wetlands

Propaganda
倀爀
漀昀
⸀
刀椀
挀愀爀
搀漀 䘀
爀
愀渀挀椀
䜀漀渀愀氀
瘀
攀猀
䄀瀀漀椀
漀㨀
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
Wetlands Construídos e Aplicações
no Tratamento de Águas Residuárias
Ricardo Franci Gonçalves
DEA – CT / UFES
Wetlands = ecossistema que passam
significativamente parte, ou toda parte do
tempo, cobertos por água a pouca profundidade.
http://www.branford-ct.gov/images/Wetland-view.jpg
http://i.pbase.com/v3/75/47975/1/45349169.MarshSunrays_122163.jpg
Sistemas Wetland
 No Brasil, também recebe denominações como: áreas
alagadas construídas, zona de raízes, leitos cultivados,
sistemas alagados construídos (SACs) e banhados
construídos.
 Principais características: são meios saturados ou
inundados pela água.
 Wetland: natural ou construído
Wetlands construídas - WC
• WC age como uma camada filtrante
que
responsáveis direta
ou indiretamente
possibilita a ação de sorção e pela
a
atividade
ocorrência dos
mecanismos
de
microbiológica que mineraliza a matéria
orgânica
Macrófit
remoção de
ainda contida no efluente,
disponibilizando
os
a
poluentes.
minerais e nutrientes para vegetação
• Busca de condições muito parecidas
com as
Biofilme
bacteriano
existentes nos ambientes naturais,
maximizando
as funções de interesse: Substrat
o
 remoção de matéria orgânica e a retenção de
nutrientes.
Remoção de Contaminantes
Parâmetro
Físico
Químico
Biológico
Sólidos Suspensos Totais
Fixação
-
Biodegradação
Demanda Química de Oxigênio (DQO)
Demanda Biológica de Oxigênio (DBO)
Fixação
Oxidação
Biodegradação
Oxidação
Fotoquímica
Biodegradação
Fitodegradação
Fitovolatilização
Evapotranspiração
Fixação
-
Desnitrificação
Crescimento da
Planta
Fixação
Precipitação
Adsorção
Crescimento da
Planta
Precipitação
Adsorção
Troca Iônica
Fitoacumulação
Fitovolatilização
Difusão/
Volatilização,
Fixação
Hidrocarbonetos
Compostos Nitrogenados

