FACIS - FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE NELI APARECIDA MOREIRA FOBIA SOCIAL E HOMEOPATIA SÃO PAULO 2012 NELI APARECIDA MOREIRA PÓS-GRADUAÇÃO EM HOMEOPATIA FOBIA SOCIAL E HOMEOPATIA Monografia apresentada a Faculdade de Ciências da Saúde como pré-requisito para obtenção de Certificado de Conclusão de Curso de Pós- graduação Latu Sensu em Homeopatia. Orientador: Dr. Oswaldo Ocudízio SÃO PAULO 2012 Moreira, Neli Aparecida Fobia social e homeopatia. / Neli Aparecida Moreira. - São Paulo, 2012. 37f.;il.;30cm Monografia – FACIS - Faculdade de Ciências da Saúde, Curso de Pós Graduação Lato Sensu em Homeopatia. Orientador: Prof. Dr. Oswaldo Ocudízio 1. Homeopatia 2. Fobia Social 3. Ansiedade I.Título AGRADECIMENTOS Primeiramente gostaria de agradecer a Deus, pela vida e oportunidade de a cada dia conseguir me aprimorar na busca do saber. Aos meus professores Dr.Mário Giorgi, Dr.Carlos Brunini ,Dr. Marcelo Postilione e Dr. Furuta pela sua didádica , paciência, e incentivo. Ao Dr. Oswaldo Ocúdizio, meu orientador, que sempre muito dedicado e paciente, generosamente compartilhou sua sabedoria para realização deste trabalho.. Aos meus amigos, pelo incentivo, dedicação, apoio e amizade RESUMO A fobia social ou transtorno da ansiedade social ou sociofobia é uma intensa ansiedade que surge quando a pessoa acometida é submetida a avaliação de outras pessoas. O presente trabalho refere-se ao uso da Homeopatia como método coadjuvante no tratamento de um caso de fobia social. Palavras chaves: fobia social, Medo, Ansiedade. ABSTRACT The social phobia or social anxiety disturb is an extreme anxiousness that appears when a person is submitted to juldgment of other individuals. The present analysis refer s to the use of homeopathy an a supporting method for treatment of one evidence of social phobia. Key words: Phobia social, Fear; Social anxiety disorder. LISTA DE FIGURAS Figura 1 Repertório de Homeopatia 1 ...................................................................................... 22 Figura 2 Repertório de Homeopatia2 ....................................................................................... 33 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 7 2. FOBIA SOCIAL ................................................................................................................. 9 3. A HOMEOPATIA............................................................................................................. 13 4. HIPÓTESE ........................................................................................................................ 19 5. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................. 20 6. RESULTADOS ................................................................................................................. 23 6.1 NATRUM MURIATICUM - Matéria Médica .......................................................... 23 6.2 LYCOPODIUM CLAVATUM - Matéria Médica .................................................... 24 6.3 IGNATIA AMARA - Matéria Médica ...................................................................... 25 6.4 CALCAREA CARBONICA - Matéria Médica......................................................... 27 7. CASO CLÍNICO ............................................................................................................... 29 8. DISCUSSÃO..................................................................................................................... 34 9. CONCLUSÂO .................................................................................................................. 36 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 37 7 1. INTRODUÇÃO A idéia do presente trabalho surgiu após consulta ambulatorial homeopática de um paciente com diagnóstico de fobia social e com pouca melhora com tratamento convencional. A paciente procurou o ambulatório de Homeopatia para uma nova alternativa de tratamento. Atualmente, a correria do dia-a-dia, o culto ao corpo, e outras questões da vida moderna podem desencadear problemas psicológicos, devido a grande dose de ansiedade, muitas vezes, de difícil administração tanto para adultos, crianças e jovens. A Fobia Social é um tipo de transtorno de ansiedade e é tida como uma anomalia da sociedade moderna, tal como o estresse, a síndrome do pânico e muitas outras anomalias psíquicas. O tratamento convencional da Fobia Social baseia-se em medicamentos alopáticos associado a psicoterapia. Esse tratamento precisa ser regular e persistente, tornando-se muitas vezes oneroso para o paciente, que muitas vezes acaba por não mantê-lo de forma regular. O sistema público nem sempre consegue dar vazão aos inúmeros pacientes, de modo que apenas os pacientes financeiramente privilegiados conseguem manter o tratamento farmacológico associado a psicoterapia. Além disso, os medicamentos convencionais não são isentos de efeitos colaterais e nem sempre a resposta farmacológica consegue trazer o bem estar e equilíbrio emocional que o paciente necessita. 