"estudo sobre a incidência de mortalidade

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FACULDADE REDENTOR
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO – LATO SENSU
ESPECIALIZAÇÃO EM MEDICINA INTENSIVA
Ana Paula Costa de Carvalho
E S T U DO S O B RE A I N CI DÊ NCI A D E MO RT AL I DA D E
D E CO R RE NT E D E I N T E R NA ÇÕ E S N E U RO L Ó G I C AS E M
UTI
Cuiabá/MT
2012
Ana Paula Costa de Carvalho
E S T U DO S O B RE A I N CI DÊ NCI A D E MO RT AL I DA D E
D E CO R RE NT E D E I N T E R NA ÇÕ E S N E U RO L Ó G I C AS E M
U M A UNI D A DE D E T E R API A I N T E N S I V A
Monografia apresentada à Faculdade
Redentor, como parte dos requisitos para a
conclusão do curso de Pós-Graduação em
Medicina Intensiva.
Cuiabá/MT
2012
Á Deus, pelo dom e pelas oportunidades que me concede a cada novo dia. Obrigado Senhor!
A minha família amada, que é a base da minha vida, principalmente aos meu pais,
especialmente por estarem presentes em todos os momentos importantes, sendo eles felizes ou
tristes, por terem acreditado em meus sonhos, e até aberto mão dos seus sonhos, em favor dos
meus, por vocês superei problemas, sentimentos e ate fronteiras...
Agradeço também aos professores do curso de pós – graduação em medicina
intensiva, pelo repasse de informações preciosas e adquiridas durante longa jornada de
trabalho, prática e estudo de suas vidas, que com certeza enriqueceram minha qualificação
enquanto medico.
"Eu não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa.
Se todos nós fizéssemos alguma coisa, poderíamos
conquistar qualquer coisa."
(Robert L. Shimmel)
LISTA DE ABREVIAÇÕES
AVC..................................................................................................Acidente Vascular Cerebral
AVCI...............................................................................Acidente Vascular Cerebral Isquêmico
AVE...............................................................................................Acidente Vascular Encefálico
AVEI............................................................................Acidente Vascular Encefálico Isquêmico
AVEH......................................................................Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico
AVH..........................................................................................Acidente Vascular Hemorrágico
EME........................................................................................................Estado de Mal Epilético
HIC......................................................................................................Hipertensão Intracraniana
SNC.......................................................................................................Sistema Nervoso Central
TCE............................................................................................Traumatismo Crânio Encefálico
UTI.................................................................................................Unidade de Terapia Intensiva
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Especificações para tratamento clínico do AVH .................................................... 20
Figura 2 – Especificações para tratamento cirúrgico do AVH ................................................. 21
Figura 3 – Escala de coma de Glasgow .................................................................................... 23
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................................... 7
ABSTRACT ............................................................................................................................... 8
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 9
1.1 Objetivo .............................................................................................................................. 12
1.2 Justificativa ......................................................................................................................... 13
1.3 Metodologia ........................................................................................................................ 15
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................. 16
2.1 A Unidade de Terapia Intensiva ......................................................................................... 16
2.2 Taxas de Mortalidade em Unidades de Terapia Intensiva .................................................. 17
2.3 Indicadores de Mortalidade em Internações Neurológicas................................................. 19
3. MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................................. 25
3.1 População de Amostra ........................................................................................................ 26
3.2 Coleta de Dados .................................................................................................................. 26
3.3 Tratamento de Dados .......................................................................................................... 27
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 28
4.1 Análise dos Dados .............................................................................................................. 28
4.2 Discussão dos Resultados ................................................................................................... 35
5. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 38
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 40
RESUMO
O presente trabalho tem o objetivo de avaliar a incidência de mortalidade
decorrente de internações neurológicas em uma Unidade de Terapia Intensiva de 286
pacientes, ocorridas durante um período compreendido entre 28 de outubro de 2003 e 03 de
maio de 2009, no Hospital São Lucas, localizado no município de Juína/MT. Quando se fala
em terapia intensiva, fala-se na busca por resultados que evitem a morte ou que pelo menos
garantam a sobrevida dos pacientes em tratamento intensivo. Nota-se que o índice de
mortalidade em Unidades de Terapia Intensiva é relativamente alto, quando se trata de
internações neurológicas. Dessa forma, torna-se importante avaliar a incidência de
mortalidade relacionada a determinada terapia, posto que a partir dos resultados obtidos, é
possível acompanhar tais condições nas UTI’s, verificando-se métodos mais eficazes de
tratamentos em busca do restabelecimento da saúde do paciente. Nesse contexto, o objetivo da
presente pesquisa baseia-se na análise do índice de mortalidade decorrente de internações
neurológicas em uma Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Lucas, da cidade de
Juína/MT. Para tanto, buscou-se demonstrar os aspectos de maior relevância acerca do tema
proposto, com base no desenvolvimento de uma revisão de literatura, pautada na análise de
artigos científicos já publicados, em bibliografias diversas e outras fontes de pesquisa em
meios eletrônicos. Também foram desenvolvidos estudos de campo e análises quantitativas
para subsidiar o estudo acerca do tema, a partir do acompanhamento documental de
internações neurológicas ocorridas entre os anos de 2003 e 2009, para identificar a taxa de
mortalidade em uma UTI, sendo que o intuito principal desta pesquisa é o de diagnosticar,
quantitativamente, tais índices de mortalidade, com vistas a otimizar os tratamentos e reduzir
a incidência de óbitos na Unidade de Terapia Intensiva do referido Hospital. Nesse sentido,
foram expostos os argumentos teóricos de diversos autores, bem como as posições
contraditórias entre os mesmos, a partir do desenvolvimento da revisão de artigos que tratam
do tema, além de serem apresentados os resultados e discussões coletados a partir da pesquisa
de campo desenvolvida pelo autor deste estudo.
Palavras-chave: Neurologia; Unidade de Tratamento Intensivo; Mortalidade.
