo de cálcio e IMC diferiram significativamente (p=0,000). Conclusão: Sugere-se o planejamento de ações conjuntas para reforçar os conhecimentos em nutrição pela população infantil e seus familiares diante da necessidade de maiores esforços para educar as crianças sobre bons hábitos alimentares. P-285 ESTADO NUTRICIONAL E CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS DE CRIANÇAS NASCIDAS PRÉ-TERMO ACOMPANHADAS EM AMBULATÓRIO DE FOLLOW-UP DO MÉTODO CANGURU LARISSA MARIA CAVALCANTE E SILVA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); JANINE MACIEL BARBOSA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); CAMILA YANDARA SOUSA VIEIRA DE MELO (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); ANNE ELLEN ALVES E OLIVEIRA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); CHIKA WAKIYAMA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA) Introdução: O nascimento pré-termo tende a ser considerada como importante demanda de saúde pública, em razão da sua prevalência (em torno de 10%) e do alto percentual de morbimortalidade neonatal associado. Recém-nascidos prematuros (RNPT) apresentam risco iminente de desenvolver algum grau de comprometimento no processo de crescimento e desenvolvimento devido às condições clínicas adversas a que estão submetidos. Dados existentes na literatura indicam maior suscetibilidade ao desenvolvimento de obesidade na vida pós-neonatal dos recémnascidos (RN) com retardo de crescimento intra-uterino (RCIU), sendo o catch-up precoce um possível fator acelerador desse processo. Objetivo: Caracterizar a crianças nascidas prematuras quanto ao estado nutricional pós-neonatal e às suas características socioeconômicas. Método: Estudo descritivo transversal realizado em ambulatório de follow-up do Método Canguru, entre fevereiro a julho de 2012. A coleta de dados foi realizada a partir de prontuário e formulário previamente estruturado. Foram obtidos dados socioeconômicos, clínicos e antropométricos. Os valores de escore Z do indicador Índice de Massa Corporal/idade (IMC/I) foi calculado através do software WHO AnthroPlus. Na análise estatística utilizou-se programa SPSS e adotou-se nível de significância de 5%. Resultados: Foram avaliadas 40 crianças prematuras com idade média de 55,5 meses (DP±19,37) cuja maioria (72,5%) era do sexo feminino. De acordo com o parâmetro de IMC/I observou-se que 25% da amostra apresentava algum grau de excesso de peso (escore Z de IMC/I >+1dp) e apenas 5% possuíam magreza acentuada (escore Z de IMC/I <-2dp). As condições socioeconômicas evidenciaram uma renda per capita média de R$ 229,16 reais (DP±159,49). Quanto às condições de moradia, a maior parte foi procedente de regiões urbanas (85%), as quais residiam em domicílios de alvenaria (95%) e possuíam piso não revestido (60%). Além disso, a maioria tinha acesso aos serviços públicos básicos, tais como abastecimento público de água (87,5%), coleta pública de lixo (92,5%) e esgotamento sanitário (50%). Conclusão: Os resultados evidenciaram condições socioeconômicas favoráveis ao crescimento e desenvolvimento, contudo frequência cinco vezes maior de excesso de peso do que de baixo peso. Além disso, demonstram ainda a importância de acompanhar a evolução nutricional e o crescimento no período pós-neonatal de RNPT com RCIU, que apresentam um padrão de crescimento pós-natal acelerado, na tentativa de alcançar canais de crescimento mais próximos aos das medianas populacionais. P-287 TRIAGEM NUTRICIONAL DE PACIENTES INTERNADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE PERNAMBUCO SILVIA ALVES DA SILVA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZHUOC); BRUNO SOARES DE SOUSA (HUOC); ANA MARIA BEZERRA DE OLIVEIRA (HUOC); CAMILA YANDARA SOUSA VIEIRA DE MELO (HUOC) Introdução: Estudos sobre incidência da desnutrição na população hospitalizada enfatizam a necessidade de atenção à situação nutricional e seu papel no tratamento e recuperação do paciente. As sociedades de nutrição enteral e parenteral recomendam estabelecer rotinas de screening nutricional que facilitem a identificação de pacientes que necessitam de intervenção. Objetivo: Identificar o risco nutricional e sua associação com o estado nutricional através de medidas antropométricas em pacientes hospitalizados. Método: Trata-se de um estudo transversal, realizado na Clínica Médica do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), Recife/PE, no período de junho a outubro de 2010. Foi aplicado o protocolo de triagem nutricional, Nutritional Risk Screening (NRS-2002) em até 72 horas após a admissão hospitalar, a população foi composta por pacientes adultos e idosos, de ambos os sexos. Para análise e processamento dos dados foi utilizado o programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 13.0. Para comparação entre médias, foi aplicado o teste T de student (duas variáveis independentes). O nível de significância adotado para todos os testes foi de 5%. Resultados: A casuística foi constituída por 106 pacientes, destes, 53,8% eram do sexo masculino, 67 (63,2%) se encontravam entre 18-59 anos e 39 (36,8%) tinham idade &#8805;60 anos. Na triagem nutricional, em 86 pacientes (81,1%) foi possível a aplicação total do protocolo de triagem. Dos quais, 54 (46,2%) estavam em risco nutricional. Com relação ao escore do estado nutricional, 26 pacientes (24,5%) apresentavam alto risco nutricional. Em relação ao escore da doença, 71 pacientes P-286 CONSUMO DE ENERGIA, MACRO E MICRONUTRIENTES DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES OBESOS DO RIO DE JANEIRO Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 119 Suplemento Nutrição Clínica/2013 (67%) obtiveram escore 01 e em relação ao escore final, 25 pacientes (23,6%) obtiveram escore 04. Foi observada diferença significativa entre os pacientes sem e com risco nutricional nas médias de índice de massa corporal (26,55±3,93 vs 22,16±4,99 kg/m2, p<0,000), nas médias de circunferência do braço (29,47±3,23cm vs 25,22±4,72cm, p<0,000) e na perda de peso% (7,89±4,96% vs 16,84±9,54%, p<0,001), respectivamente.Conclusão: A aplicação do protocolo de triagem nutricional foi efetiva na indicação do estado nutricional dos pacientes, contribuindo para que recursos em terapia nutricional sejam direcionados para os que apresentam déficit nutricional. P-288 CUIDADOS DA NUTRIÇÃO ENTERAL: O IMPACTO DO TREINAMENTO EM UMA EQUIPE DE UNIDADE DE PACIENTES GRAVES ANDRESSA GAUDENCIO (HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ); GISELE SOUZA (HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ); VILMA REGINA COLAO DE PAULA PEREIRA (HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ); GRAZIELA BASTOS ORÇAI (HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ); LUCIANA ALONSO ROCHA (HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ); EMILIANA MARTINS MOTTA (HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ) Introdução: Determinar um plano dietoterápico que se ajuste às necessidades do paciente somente não é suficiente ao alcance de um bom prognóstico nutricional. É preciso monitorar cada processo que envolve a Terapia Nutricional (TN), sendo seu controle imprescindível ao sucesso do tratamento. Um dos indicadores de efetividade comumente utilizado é a mensuração do volume de infusão (VI) da nutrição enteral (NE) igual ou superior a 70% daquele programado. Objetivo: Avaliar o impacto do treinamento em equipe sobre a importância dos cuidados na infusão da NE em uma Unidade de Pacientes Graves (UPG) do Hospital Federal do Andaraí (HFA). Método: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, através da análise de 46 registros do VI da NE, realizada pela equipe de Enfermagem da UPG/HFA, no mês de maio de 2013, sendo 23 registros antes do treinamento (AT) elaborado pelo Serviço de Nutrição e Dietética (SND) e 23 registros depois do mesmo (DT). Os registros de pacientes que apresentaram intercorrências, impossibilitando a infusão da NE programada, foram excluídos. Foi utilizada a infusão de 70% do volume programado como parâmetro mínimo à adequação. Para a análise estatística, foi utilizado o programa Epiinfo (versão 6.04) e calculadas média±desvio-padrão, mediana, mínimo e máximo, odds ratio (OR) e teste qui-quadrado (QQ), sendo considerado para significância estatística p-valor<0.05.Resultados: Pode-se observar uma grande dispersão dos registros do VI em relação a sua média (70±30% AT e 91±20% DT), contudo, tanto a mediana AT (76%) quanto DT (99%) apresentaram VI&#8805;70% do volume programado, com valores de mínimo e máximo superiores para os registros DT (45% e 130%) aos AT (7% e 112%). Houve associação significativa entre a realização do treinamento e registros de VI&#8805;70% (número de registros com VI&#8805;70%: 9 (AT) e 19 (DT); VI<70%: 14 (AT) e 4 (DT); OR: 7,39 (1,60<OR<31,17); QQ: 9,13 e p-valor: 0,0025). Conclusão: O trabalho desenvolvido pela equipe do SND e Enfermagem na UPG/ HFA demonstrou-se efetivo durante o período analisado, ressaltando-se a importância da realização de treinamentos em prol da melhoria de sua atuação e benefício ao paciente. P-289 TRABALHANDO A IMPORTÂNCIA DA HIDRATAÇÃO DE ESCOLARES DE ESCOLAS PÚBLICAS EM BELÉM/PA MYLENNE CADIM FERREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); MICHEL QUARESMA RODRIGUES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); DAVID AMÉRICO DE ASSUNÇÃO JÚNIOR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); ANA CAROLINE BARBOSA DOS SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); SILVIANE RIBEIRO CASTILHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); RÉIA SÍLVIA LEMOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) Introdução: Para manutenção de vida saudável devem-se desenvolver bons hábitos de vida e a hidratação é de fundamental importância; compromissado o Programa “Distrito Sanitário UFPA: muito além da ação” integrou atividades de ensino-pesquisa-extensão, absorvendo alunos oriundos de cursos das áreas de biologia, da saúde e das ciências sociais, engajados em atividades promotoras de saúde. Objetivo: Orientar e esclarecer alunos da Educação Infantil, Educação Básica e EJA sobre a importância e benefícios da hidratação na saúde humana para uma vida saudável no seio da família, escola e comunidade; além de contribuir para a formação integral dos universitários engajados no programa.Método: Nas ações foram utilizadas palestras expositivas-ilustrativas de sensibilização e esclarecimentos, como ou sem auxílio multimídia (data show, notebooks). Foram utilizadas dinâmicas de grupo para os alunos da Educação Infantil e de séries iniciais do Ensino Fundamental. Resultados: Os dados aqui apresentados resultam de atividades desenvolvidas, em cinco escolas públicas de Belém, com a proferição de nove palestras, para turmas de Ensino Infantil, Fundamental, Médio e EJA (Educação de Jovens e Adultos), o que totalizou 673 participantes. Conclusão: As atividades de Educação em Saúde promoveram a ambientação dos estudantes universitários e a plena interação com o alunado, que participou ativamente das preleções, questionando e relatando situações pessoais, familiares ou comunitárias, demonstrando ter assimilado boa parte do conteúdo. A maneira integrada de abordar a temática aumentou o interesse do alunado para com o tema hidratação, formulando perguntas pertinentes e informando ser o tema pouco abordado pelas escolas. P-290 CARACTERÍSTICAS ALIMENTARES DE PACIENTES COM MEGAESÔFAGO LARISSA MARTINS COELHO (ESCOLA DE NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); RAQUEL ROCHA (ESCOLA DE NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA); JÉSSICA XAVIER DE SOUZA (ESCOLA DE NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) Introdução: Megaesôfago é uma manifestação macroscópica da desordem motora esofágica, caracteriza-se pelo relaxamento parcial do esfíncter inferior do esôfago em resposta a deglutição e contrações não peristálticas no corpo esofágico. A disfagia como um dos principais sintomas no megaesôfago atua diretamente sobre a qualidade e volume da alimentação, provocando declínio do estado nutricional. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi traçar o perfil alimentar em um grupo de pacientes com megaesôfago. Método: Trata-se de um estudo transversal/ observacional, realizado entre julho e dezembro/2012, em um grupo de pacientes com diagnóstico de megaesôfago, atendidos em um Ambulatório de Nutrição em Gastroenterologia. Os pacientes foram avaliados quanto aos sintomas, grau de comprometimento do esôfago, tratamento (cirurgia e dilatação), indicadores antropométricos e consumo alimentar. Os participantes foram submetidos a um questionário com questões relacionadas ao megaesôfago e a dois inquéritos alimentares: uma anamnese alimentar e três recordatórios de 24h. Resultados: Foram avaliados 31 pacientes com megaesôfago, sendo que 71,0% eram do sexo feminino, 41,9% apresentavam IMC de eutrofia, 87,1% possuíam doença de etiologia chagásica, 71,0% apresentavam a forma cardíaca da doença associada, possuía distribuição homogênea entre os graus do megaesôfago e 80,6% relatou disfagia. A maioria realizou modificações na alimentação após o diagnóstico (54,8%); consumia alimentos na consistência normal (61,3%); ingeria líquidos junto às refeições (74,2%); referia consumir volumes suficiente por refeição (64,5%); a temperatura do alimento não influenciava na piora dos sintomas (74,2%) e associava alguns alimentos a piora dos sintomas (87,1%). Todos esses dados mostraram-se semelhantes entre os tratados e não tratados, assim como o consumo médio de calorias, gorduras, proteínas e carboidratos da dieta (p>0,05). Conclusão: Observa-se que os pacientes com megaesôfago, apesar da presença dos sintomas relacionados Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 120 Suplemento Nutrição Clínica/2013 a doença, apresentam características alimentares e consumo de nutrientes semelhantes entre os pacientes submetidos ou não a algum tratamento. P-291 ORIENTAÇÃO DE ESCOLARES SOBRE O TRANSTORNO DA COMPULSÃO ALIMENTAR E SEUS EFEITOS ANDRÉIA DE NAZARÉ SOUZA CARDOSO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA); RAFAELA ALVES FERREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA); SILVIANE RIBEIRO CASTILHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA); RÉIA SÍLVIA LEMOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA) Introdução: O transtorno da compulsão alimentar se assemelha ao da bulimia nervosa (BN), mas dela se diferencia pela grande ingestão de alimentos em curto período de tempo, com sensação de perda de controle sobre o comportamento alimentar: o que come e o quanto come. Isso pode estar associado à condição psicológica, pois é independente da sensação de fome. O indivíduo com tal transtorno sente mal estar pela grande quantidade de alimentos ingeridos e por sentir-se constrangido, isola-se pelo sentimento de culpa e pode até desenvolver quadro depressivo. Objetivos: Orientar para o transtorno da compulsão alimentar e prevenir suas consequências. Método: Durante as atividades em nove escolas públicas da periferia e do centro de Belém/PA utilizou-se a apresentação de palestras de caráter explicativo-expositivas, com orientações acerca do tema discutido e esclarecimentos de dúvidas manifestadas pelos alunos. Resultados: As palestras contendo informações necessárias sobre o distúrbio compulsivo alimentar e os danos à saúde por ele desencadeados atingiram 600 estudantes de escolas públicas das rede estadual e municipal de ensino, atingindo crianças e adolescentes do Ensino Fundamental e estudantes da Educação de Jovens e Adultos, entre os meses de Maio e Novembro de 2012. Conclusão: Expor o tema, discutir os conhecimentos existentes e esclarecer as dúvidas de crianças, jovens e adultos permitiu grande interação com os expositores e a oportunidade de estabelecer diferenças entre o transtorno da compulsão alimentar e a bulimia nervosa, seus efeitos e as complicações para a saúde física e mental de pessoas com esses problemas; além de se dirimir as possíveis dúvidas relacionadas. P-292 CORRELAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS DE PESO E ALTURA ESTIMADOS COM MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS AFERIDAS EM PACIENTES CARDIOPATAS HOSPITALIZADOS LILIAN FERNANDA PEREIRA CAVALCANTE (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA); ALINE OLIVEIRA DINIZ (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA); LUANA LOPES PADILHA (MESTRADO EM SAÚDE COLETIVA); GLAUCIANE MÁRCIA DOS SANTOS MARTINS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA); BRUNA RENATA FERNANDES PIRES (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO MATERNO INFANTIL); ALINE DIAS GUIMARÃES () Introdução: O peso corporal e a altura são as medidas antropométricas mais utilizadas para avaliação nutricional e acompanhamento clínico de pacientes internados, sendo imprescindíveis para planejamento dietoterápico, visto que o paciente hospitalizado é nutricionalmente vulnerável devido a uma série de fatores decorrentes de mudanças na ingestão alimentar após a internação, ou ainda pela presença do intenso estado de catabolismo relacionado à patologia em curso. Todavia, quando se trata de pacientes acamados são necessários métodos alternativos para obtenção de tais medidas, que apresentem baixo custo e maior praticidade de aferição. Objetivo: Avaliar a correlação do peso e altura aferidos com medidas antropométricas estimadas em pacientes pré-cirúrgicos, hospitalizados para cirurgias cardíacas atendidos no Hospital Universitário Presidente Dutra. Método: O estudo transversal realizado com 21 pacientes hospitalizados para cirurgias cardíacas, no período de junho a julho de 2013. Os participantes responderam a um questionário contendo questões relativas a sexo, cor da pele, idade e tipo de cirurgia realizada. Além disso, participaram de avaliação nutricional com peso, altura, circunferência do braço e altura do joelho. Foi utilizada a fórmula de Chumlea, 1988 para estimativa de peso e Chumlea, 1988 e 1994 de altura. Para avaliar a correlação entre as varáveis utilizou-se o Coeficiente de Correlação de Pearson (r). Os dados foram analisados no programa estatístico STATA 11.0 e o nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: A amostra avaliada era predominantemente do sexo masculino (52,4%), com idade média de 52 anos (±16,7), pessoas com menos de 60 anos representavam 61, 90%. Cirurgia de troca de válvula representou 52,4%, de revascularização do miocárdio 42,9% e comunicação intraventricular 4,8%. Ambas as correlações apresentaram-se fortes e estatisticamente significantes. Peso aferido e estimado (r=0,76; p= 0,0001) e altura aferida e estimada (r=0,91; p=0,0001 ). Conclusão: A correlação entre as medidas antropométricas e fórmulas de estimativa de peso e altura mostraram-se elevadas e estatisticamente significantes, apresentando-se como alternativa para atuação do nutricionista junto a pacientes em que a avaliação antropométrica é impossibilitada e cujas informações são fundamentais para seu manejo nutricional. P-293 COMPORTAMENTO DE RISCO PARA TRANSTORNOS ALIMENTARES ENTRE ACADÊMICAS DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR PARTICULAR SILVIA ALVES DA SILVA (FACULDADE DO VALE DO IPOJUCA - FAVIP/ DEVRY); EMMANUELLE MARINA ARRUDA LINS (FAVIP/DEVRY); KARINA MARIA MAZZAROTTO (FAVIP/DEVRY) Introdução: Os transtornos alimentares são fenômenos multifatoriais, resultante da interação de fatores pessoais, familiares e socioculturais, caracterizados por padrões anormais na alimentação e preocupação intensa com o alimento, o peso, o corpo e avaliação da autoestima com base no peso corporal. Acometem principalmente adolescentes e mulheres jovens em idade reprodutiva. Objetivo: Verificar a presença de comportamentos de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares entre acadêmicas de cursos da área de saúde. Método: Estudo transversal realizado com alunas matriculadas nos cursos de Enfermagem, Nutrição e Psicologia da Faculdade do Vale do Ipojuca (FAVIP), no município de Caruaru, Pernambuco, no ano de 2010. A identificação dos indivíduos com comportamentos de risco foi feita através da utilização de questionários autoaplicáveis. Em relação à anorexia nervosa (AN), foi utilizado o Teste de Atitudes Alimentares (EAT - 26). Para determinar a sintomatologia relacionada a bulimia nervosa (BN) utilizou-se o Teste de Investigação Bulimica de Edimburgo (BITE). Essa pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética da FAVIP, sob o protocolo nº 028/2010. Para análise e processamento dos dados foi utilizado o programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 13.0. A associação entre as variáveis foi avaliada pelo teste de Qui-quadrado de Pearson. O nível de significância adotado para todos os testes foi de 5%. Resultados: A amostra foi composta por 260 alunas, sendo 120 (46,2%) de nutrição, 44 (16,9%) de enfermagem e 96 (36,9%) de psicologia, com idade média de 22,4 ± 4,0 anos. O risco para AN foi encontrado em 66 alunas (25,4%), com distribuição similar entre os cursos (p=0,900). O BITE identificou que 55,8% apresentaram padrão alimentar não usual (PNAU), 19,6% comportamento alimentar compulsivo (CAC) na escala de sintomatologia, e segundo a escala de gravidade, 12,3% apresentaram estado clínico comprometido (ECC). Analisando essa distribuição segundo o curso, a maior frequência de normalidade foi encontrada nas alunas de nutrição (32,5%). No entanto, o PANU e CAC foram mais frequentes nas alunas de enfermagem (p=0,009). Não foi observada diferença na distribuição do BITE na escala de gravidade segundo o curso das alunas (p=0,163). O cálculo do índice de massa corporal das alunas revelou que 200 (76,9%) estavam eutróficas. Conclusão: A prevalência de possíveis transtornos alimentares foi elevada na população estudada, com dados semelhantes e até superiores aos índices obtidos por outras pesquisas. Tais Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 121 Suplemento Nutrição Clínica/2013 resultados apontam para a necessidade de avaliações mais detalhadas e a implementação de programas de intervenção nutricional. P-294 ASSOCIAÇÃO DO EXCESSO DE PESO EM CRIANÇAS NASCIDAS PREMATURAS COM O ESTADO NUTRICIONAL DOS PAIS CHIKA WAKIYAMA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); CAMILA YANDARA SOUSA VIEIRA DE MELO (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); ANNE ELLEN ALVES E OLIVEIRA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); SIMONE RAPOSO MIRANDA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); LARISSA MARIA CAVALCANTE E SILVA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); JANINE