8 Diante destes fatos, a Homeopatia pode ser uma alternativa importante porque aborda tanto o aspecto mental quanto orgânico do paciente. Além disso, a Homeopatia é uma forma de tratamento segura e barata podendo assim representar mais um tipo de intervenção terapêutica para aqueles pacientes que são parcialmente responsivos ao tratamento convencional. Neste trabalho foi feita uma revisão de literatura sobre Fobia Social: definição, tipos, quadro clinico, terapêutica convencional seguida de um breve histórico da Homeopatia e seus princípios fundamentais. Foi descrito os principais sintomas da fobia social e feita a tradução em linguagem repertorial homeopática. Esses sintomas foram então repertorizados e foram obtidos os principais medicamentos homeopáticos que cobrem o quadro clinico de fobia social, realizando uma descrição resumida do perfil mental destes medicamentos. Foi descrito também o quadro clinico abordado no ambulatório de homeopatia, bem como o tratamento e evolução do mesmo. 9 2. FOBIA SOCIAL A fobia social é considerada um dos transtornos mentais mais prevalentes na população geral. A fobia social é o medo acentuado e persistente de agir de forma ridícula ou inadequada na presença de outras pessoas, gerando ansiedade intensa quando submetido a avaliação. Apresenta-se em dois tipos básicos: a circunscrita, restrita a apenas um tipo de situação social, e a generalizada, caracterizada pelo temor a todas ou quase todas as situações sociais. Conforme o rigor diagnóstico, estima-se que 5% a 13 % da população geral apresentem sintomas fóbicos sociais que resultem em diferentes graus de incapacitação e limitações sociais e ocupacionais. A patogenia da fobia social pode mostrar um modelo claro de interações entre fatores biológicos e genéticos, por um lado, e acontecimentos ambientais de outros. Relatos de co-morbidade com fobia social variam de 50 a 80%, tais com transtornos de ansiedade, do humor, e relacionados ao uso de drogas. As características clínicas da fobia social são: ansiedade antecipatória, os sintomas físicos, a esquiva e a baixa auto-estima. Os sintomas são típicos de qualquer transtorno de ansiedade. O que caracteriza a fobia social particularmente é o desencadeamento dos sintomas sempre que a pessoa é submetida à observação externa enquanto executa uma atividade. 10 O medo social na grande maioria das vezes está associado às situações de desempenho, como falar em público, as interações sociais do dia- a- dia, como ir a uma festa, uma entrevista de emprego, etc. As pessoas diagnosticadas como fóbicas sociais apresentam uma hipersensibilidade a críticas, mantêm uma avaliação negativa a respeito de si mesma, sentimentos de inferioridade, e apresentam grande dificuldade em serem assertivas. Segundo o DSM-IV-TR (APA, 2002), a fobia social é caracterizada por medo acentuado e persistente de uma ou mais situações sociais ou de desempenho. A pessoa teme agir de um modo ou mostrar sintomas de ansiedade que lhe sejam humilhantes e embaraçosos, e a exposição à situação social temida provoca uma resposta de ansiedade intensa, que pode chegar a um ataque de pânico. A pessoa geralmente evita essas situações ou as suporta com intenso sofrimento. A fobia social apresenta significativa interferência nas rotinas de trabalho, acadêmicas e sociais. Os critérios diagnósticos para fobia social de acordo com DSM-IV-TR ( Manual de Diagnóstico e Estatística das Desordens Mentais, 2002) são: A) Medo acentuado e persistente de uma ou mais situações sociais ou de desempenho, nos quais o individuo é exposto a pessoas estranhas ou ao possível escrutínio por terceiro. O individuo teme agir de um modo (ou mostrar sintomas de ansiedade) que lhe seja humilhante e vergonhoso. Nota: Em crianças deve haver evidências de capacidade para relacionamentos sociais adequados à idade com pessoas que lhe são familiares, e a ansiedade deve ocorrer em contextos que envolvem seus pares, não apenas em interações com adultos. B) A exposição à situação social temida quase invariavelmente provoca ansiedade, que pode assumir a forma de um ataque de pânico ligado a situação ou prediposto por situação. Nota: Em crianças, a ansiedade pode ser expressa por choro, ataques de raiva, imobilidade ou afastamento de situações sociais com pessoas estranhas. C) A pessoa reconhece que o medo é excessivo ou irracional. Nota: Em crianças essa característica pode estar ausente. 