ABSTRACT
This study aims to evaluate the incidence of mortality due to neurological hospital
in an intensive care unit of 286 patients, occurred during a period from October 28, 2003 to 03
May 2009, São Lucas Hospital, located in City of Juína/MT. When it comes to intensive talks
on the search for results that prevent death or at least ensure the survival of patients in
intensive care. Note that the mortality rate in intensive care units is relatively high, when it
comes to neurological hospital. Thus, it is important to assess the incidence of death related to
specific therapy, since from the results obtained, it is possible to monitor such conditions in
the ICU, and there are better methods of treatment in pursuit of restoring the health of the
patient. In this context, the objective of this research is based on the analysis of mortality due
to hospitalization in a neurological intensive care unit of the São Lucas Hospital, the city of
Juína/MT. Therefore, we sought to demonstrate the aspects of greatest relevance on the issue,
based on the development of a literature review, based on the analysis of scientific articles
published, in several bibliographies and other research sources in electronic media. Have also
been developed from field studies and analysis to help guide the study on the subject, from
the desk monitoring of neurological admissions occurred between 2003 and 2009 to identify
the rate of mortality in the ICU, with the primary purpose of this research is to diagnose,
quantitatively, these mortality rates, in order to optimize treatment and reduce the incidence of
deaths in the Intensive Care Unit of that hospital. So, it was exposed the theoretical arguments
of various authors and the contradictory views among them, from the development of review
articles dealing with this issue, and presents the results and discussions collected from the
survey carried out by the author of this study.
Key-words: Neurology, Intensive Care Unit; Mortality.
1. INTRODUÇÃO
Segundo Morrison (2002: 1-5), quando se trata de medicina intensiva, os
resultados estão, na maioria das vezes, voltados para a morte e em alguns casos, para a
manutenção da sobrevida do pacientes. Tais informações são coletadas a partir de indicadores
importantes que informam a taxa de mortalidade, readmissões ou de complicações
decorrentes de determinadas terapias.
Dessa forma, a análise dos resultados decorrentes de intervenções em Unidades de
Terapia Intensivas – UTI’s, torna-se relevantes, pois tende a auxiliar na determinação dos
métodos e terapias mais adequadas e eficazes para cada pacientes, ou seja, viabiliza a tomada
de decisão por parte do médico e reduz, consequentemente, os índices de mortalidade em
internações intensivas (EPSTEINS, 1990: 266).
Para Pedrosa e Colto (1997: 405-418), a medicina intensiva tem a função de
diagnosticar, tratar e manter os pacientes com iminente risco de vida, com doenças
potencialmente reversíveis. Nesse contexto, são utilizados tratamentos específicos com o
intuito de reduzir os riscos à saúde e evitar a incidência de morte no decorrer do tratamento
intensivo (MORAES, FONSECA e LEONI, 2005: 80).
Assim, os pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva – UTI,
ficam naturalmente mais vulneráveis em decorrência da fragilidade em que seu organismo se
encontra, ou seja, de sua condição de saúde desfavorável. Além disso, deve-se considerar o
uso constante de drogas e os inúmeros procedimentos invasivos aos quais esses indivíduos
normalmente são submetidos (ZANON, 1987: 737-757).
Foram consideradas para esta pesquisa, diversas causas para a internação de 286
pacientes, como por exemplo, de: AVH – Acidente Vascular Hemorrágico; AVEI – Acidente
12
Vascular Encefálico Isquêmico; AVEH – Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico; Coma;
Encefalaite; Mal Epilético; Meningite; e TCE – Traumatismo Crânio Encefálico.
As avaliações da terapia intensiva em internações neurológicas devem considerar
o Acidente Vascular Cerebral – AVC, pois nessa patologia, o paciente necessita de uma
monitorização constante, principalmente do aspecto cardíaco, bem como de todas as funções
vitais (SILVA, GOMES e MASSARO, 2005: 45).
Como lecionam Teasdale e Jennett (1974: 81-84), quando se analisa
especificamente as internações em UTI’s neurológicas, é importante considerar os casos
relacionados a Traumas Crânio Encefálicos – TCE, que podem ser avaliados com base no
nível de consciência do paciente e a partir dos resultados de Eletro Cardiogramas – ECG,
onde é possível observar a abertura ocular, além da resposta verbal e motora do mesmo.
1.1 Objetivo
Nota-se que as taxas de mortalidade em Unidades de Terapia Intensiva é um
indicador que otimiza a utilização de procedimentos mais adequados a cada caso, no sentido
de evitar a morte de outros pacientes ou a garantir uma sobre-vidas a estes, sendo que nos
casos de internações neurológicas, torna-se relevante a análise desses índices de mortalidade,
pois ambos os fatores são comuns no cotidiano da medicina intensiva, merecendo a devida
atenção.
Nesse contexto, o objetivo principal deste estudo é o de identificar o índice de
mortalidade em internações neurológicas na UTI Diagnóstico e Imagem, do Hospital São
Lucas, localizado na cidade de Juína/MT. Entende-se que a partir dos resultados gerados pela
presente pesquisa, a referida instituição hospitalar poderá avaliar de forma mais precisa, quais
13
as terapias mais apropriadas para os futuros pacientes, de forma a reduzir a taxa de
mortalidade local.
É importante destacar que segundo informações da Organização Mundial da
Saúde, no Manual STEPS de Acidentes Vascular Cerebrais da OMS, o AVC é definido como
sendo uma doença que compromete o sistema neurológico focal ou global, que em grande
parte dos casos, é de ocorrência súbita, podendo levar à morte ou durar uma média de 24
horas ou mais (BRASIL, 2009).
A Organização Mundial da Saúde, através da Classificação Internacional de
Doenças – CID/10, ainda enfatiza que o Traumatismo Crânio Encefálico – TCE, como sendo
qualquer agressão traumática, com lesão anatômica, que pode apresentar comprometimento
das funcionalidades tanto do crânio em si, quanto do couro cabeludo, das meninges ou do
encéfalo (BRASIL, 1998: 969-1076)
Portanto, foi possível observar algumas características e conceitos relativos à taxa
de mortalidade em internações neurológicas, e uma delimitação do estudo de caso, na UTI
Diagnóstico e Imagem, entre os anos de 2003 e 2009, onde se verificou os índices de
mortalidade relativos às referidas causas, bem como a importância de se desenvolver novos
estudos acerca do tema em epígrafe.
1.2 Justificativa
Para que haja uma melhoria contínua e evolução positiva dos tratamentos de
internos em UTI’s neurológicas, entende-se ser relevante a realização de análises periódicas
que indiquem a incidência de mortalidade proveniente dessas patologias.