MACIEL BARBOSA (NSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA) Introdução: Estudos sobre a obesidade infantil têm demonstrado que as crianças cujos pais apresentam excesso de peso apresentam maior risco de obesidade. Tal fato deve-se ao somatório de fatores genéticos e ambientais que podem interferir tanto nos hábitos alimentares como no estilo de vida, ambos que contribuem para o balanço energético positivo. Além disso, na prematuridade há evidências sobre maior acúmulo de tecido adiposo decorrente de alterações metabólicas inerentes a um fenótipo poupador. Objetivo: Determinar a frequência de excesso de peso entre crianças nascidas prematuras atendidas em ambulatório de follow-up do Método Canguru e a sua associação com o estado nutricional dos pais. Método: Foram analisadas 42 crianças, com idade entre 2 e 7 anos, acompanhadas no Ambulatório de follow-up de prematuros de um hospital de referência em pediatria, no período de março a julho de 2012. Para classificar risco de sobrepeso e excesso de peso (RSEP) nas crianças, utilizou-se o índice de massa corporal para idade (IMC/I) &#8805; +1 desvios-padrão da curva de crescimento proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS, 2006- menores de 5 anos e OMS, 2007- 5 a 7 anos). O excesso de peso nos pais foi classificado através do IMC &#8805; 25 kg/m2 (OMS, 1995). A avaliação nutricional foi feita através do software WHO AnthroPlus. Na análise estatística utilizou-se programa SPSS e adotou-se nível de significância de 5%. Resultados: A frequência de RSEP nas crianças foi de 42,8%. Em relação ao gênero, observou-se maior percentual de RSEP entre as meninas (43,3%) do que entre os meninos (41,7%), respectivamente, com significância estatística (p=0,022). Entre essas crianças, 83,3% eram filhas de mães com excesso de peso (p=0,310) e 11,1% filhas de pais obesos (p=0,306). Encontrou-se também alta prevalência de RSEP nas crianças que tinham ao menos um dos pais com sobrepeso/obesidade (72,2%) quando comparadas aos pais com peso normal (16,7%) (p=0,915). Conclusão: O percentual de crianças com RSEP encontrado neste grupo foi superior ao apresentado em pesquisas populacionais. Este fato pode ser explicado pelas alterações metabólicas decorrentes da prematuridade, visto que o estado nutricional dos pais não pareceu ter influência significativa sobre o excesso de peso nas crianças. P-295 TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL: ASPECTOS GERAIS, ECONÔMICOS E INDICAÇÕES EM UM HOSPITAL MUNICIPAL DE TERESINA-PI YTALLO SAMUEL OLIVEIRA BARROS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - TERESINA/PI); CARLA ANDRESSA BRÁULIO (FACULDADE SANTO AGOSTINHO - TERESINA/PI); KAYO ALVES FIGUEIREDO (HOSPITAL DE URGÊNCIA DE TERESINA); ILKA DE CARVALHO BARROS (HOSPITAL DE URGÊNCIA DE TERESINA) Introdução: A Nutrição Parenteral (NP) é uma solução ou emulsão que fornece alguns ou todos os nutrientes do metabolismo basal e do crescimento, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas, podendo ser classificada: quanto a via de administração, em periférica e em central; quanto à composição, em sistema glicídico ou lipídico. Objetivo: Analisar o perfil das NP manipuladas pelo Serviço de Farmácia de um hospital municipal de Teresina, incluindo os custos da manipulação das NP. Método: Estudo transversal que avaliou 313 prescrições de NP no período de 01/01/2013 a 31/03/2013. As NP foram classificadas de acordo com as fórmulas prescritas em: Total ou Parcial; adulta ou pediátrica; presença ou não de lipídeo; leito de internação; presença ou não de glicerofosfato de sódio (GFNa) associado ao gluconato de cálcio; quantidade de bolsas perdidas. Avaliou-se também o custo da manipulação das bolsas. Resultados: O número de nutrições produzidas no período analisado foi 313 bolsas. Desse total, 87,86% (N=275) eram de Nutrições Parenterais Totais (NPT) e 12,14% (N=38) eram Nutrições Parenterais Parciais (NPP). Identificou-se que a maior parcela atendida pelo setor era adulta 52,40% (N= 164), sendo 36,58% (N=60) da clínica médica, 60,61% (N=83) da cirúrgica, 10,37% (N=17) das UTI’s e 2,4% (N=4) de outras clínicas. 47,60% (N=149) eram pacientes pediátricos, onde 14,77% (N=22) eram da pediatria e 85,23% (N=127) da UTI pediátrica. Quanto à adição ou não de lipídeo, 95,20% (N=298) das bolsas continham lipídeos e 4,80% (N=15) continha lipídeo prescrito separadamente da NP. A porcentagem de bolsas perdidas nesse período foi de 1,6% (N=5). Das 313 prescrições, 23,97% (N=75) apresentavam GFNa, dentre as quais em 88% (N=66) este eletrólito estava associado ao gluconato de cálcio e em apenas 12% (N=9) não houve associação. Baseando-se nos constituintes mais onerosos, no caso, aminoácidos, lipídeos, glicose e GFNa, chega-se a uma média de custo de R$82,00 para Bolsas com aminoácidos + Glicose, R$147,00 para Bolsa com AA + Glicose + GFNa, R$166,50 para Bolsa com AA + Glicose + Lipídeo e R$235,00 para Bolsa com AA + Glicose + Lipídeo + GFNa. Conclusão: O papel atuante do farmacêutico aliado ao corpo médico no serviço de NP é de extrema relevância, tendo em vista que avaliação farmacêutica das prescrições de terapia nutricional parenteral permite: otimizar o serviço; conhecer o perfil das NP manipuladas; redução dos custos; evita possíveis interações, perdas e possíveis complicações com esta terapia nutricional. P-296 COMPARAÇÃO DA PERDA DE PESO E DE DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA: SLEEVE X BYPASS GÁSTRICO LORAINE DE MOURA FERRAZ (HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ); ANDRESSA GAUDENCIO (HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ); FERNANDO DE BARROS (HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ); VILMA REGINA COLAO DE PAULA PEREIRA (HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ); LUCIANA ALONSO ROCHA (HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ); EMILIANA MARTINS MOTTA (HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ) Introdução: A deficiência de micronutrientes é um problema muito frequente após o procedimento de cirurgia bariátrica. Acredita-se que a técnica do sleeve cause uma menor deficiência de micronutrientes do que técnicas que envolvam a disabsorção, como o bypass gástrico (associa a restrição com a disabsorção). O número de cirurgias de sleeve tem crescido nos últimos tempos, também pelos resultados semelhantes em termos de perda de peso. Objetivo: Comparar o percentual da perda do excesso de peso e a deficiência de nutrientes de pacientes que foram submetidos a bypass gástrico e sleeve, nos primeiros 3 meses de pós-operatório. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo através da análise de prontuários de 26 pacientes com 3 meses de pós-operatório que foram submetidos a bypass gástrico (BP) ou sleeve (SL). Foram analisadas as seguintes variáveis: percentual da perda do excesso de peso (PEP), anemia ferropriva, deficiência de vitamina B12, níveis de albumina e cálcio séricos. Utilizou-se balança antropométrica digital da marca Welmy (0 a 300 Kg). Todos os exames foram analisados pelo laboratório do Hospital. Os dados são descritos como média± desvio-padrão ou mediana (mínimo e máximo). Estatística: Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 122 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Teste-t Student, Mann Whitney, Teste qui-quadrado; p-valor<0.05 como significância estatística. Resultados: Dos 26 pacientes (13SL/13BP); Sexo: 24F/2M; PEP: SL- 37,0±11,8, BP- 40,3±8,29; Cálcio: SL- 8,9 (8,5-10,1) e BP- 8,9 (8,7-8,9); Albumina: SL- 3,92 (3,85-3,99), BP- 3,94 (3,44-4,1). Não houve diferença estatisticamente significativa na média de PEP nos pacientes operados pelas duas técnicas avaliadas, nem nos níveis de albumina e cálcio. Em relação às variáveis categóricas, encontramos associação entre a técnica do bypass e a ocorrência de deficiência de vitamina B12 (p-valor=0,018).Conclusão: A amostra estudada apenas mostrou associação entre a técnica do bypass e a ocorrência de deficiência de B12 no primeiro trimestre de pós-operatório. P-297 ADEQUAÇÃO DE ENERGIA PRESCRITA E INFUNDIDA COMPARADO AO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL EM PACIENTES EM TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL DOMICILIAR GISLAINE CUTCHMA (UFPR); CARYNA EURICH MAZUR (UFPR); ANA PAULA HESKETH RABUSKE (UFPR); RUBIA DANIELA THIEME (UFPR); KARLA TAJANA PIDPALA (UFPR); MARIA ELIANA MADALOZZO SCHIEFERDECKER (UFPR) Introdução: A terapia nutricional enteral domiciliar (TNED) vem crescendo no cenário de saúde atual devido ao aumento do número de indivíduos que necessitam de nutrição enteral por um longo período de tempo, onde o estado de saúde não demanda a hospitalização. Objetivo: Avaliar a adequação do valor energético total (VET) ofertado em relação ao recomendado e comparar o estado nutricional de pacientes em TNED. Método: Trata-se de estudo transversal, analítico, descritivo com amostra de 42 pacientes em TNED atendidos por nutricionistas da rede básica de saúde em um distrito sanitário de Curitiba-PR, durante o período de janeiro a maio de 2013. A avaliação do estado nutricional foi realizada por meio do Índice de Massa Corporal (IMC), conforme os pontos de corte propostos pela OMS (1985) para adultos e por Lipschitz (1994) para idosos. O VET recomendado foi por meio regra de bolsa da OMS (1995), sendo considerado 30 kcal/ kg de peso atual para pacientes eutróficos e 35 kcal/kg para pacientes com baixo peso. A avaliação do consumo alimentar foi feita por meio de recordatório de 24 horas. Para análise estatística utilizou-se o software SPSS 19.0, aplicando a correlação de Pearson e teste t de Student, com intervalo de confiança de 95%. Resultados: A idade média dos pacientes foi de 64,69 ±18,67 anos (mín; 21 máx. 94 anos), sendo que 50% (n=21) eram do sexo feminino. Foi avaliado o estado nutricional de 40 pacientes e observou-se que 82,5% (n=33) dos pacientes apresentavam baixo peso ou algum grau de desnutrição. A média do VET recomendado foi 1571,49± 416,77 kcal e do VET ofertado foi 1697,58 ±496,23 kcal. Houve diferença estatística entre o que foi infundido, via cateter, e a necessidade do paciente (p< - 0,001). Entretanto não foi encontrada tal relação entre o IMC e o VET (p> 0.05). Conclusão: O VET ofertado aos pacientes foi significativamente maior do que as suas necessidades, entretanto o VET ofertado não influenciou o estado nutricional dos pacientes, segundo o IMC. P-298 DEFICIÊNCIA DE ZINCO EM PACIENTES SUBMETIDOS AO TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOIÉTICAS ANDREA PEREIRA (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEN); JULIANA SILVA (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEN); MARCIA TANAKA (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEN); FABIANA LUCIO (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEN); ANA PAULA BARRERE (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEN); NELSON HAMERSCHLAK (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEN) Introdução: O zinco é um microelemento muito importante para o organismo, sendo um cofator de metaloenzimas, responsáveis pela síntese dos ácidos nucleicos, e da manutenção do sistema imunológico. Os sintomas de deficiência de zinco, como alopécia, diarreia, rash cutâneo e falha de crescimento, podem ser confundidos com os do pós-transplante de células tronco hematopoiéticas(TCTH). Alguns estudos mostram que a suplementação de zinco, com finalidade de aumento do seu nível sérico, associam-se a uma supressão seletiva da reação alogênica, na redução da incidência de mucosite, dor, xerostomia e perda do paladar. A deficiência de zinco é relatada em crianças com leucemia, mas há poucos estudos em adultos. Método: Foram avaliados 45 pacientes adultos, 22 mulheres e 23 homens, média de idade 49±16 anos, submetidos a TCTH no Hospital Israelita Albert Einstein no período de 1 ano (2012-2013). O nível sérico de zinco, cuja média foi 69±16 mg/dl, foi avaliado no primeiro dia de internação para a realização do TCTH e nenhum paciente utilizou suplementos com zinco antes da mesma. Resultados: 48% dos pacientes apresentaram deficiência de zinco, sendo mais prevalente em pacientes >60 anos, que tiveram 60% dessa deficiência. Não houve diferença entre os sexos. Conclusão: Alguns estudos, acreditam que o zinco, será um agente muito importante na medicina de transplantes, devido sua ação na melhora da severidade da mucosite induzida por quimioterapia, em pacientes com leucemia. No nosso estudo encontramos uma alta prevalência de deficiência de zinco em adultos e idosos. Portanto, a avaliação dos níveis séricos de zinco deveria ser considerada nos pacientes submetidos ao TCTH, com a finalidade de tratamento e melhora das complicações a ele relacionadas. P-299 PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE PACIENTES NO PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA EM UM HOSPITAL, NO MUNICÍPO DE SÃO LUÍS-MA GLAUCIANE MÁRCIA DOS SANTOS MARTINS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA); LILIAN FERNANDA PEREIRA CAVALCANTE (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA); ALINE OLIVEIRA DINIZ (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA); LUANA LOPES PADILHA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO); ALINE DIAS GUIMARÃES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO) Introdução: As cirurgias cardíacas são procedimentos de grande porte que apresentam grande morbidade e têm muitas de suas complicações relacionadas com o estado nutricional pré-operatório do paciente. Objetivo: Avaliar o perfil antropométrico de pacientes no pré-operatório de cirurgia cardíaca em um Hospital Universitário na cidade de São Luís-MA. Método: Estudo do tipo transversal, realizado com 21 pacientes hospitalizados para cirurgia cardíaca, no período de junho a julho de 2013. As medidas antropométricas avaliadas foram Índice de Massa Corporal (IMC), Circunferência do Braço (CB), Prega Cutânea Tricciptal (PCT) e Circunferência Muscular do Braço (CMB) durante a internação hospitalar pré-cirúrgica. Os dados foram analisados no programa estatístico STATA 11.0. Resultados: Dos 21 pacientes estudados, a maioria era do sexo masculino (52,38%), com média de 52 anos (±16,7), 61,9% tinham idade menor do que 60 anos. Cirurgia de troca de válvula representou 52,4% das cirurgias cardíacas, revascularização do miocárdio 42,9% e comunicação intraventricular 4,8%. O IMC apontou 47,52% dos participantes com eutrofia e 23,81% com sobrepeso. A CMB verificou 66,67% com eutrofia e 19,05% com sobrepeso. Entretanto, em relação a PCT, destacou-se maior proporção de pacientes com desnutrição grave (38,1%) e desnutrição moderada (19,05%). A CB evidenciou maior parcela com desnutrição leve (42,86%). Conclusão: A avaliação nutricional no préoperatório de cirurgia cardíaca é necessária para identificar e reduzir riscos e complicações após a cirurgia. Ressalta-se que os pacientes avaliados e classificados como desnutridos, necessitam de um maior acompanhamento clínico e nutricional desde o início do tratamento na intenção de prevenir e minimizar a deterioração do estado nutricional, uma vez que pacientes com baixo peso não possuem reservas corporais para combater os efeitos causados por uma cirurgia de grande porte como essa. Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 123 Suplemento Nutrição Clínica/2013 P-300 ESTADO NUTRICIONAL DE ESCOLARES E FATORES CONDICIONANTES DA ACEITABILIDADE DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE DUAS ESCOLAS PÚBLICAS MUNICIPAIS. VERUSKA MOREIRA DE QUEIROZ (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); JANAÍNA SANTOS DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); JOSEANE RIBEIRO DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); KATIANE DE OLIVEIRA NEVES GOMES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); BIANCA NOGUEIRA SANTOS CUNHA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); SILVANA CASTRO DE BRITO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) Introdução: O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é uma política governamental que visa suprir as necessidades nutricionais dos alunos de escolas públicas e filantrópicas durante o seu período de permanência. Objetivo: Analisar o nível de adesão dos alunos ao PNAE em escolas públicas e identificar as variáveis que a influenciam. Método: Estudo transversal de caráter de pesquisa ação com 14 escolares entre 07 e 10 anos de duas escolas públicas municipais. Coletaram-se dados de aceitabilidade da Alimentação Escolar (AE) e de antropometria dos alunos autorizados para participar. Dados de peso (kg) e altura (cm) foram coletados de acordo com a técnica proposta por Jelliffe (1968). Para a classificação do estado nutricional, obteve-se o Índice de Massa Corporal, por sexo e idade, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. A análise foi realizada através do Epiinfo. Resultados: Na escola X, 100% dos alunos experimentaram a AE, sendo que 87,5% que consumiam frequentemente consideram boa (100%), variada e saborosa (87,5%) e boa temperatura (87,5%). 62,5% relataram que a sala de aula, local que comem a AE é confortável. A maioria dos escolares (87,5%) apresentou estado nutricional eutrófico e apenas um de magreza. A maioria das preparações oferecidas foi aprovada pelos alunos, dentre as reprovadas foram: charque e suco (37,5%) e Sopa de charque com legumes e macarrão (37,5%). Na escola Y, 100% dos alunos experimentaram e consumem frequentemente a AE. 100% dos alunos afirmaram que tem a AE todos os dias, consideraram variada (87,5%) e boa temperatura (37,5%). Dos que relataram comer a AE no pátio e na cantina, todos afirmaram que o local é confortável. 62,5% disseram que às vezes levam lanche feito em casa e 50,0% que compram na cantina. Entre os entrevistados 87,7% apresentaram estado nutricional eutrófico e 12,5% obesidade. A maior parte das preparações oferecidas foi aprovada pelos alunos, e algumas não foram bem aceitas como, Cuscuz temperado com ovos e fruta (50%) e canja de frango com legumes (50%). Conclusões: As escolas apresentaram boa adesão à alimentação escolar ao considerar presença da cantina (escola X e Y), características sensorial (temperatura e sabor), variedade do cardápio. E que os fatores estudados parecem contribuir para adesão da AE e podem estar associados ao estado nutricional dos escolares, que em sua maioria encontram-se eutróficos. P-301 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES COM PANCREATITE CRÔNICA ALCOÓLICA POR MEIO DE DIFERENTES MÉTODOS ANGELICA ROCHA DE FREITAS MELHEM (UNIFESP); SIMONE CARLA BENINCÁ (UNIFESP); ERMELINDO DELLA LIBERA JÚNIOR (UNIFESP); RENATO DUFFLES MARTINS (UNIFESP); CARLOS FISCHER DE TOLEDO (UNIFESP); JAIME ZALADECK GIL (UNIFESP) Introdução: A pancreatite crônica (PC), que tem como principal etiologia o consumo crônico de álcool, é uma doença inflamatória que desencadeia perda progressiva das funções endócrina e exócrina do pâncreas, levando também à perda de peso e desnutrição. Objetivo: Avaliar o estado nutricional de pacientes com pancreatite crônica alcoólica (PCA) a partir de diferentes métodos. Método: Estudo transversal realizado com 37 pacientes, do gênero masculino, com pancreatite crônica de etiologia alcoólica, prove- nientes do Ambulatório de Pâncreas e Vias Biliares, da Disciplina de Gastroenterologia Clínica, da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (EPM). Para avaliação nutricional, foi realizada avaliação antropométrica (peso, estatura, dobra cutânea tricipital – DCT, circunferência do braço e circunferência da cintura), e da composição corporal por meio de bioimpedância elétrica, analisando-se porcentagem de gordura corporal (%GC) e de massa magra (%MM). Posteriormente, calculou-se o Índice de Massa Corporal (IMC), a circunferência muscular do braço (CMB), as áreas muscular e adiposa do braço (AMB e AAB), e a porcentagem de peso ideal (%PI). Utilizou-se o Teste do Qui-quadrado para comparação da prevalência de desnutrição e eutrofia entre os diferentes métodos. Resultados: Entre os 37 avaliados, a idade média foi de 50,43 anos (9,97), com tempo médio de diagnóstico de PC de 94,03 meses (83,47). O peso atual médio foi de 59,27 (10,43), o IMC atual médio de 21,25 kg/m2 (3,51), sendo que 21,6% estavam desnutridos por esse método. Dos avaliados, 51,4% estavam desnutridos por meio da avaliação da %PI. A CB média foi de 26,47 cm (3,29), sendo que 83,8% estavam desnutridos por esse método. Na avaliação da AMB e da AAB, 56,8% estavam desnutridos. Na avaliação da DCT, 10,8% estavam desnutridos. A %GC média foi de 19,72% (7,41), sendo que 54,1% estavam adequados. Comparando-se os diferentes métodos de avaliação do estado nutricional, foi verificado que 3,4% dos pacientes eutóficos pelo IMC, estavam desnutridos na DCT (p=0,021). Em relação à %GC, 31,1% e 37,5% dos pacientes considerados eutróficos e desnutridos pelo IMC, respectivamente, apresentaram %GC elevada (p=0,002). Ainda, 37,9% dos pacientes com diagnóstico de eutrofia pelo IMC, foram classificados como desnutridos por meio da %PI (p=0,002). Conclusão: A maioria dos pacientes com PC estavam eutróficos quando avaliados apenas pelo IMC. Destaca-se que o IMC isoladamente não foi suficiente para o diagnóstico da desnutrição em todos os pacientes, sendo necessária a utilização de mais métodos, para a determinação do correto diagnóstico nutricional. P-302 ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE MÉTODOS DE TRIAGEM NUTRICIONAL EM PEDIATRIA: AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA VS FERRAMENTA DE TRIAGEM DO RISCO NUTRICIONAL (STRONGKIDS). LUCIANA CORRÊA AGUIAR (HOSPITAL COPA DOR); ISABELLA ABREU FERNANDES BARCELONA BERNARDES (HOSPITAL COPA DOR); NARA LUCIA ANDRADE LOPES SEGADILHA (HOSPITAL COPA DOR); MARGARETH FERVENTIS DA ROCHA VAZ COSTA (HOSPITAL COPA DOR); EDURADO EIRAS MOREIRA DA ROCHA (HOSPITAL COPA DOR) Introdução: O risco nutricional (RN) precisa ser identificado no momento da admissão hospitalar, de modo que a apropriada intervenção nutricional possa ser iniciada em um estágio inicial, a fim de prevenir a desnutrição, principalmente a desnutrição intra hospitalar. O rastreio nutricional de rotina raramente é realizado em pacientes pediátricos, devido à falta de um método simples e válido de triagem nutricional. Objetivo: Análise comparativa entre dois métodos de triagem nutricional em pediatria para avaliar o risco nutricional nas primeiras 24h da internação hospitalar (IH). Método: Na IH aplicou-se uma ferramenta de triagem nutricional, o Screening Tool for Risk on Nutritional Status and Growth (StrongKids). Um questionário baseado em quatro