Tipos de homotoxinas IAH AC Tipos de homotoxinas © IAH 2009 No mundo que nos rodeia, e também em nosso corpo, existem muitas homotoxinas. Nos livros de toxicologia se descrevem mais de 100.000 substâncias e diariamente se adicionam mais substâncias. Algumas delas são evidentes e se conhecem bem e outras são menos conhecidas, inclusive podem torna-se tóxicas em certas circunstâncias. Embora seja um tema muito complexo, é necessário realizar uma classificação geral dos tipos de homotoxinas pois desta forma poderemos desenvolver um protocolo terapêutico que tenha a máxima probabilidade de alcançar o êxito terapêutico. 1 Objetivo: • Identificar os diferentes tipos de homotoxinas presentes no entorno natural • Descrever os efeitos das homotoxinas sobre os organismos vivos • Indicar os possíveis medicamentos antihomotóxicos que podem ajudar a neutralizá-las © IAH 2009 2 Os objetivos desta conferência são: identificar os diferentes tipos de homotoxinas presentes em nosso entorno, descobrir seus efeitos tóxicos sobre o organismo humano e indicar os possíveis medicamentos que podem ajudar a neutralizá-las. Para saber mais sobre drenagem geral e desintoxicação recomendamos que se consulte o tema “IAH AC Drenagem e Desintoxicação”. 2 Índice: • Definição de homotoxina • Tipos de homotoxinas • Toxinas químicas • Toxinas insidiosas • Dieta e toxicidade • Fármacos como toxinas • Campos de interferência neural • Psicotoxinas © IAH 2009 3 3 Definição de Homotoxina • Uma homotoxina é qualquer substância que gera uma carga tóxica direta ou indireta no organismo humano © IAH 2009 4 Define-se uma homotoxina como qualquer substância que tem efeito prejudicial direto ou indireto sobre o organismo humano. O mais importante não é esta substância em si. O crucial é o seu efeito sobre o organismo. 4 Tipos de homotoxinas • Homotoxinas exógenas • Cargas tóxicas externas que entram no corpo ou interferem nele (p. ex., arsênico, tabaco, metais pesados, etc.) • Homotoxinas endógenas • Se geram no corpo, principalmente como consequência dos processos metabólicos (p. ex., amoníaco, CO2, etc.) © IAH 2009 5 Dividimos as homotoxinas em dois grandes grupos: exógenas e endógenas. As homotoxinas exógenas são substâncias que chegam ao corpo do ambiente e tem efeito tóxico direto ou indireto sobre tecidos, órgãos ou mecanismos de regulação. Inclusive, um estilo de vida saudável não é uma garantia de estar livre de homotoxinas exógenas porque podemos apenas influir na entrada de muitas delas (poeira do ar, radiações, gases, etc). Algumas delas são tóxicas em doses pequenas, outras somente em doses elevadas ou pela ingestão prolongada de quantidades pequenas. Algumas das homotoxinas exógenas tornam-se muito tóxicas quando se combinam com outras substâncias. O comportamento de evitá-las não é suficiente para permanecer livre de toxinas porque uma grande parte delas pode contaminar o organismo sem que a pessoa perceba. As homotoxinas endógenas são criadas pelo próprio organismo. Aqui encontramos muitos produtos intermediários ou produtos finais do metabolismo. Deve-se considerar que são homotoxinas inclusive substâncias que em condições normais estão presentes no corpo, mas não são tóxicas, mas tornamse terapeuticamente importantes se vão se acumulando e não são eliminá-las pelos processos fisiológicos normais. 5 “A dose faz o veneno” Paracelso © IAH 2009 6 Há vários séculos, Paracelso já se referia à importância de dose para considerar que uma substância fosse tóxica. O arsênico é conhecido habitualmente como uma substância muito tóxica, mas poucas pessoas sabem que encontramos arsênico em muitos alimentos que comemos diariamente, só que em doses muito pequenas. As doses maiores são mortais, mas as doses muito pequenas de uma toxina podem ser inclusive benéficas para o organismo. Outras substâncias que consideramos como saudáveis podem ser muito tóxicas em doses elevadas (beber uma quantidade de água superior a 30% de nosso peso corporal em 24 horas é potencialmente mortal). Portanto não é somente a própria substância que a faz ser tóxica. Devemos levar em conta: • a substância • as doses (repetidas) • o tempo de interação com o organismo • a adaptação à intoxicação • a suscetibilidade do organismo • a capacidade de armazenamento (MEC) • a capacidade de excreção • as interações (potenciadoras ou inibidoras) com outras substâncias procedentes do entorno direto do organismo A combinação das doses e o tempo de impacto da toxina podem causar efeitos de intoxicação inesperados. Uma dose elevada de uma toxina quase sempre é perigosa, mas também poderia sê-lo uma intoxicação a longo prazo com doses pequenas. De fato, podemos afirmar que uma toxina somente é tóxica no organismo em condições bem definidas, e que nem toda homotoxina tem o mesmo grau de toxicidade para todos os organismos humanos. Podem-se apresentar diretrizes e normas, mas não são aplicáveis sem nuances a todos os seres humanos da mesma forma. 6 Homotoxinas: • Toxinas químicas • Toxinas insidiosas • Dieta toxicidade • Fármacos como toxinas • Campos de interferência neural • Psicotoxinas © IAH 2009 7 Além da própria homotoxina, devem ser estudados aspectos como estilo de vida e o ambiente. Existem aspectos químicos, nutricionais, da medicação moderna ou farmacológicos e inclusive fatores que se relacionam com a rigidez da regulação e os campos de interferência. Portanto, estes são os principais fatores que determinam a sobrecarga homotóxica. 7 Fatores que determinan a sobrecarga homotóxica Intoxicação química © IAH 2009 Nestes tempos modernos com, um ambiente muito industrializado, moléculas sintéticas, duelo social, pressão psicológica e medicina supressora, a intoxicação química encontrará muitos fatores potenciadores para produzir toxicidade no corpo humano. Como já foi mencionado antes, não é tão fácil escapar da sobrecarga homotóxica química porque nos países economicamente muito desenvolvidos esta sobrecarga tornou-se parte da vida devido às medidas governamentais que se tomaram no passado e a conseguinte contaminação ambiental. As radiações cósmicas (agressão à camada de ozônio), a radioatividade, os pseudoestrógenos do peixe, os metais pesados do entorno direto... Todos são iguais para todo mundo, independente do estilo de vida ou das opções que se tomem. Inclusive a mudança de região nem sempre é uma solução porque algumas das substâncias tóxicas viajam pelo ar às denominadas regiões puras e naturais. 