N,
NH3, NH4, NO3-2,
NO2-
Compostos Fosfóricos
Metais
 Al, As, Cd, Cr, Cu, Fe, Pb, Mn, Ni,
Se, Ag, Zn
Patógenos
Fixação
-
Radiação UV
Morte de
microorganismos
Fatores de influência dos WC:
•
•
Fatores climáticos:
 Temperatura
 Radiação solar
 Precipitação
 Vento
Solo e geologia
 Percolação dos
poluentes para o
lençol freático
• pH
• Bactérias  pH entre 4,0 a 9,5
• Acidificação natural
• Sistema água-meio suporte
dentro do leito é tamponado
em relação a substâncias
básicas presentes no fluxo
de entrada
Processos em wetlands
 Desnitrificação
 Adsorção de íons amônio e de metais pelos argilominerais.
 Adsorção de íons metálicos pela matéria orgânica
 Decomposição de matéria orgânica
 Remoção de patógenos
 Retirada de metais pesados e outras substâncias tóxicas
pelas macrófitas
 Decomposição de compostos orgânicos tóxicos
 Contenção de nutrientes pelas macrófitas.
Transformações do N em WC
Vymazal, 2007.
Processos em wetlands
Baixas velocidades do fluxo do efluente +
macrófita + brita  sedimentação nos
interstícios, retenção por constrição do
fluxo e colisão com adesão a grânulos do
meio suporte
Redução de elevadas concentrações de sólidos
suspensos.
Configurações Típicas
1. Célula Única
3.
4. Células
Paralelas
2. Célula em
Série Serpentina
Fonte: EPA, 2008
4. Célula em Série - Linear
Classificação Wetlands
Wetlands
Fluxo Superficial
Fluxo Submerso
Horizontal
Vertical
Plantas Emergentes
Plantas Submersas
Plantas com flutuação livre
Folhas Flutuantes
Fonte: Vymazal & Kröpfevolá, 2008
Descendente
Ascendente
Correnteza
1. WC com fluxo
superficial e
plantas flutuantes
2. WC com fluxo
superficial e
macrófitas
emergentes
3. WC com fluxo
subsuperficial
horizontal
4. WC com fluxo
subsuperficial
vertical
Fluxo Superficial
Submersas
Emergentes
Folhas flutuantes
Flutuação livre
Emergentes
Classificação das macrófitas de
acordo com o tipo de fixação no
meio suporte
Flutuantes
Submergentes
Classificação dos wetlands de
acordo com a posição do nível da
água em relação ao leito
1 = pedrisco e 2 = brita zero
1 = pedrisco, 2 = brita zero e 3 = areia grossa
Fonte: Begosso, 2009
Fluxo Horizontal
 São comumente chamados de “Reed Bed” (Europa) e
“Cama de vegetação submersa” (VSB - EUA);
Entrada
Plantas
Saída
Nível da Água
Distribuição
do Afluente
Fluxo
Coleta do Efluente
Meio Suporte (areia, brita,
cascalho, solo)
Fluxo Horizontal
 Remoção de nitrogênio
 Volatilização é limitada
Nitrificação e Desnitrificação;
Não tem superfície livre da
água;
 Fósforo é removido pelas reações de troca iônica;
 Mecanismos de remoção por absorção são mais
significativas em regiões tropicais e subtropicais;
 Remoção
de microorganismos é alcançada pela
combinação de processos físicos, químicos e biológicos.
Fonte: Vymazal & Kröpfevolá, 2008
WC de macrófitas emergentes e de fluxo
subsuperficial vertical e descendente
distribuição do efluente é feita à
superfície dos leitos e o líquido é
percolado.
O sistema de escoamento de água se encontra alguns centímetros
abaixo da superfície do meio suporte, o que elimina odores e
propagação de mosquitos, e protege pessoas e animais de exposição
a micro-organismos patogênicos
WC fluxo vertical
 Os padrões hidráulicos e as condições de oxigênio
de WC verticais e horizontais são muito
diferentes. O desempenho de WC verticais
aproxima-se de infiltração-percolação.
 Alimentado em intervalos  melhor distribuição de
esgoto e aproveitamento do volume de filtro  maior
eficiência no fluxo vertical, resultando em uma
necessidade de área menor.
 A alimentação em intervalos possibilita a entrada de de ar
(oxigênio) e entre os intervalos ocorre certa secagem da
área de entrada  aumentam a eficiência de processos
biológicos e diminuem o perigo de colmatação.
Meio suporte
 Poroso  contato do efluente com a rizosfera
 Rochas duras, resistentes e capazes de manter sua
forma no leito ao longo do tempo.
 WC fluxo subsuperficial  material que permita a
manutenção da permeabilidade do leito,
dificultando a colmatação dos poros  pedra
britada
 Fina camada de composto orgânico acima do leito
para promover níveis iniciais adequados de
nutrientes e isolamento térmico adequado para as
plantas.
1: Brita nº 3  entrada do efluente
2: Brita nº1  material com maior índice de vazios,
favorecendo a formação de biofilme
3: Areia média grossa  filtração predominante.
Monteiro, 2009
Critérios para Seleção do Wetland
 Caracterização do efluente a ser tratado;
 Vazão;
 Área a ser construída;
 Custos;
 Clima (precipitação e temperatura);
Configuração do Wetland
 Tamanho do wetland (área,
altura útil);
 Estruturas de entrada e saída;
 Meio suporte (areia, cascalho,
brita, calcário, solo, etc.);
 Seleção de plantas (macrófitas
aquáticas);
 Declividade 0,5%.
TDH, Carga Hidráulica e a
Remoção
1 = pedrisco e 2 = brita zero
1 = pedrisco, 2 = brita zero e 3 = areia grossa
Fonte: Begosso, 2009
Wetland tem como uma das vantagens o fator estético
proporcionado pela presença da vegetação
Macrófita
 Hidrófitas  + genérico
 Plantas aquáticas, emergentes ou flutuantes
 Plantas existentes nos leitos cultivados  possuem
estruturas físicas especializadas para sua
sobrevivência.
Aerênquimas: estruturas desenvolvidas
para o transporte de gases atmosféricos
através das folhas e caule a fim de
promover a oxigenação necessária à
respiração do sistema radicular
Funções das macrófitas WC
 Utilização de nutrientes e metais pesados;
 Transferência de oxigênio para a rizosfera;
 Inibição da proliferação de algas, pela sombra causada





pelas folhas;
Suporte para o crescimento e ação de micro-organismos;
Melhoria da aparência do sistema;
Redução dos riscos de erosão e ressuspensão de sólidos;
Melhora das condições de sedimentação de sólidos;
Auxílio à prevenção de colmatação do meio suporte.
MACRÓFITAS – Pontos de atenção
 Um processo de transpiração homogêneo contribui para um
crescimento foliar uniforme da macrófita.