perguntas com um escore final que classifica o paciente pediátrico (0 a 19 anos) como baixo (B=0 pontos), médio (M=1 a 3 pontos) ou alto (A=4 a 5 pontos) RN, onde considera-se o RN para M e A e, automaticamente para crianças com < 1 mês de idade ou internadas na unidade de terapia intensiva. Concomitantemente foi feita a avaliação antropométrica padrão (AAP) como triagem de RN, com a utilização de peso corporal e estatura, comparando os dados do paciente com um padrão de referência, nesses casos as curvas de crescimento da Organização Mundial de Saúde 2006/2007, então o paciente é caracterizado como RN ou sem risco nutricional (sRN). Foram incluídos pacientes internados no setor de Pediatria, entre 15 de abril a 31 de maio de 2013, no total de 101 triagens. Resultados: Do total de pacientes, 26 (25,7%) tinham Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 124 Suplemento Nutrição Clínica/2013 < 1ano, 38 (37,6%) de 1ano a 4anos e 11meses, 18 (17,8%) de 5anos a 9anos e 11meses, 17 (16,8%) de 10anos a 14anos e 11meses, e 2 (1,98%) de 15anos a 19anos, sendo 57 (56,4%) masculinos e 44 (43,6%) femininos, p=0,288. Pela AAP, 91 (90,1%) foram sRN e 10 (9,9%) RN, p=0,000, pelo StrongKids, 33 (32,67%) B e 68 (67,3%) M e A, p=0,002. Houve diferença significativa entre os valores de AAP RN e StrogKids RN, p=002 e, todos os pacientes em RN para AAP estavam inseridos no grupo de RN pelo StrongKids. Conclusão: A caracterização do RN nos pacientes pediátricos deve ser feita de forma adequada utilizando-se a ferramenta de triagem nutricional apropriada, caso contrário o RN poderá ser subestimado na IH. P-303 TEMPO DE JEJUM PRÉ-OPERATÓRIO EM PACIENTES NUTRIDOS E EM RISCO NUTRICIONAL DE CIRURGIAS ELETIVAS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO RAYSA ROCHA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); ANDREZA ARAUJO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); SUELEN LINS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); LEILA GOMES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); MARINA ALMEIDA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE ); ISIS DORIA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) Introdução: A desnutrição no período pré-operatório está associada a maiores riscos de complicações, maior tempo de permanência hospitalar, incidência de infecção, mortalidade e retardo da cicatrização de feridas. O surgimento dessas intercorrências é potencializado mediante jejum préoperatório prolongado (>2 horas) no qual ocorrem alterações metabólicas, mesmo em cirurgias eletivas de pequeno porte. Objetivo: Identificar o estado nutricional e o tempo de jejum pré-operatório de pacientes cirúrgicos Método: Trata-se de um estudo transversal com uma amostra de pacientes em pré-operatório de cirurgia eletiva. Foram realizadas triagem e avaliação nutricional, por meio da Nutritional Risk Screening – 2002 (NRS-2002) e da Avaliação Subjetiva Global (ASG) ou Mini Avaliação Nutricional (MAN), de acordo com a faixa etária específica, nas primeiras 24 horas após admissão na clínica cirúrgica. Além disso, foi coletado o período de jejum pré-operatório dos pacientes cirúrgicos. Adotou-se nível de significância estatística de 5% ou p&#706;0,05. Resultados: A amostra foi composta por 32 pacientes, com idade média de 49,5±15,8 anos, sendo 84,4% do gênero feminino. De acordo com os métodos de classificação do estado nutricional empregados, 62,5 % dos pacientes estavam nutridos e 37,5% com desnutrição. O tempo médio de jejum pré-operatório foi 14,7±5,5 horas nos pacientes classificados como desnutridos e 15,80±3,1 nos nutridos. Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre as categorias de estado nutricional com relação ao tempo de jejum pré-operatório (p=0,861). Conclusão: A detecção da presença de desnutrição em 1/3 dos pacientes no período pré-cirúrgico e o prolongado tempo médio de jejum pré operatório no presente estudo, representam um dado agravante que pode intensificar a resposta ao estresse metabólico do trauma cirúrgico e, consequente, surgimento de complicações pós-cirúrgicas P-304 COMPARAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E HÁBITOS DE ALCOOLISMO ENTRE PACIENTES COM PANCREATITE CRÔNICA ALCOÓLICA COM E SEM DIABETES ASSOCIADO ANGELICA ROCHA DE FREITAS MELHEM (UNIFESP); SIMONE CARLA BENINCÁ (UNIFESP); ERMELINDO DELLA LIBERA JÚNIOR (UNIFESP); RENATO DUFFLES MARTINS (UNIFESP); CARLOS FISCHER DE TOLEDO (UNIFESP); JAIME ZALADECK GIL (UNIFESP) Introdução: A pancreatite crônica (PC) pode levar à perda progressiva das funções endócrina e exócrina do pâncreas. A insuficiência pancreática endócrina pode levar ao desenvolvimento de diabetes secundário à PC, sendo que estes pacientes são, em sua maioria, desnutridos. Objetivo: Comparar o estado nutricional de pacientes com pancreatite crônica alcoólica (PCA), com e sem diabetes associado. Método: Estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), realizado com 37 pacientes, do gênero masculino, com pancreatite crônica de etiologia alcoólica, provenientes do Ambulatório de Pâncreas e Vias Biliares, da Disciplina de Gastroenterologia Clínica, da UNIFESP – Escola Paulista de Medicina (EPM). Os pacientes foram estratificados em dois grupos (com diabetes associado – DA e sem diabetes associado – SDA). Foi realizada uma anamnese específica (verificando hábitos alimentares e características clínicas), avaliação antropométrica (peso, estatura, índice de massa corporal – IMC, dobras cutâneas, circunferência do braço e circunferência da cintura), e da composição corporal (cálculos da área muscular do braço – AMB e circunferência muscular do braço – CMB). Utilizou-se o Teste do Qui-quadrado e o Teste-T de Student para comparação das frequências e médias entre os grupos. Resultados: A idade média foi de 50,43 anos (9,97), com tempo médio de diagnóstico de PC de 94,03 meses (83,47), sendo que 59,46% tinham diabetes (tempo médio de 90,27 (67,87) meses). A idade média de início da ingestão de bebidas alcoólicas foi menor nos pacientes com PCA e DA [19,36 anos (7,57) x 27,47 anos (15,57), p=0,004]. Não foi observada diferença significante entre os grupos com relação ao consumo diário de etanol e o tipo de bebida consumida. Com relação ao estado nutricional, não houve diferença significante na prevalência de desnutrição entre os grupos, na avaliação do IMC. Porém, os pacientes com PC e DA, tiveram maior prevalência de desnutrição nas avaliações da CMB e na AMB (72,7% x 33,3 p=0,018). Conclusão: A maioria dos pacientes com PCA avaliados estavam eutróficos quando avaliados apenas pelo IMC, sem diferença entre os grupos com DA e SDA. No entanto, os pacientes com DA apresentaram maior prevalência de desnutrição na avaliação da composição corporal (AMB e CMB). P-305 SERUM LEVELS OF VITAMIN D IN PATIENTS UNDERGOING HEMATOPOIETIC STEM CELL TRANSPLANTATION ANDREA PEREIRA (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN); SILVIA PIVOCARI (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN); JULIANA SILVA (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN); MARCIA TANAKA (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN); BARRERE ANA PAULA (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN); NELSON HAMERSCHLAK (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN) Introduction: There are few studies on the behavior of vitamin D in patients undergoing Hematopoietic Stem Cell Transplantation (HSCT), although vitamin D serum levels are associated with use of corticosteroids and immunosuppressive drugs. In some studies, vitamin D deficiency in patients after HSCT is associated with reduced bone density, GVHD and increased of parathyroid hormone. This deficiency often is not investigated. Objective: To study vitamin D deficiency in patients undergoing to HSCT. Methods: 51 patients who underwent HSCT at Albert Einstein Hospital, São Paulo, Brazil, were studied (28 male, 23 female) with a mean age of 50 ± 16 years, in the period from 2012 to 2013. Results: 54 % had serum levels of vitamin D &#8804; 50 nmol/l. And, 12% had serum levels of vitamin D &#8804; 25 nmol/l. A multivariate analysis showed that more age and higher Body Mass Index (BMI) were significantly associated to lower serum levels of vitamin D. A negative correlation was found between BMI and serum level of vitamin D (rp=0,37). Conclusion: The use of corticosteroids, immunosuppressive drugs and less lack of sun exposure during the HSCT and during the first year post-HSCT are associated with a greater tendency to deficiency of vitamin D. This deficiency can cause muscle and bone problems, which can be prevented with diagnosis and early treatment. The deficiency of vitamin D should be carefully investigated in the elderly and obese patients. P-306 CORRELAÇÃO DA CONTAGEM TOTAL DE LINFÓCITOS COM VARIÁVEIS ANTROPOMÉTRICAS E DE MORBIDADE EM PACIENTES CRÍTICOS Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 125 Suplemento Nutrição Clínica/2013 RENATA REIS DE LIMA E SILVA (PROCAPE); MILENA CAROLINE TERTULIANO DE LIMA (PROCAPE); MARINALDO FREIRE LUSTOSA (PROCAPE); ADNA JÉSSICA SILVA DE ARAÚJO (ICB/UPE); CLÁUDIA PORTO SABINO PINHO (PROCAPE); ISA GALVÃO RODRIGUES (PROCAPE) A prevalência da desnutrição em pacientes críticos é bastante elevada, sendo a sua detecção precoce decisiva para a sobrevida do paciente. O uso da contagem total de linfócitos (CTL) como marcador de estado nutricional ainda é controverso na literatura. Objetivo: Avaliar a correlação entre CTL com o estado nutricional e morbidade em pacientes cardiopatas críticos. Método: Estudo retrospectivo, realizado em UTI Coronariana, entre Março e Julho de 2013, envolvendo indivíduos adultos e idosos,de ambos os sexos. As variáveis avaliadas foram: circunferência do braço(CB), prega cutânea tricipital (PCT), circunferência da panturrilha (CP), área muscular do braço corrigido (AMBc), tempo de internamento e de ventilação mecânica(VM). Os dados foram analisados no software SPSS 13.0. As variáveis foram correlacionadas através do teste linear de Pearson com nível de significância <5%. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (nº protocolo 274.057).Resultados: A casuística foi composta por 73 pacientes, com idade média de 60,2±16,5 anos e 53,4% do sexo masculino. As principais causas de internamento foram Infarto Agudo do Miocárdio (41,1%) e Insuficiência Cardíaca descompensada (28,8%). A média do tempo de internamento foi 11,5±12,4 dias. A hipertensão foi a comorbidade mais prevalente (56,2%), seguida do diabetes mellitus (24,7%) e insuficiência renal em tratamento dialítico (20,5%). A desnutrição foi identificada em 19,2% da amostra, por meio da CTL. Ao longo do internamento, 42,5% dos pacientes fizeram uso de VM, com tempo médio de 17,9±14,4 dias. A CTL se correlacionou positivamente com percentual de adequação de CB (r=0,390; p=0,002) e PCT (r=0,414; p<0,001). Não houve correlação com tempo de VM e internamento, CP e AMBc. Conclusão: Apesar dos resultados terem indicado correlação da CTL com algumas variáveis antropométricas, seu uso como indicador do estado nutricional em pacientes críticos precisa de evidências mais consistentes para que seja recomendado na prática clínica, sobretudo isoladamente. P-307 PERFIL SOCIAL E NUTRICIONAL DE PORTADORES DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA ATENDIDOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO MARYANE GABRIELA TAVARES (HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO HC/UFPE); ALEXSANDRA CAMILA SANTOS DO NASCIMENTO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); LUYSE MANUELLY DE OLIVEIRA LUNA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); POLIANA COELHO CABRAL (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PENAMBUCO); MARIA GORETTI PESSOA DE ARAÚJO BURGOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma enfermidade respiratória caracterizada pela presença de obstrução crônica do fluxo aéreo, progressiva, causada primariamente pelo tabagismo. Apresenta complicações que afetam o estado nutricional, como a desnutrição, sendo a ingestão inadequada de alimentos e o gasto energético aumentado os principais mecanismos para sua gênese. Entretanto, estudos mostram que pacientes que sofrem de DPOC grave apresentam taxa de mortalidade diminuída de acordo com o aumento do Índice de Massa Corporal (IMC). Objetivo: Descrever o perfil socioeconômico e nutricional dos pacientes com DPOC atendidos a nível ambulatorial de um Hospital Universitário. Método: Estudo transversal, realizado entre setembro/novembro de 2012, a nível ambulatorial de um Hospital Universitário, com adultos e idosos de ambos os sexos, diagnosticados com DPOC. Para coleta de dados foi realizado um questionário socioeconômico e ambiental, e avaliação antropométrica (peso, altura e circunferência da cintura - CC). Foi calculado o IMC - peso corporal (kg)/altura (m)², com os valores entre 22 e 27 kg/m² para eutrofia, segundo o Nutrition Screening Initiative, a American Academy of Family Physicians e a American Dietetic Association (2002); e a CC foi aferida no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca com uma fita métrica não extensível de acordo com as normas e os pontos de corte recomendados pela OMS (1998). A análise das variáveis foi feita através do programa epi-info 6.04. Resultados: Foi estudado 30 pacientes, sendo 70% do sexo masculino, 64% possuindo ensino fundamental incompleto e 68% com renda &#8804; 1 salário mínimo. 93% eram tabagistas por mais de 20 anos, com início do hábito de fumar entre 10-20 anos de idade; enquanto 7% eram fumantes passivo. 50% foram classificados com excesso de peso, 27% eutróficos e 23% baixo peso. Quanto a CC, 57% apresentaram algum grau de obesidade abdominal. Conclusão: Verificou-se uma alta incidência da doença em pacientes do sexo masculino, ex tabagistas, de baixa renda, com excesso de peso e obesidade abdominal. P-308 CORRELAÇÃO DA DIMAMOMETRIA MANUAL COM OUTROS MÉTODO DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE JAQUIELE ARAÚJO DE LIMA CALADO (UPE/HUOC); JAQUELINE MAGALHÃES SOUZA (UPE/HUOC); ANA CAROLINA OLIVEIRA COSTA (UPE/ HUOC); ANDRÉIA LIRA SANTOS (UPE/HUOC); CAMILA LOURENÇO BATISTA (UPE/HUOC); EDUILA MARIA COUTO SANTOS (UFPE) Introdução: A desnutrição protéico-calórica é conhecida em pacientes com doença renal crônica em hemodiálise e está associada ao aumento da morbidade e mortalidade. A dinamometria manual (DM) é um teste funcional dos músculos esqueléticos que está sendo utilizado para avaliar o estado nutricional tanto em populações saudáveis quanto em pacientes internados. Objetivo: Avaliar a correlação da função muscular, por meio da DM, com outros métodos de avaliação nutricional. Método: Estudo transversal com 101 pacientes submetidos à hemodiálise, com idade de (49,81±16,01), sendo 53,4% do sexo masculino. Foram estudados parâmetros antropométricos, bioquímicos, avaliação nutricional subjetiva global, bioimpedância elétrica, músculo adutor do polegar (MAP) e DM. O material utilizado foi balança de precisão, adipometro científico, estadiometro, bioimpedância elétrica, fita métrica, questionário de avaliação, dinamometro e prontuários. Para análise estatística utilizou-se o teste Kolmogorov-Smirnov para verificar a normalidade dos dados e para correlação os testes de Pearson para dados normais e Spearman´s para dados não normais. Resultados: Verificou-se correlação da DM do lado não dominante com Ureia pós hemodiálise (r =0,22; p<0,02), creatinina (r =0,25; p<0,01), %gordura (r = -0,38; p<0,00), MAP (r =0,18; p<0,04) e %massa magra (r =0,38; p<0,00). Conclusão: A DM pode ser uma alternativa eficaz para avaliação do estado nutricional de pacientes renais visto que houve correlação com outros métodos de avaliação já utilizados. P-309 INDICADORES DE QUALIDADE DA TERAPIA NUTRICIONAL EM UM HOSPITAL PRIVADO – UMA ANÁLISE AO LONGO DE 5 ANOS. NARA LUCIA ANDRADE LOPES SEGADILHA (HOSPITAL COPA DOR); KARLA LOPES PEREIRA GOMES (HOSPITAL COPA DOR); EDUARDO EIRAS MOREIRA DA ROCHA (HOSPITAL COPA DOR); LILIAN MARIA SOBREIRA TANAKA (HOSPITAL COPA DOR); RODOLFO EDUARDO ANDRADE ESPINOZA (HOSPITAL COPA DOR); MARGARETH FERVENTIS DA ROCHA VAZ COSTA (HOSPITAL COPA DOR) Introdução: A Terapia Nutricional (TN) deve ser monitorada para garantir o cumprimento das normas e processos, fundamentais na assistência de qualidade ao paciente. Os resultados da TN podem ser medidos por indicadores de qualidade (IQ), que contribuem para o aprimoramento da assistência per se. Objetivo: Analisar os IQ da TN estabelecidos pela Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) em um hospital Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 126 Suplemento Nutrição Clínica/2013 privado. Método: De Janeiro de 2008 a Dezembro de 2012 foram avaliados retrospectivamente os relatórios mensais da EMTN, contendo os IQ. Foram analisados todos os pacientes em TN, enteral (NE) e parenteral (NP); obstrução (O) de cateteres, gastrostomias e jejunostomias; perdas de frascos (Fr) de 1L para NE; utilização das formulações poliméricas (FP) e oligoméricas (FO); percentuais de administração (%Ad) da NE e da NP prescritas; dias, à partir do início da TN, para atingir o valor calórico total calculado com a NE (DpNE) e com a NP (DpNP); média de dias em NE (mdNE) e em NP (mdNP) desses pacientes durante a internação hospitalar e seus desfechos. A estatística foi paramétrica com significância em &#8804;5%. Resultados: Foram acompanhados 5532 pacientes em TN, sendo 5179 (94%) em NE e 353 (6%) em NP, p=0,0001. Em média, a ocorrência de O não aumentou significativamente, p=0,236, com 336 (6%) no total. Foram utilizados 91071(99,67%) e inutilizados 295(0,33%) Fr, p=0,0001, com correlação positiva e significativa entre número de pacientes em NE e a perda de Fr, r=0,54 (p<0,001). As FP foram utilizadas em 4325 (84%) e as FO em 857 (16%) pacientes, p=0,0001. O %Ad de NE foi 93±2% e NP 90±7%, aumentando e diminuindo no período para NE e NP, p=0,0001 e p=0,043, respectivamente. DpNE foi 3,56±0,43, com pequeno aumento, porém significativo, p=0,0001, e o DpNP 4,57±1,32, com aumento no período, p=0,001. Observou-se a mdNE (10,99±1,23) diferente da mdNP (9,36±3,47), p=0,0001, bem como o total de pacientes e o n° de dias, em NE e NP, relativamente maiores para a NE, ao longo do período, p=0,0001 e p=0,002, respectivamente. Houve diferença significativa entre as altas (1811 – 32,7%) e óbitos (836 – 15,1%), p=0,0001. Conclusão: A atuação da EMTN foi eficaz pela monitoração da O e na perda de Fr para a NE, apesar do aumento do n° de pacientes, bem como na utilização dos tipos de FP e FO, no controle dos %Ad e nos DpNE e DpNP, esse maior ao longo do período, possivelmente pela gravidade dos pacientes. P-310 RISCO NUTRICIONAL E FATORES ASSOCIADOS EM PACIENTES CARDIOPATAS LARISSA PESSOA VILA NOVA (PROCAPE/UPE); MARINALDO FREIRE LUSTOSA (PROCAPE/UPE); MILENA CAROLINE TERTULIANO DE LIMA (PROCAPE/UPE); RENATA REIS DE LIMA E SILVA (PROCAPE/UPE); ADNA JÉSSICA SILVA DE ARAÚJO (ICB/UPE); CLÁUDIA PORTO SABINO PINHO (UFPE) Introdução: A triagem é uma importante ferramenta para detecção do risco nutricional e para que sejam instituídas medidas de intervenção nutricional mais precocemente, devendo ser realizada em todos os pacientes hospitalizados. Objetivo: Verificar a prevalência de risco nutricional e os fatores associados em pacientes cardiopatas. Método: Estudo prospectivo, realizado em um hospital cardiológico, entre fevereiro de 2011 e junho de 2013. Foram avaliados pacientes adultos e idosos, de ambos os sexos. Aqueles que apresentavam edema foram excluídos da amostra. Foi realizada a triagem do risco nutricional através do protocolo da Nutritional Risk Screening (NRS, 2002) nas primeiras 48h do internamento hospitalar. Foram consideradas as variáveis: diagnóstico clínico, circunferência braquial (CB) índice de massa corpórea (IMC) e hemoglobina sérica. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (nº protocolo 346.129/2013). Os dados foram analisados no programa SPSS, versão 13.0. Para as análises dos resultados, foi adotado como significativo p < 0,05. Resultados: Foram avaliados 495 pacientes cardiopatas, com média de idade 58,1±14,1 anos, sendo 52,9% do sexo masculino. Predominou os pacientes com diagnóstico de coronariopatias (63,2%) e valvopatias (22,6%). A prevalência de desnutrição segundo o IMC foi 16,4% e de acordo com a CB foi 42,1% e anemia foi verificada em 45,7% dos indivíduos. A prevalência de risco nutricional foi 16,4%, sendo maior entre os idosos (p=0,049), desnutridos segundo o IMC (p<0,001) e CB (p=0,001). Não houve associação com a hemoglobina sérica e com o diagnostico cardíaco de base. Conclusão: A avaliação da triage m de RN é uma ferramenta imprescindível para realizar na admissão do paciente hospitalizado e acompanhar a evolução da situação clínica. O EN influencia diretamente na avaliação da triagem nutricional, quanto mais comprometido o paciente foi maior a probabilidade de apresentar RN. Dentre os diagnósticos cardiovasculares analisados que mais interferiu no EN e RN foram as coronariopatias. Logo, faz-se necessário que a intervenção nutricional seja feita o mais precoce possível a fim de recuperar ou manter o EN adequado e diminuir o tempo de internamento. P-311 ESTADO NUTRICIONAL DE PORTADORES DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS INTERNADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NAYANE SANTIAGO BARRETO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-UFS); RAFAEL PINTO LOURENÇO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-UFS); ANDRÉ FILIPE PINHEIRO GÓES (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-UFS); DANIELE LIMA TRAVASSOS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-UFS); PAULO HENRIQUE SANTOS ANDRADE (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-UFS); MÁRCIA MARIA MACÊDO LIMA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-UFS) Introdução: A manutenção do adequado estado nutricional (EN) é essencial, tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade aumentam o risco de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, câncer. Objetivo: Avaliar o EN de portadores de DCNT internados em um hospital universitário. Método: Estudo transversal, realizado entre junho e julho de 2013 com 27 pacientes adultos e idosos, de ambos os sexos, portadores de DCNT, internados em um hospital universitário. Os dados foram obtidos a partir da ficha de notificação dessas doenças, implantada pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica deste hospital. As variáveis selecionadas para análise foram: presença de doença crônica (doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e hipertensão), gênero, idade, peso, altura e circunferência da cintura (CC). Realizou-se o diagnóstico do EN segundo o índice de massa corporal (IMC = P/A2), com classificação de acordo com os pontos de corte recomendados pela Organização Mundial da Saúde. Classificou-se também o risco para complicações metabólicas associadas com a obesidade a partir dos valores obtidos com a CC. Resultados: Em relação à presença de DCNT, foram notificados 10 casos de diabetes, 14 casos de hipertensão, 15 casos de câncer e 01 de acidente vascular cerebral (AVC), sendo em alguns casos registrado mais de 01 tipo de doença crônica por paciente. Quanto à caracterização dos pacientes, a idade média foi de 58 anos, dos quais 52% (n = 14) eram do sexo feminino. Para as variáveis peso e altura, observou-se peso médio de 65,7 Kg, enquanto que a altura foi de 1,63 m. Já o IMC médio foi de 24,7 Kg/m2, cuja classificação é de sobrepeso e a circunferência da cintura foi de 94 cm para homens e 89 cm para as mulheres, classificadas como de risco aumentado e substancialmente aumentado para complicações metabólicas, respectivamente. Conclusão: O conhecimento do EN permite intervir na prevenção e controle das DCNT, principalmente no que se refere ao ganho excessivo de peso, por ser um dos fatores de risco para essas doenças. P-312 AVALIAÇÃO DO RISCO NUTRICIONAL EM UM COMPLEXO HOSPITALAR DE REFERÊNCIA EM SÃO PAULO (SP) THAIS C. CARDENAS (INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SÃO PAULO/ ICESP); MITSUE ISOSAKI (INCOR DO HCFMUSP); HELENICE MOREIRA DA COSTA (INCOR DO HC-FMUSP); ADRIANA SERVILHA GANDOLFO (INSTITUTO DA CRIANÇA HC-FMUSP); ANA CLÁUDIA DA SILVA (INSTITUTO CENTRAL DO HC-FMUSP); JÉSSICA HELENA DA SILVA (HOSPITAL AUXILIAR DE COTOXÓ DO HC-FMUSP) Introdução: A presença de risco nutricional está associada a maior tempo de permanência hospitalar, maiores complicações e maiores chances de óbito. A triagem nutricional para identificação do risco deve fazer parte da avaliação inicial em instituições de saúde. A importância da triagem Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 127 Suplemento Nutrição Clínica/2013 é reconhecida pelo Ministério da Saúde por meio da Portaria 343/2005. Objetivo: Avaliar o risco nutricional de pacientes hospitalizados em diversos institutos especializados de um complexo hospitalar de referência nacional. Método: O levantamento do risco nutricional foi realizado em 8 institutos de um complexo hospitalar de referência em São Paulo (SP) em março/2013, considerando 20 dias úteis para avaliação. Foram utilizadas as ferramentas NRS-2002 (Nutritional Risk Screening-2002) para adultos e idosos e a STRONG KIDS (Screening tool for risk of nutritional status and growth) para crianças (de 1 mês até 17 anos 11 meses e 29 dias) aplicadas em até 48h de internação. O número médio de leitos/nutricionista foi de 47,7. Resultados: Os institutos possuíam, em média, 320,5 leitos (mínimo 66 – máximo 938). A média da taxa de ocupação foi de 84,0% (69,0-93,0%), com permanência hospitalar média de 24,4 dias (7-120 dias). O número de internações por mês variou de 16 (em um hospital de retaguarda) a 1829 (em um hospital geral). Foram avaliados 1.811 pacientes adultos e 257 crianças, sendo 14 em hospital de retaguarda (média de permanência: 120 dias e número de internações reduzido) e 565 pacientes em hospital geral (média de permanência: 7 dias). A frequência de realização da triagem nutricional, em até 48 horas da internação, oscilou de 30% (em hospital geral) a 100% (no hospital de retaguarda). Os índices de risco nutricional para adultos variaram de 18,0% (em um instituto de ortopedia e traumatologia) a 56,0% (em um instituto do câncer). Para o grupo das crianças, considerando o resultado de alto e médio risco nutricional, observou-se variação de 27,0% (em um hospital geral) a 85,0% (em um instituto de cardiologia). Conclusão: Observou-se elevado percentual de risco nutricional, principalmente em pacientes oncológicos e de cardiopediatria, o que demanda cuidado nutricional precoce na tentativa de minimizar complicações e desfechos negativos. O percentual de pacientes triados em <48h foi baixo devido ao grande número de internações somado ao insuficiente número de nutricionistas/leito. Ações junto aos gestores são necessárias para evitar a desnutrição hospitalar que representa um ônus financeiro ao sistema de saúde em decorrência das complicações e de períodos de internação prolongados. P-313 PERFIL SOCIOECONÔMICO DE PACIENTES OBESOS CLASSE III MEURY KETTERYN MONTEIRO EVANGELISTA DA COSTA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); ANA CAROLINA OLIVEIRA COSTA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); ALYNE DAYANA ALMEIDA DOS SANTOS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); JACQUELINE MARIA DA SILVA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); FLÁVIA NUNES SALVIANO BRASIL (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); CRISTIANE PEREIRA DA SILVA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ) Introdução: O aumento da prevalência da obesidade em países desenvolvidos e em desenvolvimento a caracteriza como uma epidemia mundial. Isto confirma a hipótese de que a mesma é determinada por fatores genéticos e ambientais, destacando-se os fatores socioeconômicos. Objetivo: Avaliar o perfil socioeconômico de pacientes obesos internados para realização de cirurgia bariátrica em serviço de referência. Método: Foram estudados pacientes obesos, com idade maior que 18 anos, de ambos os sexos. Através de questionário obteve-se informações sobre sexo, idade, estado civil, escolaridade, situação empregatícia, número de pessoas na família, renda familiar, dados comportamentais (tabagismo e etilismo) e doenças prévias. Em prontuário foi recolhido peso e altura. Na determinação do nível socioeconômico foi empregada os Critérios de Classificação Econômica do Brasil. Efetuada análise estatística com Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 13.0. Resultados: Foram avaliados 39 pacientes com idade média de 38,64+ 9,2 anos, sendo 87,2% mulheres. A maioria dos pacientes era casada (61,5%), com ensino médio completo (51,3%) e desempregada (51,3%). A maior parte das famílias (30,8%) era composta de 3 integrantes, com variação de 1 a 7, e renda mensal média de R$ 1928,02+1022,3. A classe social baixa foi mais prevalente (94,9%) com representatividade maior da C1 (43,6%). Os níveis de tabagismo (10.3%) e etilismo (25,6%) foram baixos. Em relação as comorbidades, 38,5% apresentaram diabetes tipo 2, 25,6% apnéia do sono, 59,0% hipertensão arterial, 28,2% dislipidemia, 7,7% doença arterio-coronariana e 20,5% doenças articulares degenerativas. Não houve correlação entre a renda média familiar com o peso, IMC e surgimento de comorbidades. Conclusão: Embora haja maior facilidade de aquisição de alimentos por indivíduos de alta renda as classes sociais mais baixas não estão livres da obesidade, mesmo os indivíduos esclarecidos. P-314 ANTROPOMETRIA E ESTILO DE VIDA EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) ATENDIDOS AMBULATORIALMENTE ALEXSANDRA CAMILA SANTOS DO NASCIMENTO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ/HUOC); MARYANE GABRIELA TAVARES (HOSPITAL DAS CLÍNICAS); MARIA GORETTI PESSOA DE ARAÚJO BURGOS (UFPE); POLIANA COELHO CABRAL (UFPE) Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença tratável com efeitos extrapulmonares significantes que podem contribuir para a deterioração nutricional do paciente. Além da dispneia, tosse, sibilância, secreção e infecções respiratórias de repetição, consequências sistêmicas, tais como fraqueza muscular, perda de peso e desnutrição são frequentemente observadas. Dados da literatura sugerem alterações ponderais em portadores de DPOC, sugerindo a partir de recomendações de vários organismos internacionais pontos de cortes mais elevados no índice de massa corporal (IMC), do que os utilizados para indivíduos normais. Foi observado que entre os pacientes que sofrem de DPOC grave a taxa de mortalidade é diminuída de acordo com o aumento do IMC (isto é, pacientes obesos possuem menor taxa de mortalidade), o que tem sido chamado “Paradoxo da Obesidade”. (4) Segundo Fernandes, o IMC exerce grande influencia sobre a qualidade de vida desses pacientes.(3). Objetivo: Avaliar antropometria e estilo de vida em portadores de DPOC. Método: Estudo transversal, realizado entre setembro/ novembro de 2012, a nível ambulatorial de um Hospital Universitário, com adultos e idosos de ambos os sexos, diagnosticados com DPOC. Para coleta de dados foi realizado um questionário socioeconômico e ambiental, e avaliação antropométrica dos pacientes. Para a avaliação antropométrica foram utilizados: peso, altura, índice de massa corpórea (IMC), circunferência do braço (CB), circunferência da panturrilha (CP), circunferência da cintura (CC). A análise das variáveis foi feita através do programa epi-info 6.04. Resultados: Participaram da pesquisa 30 indivíduos, dos quais 70% eram idosos, 64% possuíam menos de 8 anos de escolaridade, 77% era de aposentados, 70% do sexo masculino e 67% possuía rendimento &#8804; 1 salário mínimo. Na amostra houve predominância de indivíduos ex-tabagistas, que fumaram por período &#8805; 20 anos, onde 67% eram sedentários. 50% dos indivíduos estudados demonstraram, através do IMC, excesso de peso. A gordura abdominal foi elevada em 57% dos indivíduos segundo CC, e em relação a CB houve variação, onde 40% apresentou desnutrição e 40% eutrofia. Através da CP, 84% dos idosos foram classificados como eutróficos. Conclusão: Dentro das limitações do estudo, observamos que a DPOC provoca elevadas alterações nos parâmetros antropométricos, associada ao tabagismo atual e anterior a doença, e ao estilo de vida sedentário principalmente pós DPOC, corroborando para intensificação de tais alterações. P-315 AVALIAÇÃO DA OFERTA CALÓRICA E PROTÉICA EM PACIENTES SUBMETIDOS À TERAPIA DE NUTRIÇÃO ENTERAL MABELLE ALVES FERREIRA DE LIMA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES); KELLY SOUZA DO NASCIMENTO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES); SUAMY SALES BARBOSA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES); KAHULA CAMARA DA COSTA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES); CÉLIA REGINA BARBOSA DE ARAÚJO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES); CAROLINE MEDEIROS MACHADO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 128 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Introdução: A desnutrição hospitalar manifesta, por um lado, o perfil nutricional da população e por outro, problemas nutricionais associados aos processos patológicos. Segundo Logan e Hildebrandt, a desnutrição proteica é um problema prevalente nos hospitais, afetando entre 30% a 60% dos pacientes. A terapia nutricional é peça fundamental nos cuidados dispensados ao paciente, devido às evidências científicas que comprovam que o estado nutricional interfere diretamente na sua evolução clínica. Objetivo: Verificar o percentual de adequação da oferta calórica e proteica das dietas administradas no tratamento dietoterápico nas diversas patologias. Método: Esta foi uma pesquisa de caráter retrospectivo e descritivo, envolvendo a análise dos dados de 61 pacientes, internados em um Hospital Universitário. Foram utilizados os Protocolos de Atendimento Nutricional que continham variáveis demográficas, diagnóstico, tipo de dieta e sua via de administração, bem como as medidas antropométricas e necessidades nutricionais dos pacientes, sendo estes, separados por grupos de acordo com suas patologias. Resultados: Houve uma distribuição heterogênea quanto ao gênero, prevalecendo pessoas do sexo feminino (61%) com idade média de 62±19,9 anos. Dos pacientes internados 38% eram da neurologia, seguido por cirurgia do tratogastrointestinal (15%), neoplasia (11%), nefrologia (10%), hepatologia (7%), gastroenterologia e cirurgia geral (5%) e outros (10%). Na terapia nutricional 80% (n=46) pacientes nas diversas patologias conseguiram atingir mais de 50% das suas necessidades energéticas e 75% (n=46) proteicas, não apresentando diferenças entre os grupos. Conclusão: A adequação da TNE é um desafio, uma vez que são perfis de pacientes diferentes, cada um com inúmeras patologias e suas comorbidades, dentre outras complicações. Desta forma, é essencial a identificação dos principais fatores de interferência, monitoramento clínico-nutricional,o uso de dietas específicas para cada patologia a fim um eficiente suporte nutricional resultando em um bom prognóstico dos pacientes em estado crítico. P-316 TERAPIA DE NUTRIÇÃO ENTERAL EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: AVALIAÇÃO DA ADEQUAÇÃO EM UM HOSPITAL DE RECIFE- PERNAMBUCO. NATHALIA FIDELIS LINS VIEIRA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); CELINA DE AZEVEDO DIAS (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); MIRELLA GONDIM OZIAS AQUINO DE OLIVEIRA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA); FABÍOLA KARINE ARRUDA XAVIER PONZI (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); EVELINE CORREIA DA SILVA (HOSPITAL PELÓPIDAS SILVEIRA); ANA CAROLINA RIBEIRO DE AMORIM (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA) Introdução: Apesar da importância da adequada ingestão de nutrientes e energia, os pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI) frequentemente recebem um aporte nutricional inferior às suas necessidades. Os fatores que impedem a adequação desta oferta incluem os relacionados à intolerância da dieta, associados às práticas de rotina de enfermagem e de procedimentos e exames. A intervenção nutricional adequada e precoce nesses pacientes reduz a mortalidade porque há uma melhora na resposta metabólica ao estresse e na incidência de complicações infecciosas. Objetivo: Descrever a adequação e oferta calórica e proteica dos pacientes em UTI. Método: Foi realizado um estudo descritivo em pacientes de ambos os sexos, internados em UTI com uso de terapia de nutrição enteral (TNE) exclusiva por sonda ou ostomias por período > 72 horas, entre março e julho de 2011. A adequação nutricional foi considerada adequada quando atingiu &#8805; 90% das necessidades estimadas. Resultados: A população do estudo foi de 45 pacientes, sendo a maioria do sexo masculino (51%) e com idade média de 59 ± 17,7 anos. Em torno de 91,1% e 64,4% dos pacientes atingiram a cota calórica e proteica estimada, respectivamente. O aporte calórico estimado foi de 1689,4 ± 321,0 Kcal/dia, enquanto o ofertado foi de 1741,9 ± 298,0 Kcal/dia, tendo uma adequação calórica de 104,5 ± 16,0 %. Já a cota proteica estimada foi de 87,0 ± 14,7 g/dia e a ofertada de 80,9 ± 15,6 g/dia, com uma adequação de 94,5 ± 18,7 % do estimado. Conclusão: Apesar da maioria dos pacientes terem atendidos as necessidades calórico-proteicas estimadas, a oferta calórica adequada foi presente em maior parte dos indivíduos quando comparada à oferta proteica. O uso de fórmulas hiperproteicas nos pacientes críticos poderia auxiliar para uma melhor adequação, assim como a avaliação das possíveis causas de interrupções na administração da TNE que impediriam a oferta adequada de proteínas. P-317 PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR ASSOCIADOS À OBESIDADE ABDOMINAL EM ADULTOS RAYSA ROCHA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); CAROLINA BERGAMINI (UNIVERSIDADE TIRADENTES); MARIA BONFIM (UNIVERSIDADE TIRADENTES); KARINNE ARAUJO (UNIVERSIDADE TIRADENTES); MÁRCIA CÂNDIDO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) Introdução: O excesso de peso em adultos está relacionado com o aumento de tecido adiposo na região abdominal que é considerado um fator de risco para as diversas morbidades, entre elas o risco de doenças cardiovasculares, diabetes, alterações cardiometabólicas e dislipidemia. Objetivo: Identificar a prevalência de fatores de risco em adultos com excesso de peso e obesidade abdominal. Método: Trata-se de um estudo transversal realizado com pacientes atendidos no ambulatório de nutrição de um Hospital Universitário. Foram aferidos o peso, a estatura, a circunferência da cintura (CC). Foi considerada CC &#8805; 80 para mulheres e > 94 para homens. Foi considerado com excesso de peso pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) &#8805; 25 kg/m². Resultados: Este estudo foi composto por 127 pacientes de ambos os gêneros com média de idade 46,83 ± 13,65 . A média de IMC foi 37,60 ± 7,24 e a CC 109,56 ± 15,03. A prevalência de fatores de risco na população estudada foi: sedentarismo (65,4%), dislipidemia (51,2 %), hipertensão arterial (41,7%), diabetes (41,7%), esteatose hepática (26%), bebida alcoólica (25,2%), alterações cardiometabólicas (19,7%), fumo (15,7%). Conclusão: Os pacientes da amostra apresentaram uma alta prevalência de fatores de risco relacionados ao excesso de peso e a obesidade abdominal, indicando a necessidade de intervenção nutricional e monitoramento desses indivíduos visando a redução do risco cardiovascular nos mesmos. P-318 PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES OBESOS CLASSE III MEURY KETTERYN MONTEIRO EVANGELISTA DA COSTA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); ALYNE DAYANA ALMEIDA DOS SANTOS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); KAMILLA BRIANNI DE ARAÚJO GOMES (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); JAQUELINE MAGALHÃES SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); SILVIA ALVES DA SILVA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); FLÁVIA NUNES SALVIANO BRASIL (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ) Introdução: A obesidade é uma doença crônica não transmissível caracterizada pelo excesso de tecido adiposo. A deposição visceral de gordura e a resistência à insulina podem estar relacionadas ao surgimento da síndrome metabólica (SM), aumentando a mortalidade geral de obesos em 1,5 vezes e por doenças cardiovasculares em 2,5. Assim, sua identificação e o tratamento são fundamentais para redução da mortalidade. Objetivo: Descrever a prevalência de síndrome metabólica em pacientes obesos internados para realização de cirurgia bariátrica em serviço de referência. Método: Foram estudados pacientes obesos, maiores de 18 anos, de ambos os sexos. Foi avaliado o peso, utilizando balança digital, Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 129 Suplemento Nutrição Clínica/2013 altura, aferida por estadiômetro compacto e circunferência da cintura (CC), tomada com fita métrica inextensível. Dados de glicemia de jejum, triglicerídeos, colesterol HDL (HDLc) e pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foram recolhidos em prontuário. Efetuada análise estatística com Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 13.0. Resultados: Foram avaliados 39 pacientes com média de idade de 38,64+ 9,2 anos, sendo 87,2% mulheres. A média do IMC foi de 46,28+3,4, do peso 124,17+15,31 e da CC 125,7+12,0. Quanto aos parâmetros bioquímicos, 12 (30,8%) pacientes apresentaram alterações na glicemia, 26 (66,7%) no HDLc, 16 (41%) no triglicerídeo, 26 (66,7%) da PAS e 18 (46,2%) da PAD. Em relação a SM, 23 (59%) apresentaram 3 ou mais critérios diagnósticos da síndrome, sendo a CC, HDLc e PAS os que apresentaram maior frequência, não havendo diferença nos pacientes mais velhos (P = 0,53). Conclusão: O excesso de gordura que caracteriza a obesidade pode afetar vários órgãos e sistemas, isso fica claro ao se observar a alta prevalência de SM (>50%) encontrada. Por tanto, o tratamento da obesidade, por técnicas cirúrgicas ou clínicas, tem importância fundamental na redução da morbimortalidade desses pacientes. P-319 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E USO DE TERAPIA NUTRICIONAL EM PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIAS COLORRETAIS MARIA IZABEL SIQUEIRA DE ANDRADE (HOSPITAL DAS CLÍNICAS/ UFPE); JULIANA GONÇALVES TRIGUEIRO (HOSPITAL DAS CLÍNICAS/ UFPE); DÉBORA JOICE DA SILVA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS/UFPE); BRUNA LÚCIA DE MENDONÇA SOARES (HOSPITAL DAS CLÍNICAS/ UFPE); DENISE SANDRELLY CAVALCANTI DE LIMA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS/UFPE) Introdução: A avaliação do estado nutricional no pré-operatório de cirurgias colorretais (CCR) é essencial na determinação de alterações nutricionais, direcionando a implementação da terapia nutricional (TN) precoce e influenciando o melhor prognóstico clínico nutricional no pós-operatório. Objetivo: Avaliar o estado nutricional e o uso de TN no pré e pós-operatório de CCR. Método: Estudo transversal, realizado com pacientes adultos e idosos, de ambos os sexos, internados com indicação para CCR em uma unidade hospitalar, no ano de 2012. As variáveis estudadas foram peso atual, altura, peso habitual e percentual de perda de peso (%PP). Com os dados de peso e altura foi calculado o IMC, o qual foi classificado segundo a World Health Organization (1998) para adultos e LIPSCHITZ (1994) para idosos. Informações com relação ao uso de terapia nutricional no pré e no pós-cirúrgico também foram coletadas. A análise estatística foi realizada pelo software SPSS 20.0. Resultados: Foram avaliados 54 pacientes com idade de 58,7±14,9 anos, sendo 48,1% do sexo masculino. O diagnóstico mais encontrado foi neoplasia de cólon (42,6%), neoplasia de reto (24,1%) e sigmoide (18,5%), sendo as cirurgias mais realizadas as hemicolectomias (38,9%), retossigmoidectomias (18,5%) e sigmoidectomias (13%). O IMC médio foi 23,8±4,2Kg/m2, com 53,7% de pacientes eutróficos, 7,4% desnutridos e 38,9% com excesso de peso. A PP involuntária foi relatada por 48,1% dos pacientes, onde o %PP foi de 16,7% em 5,9 meses, considerada PP grave. Com relação ao uso de TN, no pré-operatório, 16,7% da amostra fez uso de suporte nutricional por via oral. No pós-operatório, o uso da TN por meio de sondas nasoentéricas (7,4%) e via oral (5,6%) foi mais prevalente, com 3,7% da amostra necessitando de nutrição parenteral. O maior percentual de pacientes avaliados no estudo não utilizou TN no pré/ pós-operatório (83,3% em ambas as ocasiões). Conclusão: No presente estudo, foi encontrado maior número de indivíduos com diagnóstico nutricional de eutrofia ou excesso de peso, segundo o IMC. No entanto, o %PP evidencia o risco nutricional ao qual os pacientes estão expostos. Grande parte da amostra estudada não utilizou TN, o que provavelmente está associado ao fato de que o câncer colorretal não afeta de maneira significativa o estado nutricional como em outros tipos de câncer, sendo, por esse motivo, menos frequente o uso da TN. P-320 PERFIL CLÍNICO E NUTRICIONAL DE PACIENTES MENORES