TCC Thais Barbieri Gross

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA
ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA
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THAIS BARBIERI GROSS
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APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO EDMONTON SYMPTOM ASSESSMENT SYSTEM
PARA A MELHORA DA ASSISTÊNCIA DE PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS
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NITERÓI
2014
THAIS BARBIERI GROSS
APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO EDMONTON SYMPTOM ASSESSMENT SYSTEM
PARA A MELHORA DA ASSISTÊNCIA DE PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS
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Trabalho de conclusão de curso
apresentado à Coordenação do Curso de
Graduação
em
Enfermagem
e
Licenciatura da Escola de Enfermagem
Aurora de Afonso Costa, da Universidade
Federal Fluminense, como parte das
exigências para obtenção do grau de
Bacharel e Licenciado em Enfermagem.
Orientadora:
Prof ª Drª Patricia dos Santos Claro Fuly
NITERÓI
2014
THAIS BARBIERI GROSS
APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO EDMONTON SYMPTOM ASSESSMENT SYSTEM
PARA A MELHORA DA ASSISTÊNCIA DE PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS
Trabalho de conclusão de curso
apresentado à Coordenação do Curso de
Graduação
em
Enfermagem
e
Licenciatura da Escola de Enfermagem
Aurora de Afonso Costa, da Universidade
Federal Fluminense, como parte das
exigências para obtenção do grau de
Bacharel e Licenciado em Enfermagem.
BANCA EXAMINADORA
Profª Drª Patricia dos Santos Claro Fuly
Profº Drº. Mauro Leonardo Salvador Caldeira dos Santos
Profª Drª. Donizete Vago Daher
NITERÒI
2014
Dedico este trabalho à minha família: Minha mãe Lúcia,
meu pai Cléber e minhas irmãs Thalita e Priscila por me
amarem e me apoiarem sempre. À vocês, o meu amor
incondicional.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a minha amada mãe por não me dar tudo que sempre pedi, mas por sempre
me oferecer a oportunidade de conseguir tudo que almejo. Você é e sempre será o meu
exemplo de vida. Obrigada por me amar do jeito que sou. A você, dedico mais essa vitória. Te
amo!
Às minhas irmãs Thalita e Priscila, eu agradeço pelo apoio financeiro (risos), por
lerem e opinarem nos meus trabalhos, por me aturarem e me darem conselhos e por sempre
acreditarem na minha vitória. Obrigada pela enorme contribuição para obter mais este
objetivo. Amo vocês.
Aos meus amigos, que tive a honra de fazer na UFF, eu gostaria de dizer que não
tenho mais palavras pra agradecer por tudo. Vocês foram, são e sempre serão indispensáveis.
Foi um prazer aturar vocês e compartilhar e conhecer melhor cada um. A vocês, meus
sinceros agradecimentos, do fundo do meu coração.
Queria agradecer a Bruna, por ter se juntado a mim em um momento difícil de nossas
vidas (risos), mas que serviu para nos juntar e acabamos criando um laço inexplicável, e eu
sinceramente espero que as nossas diferenças nos unam cada vez mais e que esse vínculo
permaneça sempre. Eu te admiro demais, amiga. Te amo.
Aos amigos maravilhosos Beto e Gabi por serem meus eternos confidentes e sempre
me darem conselhos amorosos. Eu espero que vocês continuem sempre sendo a favor do
amor! Obrigada por me deixarem mais sensível. Eu estarei sempre com vocês. Amo vocês.
A minha “lindosa” Barbara por ação do destino, estar comigo desde sempre e
curiosamente nos darmos tão bem. Eu imagino o quanto é difícil pra você ter alguém tão
dramática e diferente de você como sua amiga. Obrigada por estar sempre do meu lado,
mesmo que seja pra dizer que sou “ridícula”. Te amo.
E a minha amiga Karla, minha parceira de balada, estágio, conversa e tudo mais que já
dividimos, e espero que seja assim pra toda vida também. Eu queria dizer que foi ótimo
conviver com você e poder te ter como minha amiga. Obrigada por ter me ensinado um pouco
mais de malandragem (risos). Te amo.
À Deus por ter iluminado meus pensamentos, nos momentos de indecisão nas minhas
escolhas. Obrigada por sempre colocar no meu caminho grandes pessoas e me trazer bons
ensinamentos.
Obrigada a minha orientadora por me aceitar como sua orientanda e sempre me trazer
sabedoria e tranquilidade para resolver os problemas.
A todos os Mestres que fizeram parte da minha formação profissional e em especial a
professora Donizete, a qual eu tive a honra de conhecer melhor e ser bolsista e que sempre me
traz calma, me apoia e me aconselha, eu gostaria de agradecer por tudo. Obrigada.
Aos fizeram parte dessa minha trajetória em algum momento e aos que contribuíram
de forma indireta para essa realização, os meus sinceros agradecimentos.