8 Intoxicação química: critérios toxicológicos • Bioacumulação • Tendência de uma substância de acumular-se nos tecidos de organismos vivos mediante bioacumulação • Se relaciona com suas características hidrófobas e lipófilas © IAH 2009 9 Paracelso afirmou que a dose faz o veneno. Desta forma, parece que somente uma dose elevada de uma toxina produzirá um estado de intoxicação, o que nem sempre é certo. Quantidades muito pequenas de cargas químicas, repetidas ao longo de décadas, podem produzir uma bioacumulação que se torna muito perigosa depois de um período prolongado. No tema “IAH AC Histologia e fisiologia da matriz” já mencionamos que existem ao menos 3 formas nas quais as toxinas podem se incorporar a estrutura da matriz extra-celular. Esta incorporação pode ser devida a uma carga positiva (a estrutura da MEC tem uma carga predominantemente negativa), pela característica hidrofílica ou devido a aspectos mecânicos puros (tamanho da toxina). Portanto, embora se apresente em quantidades muito pequenas em um dado momento, a bioacumulação pode ser a causa de que se alcance um nível tóxico, embora isso demore anos. Todavia na Europa se encontram idosos que trabalharam no setor agrícola e que seguem tendo uma elevada acumulação de DDT no fígado, uma substância que está proibida há mais de 2 décadas. 9 Intoxicação química: critérios toxicológicos • Toxicidade • Efeitos adversos sobre a saúde humana e animal • Pode se dividir em sete características básicas... © IAH 2009 10 O efeito tóxico de uma substância química depende de certos critérios. Nem todas as substâncias químicas são tóxicas da mesma forma para as espécies vivas. Algumas delas são muito tóxicas para as plantas e quase não são para os animais ou os seres humanos e vice-versa. Por este motivo é necessária uma análise mais específica e detalhada deste tema 10 Intoxicação química: critérios toxicológicos • Toxicidade: • Letalidade aguda • Efeitos subletais sobre espécies não mamíferas • Efeitos subletais sobre plantas • Efeitos subletais sobre mamíferos • Teratogenia • Genotoxicidade/mutagenia • Carcinogenia © IAH 2009 11 Para a maioria dos produtos químicos a doses letal aguda é descrita na literatura profissional. Devemos estar conscientes de que não somente é tóxica a dose letal única, mas que também é possível a bioacumulação se forem acrescentadas repetidas doses à quantidades residuais de uma ingestão anterior, alcançando assim uma dose mortal. Pense na bioacumulação de metais pesados como o chumbo. Os efeitos tóxicos podem ser vistos em espécies de animais diferentes dos mamíferos e podem ter um efeito a longo prazo devido ao ciclo da alimentação. Este mesmo ocorre no caso das plantas envenenadas. Os efeitos sub-letais dos produtos químicos sobre os mamíferos estão muito bem descritos, mas com freqüência se esquecem na história do paciente. As intoxicações relacionadas com o trabalho, no domicílio (industriais), por alimentos tratados quimicamente, etc, especialmente a longo prazo, podem produzir efeitos de intoxicação sub-letal. Alguns produtos químicos podem induzir conseqüências no desenvolvimento embrionário. Neste caso a toxicidade na mãe produz desvios na criança. Isso ocorre não só com produtos químicos puros procedentes do ambiente, mas também com produtos químicos ou substâncias que se utilizam em farmacologia (p. ex. a Talidomida na década de 1960). Outros produtos químicos produzem genotoxicidade e são a causa de disfunções genéticas. Com freqüência as mesmas não tem sido só conseqüências físicas, mas também psicológicas. Sabe-se que muitas substâncias são carcinógenas. São descritas na literatura profissional devido a suas propriedades carcinógenas. Também aqui vemos ambas as situações: a dose tóxica aguda que desencadeia a desdiferenciação celular e a dose acumulada que a longo prazo induz o mesmo efeito. 11 Intoxicação química: principais contaminantes • Substâncias acidificantes • Amoníaco • Óxidos de nitrgênio • Dióxido de enxofre, etc. © IAH 2009 12 O pH do entorno celular é muito importante, e desvios mínimos podem produzir disfunções ou inclusive uma lesão irreversível. O amoníaco é um produto do catabolismo protéico e se metaboliza no fígado. A concentração sanguínea normal de amoníaco é de 80-110 mcg/dL. Teoricamente os pacientes com disfunção hepática tem aumento do risco de toxicidade por amoníaco, sendo a dosagem do amoníaco é usado como parâmetro de insuficiência hepática. NOx é um termo genérico para os diversos óxidos de nitrogênio que se produzem durante a combustão. Pensa-se que agravam a asma e que reagem com o oxigênio do ar para produzir ozônio, que é um irritante, e finalmente se forma ácido nítrico quando se dissolve em água. Quando se dissolve na umidade da atmosfera a conseqüência pode ser a chuva ácida, que pode lesionar tanto as árvores como a ecossistemas florestais completos, e o ser humano está no final da cadeia. Às vezes se utiliza dióxido de enxofre como conservante de bebidas alcoólicas ou de frutos secos devido a suas propriedades anti-microbianas. O conservante é utilizado mais para manter o aspecto da fruta do que para prevenir sua decomposição. Isso pode dar a fruta um sabor químico distinto. O dióxido de enxofre também é um bom redutor. Na presença de água o dióxido de enxofre pode descolorir as substâncias que pode reduzir; esta propriedade faz com que seja um branqueador redutor útil para papéis e materiais delicados como tecidos. A emissão de toneladas de dióxido de enxofre ao longo de décadas é uma das causas principais da chuva ácida. 