Presença de barreira física  sombreamento  queda na
taxas de transpiração  diminuição ou uma ineficácia do
processo de depuração d’água.
 Os dados levantados de índice de área foliar (IAF) permitiram
verificar que a cobertura vegetal tendeu a ser maior num leito
quadrado do que em retangular (Júnior, 2003)
MACRÓFITAS – Pontos de atenção
 As plantas localizadas no centro do leito podem
não resistir ao sombreamento provocado pelas
folhas ao redor  morrem  comprometem a
remoção de nutrientes
 No início do desenvolvimento da planta, com o
crescimento do vegetal  ↑ retirada de quantidade
de nutrientes devido a uma maior necessidade de
crescimento.
MACRÓFITAS – Pontos de atenção
 Devem tolerar áreas permanentemente saturadas
ou submersas e o fluxo constante de poluentes dos
mais diversos tipos e concentrações
por espécies nativas  maior
facilidade de adaptação e crescimento nas
condições locais
 Preferência
 Quando se deseja mimetizar os alagados naturais,
várias espécies vegetais podem ser utilizadas
simultaneamente no mesmo tanque.
Principais espécies de macrófitas
emergentes utilizadas em wetlands
Espécie
Nome popular
Carex spp.
----
Colocasia esculenta
----
Cyperus spp.
----
Eleocharis spp.
----
Glyceria spp.
----
Juncus spp.
Junco
Nelumbo spp.
Lótus
Phalaris arundinacea
----
Phragmites spp.
Caniço
Schoenoplectus spp.
----
Scirpus spp.
----
Typha spp.
Taboa
Principais espécies de macrófitas
emergentes para WC
Espécie
Nome
popular
Características
Zantedeschia
aethiopica
Copo de leite
Resistência média
Sol pleno ou meia sombra
Cyperus papyrus
Papiro
Alta resistência, sol pleno,
Altura entre 150 e 200 cm
Mini papiro
Alta resistência, sol pleno ou
meia sombra,
Altura até 90 cm
Canna hortensis
Biri
Rizomatosa perene de até 1,5 m
de altura, Sol pleno
floração bastante vistosa
Philodendron
bipinnatifidum
Guaimbê,
Banana de
macaco
Porte arbustivo e
folhagem ornamental
Sol pleno
Cyperus
isocladus
Principais espécies de macrófitas
emergentes para WC
Nome
popular
Características
Cana de ouro
Sol pleno ou meia sombra
Altura até 120 cm
Natural da Flórida
Iris pseudacorus
Iris amarelo
Alta resistência,
sol pleno ou meia sombra,
Altura até 120 a 200 cm
Hedychium
coronarium
Lirio do brejo,
gengibre
branco
Cultivada em grupos,
meia sombra,
Altura até 90 cm
Taboa
Porte arbustivo, sol pleno ou
meia sombra
propriedades medicinais
Potencialidade de artesanato
Cavalinha
Planta agressiva e persistente
Sol pleno ou parcial
Propriedades medicinais
Espécie
Canna flaccida
Typha sp.
Equisetum
arvense
Principais espécies de macrófitas
emergentes para WC
Espécie
Nome
popular
Características
Heliconia
psittacorum
Heliconia ou
bico-depapagaio
Sol pleno ou meia sombra
Altura até 150 cm
Natural do Brasil
Alpinia
purpurata
Gengibre
vermelho
Alta resistência,
Sol pleno ou meia sombra
Arundina
bambusifolia
Orquídeabambú
Sol pleno ou meia sombra
Altura até 200 cm
Sem encharcamento
Mentha sp.
Hortelã
Mentha sp.
Solos permanentemente úmidos
porém sem encharcamento.
Inseticida, aromático e rápido
Hortelã gigante crescimento
Folha-grossa
Macrófitas
Nome comum
Nome Científico
Temperatura (°C) Faixa de pH
Taboa
Principal
Cana
Typha spp.
10-30 habitat para
4-10
Função:
servir como
Phragmites
12-23
2-8
fixação
de Microorganismos
communis
Junco
Juncus spp.
16-26
5-7,5
Junco
Scirpus spp.
18-27
4-9
Fonte: EPA, 1988
Critérios de escolha das macrófitas
Ainda não existe um critério geral para a escolha da macrófita
apropriada para um tratamento específico, sendo que é
aconselhável observar as espécies presentes nas proximidades
da região de onde será instalada a estação de tratamento e
montar um sistema piloto com algumas destas variedades de
plantas.
- ter tolerância a ambiente eutrofizado;
- ter valor econômico;
- ter crescimento rápido e ser de fácil propagação;
- absorver nutrientes e outros constituintes;
- ser de fácil manejo e colheita.
Recomendações
Espaçamento homogêneo entre as plantas.
Pitaluga et al (2009) citam 10 plantas /m2
Sugestão projeto FINEP – HIS / UFES:
Wetland 1 – vertical
 Folhagens, intenso
crescimento
 Raízes mais robustas


