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CUIDADOS
PALIATIVOS EM
GERONTOLOGIA
Dra Paola Canineu
Definição
• 2002: OMS
– “Abordagem que aprimora a qualidade de
vida dos pacientes e famílias que enfrentam
problemas
associados
com
doenças
ameaçadoras da vida, através da prevenção
e alívio do sofrimento, por meios de
identificação precoce, avaliação correta e
tratamento da dor e de outros problemas de
ordem física, psicossocial e espiritual”
Terminalidade
• Conceito de Enfermidade Terminal (SECPAL):
• Presença de enfermidade avançada, progressiva e
incurável
• Falta de possibilidades razoáveis de resposta ao
tratamento específico
• Presença de inúmeros problemas ou sintomas
intensos, múltiplos, multifatoriais e cambiantes
• Grande impacto emocional no paciente, família e
equipe de cuidados
• Prognóstico de vida inferior a 6 meses (discutível)
Objetivos
• Aliviar a dor e outros sintomas;
• Privilegiar a vida e contemplar a morte como um
processo natural;
• Não tentar precipitar nem atrasar o momento da
morte;
• Integrar os aspectos psicológicos e espirituais de
atenção ao paciente;
• Oferecer ao paciente um suporte que permita
viver tão ativamente quanto for possível, até a
sua morte;
Objetivos
• Oferecer à família um suporte que ajude encarar
o seu sofrimento e o do próprio paciente;
• Dar suporte para responder às necessidades do
paciente e de seus familiares, incluindo o
acompanhamento psicológico, se for necessário;
• Melhorar a qualidade de vida e influir, se possível,
favoravelmente, sobre o curso da doença;
Importante
• Os cuidados paliativos podem ser aplicados
num estádio precoce da doença,
paralelamente a outras terapias enfocadas em
prolongar a vida (por exemplo, quimioterapia
ou radioterapia); são igualmente compatíveis
com as provas necessárias para diagnosticar e
tratar melhor as complicações clínicas
dolorosas
Os objetivos da geriatria são
– Reabilitação
– Prevenção de incapacidades
– Redução da dependência
– Cura
• Quando isso não é possível, pelas próprias
características de determinadas doenças, o
objetivo passa a ser o de proporcionar
– conforto,
– alívio dos sintomas e
– possibilidade de enfrentar a última etapa de vida
com dignidade
• Mudança de foco
• Doença
• Doente
• (Indivíduo e família)
• “...acrescentar vida aos dias quando não se pode
acrescentar dias à vida...”
Fatores de risco para Mortalidade
•
•
•
•
•
Idade avançada (principal fator)
Sexo masculino
Incapacidade funcional
Hospitalização no último ano
Auto-avaliação negativa de saúde
Analise das seguintes questões
• O sintoma causa um comprometimento na
qualidade de vida do paciente?
• Existe uma causa para este sintoma?
• Esta causa pode ser tratada?
• O tratamento tem uma boa relação Risco Efetivo? Contribuirá para melhorar a
qualidade de vida do paciente?
Quando encaminhar um paciente para
tratamento paliativo?
Critérios para Terminalidade
• Para estabelecer critérios de
terminalidade é necessário ter em mente
não só o avanço da doença, a
comorbidade, mas o estado mental e
emocional do paciente e da família
• Termos fundamentais
– Distanásia ; Eutanásia ; Ortotanásia
Terminalidade em Demência
A morte pode ocorrer por complicações da doença
É preciso os critérios I e II para encaminhar aos
cuidados paliativos:
I) Capacidade funcional muito baixa, AVD < 3;
II) Complicações médicas (ao menos uma das
seguintes): pneumonia aspirativa, infecção
urinária, septicemia, úlcera por pressão,
ingestão oral insuficiente, perda de mais de
10% do peso em 6 meses ou albumina <
2,5, colesterol < 155
Protocolo de CP
em
Pacientes com
Síndrome Demencial
• Qual o momento de iniciar o planejamento
de CP no idoso demenciado
• Tomada de decisão, IOT, ressuscitação,
diálise, gastrostomia, sonda, etc…
• Como diagnosticar a tratar dor no paciente
com demência avançada?
• Controle de sintomas
• Cuidadores
Evolução “natural”
Cuidados Paliativos na Demência
• A demência não é encarada pelos profissionais da
saúde como uma doença terminal.
• Um estudo com 1609 pacientes institucionalizados
com demência avançada mostrou que os médicos
não reconhecem quando os doentes tem uma alta
probabilidade de morrer.