RESUMO
Considerações iniciais: O constante aumento nos números de casos de câncer no Brasil e a
malignidade de alguns tipos da doença vêm fomentando as discussões sobre cuidados
paliativos, assistência humanizada e disciplinas e especializações que capacitem profissionais
da área da saúde para as questões que envolvam a finitude. Objeto do estudo: O objeto deste
estudo é conhecer como a aplicação do instrumento EDMONTON SYMPTOM ASSESSMENT
SYSTEM (ESAS) pode contribuir para melhorar a assistência prestada aos pacientes em
cuidados paliativos. Objetivo geral: analisar a intensidade dos sintomas de pacientes em
cuidados paliativos e consequentes estratégias para melhora da qualidade de vida. Objetivos
específicos: medir a intensidade dos sintomas utilizados pela ESAS e descrever estratégias
para melhoria da qualidade de vida de pacientes em cuidados paliativos, considerando os
resultados obtidos na aplicação da ESAS. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório
com uma abordagem qualitativa, que teve como cenário o ambulatório de cuidados paliativos
do Hospital Universitário Antonio Pedro, e os sujeitos foram os pacientes atendidos no
mesmo. Resultados: Após a análise do instrumento respondido pelos pacientes, ficou
evidenciado que todos sentem algum dos sintomas relacionados na escala. E a partir dessa
resposta, foi possível definir um controle adequado para cada sintoma. Considerações finais:
Foi um estudo relevante, pois salientou a discussão sobre a necessidade de uma reforma
curricular para a inserção de uma disciplina que trate desta assistência peculiar. Atentou para
importância de direcionar o cuidado para o controle adequado dos sintomas e assim promover
a melhora na qualidade de vida dos pacientes com doença que ameace a continuidade da sua
existência. E contribuiu para acrescer o numero de estudos sobre essa temática, que é pouco
abordada.
ABSTRACT
INITIAL CONSIDERATIONS : THE STEADY INCREASE IN THE NUMBERS OF CASES OF CANCER
IN BRAZIL AND THE MALIGNANCY OF SOME TYPES OF THE DISEASE HAVE BEEN
ENCOURAGING DISCUSSIONS ABOUT PALLIATIVE CARE , HUMANE CARE DISCIPLINES AND
SPECIALIZATIONS THAT PREPARE HEALTH PROFESSIONALS FOR QUESTIONS INVOLVING
FINITUDE . OBJECT OF THE STUDY : THE AIM OF THIS STUDY IS HOW THE APPLICATION OF
ESAS INSTRUMENT CAN HELP TO IMPROVE THE CARE PROVIDED TO PATIENTS IN PALLIATIVE
CARE . OVERALL OBJECTIVE: TO ANALYZE THE INTENSITY OF THE SYMPTOMS OF PATIENTS
IN PALLIATIVE CARE AND CONSEQUENT STRATEGIES TO IMPROVE QUALITY OF LIFE .
SPECIFIC OBJECTIVES : TO MEASURE THE INTENSITY OF SYMPTOMS USED BY ESAS AND
DISCUSS STRATEGIES FOR IMPROVING THE QUALITY OF LIFE OF PATIENTS IN PALLIATIVE
CARE , CONSIDERING THE RESULTS OBTAINED IN APPLYING THE ESAS . METHODOLOGY :
THIS IS AN EXPLORATORY STUDY WITH A QUALITATIVE APPROACH , WHICH HAD AS ITS
BACKDROP THE OUTPATIENT PALLIATIVE CARE AT THE UNIVERSITY H OSPITAL ANTONIO
PEDRO , AND THE SUBJECTS WERE PATIENTS ADMITTED TO THE SAME . RESULTS: AFTER
ANALYZING THE INSTRUMENT COMPLETED BY THE PATIENTS , IT WAS EVIDENT THAT ALL
FEEL SOME OF THE SYMPTOMS RELATED IN SCALE . AND FROM THAT RESPONSE , IT WAS
POSSIBLE TO DEFINE AN APPROPRIATE CONTROL FOR EACH SYMPTOM. FINAL THOUGHTS :
IT WAS AN IMPORTANT STUDY BECAUSE IT HIGHLIGHTED THE DISCUSSION ON THE NEED FOR
CURRICULUM REFORM FOR THE INSERTION OF A DISCIPLINE THAT ADDRESSES THIS
PECULIAR CARE . S TROVE TO IMPORTANCE OF DRIVING CAREFULLY FOR ADEQUATE
CONTROL OF SYMPTOMS AND THUS PROMOTE A BETTER QUALITY OF LIFE FOR PATIENTS
WITH DISEASE THAT THREATENS THEIR CONTINUED EXISTENCE. AND CONTRIBUTED TO
ACCRUE THE NUMBER OF STUDIES ON THIS TOPIC THAT IS RARELY ADDRESSED.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 10
2 REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................................... 12
2.1 CÂNCER .............................................................................................................................. 12
2.2 CUIDADOS PALIATIVOS .................................................................................................. 12
2.3 INSTRUMENTO EDMONTON SYMPTOM ASSESSMENT SYSTEM (ESAS) ............... 13
2.4 SINTOMAS DE PACIENTE EM CUIDADOS PALIATIVOS ............................................. 13
2.4.1 DOR .................................................................................................................................. 13
2.4.2 FADIGA ............................................................................................................................ 14
2.4.3 NÁUSEA ........................................................................................................................... 14
2.4.4 ANOREXIA ...................................................................................................................... 14
2.4.5 DISPNÉIA ......................................................................................................................... 14
2.4.6 DEPRESSÃO .................................................................................................................... 15
2.4.7 ANSIEDADE ..................................................................................................................... 15