12 Intoxicação química: principais contaminantes • Metais e metalóides... • Cádmio • Mercúrio • Chumbo © IAH 2009 13 Os metais pesados estão em todas as partes no ambiente industrial moderno. O cádmio é uma das poucas substâncias da natureza que não tem absolutamente nenhuma utilidade para os seres humanos. Devido a sua bioacumulação, inclusive em concentrações muito pequenas, é muito tóxico para os organismos vivos e os ecossistemas. Os gases de cádmio inalados são muito tóxicos para os rins e os pulmões. A ingestão oral pode produzir uma lesão grave dos rins e do fígado. Sabe-se que muitas reações e combinações com cádmio induzem câncer. A intoxicação por cádmio pode produzir síndrome de “itai-itai”, que em japonês quer dizer doença de “dor-dor”. O cádmio emitido entra em nossos corpos porque é captado pelas plantas e desta forma entram na cadeia alimentar. Esta homotoxina exógena lesiona especialmente nosso órgãos desintoxicadores (rins e fígado) e portanto, é duplamente perigoso como intoxicação porque faz com que seja menos possível eliminar outras toxinas. O mercúrio é utilizado em muitos materiais modernos e também se utiliza em odontologia (obturações dentárias de amálgama). Atividades humanas como a aplicação de fertilizantes agrícolas e a eliminação de águas residuais industriais, são exemplos de como os seres humanos liberam mercúrio diariamente no solo e na água. O mercúrio que se libera no meio ambiente acaba nas águas superficiais ou nos solos. Quando os valores de pH das águas superficiais ácidas estão entre 5 e 7 aumentará a concentração de mercúrio na água. Isso de deve a movimentação do mercúrio no solo próximo a uma fonte de água. Os microorganismos convertem o mercúrio que chega à água superficial em metil-mercúrio e a maior parte dos organismos absorve rapidamente esta substância. Também se sabe que o metil-mercúrio produz lesão nervosa. Os peixes estão entre os organismos que absorvem o metil-mercúrio em grandes quantidades da água. Em conseqüência, o metil-mercúrio se acumula nos peixes e passa à cadeia alimentar. Os efeitos deletérios do mercúrio que se consomem os animais que comem os peixes incluem insuficiência reprodutora, lesões dos intestinos, alterações do estômago, alterações de ADN e lesão renal. O chumbo é um metal venenoso que pode lesionar as conexões nervosas (especialmente em crianças pequenas) e produzir transtornos hematológicos e cerebrais. A exposição ao longo prazo ao chumbo e seus sais (especialmente aos sais solúveis ou o potente oxidante PbO2) pode produzir nefropatia e dores abdominais do tipo cólicas. Alguns autores consideram que a utilização histórica de acetato de chumbo (também conhecido como açúcar de chumbo) pelo império romano como edulcorante do vinho seja a causa da demência que afetou a muitos imperadores romanos. Em certo momento os fabricantes de caramelos utilizavam alguns compostos de chumbo devido a seu sabor doce. Embora isso esteja proibido nas nações industrializadas, em 2004 houve um escândalo porque as crianças da Califórnia comiam doces mexicanos adoçados com chumbo. 13 Intoxicação química: principais contaminantes • Compostos orgânicos... • Compostos não halogenados: • Compostos alifáticos (formaldeído, metano) • Compostos aromáticos (benzeno, tolueno) • Compostos halogenados: • Compostos alifáticos (clorofluorocarbonos, tricloroetano) • Compostos aromáticos (clorobenzeno, dioxinas) © IAH 2009 14 Entre os produtos químicos também existem muitos compostos halógenos e não halógenos que são muito tóxicos e que inclusive podem ser carcinógenos. Como as resinas de formaldeído são utilizadas em muitos materiais de construção, como contrapisos, tapetes e espumas isolantes em aerossol, e como estas resinas liberam lentamente formaldeído com o passar do tempo, o formaldeído é um dos contaminantes de interior mais freqüentes. Em concentrações maiores de 0,1 mg/Kg no ar, o formaldeído inalado pode irritar os olhos e as mucosas, produzindo lacrimejamento, cefaléia, sensação de queimação na garganta e dificuldade respiratória. A exposição ao benzeno tem efeitos graves para a saúde. A inalação de concentrações elevadas de benzeno pode produzir a morte, enquanto que concentrações baixas podem produzir tonturas, vertigens, taquicardia, cefaléia, tremor, confusão e inconsciência. A ingestão de alimentos ou bebidas que contém concentrações elevadas de benzeno podem produzir vômitos, irritação gástrica, vertigens, sonolência, convulsões, taquicardia e morte. Tem-se utilizado o clorobenzeno na fabricação de certos pesticidas, sobretudo DDT, mediante sua reação com o cloral (tricloroacetaldeído). Em outro momento também se utilizou para a produção de fenol. Sem dúvida, a utilização destes processos de fabricação tem diminuído significativamente nas últimas décadas. Na atualidade a principal utilidade do clorbenzeno é como intermediário na produção de nitroclorobenzenos e óxido de difenil, que são importantes na produção de produtos como herbicidas, corantes e goma. As dioxinas se acumulam no tecido vivo (bioacumulação) com o passar do tempo, por isso exposições pequenas podem se acumular até chegar em níveis tóxicos. A TCD tem uma meiavida de aproximadamente 7 anos em seres humanos, mas a concentrações elevadas a velocidade de eliminação aumenta mediante o metabolismo. Os efeitos para a saúde das dioxinas estão mediados por sua ação sobre um receptor celular, o receptor de arilhidrocarburo (AhR). A exposição a concentrações elevadas de dioxina em seres humanos produz uma forma grave de acne persistente conhecida como cloracné. Outros efeitos incluem: alterações no desenvolvimento do esmalte dos dentes de crianças, lesão do sistema imune, endometriose, malformações congênitas, EPOC, diabetes e, ao menos em animais de laboratório, aumento na taxa de câncer do fígado e de tiróide. 14 Intoxicação química: principais contaminantes • Outras substâncias... • Amianto • Dióxido de carbono • Monóxido de carbono © IAH 2009 15 Outras substâncias, melhor conhecidas pelo público, mas também muito tóxicas, são substâncias como o amianto, o dióxido de carbono e o monóxido de carbono. Embora estejam se fazendo muitos esforços na Europa para proibir a utilização de amianto em materiais de construção e materiais contra fogo, este segue no ambiente em quantidades muito elevadas e seguirá assim durante anos. As partículas com forma de gancho do amianto podem entrar em partes mais profundas do pulmão e sabe-se que são carcinógenas. O CO2 e o CO são gases tóxicos contaminantes que são muito freqüentes nas sociedades modernas, especialmente nas regiões de tráfego intenso e em regiões industriais. 