FACULDADE REDENTOR CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO – LATO SENSU ESPECIALIZAÇÃO EM MEDICINA INTENSIVA Ana Paula Costa de Carvalho E S T U DO S O B RE A I N CI DÊ NCI A D E MO RT AL I DA D E D E CO R RE NT E D E I N T E R NA ÇÕ E S N E U RO L Ó G I C AS E M UTI Cuiabá/MT 2012 Ana Paula Costa de Carvalho E S T U DO S O B RE A I N CI DÊ NCI A D E MO RT AL I DA D E D E CO R RE NT E D E I N T E R NA ÇÕ E S N E U RO L Ó G I C AS E M U M A UNI D A DE D E T E R API A I N T E N S I V A Monografia apresentada à Faculdade Redentor, como parte dos requisitos para a conclusão do curso de Pós-Graduação em Medicina Intensiva. Cuiabá/MT 2012 Á Deus, pelo dom e pelas oportunidades que me concede a cada novo dia. Obrigado Senhor! A minha família amada, que é a base da minha vida, principalmente aos meu pais, especialmente por estarem presentes em todos os momentos importantes, sendo eles felizes ou tristes, por terem acreditado em meus sonhos, e até aberto mão dos seus sonhos, em favor dos meus, por vocês superei problemas, sentimentos e ate fronteiras... Agradeço também aos professores do curso de pós – graduação em medicina intensiva, pelo repasse de informações preciosas e adquiridas durante longa jornada de trabalho, prática e estudo de suas vidas, que com certeza enriqueceram minha qualificação enquanto medico. "Eu não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. Se todos nós fizéssemos alguma coisa, poderíamos conquistar qualquer coisa." (Robert L. Shimmel) LISTA DE ABREVIAÇÕES AVC..................................................................................................Acidente Vascular Cerebral AVCI...............................................................................Acidente Vascular Cerebral Isquêmico AVE...............................................................................................Acidente Vascular Encefálico AVEI............................................................................Acidente Vascular Encefálico Isquêmico AVEH......................................................................Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico AVH..........................................................................................Acidente Vascular Hemorrágico EME........................................................................................................Estado de Mal Epilético HIC......................................................................................................Hipertensão Intracraniana SNC.......................................................................................................Sistema Nervoso Central TCE............................................................................................Traumatismo Crânio Encefálico UTI.................................................................................................Unidade de Terapia Intensiva LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Especificações para tratamento clínico do AVH .................................................... 20 Figura 2 – Especificações para tratamento cirúrgico do AVH ................................................. 21 Figura 3 – Escala de coma de Glasgow .................................................................................... 23 SUMÁRIO RESUMO ................................................................................................................................... 7 ABSTRACT ............................................................................................................................... 8 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 9 1.1 Objetivo .............................................................................................................................. 12 1.2 Justificativa ......................................................................................................................... 13 1.3 Metodologia ........................................................................................................................ 15 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................. 16 2.1 A Unidade de Terapia Intensiva ......................................................................................... 16 2.2 Taxas de Mortalidade em Unidades de Terapia Intensiva .................................................. 17 2.3 Indicadores de Mortalidade em Internações Neurológicas................................................. 19 3. MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................................. 25 3.1 População de Amostra ........................................................................................................ 26 3.2 Coleta de Dados .................................................................................................................. 26 3.3 Tratamento de Dados .......................................................................................................... 27 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 28 4.1 Análise dos Dados .............................................................................................................. 28 4.2 Discussão dos Resultados ................................................................................................... 35 5. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 38 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 40 RESUMO O presente trabalho tem o objetivo de avaliar a incidência de mortalidade decorrente de internações neurológicas em uma Unidade de Terapia Intensiva de 286 pacientes, ocorridas durante um período compreendido entre 28 de outubro de 2003 e 03 de maio de 2009, no Hospital São Lucas, localizado no município de Juína/MT. Quando se fala em terapia intensiva, fala-se na busca por resultados que evitem a morte ou que pelo menos garantam a sobrevida dos pacientes em tratamento intensivo. Nota-se que o índice de mortalidade em Unidades de Terapia Intensiva é relativamente alto, quando se trata de internações neurológicas. Dessa forma, torna-se importante avaliar a incidência de mortalidade relacionada a determinada terapia, posto que a partir dos resultados obtidos, é possível acompanhar tais condições nas UTI’s, verificando-se métodos mais eficazes de tratamentos em busca do restabelecimento da saúde do paciente. Nesse contexto, o objetivo da presente pesquisa baseia-se na análise do índice de mortalidade decorrente de internações neurológicas em uma Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Lucas, da cidade de Juína/MT. Para tanto, buscou-se demonstrar os aspectos de maior relevância acerca do tema proposto, com base no desenvolvimento de uma revisão de literatura, pautada na análise de artigos científicos já publicados, em bibliografias diversas e outras fontes de pesquisa em meios eletrônicos. Também foram desenvolvidos estudos de campo e análises quantitativas para subsidiar o estudo acerca do tema, a partir do acompanhamento documental de internações neurológicas ocorridas entre