Dessa forma, no intuito de aprimorar conhecimentos acerca do tema em epígrafe,
bem como de auxiliar a diminuição dos riscos de morte, a partir da identificação da terapia
14
que melhor resultado para tais casos, é que se justifica a importância de se analisar os índices
de óbitos na UTI Diagnóstico e Imagem.
Este estudo tem o intuito de apresentar uma análise teórica acerca dos índices de
mortalidade em UTI’s, considerando as causas neurológicas das internações. Em seguida,
apresenta-se os resultados de um estudo de caso desenvolvido no Hospital São Lucas, com
286 pacientes internados entre os anos de 2003 e 2009, no sentido de gerar maior
confiabilidade frente às análises realizadas.
Ao se considerar a fragilidade da saúde de um paciente interno em uma UTI, não
só pela enfermidade em si, mas também pelo uso continuado de drogas fortes que são
indicadas normalmente, com vistas à melhoria da saúde ou à manutenção da sobrevida deste,
enfatiza-se o risco iminente de pioras em virtude de infecções oportunistas. A esse respeito, a
literatura destaca que:
Os Hospitais são potentes criadores de resistência antimicrobiana. A combinação de
pacientes altamente susceptíveis, o uso de antimicrobianos intensivo e prolongado, a
infecção cruzada entre os pacientes leva a infecções nosocomiais altamente
resistentes às terapias disponíveis (DUARA: 2006).
Diversas são as complicações que acometem o ambiente hospitalar, sendo que
uma atenção especial deve ser dada aos pacientes críticos e em terapias intensivas, pois se
trata de indivíduos com a saúde fragilizada e, portanto, vulneráveis a contrair infecções
oportunistas (TERZI, et. al., 2006: 334-351).
Braga, et. al., (2004), afirma que a fragilidade do sistema imunológico dos
pacientes submetidos a tratamentos intensivos dá espaço para a ocorrência de infecções que
podem comprometer os resultados e dificultando a recuperação desse indivíduo.
Portanto, considera-se ser relevante a identificação periódica dos índices de
mortalidade decorrentes de internações neurológicas em Unidades de Terapia Intensiva do
Hospital São Lucas, para que os profissionais da saúde tenham subsídios atualizados que os
15
possibilite decidir pela melhor terapia nesses casos e, com isso, possam reduzir os resultados
morte para esses pacientes graves.
1.3 Metodologia
O método de pesquisa utilizado neste estudo foi o bibliográfico, que se
desenvolveu por meio de análises de artigos científicos, livros e sites de internet, observandose a busca a partir dos seguintes termos: mortalidade; internações neurológicas; acidente
vascular cerebral isquêmico – AVCI; traumatismo cerebral encefálico – TCE, unidade de
terapia intensiva – UTI, dentre outros.
Também foi desenvolvido um estudo de caso, onde o grupo de amostra foi
considerado do tipo censo, pois foi possível avaliar uma amostra de 286 pacientes,
correspondendo a 100% do universo de amostra.
16
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 A Unidade de Terapia Intensiva
De acordo com Costa et. al. (1999: 117-205), a terapia intensiva é considerada
como uma forma viável de tratamento de pacientes graves. Trata-se de um ambiente mutável,
que envolve inúmeras variáveis e que introduz tratamentos inovadores constantemente, com o
intuito de elevar a expectativa de vida destes pacientes, bem como para coibir o
desenvolvimento de determinadas doenças crônicas, principalmente em casos que inspiram
cuidados intensivos.
As primeiras Unidades de Terapia Intensiva datam de 1950, mas foi no ano de
1971, no Hospital Sírio-Libanês, que o Brasil inaugurou sua primeira UTI. Tais ambientes
foram criados com o objetivo de manter um cuidado especial com relação à saúde de
pacientes graves que necessitam de acompanhamento médico intensivo, ou seja, busca-se
salvar vidas de pacientes recuperáveis ou garantir uma sobrevida digna aos mesmos
(NAKANO, SAFATLE e MOOCK, 2007: 349).
Para Carlson (1994), para identificar corretamente o tratamento a ser aplicado a
cada paciente, é fundamental que se obtenha dados precisos acerca de seu prognóstico, no
sentido de favorecer à uma decisão consciente
em relação às expectativas futuras
relacionadas à saúde deste.
No mesmo sentido versa Costa et. al. (1999: 117-205), afirmando que para que os
tratamentos intensivos possam surtir resultados positivos aos pacientes mais graves, tornou-se
necessária a criação de mecanismos de avaliação que pudessem indicar índices de prognóstico
relativos a cada indivíduo, no sentido de determinar a gravidade e de prever a evolução dos
17
mesmos, possibilitando a aplicação de terapias mais adequadas a cada caso e determinando
resultados mais eficazes nos tratamentos, em nível de custo/benefício.
Existem vários tipos sistemas de índices prognósticos em terapia intensiva. O
primeiro deles é datado de 1974, conhecido como Therapeutic Intervention Scoring
System (TISS). Desde então, foram criados vários outros índices prognósticos, sendo
os principais: o Acute Physiological and Chronic Health Evaluation (APACHE), o
Simplified Acute Physiology Score (SAPS), o Mortality Probability Mode (MPM), o
Multiple Organ Dysfunction Score (MODS), o Logistic Organ Dysfunction System
(LODS) e finalmente o Sequential Organ Failure Assessment Score (SOFA)
(NAKANO, SAFATLE e MOOCK, 2007: 349).
Portanto, esses mecanismos tendem a favorecer a tomada de decisão dos
profissionais da medicina, principalmente no que se refere ao momento mais propício para se
iniciar, manter ou interromper os cuidados intensivos com estes. Assim, os métodos podem
ser utilizados, também, como parâmetros de mortalidade nas UTI’s.
Na visão de Goldhill, et. al. (2005), como as internações em Unidades de Terapia
Intensiva são decorrentes de inúmeras causas e que em boa parte dos casos resulta na morte
do paciente, considera-se que é imprescindível que se identifique o quanto antes, as formas de
intervenção que devem ser utilizadas para cada caso, no sentido de se evitar o aumento da
mortalidade na terapia intensiva. Cumpre, portanto, observar o que diz a literatura acerca dos
índices de mortalidade em Unidades de Terapia Intensiva, com vistas a atingir o objetivo
principal desta pesquisa, que busca identificar a taxa de mortalidade na UTI Diagnóstico e
Imagem do Hospital São Lucas.