15 Intoxicação química: principais contaminantes • Emissões pela combustão... • Dióxido de enxofre • Compostos orgânicos voláteis © IAH 2009 16 As emissões de produtos de combustão estão estendidas por todo o mundo. Sua carga tóxica aumenta com as concentrações no ar. Viver em uma cidade ou perto de uma zona industrial aumentará o risco de intoxicação por dióxido de enxofre e por compostos orgânicos voláteis. 16 Fatores que determinan a sobrecarga homotóxica Lesões provocadas pela exposição à toxinas ambientais © IAH 2009 17 Atmosfera: contaminação • O dióxido de carbono é o gás que tem mostrado o maior aumento na atmosfera • A emissão aumenta a uma velocidade de 5% a cada 10 anos. • Nos últimos 200 anos tem aumentado aproximadamente 25% © IAH 2009 18 O dióxido de carbono é um produto final nos organismos que obtém energia mediante a quebra de açúcares ou de gorduras com oxigênio como parte de seu metabolismo, em um processo conhecido como respiração celular. Isso inclui todas as plantas e animais, muito fungos e algumas bactérias. Nos animais superiores o dióxido de carbono viaja pelo sangue dos tecidos corporais até os pulmões, onde é expulso. Nas plantas que realizam a fotossíntese, o dióxido de carbono é absorvido da atmosfera. O conteúdo de dióxido de carbono do ar limpo varia entre 0,03% (300 ppm) e 0,06% (600 ppm), dependendo da localização, e no ar expirado é de aproximadamente 4,5%. A inalação de concentrações elevadas (maiores que 5% em volume) é perigosa para a vida e a saúde das plantas, seres humanos e outros animais de forma imediata. O valor limiar limite (VLL) atual ou concentração máxima que se considera segura em adultos sãos para uma jornada laboral de 8 horas é de 0,5% (5000 ppm). A concentração segura máxima para lactantes, crianças, idosos e paciente com doenças cardiopulmonares seria significativamente menor. Como nos tempos modernos os bosques desaparecem em áreas de industrialização, tem diminuído a transformação de CO2 em oxigênio, e em conseqüência se consegue concentrações máximas mais elevadas nas zonas industriais. 18 Atmosfera: contaminação • Os contaminantes son transportados de um lugar a outro ao longo de grandes distâncias pelos ventos • Os processos de contaminação intensa estão muito influenciados pela circulação de massas de ar • Um dado lugar estará contaminado em maior ou menor medida dependendo de como seja a circulação de ar na região geográfica em que está © IAH 2009 19 Como já foi mencionado antes, as condições atmosféricas podem aumentar a concentração de alguns contaminantes. O fato de não viver em uma zona industrial não é garantia de estar livre de contaminantes. Os ventos altos podem transportar os contaminantes em um prazo de horas de um lugar a outro. A chuva radioativa depois do acidente de Chernobil se estendeu pelo prazo de dias na Europa ocidental, a milhares de quilômetros de sua origem. A chuva ácida não é um fenômeno local, mas é a síntese de diferentes parâmetros em diferentes lugares. A chuva ácida está destruindo os bosques em lugares que não existem indústrias em um raio de centenas de quilômetros. A contaminação não é um fenômeno local, mas que devido a características atmosféricas é um problema mundial. 19 Fatores que determinan a sobrecarga homotóxica Metais pesados © IAH 2009 20 Metais e metalóides • Classificação dos metais segundo a Agência de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency, EPA) dos Estados Unidos • Metais perigosos: • Mercúrio (metal de rastro pesado) • Berílio (metal de rastro ligero) • Uma exposição leve pode perjudicar a saúde humana © IAH 2009 21 Os norte-americanos estão expostos principalmente ao metil-mercúrio que é um composto orgânico, quando comem peixes e mariscos que contém metil-mercúrio. Os danos à saúde de uma pessoa, causados pela exposição às diversas formas de mercúrio, dependem de vários fatores. Quase todas as pessoas têm ao menos traços de metil-mercúrio em seus tecidos, o que representa a presença generalizada de metilmercúrio no ambiente e a exposição das pessoas mediante o consumo de peixes e mariscos. As pessoas podem estar expostas ao mercúrio em qualquer uma de suas formas em diferentes circunstâncias. Os fatores que determinam a gravidade dos efeitos para a saúde da exposição ao mercúrio, incluem: a forma química do mercúrio (o metilmercúrio é mais tóxico que o mercúrio elementar), a doses, a idade da pessoa exposta (o feto é mais suscetível), a duração da exposição, a via da exposição (inalação, ingestão, contato dérmico, etc.) e a saúde da pessoa exposta. Para fetos, lactantes e crianças, o principal efeito para a saúde do metil-mercúrio é uma alteração do desenvolvimento neurológico. A exposição intra-uterina ao metil-mercúrio, que pode ser devido ao consumo de peixes e mariscos pela mãe, pode afetar de maneira adversa o cérebro e o sistema nervoso em desenvolvimento da criança. Temse visto alteração do pensamento cognitivo, da memória, da atenção, da linguagem, das habilidades motoras finais e das habilidades espaciais visuais em crianças expostas ao metil-mercúrio durante a vida intra-uterina. A curto prazo a EPA tem encontrado que o berílio pode produzir os seguintes efeitos sobre a saúde: inflamação dos pulmões quando inalado e é menos tóxico na água potável. No longo prazo o berílio tem a possibilidade de produzir pela exposição durante toda a vida a concentrações maiores do que o nível de concentração mínima (MCL), os seguintes efeitos: lesão dos ossos e dos pulmões e câncer. 21 Metais e metalóides • Classificação dos metais segundo a Agência de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency, EPA) dos Estados Unidos: • • • • • • • • • • Metais potencialmente perigosos: Bário Cádmio Cobre Chumbo Magnésio Devem ser Níquel monitorados Zinco Vanádio Estanho © IAH 2009 De acordo com a EPA, deve-se monitorar com cuidado outros metais porque também produzem riscos para a saúde. Alguns deles são inclusive necessários como oligoelementos para o bom funcionamento do corpo, embora sejam tóxicos em concentrações elevadas. Por exemplo, o zinco ou o cobre são essenciais para alguns processos fisiológicos, e a ausência dos mesmos produz sintomas. Por outro lado, concentrações demasiadamente altas também produzirão problemas, porque mais uma vez, é questão de homeostase. 