Introdução à homotoxicologia

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Introdução à homotoxicologia
IAH AC Introdução à homotoxicologia
© IAH 2009
A homotoxicologia, desenvolvida pelo médico alemão Hans-Heinrich Reckeweg,
é um conceito científico subjacente à medicina anti-homotóxica. É uma forma
diferente de abordar o paciente e sua doença.
Na medicina convencional o conceito de “terreno do paciente” é desconhecido, e
portanto, com freqüência parece que trata-se o paciente unicamente pelos
sintomas que apresenta.
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Objetivos
• Conhecer os princípios básicos da homotoxicologia
• Doença e saúde
• A homotoxina
• A origem e a história da tabela de seis fases
• A dinâmica de uma doença na tabela de seis fases
• O princípio da evolução da doença
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Muitos aspectos da medicina anti-homotóxica são diferentes da medicina
convencional. Embora com freqüência utilize-se a mesma terminologia, referemse a temas diferentes. Portanto, é importante compreender bem o que significam
saúde e doença em homotoxicologia.
Na homotoxicologia, as causas da doença são vistas como homotoxinas.
Portanto, deveríamos poder defini-las. Pode-se encontrar informações mais
específicas sobre as homotoxinas no tema “IAH AC Homotoxinas”.
Como se verá com detalhes em outros temas, a Tabela de Evolução da Doença
(TED) é um instrumento dinâmico para avaliar a evolução da doença do
paciente. É um instrumento essencial na abordagem anti-homotóxica do
paciente. O fato de que com o tempo o paciente evolui ou de que o tipo de
doença mude na tabela é muito importante, porque dirigirá nossa decisão de
como tratar o paciente e que medicação é adequada para fazê-lo de uma
maneira homotoxicologicamente correta.
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O pai da homotoxicologia:
o Dr. H-H Reckeweg
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O Dr. Hans-Heinrich Reckeweg foi o “pai” da homotoxicologia. Devido a seu
imenso trabalho e a suas publicações, a homotoxicologia se converteu em uma
abordagem holística da medicina. Não só a teoria, senão também o uso diário de
medicamentos anti-homotóxicos, está presente em mais de 70 países em todo o
mundo. Atualmente, especialistas em homotoxicologia de todo o mundo seguem
investigando este campo e tem feito da homotoxicologia uma abordagem
adequada na medicina moderna.
A convicção do Dr. Reckeweg levou muitos médicos a tratar seus pacientes de
uma maneira diferente. Mesmo após mais de 20 depois de sua morte, a
homotoxicologia é um conceito muito apreciado na medicina complementar e
cada vez mais vai transformando-se mais em uma “revelação” no âmbito da
medicina convencional. Desta forma, o Dr. Reckeweg conseguiu realizar seu
sonho com êxito: construir uma ponte entre a medicina convencional e a
medicina complementar.
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“Um dia gostaria de unir a homeopatia com a
corrente dominante na medicina”
H.-H. Reckeweg 1905-1985
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De fato, a homotoxicologia é um conceito facilmente compreensível, tanto para o
médico da medicina não convencional como para o médico da medicina
convencional. Embora às vezes pareça que ambos os tipos de medicina são
opostos, atualmente vemos que os médicos com formação convencional abremse cada vez mais à medicina anti-homotóxica e os homeopatas estão vinculados
de maneira menos estrita à terapia clássica unicista. Isso deve-se aos avanços
da biologia molecular, que fazem com que seja mais evidente o mecanismo de
ação da medicina anti-homotóxica.
O Dr. Reckeweg realmente estabeleceu uma ponte entre a alopatia e a
homeopatia, e desta forma, criou uma plataforma integradora que abre caminho
com facilidade à prática médica diária.
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O que é a homotoxicologia?
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Estudemos agora com mais profundidade os princípios básicos da
homotoxicologia. O que é a homotoxicologia e de que forma se diferencia da
abordagem médica convencional do paciente e sua doença?
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HOMO
TOXICO
Homem
Toxina
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LOGIA
Estudo
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O termo Homotoxicologia é formado por três palavras: “homo” que significa ser
humano, “tóxico” que provém de toxina ou veneno, e finalmente “logia” que
provém do grego “logos”, que significa estudo.
Em resumo, podemos descrever a homotoxicologia como o estudo da influência
das substâncias tóxicas sobre os seres humanos.
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A homotoxicologia é
o estudo da influência das
homotoxinas sobre o organismo
humano
A homotoxicologia é uma ponte
entre a medicina complementar e a
medicina convencional
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Em homotoxicologia estudamos como a presença de homotoxinas influirá sobre
as funções da célula e através destas, sobre as funções de todo o organismo
humano. A reação ou o bloqueio dos mecanismos de defesa contra a
homotoxina definirá a situação clínica em que se encontra o paciente. Os
sintomas são a expressão da intenção do organismo em eliminar as toxinas.