2.2 Taxas de Mortalidade em Unidades de Terapia Intensiva
Pesquisas do instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (2000), destacam que
a expectativa de vida e as taxas de mortalidade de uma determinada localidade, tornam-se
18
indicadores essenciais para a saúde pública. Contudo, a mesma fonte enfatiza que para que
tais dados sejam considerados consistentes, é necessário identificar aspectos relativos à vida e
à saúde dessa comunidade, observando as condições de saneamento, de moradia e sócioculturais dos indivíduos que fazem parte do grupo de amostra (BRASIL, 2000).
De acordo com informações de pesquisas desenvolvidas pelo Ministério da Saúde,
entre os anos de 1980 e 2000, a expectativa de vida do brasileiro aumentou, sendo que do ano
de 2003 para frente, considerando-se 192 países do mundo, a média de vida do povo brasileiro
passou a ser de 71,3 anos (BRASIL, 2005).
Tal evolução deve-se à soma de esforços em pesquisas na área da saúde,
principalmente à melhoria da qualidade dos recursos disponíveis nas Unidades de Terapia
Intensiva de todo o Brasil. Dessa forma, a sobrevida e o restabelecimento da saúde de
inúmeros pacientes graves, puderam (MORAES, FONSECA e LEONI, 2005: 80-84).
Segundo estudos de Malta et. al. (2001: 1189-1198), verifica-se que apresar de
serem parâmetros para a saúde pública, os indicadores de mortalidade obtidos no interior do
Brasil, são variáveis, tanto em relação à qualidade dos serviços, quanto aos registros de dados
vitais dos pacientes.
Como destaca Timaeus (1991: 552-568), nota-se que os métodos mais utilizados
para identificar as taxas de mortalidade em adultos e que visam a coleta de informações com
melhor qualidade, são os seguintes:
1. As técnicas de sobrevivência intercensitária;
2. Os métodos de distribuição de mortes, a partir da análise do registro de óbitos, em
comparação à população;
3. Dados de sobrevivência de parentes.
Nesse sentido Oliveira, Albuquerque e Lins (2004), versam que as estimativas de
mortalidade devem respeitar todas as informações de boa qualidade, com vistas a eliminar as
19
possíveis falhas, sendo que a qualidade da informação no Brasil não é muito positiva, pois
tendem a apresentar dados inconsistentes em relação aos aspectos de tempo e região de
apreciação.
Para melhor compreender os fatores envolvidos nos indicadores de mortalidade
em Unidades de Terapia Intensiva no Brasil, é necessário buscar visões literárias específicas
acerca do tema abordado, ou seja, é relevante uma análise mais aprofundada acerca das taxas
de mortalidade decorrentes de internações neurológicas em UTI’s.
2.3 Indicadores de Mortalidade em Internações Neurológicas
Para identificar os índices de mortalidade em Unidades de Terapia Intensiva no
Brasil, tomou-se por base, uma avaliação de causas relativas a algumas patologias específicas,
no sentido de gerar maior confiabilidade ao presente estudo. Assim, nessa etapa da pesquisa,
buscou-se discorrer sobre alguns indicadores de óbito em UTI’s neurológicas.
Com relação ao AVC, a Organização Mundial da Saúde enfatiza que quando a
verificação da causa de morte é parte da rotina médica, os dados sobre as mortes decorrentes
dessa patologia costumam ser coletados diretamente, situações em que são considerados os
atestados de óbito e a variedade de termos que são utilizados para definir a morte por AVC
(BRASIL, 2009: 5-6).
Martins (2006: 1), destaca que “em 2004, a publicação da metanálise dos 6
ensaios clínicos com o uso EV do rtPA no AVCI agudo demonstrou que, quanto mais precoce
o tratamento, melhor a evolução”.
Por outro lado, em casos de óbito, a OMS também orienta que a coleta de
informações relativas aos registros de morte, pode ser feita através de busca eletrônica por
termos principais ou por meio do manual de registros por observação visual, de modo que é
20
importante analisar a autópsia verbal, os atestados de óbito e a autópsia médica, para que os
dados sejam devidamente agrupados (BRASIL, 2009: 5-24).
O AVH ou Acidente Vascular Hemorrágico, é caracterizado a partir da
identificação de hemorragia cerebral, sendo que devem ser observados os seguintes passos
relativos ao tratamento desses pacientes:
Figura 1 – Especificações para tratamento clínico do AVH
Fonte: Disponível no site www.saude.df.gov.br/sites/100/163/00004801.doc
21
Quando se trata de tratamento cirúrgico, deve-se seguir outros parâmetros de
procedimentos para o tratamento do paciente com Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico,
como pode-se verificar na figura disposta logo abaixo:
Figura 2 – Especificações para tratamento cirúrgico do AVH
Fonte: Disponível no site www.saude.df.gov.br/sites/100/163/00004801.doc
Quanto ao Acidente Vascular Encefálico – AVE, a literatura expõe que tal
patologia, quando acomete adulto jovem, deve ser diagnosticada por uma equipe de terapia
intensiva, “por tratar-se de um evento catastrófico e afetar diretamente a qualidade de vida de
22
uma pessoa em idade produtiva”, sendo que apresenta incidência entre “5 e 10 % do total de
AVE’s, aumentando esse número com a idade”.
Para Silva (2007), o Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico – AVEH é mais
agressivo que o embólico, representando “uma taxa pequena das injúrias cerebrais no adulto
jovem”, sendo que por outro lado, a hemorragia é uma das mais comuns na medicina
intensiva, com taxa de mortalidade alta, de mais ou menos 30%, já no início da internação na
Unidade de Terapia Intensiva.
Com base em estudos desenvolvidos por Gomes (1992: 11-16), tem-se que o
Acidente Vascular Encefálico Isquêmico – AVEI, temporário ou permanente, representa o
déficit neurológico advindo da insuficiência de suprimento sanguíneo no cérebro. O AVEI,
também conhecido como acidente vascular cerebral isquêmico, deve ser tratado em UTI
neurológica, devido à necessidade que o paciente tem em receber cuidados especializados.
