Na aula de hoje vamos estudar. • As origens da filosofia. • Os filósofos pré-socráticos O que chamamos de filosofia surgiu na Grécia Antiga. Os filósofos pré – socráticos. Os jônios ou Escola de Mileto. • Escola Eleática. • Os atomistas. • Os pitagóricos. • O principal problema dos pré – socráticos era a natureza, entendida como o princípio originário que faz as coisas se desenvolverem. Estavam interessados em descobrir as causas materiais que determinam a geração e a deterioração. Tales de Mileto. • De ascendência fenícia, nasceu em Mileto, antiga colônia grega, na Ásia Menor, atual Turquia, por volta de 624/625 a.C. e faleceu aproximadamente em 556 ou 558 a.C.. "O mundo evoluiu da água por processos naturais”. Tales considerava a água como sendo a origem de todas as coisas. Anaximandro (610 – 547 a.C.) • Afirmava que o princípio de todas as coisas era algo desprovido de limites, e não um elemento físico. • Tal princípio foi por ele denominado Apeíron. Anaxímenes de Mileto (585 – 528 a.C.) • Afirmou ser o ar o princípio das coisas. • “ O ar se diferencia nas substâncias segundo o seu grau de rarefação”. Heráclito de Éfeso (540 – 470 a.C.) • • • • Recebeu o cognome de "pai da dialética". Problematiza a questão do devir (mudança). Recebeu a alcunha de "Obscuro", pois desprezava a plebe, recusou-se a participar da política (que era essencial aos gregos), e tinha também desprezo pelos poetas, filósofos e pela religião. Sua alcunha derivou-se principalmente devido ao livro (Sobre a Natureza) que escreveu com um estilo obscuro, próximo a sentenças oraculares. Escola Eleática Parmênides e Zenão. Parmênides O ser e o não ser •Parmênides fundou a metafísica ocidental com sua distinção entre o Ser e o Não-Ser. •Parmênides comparava as qualidades das categorias sensíveis umas com as outras e as ordenava em duas classes distintas. Por exemplo, comparou a luz e a escuridão, e para ele essa segunda qualidade nada mais era do que a negação da primeira. •Diferenciava qualidades positivas e negativas e, esforçava-se em encontrar essa oposição fundamental em toda a Natureza. Parmênides tomava outros opostos: leve-pesado, ativo-passivo, quente-frio, masculino-feminino, fogo-terra, vida-morte, e aplicava a mesma comparação do modelo luz-escuridão; o que corresponde à luz era a qualidade positiva e o que corresponde à escuridão, a qualidade negativa. O pesado era apenas uma negação do leve. O frio era uma negação do quente. O passivo uma negação ao ativo, o feminino uma negação do masculino e, cada um apenas como negação do outro. Por fim, nosso mundo dividia-se em duas esferas: aquela das qualidades positivas (luz, quente, ativo, masculino, fogo, vida) e aquela das qualidade negativas (escuridão, frio, passivo, feminino, terra, morte). A esfera negativa era apenas uma negação da esfera positiva, isto é, a esfera negativa não continha as propriedades que existiam na esfera positiva. Ao invés das expressões “positiva” e “negativa”, Parmênides usa os termos metafísicos de “ser” e “não-ser”. O não-ser era apenas uma negação do ser. Mas ser e não-ser são imutáveis e imóveis. O Vir-a-Ser • Parmênides chamou as mudanças que podemos perceber de Vir – a – Ser. • O vir a ser é produto do conflito entre o ser e o não ser. Parmênides chega então à conclusão de que toda mudança é ilusória. Só o que existe realmente é o ser e o não-ser. O vir-a-ser é apenas uma ilusão sensível. Isto quer dizer que todas as percepções de nossos sentidos apenas criam ilusões, nas quais temos a tendência de pensar que o não-ser é, e que o vir-a-ser tem um ser. Zenão. Argumentos contra o movimento Argumento da dicotomia – Imagine um móvel que está no ponto A e quer atingir o ponto B. Este movimento é impossível, pois antes de atingir o ponto B, o móvel tem que atingir o meio do caminho entre A e B, isto é, um ponto C. Mas para atingir C, terá que primeiro atingir o meio do caminho entre A e C, isto é, um ponto D. E assim, ao infinito. Argumento de Aquiles – Imagine uma corrida entre um atleta velocista (Aquiles) e uma tartaruga. Suponhamos que é dada para a tartaruga uma vantagem inicial em distância. Aquiles jamais a alcançará, porque quando ele chegar ao ponto de onde a tartaruga partiu, ela já terá percorrido uma nova distância; e quando ele atingir essa nova distância, a tartaruga já terá percorrido uma outra nova distância, e assim, ao infinito. Argumento da flecha – Uma flecha em vôo está a qualquer instante em repouso. Ora, se um objeto está em repouso quando ocupa um espaço igual às suas próprias dimensões e se, a flecha em vôo sempre ocupa espaço igual às suas próprias dimensões, logo a flecha em vôo está em repouso. Os atomistas Desde o século VII a.C. , por todo o mundo grego surgem filósofos que procuram compreender a totalidade da experiência humana. Em termos históricos aos eleatas sucedem-se os Atomistas. O principal argumento dos atomistas consistia em afirmar que existe uma única base material ara todo o universo. Esta base era o Átomo, que seria único e indivisível. Os principais pensadores desta nova corrente filosófica foram Leucipo (?-450 a.C.), Demócrito (460-370 a.C.), Epicuro (341- 271), tendo como seu último representante o romano Lucrécio (96-55 a.C.). Os pitagóricos. “Os números são o princípio, a fonte e a raiz de todas as coisas” Pitágoras A confraria pitagórica foi uma seita secreta, de caráter religioso, que reuniu cerca de 300 jovens homens que se dedicavam ao estudo da Matemática e da Filosofia. Eles participavam ativamente da política local, apesar de não se misturarem com os outros cidadãos, e usavam essas duas disciplinas para a formação moral dos participantes, que viviam juntos no Centro em Crotona, cidade da península itálica, em regime de comunhão de bens O símbolo da confraria pitagórica era uma estrela de cinco pontas (ou vértices) dentro de um pentágono. A divisão exata dos segmentos da estrela mostra que eles já sabiam como fazer a divisão de segmentos de retas e já conheciam os números racionais.