3 METODOLOGIA .............................................................................................................. 17
3.1 Tipos de estudo ................................................................................................................. 17
3.2 Locais do estudo ............................................................................................................... 17
3.3 Sujeitos da pesquisa......................................................................................................... 17
3.4 Aspectos éticos da pesquisa ........................................................................................... 18
4 RESULTADO E DISCUSSÃO ........................................................................................ 19
5 CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 28
Anexo A- instrumento Edmonton Symptom Assessment System traduzido para o
português do Brasil............................................................................................................29
Anexo B- Termo de Consentimento Livre Esclarecido ................................................. 30
10
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda a temática dos cuidados paliativos a pacientes
oncológicos e fala sobre a aplicação do instrumento Edmonton Symptom Assessment System
(ESAS). Meu interesse neste tema foi devido a minha observação da ausência de uma
disciplina na graduação que aborde este tema e pela importância de oferecer uma assistência
peculiar a esses pacientes. Sendo assim, escolhi realizar este estudo com o intuito de conhecer
melhor esta prática e, desta forma contribuir para a melhorada assistência aos pacientes com
câncer que recebem o cuidado paliativo.
Segundo o Humaniza SUS (BRASIL, 2013) a palavra “Paliar vem do latim
“pallium” que quer dizer “manto”. Assim, “palliare” significa “cobrir com um manto”. Na sua
origem a palavra fala sobre oferecer abrigo, trazer conforto, minimizar o sofrimento, dividir,
ofertar algo que é seu para o outro”. No presente trabalho, serão abordados os cuidados
paliativos na doença oncológica, que, para o ano de 2014, estima-se o surgimento de 576 mil
novos casos somente no Brasil. Os tipos mais incidentes serão os cânceres de pele não
melanoma, próstata, pulmão, cólon, reto e estômago para o sexo masculino; e os cânceres de
pele não melanoma, mama, colo do útero, cólon, reto e glândula tireoide para o sexo feminino
(BRASIL, 2012).
“O cuidado paliativo teve sua origem na Inglaterra na década de 60 e posteriormente
disseminado pelo mundo, emergindo como um novo conceito de modelo assistencial aos
pacientes em fase terminal” (KRUSE, 2012). O objetivo deste modelo é dar uma assistência
diferenciada a esses pacientes em fase terminal, aumentando a qualidade de vida dos mesmos
e de seus familiares, identificando precocemente e tratando a dor e outros problemas físicos,
psicossociais e espirituais que afetam esses indivíduos, com a intenção de prevenir e aliviar o
sofrimento.
A relevância deste estudo dá-se pela necessidade de prestar uma assistência de
qualidade a esses pacientes e seus familiares, deixando de lado a visão exclusiva de
curar/tratar a doença, promovendo conforto, prevenindo e aliviando o sofrimento destes
pacientes em fase terminal e atentando para a importância de uma disciplina e de mais
trabalhos sobre essa temática.
11
Para os profissionais será relevante para aperfeiçoar e direcionar a assistência,
melhorando assim a qualidade da mesma prestada. Já para as instituições, significa uma
redução de custo, pois direciona a assistência, diminuindo gastos desnecessários. E para os
discentes contribuirá para uma melhor compreensão da abordagem do cuidado paliativo e
melhor manejo sobre a questão da assistência ao fim da vida.
O presente estudo se justifica pela observação da ausência na grade curricular de uma
disciplina, tanto eletiva quanto optativa, que aborde os cuidados paliativos, evidenciado pela
pouca quantidade de estudos publicados sobre tal cuidado.
O objeto deste estudo é conhecer como a aplicação do instrumento ESAS pode
contribuir para melhorar a assistência prestada aos pacientes em cuidado paliativo.
O objetivo geral consiste na análise da intensidade dos sintomas de pacientes em
cuidados paliativos e consequentes estratégias para melhora da qualidade de vida. Como
objetivo específico: medir a intensidade dos sintomas utilizados pela ESAS e descrever
estratégias para melhoria da qualidade de vida de pacientes em cuidado paliativo,
considerando os resultados obtidos na aplicação da ESAS.
12
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 CÂNCER
O crescimento, multiplicação e a morte são processos naturais e contínuos das
células normais, que formam os tecidos do corpo humano. Porém, as células cancerígenas,
não morrem e continuam a crescer desordenadamente e gerando outras células anormais, que
“se dividem de forma rápida, agressiva e incontrolável, espalhando-se para outras regiões do
corpo – acarretando transtornos funcionais. O câncer é um desses transtornos.” (BRASIL,
2011).