Já no AVEH – Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico, ocorre hemorragia
subaracnóide (HSA), que em grande parte dos casos, se deve à “ruptura de aneurismas
saculares congênitos localizados nas artérias do polígono de Willis e a hemorragia
intraparenquimatosa (HIP)” (RADANOVC, 2000: 100).
Em muitos casos de internações em UTI’s neurológicas, os pacientes chegam ao
estado de coma. Segundo Nakano, Safatle e Moock (2007), o índice de coma pode ser
avaliado com base na tabela de Glasgow.
De acordo com Souza (2009), o traumatismo crânio encefálico – TCE, é
determinado pela agressão que causa ao cérebro, devido à ocorrência de algum trauma
externo, que provocam alterações cerebrais momentâneas ou permanentes (físicas ou
cognitivas).
No mesmo sentido versam Teasdale e Jennett (1974: 81-84), destacando que a
gravidade neurológica em pacientes com TCE é avaliada em conformidade com a escala de
23
coma de Glasgow (Figura 3), observando-se o grau de risco, para determinar os seguintes
níveis: 15 – de menor grau; 9 a 13 – de grau moderado; 3 a 8 – de grau severo; e 3 - de maior
grau.
Figura 3 – Escala de coma de Glasgow
ABERTURA OCULAR
Espontânea
4
Ao comando da voz
3
À dor
2
Nenhuma
1
MELHOR RESPOSTA VERBAL
Orientada
5
Confusa
4
Palavras inapropriadas
3
Sons incompreensíveis
2
Nenhuma
1
MELHOR RESPOSTA MOTORA
Obedece a comando verbal
6
Localiza à dor
5
Retirada inespecífica à dor
4
Flexão anormal- descorticação
3
Reação em descerebração
2
Sem resposta à dor
1
Fonte: Baseado em Teasdale e Jennett (1974: 2; 81-84)
24
Por fim, deve-se observar que em casos de Traumatismos Crânio Encefálicos –
TCE, com internações em UTI’s neurológicas inspiram cuidados especializados, com vistas à
redução do sofrimento do paciente. A esse respeito, tem-se que:
A ventilação e a oxigenação encefálica em neuroemergencia são prioridades no
atendimento de pacientes com traumatismo cranioencefálico (TCE), ou qualquer
outro tipo de lesão traumática grave, com a finalidade de se diminuir o sofrimento
encefálico e as suas complicações secundarias (PASINI, et. al., 2007: 177).
Portanto, como dispõe a Organização Mundial da Saúde, o TCE é definido como
sendo uma agressão traumática qualquer, que resulte em lesão anatômica ou no
comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio, meninges ou encéfalo (BRASIL,
1998: 969).
Segundo Martins, Silva e Coutinho (2003: 15-18), o TCE tem sido considerado
como uma das causas mais frequentes de mortes para homens com menos de 45anos,
resultando assim, em uma considerável proporção dos índices de mortalidade no Brasil.
Com relação ao quadro clínico da encefalite, estudos desenvolvidos por El-Far, et.
al. (2000: 138), afirmam que geralmente, essa patologia inicia-se no mesmo tempo do período
exantemático, sendo que poder variar entre 1 a 8 ou 2 a 12 dias.
Quando se fala em Mal Epilético, ou Estado de Mal Epilético – EME é definido
como “uma crise única prolongada ou crises repetidas, parcial (is) ou generalizada (s), sem
que haja retorno do nível de consciência, e com duração maior que 30 minutos”
(YOSHIOKA, et. al., 2005: 296).
Também é relevante destacar os casos de meningite, como causa de internações
neurológicas em Unidades de Terapia Intensiva. Segundo Rotta, et. al. (2004: 84), orienta que
nos casos de meningite, pode haver ocorrência de Hipertensão Intracraniana – HIC, que, “por
si só pode estar relacionada a dano cerebral, além de também poder ser um marcador para
forte reação inflamatória que ocorre no SNC” – Sistema Nervoso Central.
25
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Para Timaeus, Chackiel e Ruzicka (1996), a fonte de dados, de população e de
mortes, deve ser de boa qualidade, para garantir resultados corretos e evitar erros que são
encontrados normalmente em pesquisas que visam obter estimativas de mortalidade,
principalmente em UTI’s.
Optou-se pelo uso da metodologia que observa a distribuição de mortes em
registro de óbito, com base em estimativas estatísticas não paramétricas (Excel), além de
análises descritivas dos dados do universo de amostra, por meio de disposições gráficas e por
tabelas, considerando-se as internações neurológicas da UTI Diagnóstico e Imagem do
Hospital São Lucas, entre os anos de 2003 e 2009.
É importante ressaltar que na referida UTI, não havia recursos essenciais, como
por exemplo, relativos à Pressão Venosa Central - PVC; Pressão Intra Craniana - PIC,
Cateter de Swanganz; Eletroencefalograma – EEG ou mesmo um profissional da área de
neurologia ou neurocirurgia.
Assim, esta pesquisa tem o objetivo de fornecer subsídios teórico/prático, com
vistas a subsidiar o estudo acerca do índice de mortalidade em uma UTI. Foram realizadas
pesquisas quantitativas de caráter descritivo, com o intuito de gerar maior consistência à visão
literária e possibilitar a identificação do índice de mortalidade nesta UTI. Para delimitar um
histórico correto de mortalidade, buscou-se adotar alguns procedimentos iniciais, onde se
verificou que as informações foram dispostas faixa etária aberta e simples, compreendida
entre 0 e 89 anos de idade.
Cervo e Bervian (1983), determinam que a pesquisa quantitativa permite
dimensionar mercados, conhecer o perfil sócio demográfico, social e econômico de uma
população, dentre outras possibilidades. Nesse contexto, foi desenvolvida uma revisão na
26
literatura, embasada na análise de artigos científicos voltados para o tema em epígrafe, onde
se buscou registrar a visão literária pautada na análise de diversos Artigos Científicos
anteriormente publicados para, em seguida, apresentar os resultados obtidos a partir de um
estudo de caso.