11 D) As situações sociais e de desempenho temidas são evitadas ou suportadas com intensa ansiedade ou sofrimento. E) A esquiva, antecipação ansiosa, ou sofrimento na situação social ou de desempenho temida, interferem significativamente na rotina, no funcionamento ocupacional (acadêmico), em atividades sociais ou relacionamentos do individuo, ou existe sofrimento acentuado por ter a fobia. F) Em indivíduos com menos de 18 anos, a duração é de no mínimo 6 meses. G) O temor ou esquiva não se deve aos efeitos fisiológicos direto de uma substância (por e, droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral, nem é bem mais explicado por outro transtorno mental (por ex., transtorno do pânico com ou sem agorafobia, transtornos de ansiedade de separação, transtorno dismórfico corporal, transtorno global do desenvolvimento ou transtorno da personalidade esquizóide). H) Em presença de uma condição médica geral ou outro transtorno mental, o medo no Critério A não tem relação com estes; por ex., o medo não diz respeito a tartamudez, tremor na Doença de Parkinson, ou manifestação de um comportamento alimentar anormal na anorexia nervosa ou bulemia nervosa. Especificar se: Generalizada: se os temores incluem a maioria das situações sociais (considerar também o diagnóstico adicional de transtorno da personalidade esquiva) . (American Psychiatric Association, 2002). A ansiedade que surge em situações de interação social é usualmente acompanhada por sintomas somáticos agudos, que incluem: tremores, sudorese, face corada, sensação de bolo na garganta, dificuldade de falar, tontura, falta de ar, mal estar abdominal, urgência para defecar ou urinar, dificuldade para urinar em banheiros públicos, desconforto em comer perto de outras pessoas, ficar acordado durante a noite antecipando um compromisso e sofrendo ao imaginar a situação, escrever ou assinar em publico, falar em publico, dirigir e estacionar o carro, comer ou beber, ser fotografado ou filmado, cantar ou tocar um instrumento. São pessoas extremamente sensíveis ás criticas e frequentemente imaginam que estão sendo criticados. Em outras palavras, fobia social, diz respeito ao medo da humilhação, constrangimento, e de fazer algo errado na frente dos outros. Aqueles com fobia social apresentam um senso aumentado de que estão sendo observados, totalmente 12 desproporcional a realidade, e normalmente os sintomas fóbicos surgem quando a pessoa é submetida à observação externa enquanto executa uma atividade. O tratamento médico é feito com uso de medicamentos associados a psicoterapia cognitivo-comportamental. Entre os medicamentos, a primeira escolha encontra-se nos inibidores seletivos da recaptação da serotonina e em segundo lugar , os benzodiazepínicos. Outras categorias de fármacos com provável eficácia incluem os IMAOs, outros agentes gabaégicos, beta-bloqueadores (com papel limitado na fobia social generalizada). Os antidepressivos tricíclicos, o ácido valproico e a buspirona têm apresentado resultados negativos. O tratamento que esteja funcionando adequadamente deve ser mantido por períodos prolongados, mais de dois anos. Depois disso, o índice de recidiva é muito alto, mais de 90%, caso o medicamento seja suspenso. De qualquer forma, não se pode deixar de apontar a necessidade de tempo hábil para que todo esse tratamento comece a restaurar a homeostase mental do paciente, além do fato de que cada paciente responde de forma particular e individualmente ao tratamento, que não é isento de efeitos colaterais. 13 3. A HOMEOPATIA A Homeopatia surge na Alemanha, em 1790, na cidade de Meisser, por intermédio de seu fundador, o médico Christian Friedrich Samuel Hahnemann, que, inconformado com os meios terapêuticos da medicina da época, fazia críticas severas ao fato dos médicos da época desconhecerem a natureza das substâncias usadas como medicamentos e seus efeitos. Hahnemann abandonou a prática médica e passou a dedicar-se a tradução de matérias médicas. Ao traduzir a matéria médica de Cullen sobre as propriedades medicinais da casca da quinquina, substância utilizada para tratar malária, toma conhecimento que indivíduos sadios que tinham tomado china, desenvolviam sintomas muito semelhantes ao da malária. Isto impulsionou Hahnemann a experimentar em si mesmo a china e constatou o aparecimento em si próprio de sintomas semelhantes ao da malária e que ao interromper o uso do medicamento, os sintomas desapareciam, constatando a informação da matéria médica de Cullen. Hahnemann, então, toma como base o principio formulado por Hipócrates : a lei dos semelhantes – Similia Similibus Curantur , que significa que a substância capaz de curar o doente é aquela que tem a capacidade de produzir os mesmos sintomas no individuo sadio , quando o mesmo entra em contato com esta substância. Esse potencial curativo pela regra da similaridade, embora já fosse conhecido na antiga Índia, por Hipócrates, o pai da Medicina , pelo físico e místico alemão Paracelsus, foi Hahnemann , um médico alemão que em 1790 testou esse principio e fundamentou as bases da Medicina Homeopática. 