2.2 CUIDADO PALIATIVO
A última definição da Organização Mundial da Saúde (BRASIL, 2002), diz que:
Cuidado Paliativo é a abordagem que promove qualidade de vida de pacientes e seus
familiares diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida, através de
prevenção e alívio do sofrimento. Requer a identificação precoce, avaliação e
tratamento impecável da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e
espiritual.
Os cuidados paliativos são trabalhos realizados em equipe, com embasamento
científico e várias possibilidades de intervenção terapêutica e clínica. É regido por princípios
e diretrizes definidos pela OMS, são eles: promover o alívio da dor e de outros sintomas
estressantes; reafirmar a vida e vê a morte como um processo natural; não pretende antecipar
e nem postergar a morte; integrar aspectos psicossociais e espirituais ao cuidado; oferecer um
sistema de suporte que auxilie o paciente a viver tão ativamente quanto possível, até a sua
morte; oferecer um sistema de suporte que auxilie a família e entes queridos a sentirem-se
amparados durante todo o processo da doença; deve ser iniciado o mais precocemente
possível, junto a outras medidas de prolongamento de vida, como a quimioterapia e a
13
radioterapia, e incluir todas as investigações necessárias para melhor compreensão e manejo
dos sintomas.
2.3 INSTRUMENTO EDMONTON SYMPTOM ASSESSMENT SYSTEM (ESAS)
Como visto anteriormente, a manutenção da qualidade de vida a partir detecção
precoce e tratamento da dor e de outros sintomas oriundos de doença ativa, progressiva e com
curta esperança de vida, são alguns princípios dos cuidados paliativos. Para tal, existem
diversas escalas, como: escalas visuais numéricas, escala de faces, escala de cores,
questionários, entre outras. Porém existem escalas específicas para pacientes oncológicos,
entre elas, a que foi escolhida para o estudo, Edmonton Symptom Assessment System (ESAS).
A ESAS foi elaborada para medir intensidade dos sintomas físicos e psicológicos
apresentados pelos pacientes, sendo composta por uma escala que varia de 0 a 10, onde zero
representa a ausência do sintoma e 10 representa o sintoma em sua mais forte manifestação.
Ela vai avaliar os sintomas mais comuns nesses indivíduos, são eles: dor, sonolência, náusea,
dispneia, anorexia, depressão, ansiedade, bem-estar, cansaço e mais um sintoma que o
paciente julgar relevante.
2.4 SINTOMAS DE PACIENTE EM CUIDADO PALIATIVO
Entre os sintomas comuns apresentados por esses pacientes, alguns são também
encontrados no ESAS e serão abordados nessa revisão.
2.4.1 DOR
A dor é o sintoma mais comum nos pacientes em cuidados paliativos e está “presente
de 35 a 96%” (CAMPBELL, 2011 p.73) dos mesmos. A causa da dor relacionada ao câncer
pode ser “associada a tumor primário, metástase ou terapia anticancerosa e merece atenção
especial por causar sofrimento desnecessário, prejudicar a atividade física, o apetite e o sono,
podendo debilitar ainda mais o paciente.” (MORETE, 2010 p.74).
O conceito de dor utilizado é o da Associação Internacional de Estudos da Dor
(IASP) e diz que a dor é uma “experiência sensorial e emocional desagradável, associada a
dano real ou potencial, ou descrita em termos de tal dano”. Tal experiência é mediada por
diversos fatores, como biológicos, psicológicos e até sociais. “Diante da compreensão de que
14
a dor é uma experiência individual, podemos entender que a sua intensidade é variável em
decorrência de fatores como raça, sexo, idade, suporte social e cultura, e que muitas vezes não
depende somente do tipo de estímulo nociceptivo.” (MACIEL, 2008 p.370).
Tendo em vista tal importância, a dor deve ser avaliada, caracterizada, classificada e
tratada o mais precocemente possível, a fim de evitar suas complicações.
2.4.2 FADIGA
A fadiga é uma sensação de cansaço extremo expressada de várias formas, como:
“física (diminuição da energia, necessidade de repouso constante), cognitiva (diminuição da
concentração e atenção) e afetiva (diminuição do interesse e da motivação)” (ARANTES,
2008 pag. 478). A prevalência é de 60 a 90% em pacientes em Cuidado Paliativo (idem, p.
478).
2.4.3 NÁUSEA
A náusea é uma sensação de enjoo culminada a vontade de vomitar. É um sintoma
encontrado de “6 a 68% dos pacientes” (CAMPBELL, 2011 p.73). A náusea deve ser avaliada
a fim de determinar: intensidade; o início, a duração e a frequência de episódios; a quantidade
e qualidade dos vômitos; avaliar fatores de melhora e de piora; rever a história do paciente e
sua prescrição atual; examinar o paciente para excluir obstrução intestinal; e avaliar exames
laboratoriais.
2.4.4 ANOREXIA
Anorexia “significa a perda de apetite com ingesta alimentar abaixo do normal. Pode
ser primária, por mecanismos inflamatórios relacionados à doença de base, ou secundária,
vinculada a sintomas que atuam como barreiras ao ato de alimentar-se, por causas
potencialmente tratáveis” (AIRES, 2008 pag. 484). É comum em pacientes terminais e tem a
“prevalência de 30 a 92%” (CAMPBELL, 2011 p.73).