3.1 População de Amostra
A pesquisa iniciou-se através de uma avaliação documental prévia, buscando
formar um histórico acerca dos óbitos, melhoras ou transferências, sendo que os dados foram
obtidos na base de dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) e no banco de dados
do próprio Hospital São Lucas. Nesta investigação, primou-se por identificar a data de
nascimento, idade, o diagnóstico e a data de internação, bem como a respectiva alta de cada
paciente, apresentando o motivo da alta, que se condicionou às três hipóteses anteriormente
destacadas: óbito, melhora ou transferência.
De acordo com Malhotra (2001, p. 301), a população é definida a partir da soma
de todos os elementos que “compartilham alguma característica em comum”, de modo que a
população englobou um único universo composto por 286 pacientes do Hospital São Lucas,
localizado na cidade de Juína/MT, totalizando 100% do Universo de amostra de internações
ocorridas entre o ano de 2003 e 2009.
3.2 Coleta de Dados
A amostra foi selecionada a partir de uma triagem dos pacientes que foram
internados entre o dia 28 de outubro de 2003 e 03 de maio de 2009, na UTI Diagnóstico e
27
Imagem, considerando-se como critério de inclusão, causas diversas, como por exemplo,
relacionadas ao AVCI, AVH, AVE, AVEI, AVEH, Coma, Encefalite, Mal Epilético,
Meningite e TCE, independentemente da idade e sexo, primando apenas por considerar
internações neurológicas da UTI objeto deste estudo.
3.3 Tratamento de Dados
Inicialmente, para melhor embasamento desta pesquisa, foram analisadas as fichas
de internações neurológicas de 286 pacientes, de forma que o estudo realizou-se a partir do
levantamento histórico dos mesmos. Dessa forma, foi possível identificar a incidência de
mortalidade nas referidas internações, com base no acompanhamento da evolução, da
motivação da internação na terapia intensiva e do período de internação de cada qual.
O processo de análise dos dados envolve diversos procedimentos: codificação das
respostas, tabulação dos dados e cálculos estatísticos. Após ou juntamente com a
análise, pode ocorrer também à interpretação dos dados, que consiste,
fundamentalmente, em estabelecer a ligação entre os resultados obtidos com outros
já conhecidos, quer sejam derivados de teorias, quer sejam de estudos realizados
anteriormente (GIL, 1991, p. 102).
Por fim, foi desenvolvida a tabulação dos dados encontrados, para posterior
análise estatística, proporcionando maior confiabilidade aos resultados finais, devidamente
apresentados e discutidos. Foram coletadas informações e posterior fichamento dos dados,
para fundamentar a revisão de literatura desenvolvida acerca do índice de mortalidade
decorrente de internações neurológicas da UTI Diagnóstico e Imagem.
Contudo, a partir do desenvolvimento das análises teóricas, percebeu-se a
necessidade de novos estudos científicos relacionados ao tema em questão, pois a
28
continuidade das análises que identifiquem os índices de mortalidade em UTI’s é fundamental
para definir as terapias a serem utilizadas em futuros pacientes.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Análise dos Dados
Com base com as informações coletadas, foi possível identificar as variáveis de
maior relevância relativas às internações ocorridas na UTI Diagnóstico e Imagem do Hospital
São Lucas. Assim, a partir da avaliação documental do histórico de 286 pacientes, os dados
coletados foram devidamente tabulados e dispostos em forma gráfica e em tabelas, para
melhor compreensão dois resultados encontrados.
Quanto aos diagnósticos dos pacientes investigados, observou-se que a grande
maioria, ou seja, dos 286 indivíduos, 161 foram internados na referida UTI, em decorrência
de Traumatismo Crânio Encefálico. Ao observar os casos que culminaram em óbito, os
resultados de maior relevância identificados foram relativos a 48 pacientes com TCE, 32 com
AVEI e 15 com AVEH, o que reforça a idéia de que o TCE fora a principal causa de morte
dentre todos os pacientes desta UTI.
Destaca-se ainda, que dentre as 286 internações avaliadas, 96 casos de TCE
resultaram em melhora da saúde do paciente, 9 casos de TCE foram transferidos de hospital e
48 deles atingiram o resultado morte, sendo que tais resultados representam o maior número
de resultados encontrados para cada situação, ou seja, para melhora, transferência ou óbito
(Gráfico 1).
29
Gráfico 1 – Diagnóstico médico dos pacientes investigados
DIAGNÓSTICO
57%
0%
AVEI
1%
AVEH
1%
Coma
0%
Meningite
Mal Epilético
12%
Encefalite
TCE
0%
Não Informou a Causa
29%
DIAGNÓSTICO MELHORA
TRNASF.
ÓBITO
SEM RESPOSTA
TOTAL
AVEI
47
2
32
1
82
AVEH
18
2
15
0
35
Coma
0
0
1
0
1
Meningite
2
0
1
0
3
Mal Epilético
2
0
0
0
2
Encefalite
1
0
0
0
1
TCE
96
9
48
8
161
Não Informada
0
0
0
1
1
166
13
97
10
286
TOTAL
De acordo com os dados apresentados, verificou-se que dentre os diagnósticos de
100% dos pacientes internados entre os anos de 2003 e 2009 na UTI Diagnóstico e Imagem,
30
havia certa variedade, pois foram diagnosticadas 9 patologias como motivos das internações,
além das que não foram informadas, quais sejam:
· AVEI: representado por 82 casos e equivalente a 29% dos resultados;
· AVEH: representado por 35 casos e equivalente a 12% dos resultados;
· Coma: representado por 1 caso e equivalente a 0% dos resultados;
· Meningite: representado por 3 casos e equivalente a 1% dos resultados;
· Mal epilético: representado por 2 casos e equivalente a 1% dos resultados;
· Encefalite: representado por 1 caso e equivalente a 0% dos resultados;
· TCE: representado por 161 casos e equivalente a 57% dos resultados;
· Não informados: representado por 1 caso e equivalente a 0% dos resultados;
Nesse contexto, destaca-se o entendimento literário acerca das principais causas
de internações em UTI’s neurológicas, onde enfatiza-se os estudos desenvolvidos por Paulo
et. al. (2009: 313), que afirma que “nos últimos anos, o AVC tem sido identificado como a
primeira causa de morte no Brasil”.