os anos de 2003 e 2009, para identificar a taxa de mortalidade em uma UTI, sendo que o intuito principal desta pesquisa é o de diagnosticar, quantitativamente, tais índices de mortalidade, com vistas a otimizar os tratamentos e reduzir a incidência de óbitos na Unidade de Terapia Intensiva do referido Hospital. Nesse sentido, foram expostos os argumentos teóricos de diversos autores, bem como as posições contraditórias entre os mesmos, a partir do desenvolvimento da revisão de artigos que tratam do tema, além de serem apresentados os resultados e discussões coletados a partir da pesquisa de campo desenvolvida pelo autor deste estudo. Palavras-chave: Neurologia; Unidade de Tratamento Intensivo; Mortalidade. ABSTRACT This study aims to evaluate the incidence of mortality due to neurological hospital in an intensive care unit of 286 patients, occurred during a period from October 28, 2003 to 03 May 2009, São Lucas Hospital, located in City of Juína/MT. When it comes to intensive talks on the search for results that prevent death or at least ensure the survival of patients in intensive care. Note that the mortality rate in intensive care units is relatively high, when it comes to neurological hospital. Thus, it is important to assess the incidence of death related to specific therapy, since from the results obtained, it is possible to monitor such conditions in the ICU, and there are better methods of treatment in pursuit of restoring the health of the patient. In this context, the objective of this research is based on the analysis of mortality due to hospitalization in a neurological intensive care unit of the São Lucas Hospital, the city of Juína/MT. Therefore, we sought to demonstrate the aspects of greatest relevance on the issue, based on the development of a literature review, based on the analysis of scientific articles published, in several bibliographies and other research sources in electronic media. Have also been developed from field studies and analysis to help guide the study on the subject, from the desk monitoring of neurological admissions occurred between 2003 and 2009 to identify the rate of mortality in the ICU, with the primary purpose of this research is to diagnose, quantitatively, these mortality rates, in order to optimize treatment and reduce the incidence of deaths in the Intensive Care Unit of that hospital. So, it was exposed the theoretical arguments of various authors and the contradictory views among them, from the development of review articles dealing with this issue, and presents the results and discussions collected from the survey carried out by the author of this study. Key-words: Neurology, Intensive Care Unit; Mortality. 1. INTRODUÇÃO Segundo Morrison (2002: 1-5), quando se trata de medicina intensiva, os resultados estão, na maioria das vezes, voltados para a morte e em alguns casos, para a manutenção da sobrevida do pacientes. Tais informações são coletadas a partir de indicadores importantes que informam a taxa de mortalidade, readmissões ou de complicações decorrentes de determinadas terapias. Dessa forma, a análise dos resultados decorrentes de intervenções em Unidades de Terapia Intensivas – UTI’s, torna-se relevantes, pois tende a auxiliar na determinação dos métodos e terapias mais adequadas e eficazes para cada pacientes, ou seja, viabiliza a tomada de decisão por parte do médico e reduz, consequentemente, os índices de mortalidade em internações intensivas (EPSTEINS, 1990: 266). Para Pedrosa e Colto (1997: 405-418), a medicina intensiva tem a função de diagnosticar, tratar e manter os pacientes com iminente risco de vida, com doenças potencialmente reversíveis. Nesse contexto, são utilizados tratamentos específicos com o intuito de reduzir os riscos à saúde e evitar a incidência de morte no decorrer do tratamento intensivo (MORAES, FONSECA e LEONI, 2005: 80). Assim, os pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva – UTI, ficam naturalmente mais vulneráveis em decorrência da fragilidade em que seu organismo se encontra, ou seja, de sua condição de saúde desfavorável. Além disso, deve-se considerar o uso constante de drogas e os inúmeros procedimentos invasivos aos quais esses indivíduos normalmente são submetidos (ZANON, 1987: 737-757). Foram consideradas para esta pesquisa, diversas causas para a internação de 286 pacientes, como por exemplo, de: AVH – Acidente Vascular Hemorrágico; AVEI – Acidente 12 Vascular Encefálico Isquêmico; AVEH – Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico; Coma; Encefalaite; Mal Epilético; Meningite; e TCE – Traumatismo Crânio Encefálico. As avaliações da terapia intensiva em internações neurológicas devem considerar o Acidente Vascular Cerebral – AVC, pois nessa patologia, o paciente necessita de uma monitorização constante, principalmente do aspecto cardíaco, bem como de todas as funções vitais (SILVA, GOMES e MASSARO, 2005: 45). Como lecionam Teasdale e Jennett (1974: 81-84), quando se analisa especificamente as internações em UTI’s neurológicas, é importante considerar os casos relacionados a Traumas Crânio Encefálicos – TCE, que podem ser avaliados com base no nível de consciência do paciente e a partir dos resultados de Eletro Cardiogramas – ECG, onde é possível observar a abertura ocular, além da resposta verbal e motora do mesmo. 1.1 Objetivo Nota-se que as taxas de mortalidade em Unidades de Terapia Intensiva é um indicador que otimiza a utilização de procedimentos mais adequados a cada caso, no sentido de evitar a morte de outros pacientes ou a garantir uma sobre-vidas a estes, sendo que nos casos de internações neurológicas, torna-se relevante a análise desses índices de mortalidade, pois ambos os fatores são comuns no cotidiano da medicina intensiva, merecendo a devida atenção. Nesse contexto, o objetivo principal deste estudo é o de identificar o índice de mortalidade em internações neurológicas na UTI Diagnóstico e Imagem, do Hospital São Lucas, localizado na cidade de Juína/MT. Entende-se que a partir dos resultados gerados pela presente pesquisa, a referida instituição hospitalar poderá avaliar de forma mais precisa, quais 13 as terapias mais apropriadas para os futuros pacientes, de forma a reduzir a taxa de mortalidade local. É importante destacar que segundo informações da Organização Mundial da Saúde, no Manual STEPS de Acidentes Vascular Cerebrais da OMS, o AVC é definido como sendo uma doença que compromete o sistema neurológico focal ou global, que em grande parte dos casos, é de ocorrência súbita, podendo levar à morte ou durar uma média de 24 horas ou mais (BRASIL, 2009). A Organização Mundial da Saúde, através da Classificação Internacional de Doenças – CID/10, ainda enfatiza que o Traumatismo Crânio Encefálico – TCE, como sendo qualquer agressão traumática, com lesão anatômica, que pode apresentar comprometimento das funcionalidades tanto do crânio em si, quanto do couro cabeludo, das meninges ou do encéfalo (BRASIL, 1998: 969-1076) Portanto, foi possível observar algumas características e conceitos relativos à taxa de mortalidade em internações neurológicas, e uma delimitação do estudo de caso, na UTI Diagnóstico e Imagem, entre os anos de 2003 e 2009, onde se verificou os índices de mortalidade relativos às referidas causas, bem como a importância de se desenvolver novos estudos acerca do tema em epígrafe. 