2.4.5 DISPNÉIA
15
A dispnéia caracteriza-se pela dificuldade de respirar, causada pela falta de ar. Está
“presente de 10 a 70% dos pacientes com doenças terminais” (CAMPBELL, 2011 p.73). “A
dispnéia pode ser entendida como uma percepção incômoda da respiração, e sua intensidade
numa dada pessoa é algo multidimensional, resultante da interação entre os mecanismos
fisiopatológicos subjacentes e a percepção.” (SERA, 2008 p.410).
A dispnéia causa angústia ao paciente e, assim como a dor também é incapacitante,
portanto deve ser identificada, avaliada, ter a sua causa definida e tratada.
2.4.6 DEPRESSÃO
A depressão é entendida como “um estado mental que se caracteriza basicamente por
tristeza constante e desinteresse pela maioria dos fatos, objetivos ou subjetivos, que compõem
o dia-a-dia da maioria das pessoas.” (FIGUEIREDO, 2008 p.505). “Os pacientes com
diagnóstico de câncer são particularmente vulneráveis à depressão; na doença em estado
avançado a incidência de depressão pode chegar a 75%.” (idem, p.505).
São sintomas aceitos em cuidados paliativos (CID-10 apud FIGUEIREDO, 2008
p.506):
Humor depressivo; falta de entusiasmo para todas ou para a maioria das atividades
diárias; falta de apetite e perda de peso; agitação ou lentidão psicomotora; insônia,
sono não reparador ou hipersônia; fadiga ou falta de energia física e psíquica;
sentimentos excessivos de culpa ou baixa autoestima; lentificação do pensamento,
dificuldade para se concentrar ou tomar decisões; ideação de morte, planos suicidas,
chegando à tentativa de suicídio minimamente articuladas.
2.4.7 ANSIEDADE
A ansiedade é definida por Figueiredo (2008 p.500) como:
Um conjunto de sinais e sintomas de origem autonômica, dos quais os mais
evidentes são: palidez cutâneo-mucosa, suor frio, agitação psicomotora, midríase,
taquicardia, taquipnéia com respiração superficial, sensação de aperto ou “bolo” no
estômago, diarréia, contratura muscular generalizada, atenção focada apenas nos
fatos significativos para a sobrevivência (o que se acompanha, com frequência, de
amnésia seletiva).
A prevalência deste sintoma varia entre 13 e 32% dos pacientes. Na ajuda do
tratamento deve ser levada em consideração a historia de vida do paciente “buscando a forma
16
característica de reagir daquele indivíduo frente aos desafios que tenha enfrentado ao longo da
vida.” (FIGUEIREDO, 2008 p.501). Além da doença atual, outros fatores podem contribuir
para o quadro de ansiedade, como: dor maltratada, distúrbios metabólicos, abstinência sexual,
entre outros.
17
3 METODOLOGIA
3.1 Tipos de estudo
Trata-se de um estudo exploratório por facilitar a familiaridade com o problema em
questão ou adquirir uma nova percepção dele, e descritivo por descrever as características de
determinada população ou fenômeno, a frequência com que este fenômeno ocorre, sua relação
e conexão com outros, sua natureza e suas características (GIL, 2002 p.41/42). Com uma
abordagem qualitativa por poder descrever a complexidade de um determinado problema,
analisar a interação de certas variáveis, apresentar contribuições no processo de mudança,
criação ou formação de opiniões de determinado grupo.
3.2 Locais do estudo
O cenário escolhido para a realização do estudo foi o ambulatório de cuidados
paliativos oncológicos do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP) – térreo.
3.3 Sujeitos da pesquisa
Para aplicação do questionário foram selecionados pacientes que fazem atendimento
ambulatorial no HUAP.
Como critério de inclusão foram aceitos pacientes com idade igual ou superior a 18
anos, com câncer em estágio avançado e sem possibilidade de cura e de ambos os sexos.
Como critério de exclusão não foram aceitos pacientes muito fragilizados física e
psicologicamente e analfabetos.
O instrumento utilizado para a coleta se dados foi através da escala Edmonton
Symptom Assessment System, que avalia a intensidade de 10 sintomas, 9 pré-definidos e 1
sintoma que o paciente julgar relevante.
18
A amostra foi do tipo não probabilística que é aquela em que a seleção dos elementos
da população para compor a amostra depende ao menos em parte do julgamento do
pesquisador ou do entrevistador no campo (MATTAR, 1996. p. 132) e de conveniência que é
quando pesquisador seleciona membros da população mais acessíveis. Foram possíveis
sujeitos todos os pacientes que atendem aos critérios do estudo e que no período da coleta de
dados estavam agendados para a consulta no ambulatório de cuidados paliativos do HUAP.
A análise dos dados se deu de forma estatística descritiva simples, utilizada para
descrever os dados de forma resumida, de acordo com a literatura sobre o tema.