O traumatismo Cranioencefálico é uma agressão ao cérebro, em conseqüência de um
trauma externo, resultando em alterações cerebrais momentâneas ou permanentes, de
natureza cognitiva ou de funcionamento físico. Tem como principal causa os
acidentes de trânsito, mas pode resultar de agressões físicas, quedas e lesões por
arma de fogo entre outras. É a principal causa de seqüelas e de mortes nos pacientes
politraumatizados, com grande impacto sócio-econômico para a saúde pública
(SOUZA, et. al., 2009).
Entende-se que devido ao excesso de acidentes de trânsito que ocorrem
atualmente, os resultados de internações por TCE na UTI Diagnóstico e Imagem, tornam-se
justificáveis, de certa forma, posto que segundo a literatura, esta seria uma das principais
causas geradoras de Traumatismo Crânio Encefálico no Brasil.
31
Gráfico 2 – Sexo
SEXO
22%
Masculino
Feminino
78%
SEXO
MELHORA
TRNASF.
ÓBITO
SEM RESPOSTA
TOTAL
Masculino
131
10
76
7
224
Feminino
35
3
21
3
62
TOTAL
166
13
97
10
286
Com relação ao sexo dos pacientes, nota-se que a maior parte deles, 224
indivíduos, é do sexo masculino e que apenas 62 pacientes eram do sexo feminino, sendo que
131 pacientes homens e 35 mulheres, tiveram melhora de saúde, de modo que 78% são
homens e 22% mulheres.
Acerca do sexo dos pacientes, deve-se observar que para Souza, et. al. (2009), em
boa parte dos casos de TCE, os pacientes mais acometidos são homens, representando o dobro
ou o triplo em relação às mulheres.
32
Portanto, analisando-se os casos de morte entre ambos os sexos, nota-se que
novamente o sexo masculino se destaca, pois foram encontrados 76 óbitos de pacientes
homens e 21 óbitos de pacientes mulheres.
Gráfico 3 – Idade
IDADE
5%
20%
Entre 0 e 18 anos
Entre 18 e 89 anos
Não Informada
75%
IDADE
MELHORA
TRNASF.
ÓBITO
SEM RESPOSTA
TOTAL
9
2
3
0
14
126
9
73
8
216
Não informada
31
2
21
2
56
TOTAL
166
13
97
10
286
Entre 0 e 18
anos
Entre 18 e 89
anos
Ao analisar a idade dos pacientes internados no período de investigação, nota-se
que a maioria tem entre 18 e 89 anos, correspondendo a 216 indivíduos, sendo que dentre
esses, 126 casos resultaram em melhora e 73 em óbito. Nesse contexto, observa-se que a
proporção pacientes com essa faixa etária é considerável, de modo que os pacientes com idade
33
entre 0 e 18 anos equivalem a apenas 14 e que outros 56 casos não identificaram a idade dos
pacientes internados durante o período analisado.
As conseqüências neuropsicológicas de um TCE dependem de vários fatores, entre
os quais se destacam a gravidade do traumatismo e o tipo de lesão sofrida (axonal
difusa ou focal), a idade do paciente, assim como fatores pré-mórbidos, como as
capacidades cognitivas prévias, o nível de inteligência geral, a profissão, o
rendimento escolar ou acadêmico (SOUZA, et. al., (2009).
A partir dos resultados, tem-se que a proporção de idade está representada por
75% dos pacientes com idade compreendida entre 18 e 89 anos, 20% entre 0 e 18 anos e por
outros 5% que não informaram a idade.
Gráfico 4 – Tempo de internação na UTI
TEMPO DE UTI
4%
0%
0%
Até 15 dias
1%
Entre 16 e 30 dias
3%
Entre 31 e 60 dias
81%
Entre 61 e 90 dias
Entre 91 e 120 dias
11%
Entre 121 e 150 dias
Não Informado
TEMPO DE UTI
MELHORA
TRNASF.
ÓBITO
SEM RESPOSTA TOTAL
Até 15 dias
139
12
81
0
232
Entre 16 e 30 dias
20
0
9
1
30
Entre 31 e 60 dias
4
1
3
0
8
Entre 61 e 90 dias
2
0
1
0
3
34
Entre 91 e 120 dias
0
0
1
0
1
Entre 121 e 150 dias
0
0
1
0
1
Não Informado
1
0
1
9
11
166
13
97
10
286
TOTAL
Para Santos, et. al. (2006: 64), “os tempos médios de permanência na UTI e de
internação foram, respectivamente, 1,34 dia (variação de 1 a 5 dias) e 4,20 dias (variação de 2
a 15 dias)”.
O tempo de internação é outro fator relevante para determinar o índice de
mortalidade em Unidades de Terapia Intensiva. Tem-se que 232 casos foram marcados por
um período médio de internação de até 15 dias. E 139 resultaram em melhora para os
referidos pacientes e 12 deles foram transferidos. Quanto à mortalidade, observou-se que 81
pacientes com até 15 dias de internação foram a óbito.
Gráfico 5 – Desfecho dos casos
DESFECHO
3%
34%
Melhora
Transferência
Óbito
58%
5%
Não Informada
35
MOTIVO DA ALTA
QUANT
Melhora
166
Transferência
13
Óbito
97
Não Informada
10
TOTAL
286
O Gráfico 5 representa o desfechos dos casos, sendo que a partir da análise de 286
pacientes internados na UTI Diagnóstico e Imagem, verificou-se que 58% dos pacientes
tiveram resultado favorável após o período de internação, sendo que 166 indivíduos
apresentaram melhora na saúde.
Os desfechos clínicos na UTI têm sido extensamente estudados sendo
freqüentemente descritos em termos de mortalidade. A mortalidade a curto prazo é
relacionada à gravidade da doença inicial aferida através de escores amplamente utilizados. Considerando os desfechos a longo prazo existem menos informações, não
apenas em relação à sobrevida mas também no que diz respeito à recuperação da
capacidade funcional e o retorno às suas atividades (MORAES, FONSECA e
LEONI, 2005: 80).
Quanto à taxa de mortalidade, destacou-se um percentual de 34% de óbitos no
período de investigação. Assim, constatou-se que ao total, 97 pacientes foram à óbito. Outros
5% resultaram em transferência e 3% não tiveram desfecho informado em seu histórico
documental.