22 Metais e metalóides • Toxicidade dos metais segundo o nível de doses e o tempo de exposição • Em casos de exposição aguda • Através de água potável, os alimentos e a exposição ocupacional • Sintomas: síndrome digestiva aguda, insuficiência renal, neurotoxicidade, etc. © IAH 2009 23 O nível de doses e o tempo são os parâmetros para a toxicidade de uma substancia. É claro que, a exposição aguda a uma concentração elevada tem a curto prazo um maior risco, pois pode alcançar a concentração letal. Os metais e metalóides estão no solo, na água e no ar, e, portanto, a água potável, a exposição ao ar livre e os alimentos (mediante a cadeia alimentar de uma concentração menor a uma maior) poderia elevar os riscos. Os principais sintomas de intoxicação por metais e metalóides são síndromes digestivas, deterioramento renal até a insuficiência renal, neurotoxicidade, lesão hepática, sintomas respiratórios, etc... 23 Toxicidade dos metais segundo o nível de doses e o tempo de exposição • Em casos de exposição prolongada • Através de água potável, o ar ou o contato com o solo contaminado • Sintomas: • Aparição de diversos tipos de câncer hiperqueratoses • Hiperpigmentação e hipopigmentação cutânea, particularmente • • no caso do arsênio Inflamação crônica das vias aéreas Insuficiência renal © IAH 2009 24 Como já foi mencionado antes, quantidades muito pequenas de metais e metalóides podem alcançar uma concentração tóxica grave devido a sua bioacumulação ao longo de anos e décadas. Tem-se descritos vários tipos de câncer pela exposição prolongada a metais e metalóides. Podem-se produzir alterações da pigmentação cutânea. Com muita freqüência se vê irritação e lesão do aparelho respiratório. Também é muito freqüente a insuficiência renal porque muitos metais e metalóides induzirão lesão renal. 24 Toxicidade dos metais segundo o nível de doses e o tempo de exposição • Em casos de exposição prolongada • Através de água potável, o ar ou o contato com o solo contaminado • Sintomas: • Dermatite • Sintomas neurológicos • Lesão do sistema reprodutor: fetotoxicidade, teratogenia, aborto espontâneo © IAH 2009 25 A exposição prolongada a metais e metalóides também pode induzir dermatites, sintomas neurológicos e lesões do aparelho reprodutor. Muitos metais, especialmente os metais pesados, são fetotóxicos ou teratóxicos e poderiam ser a causa de aborto espontâneo. Na corrente sanguínea muitos metais podem atravessar a barreira placentária e intoxicar o feto. 25 Homotoxinas ambientais • Medicação específica para metais pesados: • Plumbum metallicum-Injeel • Mercurius solubilis Hahnemanni-Injeel • Arsenicum album-Injeel © IAH 2009 26 De acordo com o princípio da inversão da homeopatia podemos tentar tratar o paciente com uma intoxicação por um metal. As micro-concentrações ou as nano-concentrações de um metal inverteriam a sintomatologia da intoxicação devida às concentrações elevadas no corpo. As microdoses tem inclusive um efeito desintoxicante. Tem-se realizado investigação básica sobre este fenômeno. Ratas intoxicadas artificialmente com arsênico excretavam arsênico na urina. Em função das doses de intoxicação, a excreção de arsênico se interrompeu depois de vários dias. As diluições acima do número de Avogrado do arsênico fizeram com que aparecesse novamente a excreção de arsênico na urina. Da mesma forma, os medicamentos específicos (diluições homeopáticas) de um metal são administrados para inverter o efeito da intoxicação e desintoxicar o corpo especialmente para esse metal. Plumbum-Injeel é utilizado para intoxicação por chumbo, Mercurius Solubilis Hahnemann-Injeel para as intoxicações por mercúrio (amalgama, odontologia), Arsenicum álbum-Injeel para a intoxicação por arsênico. 1. J.C. Cazin et al.. "A Study of the Effect of Decimal and Centesimal Dilution of Arsenic on Retention and Mobilization of Arsenic in the Rat,“ Human Toxicology, July 1987. 26 Fatores que determinan a sobrecarga homotóxica • Produtos agroquímicos • As pragas agrícolas são controladas com pesticidas que não existiam antes de 1940. © IAH 2009 Na agricultura se utilizam pesticidas e inseticidas que acabam nas plantas e no solo, inclusive estabelecem níveis máximos. Não há estudos sobre os efeitos da ingestão a longo prazo de doses pequenas repetidas. 27 Homotoxinas ambientais • Inseticidas: • Injeel-Chol • Hepar compositum © IAH 2009 28 Como muitos dos pesticidas se bioacumularão principalmente no fígado. Hepar compositum dará suporte a este órgão desintoxicador. O mesmo ocorrerá com Injeel-Chol. 28 Homotoxinas insidiosas… © IAH 2009 Algumas homotoxinas não são muito evidentes porque são desconhecidas para a maioria das pessoas e são difíceis de serem detectadas sem equipamento especializado. Estas são as chamadas homotoxinas insidiosas. 29 Homotoxinas insidiosas • Oxidantes • Existem dados claros de que participan na patogenia de numerosas doenças • Agentes que produzem radiação • Radiação ultra-violeta • Radiactividade latente • Radioterapia © IAH 2009 30 O estilo de vida faz com que entrem no corpo muitos oxidantes. Não somente através do ar contaminado (tabaco), mas também nos alimentos e nas bebidas. Tem-se demonstrado que não só produzem envelhecimento dos tecidos, mas que também induzem patologias degenerativas. É muito difícil de monitorar a radiação, especialmente para as pessoas leigas. Pode ser de origem industrial ou de origem cósmica. Mesmo uma exposição muito breve pode ter conseqüências potencialmente mortais. A maioria das radiações são carcinógenas. 30 Campos eletromagnéticos na vida cotidiana: fontes • Naturais: • Campo magnético da terra • Radiactividade solar natural • Radiactividade procedente do espaço: • Raios cósmicos, gamma, X, infra-vermelhos, visíveis e ultravioletas • Humanas: • Voluntárias • Telefones, rádios, radares, unidades de contole remoto, instrumentos sem fio • Involuntárias • Torres de alta tensão © IAH 2009 31 O magnetismo e os campos eletromagnéticos podem criar cargas geopáticas à que algumas pessoas parecem ser sensíveis. As radiações cósmicas podem induzir doenças celulares. No estilo de vida moderno existem emissões e receptores de sinais de rádio em qualquer parte na rua, na maioria das moradias, no trabalho. Os comandos de controle remoto, as microondas, os indutores de voltagem elevada (televisores e monitores), todos eles emitem radiações ou campos eletromagnéticos nos quais vivemos diariamente, durante décadas. Sabendo-se que se produz transmissão de informação no corpo com potenciais elétricos muito sutis, é razoável afirmar que há interferência por correntes de indução de origem exógena. 