DE 2 ANOS INTERNADOS EM HOSPITAL PEDIÁTRICO DE REFERÊNCIA DO ESTADO DA PARAÍBA SUÉLEN DE BARROS PINHEIRO (FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA (FCM-PB)); ANA CLAUDIA FREIRE VIEIRA (FCM-PB); VANESSA MEIRA CINTRA RIBEIRO (COMPLEXO PEDIÁTRICO ARLINDA MARQUES (CPAM-PB)); RAQUEL BEZERRA BARBOSA DE MOURA (CPAM-PB); DÉBORA SILVA CAVALCANTI (CPAM-PB); LÚCIA HELENA COUTINHO SERRÃO (FCM-PB) Introdução: Há uma alta incidência de internação hospitalar entre os lactentes, sendo os problemas respiratórios a principal causa de internação; contudo, outras doenças, como a desnutrição e a anemia, também podem acometê-los. Objetivo: Traçar o perfil clínico e nutricional de pacientes menores de 2 anos internados em hospital pediátrico de referência do estado da Paraíba, detectando a prevalência de desnutrição e anemia e correlacionando a presença de déficit nutricional com as variáveis gênero e idade. Método: Esta foi uma pesquisa descritiva de caráter transversal, envolvendo 50 menores de 2 anos, internados na clínica médica, durante os meses de abril e maio de 2013. Foram coletadas na admissão diagnóstico, sinais e sintomas, valores de hemoglobina, bem como, medidas antropométricas para a avaliação nutricional, utilizando os indicadores peso-para-idade (P/I), estatura-para-idade (E/I), peso-para-estatura (P/E) e IMC-para-idade (IMC/I) e a classificação nutricional descrita pela Organização Mundial de Saúde (2006). Para a análise dos dados foi utilizado o software estatístico SPSS na versão 20.0 e foi considerada diferença significativa quando o valor de p foi menor que 0,05. Resultados: Observou-se uma maior incidência de internamento de lactentes do gênero masculino (68%), com menos de seis meses de idade (74%). No que se refere ao estado nutricional, foi encontrada a partir dos indicadores E/I, P/I, P/E e IMC/I que 30,6%, 28,5%, 12,2% e 16,3%, da amostra apresentou déficit nutricional, respectivamente. A anemia esteve presente em mais da metade dos lactentes (57%) e a pneumonia associada com outras doenças, acometeu mais de 2/3 desses, o que constituiu a maior causa de internamento. Correlacionando a presença de déficit nutricional com as variáveis demográficas, foi verificado que não houve diferença significativa entre os gêneros (p> 0,05). No entanto, o problema foi significativamente maior (p< 0,05) entre os menores de 4 meses para todos os indicadores, exceto pelo E/I. Conclusão: Além de ser um fator agravante para a permanência hospitalar, a desnutrição ainda é uma das causas de mortalidade mais comuns entre crianças de todo o mundo. Portanto, conclui-se que é necessário criar estratégias de intervenção nutricional a fim de identificar os problemas nutricionais precocemente, verificar as relações desses com o ambiente, alimentação e morbidades, e identificar as possíveis causas de comprometimento nutricional, podendo reduzir o tempo de internamento, melhorando a qualidade de vida destes pacientes. P-321 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE ATLETAS PORTADORES DE DEFICIÊNCIAS FÍSICAS TALITA KIZZY BARBOSA BARRETO (UFS); RAQUEL SIMÕES MENDES NETTO (UFS) Introdução: O cuidado à saúde do portador de deficiência contribui para melhoria de sua qualidade de vida. Aliado à nutrição adequada, o exercício físico é importante para restaurar a saúde deles e para promover a inclusão social, reabilitação e melhoria na qualidade de vida. Portanto, a avaliação nutricional destes atletas é uma parceria para o rendimento no esporte e na saúde. Objetivo: Avaliar o estado nutricional dos deficientes físicos praticantes de diferentes modalidades esportivas. Método: O estudo é do tipo transversal exploratório realizado entre indivíduos esportistas participante do Projeto Paradesporto de Sergipe da UFS. A avaliação antropométrica Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 130 Suplemento Nutrição Clínica/2013 incluiu a aferição do peso, altura e dobras cutâneas, como: tríceps, bíceps e subescapular. Os dados coletados foram analisados no software SPSS 18.0. Resultados: Foram avaliados 13 deficientes físicos com idade média de 34,38 de ambos os sexos (8 do sexo masculino e 5 do sexo feminino). Sendo que 38,46%(5) apresentavam sequela de poliomielite, 30,76%(4) com lesão medular e 30,76% (4) com amputação. Em relação ao IMC, 45,1% dos paratletas apresentaram eutrofia, 30,7% com sobrepeso e 23,07% com obesidade. Em relação à porcentagem de gordura corporal, 76,2% foram classificados como alta porcentagem de gordura com as mulheres apresentando maior grau. Conclusão: Através destes dados conclui-se que a maior parte dos deficientes encontravam-se como IMC elevado e com uma grande porcentagem de gordura. A antropometria dos portadores de deficiência física demonstra o estado nutricional destes e viabiliza ao nutricionista uma melhor visão para intervenção nos problemas nutricionais que acometem este grupo, melhorando a qualidade de vida e o desempenho no esporte dos deficientes físicos. P-322 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS SUBMETIDOS À HEMODIALISE um total de 72 pré-escolares participantes da pesquisa. Foram aferidas as medidas de peso e estatura. Os índices peso/ idade, estatura/ idade, peso/ estatura e índice de massa corporal (IMC)/ idade, foram usados para realizar as avaliações do estado nutricional utilizando o sistema Escore Z e os pontos de corte proposto pela Organização Mundial de Saúde. Para a identificação do excesso de peso foram considerados os valores acima de +2DP Escores Z para o indicador de peso/estatura, e na identificação de déficit nutricional, foram considerados os valores abaixo de -2DP Escores Z para indicadores de estatura/idade, peso/idade e IMC/idade. Valores de escore Z entre -2DP e +2DP classificaram eutrofia. Dos pré-escolares, nenhum apresentou baixa estatura/ idade (Z<-2DP), contudo, 1,4% tinha baixo peso/ idade, 6,9% apresentavam baixo peso/ estatura e 2,8% baixo IMC/ idade. A maior prevalência de excesso de peso na população estudada foi evidenciada pelos índices IMC/idade (20,8%) e peso/ estatura (30,6%). Enfatizando a tendência de aumento na prevalência de sobrepeso e obesidade infantil observada tanto no Brasil como na América Latina nos últimos anos. P-324 SINTOMAS GASTROINTESTINAIS EM PACIENTES HOSPITALIZADOS EM USO DE TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL JAQUIELE ARAÚJO DE LIMA CALADO (UPE/HUOC); JAQUELINE MAGALHÃES SOUZA (UPE/HUOC); ANA CAROLINA OLIVEIRA COSTA (UPE/ HUOC); ANDRÉIA LIRA SANTOS (UPE/HUOC); JACQUELINE MARIA DA SILVA (UPE/HUOC); EDUILA MARIA COUTO SANTOS (UFPE) Introdução: A doença renal crônica (DRC) pode ser definida como uma síndrome clínica caracterizada pela perda lenta, progressiva e irreversível das funções renais que comina em diálise com frequente prevalência de desnutrição proteico-energética. Objetivo: Avaliar o estado nutricional de pacientes em hemodiálise. Método: Estudo transversal com 101 pacientes submetidos à hemodiálise, com idade de (49,81±16,01) sendo 53,4% do sexo masculino. Foram analisados parâmetros antropométricos, bioquímicos e avaliação nutricional subjetiva global (ANSG). O material utilizado foi balança de precisão, adipometro científico, estadiometro, bioimpedância elétrica, fita métrica, questionário de avaliação e prontuários. Resultados: Houve prevalência de eutrofia em relação aos parâmetros: índice de massa corporal e percentual de gordura corporal (70,2% e 60,3% dos pacientes respectivamente) e desnutrição pela circunferência do braço, circunferência muscular do braço, prega cutânea tricipital, área muscular do braço e ANSG (70,2%, 49,5%, 72,2%, 64,3% e 55,8% respectivamente). Os níveis séricos de ureia pós-hemodiálise e creatinina ficaram acima da faixa de normalidade (81% e 64,3% respectivamente) e abaixo para albumina e colesterol total (50% e 54% respectivamente). Conclusão: Os resultados mostram prevalência de desnutrição, contudo os dados bioquímicos devem ser analisados com cautela uma vez que podem refletir a condição da doença. P-323 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE PRÉ-ESCOLARES EM UMA CRECHE GRATUITA DO MUNICÍPIO DE COARI – AM. TAYNÁ OFÉLIA FREITAS SUAREZ (U); REGINA COELI DA SILVA VIEIRA (UFAM); VERENA SILVA LIMA (UFAM) Introdução: O diagnóstico nutricional da população infantil de um país é essencial para aferir a evolução das condições de saúde. A avaliação nutricional tem um papel importante, pois decorre da influência decisiva que o estado nutricional exerce sobre a morbi-mortalidade no indivíduo. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o estado nutricional de crianças préescolares matriculadas em uma creche gratuita no município de Coari-AM atualmente. A única creche gratuita do município atente uma população de 245 pré-escolares, com idades de três a quatros anos. O critério adotado para a inclusão dos participantes foi a autorização do responsável, por meio da assinatura de um termo de consentimento livre e esclarecido, resultando MABELLE ALVES FERREIRA DE LIMA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES); KELLY SOUZA DO NASCIMENTO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES); SUAMY SALES BARBOSA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES); KAHULA CAMARA DA COSTA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES); CÉLIA REGINA BARBOSA DE ARAÚJO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES); CAROLINE MEDEIROS MACHADO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES) Introdução: Durante o uso da Terapia Nutricional Enteral (TNE), o paciente pode apresentar sintomas gastrointestinais que prejudicam o suporte nutricional adequado e podem interferir na sua evolução clínica e, consequentemente, na sua qualidade de vida. Os distúrbios gastrointestinais são descritos como as principais complicações decorrentes do uso da TNE, porém esses sintomas geralmente são de origem multifatorial, sofrendo influência de aspectos como uso de medicamentos, ventilação mecânica, grau de mobilidade e hidratação do paciente. Objetivo: Avaliar a presença de sintomas gastrointestinais em pacientes submetidos a TNE em Hospital Universitário. Método: Estudo observacional e retrospectivo, em que foram utilizadas as fichas de acompanhamento nutricional de pacientes em uso de TNE de um hospital universitário, em Natal-RN. Essas fichas contêm dados demográficos, clínicos e nutricionais do paciente durante o seu tempo de internamento com TNE. A partir dos registros nessas fichas, foi avaliada a presença dos seguintes sintomas gastrointestinais: constipação (ausência de evacuações por mais de 3 dias consecutivos), diarreia (mais de 3 episódios de evacuações líquidas ou líquido-pastosas por dia), vômitos e presença de resíduo gástrico. Resultados: Foram avaliados 65 indivíduos em uso de TNE, sendo 61,5% do gênero feminino (n=40) e 38,5% (n=25), masculino. A idade média foi de 62,4 ± 19,4 anos. A amostra avaliada era composta por pacientes das seguintes clínicas: neurologia (38,5%), cirurgia (18,5%), gastrenterologia (12,5%), oncologia (10,8%), nefrologia (7,7%) e outros (12,3%). Os sintomas gastrointestinais mais frequentes foram constipação (58,5%), diarreia (27,7%), vômitos (12,3%) e resíduo gástrico (6,2%). Todos os pacientes avaliados usavam bomba de infusão para administração da dieta enteral. Conclusão: Observou-se que a amostra avaliada era bem heterogênea no que diz respeito às características clínicas, predominando pacientes internados pela neurologia e pela clínica cirúrgica. Os sintomas gastrointestinais mais frequentes foram constipação e diarreia, os quais requerem um manejo nutricional voltado para a superação desses distúrbios de motilidade intestinal e recuperação da saúde do indivíduo. P-325 INGESTÃO DIÁRIA DE ANTIOXIDANTES EM PACIENTES COM ARTRITE REUMATOIDE DE DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 131 Suplemento Nutrição Clínica/2013 BRUNA NOLASCO SIQUEIRA SILVA (UFPE); PEDRITA MIRELLA ALBUQUERQUE QUEIROZ (UFPE); ÍSIS LUCÍLIA SANTOS BORGES DE ARAÚJO (UFPE); SILVIA GOMES DE OLIVEIRA (UFPE); MARIA GORETTI PESSOA DE ARAÚJO BURGOS (UFPE) Introdução: Artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune inflamatória sistêmica que compromete a membrana sinovial das articulações periféricas, propiciando aumento de radicais livres (RL). A literatura tem desmonstrado associação entre ingestão de antioxidantes e menor formação de RL, constatando que estes antioxidantes suprimem liberação de citocinas e apresentam efeito protetor na AR. Objetivo: Verificar adequação da ingestão diária de antioxidantes e comparar entre faixas etárias. Método: Estudo transversal do tipo série de casos, duração de 10 meses (2012), com mulheres portadoras de AR (adultas e idosas), do ambulatório de Reumatologia de um hospital universitário. Para avaliar o consumo alimentar, utilizou-se questionário de frequência semi-quantitativo, estruturado em cinco grupos de micronutrientes: vitamina A, C, E, zinco e selênio, álbum ilustrativo com medidas caseiras, tabela de composição de alimentos para análise de consumo e DRIs para avaliar adequação. Para construção do banco de dados utilizou-se Excel e para avaliação estatística SPSS 18.0, teste t de student e nível de confiança de 5%. Resultados: 53 mulheres, com 54,51 ± 4,24 anos (70% adultos e 30% idosos). Denotou-se adequação maior que 100% de vitamina A e C nos adultos e inadequação de vitamina C e selênio nos idosos. Pode-se verificar que o consumo de vitamina A (p=0,037), C (p=0,036) e zinco (p=0,038) das idosas foi maior em relação às adultas. Conclusão: Concluiu-se que pacientes com AR apresentaram baixo consumo de antioxidantes. Portanto, ressalta-se importância de maior consumo de alimentos fontes, a fim de contribuir na prevenção da lesão articular e perda da função reumática. P-326 AVALIAÇÃO DO CONSUMO QUALITATIVO DE ESTUDANTES, SEUS PAIS E MÃES DE DUAS ESCOLAS MUNICIPAIS DA REGIÃO DE JUNDIAÍ SUZANA GONÇALVES BASCHIERA (CENTRO UNIVERSITÁRIOPADRE ANCHIETA); ENARA AMADIO FRIZÃO (CENTRO UNIVERSITARIO PADRE ANCHIETA); TACIANA DAVANÇO (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); CRISTIANO JOSÉ MENDES PINTO (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); BRUNO CARAMELLI (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA); LUCIANA SAVOY FORNARI (CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA) Introdução: As ocorrências de doenças cardiovasculares estão associadas aos hábitos alimentares inadequados e falta de prática de atividade física durante a vida.Objetivo: Avaliar o consumo qualitativo de estudantes, pais e mães de duas escolas públicas através do Questionário de frequência Alimentar. Método: A avaliação foi feita utilizando o Questionário de Frequência de Consumo Alimentar composto por: sopas e massas, carnes e peixes, leite e derivados, leguminosas e ovos, arroz e tubérculos, verduras e legumes, frutas, bebidas, pães e biscoitos, doces e sobremesa, sendo entrevistados 201 crianças, 104 pais, 219 mães em uma escola e 227crianças, 130 pais e 213 mães em outra escola municipal, sendo avaliado a frequência diária , semanal e mensal e o número de vezes que era consumido cada alimento. Resultados: Observou-se que a porcentagem de crianças que consome refrigerantes/ sucos artificiais diariamente (2xD)=29,1% e doces(1xD)=17,4% é maior que a de derivados do leite (2xD)=16% e o consumo de pães e biscoitos(1xD)=33,8% comparado a frutas(1xD)=20,17%, frituras(carne de vaca frita (1xS)=22,5%, frango frito(1xS)=25,8%,ovo frito(2xS)=18,16%) é maior que a de legumes((3xS)=19,7% e verduras(1xS)=20,17%. Na outra escola obtivemos dados parecidos como exemplo:sucosartificiais/ refrigerantes(2xD)=24,2%, doces(1xD)=21,14% pães e biscoitos(2xD)=32% sendo que frutas (1xD)=18,5% derivados do leite(1xD)=21,14% e carnes vaca frita(2xS)=24,23%,frango frito(1xS)=27,75%, ovo frito(2xS)=22%) sendo maior que o consumo de legumes(2xS)=15,7% leguminosas (1xS)=13,65%. No questionário de pais obtivemos os seguintes dados: pães e biscoitos(1xD)=40,38% e frutas(1xD)=23,07%, e outra escola pães e biscoitos(1xD)=41,53% derivados do leite(1xD)=15,38%, no quadro de mães temos: pães e biscoitos (1xD)=36,7% sucos artificiais/ refrigerantes(2xD)=18,72% e derivados do leite(1xD)=18,72% e outra escola as mães consumiam doces(1xD)=23% e frutas (1xD)=19,24% pães/biscoitos(1xD)=34,27% e pão integral (1xD)=7,51%. Conclusão: A maioria dos sujeitos do estudo apresentaram consumo inadequado de todos os grupos avaliados, sendo necessário a realização de trabalhos de intervenção e educação nutricional nesta população. P-327 PRESENÇA DE CO-MORBIDADES ASSOCIADAS À OBESIDADE EM PACIENTES CANDIDATOS A CIRURGIA BARIÁTRICA INGRID MARIA NOVAIS BARROS DE CARVALHO COSTA (ARACAJU/ SERGIPE); ANTÔNIO ALVES JÚNIOR (ARACAJU/SERGIPE); ELLEN DE ALMEIDA SANTOS (ARACAJU/SERGIPE); LARISSA DAMASCENO MIRANDA (ARACAJU/SERGIPE) Introdução: As prevalências de excesso de peso e de obesidade aumentaram continuamente ao longo das últimas décadas. Em 30 anos, a prevalência de excesso de peso em adultos aumentou em quase três vezes no sexo masculino (de 18,5% para 50,1%) e em quase duas vezes no sexo feminino (de 28,7% para 48,0%). No mesmo período, a prevalência de obesidade aumentou em mais de quatro vezes para homens (de 2,8% para 12,4%) e em mais de duas vezes para mulheres (de 8,0% para 16,9%). Objetivo: Detectar a presença de co-morbidades associadas à obesidade em pacientes candidatos a cirurgia bariátrica. Método: Estudo retrospectivo, descritivo, transversal realizado em um serviço particular de cirurgia bariátrica no Estado de Sergipe, com 65 pacientes de ambos os sexos. Para a análise estatística dos dados foram utilizadas as frequências e o Teste Exato de Fisher. Resultados: A média de idade dos pacientes avaliados foi de 36,09 (±11,42) anos, sendo 27,7% eram do sexo masculino e 72,3% do sexo feminino. Segundo o IMC, 50,0% dos homens e 55,3% das mulheres apresentavam obesidade grau II. Quanto às co-morbidades, verificou-se que 56,9% dos pacientes apresentavam diagnóstico para hipertensão, no qual 66,7% dos homens e 53,2% das mulheres eram hipertensos. Com relação a diabetes, 23,1% do total da amostra eram diabéticos, sendo detectado que 33,3% dos homens e 27,7% das mulheres apresentavam essa co-morbidade. O colesterol total estava elevado em 66,1% do total da amostra, com 88,9% dos homens e 57,4 das mulheres (p=0,028) apresentando hipercolesterolemia. A hipertrigliceridemia foi visualizada em 56,5% dos pacientes, verificando-se níveis séricos alterados em 68,8% dos homens e 52,2% das mulheres. O LDL-colesterol estava elevado em 50% dos pacientes desse estudo, sendo observado que 62,5% dos homens e 45,7% das mulheres apresentavam essa descompensação. Os níveis do HDL-colesterol apresentaram-se abaixo da normalidade em 56,5% dos pacientes, no qual 68,8% dos homens e 52,2% das mulheres estavam com os níveis alterados. A esteatose hepática foi diagnosticada em 58,5% do total da amostra, com 83,4% dos homens e 53,2% das mulheres (p=0,045) apresentando essa co-morbidade. Conclusão: Os resultados apresentados mostraram que a obesidade grau II era predominante nos dois gêneros. Porém, a maior freqüência de co-morbidades foi verificada no gênero masculino, sendo evidenciado um maior comprometimento do quadro clínico nesses pacientes. P-328 DIETA REPRESENTATIVA DO NORDESTE BRASILEIRO ASSOCIADA A UMA SOLUÇÃO DE AGUARDENTE DE CANA DE AÇÚCAR ALTERA PERFIL LIPÍDICO DE RATOS LACTENTES. YASMINN ALVES (UFPE - CAV); LUCIANA ORANGE (UFPE - CAV); CYBELLE LIMA (UFPE - CAV); INDINA SILVA (UFPE -CAV); FRANCISCA BION (UFPE - CAV) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 132 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Introdução: O álcool pode causar alterações em diversos órgãos e sistemas, em particular no cardiovascular, como alterações no perfil lipídico. Objetivo: Avaliar as repercussões da ingestão materna de uma solução de aguardente de cana-de-açúcar associada a uma dieta experimental composta por alimentos consumidos frequentemente pela população do Nordeste brasileiro (feijão carioquinha, arroz polido, farinha de mandioca, frango de granja) durante a lactação, sobre o perfil lipídico de seus descendentes. Método: Ratas lactantes Wistar (N=12) e seus filhotes (N=72) foram randomizados em quatro grupos de 18 animais (9 machos + 9 fêmeas), de acordo com a dieta oferecida e/ou a exposição a uma solução de aguardente (15% v/v): GDE (grupo dieta experimental controle); GDEA (grupo dieta experimental álcool); GC (grupo dieta caseína); GCA (grupo dieta caseína álcool). Ao final do experimento (21 dias de lactação), os animais foram sacrificados para obtenção das amostras de sangue dos filhotes. Foram verificados: o peso da ninhada e o perfil lipídico (Colesterol - CT, Lipoproteína de alta densidade - HDL, Lipoproteína de baixa densidade LDL, Lipoproteína de muito baixa densidade - VLDL, Triglicerídeo - TG) dos lactentes. Resultados: A dieta caseína (GC e GCA) promoveu maior ganho de peso entre os lactentes, sendo que o GCA apresentou-se sempre com maior ganho de peso. O GDEA apresentou valores significativamente mais elevados de CT, TG, HDL, LDL e VLDL. Conclusão: A ingestão materna de uma dieta experimental composta por alimentos consumidos frequentemente pela população do Nordeste brasileiro, associada a uma solução de aguardente de cana de açúcar durante a lactação promoveu aumento em alguns parâmetros do perfil lipídico dos seus lactentes o que pode comprometer o estado nutricional e metabólico dos mesmos, aumentando o risco de doenças cardiovasculares. P-329 ARTRITE REUMATOIDE EM MULHERES ATENDIDAS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS, ANTROPOMÉTRICAS E CLÍNICAS BRUNA NOLASCO SIQUEIRA SILVA (UFPE); PEDRITA MIRELLA ALBUQUERQUE QUEIROZ (UFPE); ÍSIS LUCÍLIA SANTOS BORGES DE ARAÚJO (UFPE); SILVIA GOMES DE OLIVEIRA (UFPE); MARIA GORETTI PESSOA DE ARAÚJO BURGOS (UFPE) Introdução: A artrite reumatoide é uma doença autoimune inflamatória que compromete a membrana sinovial das articulações periféricas. Dados recentes têm mostrado aumento da incidência das doenças reumáticas, em virtude do envelhecimento populacional. Apesar de apresentarem etiologia desconhecida, estão relacionadas a fatores genéticos, hormonais e ambientais, como o excesso de peso. Objetivo: Caracterizar o perfil sociodemográfico, nutricional e clínico de mulheres com artrite reumatoide. Método: Estudo transversal do tipo série de casos com 53 mulheres atendidas ambulatoriamente no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, no período de janeiro a outubro de 2012. Foram aplicados formulários previamente estruturados para coleta dos dados sociodemográficos: procedência, estado civil, ocupação, renda, escolaridade; antropométricos: peso, estatura, para cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC); e clínico: uso de drogas antirreumáticas. A construção do banco de dados e da análise, realizadas pelos programas Excel e SPSS versão 18.0. Resultados: O estudo foi composto de 53 mulheres, com idade de 54,51 ± 4,24 anos e IMC médio de 25,97 ± 5,94 kg/m². As mulheres eram em sua maioria da área urbana (54,7%), estavam sem companheiro (52,8%), ativas no mercado de trabalho (77,4%), com renda entre 1-3 salários mínimos (73,6%) e alfabetizadas (90,6%). Quanto ao estado nutricional, foram registradas o baixo peso em 7,7%, eutrofia (34,6%), sobrepeso (36,5%), obesidade (21,2%), totalizando 57,7% de mulheres com excesso de peso. O uso de pelo menos uma droga antirreumática foi observado em 50,9% das entrevistadas. Registrou-se diferença estatística entre as variáveis de procedência (p=0,04), ocupação (p=0,01) e renda (p=0,02). Conclusões: Os achados apontam para frequências mais elevadas das doenças em mulheres dos centros urbanos, economicamente ativas, e com renda superior a 1 salário mínimo. O excesso de peso, prevalente na amostra, sugere a necessidade de uma intervenção nutricional mais direcionada para essa população. P-330 SOMATOTIPOLOGIA EM UNIVERSITÁRIOS ANA CAROLINA OLIVEIRA COSTA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ, UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO (HUOC/UPE)); NADIA TAVARES SOARES (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE)); GABRIELA OLIVEIRA COSTA (UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR)); PATRÍCIA SOARES DE MOURA (FORTALEZA-CEARÁ); CAROLINA VIEIRA LIMA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE)); SANDRA MACHADO LIRA (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE)) Introdução: Somatotipo é uma forma de classificar a composição e a forma corporal. É expresso em três números, o primeiro representando a endomorfia – gordura corpórea, o segundo a mesomorfia – robustez em relação à musculatura esquelética e o terceiro a ectomorfia – linearidade corporal. Objetivo: Analisar o somatotipo de universitários de diferentes cursos da área da saúde. Método: A amostra foi composta por 209 graduandos de ambos os sexos (129 mulheres, 85 homens), matriculados nos seguintes cursos: nutrição, educação física, medicina, enfermagem e medicina veterinária. A caracterização do somatotipo foi feita pelo método de Heath-Carter. Esse método preconiza 10 medidas antropométricas (peso, altura, dobras – tricipital, subescapular, supra-espinal e perna medial; circunferências – braço flexionado e tenso e perna medial; diâmetros ósseos – umeral e femural). Posteriormente, os valores dessas medidas são adicionados a equações específicas de cada componente para que sejam identificadas as categorias somatotípicas. Estas são estratificadas em 13 subcategorias: ectomorfo endomórfico, ectomorfo equilibrado, ectomorfo mesomórfico, endoectomorfo, endomesomorfo, endomorfo ectomórfico,endomorfo equilibrado, endomorfo mesomórfico, mesoectomorfo, mesomorfo ectomórfico, mesomorfo endomórfico, mesomorfo equilibrado e central. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa. Resultados: O somatotipo predominante entre os alunos foi endomorfo mesomórfico, independente do curso. Na análise por sexo, este perfil se manteve predominante somente entre as mulheres. Entre os homens predominou o tipo mesomorfo endomórfico. Conclusão: Há diferença de composição corporal entre homens e mulheres estudados, expressa por predominância da gordura no sexo feminino e musculatura no masculino. Entretanto, o somatotipo mais encontrado na amostra não é influenciado pelo sexo, nem pelo curso. P-331 IDENTIFICAÇÃO DE TRANSTORNOS ALIMENTARES EM ALUNOS DO SEXO MASCULINO DE ESCOLA PRIVADA EM CUITÉ - PARAÍBA CÉSAR AUGUSTO VIANA DE LIMA (UFCG); ADRIANA ELEUTERIO DA SILVA (UFCG); LUCIANA SANTOS MANGUEIRA (UFCG); MIKAELLE ALBUQUERQUE DE SOUZA (UFCG); MANUELA SIMONY CUNHA GOMES (UFCG); ANA PAULA MENDONÇA FALCONE (UFCG) Introdução: Estudos realizados sobre transtornos alimentares mostram deficiência no diagnóstico destas patologias no sexo masculino, a carência de dados está relacionada, possivelmente, à falta de assimilação dos profissionais de saúde e a crença da ausência desses distúrbios em homens. Fatores psicológicos, sociais, relações familiares negativas, o uso abusivo de álcool e drogas, depressão, estão sendo relacionados ao desenvolvimento destas alterações entre o gênero masculino. Objetivo: Analisar transtornos alimentares em adolescentes do sexo masculino de escola privada do município de Cuité-PB. Método: Método transversal, aplicando-se 14 questionários Eating Attitudes Test (ETA 26) para avaliar distúrbios alimentares em alunos do gênero masculino na faixa etária de 13 a 17 anos em rede privada, após explanação do tema. Resultados: Após aplicação e tabulação dos Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 133 Suplemento Nutrição Clínica/2013 dados, observou-se um percentual significativamente baixo de meninos que apresentam transtornos alimentares, de acordo o padrão adotado no questionário EAT-26, no qual adotou-se a pontuação: sempre (3 pontos), normalmente (2 pontos), frequentemente (1 pontos) e algumas vezes/ raramente/ nunca (0) pontos, exceto na questão 25 onde a pontuação é a seguinte: sempre/normalmente/frequentemente (0 pontos), algumas vezes (1 pontos), raramente (2 pontos) e nunca (3 pontos), onde o somatório destes pontos devem encontrar-se maior ou igual a 20 pontos para serem considerados positivos e confirmar a presença de atitudes alimentares patológicas e risco para o desenvolvimento de anorexia nervosa e escore com valores entre 0 e 19 sendo considerado fora da margem de risco. Conclusão: Diante do encontrado concluímos que mesmo com percentuais considerados baixos, para classificação quanto ao desenvolvimento de transtornos alimentares, devemos ressaltar a necessidade de maiores estudos voltados ao gênero masculino, fator problema para se estabelecer parâmetros mais precisos. P-332 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL A PARTIR DA CB, DCT E AMBC DE PACIENTES HOSPITALIZADOS EM USO DE TERPIA NUTRICIONAL ENTERAL MABELLE ALVES FERREIRA DE LIMA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES); KELLY SOUZA DO NASCIMENTO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES); SUAMY SALES BARBOSA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES); KAHULA CAMARA DA COSTA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES); CÉLIA REGINA BARBOSA DE ARAÚJO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES); CAROLINE MEDEIROS MACHADO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES) Introdução: Os pacientes hospitalizados em uso de terapia nutricional enteral (TNE) possuem maior susceptibilidade ao comprometimento nutricional decorrente de variáveis como a baixa ingestão protéico-calórica e recorrentes sintomas gastrointestinais. A avaliação nutricional desses indivíduos torna-se de grande importância para identificar o estado nutricional e realizar um planejamento dietoterápico eficaz. Devido a dificuldade em aferir as medidas corporais da maioria dos pacientes em dieta enteral, tanto pelo estado crítico de saúde quanto pela mobilidade comprometida, faz-se necessária a utilização de métodos preditivos de avaliação antropométrica. A circunferência do braço (CB), a dobra cutânea tricipital (DCT) e a área muscular do braço corrigida (AMBc) são técnicas usualmente empregadas para realizar o diagnóstico do estado nutricional por sua praticidade, baixo custo e por ser um método não invasivo. Objetivo: Identificar o estado nutricional dos pacientes hospitalizados em uso de terapia nutricional enteral, a partir da circunferência do braço, dobra cutânea tricipital e área muscular do braço corrigida. Método: Estudo observacional e retrospectivo realizado em um hospital universitário, em Natal - RN. A coleta de dados foi realizada semanalmente durante um mês, utilizando fita métrica inextensível e adipômetro clínico e os resultados foram registrados em fichas específicas de acompanhamento dos pacientes em uso da TNE. Para a aferição da CB e DCT foram utilizadas as técnicas propostas por Callaway et al. (1988) e Durnin e Womersley (1974), respectivamente. E para o cálculo da AMBc foram utilizadas as equações propostas por Heymsfield et al. (1982). Para classificação do estado nutricional foram utilizados os valores propostos por Frisancho (1990), os quais são apresentados em percentis (p). Resultados: Foram avaliados 16 indivíduos adultos, sendo 50% (n=8) tanto do sexo feminino quanto masculino, com uma média de idade de 51,1 ± 16,9 anos. De acordo com os resultados foi identificado que 87,5% (n=14) dos pacientes apresentaram CB abaixo do normal (<p5 ou p5 – p15) e em 37,5% (n=6) dos indivíduos a DCT apresentou valores reduzidos (&#8804; p5 ou p5,1 – p15). Quanto a AMBc, 68,8% (n=11) apresentaram valores abaixo do ideal, sendo 56,2% (n=9) classificado como baixa musculatura (<p5) e 12,5% como abaixo da média (p5,1-15). Conclusão: Foi observado que a maioria dos pacientes internados em uso de TNE apresentou dados antropométricos referentes à reserva muscular e tecido adiposo reduzidos, representando um risco nutricional aumentado nessa população. Desse modo, nota-se a importância da avaliação antropométrica na identificação do estado nutricional para uma eficaz intervenção dietoterápica. P-333 DESENVOLVIMENTO E ACEITABILIDADE DE SORVETE DE KEFIR DIELLE TEIXEIRA SANTANA (UFRB); PALUZZI ANDRADE SOUZA (); CAROLINE RAIZA DOURADO LIMA (UFRB); THAIANE CRISTINA NASCIMENTO DA HORA (); JANAI CRISTIANE SANTOS NASCIMENTO PAZ () Introdução: Kefir é uma bebida fermentada que resulta em uma associação simbiótica de leveduras, bactérias ácido-láticas e bactérias ácido-acéticas, indicando ser um produto com características probióticas, ou seja, possui em sua composição microrganismos vivos capazes de melhorar o equilíbrio microbiano intestinal. O kefir pode ser utilizado no preparo de sobremesas geladas, bebidas, saladas, entre outros, tornando o seu consumo popular, e integrando a essas preparações os diferenciais funcionais desse ingrediente. Objetivo: Desenvolver um sorvete de kefir sabor goiaba. Método: Realizouse o cultivo dos grãos em leite integral, sendo 50g de grãos de kefir para cada litro de leite e posteriormente, os grãos foram separados com peneira. Utilizou-se ingredientes normalmente presentes na formulação padrão de sorvete (estabilizante, açúcar, glicose, creme de leite, emulsificante e polpa de goiaba) sendo o leite integral substituido pelo kefir. Foi elaborada uma formulação de sorvete com 10% de polpa de goiaba. Após a homogeneização dos ingredientes, armazenou-se as formulações no freezer a -18 °C para o processo de maturação e congelamento do produto. Após 7 dias, adicionouse o emulsificante para a incorporação de ar e depois armazenadas em freezer a -18°C.Para análise sensorial, com 60 provadores não treinados, utilizou-se escalas que variava de 1 a 9 na aceitação global, onde 1 significava desgostei extremamente e 9 significava gostei extremamente e na atitude de consumo, onde 1 significava só comeria isto se não pudesse escolher outro alimento e 9 significava comeria isto sempre que tivesse oportunidade. Resultados: Os julgadores possuem um grau relevante de familiaridade com o hábito de consumir sorvete, podendo avaliar melhor a influência da substituição parcial do leite integral pelo kefir nas características sensoriais do produto. Considerando a região de aceitação na escala hedônica (valores de 6 a 9), obteve-se um índice de aprovação de 100% dos provadores. Para atitude de consumo, a amostra obteve escore médio de 7,35. Observa-se que a atitude “Comeria frequentemente”, demonstra que o produto obteve uma boa aceitação. O equilíbrio entre os ingredientes e a quantidade aplicada dos aditivos proporcionou ao produto as características necessárias para classificá-lo como sorvete, segundo a legislação preconizada pela ANVISA. O uso dessa bebida probiótica possibilitou o desenvolvimento de um produto novo e com sabor diferenciado. Conclusão: O sorvete de kefir sabor goiaba apresentou uma boa aceitação, sendo que este produto agrega qualidade sensorial e nutricional associados aos benefícios adicionais que proporciona à saúde. P-334 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS COM HIDROCEFALIA INGRID MARIA NOVAIS BARROS DE CARVALHO COSTA (AMBULATÓRIO DE NEUROCIRURGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); ANTÔNIO ALVES JÚNIOR (AMBULATÓRIO DE NEUROCIRURGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); DANIELLE GÓES DA SILVA (AMBULATÓRIO DE NEUROCIRURGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); CARLOS UMBERTO PEREIRA (AMBULATÓRIO DE NEUROCIRURGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); NAYARA MENEZES (AMBULATÓRIO DE NEUROCIRURGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); ELLEN DE ALMEIDA SANTOS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 134 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Introdução: A hidrocefalia é uma patologia complexa que pode apresentar diversas manifestações clínicas com comprometimento no crescimento e desenvolvimento. Os riscos de complicações como processos infecciosos e comprometimento do sistema imunológico podem apresentar-se acentuados na presença de desequilíbrios nutricionais. Porém, são escassos os estudos avaliando o estado nutricional em crianças com hidrocefalia.Objetivo: Avaliar o estado nutricional de crianças com hidrocefalia. Método: Trata-se de um estudo transversal desenvolvido no período de agosto de 2010 a maio de 2011 em crianças com hidrocefalia em atendimento ambulatorial. Foram coletados dados referentes à antropometria (peso (P) e estatura (E)) e exames laboratoriais (hemoglobina (HG) e pré-albumina). Foi calculado o escore Z dos índices: peso para idade (P/I), estatura para idade (E/I) e índice de massa corporal para idade (IMC/I). Adotou-se como pontos de corte para antropometria e HG, os valores para gênero e idade estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde – OMS, enquanto que a pré-albumina foi classificada de acordo com a American Society for Parenteral and Enteral Nutrition – ASPEN (1998). Para análise dos dados as crianças foram divididas em dois grupos de acordo com a faixa etária: Grupo I - seis a 24 meses (Lactentes) e Grupo II - 25 a 76 meses (pré-escolares). A associação entre os grupos foi verificada por meio do Teste Exato de Fisher ou Teste Qui-Quadrado de Pearson. Para todas as análises adotou-se como nível de significância estatístico o valor de p inferior a 0,05 ou 5%. Resultados: Os resultados demonstraram que das 35 crianças estudadas, 65,7% eram do gênero masculino e 65,7% estavam na faixa etária de 25 a 76 meses. Verificou-se que 17,1% da amostra apresentaram baixo peso pelo índice do IMC, 31,4% quadro de desnutrição com comprometimento do crescimento linear, 40,0% anemia e 37,2% níveis abaixo da referência para pré-albumina. Foi encontrada uma diferença significativa com comprometimento do estado nutricional para IMC/I (p=0,022), HG (p=0,031) e pré-albumina (p=0,024) no Grupo I, quando comparado ao Grupo II. Detectou-se que 66,7% das crianças do Grupo I apresentavam inadequação com relação aos três parâmetros. Conclusões: Os resultados evidenciaram um comprometimento do estado nutricional dentre as crianças estudadas e a maior repercussão no peso, nos níveis de pré-albumina e anemia estava presente nas crianças de seis a 24 meses. P-335 EFETIVIDADE DA INTERVENÇÃO NUTRICIONAL SOBRE A OBESIDADE GRAVE DE PACIENTES ASSISTIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO NAYANE SANTIAGO BARRETO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-UFS); PRISCILA SANTOS RIBEIRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); FABIANA MELO SOARES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); EPIFÂNIO FEITOSA DA SILVA NETO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); PAULA GUIMARÃES DE CARVALHO SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-UFS); MÁRCIA FERREIRA CÂNDIDO DE SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO-UFS) Introdução: Cerca de 1,7 bilhões de pessoas no mundo encontram-se obesas, sendo a causa de morte de 2,5 milhões de pessoas ao ano devido as comorbidades associadas. A elevada incidência da obesidade, observada atualmente, está diretamente associada com muitas outras complicações, tais como: doenças cardiovasculares, diabetes, dislipidemias, hipertensão arterial e esteatose hepática não alcoólica. O objetivo do estudo foi avaliar a efetividade da intervenção nutricional sobre a obesidade grave de pacientes assistidos pelo ambulatório de nutrição de um hospital universitário. Tratou-se de estudo transversal com acompanhamento de pacientes no ambulatório de nutrição. Foram incluídos indivíduos adultos atendidos no período de 2011 a 2012, avaliando-se dados antropométricos (peso, altura, IMC, circunferência da cintura (CC) e razão cintura/estatura (RCE) e dados bioquímicos (Colesterol Total (CT), LDL, HDL, Triglicérides (TG) e Glicemia de Jejum (GJ). A intervenção constou de consultas individuais periódicas com nutricionistas e estagiários, com três avaliações semestrais. Realizou-se o teste t-pareado (p<0,05) com auxílio do programa Statical Package for Social Science. Avaliaram-se 32 pacientes, com idade média de 40,88±9,29 anos, sendo a maioria do sexo feminino (78,1%). A média de peso inicial foi 132,21±24,66 kg, IMC 53,49±14,33 kg/m², CC 137,84±17,36 cm, HDL 44,24±11,33 mg/dl, LDL 124,81±36,33 mg/dl, colesterol total 202,66±35,21 mg/dl, TG 179,29±106,36, glicose de jejum 122,27±55,26 mg/dl. Após 6 meses, os parâmetros antropométricos avaliados como peso (p=0,000), IMC (p=0,009) e circunferência da cintura (p=0,000), apresentaram uma melhora significativa após a intervenção nutricional. O RCE para ambos os gêneros, mesmo apresentando uma redução significativa (p<0,001) em sua média após a intervenção nutricional, encontrou-se acima do limite máximo do ponto de corte aceitável tanto no início (0,82±0,9) como no final (0,76±0,1) do estudo. Com relação aos parâmetros bioquímicos observou-se uma redução significativa nos valores de TG (p=0,001) e GJ (p=0,001). Com relação ao HDL não houve um aumento estatisticamente significativo (p=0,057), porém, importante do ponto de vista biológico (HDL final=50,56±14,16 mg/dl). A redução dos indicadores de risco de pacientes com obesidade grave, após a intervenção nutricional comprova a sua efetividade, com possíveis repercussões positivas sobre a saúde dos indivíduos. P-336 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL SUBJETIVA GLOBAL EM PACIENTES CARDIOPATAS HOSPITALIZADOS LILIAN FERNANDA PEREIRA CAVALCANTE (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA); ALINE OLIVEIRA DINIZ (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA); LUANA LOPES PADILHA (MESTRADO EM SAÚDE COLETIVA); GLAUCIANE MÁRCIA DOS SANTOS MARTINS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA); BRUNA RENATA FERNANDES PIRES (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO MATERNO INFANTIL); ALINE DIAS GUIMARÃES () INTRODUÇÂO: O estado nutricional de pacientes internados pode apresentar repercussões nas taxas de morbidades e mortalidade. Os pacientes cardiopatas com desnutrição calórica moderada ou grave apresentam duas vezes mais riscos de mortalidade. Quando se trata de diagnóstico nutricional, não há consenso sobre qual método seria universalmente aceito, para tanto são utilizados vários métodos para tal diagnóstico. A Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ANSG) tem sido utilizada como uma opção para identificação de desnutrição em pacientes cirúrgicos, onde a cirurgia cardíaca não foi originalmente contemplada. Objetivo: Analisar a ANSG para o diagnóstico de desnutrição em pacientes précirúrgicos, hospitalizados para cirurgias cardíacas atendidos no Hospital Universitário Presidente Dutra. Método: Estudo descritivo realizado com 21 pacientes hospitalizados para cirurgias cardíacas, no período de junho a julho de 2013. Os participantes responderam a um questionário de ANSG contendo questões relativas ao histórico nutricional (peso, dieta, sintomas gastrointestinais, diagnóstico, capacidade funcional e física). Resultados: A amostra avaliada era predominantemente do sexo masculino (52,4%), com idade média de 52 anos (±16,7), pessoas com menos de 60 anos representavam 61, 90%. Cirurgia de troca de válvula representou 52,4%, de revascularização do miocárdio 42,9% e comunicação intraventricular 4,8%. Quando avaliado o estado nutricional segundo ANSG apresentou 38,1% de pacientes bem nutridos, 38,1% de moderadamente desnutridos e 23,8% desnutrido. Conclusão: Os pacientes cardiopatas avaliados apresentam predominância de algum tipo de desnutrição, quando avaliados de acordo com a ASNG. A avaliação nutricional satisfatória deve ser prática, fácil de ser realizada, não invasiva e representar baixo custo. Além disso, a identificação de pacientes desnutridos ou em risco nutricional deve ser feita o mais precoce possível para a definição de terapia nutricional que possa minimizar as alterações nutricionais e melhorar o prognóstico dos pacientes. P-337 TERAPIA NUTRICIONAL E DISTÚRBIOS GASTROINTESTINAIS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES PORTADORES DE PARALISIA CEREBRAL ACOMPANHADOS AMBULATORIALMENTE EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 135 Suplemento Nutrição Clínica/2013 MARIANA GONÇALVES DE ALENCAR (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); ELDA SILVA AUGUSTO DE ANDRADE (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); FERNANDA MELO (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); LUCIANA DE LIMA ARAÚJO (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP); LARISSA DE ANDRADE VIANA (INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP) Introdução: Distúrbios gastrointestinais são apontados como um fator de risco, associado ao agravo nutricional, que estão diretamente relacionados à alta prevalência de desnutrição, em crianças com paralisia cerebral (PC). A presença de movimentos orais involuntários como acúmulo de alimentos na cavidade oral possibilita a aspiração e consequente complicação infecciosa de vias aéreas. Além desses distúrbios, é comum encontrar disfagia, doença do refluxo gastresofágico (DRGE) e constipação crônica. Fatores esses que geram incapacidade em atingir as necessidades energéticas, contribuindo para o baixo peso, sendo comum a necessidade de vias