Geografia - Estuda Que Passa

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Geografia
Indicadores Socioeconômicos
Professor Luciano Teixeira
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Geografia
INDICADORES SOCIOECONÔMICOS
OS Problemas Sociais
Nos últimos 200 anos, o planeta passou por uma série de transformações as quais, ao mesmo
tempo em que geraram progresso, também geraram pobreza e ampliaram as diferenças
existentes entre os que mandam e os que obedecem, em todas as sociedades e nas mais
diversas escalas de análise. É necessário ressaltar que o sistema capitalista se fez extremamente
eficiente no que tange à redução da pobreza nos locais onde se estabeleceu primeiro, mas,
a partir do momento que ele se espalha para outras regiões do planeta, as nações pioneiras
na adoção do sistema (Europa centro-ocidental, EUA e Japão) já estavam à frente no jogo,
conheciam as regras e conseguiram se beneficiar mais do que a grande maioria das nações.
O progresso também chegou a alguns países subdesenvolvidos, mas, de uma maneira diferenciada,
é difícil encontrar por aí um país subdesenvolvido em que exista um estado de bem-estar social que
atenda às demandas básicas da população, como saúde, educação, moradia, entre outros. E mesmo
algumas nações que se industrializaram tardiamente e tiveram um crescimento significativo no século
XX, ainda têm dificuldades extremas para sanar as suas diferenças sociais. São poucas as exceções a
essa regra, como Taiwan e Coreia do Sul, que hoje podem ser considerados países desenvolvidos.
Contudo, no geral, o que se vê é uma manutenção da desigualdade, na qual os ricos fingem não enxergar a pobreza que passa diante dos olhos deles e os mais pobres não veem a hora de poder ascender socialmente para ter os mesmos benefícios dos mais ricos. Tensões se estabelecem e, inúmeras
vezes, as relações entres os dois grupos são tensas e promovem conflitos em que os grupos favorecidos sofrem violências intensas (como assaltos, estupros, homicídios, entre outros tantos tipos), porém
pontuais, que ocorrem com pouca frequência com o mesmo indivíduo. Já o imenso grupo dos menos
favorecidos sofre as mesmas violências do primeiro grupo e ainda sofre a violência do cotidiano, com
a ausência de escolas, hospitais, moradias, segurança, infraestrutura, etc. A violência contra ambos os
grupos deve ser combatida com todas as ferramentas à disposição, mas isso não ocorre.
Indicadores Sociais
Em muitas discussões sobre as diferenças existentes no mundo, é comum as pessoas utilizarem
critérios meramente econômicos para contemplar uma problemática que vai muito além do poder
de consumo de determinada população. É impossível fazer uma análise das condições de vida das
pessoas por meio de indicadores como o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, por exemplo.
Em 1990, foi criado, pelos economistas Amartya Sen e Mahbub ul Haq, o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH), que vem sendo utilizado desde 1993 pelo Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
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Objetivo: oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o PIB per capita, que
considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento.
•• Os três pilares que constituem o IDH são:
1. Expectativa de Vida – Uma vida longa e saudável (saúde)
2. O acesso ao conhecimento (educação) é medido pelo número médio de anos de educação
recebidos durante a vida por pessoas a partir de 25 anos e anos esperados de escolaridade.
3. Padrão de vida (renda) é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita expressa em
poder de paridade de compra (PPP) constante, em dólar, tendo 2005 como ano de referência.
As nações classificadas pelo IDH são divididas em quatro grupos. De um total de 100%, o grupo
dos primeiros 25% tem IDHs considerados muito altos, o segundo grupo de 25% tem IDHs altos,
o terceiro grupo tem IDHs médios e o quarto, baixos.
Críticas ao IDH: Apesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano, o IDH não
abrange todos os aspectos de desenvolvimento e não é uma representação da “felicidade”
das pessoas nem indica “o melhor lugar no mundo para se viver”. Democracia, participação,
equidade, sustentabilidade são outros dos muitos aspectos do desenvolvimento humano que
não são contemplados no IDH, no entanto têm o grande mérito de sintetizar a compreensão do
tema e ampliar e fomentar o debate.
Outra crítica feita ao indicador é a de que ele mede o quão escandinavo um país é, comparando
países incomparáveis.
•• IDHAD: O IDH 2010 introduziu o IDH Ajustado à Desigualdade (IDHAD), que leva em
consideração a desigualdade em todas as três dimensões do IDH “descontando” o valor
médio de cada dimensão de acordo com seu nível de desigualdade.
Ranking IDH Mundial
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•• O Brasil tem um IDH considerado alto (0,730) e ocupa 85ª posição, sendo que na América
do Sul ele fica atrás de países como o Chile (40º - 0,815), Argentina (45º - 0,811), Uruguai
(51º - 0,792), Venezuela (71º - 0,748) e Peru (77º - 0,741).