14 De 1790 a 1796, Hahnemann experimenta numerosas substâncias, sempre em indivíduos sadios e dentro de normas protocolares preestabelecidas. Ao conjunto de manifestações apresentadas pelo individuo sadio e sensível, durante a experimentação de uma droga, foi dado o nome de patogenesia. A reunião dos quadros experimentais devidamente catalogados passou a constituir a Matéria Médica Homeopática. Após a experimentação da quinquina, Hahnemann introduziu um novo método de estudo da qualidade das drogas. A resultante desta descoberta foi a enumeração de um enorme número de informações detalhadas de alterações nas sensações e funções observadas nos experimentadores e registros toxicológicos da época, referentes às inúmeras substâncias estudadas. Com o rápido crescimento das substância experimentadas e registradas por Hahnemann e seus discípulos, foi percebido que nenhuma mente humana poderia lembrar de todos os sintomas descritos nas Matérias Médicas. Hahnemann sentiu necessidade de ter algum auxílio para relembrar os dados das experimentações; assim, ele mesmo incentivou seus discípulos a elaborar um manual que fosse um índice para a Matéria Médica dos sintomas referentes aos medicamentos experimentados. Foi em 1805 que aparece em Leipzig o primeiro esboço do que chamamos hoje de Repertório Homeopático, com a patogenesia de 27 medicamentos. Surgiram dezenas de repertórios no decorrer dos tempos, os mais importantes foram os de Clement Von Boenninghausen e de James Tyler Kent. O repertório é um índice para a Matéria Médica. Repertório e Matéria Médica são complementares um ao outro. 15 Repertório é um índice de sintomas coletados a partir de registros toxicológicos, experimentações em indivíduos sãos e curas na prática clinica e que são reproduzidos e artisticamente arranjados de uma forma prática , auxiliando-nos a encontrar o sintoma requerido conjuntamente ao medicamento ou grupo deles, os quais são citados em diferentes graus , com o intuito final de facilitar a rápida seleção do medicamento simillium. Hahnemann experimentou baixíssimas doses no esforço de minimizar cada efeito e com isso desenvolveu a técnica chamada potencialização, em que o remédio escolhido( repertorizado) é diluído e succionado para produzir o termo da dose infinetesimal, a menor dose capaz de produzir a cura. Assim, a Homeopatia apresenta quatro pilares em sua fundamentação: Lei da semelhança ou Simila similibus curentur (Sejam os semelhantes curados pelos semelhantes). Experimentação no homem são. Dose mínima Remédio único. Define-se medicamento simillium aquele medicamento cuja patogenesia melhor coincidir com as manifestações psíquicas, gerais e locais, apresentadas por um doente, será o simillium deste doente. A Homeopatia é uma ciência, que trata o todo, ou seja, busca o equilíbrio e a totalidade do individuo, não se importando com a causa das doenças. O homem é um ser emocional. Se houver uma desunião em seu aspecto psíquico, ocorre o desequilíbrio, surgindo a doença. 16 Sendo assim, trata o doente e não a doença; percebe que existe algo que antecede a doença. “o homem doente é anterior ao corpo doente” (HAHNEMANN, 1990 apud PINHEIRO 2011). O termo Homeopatia vem do grego homoios (similar) e pathos (doença), assim, o potencial curativo das substâncias medicinais dependem, portanto ,de seus sintomas, semelhantes à doença , porém superiores em força. Assim cada caso individual de doença só é destruído e curado de forma segura, radical, rápida e permanente, através de medicamentos capazes de produzir (no organismo humano), da forma mais semelhante e completa, a totalidade de seus sintomas, que ao mesmo tempo sejam mais fortes que a doença. Segundo a Homeopatia, a força vital atua em todo o organismo, psíquico e físico, mantendo o estado de saúde. O remédio homeopático atua aumentando a força vital para que esta se torne superior a qualquer agente agressor, que pode ser psíquico, ambiental, físico... , ou seja, a força vital que é dinamicamente alterada pela doença natural, ao se iniciar o tratamento homeopático, essa força vital é instigada por uma segunda doença artificial semelhante e um pouco mais forte que a doença natural. Essa doença artificial é provocada pela administração de medicamento dinamizado e escolhido conforme a semelhança relacionada aos sintomas do doente. Deste modo, a influencia mórbida mais débil da doença natural cessa de atuar sobre a força vital e passa a ser dominada pela atuação mórbida artificial provocada pelo medicamento. Essa segunda força morbífica medicamentosa puramente dinâmica se dissipa, mas suas conseqüências prosseguem, restabelecendo o equilíbrio orgânico. A curta duração do poder morbífico artificial permite que o mesmo, embora dinamicamente mais forte, seja vencido pela reação da força vital. 