alternativas para alimentação como cateter e ostomias. Além do acompanhamento nutricional torna-se impreterível a intervenção de uma equipe interdisciplinar para o manejo adequado desta população. Assim, o objetivo do estudo foi descrever a terapia nutricional e distúrbios gastrointestinais em crianças e adolescente portadores de PC acompanhados ambulatorialmente em um hospital de referência. Estudo tipo transversal com crianças e adolescentes portadores de PC realizado no período de março a junho de 2013. Foram excluídos do estudo pacientes com diagnóstico de síndromes genéticas e comorbidades interferentes do crescimento, tais como cardiopatias e nefropatias. Os dados foram coletados a partir dos prontuários, através de um questionário semi estruturado que incluiu variáveis como sexo, diagnóstico de alterações digestivas, como disfagia, DRGE e constipação. No perfil alimentar foi observado a via de alimentação, característica da dieta e a utilização de suplementação alimentares diária (SAD). A amostra composta por 30 pacientes, com faixa etária de 2 a 18 anos, prioritariamente do sexo masculino (60%). A via artificial (VA) de alimentação com incidência de 47%, sendo 86% por gastrostomia, A utilização de dieta industrializada exclusiva apareceu em 14% dos pacientes alimentados por VA, a utilização de dieta artesanal foi predominante em 86% dos pacientes alimentados por VA, deste todos faziam uso de SAD. A via oral foi a mais prevalente com 53% onde 44% faziam uso de SAD. O distúrbio gastrointestinal mais relevante foi a disfagia com 76%, seguido da constipação intestinal com 53%, sendo o menos frequente a DRGE com 40%. Apesar das complicações do quadro neurológico e da alta prevalência dos distúrbios de impacto nutricional como a disfagia, a utilização de via oral para alimentação foi a mais frequente. Este achado sugere a importância do acompanhamento por uma equipe multidisciplinar no manejo adequado da população em estudo, visto que existe forte indicação de via alimentar artificial, a fim de proporcionar melhor estado nutricional e qualidade de vida. P-338 TEMPO DE JEJUM NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO EM PACIENTES DE CIRURGIAS ELETIVAS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANDREZA MELO DE ARAUJO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); SUELEN DALBOSCO LINS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); RAYSA MANUELLE SANTOS ROCHA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SERGIPE); LEILA ALMEIDA GOMES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE); ISIS BARBOSA DÓRIA (UNIVERSIDADE FERDERAL DE SERGIPE); LETÍCIA CAROLINE DA SILVA OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) Introdução: O prolongamento do jejum pré-operatório e a realimentação tardia podem levar à desnutrição protéico-calórica que é a principal responsável pelo aumento da morbimortalidade em pacientes hospitalizados. A desnutrição traz como consequências o retardo da cicatrização de feridas cirúrgicas, o aumento da taxa de infecção e das complicações hospitalares e o prolongamento do tempo de internação. Diretrizes atuais (American Society of Anaesthesiologists-ASA; Norwegian National Consensus Guideline-NNCG; Association of Anaesthetists of Great Britain and Ireland-AAGBI) recomendam líquidos claros duas horas antes da operação. Objetivo: Identificar o tempo de jejum pré e pós-operatório dos pacientes em cirurgia eletiva. Método: Trata-se de um estudo transversal realizado em um hospital universitário no período de abril a julho de 2013. Foi coletado o tempo de jejum pré e pós-operatório de pacientes em cirurgias eletivas internados na clínica cirúrgica. Resultados: A amostra foi composta por 119 pacientes, com idade média de 47,65±18,28 anos. O tempo médio de jejum no pré-operatório foi 15,93 horas ± 4,91 horas e no pós-operatório foi 9,2 horas ± 13,67 horas. Conclusão: Os resultados encontrados corroboram com estudos recentes, evidenciando longos períodos de jejum no pré e pós-operatório, o que contribui para o retardo da recuperação do trauma cirúrgico e para o aparecimento ou progressão da desnutrição. P-339 ESTADO NUTRICIONAL E USO DE TERAPIA NUTRICIONAL IMUNOMODULADORA EM PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIAS ABDOMINAIS MARIA IZABEL SIQUEIRA DE ANDRADE (HOSPITAL DAS CLÍNICAS/UFPE); CINTIA MARIA DO NASCIMENTO GIBSON BARBOSA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS/UFPE); DÉBORA JOICE DA SILVA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS/ UFPE); PRISCILLA ALVES SANTOS (HOSPITAL DAS CLÍNICAS/UFPE); JANATAR STELLA VASCONCELOS DE MELO (HOSPITAL DAS CLÍNICAS/UFPE); DENISE SANDRELLY CAVALCANTI DE LIMA (HOSPITAL DAS CLÍNICAS/UFPE) Introdução: A terapia nutricional (TN) imunomoduladora é frequentemente empregada em cirurgia. Seus benefícios incluem melhora do estado nutricional, modulação do sistema imunológico e atenuação da resposta orgânica ao trauma. Objetivo: Avaliar o perfil clínico-nutricional de pacientes que utilizaram TN imunomoduladora no pré e no pós-operatório de cirurgias abdominais. Método: Estudo transversal, retrospectivo, realizado com pacientes internados em um hospital universitário do Recife no ano de 2012. Participaram do estudo indivíduos adultos e idosos, de ambos os sexos, submetidos a cirurgias abdominais e que utilizaram TN imunomoduladora no pré e/ou pós-cirúrgico por via oral ou enteral. Os dados foram coletados de fichas de avaliação nutricional, onde foram obtidos dados referentes ao sexo, idade, diagnóstico, tipo de cirurgia e IMC, o qual foi classificado segundo a World Health Organization (1998) para adultos e LIPSCHITZ (1994) para idosos. Os dados foram processados pelo software SPSS 20.0. Resultados: A amostra consistiu em 26 pacientes, com idade de 56,8±14,8 anos, sendo 50% (n=13) do sexo masculino. As neoplasias gástricas (42,3%; n=11) e periampulares (30,8%; n=9), com seus respectivos tratamentos, gastrectomia (30,8%; n=8) e gastroduodenopancreatectomia cefálica (23,1%; n=6), foram os diagnósticos e as cirurgias mais frequentes. O IMC médio foi 24,03±3,8 Kg/m2, sendo 46,2% (n=12) dos pacientes classificados como eutróficos, 19,2% (n=5) desnutridos e 34,6% (n=9) com excesso de peso. A via de administração da TN mais prevalente no pré-operatório foi a oral (30,8%; n=8) e no pós-operatório, a enteral (73,1%; n=19). No pré-cirúrgico, 25% (n=3) dos eutróficos, 60% (n=3) dos desnutridos e 44,7% (n=4) dos indivíduos com excesso de peso utilizaram a TN. Já no pós-operatório, a terapia foi empregada em 91,7% (n=11) dos pacientes eutróficos, 80% (n=4) dos desnutridos e 77,8% (n=7) dos pacientes com excesso de peso. Conclusão: No presente estudo, foi encontrada uma alta prevalência de pacientes indicados à cirurgias abdominais de grande porte, apresentando, em sua maioria, eutrofia e excesso de peso, segundo o IMC. A TN imunomoduladora foi empregada com maior prevalência em pacientes desnutridos no pré-operatório, em contrapartida, no pós-operatório a TN foi utilizada com frequência, independente do estado nutricional. A TN imunomoduladora é indicada no pré-cirúrgico de procedimentos de grande porte, especialmente nos pacientes em risco Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 136 Suplemento Nutrição Clínica/2013 nutricional, além disso, é utilizada com frequência no pós-operatório de algumas cirurgias como introdução inicial de dieta. P-340 PERFIL DE PACIENTES ATENDIDOS POR ESTAGIÁRIOS DE DISCIPLINA CURRICULAR SUPERVISIONADA EM NUTRIÇÃO CLÍNICA I: ESTADO NUTRICIONAL E ATENÇÃO DIETÉTICA. REGINA COELI DA SILVA VIEIRA (INSTITUTO DE SAÚDE E BIOTECNOLOGIA – CAMPUS DO MÉDIO SOLIMÕES, UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UF); MARDUCE PEREIRA MARQUES (HOSPITAL REGIONAL DE COARI-AM) Introdução: A realização de estágio curricular na área de nutrição clínica é obrigatória, conforme Diretrizes Curriculares Nacionais. É habitual a definição de um dos pacientes acompanhados pelo estagiário para estudo aprofundado e relato de caso clínico. Entre outras atividades obrigatórias do estagiário está a elaboração de relatório. O objetivo desse trabalho é traçar o perfil dos pacientes escolhidos para serem casos-clínicos de estagiários matriculados na disciplina de Estágio Curricular Supervisionado em Nutrição Clínica I. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo com dados obtidos dos relatórios de estágio em 2010. Doze acadêmicos matriculados na disciplina obrigatória realizaram sua primeira etapa de estágios no Hospital Regional de Coari. A anamnese nutricional foi a ferramenta usada para coletar os dados que auxiliariam no diagnóstico nutricional, assim como na posterior elaboração dos objetivos nutricionais a serem alcançados. Os prontuários também foram analisados. Entre os instrumentos usados na avaliação alimentar e nutricional encontraram-se: recordatório de 24h (Rec24h), sintomas do trato digestivo e dados antropométricos, além de dados socioeconômicos e história clínica. Dos pacientes escolhidos para serem caso-clínico, apenas dois eram portadores de única patologia, os demais apresentavam ao menos duas. Quanto à idade, 58,3% eram idosos, 41,7% tinha ensino fundamental incompleto. Considerando os sintomas do trato gastrintestinal, 41,7% apresentavam náuseas e 33,3% vômitos. Na avaliação antropométrica considerando o Índice de Massa Corpórea, 25% eram classificados com sobrepeso, 16,3% com obesidade e 16,3% com desnutrição variando de leve à moderada. Na avaliação dos recordatórios de 24h, a média calórica ingerida era de 2.041,70 kcal/dia (± 807,76DP), as necessidades energéticas 1.873,26 kcal/dia (± 697,96DP), já considerando necessidade para perda ou ganho de peso, e as dietas implantadas tinham em média 1.958,98 kcal/dia (± 622,02DP). Observou-se que os pacientes com sobrepeso e obesidade receberam dietas que contemplavam cerca de 89,0% das necessidades nutricionais objetivadas. Aqueles com desnutrição tiveram 98,1% das necessidades atendidas com a dieta prescrita. A conduta dietoterápica implantada foi 50% mais adequada caloricamente em comparação ao recordatório de 24hs, sendo este último referente a dieta que o paciente já estava fazendo ingestão no hospital. Apesar do percentual calórico das dietas implantadas aos pacientes com sobrepeso/obesidade ser cerca de 9,0% inferior ao daqueles desnutridos, não se pode afirmar que seja tendência, inclusive pela impossibilidade de afirmativa estatística. A participação dos estudantes na rotina hospitalar favorece o aprendizado e a atenção dietética ao paciente, haja vista o número reduzido de profissionais nutricionistas para atender a população internada. P-341 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL DE PACIENTE CRÍTICO PORTADOR DE OSTEOSARCOMA. CAMILA LIMA CHAGAS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); JAQUELINE MAGALHÃES SOUZA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); MEURY KETTERYN MONTEIRO EVANGELISTA DA COSTA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); ANDRÉIA LIRA SANTOS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); JAQUIELE ARAÚJO DE LIMA CALADO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ); PRISSILA MUNIZ DE MORAES ARAÚJO (SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO (SESC-GARANHUNS PERNAMBUCO)) Introdução: Os tumores pediátricos tendem a apresentar menor período de latência e em geral tornam-se bastante invasivos, levando ao estado de desnutrição. Essa condição pode ser causada por mecanismos envolvendo o próprio tumor, a resposta do hospedeiro e o tratamento antineoplásico. Objetivo: Expor a avaliação e acompanhamento nutricional de paciente portador de osteosarcoma, internado em UTI pediátrica de um hospital público de Recife/PE. Método: Paciente E.DS, sexo masculino, 13 anos, admitido na UTI pediátrica com quadro de osteosarcoma da tíbia direita, com amputação parcial de membro inferior direito pelo procedimento Van Ness Rotationplasty, retirada parcial de tumor abdominal, desconforto respiratório e desnutrição. Dados clínicos e nutricionais foram coletados em prontuário e formulário de acompanhamento nutricional do serviço de nutrição, no período de maio e junho de 2013. Resultados: Os exames bioquímicos revelaram anemia, leucocitose, plaquetopenia e elevado catabolismo muscular, sem nenhuma interação medicamentosa importante. Na avaliação antropométrica utilizando os índices antropométricos: Altura/Idade e Índice de Massa Corporal/Idade detectou-se desnutrição e no exame físico, depleção de gordura subcutânea e massa muscular. A via de administração dietética utilizada foi a Nutrição Parenteral Total (NPT) por meio de acesso venoso central, fornecendo 16% de proteína, 20% de lipídeos e 64% de carboidrato atendendo a todas recomendações de micronutrientes apresentando volume final de 1312,7ml e uma VIG de 6,536mg/kg/min. As necessidades nutricionais foram alcançadas em 04 dias. Conclusão: Crianças e adolescentes portadores de câncer constituem um grupo de risco para desnutrição, portando, a terapia nutricional instituída, foi de grande importância para reduzir a perda de peso e fornecer adequado aporte de nutrientes. P-342 CONSUMO DE BETAÍNA EM CARDIOPATAS ATENDIDOS EM NÍVEL AMBULATORIAL ÍSIS LUCÍLIA SANTOS BORGES DE ARAÚJO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); PEDRITA MIRELLA ALBUQUERQUE QUEIROZ (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); SILVIA GOMES DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); BRUNA NOLASCO SIQUEIRA SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) Introdução: A betaína é obtida a partir da dieta ou da colina. Seu consumo tem sido associado com influência positiva na saúde cardiovascular. Objetivo: avaliar o consumo de betaína em pacientes cardiopatas atendidos a nível ambulatorial. Método: Estudo transversal realizado em um hospital universitário, com 102 pacientes cardiopatas. A ingestão alimentar da betaína foi avaliada em todos os participantes a partir de um questionário de frequência alimentar semi-quantitativo validado. Foi utilizado o ponto de corte para ingestão média da população achado por Craig, ou seja, foi considerada uma baixa ingestão aquelas <1g de betaína/dia e ingestão adequada &#8805;1g/dia. Resultados: A média de ingestão de betaína foi 399,58 ±282,85 mg nas mulheres e 776,15 ± 503,47 mg nos homens (p=0,000). Os indivíduos com maior consumo médio eram homens, assalariados, eutróficos e com renda > 1 salário mínimo. Conclusões: O estudo foi o pioneiro no Brasil em avaliar o consumo de betaína em uma população brasileira com DCV. Em particular, nós encontramos que essa população tem um consumo mais alto quando comparada as população de estudos anteriores, porém não satisfatório quando pensamos no efeito terapêutico da betaína. P-343 ESTUDO COMPARATIVO DO EFEITO DA FOLHA DA SIRIGUELA (SPONDIAS PURPUREA) NA DISLIPIDEMIA E GLICEMIA ENTRE RATOS MACHOS E FÊMEAS WISTAR GABRIELA OLIVEIRA COSTA (UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR)); CARLA ARIADNY RODRIGUES DE LIMA (UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR)); PAMILLA BESERRA DA NÓBREGA (UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR)); ANA CAROLINA OLIVEIRA COSTA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ, UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO (HUOC/UPE)) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 137 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Introdução: No Brasil existe uma grande diversidade de frutos e produtos derivados com constante inserção de novos produtos no mercado, os quais, na maioria das vezes, ainda não foram devidamente pesquisados com respeito às suas propriedades e atividades benéficas à saúde. A Siriguela pertence ao gênero Spondias, da família Anacardiácea e espécie Spondias purpurea L., uma fruta bastante comum no nordeste brasileiro e já possui uma boa opção econômica para vários agricultores, graças à qualidade dos frutos. Existem vários estudos em que avaliaram as características nutricionais da fruta siriguela, porém não há evidencias sobre as características da folha, exceto relatos da população de quilombos que utilizam a folha para tratar diarreia, diabetes e problemas de colesterol. Objetivo: Verificar o efeito do suco da siriguela no controle da glicemia e dislipidemia entre ratos machos e fêmeas Wistar. Método: Foram estudados 8 ratos Wistar, divididos em 2 grupos, 4 fêmeas e 4 machos, com média de peso 170g e 148g respectivamente; marcadas com canetas atóxicas em cores distintas e pesados semanalmente, mantidas em ambiente climatizado 22ºC e ciclo claro/escuro 12/12 horas. Todos os animais foram induzidos à dislipidemia por via intraperitonial, tyloxapol 30ml/kg diluídos em solução salina de 0,9%. Foram divididos em dois grupos, machos e fêmeas. Os dois grupos (machos e fêmeas) receberam ração Labina/Purina própria para roedores à vontade. Os dois grupos receberam o suco da folha da siriguela (7g/ dia da folha diluídos em 100 ml de água) na mamadeira em substituição da água. A glicemia pós-prandial foi medida durante 4 semanas e o colesterol por 2 semanas. A pesquisa teve duração de 6 meses. Resultados: O peso não se manteve constante, tanto nos machos como nas fêmeas. Os valores de colesterol mantiveram-se inalterados desde o início do experimento. Em relação à glicemia, observou-se diminuição no resultado ao longo do experimento com os machos, não ocorrendo o mesmo com as fêmeas. Sugere-se que a diferença no resultado da glicemia entre os ratos machos e fêmeas, seja devido à quantidade de suco ingerida, já que machos bebiam mais que as fêmeas. Conclusão: O consumo diário do suco da folha da siriguela não alterou níveis lipídicos sanguíneos, porém apresentou resultado inverso nos níveis glicêmicos dos ratos machos. P-344 INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS E RISCO CARDIOVASCULAR EM ALCOOLISTAS CRÔNICOS PRISSILA MUNIZ DE MORAES ARAÚJO (SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO (SESC) - GARANHUNS/PE); ANA CAROLINA OLIVEIRA COSTA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ, UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO (HUOC/UPE)); CYBELLE ROLIM DE LIMA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA (UFPE/CAV)); ALYNE DAYANA ALMEIDA DOS SANTOS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ, UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO (HUOC/UPE)); MEURY KETTERYN MONTEIRO EVANGESLISTA DA COSTA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ, UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO (HUOC/ UPE)); JAQUIELE ARAÚJO DE LIMA CALADO (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ, UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO (HUOC/UPE)) Introdução: O acúmulo de gordura na região abdominal, que pode ser causado pelo consumo excessivo do álcool, vem sendo descrito como o tipo de obesidade que oferece maior risco para a saúde dos indivíduos, devido à forte associação com as doenças cardiovasculares. Objetivo: Avaliar o risco cardiovascular de alcoolistas crônicos através de indicadores antropométricos. Método: Estudo de caso e controle realizado com 50 alcoolistas crônicos e 50 não alcoolistas. Foram coletadas as variáveis referentes às condições socioeconômicas e de estilo de vida dos grupos, assim coma quantidade e tipo de bebida alcoólica consumida pelos alcoolistas. A avaliação antropométrica constou de aferição do peso, altura, circunferência da cintura (CC) e do quadril, dados utilizados para o cálculo dos indicadores antropométricos de obesidade: Índice de Massa Corporal (IMC), CC, Relação Cintura Quadril (RCQ), Relação Cintura Estatura (RCEst) e Índice de Conicidade (IC).Resultados: O grupo dos alcoolistas apre- sentaram pior perfil socioeconômico e de estilo de vida, onde 80% eram inativos, 62% possuíam apenas o ensino básico, 72% eram tabagistas, 30% relataram morar sozinhos e 44% possuíam uma renda familiar mensal de até 1 salário mínimo, foi observado que 80% dos alcoolistas relataram fazer uso de bebidas do tipo destilada e 42% consumiam mais de 1000ml/ dia. O grupo dos alcoolistas apresentou valores significativamente menores de IMC, CC e RCEst. Já a RCQ e o IC não apresentaram diferenças entre os grupos. Entretanto o IC foi o único indicador antropométrico que em ambos os grupos, apresentou valores elevados. Conclusão: O consumo de álcool não mostrou associações com a localização abdominal de gordura e risco cardiovascular pela maior parte dos indicadores antropométricos de obesidade abdominal. Sendo necessários mais estudos para posterior comprovação da real eficácia e sensibilidade do método em alcoolistas. P-345 CORRELAÇÃO ENTRE COMPETÊNCIA IMUNOLÓGICA DE GESTANTES E INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS DO RECÉM NASCIDO, EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DE SÃO LUÍS, MARANHÃO. BYANCA MACIEL VIANA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFMA); ADRIANA FONSECA TEIXEIRA (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFMA); KÁTIA DANIELLE ARAÚJO LOURENÇO VIANA (HOSPITAL UNIVERSITARIO DA UFMA); ROSANGELA CRISTINA ARAUJO CANTANHEDE (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFMA); SAMIRIA DE JESUS LOPES SANTOS (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFMA) Introdução: No que se refere ao comportamento do sistema imune, a gestação constitui um fenômeno ímpar no organismo humano. Os processos imunológicos envolvidos no desenvolvimento humano são fundamentais para a evolução saudável da gestação. Em vez de ser essencialmente destrutiva, a interação imunológica normal entre a mãe e os tecidos fetais pode servir para promover o crescimento e desenvolvimento do feto. Nesse contexto, os linfócitos natural Killer, que determinam o grau de invasibilidade do endométrio pelo trofoblasto, parecem influenciar o desenvolvimento da gravidez desde o princípio, porém a inibição inadequada destas células, pode culminar em aborto, problemas de nutrição, responsável pelos óbitos fetais e retardo de crescimento intra-útero. Objetivo: Observar a correlação entre a competência imunológica de gestantes e os dados antropométricos dos recém- nascidos. Método: Estudo transversal, aprovado pelo comitê de ética do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (Parecer 252/11). As variáveis qualitativas foram expressas por frequências simples e percentuais, as quantitativas na forma de médias (&#61617; DP). Para avaliar a correlação entre as variáveis quantitativas, foi utilizada a correlação de Pearson, para variáveis que não apresentaram distribuição normal, a correlação de Spearman, adotou-se nível de significância estatística de 5% (p<0,05). Resultados: 