•• Os países com os piores IDHs do mundo atual são:
185º Moçambique – 0,327
186º Níger – 0,304
187º RDC – 0,304
Ranking IDH por Unidade da Federação
A fome no Mundo
A Organização das Nações Unidas (ONU) publicou, dia 02 de dezembro de 2015, uma lista das
dez coisas que todos devem saber a respeito da fome.
Confira abaixo os tópicos compilados pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA):
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1. O mundo tem cerca de 870 milhões de pessoas que não têm o necessário para comer para
levar uma vida saudável. Isto significa que uma em cada oito habitantes do globo vai para a
cama, todos os dias, passando fome. (Fonte: FAO, 2012)
2. O número de pessoas vivendo com fome crônica baixou para 130 milhões nas últimas duas
décadas. Nos países em desenvolvimento, a prevalência da má nutrição caiu de 23,2% para
14,9% no período de 1990-2010. (Fonte: FAO, 2012)
3. A maioria do progresso contra a fome foi alcançada antes de 2007/2008, quando ocorreu
a crise econômica global. Desde então, os avanços na redução do problema foram
desacelerados e estagnados. (Fonte: FAO, 2012)
4. A fome é o problema número 1 na lista dos dez maiores riscos de saúde. Ela mata mais
pessoas todos os anos que doenças como Aids, malária e tuberculose combinadas. (Fontes:
Unaids, 2010; OMS, 2011)
5. A má nutrição está ligada a um terço da morte de crianças com menos de 5 anos nos países
em desenvolvimento. (Fonte: Igme, 2011).
6. Os primeiros mil dias da vida de uma criança, da gravidez aos dois anos de idade, são
fundamentais para o combate à má nutrição. Uma dieta apropriada, nesta época da vida,
protege os menores de nanismos físico e mental, que podem resultar da má nutrição.
(Fonte: Igme, 2011).
7. Custa apenas US$0,25 por dia para garantir que uma criança tenha acesso a todos os
nutrientes e vitaminas necessários ao crescimento saudável. (Fonte: Igme, 2011)
8. Se mulheres, nas áreas rurais, tiverem o mesmo acesso à terra, à tecnologia, à educação,
ao mercado e aos serviços financeiros que os homens têm, o número de pessoas com fome
poderia diminuir entre 100 e 150 milhões. (Fonte: FAO, 2011)
9. Até 2050, as mudanças climáticas e os padrões irregulares da temperatura terão colocado
mais 24 milhões de pessoas em situação de fome. Quase metade destas crianças estará
vivendo na África Subsaariana. (Fonte: PMA, 2009)
10. A fome é o maior problema solucionável do mundo.
Fonte: ONU
A AIDS no mundo
A epidemia de AIDS no mundo
A epidemia de AIDS continua a ser um dos grandes desafios para a saúde global.
Aproximadamente 33 milhões de pessoas vivem com HIV em todo o mundo. Globalmente,
somente em 2009, 2,6 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV e 2 milhões morreram
em decorrência da AIDS, a maioria devido ao acesso inadequado a serviços de tratamento e
atenção.
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O número anual de novas infecções pelo HIV diminuiu de 3,1 milhões (2,9 milhões - 3,4 milhões)
em 1999 para 2,6 milhões (2,3 milhões – 2,8 milhões) em 2009. Em termos globais, 2 milhões
(1,7 milhões-2,4 milhões) de pessoas morreram por questões relacionadas à AIDS em 2008,
comparados à estimativa de 1,7 milhões (1,5 milhões – 2,3 milhões) em 2001.
Existem evidências de sucesso na resposta à AIDS em diversos contextos. Em alguns países, como
República Dominicana e Tanzânia, a incidência de HIV caiu significativamente. Infelizmente,
essas tendências favoráveis não são registradas de igual maneira em outros países ou regiões.
A África Subsaariana ainda é a região do mundo mais afetada pela epidemia: cerca de 67% das
infecções pelo HIV e 72% de mortes por AIDS, em 2008, ocorreram nessa região.
As mulheres já representam metade das pessoas vivendo com HIV em todo o mundo, com
números crescentes em muitos países. Estima-se que 430 mil (240 mil – 610 mil) crianças menores de 15 anos foram infectadas pelo HIV em 2008. Quanto aos modos de transmissão mais
prevalentes apresenta-se um verdadeiro mosaico: na África Subsaariana e no Caribe predomina
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a transmissão heterossexual; no Leste Europeu vivencia-se uma transição, pois o antigo modo de
transmissão mais prevalente, pelo uso de drogas injetáveis, tem cedido espaço à transmissão sexual; na Ásia predomina tanto a transmissão por uso de drogas injetáveis como a transmissão por sexo
comercial sem proteção e, na América Latina, predomina a transmissão homossexual masculina,
ainda que se tenha de constatar o aumento da transmissão heterossexual em alguns países.
África tem maior epidemia de ebola já registrada; veja perguntas e
respostas
Vírus mata até 90% das pessoas contaminadas. Hábitos tradicionais estão entre fatores que
contribuem para disseminação.