1.2 Justificativa Para que haja uma melhoria contínua e evolução positiva dos tratamentos de internos em UTI’s neurológicas, entende-se ser relevante a realização de análises periódicas que indiquem a incidência de mortalidade proveniente dessas patologias. Dessa forma, no intuito de aprimorar conhecimentos acerca do tema em epígrafe, bem como de auxiliar a diminuição dos riscos de morte, a partir da identificação da terapia 14 que melhor resultado para tais casos, é que se justifica a importância de se analisar os índices de óbitos na UTI Diagnóstico e Imagem. Este estudo tem o intuito de apresentar uma análise teórica acerca dos índices de mortalidade em UTI’s, considerando as causas neurológicas das internações. Em seguida, apresenta-se os resultados de um estudo de caso desenvolvido no Hospital São Lucas, com 286 pacientes internados entre os anos de 2003 e 2009, no sentido de gerar maior confiabilidade frente às análises realizadas. Ao se considerar a fragilidade da saúde de um paciente interno em uma UTI, não só pela enfermidade em si, mas também pelo uso continuado de drogas fortes que são indicadas normalmente, com vistas à melhoria da saúde ou à manutenção da sobrevida deste, enfatiza-se o risco iminente de pioras em virtude de infecções oportunistas. A esse respeito, a literatura destaca que: Os Hospitais são potentes criadores de resistência antimicrobiana. A combinação de pacientes altamente susceptíveis, o uso de antimicrobianos intensivo e prolongado, a infecção cruzada entre os pacientes leva a infecções nosocomiais altamente resistentes às terapias disponíveis (DUARA: 2006). Diversas são as complicações que acometem o ambiente hospitalar, sendo que uma atenção especial deve ser dada aos pacientes críticos e em terapias intensivas, pois se trata de indivíduos com a saúde fragilizada e, portanto, vulneráveis a contrair infecções oportunistas (TERZI, et. al., 2006: 334-351). Braga, et. al., (2004), afirma que a fragilidade do sistema imunológico dos pacientes submetidos a tratamentos intensivos dá espaço para a ocorrência de infecções que podem comprometer os resultados e dificultando a recuperação desse indivíduo. Portanto, considera-se ser relevante a identificação periódica dos índices de mortalidade decorrentes de internações neurológicas em Unidades de Terapia Intensiva do Hospital São Lucas, para que os profissionais da saúde tenham subsídios atualizados que os 15 possibilite decidir pela melhor terapia nesses casos e, com isso, possam reduzir os resultados morte para esses pacientes graves. 1.3 Metodologia O método de pesquisa utilizado neste estudo foi o bibliográfico, que se desenvolveu por meio de análises de artigos científicos, livros e sites de internet, observandose a busca a partir dos seguintes termos: mortalidade; internações neurológicas; acidente vascular cerebral isquêmico – AVCI; traumatismo cerebral encefálico – TCE, unidade de terapia intensiva – UTI, dentre outros. Também foi desenvolvido um estudo de caso, onde o grupo de amostra foi considerado do tipo censo, pois foi possível avaliar uma amostra de 286 pacientes, correspondendo a 100% do universo de amostra. 16 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 A Unidade de Terapia Intensiva De acordo com Costa et. al. (1999: 117-205), a terapia intensiva é considerada como uma forma viável de tratamento de pacientes graves. Trata-se de um ambiente mutável, que envolve inúmeras variáveis e que introduz tratamentos inovadores constantemente, com o intuito de elevar a expectativa de vida destes pacientes, bem como para coibir o desenvolvimento de determinadas doenças crônicas, principalmente em casos que inspiram cuidados intensivos. As primeiras Unidades de Terapia Intensiva datam de 1950, mas foi no ano de 1971, no Hospital Sírio-Libanês, que o Brasil inaugurou sua primeira UTI. Tais ambientes foram criados com o objetivo de manter um cuidado especial com relação à saúde de pacientes graves que necessitam de acompanhamento médico intensivo, ou seja, busca-se salvar vidas de pacientes recuperáveis ou garantir uma sobrevida digna aos mesmos (NAKANO, SAFATLE e MOOCK, 2007: 349). Para Carlson (1994), para identificar corretamente o tratamento a ser aplicado a cada paciente, é fundamental que se obtenha dados precisos acerca de seu prognóstico, no sentido de favorecer à uma decisão consciente em relação às expectativas futuras relacionadas à saúde deste. No mesmo sentido versa Costa et. al. (1999: 117-205), afirmando que para que os tratamentos intensivos possam surtir resultados positivos aos pacientes mais graves, tornou-se necessária a criação de mecanismos de avaliação que pudessem indicar índices de prognóstico relativos a cada indivíduo, no sentido de determinar a gravidade e de prever a evolução dos 17 mesmos, possibilitando a aplicação de terapias mais adequadas a cada caso e determinando resultados mais eficazes nos tratamentos, em nível de custo/benefício. Existem vários tipos sistemas de índices prognósticos em terapia intensiva. O primeiro deles é datado de 1974, conhecido como Therapeutic Intervention Scoring System (TISS). Desde então, foram criados vários outros índices prognósticos, sendo os principais: o Acute Physiological and Chronic Health Evaluation (APACHE), o Simplified Acute Physiology Score (SAPS), o Mortality Probability Mode (MPM), o Multiple Organ Dysfunction Score (MODS), o Logistic Organ Dysfunction System (LODS) e finalmente o Sequential Organ Failure Assessment Score (SOFA) (NAKANO, SAFATLE e MOOCK, 2007: 349). Portanto, esses mecanismos tendem a favorecer a tomada de decisão dos profissionais da medicina, principalmente no que se refere ao momento mais propício para se iniciar, manter ou interromper os cuidados intensivos com estes. Assim, os métodos podem ser utilizados, também, como parâmetros de mortalidade nas UTI’s. Na visão de Goldhill, et. al. (2005), como as internações em Unidades de Terapia Intensiva são decorrentes de inúmeras causas e que em boa parte dos casos resulta na morte do paciente, considera-se que é imprescindível que se identifique o quanto antes, as formas de intervenção que devem ser utilizadas para cada caso, no sentido de se evitar o aumento da mortalidade na terapia intensiva. Cumpre, portanto, observar o que diz a literatura acerca dos índices de mortalidade em Unidades de Terapia Intensiva, com vistas a atingir o objetivo principal desta pesquisa, que busca identificar a taxa de mortalidade na UTI Diagnóstico e Imagem do Hospital São Lucas. 