3.4 Aspectos éticos da pesquisa
Para a realização do projeto, ele foi submetido ao CEP do HUAP em conformidade
com a RESOLUÇÃO Nº 466, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012 do Conselho Nacional de
Saúde que dispõe sobre as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo
seres humanos.
Os dados foram coletados após a autorização expedida pelo CEP. E os sujeitos foram
convidados a formalizar o aceite para participar no estudo por meio da assinatura do termo de
consentimento livre esclarecido (TCLE).
19
4 RESULTADO E DISCUSSÃO
Dor
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Dor
De acordo com o instrumento ESAS, dos oito pacientes que responderam ao
questionário, cinco marcaram mais de sete para a intensidade da dor e três marcaram menos
de sete. Para Chiba (2008 p.366) a “dor é um sintoma dos mais impactantes na qualidade de
vida dos indivíduos que se encontram em sua fase final de enfermidade e de vida, vem sendo
alvo de atenção da área de saúde nas últimas décadas”.
A “dor é uma experiência individual, de intensidade variável e vai levar em
consideração fatores como raça, sexo, idade, suporte social e cultura” (ARANTES, 2008 p.
370), além da localização do tumor e suas metástases.
Portanto, o tratamento adequado da dor será fundamental para a manutenção da
qualidade de vida deste paciente e de ser baseado em: prescrever doses de horário e não só se
necessário; utilizar a escada de dor para a escolha correta do analgésico; individualizar as
doses; “utilizar adjuvantes para potencializar efeito analgésico e tratar efeitos colaterais;
atenção aos detalhes: profilaxia de efeitos colaterais previsíveis e reavaliação sistemática do
controle analgésico” (ARANTES, 2008 p. 375).
20
Cansaço
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Cansaço
De acordo com o instrumento ESAS, dos oito pacientes que responderam ao
questionário, quatro marcaram mais de sete para a intensidade do sintoma cansaço e quatro
marcaram menos de sete. Para “pessoas com câncer avançado, a experiência subjetiva da
fadiga pode ser o pior dos sintomas experimentados durante a doença e seu tratamento”
(ARANTES, 2008 p. 478).
“É um sintoma subjetivo de conceito multidimensional com várias formas de
expressão: física (diminuição da energia, necessidade de repouso constante), cognitiva
(diminuição da concentração e atenção) e afetiva (diminuição do interesse e da motivação)”
(ARANTES, 2008 p. 478).
O tratamento da fadiga está relacionado com a eliminação das comorbidades. O
tratamento farmacológico, ainda precisa de mais evidências que comprovem sua eficácia.
Porém ações “não farmacológicas, como os exercícios e atividades ditas “revigorantes” como:
meditação, jardinagem, arte terapia, além de nutrição adequada e correção dos distúrbios do
sono têm importante papel no tratamento da fadiga relacionada ao câncer” (ARANTES, 2008
p. 482).
21
Náusea
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Náusea
De acordo com o instrumento ESAS, dos oito pacientes que responderam ao
questionário, somente dois marcaram mais de sete para a intensidade do sintoma náusea e seis
marcaram menos de sete ou zero. É um “mal estar abdominal que leva a uma vontade de
vomitar e nem sempre a doença neoplásica é a causa direta das náuseas” (CHIBA, 2008 p.
424).
Como a “maioria dos pacientes acaba apresentando náusea crônica”, o tratamento
farmacológico com metoclopramida ou haloperidol são os mais indicados para o controle do
sintoma (CHIBA, 2008 p. 425).
Apetite
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Apetite
De acordo com o instrumento ESAS, dos oito pacientes que responderam ao
questionário, somente um marcou mais de sete na intensidade do sintoma apetite, o que
22
caracteriza falta de apetite moderada e os outros sete marcaram menos de sete na intensidade
deste sintoma.
O termo técnico utilizado para a falta de apetite é anorexia, que significa perda do
apetite, inapetência ou assitia (AURÉLIO, 2010). Observa-se “grande ansiedade dos
familiares quando os pacientes apresentam anorexia e perda de peso importante; normalmente
insistem na alimentação forçada, podendo gerar desconforto para o paciente” (AIRES, 2008 p.
489).
O tratamento será baseado no aconselhamento nutricional, terapia nutricional e
medicamentosa, quando a causa for relacionada a fatores primários (causados pela doença de
base, neste caso o câncer) e tratar os fatores secundários (alteração do olfato e gustação,
estomatite, disfagia, náusea/vômito, constipação/obstrução intestinal, depressão, entre outras)
que geralmente estão associados aos fatores primários (AIRES, 2008 p. 489).
Falta de ar
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Falta de ar
De acordo com o instrumento ESAS, dos oito pacientes que responderam ao
questionário, dois marcaram mais de sete para a intensidade do sintoma falta de ar e seis
marcaram menos de sete ou zero.
O termo técnico utilizado para a falta de ar é a dispnéia, que significa dificuldade para
respirar (AURÉLIO, 2010). É um dos “sintomas mais frequentes no fim da vida e dos que
causam mais angústia, tanto no paciente como na família e na equipe. Geralmente é
incapacitante e piora consideravelmente a qualidade de vida do paciente” (SERA, 2008 p.