31 Geopatias • Os edificios são construídos onde há: • Cursos de água subterrâneos • Falhas • Vales em falha • Depósitos de certos minerais • Cavidades © IAH 2009 32 Além, dos materiais que se utilizam nos edifícios e que poderiam emitir ou liberar substâncias tóxicas (doenças relacionadas com o que se classifica como “síndrome do edifício interno”), o lugar em que se constroem também poderia aumentar os problemas. Embora nem sempre sejam aceitam cientificamente pelo sistema estabelecido e pelo mundo acadêmico, as interferências geopáticas existem e poderiam produzir transtornos psicológicos (como nervosismo, insônia...) e físicos (sintomas psicossomáticos, cefaléia...). 32 Geopatias • Em zonas geopatógenas influenciadas por emissões de ondas nocivas há aumento de … • Insônia, terrores noturnos, esgotamento matutino, cólicas, palpitações, depressão, catarro e enxqueca • Os processos degenerativos como o câncer tendem a acelerar © IAH 2009 33 Muitos sintomas se relacionam com uma permanência prolongada ou repetida em lugares com carga geopática. A maioria destes sintomas é psicológica. Os transtornos do sono, os pesadelos, o esgotamento mental e a depressão são simplesmente alguns de uma lista de transtornos psicológicos induzidos por fatores geopáticos. Além destes, outros sintomas físicos e doenças se relacionam com as cargas geopáticas, como a baixa imunidade (expectoração abundante e doenças similares à gripe), a enxaqueca, as cólicas e o esgotamento físico. As cargas geopáticas também se relacionam com o aparecimento ou a aceleração de câncer. 33 Síndrome do edifício doente Definição (OMS): • Conjunto de sintomas produzidos por agentes químicos, físicos ou biológicos ou fatores ergonômicos, que com frequência se relacionam com a estrutura, a distribução, as instalações ou o equipamento do edificio; sintomas cuja intensidade tende a aumentar com o tempo que as pessoas passam no edifício e que nem sempre tem uma causa evidente; com frequência se diagnostica por exclusão e não afeta a todos os ocupantes do edifício © IAH 2009 34 A síndrome do edifício doente adquire caráter oficial por uma definição da Organização Mundial da Saúde (OMS). Como vemos, esta definição é muito ampla (completa) e não se refere unicamente ao próprio edifício, mas também às instalações e ao equipamento que se utilizam no edifício. 34 Síndrome do edifício doente Causas: • Má ventilação • Mudanças de temperatura • Carga iônica e eletromagnética • Partículas em suspensão • Gases e vapores de origem química • Bio-aerossóis © IAH 2009 35 A arquitetura moderna, devido à necessidade de ventilação artificial, acondicionamento de ar e umidificação por motivos de segurança, utiliza de maneira massiva compostos não naturais para a edificação. Além destes a indução eletromagnética devido a equipamentos de voltagem elevada (motores de elevador, dispositivos de alta voltagem para o fornecimento de corrente, etc...) são possíveis fatores que levam ao aparecimento de sintomas da síndrome do edifício doente. Em alguns edifícios modernos a incidência de alguns sintomas na população do edifício é tão elevada que se tem feito adaptações para melhorar a situação. 35 Contaminação sonora • A partir de 100 dB começa a produzir-se uma deterioração da audição, independentemente da duração da exposição • O máximo de dor começa com 120 dB © IAH 2009 36 Em nossa sociedade moderna, especialmente nas cidades, próximo a aeroportos, zonas industriais, alguns postos de trabalho em fábricas e também de maneira voluntária em discotecas e shows, com freqüência há contaminação sonora. Embora seja necessário um ruído de fundo para que o ser humano se sinta confiante (o cérebro vê o silencio absoluto como um dado de alarme), o ruído pode ser um contaminante. O ruído acima do nível da fala (50-60 dB) acaba sendo irritante. Os sons maiores que 100 dB são totalmente desagradáveis e acima de 120 dB produzem dor de ouvidos e lesão auditiva irreversível. 36 Contaminação sonora • A níveis maiores do que aqueles que o aparelho auditivo sofre lesiones começa ter início a surdez transitória e traumatismo acústico • Perda de equilíbrio • Irritabilidade • Nervosismo • Transtornos do ritmo cardíaco • Perda de concentração © IAH 2009 37 Os ruídos excessivos, especialmente com exposições prolongadas podem produzir lesão auditiva (órgão de Corti: lesão das células pilosas). O som e o ruído estão presentes ao nosso redor a diferentes níveis. Somente podem produzir lesões os níveis elevados. 0 dB: som mais fraco que ouve o ouvido humano 30 dB: sussurro, biblioteca tranqüila 60 dB: conversação normal, máquina de costura, máquina de escrever 90 dB: cortador de grama, ferramentas, tráfego rodoviário; 8 horas por dia é a exposição máxima para proteger a 90 % das pessoas 100 dB: serra elétrica, furadeira pneumática, motoneve; 2 horas por dia é a exposição máxima sem proteção 115 dB: utilização de jato de areia, show de rock em alto volume, buzina de automóvel; 15 minutos por dia é a exposição máxima sem proteção 140 dB: explosão na boca de uma arma de fogo, motor de um avião a jato; o ruído produz dor e inclusive uma explosão breve produz lesão nos ouvidos não protegidos. Máximo ruído permitido com protetores auditivos. Muitos sintomas podem ser produzidos pela contaminação sonora permanente: surdez irritabilidade nervosismo perda de equilíbrio transtornos do ritmo cardíaco perda de concentração 37 Dieta Homotoxinas à la carte © IAH 2009 Também a nível nutricional existem muitas coisas funcionam mal em países industrializados. Não é somente que o consumo de açúcar refinado tenha crescido muito na última década; a qualidade dos alimentos passou de alimentos naturais aos alimentos secos preparados ou conservados. Os jovens consomem porcentagens elevadas de fast-food com muitos corantes, componentes aromáticos e potenciadores de sabor. Neste momento nos EUA a população de crianças obesas e diabéticos menores de 12 anos está aumentando muito. 