2.2 Taxas de Mortalidade em Unidades de Terapia Intensiva Pesquisas do instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (2000), destacam que a expectativa de vida e as taxas de mortalidade de uma determinada localidade, tornam-se 18 indicadores essenciais para a saúde pública. Contudo, a mesma fonte enfatiza que para que tais dados sejam considerados consistentes, é necessário identificar aspectos relativos à vida e à saúde dessa comunidade, observando as condições de saneamento, de moradia e sócioculturais dos indivíduos que fazem parte do grupo de amostra (BRASIL, 2000). De acordo com informações de pesquisas desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, entre os anos de 1980 e 2000, a expectativa de vida do brasileiro aumentou, sendo que do ano de 2003 para frente, considerando-se 192 países do mundo, a média de vida do povo brasileiro passou a ser de 71,3 anos (BRASIL, 2005). Tal evolução deve-se à soma de esforços em pesquisas na área da saúde, principalmente à melhoria da qualidade dos recursos disponíveis nas Unidades de Terapia Intensiva de todo o Brasil. Dessa forma, a sobrevida e o restabelecimento da saúde de inúmeros pacientes graves, puderam (MORAES, FONSECA e LEONI, 2005: 80-84). Segundo estudos de Malta et. al. (2001: 1189-1198), verifica-se que apresar de serem parâmetros para a saúde pública, os indicadores de mortalidade obtidos no interior do Brasil, são variáveis, tanto em relação à qualidade dos serviços, quanto aos registros de dados vitais dos pacientes. Como destaca Timaeus (1991: 552-568), nota-se que os métodos mais utilizados para identificar as taxas de mortalidade em adultos e que visam a coleta de informações com melhor qualidade, são os seguintes: 1. As técnicas de sobrevivência intercensitária; 2. Os métodos de distribuição de mortes, a partir da análise do registro de óbitos, em comparação à população; 3. Dados de sobrevivência de parentes. Nesse sentido Oliveira, Albuquerque e Lins (2004), versam que as estimativas de mortalidade devem respeitar todas as informações de boa qualidade, com vistas a eliminar as 19 possíveis falhas, sendo que a qualidade da informação no Brasil não é muito positiva, pois tendem a apresentar dados inconsistentes em relação aos aspectos de tempo e região de apreciação. Para melhor compreender os fatores envolvidos nos indicadores de mortalidade em Unidades de Terapia Intensiva no Brasil, é necessário buscar visões literárias específicas acerca do tema abordado, ou seja, é relevante uma análise mais aprofundada acerca das taxas de mortalidade decorrentes de internações neurológicas em UTI’s. 2.3 Indicadores de Mortalidade em Internações Neurológicas Para identificar os índices de mortalidade em Unidades de Terapia Intensiva no Brasil, tomou-se por base, uma avaliação de causas relativas a algumas patologias específicas, no sentido de gerar maior confiabilidade ao presente estudo. Assim, nessa etapa da pesquisa, buscou-se discorrer sobre alguns indicadores de óbito em UTI’s neurológicas. Com relação ao AVC, a Organização Mundial da Saúde enfatiza que quando a verificação da causa de morte é parte da rotina médica, os dados sobre as mortes decorrentes dessa patologia costumam ser coletados diretamente, situações em que são considerados os atestados de óbito e a variedade de termos que são utilizados para definir a morte por AVC (BRASIL, 2009: 5-6). Martins (2006: 1), destaca que “em 2004, a publicação da metanálise dos 6 ensaios clínicos com o uso EV do rtPA no AVCI agudo demonstrou que, quanto mais precoce o tratamento, melhor a evolução”. Por outro lado, em casos de óbito, a OMS também orienta que a coleta de informações relativas aos registros de morte, pode ser feita através de busca eletrônica por termos principais ou por meio do manual de registros por observação visual, de modo que é 20 importante analisar a autópsia verbal, os atestados de óbito e a autópsia médica, para que os dados sejam devidamente agrupados (BRASIL, 2009: 5-24). O AVH ou Acidente Vascular Hemorrágico, é caracterizado a partir da identificação de hemorragia cerebral, sendo que devem ser observados os seguintes passos relativos ao tratamento desses pacientes: Figura 1 – Especificações para tratamento clínico do AVH Fonte: Disponível no site www.saude.df.gov.br/sites/100/163/00004801.doc 21 Quando se trata de tratamento cirúrgico, deve-se seguir outros parâmetros de procedimentos para o tratamento do paciente com Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico, como pode-se verificar na figura disposta logo abaixo: Figura 2 – Especificações para tratamento cirúrgico do AVH Fonte: Disponível no site www.saude.df.gov.br/sites/100/163/00004801.doc Quanto ao Acidente Vascular Encefálico – AVE, a literatura expõe que tal patologia, quando acomete adulto jovem, deve ser diagnosticada por uma equipe de terapia intensiva, “por tratar-se de um evento catastrófico e afetar diretamente a qualidade de vida de 22 uma pessoa em idade produtiva”, sendo que apresenta incidência entre “5 e 10 % do total de AVE’s, aumentando esse número com a idade”. Para Silva (2007), o Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico – AVEH é mais agressivo que o embólico, representando “uma taxa pequena das injúrias cerebrais no adulto jovem”, sendo que por outro lado, a hemorragia é uma das mais comuns na medicina intensiva, com taxa de mortalidade alta, de mais ou menos 30%, já no início da internação na Unidade de Terapia Intensiva. Com base em estudos desenvolvidos por Gomes (1992: 11-16), tem-se que o Acidente Vascular Encefálico Isquêmico – AVEI, temporário ou permanente, representa o déficit neurológico advindo da insuficiência de suprimento sanguíneo no cérebro. O AVEI, também conhecido como acidente vascular cerebral isquêmico, deve ser tratado em UTI neurológica, devido à necessidade que o paciente tem em receber cuidados especializados. Já no AVEH – Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico, ocorre hemorragia subaracnóide (HSA), que em grande parte dos casos, se deve à “ruptura de aneurismas saculares congênitos localizados nas artérias do polígono de Willis e a hemorragia intraparenquimatosa (HIP)” (RADANOVC, 2000: 100). Em muitos casos de internações em UTI’s neurológicas, os pacientes chegam ao estado de coma. Segundo Nakano, Safatle e Moock (2007), o índice de coma pode ser avaliado com base na tabela de Glasgow. De acordo com Souza (2009), o traumatismo crânio encefálico – TCE, é determinado pela agressão que causa ao cérebro, devido à ocorrência de algum trauma externo, que provocam alterações cerebrais momentâneas ou permanentes (físicas ou cognitivas). No mesmo sentido versam Teasdale e Jennett (1974: 81-84), destacando que a gravidade neurológica em pacientes com TCE é avaliada em conformidade com a escala de 23 coma de Glasgow (Figura 3), observando-se o grau de risco, para determinar os seguintes níveis: 15 – de menor grau; 9 a 13 – de grau moderado; 3 a 8 – de grau severo; e 3 - de maior grau. Figura 3 – Escala de coma de Glasgow ABERTURA OCULAR Espontânea 4 Ao comando da voz 3 À dor 2 Nenhuma 1 MELHOR RESPOSTA VERBAL Orientada 5 Confusa 4 Palavras inapropriadas 3 Sons incompreensíveis 2 Nenhuma 1 MELHOR RESPOSTA MOTORA Obedece a comando verbal 6 Localiza à dor 5 Retirada inespecífica à dor 4 Flexão