17 Todo medicamento homeopático afeta e age no individuo em seu modo de pensar e querer, e posteriormente nos seus órgãos, tecidos, funções e sensações. Através da observação da experimentação dos remédios homeopáticos no organismo, Hahnemamm observou que os sintomas mentais foram os mais importantes e os primeiros a se manifestarem; estudou profundamente as doenças crônicas (estados de desequilíbrio prolongado) e expôs a teoria dos miasmas crônicos. Os miasmas são etapas fisiopatológicas de um desequilíbrio inicial que progride devido a noxas (causas) diversas. Noxa é todo agente causador de doença podendo ser um ambiente hostil, epidemias, agressões. Os três miasmas fundamentais são chamados Psora, Sicose, e Sífilis. O organismo agredido reage através de alterações celulares e descargas de toxinas com desorganização das funções celulares. Essa alteração do metabolismo celular constitui a Psora, por exemplo, inflamações agudas. Se o organismo se mobiliza não por descargas, mas por uma hiperfunção na reprodução e multiplicação celular causando excesso, instala-se a Sicose, por exemplo nevus, verrugas, hipertrofia cardíaca, obesidade, etc . Um processo mais agressivo em que a capacidade de defesa do organismo for ultrapassada, causando destruição dos tecidos, indica o estado miasmático sifilítico, que é um estado grave, por exemplo, úlceras e destruição dos tecidos. Quanto às alterações mentais, as manifestações da psora são as emoções mais primárias como ansiedade, medo, angústia; As reações mais exacerbadas como medo irracional, idéias fixas, depressões, assim como as atitudes de crueldade, de cólera, e mentira, estão relacionadas à Sicose. A Sífilis, mais destrutiva, traduz-se por manifestações psíquicas mais violentas como ódio, ciúmes 18 infundados, cólera e desprezo por si e pelos outros, com perturbação nas idéias, no raciocínio, na imaginação e na razão. A homeopatia tem a finalidade de promover o restabelecimento energético para manter o estado de saúde. O remédio escolhido será o que possui as características patogenéticas semelhantes aos sintomas apresentados pelo organismo. Segundo Hahnemann, duas forças não ocupam o mesmo lugar no organismo, de modo que a mais fraca sucumbe à mais forte. O remédio homeopático atua aumentando a força vital de modo que esta vença e se torne superior à força de ação dos agentes agressores, estimulando a capacidade natural de recuperação da saúde. Essa é a cura homeopática. A cura, que é o equilíbrio, é observada no desaparecimento dos sintomas clínicos, no equilibrio miasmático das tendências de adoecer, e em um nível pessoal na mudança de atitude, que é o que Hahnemann chamava de altos fins da existência. 19 4. HIPÓTESE É possível tratar fobia social com Homeopatia? 20 5. MATERIAIS E MÉTODOS Foi realizada a seleção dos principais sintomas da fobia social nas literaturas de (Davidson, 1995; Nardi, 1999) e em seguida foi feita a tradução destes sintomas em linguagem repertorial. O repertório utilizado foi o digital do Dr. Ariovaldo Ribeiro Filho, especialista em Homeopatia pelo CFM e atual presidente da Associação Paulista de Homeopatia(APH). Os sintomas selecionados foram: 1.Sensação de medo intenso; medo irracional; 2.Medo da critica; 3.Baixa auto-estima; 4.Sensação de bolo na garganta; 5.Dificuldade de urinar em banheiros públicos; 6.Ficar acordado a noite antecipando um compromisso; 7.Palpitação; 8.Medo da humilhação; 9.Medo de ser constrangido; 10. Isolamento social; 11. Timidez acentuada; 12. Ansiedade intensa quando submetido à avaliação; Esses sintomas foram então traduzidos em linguagem repertorial como segue: 1.Mental - Transtornos por medo; 2.Mental – sensível à repreensões , reprimendas; 3.Falta de confiança em si mesmo; 21 4.Garganta – bolo, grumo, protuberância, etc ; sensação de 5.Bexiga – retenção de urina- incapaz de urinar na presença de companhia; 6.Transtornos por antecipação; 7.Peito –palpitação cardíaca – ansiedade com; 8.Mental – transtornos por humilhação; 9.Mental – transtornos por constrangimento; 10. Misantropia; 11. Mental – timidez, envergonhado; 12. Mental – transtornos de ansiedade; Esses sintomas foram repertorizados. ( vide anexo 1 ) 22 Figura 1 Repertório de Homeopatia 1 23 6. RESULTADOS As medicações mais pontuadas na repertorização foram: 1. Natrum muriaticum; 2. Lycopodium clavatum; 3. Calcarea carbonica; 4. Ignatia amara; Foi realizada uma descrição resumida com enfoque no mental de cada medicamento. 