38 Homotoxicidade pelos alimentos • Alimentos industrializados e refinados © IAH 2009 39 Os alimentos industriais e refinados são evidentemente um dos motivos do aumento da intolerância aos alimentos em crianças e adultos jovens. Vemos um maior consumo de conservantes e aditivos que tem um menor valor nutricional (valor biológico) e inclusive um menor valor calórico (produtos light). As substâncias alimentícias que inicialmente eram naturais se converteram em homotoxinas devido aos sistemas de produção e tratamento a que são submetidos antes de acabar nos armazéns. O alimento é esquentado e seco, é embalado à vácuo e se submete à radiação, é conservado com anti-oxidantes e produtos químicos. Inclusive se estabelecem normas sobre os níveis diários máximos, mas durante décadas não se tem monitorado a ingestão diária da maior parte destas substâncias. 39 Fármacos como toxinas © IAH 2009 Nas sociedades modernas os medicamentos estão ao alcance de todos. Alguns países aceitam como medicamento livre (sem prescrição médica) inclusive medicamentos que bloqueiam mecanismos de regulação (p. ex. ácido acetilsalicílico). 40 Tratamentos agressivos • Fármacos psicotrópicos a longo prazo • Modulação • Cerebrum compositum © IAH 2009 41 Em alguns países ocidentais os ansiolíticos, os antidepressivos e os hipnóticos são encontrados entre os medicamentos mais vendidos do mercado farmacêutico. O nervosismo e o estresse são sintomas freqüentes na prática médica de primeira linha. A privação social aumenta a sensação de isolamento, induzindo pensamentos e comportamento depressivos. A principal medicação anti-homotóxica para o tratamento de pacientes com consumo de longo prazo (e abuso) de fármacos psicotrópicos é Cerebrum compositum. Da mesma forma que a maioria dos medicamentos compositum, deve ser utilizado por longo prazo para que se tenha um efeito de suporte do órgão e para que regule as funções cuja regulação tenha se perdido. 41 Tratamentos agressivos: antibióticos • Sobrecrescimento • Alguns antibióticos eliminam certos tipos de bactérias, mas favorecem o crescimento de outras bactérias ou de fungos • Disbacteriose • Eliminação das bactérias “boas” (cuja presença no tubo digestivo é desejável) • Alergia • Muitos antibióticos produzen exantemas e outros sinais de alergia (febre, artrite, etc.) em pessoas predispostas © IAH 2009 42 Além de um consumo excessivo de fármacos psicotrópicos também há um consumo excessivo de antibióticos. Embora a maioria dos países industrializados faça nos últimos anos uma campanha governamental contra o abuso de antibióticos (bactérias resistente no ambiente clínico), os mesmos continuam sendo muito utilizados na medicina de primeira linha. A utilização de antibióticos é um ataque direto contra o terreno do paciente. Embora os antibióticos inibissem a proliferação de certas bactérias ou classes de bactérias, favorecem às que ficam que tenham todo o terreno para elas. Em certo modo podemos afirmar que a utilização de antibióticos selecionará as espécies mais fortes. Algumas bactérias vivem em simbiose com o organismo humano. Isso é com certeza o que ocorre com uma ampla gama de bactérias intestinais. Os antibióticos de amplo espectro também afetarão estas bactérias e produzirão uma alteração da regulação da flora intestinal com todo o tipo de sintomas e doenças como conseqüência. Muitos antibióticos têm uma baixa taxa de tolerância e produzem alergia em pessoas predispostas. 42 Tratamentos agressivos: antibióticos • Resistência • As bactérias desenvolvem resistência a antibióticos • A administração contínua ou repetida de antibióticos por doenças leves favorece a aparição deste tipo de resistência • Toxicidade • Os antibióticos podem produzir lesões nos rins, no fígado e no sistema nervoso, e podem produzir alterações hematológicas © IAH 2009 43 A utilização freqüente de antibióticos sobre a mesma cepa de bactérias induzirá a longo prazo a resistência destas bactérias a este antibiótico. Atualmente este é um problema importante nos hospitais europeus médios, porque nos pacientes imuno-deprimidos (idosos, paciente operados...) estas bactérias resistentes podem induzir infecções potencialmente mortais. Os antibióticos são homotoxinas exógenas que podem produzir lesão renal e hepática. Alguns deles são inclusive neurotóxicos. Também se vêem alterações de agregação plaquetária e da função de outras células sanguíneas. 43 Antibioterapia • Modulação: • Penicillin-Injeel © IAH 2009 44 Depois do tratamento com antibióticos, segundo uma similaridade anamnésica ou sintomatológica, podemos utilizar Penicillin-Injeel para tratar o paciente. 44 Terapias agressivas • Quimioterapia antineoplásica © IAH 2009 45 Embora com freqüência sejam absolutamente necessários no câncer potencialmente mortal, não devemos esquecer do perfil agressivo dos tratamentos contra o câncer. A quimioterapia é um imenso estado de intoxicação, não somente para as células cancerosas, mas também para todas as células vivas do organismo humano. Embora não seja a primeira opção terapêutica, como tratamento de fundo devemos dar suporte às células e ais órgãos internos para superar o intenso estado de intoxicação e para melhorar a qualidade de vida do paciente durante a quimioterapia. Podemos inibir sintomas como náuseas e vômitos, vertigens, estomatite... Podemos “energizar” o paciente por órgãos e em uma fase posterior administrar suporte celular. Depois da quimioterapia, quando se alcance certo estado de recuperação, pode-se inclusive iniciar uma drenagem profunda com desintoxicação. 