anormal- descorticação 3 Reação em descerebração 2 Sem resposta à dor 1 Fonte: Baseado em Teasdale e Jennett (1974: 2; 81-84) 24 Por fim, deve-se observar que em casos de Traumatismos Crânio Encefálicos – TCE, com internações em UTI’s neurológicas inspiram cuidados especializados, com vistas à redução do sofrimento do paciente. A esse respeito, tem-se que: A ventilação e a oxigenação encefálica em neuroemergencia são prioridades no atendimento de pacientes com traumatismo cranioencefálico (TCE), ou qualquer outro tipo de lesão traumática grave, com a finalidade de se diminuir o sofrimento encefálico e as suas complicações secundarias (PASINI, et. al., 2007: 177). Portanto, como dispõe a Organização Mundial da Saúde, o TCE é definido como sendo uma agressão traumática qualquer, que resulte em lesão anatômica ou no comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio, meninges ou encéfalo (BRASIL, 1998: 969). Segundo Martins, Silva e Coutinho (2003: 15-18), o TCE tem sido considerado como uma das causas mais frequentes de mortes para homens com menos de 45anos, resultando assim, em uma considerável proporção dos índices de mortalidade no Brasil. Com relação ao quadro clínico da encefalite, estudos desenvolvidos por El-Far, et. al. (2000: 138), afirmam que geralmente, essa patologia inicia-se no mesmo tempo do período exantemático, sendo que poder variar entre 1 a 8 ou 2 a 12 dias. Quando se fala em Mal Epilético, ou Estado de Mal Epilético – EME é definido como “uma crise única prolongada ou crises repetidas, parcial (is) ou generalizada (s), sem que haja retorno do nível de consciência, e com duração maior que 30 minutos” (YOSHIOKA, et. al., 2005: 296). Também é relevante destacar os casos de meningite, como causa de internações neurológicas em Unidades de Terapia Intensiva. Segundo Rotta, et. al. (2004: 84), orienta que nos casos de meningite, pode haver ocorrência de Hipertensão Intracraniana – HIC, que, “por si só pode estar relacionada a dano cerebral, além de também poder ser um marcador para forte reação inflamatória que ocorre no SNC” – Sistema Nervoso Central. 25 3. MATERIAIS E MÉTODOS Para Timaeus, Chackiel e Ruzicka (1996), a fonte de dados, de população e de mortes, deve ser de boa qualidade, para garantir resultados corretos e evitar erros que são encontrados normalmente em pesquisas que visam obter estimativas de mortalidade, principalmente em UTI’s. Optou-se pelo uso da metodologia que observa a distribuição de mortes em registro de óbito, com base em estimativas estatísticas não paramétricas (Excel), além de análises descritivas dos dados do universo de amostra, por meio de disposições gráficas e por tabelas, considerando-se as internações neurológicas da UTI Diagnóstico e Imagem do Hospital São Lucas, entre os anos de 2003 e 2009. É importante ressaltar que na referida UTI, não havia recursos essenciais, como por exemplo, relativos à Pressão Venosa Central - PVC; Pressão Intra Craniana - PIC, Cateter de Swanganz; Eletroencefalograma – EEG ou mesmo um profissional da área de neurologia ou neurocirurgia. Assim, esta pesquisa tem o objetivo de fornecer subsídios teórico/prático, com vistas a subsidiar o estudo acerca do índice de mortalidade em uma UTI. Foram realizadas pesquisas quantitativas de caráter descritivo, com o intuito de gerar maior consistência à visão literária e possibilitar a identificação do índice de mortalidade nesta UTI. Para delimitar um histórico correto de mortalidade, buscou-se adotar alguns procedimentos iniciais, onde se verificou que as informações foram dispostas faixa etária aberta e simples, compreendida entre 0 e 89 anos de idade. Cervo e Bervian (1983), determinam que a pesquisa quantitativa permite dimensionar mercados, conhecer o perfil sócio demográfico, social e econômico de uma população, dentre outras possibilidades. Nesse contexto, foi desenvolvida uma revisão na 26 literatura, embasada na análise de artigos científicos voltados para o tema em epígrafe, onde se buscou registrar a visão literária pautada na análise de diversos Artigos Científicos anteriormente publicados para, em seguida, apresentar os resultados obtidos a partir de um estudo de caso. 3.1 População de Amostra A pesquisa iniciou-se através de uma avaliação documental prévia, buscando formar um histórico acerca dos óbitos, melhoras ou transferências, sendo que os dados foram obtidos na base de dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) e no banco de dados do próprio Hospital São Lucas. Nesta investigação, primou-se por identificar a data de nascimento, idade, o diagnóstico e a data de internação, bem como a respectiva alta de cada paciente, apresentando o motivo da alta, que se condicionou às três hipóteses anteriormente destacadas: óbito, melhora ou transferência. De acordo com Malhotra (2001, p. 301), a população é definida a partir da soma de todos os elementos que “compartilham alguma característica em comum”, de modo que a população englobou um único universo composto por 286 pacientes do Hospital São Lucas, localizado na cidade de Juína/MT, totalizando 100% do Universo de amostra de internações ocorridas entre o ano de 2003 e 2009. 3.2 Coleta de Dados A amostra foi selecionada a partir de uma triagem dos pacientes que foram internados entre o dia 28 de outubro de 2003 e 03 de maio de 2009, na UTI Diagnóstico e 27 Imagem, considerando-se como critério de inclusão, causas diversas, como por exemplo, relacionadas ao AVCI, AVH, AVE, AVEI, AVEH, Coma, Encefalite, Mal Epilético, Meningite e TCE, independentemente da idade e sexo, primando apenas por considerar internações neurológicas da UTI objeto deste estudo. 3.3 Tratamento de Dados Inicialmente, para melhor embasamento desta pesquisa, foram analisadas as fichas de internações neurológicas de 286 pacientes, de forma que o estudo realizou-se a partir do levantamento histórico dos mesmos. Dessa forma, foi possível identificar a incidência de mortalidade nas referidas internações, com base no acompanhamento da evolução, da motivação da internação na terapia intensiva e do período de internação de cada qual. O processo de análise dos dados envolve diversos procedimentos: codificação das respostas, tabulação dos dados e cálculos estatísticos. Após ou juntamente com a análise, pode ocorrer também à interpretação dos dados, que consiste, fundamentalmente, em estabelecer a ligação entre os resultados obtidos com outros já conhecidos, quer sejam derivados de teorias, quer sejam de estudos realizados anteriormente (GIL, 1991, p. 102). Por fim, foi desenvolvida a tabulação dos dados encontrados, para posterior análise estatística, proporcionando maior confiabilidade aos resultados finais, devidamente apresentados e discutidos. Foram coletadas informações e posterior fichamento dos dados, para fundamentar a revisão de literatura desenvolvida acerca do índice de mortalidade decorrente de internações neurológicas da UTI Diagnóstico e Imagem. Contudo, a partir do desenvolvimento das análises teóricas, percebeu-se a necessidade de novos estudos científicos relacionados ao tema em questão, pois a 28 continuidade das análises que identifiquem os índices de mortalidade em UTI’s é fundamental para definir as terapias a serem utilizadas em futuros pacientes. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Análise dos Dados Com base com as informações coletadas, foi possível identificar as variáveis de maior relevância relativas às internações ocorridas na UTI Diagnóstico e Imagem do Hospital São Lucas. Assim, a partir da avaliação documental do histórico de 286 pacientes, os dados coletados foram devidamente tabulados e dispostos em forma gráfica e em tabelas, para melhor compreensão dois resultados encontrados. Quanto aos diagnósticos dos pacientes investigados, observou-se que a grande maioria, ou seja, dos 286 indivíduos, 161 foram internados na referida UTI, em decorrência de Traumatismo Crânio Encefálico. Ao observar os casos que culminaram em óbito, os resultados de maior relevância identificados foram relativos a 48 pacientes com TCE, 32 com AVEI e 15 com AVEH, o que reforça a idéia de que o TCE fora a principal causa de morte dentre todos os pacientes desta UTI. Destaca-se ainda, que dentre as 286 internações avaliadas, 96 casos de TCE resultaram em melhora da saúde do paciente, 9 casos de TCE foram transferidos de hospital e 48 deles atingiram o resultado morte, sendo que tais resultados representam o maior número de resultados encontrados para cada situação, ou seja, para melhora, transferência ou óbito (Gráfico 1). 29 Gráfico 1 – Diagnóstico médico dos pacientes investigados DIAGNÓSTICO 57% 0% AVEI 1% AVEH 1% Coma 0% Meningite Mal Epilético 12% Encefalite TCE 0% Não Informou a Causa 29% DIAGNÓSTICO MELHORA TRNASF. ÓBITO SEM RESPOSTA TOTAL AVEI 47 2 32 1 82 AVEH 18 2 15 0 35 Coma 0 0 1 0 1 Meningite 2 0 1 0 3 Mal Epilético 2 0 0 0 2 Encefalite 1 0 0 0 1 TCE 96 9 48 8 161 Não Informada 0 0 0 1 1 166 13 97 10 286 TOTAL De acordo com os dados apresentados, verificou-se que dentre os diagnósticos de 100% dos pacientes internados entre os anos de 2003 e 2009 na UTI Diagnóstico e Imagem, 30 havia certa variedade, pois foram diagnosticadas 9 patologias como motivos das internações, além das que não foram informadas, quais sejam: · AVEI: representado por 82 casos e equivalente a 29% dos resultados; · AVEH: representado por 35 casos e equivalente a 12% dos resultados; · Coma: representado por 1 caso e equivalente a 0% dos resultados; · Meningite: representado por 3 casos e equivalente a 1% dos resultados; · Mal epilético: representado por 2 casos e equivalente a 1% dos resultados; · Encefalite: representado por 1 caso e equivalente a 0% dos resultados; · TCE: representado por 161 casos e equivalente a 57% dos resultados; · Não informados: representado por 1 caso e equivalente a 0% dos resultados; Nesse contexto, destaca-se o entendimento literário acerca das principais causas de internações em UTI’s neurológicas, onde enfatiza-se os estudos desenvolvidos por Paulo et. al. (2009: 313), que afirma que “nos últimos anos, o AVC tem sido identificado como a primeira causa de morte no Brasil”. O traumatismo Cranioencefálico é uma agressão ao cérebro, em conseqüência de um trauma externo, resultando em alterações cerebrais momentâneas ou permanentes, de natureza cognitiva ou de funcionamento físico. Tem como principal causa os acidentes de trânsito, mas pode resultar de agressões físicas, quedas e lesões por arma de fogo entre outras. É a principal causa de seqüelas e de mortes nos pacientes politraumatizados, com grande impacto sócio-econômico para a saúde pública (SOUZA, et. al., 2009). Entende-se que devido ao excesso de acidentes de trânsito que ocorrem atualmente, os resultados de internações por TCE na UTI Diagnóstico e Imagem, tornam-se justificáveis, de certa forma, posto que segundo a literatura, esta seria uma das principais causas geradoras de Traumatismo Crânio Encefálico no Brasil. 31 Gráfico 2 – Sexo SEXO 22% Masculino Feminino 78% SEXO MELHORA TRNASF. ÓBITO SEM RESPOSTA TOTAL Masculino 131 10 76 7 224 Feminino 35 3 21 3 62 TOTAL 166 13 97 10 286 Com relação ao sexo dos pacientes, nota-se que a maior parte deles, 224 indivíduos, é do sexo masculino e que apenas 62 pacientes eram do sexo feminino, sendo que 131 pacientes homens e 35 mulheres, tiveram melhora de saúde, de modo que 78% são homens e 22% mulheres. Acerca do sexo dos pacientes, deve-se observar que para Souza, et. al. (2009), em boa parte dos casos de TCE, os pacientes mais acometidos são homens, representando o dobro ou o triplo em relação às mulheres. 32 Portanto, analisando-se os casos de morte entre ambos os sexos, nota-se que novamente o sexo masculino se destaca, pois foram encontrados 76 óbitos de pacientes homens e 21 óbitos de pacientes mulheres. Gráfico 3 – Idade IDADE 5% 20% Entre 0 e 18 anos Entre 18 e 89 anos Não Informada 75% IDADE MELHORA TRNASF. ÓBITO SEM RESPOSTA TOTAL 9 2 3 0 14 126 9 73 8 216 Não informada 31 2 21 2 56 TOTAL 166 13 97 10 286 Entre 0 e 18 anos Entre 18 e 89 anos Ao analisar a idade dos pacientes internados no período de investigação, nota-se que a maioria tem entre 18 e 89 anos, correspondendo a 216 indivíduos, sendo que dentre esses, 126 casos resultaram em melhora e 73 em óbito. Nesse contexto, observa-se que a proporção pacientes com essa faixa etária é considerável, de modo que os pacientes com idade 33 entre 0 e 18 anos equivalem a apenas 14 e que outros 56 casos não identificaram a idade dos pacientes internados durante o período analisado. As conseqüências neuropsicológicas de um TCE dependem de vários fatores, entre os quais se destacam a gravidade do traumatismo e o tipo de lesão sofrida (axonal difusa ou focal), a idade do paciente, assim como fatores pré-mórbidos, como as capacidades cognitivas prévias, o nível de inteligência geral, a profissão, o rendimento escolar ou acadêmico (SOUZA, et. al., (2009). A partir dos resultados, tem-se que a proporção de idade está representada por 75% dos pacientes com idade compreendida entre 18 e 89 anos, 20% entre 0 e 18 anos e por outros 5% que não informaram a idade. Gráfico 4 – Tempo de internação na UTI TEMPO DE UTI 4% 0% 0% Até 15 dias 1% Entre 16 e 30 dias 3% Entre 31 e 60 dias 81% Entre 61 e 90 dias Entre 91 e 120 dias 11% Entre 121 e 150 dias Não Informado TEMPO DE UTI MELHORA TRNASF. ÓBITO SEM RESPOSTA TOTAL Até 15 dias 139 12 81 0 232 Entre 16 e 30 dias 20 0 9 1 30 Entre 31 e 60 dias 4 1 3 0 8 Entre 61 e 90 dias 2 0 1 0 3 34 Entre 91 e 120 dias 0 0 1 0 1 Entre 121 e 150 dias 0 0 1 0 1 Não Informado 1 0 1 9 11 166 13 97 10 286 TOTAL Para Santos, et. al. (2006: 64), “os tempos médios de permanência na UTI e de internação foram, respectivamente, 1,34 dia (variação de 1 a 5 dias) e 4,20 dias (variação de 2 a 15 dias)”. O tempo de internação é outro fator relevante para determinar o índice de mortalidade em Unidades de Terapia Intensiva. Tem-se que 232 casos foram marcados por um período médio de internação de até 15 dias. E 139 resultaram em melhora para os referidos pacientes e 12 deles foram transferidos. Quanto à mortalidade, observou-se