4.2 Discussão dos Resultados
No decorrer dos estudos verificou-se que os índices de mortalidade em
decorrentes de internações em Unidades de Terapia Intensivas neurológicas, precisam ser
continuamente verificados, para que os profissionais da medicina intensiva possam
36
acompanhar os prognósticos e os desfechos dos casos tratados, no sentido de utilizar tais
índices como fonte de pesquisa que auxilia na tomada de decisões.
Pacientes que necessitam de terapia intensiva encontram-se, naturalmente, em
estado debilitado e vulnerável de saúde, tanto física quanto mental. Essa condição de
fragilidade faz com que os pacientes intensivos fiquem mais susceptíveis às ameaças de
bactérias e doenças oportunistas (BRAGA et. al., 2004; CARLSON, 2004; COSTA et. al.,
1999; MARTINS, SILVA e COUTINHO, 2003; MORAES, FONSECA e LEONI, 2005;
NAKANO, SAFATLE e MOOCK, 2007).
Dessa forma, entende-se que além desses aspectos, inúmeros outros fatores
influenciam direta ou indiretamente para o resultado morte, sendo que deve-se destacar para a
identificação das taxas de mortalidade em UTI’s, aspectos relativos à idade, sexo e tempo de
internação, como enfatiza a literatura.
Contudo, por se tratar de análises realizadas em internações neurológicas,
evidenciou-se a ocorrência de patologias derivadas de Traumatismo Crânio Encefálicos –
TCE, além de casos relacionados à AVH; AVEI; AVEH; Coma; Encefalaite; Mal Epilético e
Meningite. Portanto, com base nos resultados, verificou-se que os maiores causadores de
óbitos nesta UTI foram os TCE.
A literatura demonstra concordância em relação aos fatores associados à morte em
UTI’s neurológicas, sendo que a maioria dos autores defende que os óbitos decorrentes de
Traumas Crânio Encefálicos podem ocorrer tanto em jovens quanto em idosos, pois existe
certa paridade entre os índices apresentados até então, mesmo porque, os estudos comprovam
que boa parte dos casos de TCE decorrem de acidentes de trânsito, não relacionando-se,
portanto, à idade do paciente (BRAGA et. al., 2004; CARLSON, 2004; COSTA et. al., 1999;
MARTINS, SILVA e COUTINHO, 2003; MORAES, FONSECA e LEONI, 2005;
NAKANO, SAFATLE e MOOCK, 2007; PASINI, 2007; PEDROSA e COUTO, 1997).
37
Portanto, para diversos autores analisados pela literatura, como Duara (2006); ElFar, et. al., (2000); Epstein (1990); Goldhill, et. al., (2005); Gomes (1992); Malta, et. al.,
(2001); Martins (2006); Martins, Silva e Coutinho (2003); Moraes, Fonseca e Leoni (2005);
Morrison (2002); Nakano, Safatle e Moock (2007); Pasini et. al., (2007); Paulo (2009);
Pedrosa e Couto (1997); Radanovick (2004); Santos (2006); Silva, Gomes e Massaro (2005);
Silva (2007); Souza (2009); Teasdale e Jennett (1974); Terzi et. al., (2006); Timaeus (1991);
Timaeus (1996); Yoshioka (2005); Zanon (1987), houve plena compatibilidade em relação
aos conceitos e afirmações, sendo que o índice de mortalidade em UTI’s, devido a internações
neurológicas, é relativamente elevado, considerando-se as circunstâncias negativas envolvidas
no contexto hospitalar e, principalmente, as condições clínicas dos pacientes internos graves.
Nesse contexto, entende-se que há a necessidade de se sugerir novos estudos
acerca dos índices de mortalidade em UTI’s neurológicas, com vistas a fornecer maior
subsídio teórico para auxiliar na tomada de decisão na medicina intensiva.
38
5. CONCLUSÃO
Para atingir o objetivo desta pesquisa, primou-se por desenvolver um estudo de
caso relativo ao tema, onde tomou-se por base, a UTI Diagnóstico e Imagem do Hospital São
Lucas, localizado na cidade de Juína/MT, considerando o histórico médico de 286 pacientes
internados entre os anos de 2003 e 2009.
Assim, com base nos estudos acerca dos indicadores de mortalidade da referida
UTI, concluiu-se que a identificação dos números relativos aos óbitos é fundamental para
gerar melhores perspectivas de vida e sobrevida para os pacientes graves.
Observou-se que os fatores relativos à idade, sexo, tempo de internação, dentre
outros, não são considerados essenciais para minimizar os resultados negativos, ou seja, para
reduzir o número de óbitos nas UTI’s, principalmente porque, em se tratando de traumas
crânio encefálicos, a ocorrência de acidentes de trânsito, por exemplo, que é uma das
principais causas de TCE, não se relaciona com a idade ou sexo do paciente.
Obteve-se uma taxa de mortalidade de 34%, durante todo o período de pesquisa,
onde se verificou que na maioria dos casos, a causa de morte estava relacionada à TCE,
correspondendo a 57% dos resultados. Contudo, outras causas também foram destacadas pelo
estudo, como por exemplo, as decorrentes de AVEI, AVEIH e outras.
Também pôde-se concluir que grande parte dos óbitos foram de pacientes do sexo
masculino, representando 78% dos resultados. Quanto à idade, devido aos parâmetros
utilizados para a pesquisa, observou-se que em 75% dos casos, os óbitos relacionaram-se com
pacientes com idade compreendida entre 18 e 89 anos, ou seja, em idade adulta.
Analisando-se o tempo de internação na UTI Diagnóstico e Imagem, concluiu-se
que 81% dos casos correspondem a um período de até 15 dias de internação, sendo que nesse
mesmo período, foram registrados 81 óbitos.
39
Portanto, a literatura enfatizou, em sua maioria, que são identificados altos índices
de mortalidade relativos a internações em UTI’s neurológicas, sendo que no caso específico
estudado, encontrou-se um resultado de 34% de óbitos, entre os anos de 2003 e 2009, com
base em análises documentais desenvolvidas.
Cumpre ressaltar novamente, a necessidade de se realizar estudos mais
aprofundados acerca da análise dos índices de mortalidade em pacientes de UTI’s
neurológicas, devido à importância de se manter certa atualização contínua quanto às terapias
mais adequadas a serem aplicadas a cada paciente na medicina intensiva.
40
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