6.1 NATRUM MURIATICUM - MATÉRIA MÉDICA Natrum muriaticum ou Cloreto de Sódio (NaCl) é o vulgar sal de cozinha. Está na nossa alimentação diariamente e é um medicamento poderoso quando suas propriedades são liberadas pelos processos de dinamização. Medicamento do paciente pouco comunicativo, reservado, distraído, que foge da companhia das pessoas que não conhece. É ambivalente e sempre nos extremos. É inseguro e impermeável à psicoterapia. Tendência obscessiva ou fóbica-obscessiva. O paciente duvida de si mesmo, verifica de modo compulsivo. Padecem de frustração quando não recebe afeto na medida necessária, e essa frustração interfere no seu desenvolvimento, implicando em falta de segurança, de autonomia, falta de capacidade de valorizar-se e ser independente. Os indivíduos Natrum muriaticum quando sofrem emoções e decepções, as guardam dentro de si para serem curtidas da mesma maneira como o sal conserva. 24 Então busca o isolamento, a solidão. Sofre silenciosamente, curtindo sua raiva, sua frustração e por isso torna-se irritadiço e impetuoso. Esses indivíduos necessitam quantidade exagerada de água e sal, assim como necessitam de quantidades exageradas de afeto. Daí derivam sintomas reativos de não aceitar ter prazer na vida, pensamentos persistentes, idéia fixa, descontentamento, raiva reprimida, fixação no passado. Tem ansiedade diante dos problemas, ansiedade ao dormir, ansiedade pelo futuro e palpitação por ansiedade. Tem medo escravizante, medos recorrentes, medo de fracassar. Assim como não choram na frente dos outros , também não são capazes de urinar na presença de outro, não tolerando que o olhem. 6.2 LYCOPODIUM CLAVATUM - MATÉRIA MÉDICA Lycopodium clavatum é um grande musgo, da família das lypodiáceas que se desenvolve a sombra de arbustos, procurando terrenos pedregosos e montanhosos, rastejando no chão. Cresce na Europa, Finlândia, Rússia, Suiça, Alpes e Pirineus. Apresenta psiquismo voluntarioso, orgulhoso, e muito inteligente. Quer sempre ser o melhor. Tendência a crítica e a puxar discussão. Tem sempre a última palavra. Parece seguro de si e dos fatos, porém trazem consigo a sensação de menos valia, com falta de confiança em si mesmo, em sua capacidade e em suas atitudes para enfrentar o meio que o rodeia, e resolve isto tendo atitudes reativas, tais como mostrando-se orgulhoso, superior, arrogante, e ditatorial. 25 É um individuo emotivo, medroso, melancólico, muito sensível, e facilmente irritável. Quer estar só, mas não completamente, quer que alguém esteja em casa, não quer sentir-se isolado. Não deseja estar em sociedade, ver pessoas que não conhece, deseja somente ter contato com os que já tem intimidade. Tem dificuldade de se expressar e é tímido. Sofre por antecipação em assuntos que colocarão em prova sua capacidade, temendo o fracasso. 6.3 IGNATIA AMARA - MATÉRIA MÉDICA Ignatia amara, Faba febrífuga, Faba indica, Nux igasur ou fava de Santo Inácio é a semente da Strychnos Ignatia, uma planta trepadeira da família das Apocináceas e que cresce nas Filipinas, na Conchinchina e em todo o extremo Oriente. Esta semente, do tamanho de uma avelã, é angulosa, irregular e dura como pedra. Cada fruta da planta contém 20 a 40 sementes. Sua ação se deve aos seus dois principais alcalóides, a estricnina e a brucina. Apresenta percepção aguçada, humor muito mutável, caráter dócil mas facilmente irritado. O caráter, como tudo em Ignatia amara, é paradoxal. Oscilação em uma instabilidade contínua, choro e riso, alegria e tristeza. Nash denomina Ignatia um “Remédio das paradoxalidades”: tem febre sem sede, dor de garganta que melhora ao engolir, calafrios melhoram quando se descobre, vazio no estômago que não melhora por comer. Clarke diz (Dictionary), “As sementes de Ignatia contêm uma maior proporção de Strychnia do que a de Nux vômica e ao comparar a mentalidade das duas drogas , Hahnemann diz que Ignatia não é adequada para pessoas em que 26 predominam a raiva , impetuosidade ou violência , mas sim para aqueles que são sujeitos à alternância súbita entre alegria e o choro e alternância de outras emoções. Sem ser colérico nem precipitado, é impressionável e extremamente susceptível; magoa-se por nada, isola-se para chorar, para ruminar suas tristezas que exagera; faz um drama acompanhado de suspiros e lamentos. Emociona-se com facilidade e ao menor susto. Ignatia é um grande remédio do mau humor e das contradições; do estresse e da tensão mental, ligada ao choque, à perda, ao desapontamento ou a aflição, que perturbam violentamente o julgamento e o autocontrole. É um dos melhores remédios para os transtornos por emoções, tristezas, penas e medo. Tem tendência a ressentir-se e apresentar melancolia e tristeza, com disposição para sofrer em silêncio. Sofre de tristeza escondida, com grandes suspiros, desejando estar só com seus pensamentos. Suspira muito, profundamente, por nada seus olhos enchem de lágrimas, humor extremamente lábil passando do riso para lágrimas e vice- versa. Também é um importante remédio nos casos de vexação em indivíduos que não tem tendência para reagirem violentamente ou para se vingarem, mas que mantém seus aborrecimentos consigo mesmo; em quem, numa palavra, a lembrança da ocorrência vexatória é hábito permanecer na mente, principalmente em condições mórbidas que são produzidas por acontecimentos que causam mágoa. Humor melancólico, tristeza, choro, suspira profundamente, fechada em si mesmo, rumina seus pensamentos e idéias. Caprichoso, mudando rapidamente de estado mental, de alegria em pesar, de riso em choro. Grande remédio da histeria. Insônia após contrariedades, sono não reparador, pesadelos, sonhos tristes que o deixam impressionados. 