410).
23
O tratamento sintomático da dispnéia se baseia na oferta de oxigênio, terapia
medicamentosa e medidas gerais de apoio e orientação, como: proporcionar apoio e segurança
ao paciente e família; sanar possíveis dúvidas; orientar quanto ao melhor posicionamento no
leito; proporcionar ambiente ventilado; sugerir técnicas de relaxamento e atividades de
lazer/distração; encorajar e orientar adaptações nas atividades de vida diária, estilo de vida,
expectativas; respeitar a autonomia do doente (SERA, 2008 p. 413).
Depressão
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Depressão
De acordo com o instrumento ESAS, dos oito pacientes que responderam ao
questionário, três marcaram mais de sete para a intensidade do sintoma e cinco marcaram
menos de sete ou zero para depressão.
A depressão também é definida como abatimento; enfraquecimento físico ou moral;
desânimo; esgotamento (AURÉLIO, 2010). Devido a sua prevalência ou das reações de
tristeza pelas perdas consequentes à progressão da doença, a depressão merece um tratamento
adequado e não apenas o farmacológico, como comunicação interpessoal, “tomando-se
especial cuidado com os aspectos inconscientes ou não verbais da comunicação; terapias de
apoio, de grupo, as de enfoque cognitivo comportamental, as de orientação interpessoal;
massagens e técnicas de imaginação e visualização” (FIGUEIREDO, 2008 p. 510); apoio
espiritual para o paciente e família.
24
Ansiedade
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Ansiedade
De acordo com o instrumento ESAS, dos oito pacientes que responderam ao
questionário, três marcaram mais de sete para a intensidade do sintoma e cinco marcaram
menos de sete ou zero para ansiedade.
A diferença entre “ansiedade fisiológica e patológica (transtorno de ansiedade
generalizada, as fobias, o estresse pós traumático, entre outros) é tênue e depende das ideias
preconcebidas do observador (profissional ou membro da família) e do próprio paciente”
(FIGUEIREDO, 2008 p.500).
Neste sintoma, quando as medidas não farmacológicas como: estar à disponível para
ouvir o paciente, falar sincera e amorosamente, assegurar que as razões para a ansiedade são
várias e legítimas e acolher angústia da família, já estiverem estabelecidas e quando o vínculo
terapêutico já estiver sólido e ainda sim a “ansiedade causar sofrimento na avaliação do
paciente, ou quando é necessário um controle mais rápido e agressivo dos sintomas, é que se
faz necessária a introdução de medicamento ansiolítico” (FIGUEIREDO, 2008 p.502).
25
Sonolência
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Sonolência
De acordo com o instrumento ESAS, dos oito pacientes que responderam ao
questionário, apenas um marcou mais de sete para a sonolência e sete marcaram menos de
sete ou zero para a intensidade deste sintoma.
Não foram encontradas publicações disponíveis nas bases de dados que fundamentem
o tratamento de tal sintoma.
Bem-Estar
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Bem-Estar
De acordo com o instrumento ESAS, dos oito pacientes que responderam ao
questionário, cinco marcaram mais de sete para o bem estar e três marcaram menos de sete.
Não foram encontradas publicações disponíveis nas bases de dados que
fundamentem o tratamento deste estado.
26
Prisão de ventre
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Prisão de ventre
O sintoma subjetivo escolhido pela maioria dos pacientes foi a prisão de ventre que,
de acordo com o instrumento ESAS, dos oito pacientes que responderam ao questionário, três
marcaram mais de sete para a intensidade deste sintoma, três marcaram menos de sete, um
não respondeu e um sugeriu a fraqueza como sintoma que mais o incomodava no momento.
Não há uma definição única para este diagnóstico, porém muitos “médicos
caracterizam o sintoma distensão abdominal e fezes endurecidas, obtidas através de um
esforço evacuatório maior e muitas vezes após o qual se mantém a sensação de evacuação
incompleta, como sendo constipação” (HATANAKATA, 2008 p. 427).
A constipação é um sintoma frequentemente encontrado em paciente com em estágio
terminal e “apresenta diversas causas como: medicação pra controle da dor, especialmente os
opióides; paciente acamado por tempo considerável; baixa ingestão alimentar ou hídrica;
distúrbio hidroeletrolítico; entre outras causas” (AGRA et al, 2013 p. 476).
O tratamento não farmacológico consiste basicamente em uma “alimentação
balanceada, fracionada em seis refeições com altas quantidades de carboidratos complexos e
fibras. E com relação ao tratamento farmacológico é indicado o uso de laxantes, supositório e
enema” (AGRA et al, 2013 p. 477).
27
5 CONCLUSÃO
O constante aumento nos números de casos de câncer no Brasil e a malignidade de
alguns tipos da doença vêm fomentando as discussões sobre cuidados paliativos, assistência
humanizada e disciplinas e especializações que preparem profissionais da área da saúde para
as questões que envolvam a finitude.