• Curiosamente, o estudo concluiu que mais de
metade dos doentes tinham sido admitidos no
hospital durante o ano anterior a morte
• Mesmo assim, nenhuma abordagem foi
iniciada para evitar a admissão desses
pacientes no departamento de
emergência.
• Se estes doentes tivessem sido
corretamente identificado como
terminais,provavelmente,muitas idas a
emergência poderiam ser evitadas
Protocolo de avaliação
de
Idosos
em
Cuidados Paliativos
Primeira Avaliação
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Identificação
Doença de base
Tempo do diagnóstico
Comorbidades
Cuidador
Religião
Quer discutir com alguém sobre a religião
AVD
AIVD
MEEM
GDS
CAM
Questionário
• Aceitação da morte
•
( ) Boa
( ) Ruim ( ) Péssima
• Quanto sabe sobre a sua doença de base
•
( )Muito
( )Pouco ( )Quase nada (
)Nada
• Qual a posição dos familiares quanto a dizer a
situação do paciente
– ( ) Preferem que diga a verdade
– ( ) Querem esconder a verdade para proteger o
paciente mesmo sabendo que isso poderá
interferir na confiança futura do cuidado paliativo
• Escala de avaliação verbal da dor
•
•
•
•
•
(
(
(
(
(
) Sem dor
) Dor fraca
) Dor moderada
) Dor intensa
) Dor insuportável
• Pior sintoma (deixar que o paciente fale)
•
( ) Dispnéia
•
( ) Anorexia
•
( ) Vômito,Náuseas,Fadiga,Ansiedade.......
• Local ideal para morrer?
– ( ) Casa
( ) Familiares
– ( ) Cidade Natal ( ) Hospital ( )Outros
– Qual?_____________________________
• Pessoa em que confia para tomar as
decisões quando não estiver mais
consciente?
– ( ) Esposo (a)
( ) Filho (a)
– ( ) Amigo(a)
( ) Parente ( ) Outros
– Qual?___________________________
• O que considera uma morte boa?
–
–
–
–
( ) Sem dor
( ) Dormindo
( ) Morte súbita
Etc…
• O que considera morte ruim?
–
–
–
–
( ) Dor
( ) Prolongada
( ) Totalmente dependente
Etc…
Estágios Emocionais do paciente
terminal
• Opinião do paciente sobre condição futura
•
•
•
•
•
•
Aceita intubação traqueal?
Aceita passagem de sonda naso enteral?
Aceitaria gastrostomia?
Aceitaria tratamento de hemodiálise
Se em morte cerebral, desejaria doar órgãos?
Desejaria manobras de reanimação?
As bases da terapêutica em pacientes
terminais
• Atenção integral, que leve em conta os aspectos físicos,
emocionais, sociais e espirituais. Forçosamente, tratase de uma atenção individualizada e continuada.
• O doente e sua família são a unidade a tratar. A família
é o núcleo fundamental do apoio ao doente,
adquirindo uma relevância especial na atenção
hospitalar. A família requer medidas específicas de
ajuda e educação.
• A promoção de autonomia e a dignidade do paciente
devem guiar as decisões terapêuticas. Estas decisões
somente serão possíveis se forem previamente
elaborados com o paciente os objetivos terapêuticos.
• Concepção terapêutica ativa, incorporando uma
atitude reabilitadora e ativa que leve a superar o
“não há mais nada que se possa fazer”.
• A importância do “ambiente”. Uma “atmosfera”
de respeito, conforto, suporte e comunicação
influem de maneira decisiva no controle dos
sintomas. A criação deste ambiente depende das
atitudes da equipe multi-profissional e da família,
assim como de medidas organizadoras que dão
segurança e promovem comodidade ao doente
Instrumentos Básicos
• Controle dos sintomas: Saber reconhecer, avaliar
e tratar adequadamente os numerosos sintomas
que aparecem e que incidem diretamente sobre
o bem estar dos pacientes. Não se pode esquecer
de que, algumas vezes, os sintomas poderão ser
controlados (dor, dispnéia, etc.), mas outras vezes
será preciso proporcionar a adaptação do doente
aos mesmos (debilidade, anorexia, etc.).
• Apoio emocional e comunicação com o paciente,
familiares e equipe multidisciplinar,
estabelecendo uma relação franca e honesta.
• Mudanças na organização que permitam o
trabalho interdisciplinar e uma adaptação flexível
às alterações nas metas estabelecidas para o
paciente.
• Existência e interação de uma equipe
multidisciplinar, já que é muito difícil planejar
cuidados paliativos sem um trabalho em equipe
“EXISTE UM LIMITE
PARA TRABALHO E A
CURA , MAS NÃO HÁ
LIMITES PARA O
CUIDADO!”
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