91,2% das gestantes são de baixa renda e idade média de 25,9 anos (±5,6), Quanto a categorização do acompanhamento pré-natal, a população estudada apresentou percentual de 62,2%, considerado. Na avaliação do estado nutricional gestacional, por meio da Curva de Atalah, observou-se que 26,7% das gestantes apresentaram baixo peso, 44,4% peso adequado e 24,4% sobrepeso. No tocante aos recém-nascidos, a média de peso ao nascer foi de 3,328 (± 0,396 kg), onde 80% com peso adequado ao nascer. O comprimento médio dos bebês ao nascimento foi de 49,3 (±1,48 cm). A análise do estado nutricional, utilizando-se ao Índice de Rohrer, apresentou média de 2,78 (± 0,272). Dentre as variáveis competência imunológica maternas analisadas Em relação a associação entre a dosagem de linfócitos e o peso dos neonatos não verificou-se significância estatística, porém, a dosagem de linfócitos apresentou influência sobre a estatura do recém nascido com correlação estatisticamente significante. Conclusão: Qualquer inadequação do estado materno pré-gestacional e gestacional pode constitui-se como um problema favorecendo o desenvolvimento de intercorrências gestacionais e influencia as condições de saúde do neonato Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 138 Suplemento Nutrição Clínica/2013 e a saúde materna. A competência imunológica pode ser observada como mais um fator de preocupação, necessitando de maiores explorações para melhor observação de seus efeitos. P-346 PARÂMETROS CLÍNICOS E NUTRICIONAIS DE PACIENTES SUBMETIDOS A TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA EM UMA INSTITUIÇÃO DE REFERÊNCIA CAMILLA ARAÚJO DE BRITO (IMIP); JULYENE CORTEZ ALBUQUERQUE FERREIRA (IMIP); LEOPOLDINA AUGUSTA DE SOUZA SEQUEIRA DE ANDRADE (UFPE); BRUNO SOARES (IMIP) Introdução: A doença renal crônica é caracterizada pela redução lenta, progressiva e irreversível da função renal. A diminuição da função renal levará à dependência vital de modalidades terapêuticas como a hemodiálise (HD). Do ponto de vista nutricional, os pacientes renais crônicos em HD, tornam-se mais vulneráveis a diversos fatores que predispõem ao estado nutricional desfavorável, podendo levar à depleção das reservas de gordura e proteína e, consequente, à desnutrição energético-protéica. Objetivo: Descrever os parâmetros clínicos e nutricionais de pacientes portadores de doença renal crônica em terapia hemodialítica. Método: Estudo transversal realizado com pacientes assistidos em um Serviço de Terapia Renal Substitutiva, localizada em Recife/PE. Os dados clínicos foram obtidos de registros nos prontuários. Para a avaliação do estado nutricional, foram mensuradas, as seguintes medidas antropométricas: peso, circunferência do braço (CB) e prega cutânea triciptal (PCT). A avaliação do tecido muscular foi feita através da circunferência muscular do braço (CMB). Resultados: A amostra foi composta por 66 pacientes de ambos os sexos, com tempo médio de 3,64 anos (dp 3,19) em terapia hemodialítica e faixa etária média de 47,5 anos. Constatou-se uma frequência de 47,0% (n = 31) do gênero masculino e 53% (n = 35) do gênero feminino. Foi observado uma frequência de 47,9% de hipertensos, 16,7% de diabéticos e 9,1% da associação de hipertensão e diabetes no grupo analisado. Em relação ao estado nutricional, foi evidenciado o quadro de desnutrição em 15,1% (dp 4,97) dos indivíduos quando considerado o IMC, em 34,85% (dp 4,7) e 31,82% (dp 3,03) quando considerada a CB e CMB respectivamente. A depleção nutricional mais expressiva foi verificada em relação a PCT que evidenciou 54,55% (dp 4,94) de desnutridos. Conclusão: A avaliação dos compartimentos corporais como a CB, CMB e a PCT bem como da história clínica podem representar parâmetros mais fidedignos para o diagnóstico nutricional de pacientes portadores de doença renal crônica em terapia hemodialítica. P-347 RELAÇÃO ENTRE ESTADO NUTRICIONAL E A CONTAGEM DE CÉLULAS CD4 EM PACIENTES HIV POSITIVOS SILVIA GOMES DE OLIVEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); PEDRITA MIRELLA ALBUQUERQUE QUEIROZ (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); BRUNA NOLASCO SIQUEIRA SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO); ÍSIS LUCÍLIA SANTOS BORGES DE ARAÚJO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) Introdução: O estado nutricional do paciente com HIV (vírus da imunodeficiência humana) adquiriu importância na prática clínica devido à desnutrição e aos efeitos colaterais da terapia antirretroviral. Objetivo: avaliar a relação entre estado nutricional e a contagem de células CD4 em pacientes com HIV. Método: Estudo observacional descritivo, com componente analítico, realizado com 55 pacientes, de ambos os sexos, com idade mínima de 20 anos, atendidos ambulatorialmente no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC/UFPE). Resultados: Da amostra, 58,2% dos pacientes eram do gênero feminino, a média da idade foi de 39,5±10,8 anos. Com relação ao estado nutricional 54,5% eram eutróficos, 38,2% estavam abaixo do peso e 7,3% acima do peso. A média de IMC (Índice de massa corporal) foi 19,9±3,9 kg/m2 e da albumina sérica de 3,3±0,8g/dL. Não foi encontrada relação estatisticamente significativa entre a contagem de células CD4 e os indicadores do estado nutricional (IMC e albumina sérica). Conclusão: A perda de peso e a depleção da massa muscular são características precoces da infecção pelo HIV. Mesmo na atualidade com a potente terapia antirretroviral (HAART), ainda se observam tais alterações. A incidência da perda de peso/desnutrição tem declínio proporcional ao tipo de infecções oportunistas, que por sua vez estão relacionadas ao nível de contagem das células CD4. Porém, a literatura relata que a perda de peso persiste como complicação importante, inclusive em população com acesso à HAART e independente do estágio da doença. A desnutrição, a perda de peso e a depleção da massa muscular podem ocorrer em todos os estágios da doença. A infecção pelo HIV está relacionada a aumento do gasto energético basal. P-348 CORRELAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS DE PESO E ALTURA ESTIMADOS COM MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS AFERIDAS EM PACIENTES HOSPITALIZADOS TALITA CARVALHO ASCENÇÃO (UFMA); NILTON JOSÉ DIAS PEREIRA JUNIOR (UFMA); JOYCE ALINE FERNANDES LOPES (UFMA); LILIAN FERNANDA PEREIRA CAVALCANTE (UFMA); TONICLEY ALEXANDRE DA SILVA (UFMA); PRISCILA SOUSA BARCELLOS (UFMA) Introdução: A avaliação nutricional e o monitoramento do estado nutricional dos pacientes hospitalizados são fundamentais para o planejamento e avaliação do serviço nutricional oferecido uma vez que o paciente hospitalizado é nutricionalmente vulnerável. Este estudo teve como objetivo correlacionar os métodos de estimativa de peso e altura com medidas antropométricas aferidas em pacientes hospitalizados em um Hospital Universitário. Realizou-se um estudo transversal em julho de 2013 com 82 pacientes hospitalizados das clínicas médica, cirúrgica e diálise do Hospital Universitário Presidente Dutra. Foram avaliados dados sociodemográficos, diagnóstico pelo índice de massa corporal e correlação entre as medidas de peso e altura relacionados às formulas de estimativa (Chumlea 1988,1994, Rabito, 2006 e WHO, 1999). Houve predomínio do sexo masculino, idade média de 47,1 ±17,8 anos, diagnóstico de eutrofia e sobrepeso/excesso de peso em mulheres. Entre os métodos antropométricos aferidos e estimados estes apresentaram correlação positiva (teste de correlação de Person), porém quando comparadas as amostras pareadas apresentam diferenças estatísticas significantes demonstrando que os valores estimados são superestimados quando comparados com os valores aferidos. Desta forma há necessidade de novas estimativas mais adequadas à prática clínica da população estudada, visto que o peso e altura são fortes indicadores para avaliação, monitoração e recuperação do estado nutricional do paciente. P-349 ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO E USO DE MAMADEIRA E CHUPETA POR LACTENTES HOSPITALIZADOS INTERNADOS EM HOSPITAL PEDIÁTRICO DE REFERÊNCIA DO ESTADO DA PARAÍBA SUÉLEN DE BARROS PINHEIRO (FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA (FCM-PB)); ANA CLAUDIA FREIRE VIEIRA (FCM-PB); VANESSA MEIRA CINTRA RIBEIRO (COMPLEXO PEDIÁTRICO ARLINDA MARQUES (CPAM-PB)); GINA ARAÚJO MARTINS FEITOSA (CPAM-PB); TALLYTA PACOTE VILLAR TOSCANO (CPAM-PB); MARTA GOMES DA SILVA (CPAM-PB) Introdução: Uma estratégia para prevenir ou atenuar os quadros de déficit nutricional é a manutenção do aleitamento materno durante a primeira infância. O leite materno é um alimento indispensável para um crescimento e desenvolvimento e base para a prevenção de doenças na primeira infância e de forma isolada é o método que mais previne mortes infantis. A literatura atual indica que entre as causas de desmame precoce do aleitamento materno estão o uso de mamadeiras e chupetas. Objetivo: Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 139 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Avaliar a frequência de aleitamento materno exclusivo (AME) por pacientes menores de 2 anos internados em hospital pediátrico de referência do estado da Paraíba, verificar a frequência do uso de mamadeira e chupeta por esses lactentes, bem como, a correlação desses como desmame precoce. Método: Esta foi uma pesquisa descritiva de caráter transversal, envolvendo 50 menores de 2 anos, internados na clínica médica, durante os meses de abril e maio de 2013. Para coleta de dados foi utilizado um questionário contendo questões objetivas e subjetivas sobre aleitamento materno e frequência do uso de mamadeira e chupeta. Para a análise dos dados foi utilizado o software estatístico SPSS na versão 20.0 e foi considerada diferença significativa quando, das associações de dependências entre as variáveis, o valor de p foi menor que 0,05. Resultados: A frequência de AME foi baixa, visto que apenas 19% dos lactentes foram amamentados exclusivamente por 4 meses ou mais; entretanto, a frequência do uso de chupetas e mamadeiras foi elevada (60% e 82% dos menores, respectivamente). Correlacionando estas variáveis com o tempo de amamentação exclusiva, pode ser observado que o uso de mamadeira (94%) e de chupeta (64,7%) foi maior por aqueles que amamentaram exclusivamente por menos de 4 meses, porém esta associação não foi confirmada estatisticamente (p>0,05). Conclusão: Diante do exposto, pode-se concluir que o desmame precoce em crianças hospitalizadas ainda é elevado e o uso de chupetas e mamadeiras tende a associar-se com este problema. Portanto, faz-se necessário elaborar medidas de ação educativas focadas na prevenção da desnutrição e do desmame precoce, auxiliando na redução das complicações clínicas, quanto da presença de doenças e, consequentemente, na redução da frequência de hospitalização. P-350 ANÁLISE DE USO DE PLANTAS MEDICINAIS PELOS PACIENTES COM CÂNCER DE HOSPITAIS DO MUNICÍPIO DE NATAL/RN NADIA MARIA DE SOUSA FREITAS (INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO CEARÁ); ANA LUIZA DE OLIVEIRA SOUSA (INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO CEARÁ); MARIÁ DA PIEDADE DE SOUZA RAQUEL (UNIVERSIDADE POTIGUAR – NATAL/RN); MIICHELE EDMILA SILVA SOUSA (INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO CEARÁ); ANAKLAUDIA SOMBRA SANTOS (INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO CEARÁ); ILLANA LOUISE PEREIRA DE MELO (UNIVERSIDADE POTIGUAR – NATAL/RN) Introdução: Em termos gerais, câncer é uma doença cuja característica é a multiplicação e a disseminação descontrolada de células como metástase. A medicina convencional estabelece três abordagens principais no tratamento do câncer: excisão cirúrgica, irradiação e quimioterapia. Entretanto, nas últimas décadas, têm-se observado relevantes mudanças na relação médico e paciente, visto que este solicita ao seu médico que sejam prescritos tratamentos alternativos para a cura de seu mal. Por outro lado, se o paciente não for atendido em sua solicitação, ele próprio ou com ajuda de familiares, amigos ou vizinhos, buscam outras terapêuticas, como é o caso da fitoterapia. Estima-se que mais de 60% de todos os pacientes usam métodos alternativos de tratamento no curso de sua doença procurando melhorar a saúde. Objetivo: Analisar o consumo de plantas medicinais pelos pacientes com Câncer de Natal/RN, através de prontuários. Método: Trata-se de um estudo descritivo cuja população estudada foi de 40 pacientes com câncer, com faixa etária entre 30 e 52 anos. A avaliação foi realizada nas dependências da unidade hospitalar através de prontuários, no período de 05 a 29 de abril de 2013. A coleta de dados foi realizada durante o estágio supervisionado do curso de Nutrição da Universidade Potiguar. Resultados: Os resultados da coleta demonstraram que dos 40 pacientes investigados 29 utilizaram medicamentos alternativos durante e após tratamento de câncer. Entretanto, nos prontuários analisados, houve relatos de efeitos colaterais em 21 pacientes. E os que não utilizam se deu em apenas 1 dos pacientes. Conclusão: Neste estudo ficou evidenciado que muitos pacientes não usavam apenas os medicamentos convencionais prescritos pelos médicos, mas também, as plantas medicinais. Porém, apesar do uso milenar, as plantas medicinais não são desprovidas de efeitos tóxicos. Entre os fatores responsáveis pela toxicidade das plantas destacamse: a dose, a idade, o estado nutricional e de saúde. Em um portador de neoplasia maligna existe ainda um outro fator que poderá interferir de forma negativa ou positiva na administração de plantas medicinais que é o tratamento com quimioterápicos, medicamentos de origem natural ou sintética, empregado para inibir o crescimento de células malignas no interior do organismo. Sendo assim, se faz necessário conhecer a propriedade e a dosagem desses medicamentos para que não venham agravar o estado de saúde de portadores dessa patologia. P-351 ÍNDICE DE QUALIDADE DA DIETA, PARÂMETROS BIOQUÍMICOS E DE COMPOSIÇÃO CORPORAL EM MULHERES JOVENS EUTRÓFICAS E COM EXCESSO DE PESO GILCE ANDREZZA DE FREITAS FOLLY (UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO); LÍDIA MARA GOMES HENRIQUES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO); FERNANDA CAMPOS FREIRE (UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO); RENATA ADRIELLE LIMA VIEIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO); CRÍSSIA MARIA DE LIMA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO); ANA CAROLINA PINHEIRO VOLP (UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO) Introdução: A obesidade (aumento de adiposidade corporal) é caracterizada por uma inflamação crônica sistêmica que está associada ao surgimento de doenças crônicas e alterações metabólicas. Essa adiposidade corporal pode ser modulada pela alimentação (que pode ser avaliado por índices dietéticos), hábito de vida e atividade física. Objetivo: Avaliar a relação entre o índice de qualidade da dieta original (IQD), a composição corporal e as variáveis bioquímicas em mulheres jovens com peso normal e com excesso de peso. Método: Estudo transversal realizado com mulheres com idade entre 18 e 35 anos agrupadas conforme índice de massa corporal (IMC) (grupo 1- eutróficas: 18,5 a 24,9 kg/m2 e grupo 2- excesso de peso: 26 a 35 kg/m2). Dados bioquímicos colhidos assim como foram aferidos dados de composição corporal (bioimpedância elétrica tetrapolar, BIA) e dietéticos para cálculo do IQD. Os itens do IQD foram pontuados e seu escore varia entre 0 e 16, sendo 0 uma dieta excelente e 16 uma dieta péssima. Utilizou-se o teste de normalidade de Shapiro-Wilk e a correlação de Pearson onde adotou-se o nível de significância de 5%. As análise estatísticas foram realizadas no software PASW Statistics 18. Resultados: Observou-se correlação positiva entre IQD e porcentagem de gordura corporal (GC) pela bioimpedância (p=0,029, r=0,915) para a população geral. Esta correlação refletiu-se apenas nos indivíduos do grupo 2 que apresentaram correlação positiva entre IQD e porcentagem de GC pela bioimpedância (p=0,029 e r=0,915). As demais variáveis não apresentaram correlação com o IQD. Conclusão: Observa-se que para esta população a qualidade da dieta está diretamente relacionada à GC aferida pela bioimpedância e isso se reflete para o grupo de indivíduos com excesso de peso. Ou seja, quanto maior é a porcentagem de GC nas mulheres com excesso de peso maior é a pontuação do IQD que remete a uma dieta péssima. Isso mostra que a GC está diretamente relacionada aos fatores dietéticos que juntos podem estar relacionados ao surgimento da obesidade e de doenças crônicas. P-352 PROMOÇÃO DE AÇÕES CONSCIENTIZADORAS SOBRE SEGURANÇA ALIMENTAR COM ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS DE BELÉM/PA AMANDA LAÍS FERREIRA DE MORAES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); DAVID AMÉRICO DE ASSUNÇÃO JÚNIOR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); AMANDA CARVALHO SANTOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); SILVIANE RIBEIRO CASTILHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); RÉIA SILVIA LEMOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (Supl): 1-179 140 Suplemento Nutrição Clínica/2013 Introdução: Atitudes como verificar a validade dos alimentos, se as embalagens estão estufadas, amassadas ou vazando, atentar para o local onde estão sendo comercializados e para a higiene dos manipuladores são essenciais para que o consumidor adquira um alimento que não ofereça perigo a sua saúde. Estas características são os únicos sinais visíveis a olho nú para reconhecer uma possível contaminação dos alimentos, pois as biológicas só podem ser verificadas microscopicamente. Objetivo: Promover ações de conscientização com alunos do EJA (Educação de Jovens e Adultos) e do PROEJA (Educação Profissionalizante de Jovens e Adultos) acerca da importância da qualidade higienico-sanitária dos alimentos como fator de prevenção de doenças que afetam a saúde do consumidor. Método: Foram realizadas palestras educativas expositivo-interativas sobre: noções de segurança alimentar, rotulagem de alimentos, manipulação e armazenamento de alimentos, associadas ou não à dinâmica de grupo (rodas de conversa). Resultados: As ações educativas em saúde foram realizadas no período de Maio de 2012 a Novembro de 2012, para estudantes do EJA e PROEJA de escolas públicas municipais e estaduais da periferia de Belém. Foram apresentadas sete palestras com temas relacionados com a segurança alimentar: “Cuidados na compra dos alimentos”, “Atitudes conscientes do consumidor” e “Rotulagem dos alimentos”, em duas escolas públicas, alcançando um total de 269 alunos, sendo 100 do EJA e 169 do PROEJA. Conclusão: As ações educativas mostraram-se oportunas, visto que o público se configura como consumidor de produtos industrializados, passíveis de sofrer possíveis infecções ocasionadas pela falta de informação sobre os perigos ao comprar um alimento que esteja fora dos padrões de segurança. Os estudantes demonstraram bastante interesse referente ao assunto, indagando sobre situações do cotidiano deles. P-353 TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL COMO INDICADOR DA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA. VANESSA ALVARENGA PEGORARO (UFMT); JANAINA DE MEDEIROS TAVARES (HFSE RJ); ROBSON FERNANDO LORCA TAVARES (HOSPITAL SANTA ROSA CUIABA MT); LIZIANE TOTOU (UNIRIO); MARISTELA ANDREOLLI (H SANTA ROSA CUIABÁ MT); CERVANTES CAPOROSSI (UFMT) Objetivo: Monitorar a infusão de Terapia Nutricional Enteral (TNE) em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) como Indicador de Qualidade. Método: Estudo Epidemiológico de Coorte, prospectivo, parte da pesquisa de Mestrado em Ciências da Saúde da UFMT, aprovado no Comitê de ética e Pesquisa cujo título Terapia Nutricional Enteral Intermitente: qual o melhor momento para pausar? . Desenvolvido em uma Unidade de Terapia Intensiva Adulto, nos anos de 2012 e 2013. Participaram da pesquisa 20 pacientes admitidos na UTI, com idade superior à 18 anos que tiveram TNE exclusiva, utilizando-se sonda nasoenteral pelo menos cinco dias durante a internação. Análise: Foi realizado um perfil Epidemiológico como idade e sexo. Nas análises estatísticas veri os valores de média, segundo o programa Microsoft Excel do Office 2010, da Terapia Nutricional Enteral prescritos e infundidos como indicador de qualidade. Resultados: Foram acompanhados 20 pacientes e destes 65% eram do sexo feminino com média de idade de 71,35 anos. A média encontrada prescrita foi de 1.288 ml, a média infundida foi de 925 ml, portanto o indicador de infusão foi de 71,82%, sendo considerado um bom indicador de qualidade da assistência. Conclusão: Observou-se que a TNE prescrita não foi infundida totalmente, mas apresentou–se um bom indicador de infusão por ultrapassar 60% da média encontrada em outros serviços de saúde. P-354 EDUCAÇÃO EM SAÚDE: PROMOÇÃO COM PACIENTES EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO. SILVIANE RIBEIRO CASTILHO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); PEDRO RUAN CHAVES FERREIRA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); BELINA SOARES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ); RÉIA SÍLVIA LEMOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) Introdução: Educar demanda a convicção de que a transformação é possível e que contribuirá significativamente para formação dos cidadãos. Atividades de ensino-apendizagem, são importantes ferramentas para a difusão do conhecimento quanto à prevenção e promoção em saúde, assim como para a formação de multiplicadores destes conhecimentos. Abordar temas distintos e de importância para a garantia da qualidade de vida e de cuidados em saúde através de esclarecimentos auxiliam na prevenção consciente de enfermidades de grande prevalência e ocorrência. É importante que a população receba orientações sobre a doença de forma simples e objetiva para maior entendimento. Objetivo: Favorecer o processo de ensino-aprendizagem, fazendo a associação entre a essência das metodologias lúdicas e o conhecimento a ser ministrado. Contribuir para o interesse do público alvo em relação às informações repassadas. Método: Elaboração de materiais didático/instrucionais para uso em palestras de cunho explicativo-preventivas. Elaboração e utilização de dinâmicas preparadas pelos próprios pacientes (elaboração de dieta segundo seus gostos e costumes e rodas de conversa em momentos de proferição de palestras) Resultados: cinco ações educativas foram realizadas até o momento, no período de Agosto a Novembro de 2012, em centros de Hemodiálise (C.H) do Esta