que 81 pacientes com até 15 dias de internação foram a óbito. Gráfico 5 – Desfecho dos casos DESFECHO 3% 34% Melhora Transferência Óbito 58% 5% Não Informada 35 MOTIVO DA ALTA QUANT Melhora 166 Transferência 13 Óbito 97 Não Informada 10 TOTAL 286 O Gráfico 5 representa o desfechos dos casos, sendo que a partir da análise de 286 pacientes internados na UTI Diagnóstico e Imagem, verificou-se que 58% dos pacientes tiveram resultado favorável após o período de internação, sendo que 166 indivíduos apresentaram melhora na saúde. Os desfechos clínicos na UTI têm sido extensamente estudados sendo freqüentemente descritos em termos de mortalidade. A mortalidade a curto prazo é relacionada à gravidade da doença inicial aferida através de escores amplamente utilizados. Considerando os desfechos a longo prazo existem menos informações, não apenas em relação à sobrevida mas também no que diz respeito à recuperação da capacidade funcional e o retorno às suas atividades (MORAES, FONSECA e LEONI, 2005: 80). Quanto à taxa de mortalidade, destacou-se um percentual de 34% de óbitos no período de investigação. Assim, constatou-se que ao total, 97 pacientes foram à óbito. Outros 5% resultaram em transferência e 3% não tiveram desfecho informado em seu histórico documental. 4.2 Discussão dos Resultados No decorrer dos estudos verificou-se que os índices de mortalidade em decorrentes de internações em Unidades de Terapia Intensivas neurológicas, precisam ser continuamente verificados, para que os profissionais da medicina intensiva possam 36 acompanhar os prognósticos e os desfechos dos casos tratados, no sentido de utilizar tais índices como fonte de pesquisa que auxilia na tomada de decisões. Pacientes que necessitam de terapia intensiva encontram-se, naturalmente, em estado debilitado e vulnerável de saúde, tanto física quanto mental. Essa condição de fragilidade faz com que os pacientes intensivos fiquem mais susceptíveis às ameaças de bactérias e doenças oportunistas (BRAGA et. al., 2004; CARLSON, 2004; COSTA et. al., 1999; MARTINS, SILVA e COUTINHO, 2003; MORAES, FONSECA e LEONI, 2005; NAKANO, SAFATLE e MOOCK, 2007). Dessa forma, entende-se que além desses aspectos, inúmeros outros fatores influenciam direta ou indiretamente para o resultado morte, sendo que deve-se destacar para a identificação das taxas de mortalidade em UTI’s, aspectos relativos à idade, sexo e tempo de internação, como enfatiza a literatura. Contudo, por se tratar de análises realizadas em internações neurológicas, evidenciou-se a ocorrência de patologias derivadas de Traumatismo Crânio Encefálicos – TCE, além de casos relacionados à AVH; AVEI; AVEH; Coma; Encefalaite; Mal Epilético e Meningite. Portanto, com base nos resultados, verificou-se que os maiores causadores de óbitos nesta UTI foram os TCE. A literatura demonstra concordância em relação aos fatores associados à morte em UTI’s neurológicas, sendo que a maioria dos autores defende que os óbitos decorrentes de Traumas Crânio Encefálicos podem ocorrer tanto em jovens quanto em idosos, pois existe certa paridade entre os índices apresentados até então, mesmo porque, os estudos comprovam que boa parte dos casos de TCE decorrem de acidentes de trânsito, não relacionando-se, portanto, à idade do paciente (BRAGA et. al., 2004; CARLSON, 2004; COSTA et. al., 1999; MARTINS, SILVA e COUTINHO, 2003; MORAES, FONSECA e LEONI, 2005; NAKANO, SAFATLE e MOOCK, 2007; PASINI, 2007; PEDROSA e COUTO, 1997). 37 Portanto, para diversos autores analisados pela literatura, como Duara (2006); ElFar, et. al., (2000); Epstein (1990); Goldhill, et. al., (2005); Gomes (1992); Malta, et. al., (2001); Martins (2006); Martins, Silva e Coutinho (2003); Moraes, Fonseca e Leoni (2005); Morrison (2002); Nakano, Safatle e Moock (2007); Pasini et. al., (2007); Paulo (2009); Pedrosa e Couto (1997); Radanovick (2004); Santos (2006); Silva, Gomes e Massaro (2005); Silva (2007); Souza (2009); Teasdale e Jennett (1974); Terzi et. al., (2006); Timaeus (1991); Timaeus (1996); Yoshioka (2005); Zanon (1987), houve plena compatibilidade em relação aos conceitos e afirmações, sendo que o índice de mortalidade em UTI’s, devido a internações neurológicas, é relativamente elevado, considerando-se as circunstâncias negativas envolvidas no contexto hospitalar e, principalmente, as condições clínicas dos pacientes internos graves. Nesse contexto, entende-se que há a necessidade de se sugerir novos estudos acerca dos índices de mortalidade em UTI’s neurológicas, com vistas a fornecer maior subsídio teórico para auxiliar na tomada de decisão na medicina intensiva. 38 5. CONCLUSÃO Para atingir o objetivo desta pesquisa, primou-se por desenvolver um estudo de caso relativo ao tema, onde tomou-se por base, a UTI Diagnóstico e Imagem do Hospital São Lucas, localizado na cidade de Juína/MT, considerando o histórico médico de 286 pacientes internados entre os anos de 2003 e 2009. Assim, com base nos estudos acerca dos indicadores de mortalidade da referida UTI, concluiu-se que a identificação dos números relativos aos óbitos é fundamental para gerar melhores perspectivas de vida e sobrevida para os pacientes graves. Observou-se que os fatores relativos à idade, sexo, tempo de internação, dentre outros, não são considerados essenciais para minimizar os resultados negativos, ou seja, para reduzir o número de óbitos nas UTI’s, principalmente porque, em se tratando de traumas crânio encefálicos, a ocorrência de acidentes de trânsito, por exemplo, que é uma das principais causas de TCE, não se relaciona com a idade ou sexo do paciente. Obteve-se uma taxa de mortalidade de 34%, durante todo o período de pesquisa, onde se verificou que na maioria dos casos, a causa de morte estava relacionada à TCE, correspondendo a 57% dos resultados. Contudo, outras causas também foram destacadas pelo estudo, como por exemplo, as decorrentes de AVEI, AVEIH e outras. Também pôde-se concluir que grande parte dos óbitos foram de pacientes do sexo masculino, representando 78% dos resultados. Quanto à idade, devido aos parâmetros utilizados para a pesquisa, observou-se que em 75% dos casos, os óbitos relacionaram-se com pacientes com idade compreendida entre 18 e 89 anos, ou seja, em idade adulta. Analisando-se o tempo de internação na UTI Diagnóstico e Imagem, concluiu-se que 81% dos casos correspondem a um período de até 15 dias de internação, sendo que nesse mesmo período, foram registrados 81 óbitos. 39 Portanto, a literatura enfatizou, em sua maioria, que são identificados altos índices de mortalidade relativos a internações em UTI’s neurológicas, sendo que no caso específico estudado, encontrou-se um resultado de 34% de óbitos, entre os anos de 2003 e 2009, com base em análises documentais desenvolvidas. Cumpre ressaltar novamente, a necessidade de se realizar estudos mais aprofundados acerca da análise dos índices de mortalidade em pacientes de UTI’s neurológicas, devido à importância de se manter certa atualização contínua quanto às terapias mais adequadas a serem aplicadas a cada paciente na medicina intensiva. 