Os cuidados paliativos são interdisciplinares e constituem uma abordagem a fim de
promover a qualidade de vida não somente do paciente, mas também dessa família e
cuidadores que o cercam. Isso ocorre por meio de identificação e controle dos sintomas, bem
como apoio espiritual e psicológico. Para tal, é necessário capacitar os profissionais que
trabalham com esses pacientes para sensibilizá-los a não apenas realizar intervenções
diagnósticas, mas também escutar, estar próximo e acessível às necessidades destas pessoas.
O estudo alcançou seu objetivo através da análise da intensidade dos sintomas de
pacientes em cuidados paliativos pela aplicação do instrumento ESAS e consequentes
estratégias para melhora da qualidade de vida, propostas a partir dos resultados obtidos pelo
instrumento.
Devido ao atraso na resposta do comitê de ética, o estudo apresentou uma limitação
no quantitativo de pacientes entrevistados, pois o período para a coleta de dados ficou
reduzido. Porem isso não impediu a realização do estudo.
Foi um estudo relevante, pois salientou a discussão sobre a necessidade de uma
reforma curricular para a inserção de uma disciplina que trate desta assistência peculiar.
Atentou para importância de direcionar o cuidado para o controle adequado dos sintomas e
assim promover a melhora na qualidade de vida dos pacientes com doença que ameace a
continuidade da sua existência. E contribuiu para acrescer o numero de estudos sobre essa
temática, que é pouco abordada.
28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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opióides. Rev. O Mundo da Saúde. São Pulo, 2013:37(4):472-478.
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Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2013.
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da gestão e da atenção no SUS. Cuidado paliativo não é paliativo. Rio de Janeiro, 2013.
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Experiência. Rev. HCPA. 2007, vol.7, n.2, 49/52.
Maciel MGS, Arantes ACLQ, Aires EM, Hatanaka VMA, Chiba T, Sera CTN, Figueiredo
MGMC. Um Livro, Uma História: Grupo de Trabalho Sobre Cuidados Paliativos do
Cremesp. São Paulo, 2008.
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Morete MC, Minson FP. Instrumentos para a avaliação da dor em pacientes oncológicos. Rev.
Dor. São Paulo, 2010;11(1):74-80.
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Enfermeiro Frente às Necessidades Emergentes da Terminalidade do Indivíduo. Rev. De Enf.
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Schiffman, L. & Kanuk, L. Comportamento do consumidor. LTC Editora. 6a ed. 2000.
29
Anexo A- instrumento Edmonton Symptom Assessment System traduzido para o
português do Brasil.
30
Anexo B- termo de consentimento livre esclarecido
Dados de identificação
Título do estudo: AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO FUNCIONAL DE PACIENTES
ONCOLÓGICOS POR MEIO DA ESCALA DE CUIDADOS PALIATIVOS
Pesquisador responsável: Maria Anália da Rosa Oliveira e Thais Barbieri Gross
Sob orientação: Profª Drª. Patrícia Claro Fuly, da Instituição a que pertence o Pesquisador
Responsável: Universidade Federal Fluminense.
Telefones para contato: (21) 98275-6670
Nome do voluntário: ________________________________________________
Idade: ____________ anos RG: ______________________________________
O Sr. está sendo convidado a participar do projeto de pesquisa “AVALIAÇÃO DO
DESEMPENHO FUNCIONAL DE PACIENTES ONCOLÓGICOS POR MEIO DA
ESCALA DE CUIDADOS PALIATIVOS”. Essa pesquisa tem por objetivo: 1)Avaliar o
desempenho funcional dos pacientes oncológicos com câncer avançado, por meio da escala de
cuidados paliativos; 2) Identificar na literatura intervenções de enfermagem voltadas para
pacientes com câncer avançado; 3) Analisar a correlação entre desempenho funcional em
pacientes com câncer avançado e estado de gravidade para proposição de intervenções de
enfermagem.
Caso necessite, poderão ser marcados encontros para respostas ou esclarecimentos de
qualquer dúvida acerca dos procedimentos, riscos, benefícios e outros, relacionados à
pesquisa. Os resultados da pesquisa serão tornados públicos em trabalhos e/ ou revistas
científicas. A retirada do consentimento e permissão de realização do estudo pode ser feita a
qualquer momento, sem que isso traga prejuízos. Será mantido o caráter confidencial de todos
os dados de identificação e informações relacionadas à privacidade do paciente. Este
documento será elaborado em duas vias, sendo uma retida pelo representante legal do sujeito
da pesquisa e uma arquivada pelo pesquisador. O tempo necessário para realização da escala
de cuidados paliativos é de 30 (trinta) minutos.
Eu,________________________________________________________________________
______________________________________________________________, declaro ter sido
informado e concordo com a sua participação, como voluntário, no projeto de pesquisa acima
descrito.
_________________________________________
Assinatura do voluntário
Eu, abaixo assinado, expliquei completamente os detalhes relevantes deste estudo ao
paciente indicado acima e/ou pessoa autorizada para consentir pelo paciente.
_____________________________________________________________
Maria Anália da Rosa Oliveira e Thaís Barbieri Gross
(Responsáveis por obter o consentimento)
Niterói, _____ de __________ de 2014.
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