45 Homotoxicologia nas mucositis © IAH 2009 46 Na revista Câncer foram publicados em 2001 os efeitos da terapia antihomotóxica no tratamento da estomatite induzida por quimioterapia em crianças em um estudo piloto duplo-cego que foi o precursor de mais estudos sobre este tema. 46 Quimioterapia • Modulação • Traumeel • Pulsatilla compositum • Hepar compositum • Medulla ossis suis-Injeel © IAH 2009 47 A modulação anti-homotóxica durante a quimioterapia e depois da mesma pode ser realizada com combinações de Traumeel, Pulsatilla compositum, Hepar compositum e Medulla ossis suis-Injeel. Traumeel: fármaco regulador da inflamação (FRI), efeito imuno-modulador Pulsatilla compositum: para estimular as defesas na rigidez da regulação por depósito (estado de intoxicação da MEC) Hepar compositum: para estimular e dar suporte à função do fígado Medulla ossis suis-Injeel: para estimular e dar suporte à função da medula óssea. 47 Fatores que determinan a sobrecarga homotóxica • Campos de interferência neural • Ruído cibernético © IAH 2009 48 Podemos ir ainda mais longe a uma abordagem mais complementar sobre a presença das homotoxinas, e esta abordagem, e esta abordagem será influenciada pelo terreno do paciente. Dentro da terapia neural, o campo de interferência neural é um fenômeno bem conhecido porque pode criar uma rigidez de regulação que bloqueia qualquer iniciativa terapêutica que se tome em relação a regulação. 48 Campo de interferência: histologia • “Inflamação crônica por substâncias não degradáveis depositadas no Sistema de Regulação Basal de Pischinger” G. Kellner, Universidade de Viena • Toda doença ou fase de uma doença pode começar ou agravarse por um campo de interferência • Em todas as doenças crônicas é necessário ter em conta a participação de um campo de interferência • As doenças crônicas favorecem a formação de campos de interferência © IAH 2009 Não só as homotoxinas, mas também as cicatrizes podem criar um campo de interferência. Como seu próprio nome indica, os campos de interferência interferem com os sistemas de auto-regulação no nível do entorno extra-celular. Isso significa que haverá uma alteração da regulação da transmissão dos mensageiros de todo tipo (mediadores, impulsos elétricos, regulação de pH, etc...) ou que será impossível a regulação por bloqueio ou obstrução. Um campo de interferência pode amplificar o efeito tóxico de uma homotoxina. Por outro lado, a presença a longo prazo de homotoxinas e seu efeito degenerativo em último termo podem induzir a criação de um campo de interferência que pode ser ativado inclusive muito tempo depois que tenha desaparecido as homotoxinas. 49 Campo de interferência: resumo • Com a presença contínua de um campo de interferência, os problemas de regulação podem alterar permanentemente a resposta terapêutica © IAH 2009 50 Os campos de interferência podem ser a causa de um bloqueio completo dos sistemas reguladores e podem interferir e converter-se em um bloqueio para os tratamentos reguladores como a medicação anti-homotóxica em sua forma injetável ou oral. 50 Psicotoxicidade © IAH 2009 Uma homotoxina pode, em seu máximo estado, ser imaterial. Isso significa que o efeito lesivo não está sendo produzido por nenhuma molécula mas por uma situação psíquica, uma emoção ou um pensamento. Isso é o que se denomina psicotoxicidade. Refere-se fundamentalmente à PNEI (psiconeuroendocrinoimunologia, ver o tema “IAH AC A matriz vivente”). A PNEI avalia as conseqüências do estresse sobre nossa saúde em geral e sobre nosso equilíbrio imunitário em particular. Algumas emoções podem ser muito traumáticas e marcar o início de um problema mental crônico, como no caso dos conflitos latentes não resolvidos. 51 Mente e doença • Hipócrates foi o primeiro que deu uma indicação da importância da mente nos seres humanos • A doença começa na mente e se materializa (somatização) no corpo (Hahnemann) • Criou um método terapêutico homeopático basado no estudo e no tratamento dos sintomas mentais (J.T. Kent) • T. Dethlefsen e R. Dahlke escrevem sobre a mente e a etiologia © IAH 2009 52 Antes de Samuel Hahnemann, Hipócrates foi o primeiro que indicou que a mente pode ter uma função diretora no ser humano. Hahnemann vê muitas doenças como a materialização de aspectos mentais e inclusive a “dynamis” (energia vital) é, segundo ele, um estado relacionado com a mente. Em homeopatia um dos pilares terapêuticos é o tratamento dos sintomas mentais. Também Dethlefsen e Dahlke escreveram muito sobre o vínculo etiológico entre uma doença e o estado mental do paciente. 52 Psicotoxinas • Modulação: • Cerebrum compositum • Thalamus compositum • Ignatia-Homaccord • Nervoheel • Valerianaheel • Neuro-Injeel © IAH 2009 53 Para produzir um efeito regulador no nível da PNEI e para produzir efeitos psicógenos podemos utilizar um ou mais medicamentos anti-homotóxicos que se mostram acima. Recomendamos que se consulte o vademecum anti-homotóxico da Heel para ver suas indicações e suas áreas de aplicação. Ressaltamos a diferença terapêutica entre o efeito regulador das especialidades e o efeito de suporte do órgão dos medicamentos compositum. 53 Resumo • Os elementos químicos presentes no ambiente são responsáveis pela toxicidade exógena • Muitos fatores tóxicos não reconhecidos facilmente constituem o grupo das toxinas insidiosas • Na doenças crônicas os efeitos adversos dos fármacos geram uma carga homotóxica muito grande • As alterações estruturais dos tecidos podem atuar como campos de interferência e influenciar na gênese ou na aparição de doenças • A psicotoxicidade adquire uma importância preponderante no mundo moderno. © IAH 2009 54 Os produtos químicos pertencem às homotoxinas exógenas mais tóxicas. Simplesmente os captamos desde o micro-entorno. Alguns deles são evidentes, e outros não são fáceis de se reconhecer e se denominam homotoxinas maliciosas. São inclusive mais perigosas porque são difíceis de se detectar e evitar. Não só deve-se considerar que os produtos químicos procedentes do ambiente são perigosos, mas também a ingestão crônica involuntária de certos medicamentos convencionais, porque a longo prazo podem gerar uma carga muito tóxica. Além das intoxicações moleculares existem outros fatores que podem influenciar ou agravar a carga tóxica de uma homotoxina material. É evidente que isso ocorre com os campos de interferência e o ruído cibernético. Também a psicotoxicidade, mediante a influência da PNEI, pode influenciar negativamente na presença de uma toxina e inclusive pode agravar de maneira sinérgica a situação da doença do paciente. 54