27 Apresenta sensação de como se uma bola subisse do estomago para a garganta (bolo histérico), sobretudo após uma tristeza, uma contrariedade. 6.4 CALCAREA CARBONICA - MATÉRIA MÉDICA Também chamada de calcarea ostrearum. Este medicamento é extraído da camada média da ostra. O trabalho intelectual é difícil, têm lentidão no aprendizado; dificuldade de fixar a atenção e fadiga rápida produzida pelo exercício mental. Débil, indolente, sem energia, melancólico, triste, deprimido, com tendência irresistível de chorar. Temeroso, ansioso, tem desgosto pela vida, vê tudo pelo lado negro. Indivíduos irritados e impacientes, com acessos de cólera impulsiva. Ansiedade após ouvir notícias desagradáveis. Terrores noturnos. Preocupação com “o que vão dizer” (Horvilleur, 2002). Medo que sua doença seja notada. Idéias infantis, preocupações com detalhes e com coisas sem importância. O que parece insignificante para todo o mundo torna-se enorme para ele e seus pensamentos o obsedam a ponto de acreditar que vai enlouquecer. Ele acha que as pessoas o olham de forma suspeita e ele os olha, desconfiado, fica pensando porque não lhe dizem nada. Acha que poderá ficar insano, que as outras pessoas estão observando seu estado mental, e isso fica em sua mente o tempo todo. Pensa nisso durante a maior parte do dia; pensa nisso de noite, o que o mantém acordado. Crianças tristes e infelizes e adultos desgostosos da vida ficam cansados da vida. 28 Cheio de medos. Cansaço da vida, desesperança, ansiedade. O mundo é negro. “Medo de que aconteça algo triste e terrível. Medo de perder a razão ou que as pessoas percebam sua confusão mental”. Medo da morte; da doença; de ficar sozinho”.(Kent, 2000). Medo em abundância principalmente quando o sistema voluntário está perturbado. Se sobressalta com qualquer barulho. Não consegue dormir, a fim de descansar o corpo e a mente. O sono é transtornado por sonhos horríveis. Sono inquieto. Apresenta palpitações cardíacas a cada episódio de excitação nervosa. 29 7. CASO CLÍNICO LPP, 39 anos, solteira, dentista, católica,branca Queixa Principal: Fobia social há 13 anos. Historia da moléstia atual: Paciente refere estar fazendo acompanhamento com psiquiatra e tem o diagnóstico definido de fobia social. Paciente refere que sempre foi muito tímida e retraída, e que há cerca de 13 anos iniciou com quadro de fobia social, passando a evitar lugares públicos, e convivência social. Tinha acabado de sair da faculdade e estava sem emprego, sem direção, sem amigos. Refere que quando precisava estar em lugares públicos sentia se mal, apresentando taquicardia, sudorese, e acentuava seus tremores de extremidades, os quais sempre apresentou desde sua infância. Há cerca de 4 anos, iniciou com quadro de depressão. Por aconselhamento de sua irmã, iniciou com psicoterapia, tendo pouca melhora do quadro durante o 1° ano de tratamento. Foi então encaminhada para tratamento com psiquiatra. Manteve psicoterapia e as medicações: paroxetina e olcadil, com melhora de 50% do quadro. Refere intensa ansiedade ao ir trabalhar e precisar lidar com o público, chegando muitas vezes a desmarcar suas consultas. Tem medo de errar, dos pacientes perceberem o tremor de suas mãos, com medo que reconheçam seus 30 problemas. Muitas vezes acaba brigando com seus familiares que não compreendem sua situação, não gosta de ser contrariada. Relata ser muito ansiosa, sofrendo muito com situações novas. Refere ser amorosa, demonstrando isso ajudando as pessoas de sua convivência familiar. Às vezes guarda mágoa, mas não é vingativa. Não gosta de ser contrariada. Relata viver um conflito muito grande pois muitas vezes sente-se culpada pelos seus problemas. Chora por tristeza de suas dificuldades. Quando pedido para dar nota de 0 a 10 para as seguintes situações, foi obtido o seguinte: -organizado=8 -ciumento=7 -indeciso=9 -critico=9 Tem sede normal e é mais friorenta Exame Físico: Paciente consciente, orientada no tempo e espaço, eupneica, hidratada, corada. PA: 110 x 60 mmHg FC: 80 bpm AC: BRNF2T SS AR: MV+ bilateralmente sem ruídos adventícios. Pulsos periféricos presentes e normais 31 Obteve-se