After Action Report FIM DO ANO ê uma épocade balanço. Olhamos para trás, avaliamos os últimos doze mesescom espírito critico e atribuÍmos-lhe um valor. Foi um ano à altura do esforço que lhe dedicámos? O problema é que essaavaliaçãoé quase sempre subjectiva e mais focada nos últimos acontecimentos do que seria desejável.A memória não dá para tudo e o que aconteceuentreJaneiro eJunho. Se não foi positiva ou negativamente dramático, já está esquecido. O mesmo acontece,em menor escalatemporal, com os projectos quotidianos nas nossasemPresas. Demasiadasvezesvamos de projecto em projecto sem encerrar definitivamente o anterior. Por encerrar não quero dizer colocar a última peça no lugar, realizar a última acçãoplaneada, mas sim aprender com tudo o que aconteceu no percurso. Hegel escreveuum dia que o conhecimento vem sempre no fim de um processo. É a aprendizagem que nos permite dizer em definitivo que algo está encerrado.Paradoxalmente,nunca estamos tão preparados para um empreendimento como no momento em que o terminamos. Sô então sabemos tudo o que precisamos para o iniciar. É verdade que essaaprendizagem se faz sempre de forma tácita. Alguma conclusão dos factos resta sempre no nosso conhecimento implícito. Mas isto não ê suficiente. O conhecimento implícito só pode ser activadopela pessoaque o possui, em face das circunstâncias que o requerem. Não é transferível nem gerÍvel. Na ausência de metodologias de aprendizagem estruturadas, perdemos todos os dias informação útil para o desenvolvimento da empresa e dos seus colaboradores. Paralidar com este problema, o exército dos Estados Unidos implementou uma técnica simples de análise de actividades que fomenta a aprendizagem. Chama-seAfter Action Report, No fim de cadaacção no terreno a equipa de projecto respondea três perguntas: O que correu bem? O que correu mal? O que fazer diferente da próxima vez? Estas perguntas são respondidas individualmente e en-Ìgrupo e o resultado ê registado para posterior consuÌta. Pode uma têcnica tão simples fazer a diferença? Claro que sim. Se não acredita, enumere por favor de cabeçatodas as coisas que aprendeu nos projectos em que esteve envolvido no ano passado. Difícil? Se tivesse registado nem precisava de me dizer, eu consultava directamente. A verdade é que a maioria do conhecimento implicito não pode ser activada a pedido. Algo tão simples como: na circunstânciaX esperávamosY e aconteceu Z, pode ser uma informação irrelevante no projecto em que ocorreu e de elevado valor para o projecto que está a começar.Por não ter sido relevante no projecto passado,essainformação tende a ser perdida após algum tempo. O registo sistemático ê a única maneira de captar e gerir conhecimento na empresa. As coisaseficazessão sempre simples. Tendemos a gostar muito de modelos complexos com setas para caixinhas, bolinhas e losangos, com conceitos eruditos. De preferência fornecidos por uma grande empresa de consultoria ou um guru da gestão.Mas a maioria das vezesessesmodelos não são implementados porque não são práticos. Experimente avaliar todos os projectos e grandes tarefas com esta técnica simples. Se não for capaz de melhorar a sua vida pr-ofrssionale pessoal no próximo ano com a implementação do After Action Report a culpa não ê do instrumento, é da qualidade das suasrespostasàs perguntas. Nesse caso,avalie a sua implementação do After Action Report respondendo às seguintes questões: o que correu bem? O que correu mal? O que fazer diferente da oróxima vez? ED - c o N S U L T ODREc E S T Ã O FU , N D A D ODRAP L A NB c o N S U L T I N C , INUTIL AUTORDO LIVROA ARTEDETORNAR-SE PARTN ERDATMI PORTUCAL, 82' E x e c u t i v e D i g e s tD e z e m b r o2 o o 9