Chegou a 729 o número de mortos na maior epidemia do vírus ebola já registrada, na África
Ocidental. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), já são mais de 1.300 casos de
pessoas infectadas.
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Os países mais afetados são Guiné, Libéria e Serra Leoa. É a maior epidemia de febre hemorrágica
em termos de pessoas afetadas, de mortos e de extensão geográfica, afirma a OMS.
O ebola é um dos vírus mais mortais que existem. Ele mata até 90% dos infectados e não há
cura ou vacina disponível para uso na população.
Ele foi registrado nos primeiros seres humanos em 1976, em Yambuku, uma aldeia na República
Democrática do Congo, às margens do Rio Ebola. Desde então, mais de 20 surtos da doenças
ocorreram em países da África Central e Ocidental.
Veja abaixo perguntas e respostas sobre essa doença:
Como o ebola se manifesta na pessoa doente?
O ebola é uma doença grave causada por vírus. Ela é muitas vezes caracterizada pelo início
súbito de febre, fraqueza intensa, dores musculares, dor de cabeça e dor de garganta. Depois
vêm vômitos, diarreia, funções hepática e renal deficientes, erupções cutâneas, e, em alguns
casos, sangramentos internos e externos, com interrupção do funcionamento dos órgãos.
Exames de laboratório incluem baixa de glóbulos brancos e de plaquetas e aumento das
enzimas hepáticas. O período de incubação do vírus pode durar de dois dias a três semanas, e
o diagnóstico é difícil.
Como o ebola se espalha?
Seres humanos pegam o vírus por meio do contato próximo com animais infectados, incluindo
chimpanzés, gorilas, antílopes e morcegos que se alimentam de frutas. Os morcegos da família
Pteropodidae são considerados os hospedeiros naturais da doença. O ebola também passa
de uma pessoa para outra, por contato direto com sangue contaminado, fluidos corporais ou
órgãos, ou indiretamente, por meio do contato com ambientes contaminados. Os funerais
daqueles que tinham a doença podem ser um risco, se as pessoas presentes têm contato direto
com o corpo.
Onde está ocorrendo a epidemia atualmente?
Segundo os últimos números da Organização Mundial da Saúde (OMS) a epidemia na África
Ocidental já deixou 729 mortos em Guiné, Libéria e Serra Leoa. "Trata-se da maior epidemia em
termos de pessoas afetadas, de mortos e de extensão geográfica", informou a organização em
comunicado. Um fator perturbador é que, desta vez, o vírus está circulando em comunidades
rurais e urbanas. "A tendência atual da epidemia e seu potencial de cruzar fronteiras e ter
propagação internacional constituem um problema de saúde pública de grande preocupação",
declarou Luis Gomes Sambo, diretor regional da OMS para a África. "O atual surto tem o
potencial de se espalhar para fora dos países afetados e além da região se medidas urgentes e
relevantes de contenção não forem postas em prática", acrescentou.
A doença pode ser levada de avião a outros países, espalhando a epidemia?
É possível que uma pessoa com ebola viaje de avião, mesmo a lugares distantes, já que a
doença pode levar três semanas para se manifestar. No entanto, o professor William Shaffner,
da Universidade Vanderbilt, nos EUA, em entrevista ao site americano LiveScience, apontou
que não é muito provável que essa doença se espalhe da forma como tem ocorrido nos países
africanos se os serviços de saúde agirem de forma a isolar as pessoas contaminadas. “Os
serviços médicos ocidentais provavelmente lidariam relativamente bem em ‘capturar' o ebola
quando ele chegasse, porque estaríamos cientes de que as pessoas vieram de áreas afetadas”.
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Ele destaca que para ser contaminado é preciso ter contato próximo com uma pessoa doente,
com troca de fluidos corporais. “Estar com a mesma pessoa num só ambiente, por si só, não é
perigoso”.
Há necessidade de fechar fronteiras e restringir voos por causa da epidemia?
A OMS, por enquanto, não recomenda restrições de viagens ou fechamento de fronteiras
devido ao surto de ebola. Mesmo assim, a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, anunciou
no dia 27 de julho o fechamento da maior parte das fronteiras terrestres do país, depois que o
vírus se espalhou para duas das maiores cidades do oeste da África.
Por que nos países afetados a doença está se espalhando dessa maneira?
Um problema grave que fomenta a epidemia atualmente é que naquela região há hábitos
tradicionais como lavar os cadáveres antes do funeral, o que gera um contato capaz de transmitir
o ebola. A OMS já disse publicamente que essas práticas culturais "contribuem fortemente"
para a epidemia. Além disso, há muito movimento de pessoas através das fronteiras de Guiné,
Libéria e Serra Leoa, o que possibilitou à epidemia se tornar internacional.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/07/africa-tem-maior-epidemia-de-ebola-ja-registradaveja-perguntas-e-respostas.html
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