a Síndrome Mínima de valor Máximo: 1-FALTA DE CONFIANÇA EM SI MESMO 2-INTOLERANTE A CONTRADIÇÃO 3-PESAR, MÁGOA 4-TRANSTORNOS POR CÓLERA, VEXAÇÃO, COM ANSIEDADE 5-TRANSTORNOS POR MEDO 6-TRISTEZA, DESANIMO, DEPRESSÃO MENTAL 7-EXTREMIDADES - TREMOR Foram repertorizados esses sintomas no repertório digital. ( anexo II) Prescrição: Ignatia amara 18 CH glóbulos- 5 glob VO 1x/dia Retorno em 1 mês Segunda consulta: Refere estar bem mais segura de si mesmo. Abre seu coração dizendo que antes desmarcava as consultas porque não se sentia capaz de atender seus pacientes e depois sofria de arrependimento por ter feito isso. Atualmente está conseguindo atender normalmente seus pacientes e não fica mais tão preocupada com os pacientes esperando na sala de espera enquanto está atendendo. Prescrição: Mantida primeira prescrição pois a paciente ainda continua apresentando melhora. Terceira consulta: Paciente refere estar bem melhor. Sente –se melhor. 32 Já voltou a sair normalmente de casa. Refere estar mais equilibrada, e já não chora mais como antes. Está mais segura no seu trabalho. Voltou a sonhar. Prescrição: Mantida Ignatia amara 18 CH glóbulos- 5 glob VO 1x/dia Retorno em 2 meses Quarta consulta: Paciente refere estar bem, porém queixa-se que não consegue se expressar muito bem ainda, tanto na sua convivência familiar, como profissionalmente. Sentindo muita solidão. Prescrição: Ignatia Amara 24 CH 05 globulos 1x/ dia Retorno em 2 meses Quinta consulta: Paciente refere estar bem, aceitando mais as situações que é submetida de forma tranquila tanto profissionalmente como pessoalmente. Mantendo até o presente momento a prescrição de Ignatia 24 CH glóbulos 1x/dia. 33 Figura 2 Repertório de Homeopatia2 34 8. DISCUSSÃO Nos últimos 20 anos, não há outro ramo da psiquiatria que sofreu tantas alterações diagnósticas e terapêuticas como os transtornos da ansiedade. Não porque a ansiedade estivesse ausente nos estudos psiquiátricos. Os diagnósticos dos transtornos da ansiedade eram entidades que tinha o “pré-conceito “pelos médicos e psicólogos de serem de” origem psicológica “,e, então - concluía-se erradamente -, só mereceriam tratamento psicológico. A esperança para as pessoas que sofrem dessa “timidez patológica”, a fobia social, começou a se delinear com as primeiras publicações especificas sobre o tema a partir de 1985. Este trabalho mostrou uma análise dos sintomas de fobia social pela ótica da homeopatia, mostrando remédios capazes de atuar sobre quadro de fobia social, por apresentar em sua patogenesia sintomas característicos de fobia social. Desta maneira a homeopatia pode ser uma nova alternativa para tratamento de pacientes acometidos por problemas psiquiátricos, porque ela aborda sintomas mentais além de sintomas orgânicos, e por isso ela pode ser uma opção vantajosa para área de saúde mental com a vantagem de ser um tratamento de baixo custo. Atualmente a maioria dos pacientes procura a homeopatia muito mais por apresentar uma insatisfação aos resultados da terapêutica convencional ou quando ás várias tentativas de cura da medicina tradicional já foram usadas. Se houvesse uma maior comunicação entre os médicos alopatas e homeopatas, principalmente psiquiatras, derrubando paradigmas, desenvolvendo respeito mútuo, abstendo-se de preconceitos, cada um observando a sua própria limitação diante de alguns casos, o paciente teria um ganho maior diante da possibilidade de chegar a cura, pois a fobia 35 social é um dos mais prevalentes transtornos psicológicos na população geral e por isso seu correto diagnóstico e encaminhamento para tratamento adequado minimizam , se não todos, pelo menos os principais efeitos negativos que essa grave condição mental impõe a seus portadores. 36 9. CONCLUSÂO 1- Pelo estudo realizado conclui-se que existem medicamentos homeopáticos que apresentam na sua patogenesia sintomas de fobia social e isso demonstra a possibilidade da Homeopatia ser usada como tratamento coadjuvante ao tratamento convencional da fobia social ou até mesmo alternativo. 2- Este trabalho demonstrou a eficácia da Homeopatia frente a um caso de Fobia Social com resposta parcial ao tratamento convencional, conseguindo resgatar o bem estar da paciente e diminuir a dose de medicação alopática. 3 - Diante destes fatos, fica a possibilidade da realização de novos estudos da utilização da homeopatia numa amostra maior de pacientes. 37 BIBLIOGRAFIA ASSOCIAÇÃO PSIQUIÁTRICA AMERICANA. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 4 ed. texto rev. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002. BRUNINI, C.; SAMPAIO, C.; COUTINHO, C. Matéria médica homeopática. IBEHE. 3 ed. São Paulo: Mythos, 1992. vol I,II,III. D'EL REY, Gustavo J. Fonseca; PACINI, Carla Alessandra. 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