Como a abordagem em homotoxicologia continua sendo clínica, se tem
pesquisado sobre o modo de ação deste tipo de medicamentos. A
homotoxicologia está muito relacionada com a medicina convencional e é muito
valorizada por médicos convencionais de “mente aberta”, porque os mecanismos
de ação dos medicamentos anti-homotóxicos podem ser explicados através dos
modelos de biologia molecular desta medicina convencional. Por outro lado, e ao
contrário do que ocorre com os medicamentos alopáticos, a maioria dos
medicamentos anti-homotóxicos contém micro doses ou nano doses de
componentes ativos e, portanto não são tóxicos. A escassez de efeitos
secundários e de contra-indicações, a ausência de interações medicamentosas e
sua segurança e eficácia fazem com que a homotoxicologia classifique-se como
uma terapia “suave”. Desta maneira, a homotoxicologia constitui uma ponte entre
a medicina convencional e a homeopatia. Esta ponte refere-se ao sólido
diagnóstico da medicina convencional e ao tratamento suave e não tóxico da
terapia anti-homotóxica.
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Definição homotoxicológica de doença
• As doenças são a expressão de alguns mecanismos de defesa
biologicamente orientados contra as homotoxinas endógenas e
exógenas, ou a expressão da tentativa do organismo para
compensar a lesão tóxica que recebeu.
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Do ponto de vista homotoxicológico, a doença é produzida pela reação do corpo
diante da presença de homotoxinas prejudiciais. O que reconhecemos como
sintomas clínicos da doença é o resultado da reação do sistema à ameaça.
Isto significa que a doença não é a presença de sintomas por si só, mas que
estes somente devem ser vistos como uma demonstração de uma atividade de
defesa contínua.
Enquanto se considere os sintomas clínicos somente como uma ameaça para a
qualidade de vida do paciente e todo o tratamento vise à eliminação destes
sintomas, os resultados serão superficiais e na realidade estaremos
comprometendo a longo prazo a saúde do paciente.
Um tratamento bioterapêutico leva em conta as homotoxinas causadoras da
enfermidade e mediante a estimulação do próprio sistema de defesa do corpo,
irá atuar sobre as causas reais da doença. A bioterapia sempre é um tratamento
regulador e não um tratamento supressor.
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Definição homotoxicológica de doença
• As doenças são a expressão de alguns mecanismos de defesa
biologicamente orientados contra as homotoxinas endógenas e
exógenas, ou a expressão da tentativa do organismo para
compensar a lesão tóxica que recebeu.
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Expressão: O que vemos não é o que temos. Os sintomas são somente a
conseqüência de uma atividade do organismo contras as agressões tóxicas. Se,
por exemplo, há uma inflamação, o tratamento causal indica que teremos que
fazer algo para a inflamação desencadeada pelas homotoxinas, o qual se pode
realizar através da regulação da atividade de defesa. A mera supressão dos
sintomas pode ser comparada como empurrar um iceberg para debaixo da água
com a esperança de que o mesmo nunca voltará a aparecer. Se deixarmos de
fazer pressão, o iceberg voltará a aparecer. Este fenômeno explica a recorrência
das doenças na medicina convencional.
Pode-se fazer outra comparação. Os sintomas clínicos são somente a expressão
de algo mais profundo, da mesma maneira que as palavras que diz uma pessoa
são a expressão de seus pensamentos. A supressão das palavras, a proibição
de falar, não irá modificar as causa da fala, que são os pensamentos na mente
da pessoa que fala. O tratamento da mente, como na psicoterapia, dará lugar
automaticamente a diferentes expressões.
Da mesma forma, a supressão da febre nas doenças virais, pode parecer eficaz
a curto prazo. No longo prazo, só aumentará a proliferação do vírus porque a
febre tem um efeito virostático já que as citocinas atuam melhor com altas
temperaturas.
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Definição homotoxicológica de doença
• As doenças são a expressão de alguns mecanismos de defesa
biologicamente orientados contra as homotoxinas endógenas e
exógenas, ou a expressão da tentativa do organismo para
compensar a lesão tóxica que recebeu.
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Biologicamente: “Bios” significa vida, “logos” significa palavra, estudo, ou
também “regra”. Biológico significa “segundo as regras da vida”. Qualquer ação
terapêutica que vá contra este feito biológico vai contra os aspectos básicos da
vida. Se suprimirmos uma inflamação e este processo inflamatório tiver como
objetivo eliminar as homotoxinas e/ou suas influências negativas sobre os
tecidos, estaremos interrompendo um processo de limpeza e ficaremos com os
efeitos da intoxicação. Ao bloquear o efeito de limpeza de um processo
inflamatório tomamos uma medida contra a vida porque as homotoxinas
persistirão e seguirão intoxicando com mais intensidade a longo prazo, o que
significa que o efeito das homotoxinas será mais evidente na célula que na
matriz extra-celular.
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Definição homotoxicológica de doença
• As doenças são a expressão de alguns mecanismos de defesa
biologicamente orientados contra as homotoxinas endógenas e
exógenas, ou a expressão da tentativa do organismo para
compensar a lesão tóxica que recebeu.