40 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRAGA, K.A.M.; SOUZA, L.B.S. de.; SANTANA, W.J. de.; COUTINHO, H.D.M. Microorganismos mais Freqüentes em Unidades de Terapia Intensiva. Médica do Hospital Ana Costa. v. 9, Out/Dez, 2004. BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia E Estatística. Censo Demográfico. Rio de Janeiro: IBGE, 2000. BRASIL. Ministério da Saúde. Diretoria de Pesquisas. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Tábuas completas de mortalidade – 2005. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/tabuadevida/2005/default.shtm. Acesso em: 22/10/2009. BRASIL. Organização Mundial da Saúde CID-10. Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 10. ed. São Paulo: EDUSP, pp. 969-1076, 1998. BRASIL. Organização Mundial da Saúde. Manual STEPS de Acidentes Vascular Cerebrais da OMS: enfoque passo a passo para a vigilância de acidentes vascular cerebrais. Genebra, Organização Mundial da Saúde: Instrumento STEPS de Acidente Vascular Cerebral, v. 2.1, 2009. CARLSON, R. W.; et. al. Clínica de Terapia Intensiva. Tradução: André Luis de Souza Melgaço e Giuseppe Taranto. Rio de Janeiro: Interlivros, 306p., 1994. CERVO, Amado; BERVIAN, P. A. Metodologia Científica para uso de Estudantes Universitários. 3. ed., São Paulo: Mcgraw-Hill do Brasil, 1983. COSTA, J. I; et. al. Severity and Prognosis in Intensive Care: prospective application of the APACHE II index. São Paulo: Med. J., 117:205-214, 1999. DUARA, Shahnaz. Prevenção da Infecção Neonatal na UTI Neonatal: Novos Desafios. 5o Simpósio Internacional de Neonatologia do Rio de Janeiro, 28 a 30 se setembro de 2006. Realizado por Paulo R. Margotto, Professor do Curso de Medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde/ESCS/SES/DF. Coordenador do Internato Saúde da Criança, 2006. EL-FAR Fabiane; SZTAJNBOK Jaques; MAROTTO, Paulo C. F.; SEGURO, Antonio C. Meningoencefalite na Fase Aguda do Sarampo: Relato de seis casos. Arq Neuropsiquiatria, 58(1): 136-140, 2000. EPSTEIN AM. The Outcomes Movement – Will It Get us Where we Want to go? N Engl J Med.: 1990. GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1991. GOLDHILL, D. R.; et. al. A Physiologically-based Early Warning Score for Ward Patients: the association between score and outcome. Rev. Anaesthesia: 60: 547-5532005. 41 GOMES, M. M. Doenças do Cérebro: prioridade de política de saúde pública no Brasil? Rev. Brás. Neurologia, 28:11-16, 1992. MALHOTRA, N. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. Porto Alegre: Editora Bookman, 719p., 2001. MALTA, Deborah Carvalho; ALMEIDA, Maria Cristina de Mattos; DIAS, Maria Angélica de Salles; MERHY, Emerson Elias. A Mortalidade Infantil em Belo Horizonte por Área de Abrangência dos Centros de Saúde, 1994/1996. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro: v. 17, n.5, p.1189-1198, 2001. MARTINS, Sheila Cristina Ouriques. Revista da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul, Ano XV n. 07 Jan/Fev/Mar/Abr, 1-5, 2006. MARTINS, E. T.; SILVA, T. S.; COUTINHO, M. Estudo de 506 Casos Consecutivos de Traumatismo Craniano Grave em Florianópolis – 1994 a 2001. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 15: 15-18, 2003. MORAES, Renan S.; FONSECA, João Marcelo L.; LEONI, Carla B. R. di. Mortalidade em UTI, Fatores Associados e Avaliação do Estado Funcional após a Alta Hospitalar. RBTI Revista Brasileira Terapia Intensiva: 17(2): 80-84, 2005. MORRISON, A. L; et. al. Quality of Life of Survivors of Pediatric Intensive Care. Pediatr Crit Care Med., v.3, pp. 1-5, 2002. NAKANO, Cristina Sayuri; SAFATLE, Nadim Farid; MOOCK, Marcelo. Análise crítica dos pacientes cirúrgicos internados na unidade de terapia intensiva. Rev. Brasileira Terapia Intensiva, São Paulo: v. 19, n. 3, 348-353, 2007. OLIVEIRA, J. C.; ALBUQUERQUE, F. R. P. C.; LINS, I. B. Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 1980-2050 – Revisão 2004: Metodologia e Resultados. Diretoria de Pesquisas – DPE, Coordenação de População e Indicadores Sociais – COPIS, 82p. 2004. PASINI, Renata Lenize; FERNANDES, Yvens Barbosa; ARAÚJO, Sebastião; SOARES, Silvia Maria de Toledo Piza. Influência da Traqueostomia Precoce no Desmame Ventilatório de Pacientes com Traumatismo Cranioencefálico Grave. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, Vol. 19 n°. 2, Abril-Junho, 19:2, 176-181, 2007. PAULO, Rodrigo Bom Eny de; et. al. Acidente Vascular Cerebral Isquêmico em uma Enfermaria de Neurologia: complicações e tempo de internação. Revista da Associação Médica Brasileira, 55(3): 313-6, 2009. PEDROSA, T. M. G.; COUTO R. C.; Centro de Terapia Intensiva de Adultos e Pediátricos. In: COUTO R. C.; PEDROSA, T. M. G.; NOGUEIRA J. M. Infecção hospitalar epidemiologia e controle. Rio de Janeiro: Medsi, pp. 405-418, 1997. RADANOVICK, Márcia. Características do Atendimento de Pacientes com Acidente Vascular Cerebral em Hospital Secundário. Arq. Neuropsiquiatria, 58(1): 99-106, 2000. 42 ROTTA, Newra Tellechea; et. al. Prevalência de Hipertensão Intracraniana e Seguimento Ambulatorial de Pacientes com Meningite Aguda Internados em UTI Pediátrica. Revista AMRIGS. Porto Alegre: 48 (2): 82-85, abr.-jun. 2004. SANTOS, Paulo César, et. al. Endarterectomia de Carótida em Paciente Acordado. Braz J Cardiovasc Surg, 21(1): 62-67, 2006. SILVA, G. S.; GOMES, D. L.; MASSARO, A. R.. Early Management of Patients with Ischemic Stroke. Rev Neurociências: 13 (1), pp. 39-49, 2005. SILVA, Marcelo. Acidente Vascular Encefálico no Adulto Jovem: Uma Ameaça Pouco Vivenciada. Publicado no site Enfermagem Intensiva, em 19.Ago.2007. Disponível em: http://enfermagem-intensiva.com/?p=34. Acesso em: 25/10/2009. SOUZA, Jackson Welinton Teixeira de; et. al. Traumatismo Cranioencefálico (TCE). Publicado em: 17/04/2009. Disponível em: http://www.artigonal.com/medicinaartigos/traumatismo-cranioencefalico-tce-872123.html. Acesso em: 12/10/2009. TEASDALE, G; JENNETT, B. Assessment of Coma and Impaired Consciousness. A Pratical Scale. Lancet, 2, pp. 81-84, 1974. TERZI, Cristina Bueno; LAGE, Silvia G.; DRAGOSAVAC, Desanka; TERZI, Renato G. G. Insuficiência Cardíaca Grave em Unidade de Terapia Intensiva. Existe um Índice Prognóstico Ideal? Publicação: Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 87, nº 3, Setembro 2006. Disponível em: http://www.arquivosonline.com.br/2006/8703/pdf/8703017.pdf. Acessado em: 20/10/2009. TIMAEUS, I. M. Measurement of Adult Mortality in Less Developed countries: a comparative review. Population Index, v.57, n.4, p.552-568, 1991. TIMAEUS, Ian, M.; CHACKIEL, Juan; RUZICKA, Lado. Adult Mortality in Latin America. Clarendon Press, Oxford, 1996. YOSHIOKA, Critina Ryoka Miyao; et. al. Estado de Mal Epiléptico como Apresentação da Doença da Arranhadura do Gato: relato de caso com revisão bibliográfica Mal Epilético. Relato de Caso. Pediatria. São Paulo: 27(4): 294-302, 2005. ZANON, U. Infecções na Unidade de Terapia Intensiva. In: ZANON, U.; NEVES, J. Infecções hospitalares prevenção, diagnóstico e tratamento. Rio de Janeiro: Medsi, pp. 737-757, 1987.