Papiro gigante
Banana-de-macaco
Wetland 2 – vertical
 Florescências
 Canna spp.
 Cavalinha
Wetland 3 – hotrizontal
Wetland 4 – horizontal
 Florescências
 Espécies meia-sombra
 Fator estético
 Inseticida e aromático
Cavalinha
Mini-papiro
Orquídea-bambu
Copo-de-leite
Lírio do brejo
Hortelã anã e gigante
WC X águas cinzas
O uso de efluentes de lavação, de chuveiros, pias ou
outras fontes, que não sejam poluídos com fezes
podem ser tratados em wetland para que possam
ser aplicados depois como água de reuso, vindo ao
encontro da filosofia do saneamento ecológico.
Vantagens e Desvantagens
 Desvantagens:
 Aquisição da área a ser construída;
 Depende das condições climáticas.
 Vantagens:








Pouca manutenção;
Aplicável a locais remotos;
Pouca produção de lodo;
Remediação de locais com poucos ou muitos contaminantes;
Pouco odor;
Disseminação de vetores é evitada;
Seqüestro de monóxido de carbono do ar;
Boa aceitação da população.
Aplicações – Tratamento de Águas Residuárias
 Efluentes Domésticos (esgoto doméstico e águas






cinzas);
Efluentes Industriais (petroquímicas, celulose, alimentos,
etc);
Efluentes de Aterros (Lixiviado);
Drenagem de Minas;
Remedição (solos contaminados);
Efluentes Agrícolas;
Escoamento Superficial
Sistema de Tratamento
Wetland Horizontal
UV
RAC
Água cinza
bruta
Água cinza
tratada
Peneira Fina
Estudos Realizados
 Monteiro, 2009. Viabilidade Técnica do emprego de
sistemas tipo "Wetlands" para tratamento de água cinza
visando o reúso não potável.
 Macrófitas: taboa, papiro, copo-de-leite, citronela, cana de
brejo, chapéu de couro, pontedeira, íris amarela, rogéria.
 Meio suporte: brita nº1 e areia grossa.
 Remoção média de 60% para DBO5, COT e DQO; 84% PT
e 83% fósforo solúvel, 76% sulfeto; 27% N kjeldahl e 13%
N NH3; 56% CT e 94% E. coli.
Estudos Realizados
 Begosso, 2009. Determinação de parâmetros de projeto e
critérios para dimensionamento e configuração
wetlands construídas para tratamento de água cinza.
de
 Macrófitas: helicônia, mini-papiro, cana, orquídea bambu e
gengibre vermelho.
 Meio suporte: pedrisco e brita nº 0.
 Remoção de 69% turbidez, 56% DQO, 70% DBO5, 38% ST,
66% SST, 66% fosfato, 33% nitrogênio total, 73% nitrito,
90% CT e 80% E. coli.
Estudos Realizados
 Paulo et al., 2007. Greywater treatment in constructed
wetland at household level.
 Macrófitas: helicônia e papiro.
 Meio suporte: areia e cascalho.
 Remoção média de 47,8% DQO, 81,4% turbidez, 84,3%
SST, 67% NT, 77,8% amônia, 67,6% PT, 58,6% nitrato,
63% nitrito.
Fim
Download