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Orientados: Este termo é extremamente importante na definição
homotoxicológica da doença. Significa que a reação do sistema de defesa será
proporcional às necessidades para se chegar ao objetivo. Isso inclui todos os
aspectos reguladores que se refere à homotoxicologia. A mobilização da defesa
realiza-se no nível necessário para se chegar ao objetivo, que na maioria dos
casos é a eliminação da homotoxina e sua atividade interativa negativa com a
célula e com seu ambiente, e a restauração da homeostase. A regulação do
nível de atividade realiza-se mediante um mecanismo complexo de sistemas
auto-reguladores que atuam entre si, e isso através de muitos mediadores e
sistemas de retro-alimentação diferentes.
A maioria das reações do sistema de defesa está orientada, mas se pode
produzir reações inadequadas (não orientadas) que geram doenças por si
mesmas. Por exemplo, as doenças auto-imunes são uma reação inadequada do
sistema de defesa. O sistema imune ataca os próprios tecidos, que em
condições normais seriam tolerados e não atacados. Ocorre o mesmo em
reações alérgicas como a febre do feno. A reação do sistema de defesa não
guarda relação com o risco do agressor (o pó ou o pólen) e, portanto não está
orientada.
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Definição homotoxicológica de doença
• As doenças são a expressão de alguns mecanismos de defesa
biologicamente orientados contra as homotoxinas endógenas e
exógenas, ou a expressão da tentativa do organismo para
compensar a lesão tóxica que recebeu.
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O mecanismo de defesa está aí para proteger o organismo da agressão tóxica.
Não funciona só quando o antígeno está atacando o sistema. O mecanismo de
defesa deve ser um sistema em alerta em todo o momento. Desta maneira se há
alteração na homeostase pode-se ativar a resposta adequada, seja ela imune,
hormonal ou enzimática, etc.. Só estando em espera e alerta o tempo todo, é
possível uma defesa eficaz e orientada. A falha do sistema produzirá uma
intoxicação.
Os mecanismos reguladores estão muito controlados mediante sistemas de
retro-alimentação positivos e negativos. O bloqueio ou derivação destes
sistemas de retro-alimentação impedirá a regulação e produzirá doenças
crônicas.
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Definição homotoxicológica de doença
• As doenças são a expressão de alguns mecanismos de defesa
biologicamente orientados contra as homotoxinas endógenas e
exógenas, ou a expressão da tentativa do organismo para
compensar a lesão tóxica que recebeu.
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Definimos uma homotoxina como QUALQUER substância que seja tóxica para o organismo
humano (homo=ser humano, tóxico=veneno). A toxicidade pode ser um efeito molecular
bioquímico direto, um efeito bloqueador físico ou ainda um efeito interativo prejudicial. Portanto, a
nós não nos interessa unicamente a homotoxina por si mesma, mas também, e talvez
principalmente efeitos que ela produz (inclusive a distância) sobre a célula.
Diferenciamos entre homotoxinas endógenas e exógenas.
As homotoxinas exógenas são substâncias que por definição já são tóxicas para o organismo
humano em certas situações (ver o slide anterior). Algumas delas são bem conhecidas (tabaco,
álcool, drogas/fármacos de muitos tipos), outras são menos conhecidas (substâncias aromáticas,
colorantes, corantes alimentares) e outras desconhecidas (cádmio, evaporação de adesivos,
gases, radiações...).
As homotoxinas endógenas são produzidas no próprio corpo. A maioria são produtos
intermediários ou finais de processos metabólicos (p. ex. CO2). Outras homotoxinas endógenas
são a conseqüência de um desequilíbrio de secreção hormonal (p. ex. estrógeno/progesterona), a
inibição ou ausência de um mediador ou da secreção de uma substância intermediária (p.ex.
insulina na diabetes, serotonina na depressão) ou de sua recaptação acelerada (p. ex.
concentrações baixas de serotonina na depressão) ou justamente o contrário, o aumento da
estimulação continua e persistente de um aporte de mediadores (p. ex. hormônio tireoidiano no
hipertireoidismo).
É essencial a atividade de interferência ou de bloqueio das homotoxinas sobre o funcionamento
normal dos sistemas orgânicos e dos sistemas ativadores ou reguladores (sistema hormonal,
sistema nervoso...).
Se desejar informações mais detalhadas sobre as homotoxinas, ver o tema “IAH AC Drenagem e
desintoxicação”.
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A Tabela de Evolução da Doença (previamente denominada tabela de seis
fases) é um instrumento para avaliar a evolução da doença do paciente. A
utilização correta da mesma não somente dá uma idéia da gravidade da doença
do paciente, mas também ajudará o médico a estabelecer um plano terapêutico
eficaz.
A Tabela da imagem foi a primeira Tabela da Evolução da Doença ou Tabela de
seis fases original de Reckeweg, traduzida do alemão para o espanhol (versão
alemã de 1957).
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Na faixa horizontal vemos seis fases nesta versão inicial. A fase de inflamação (nome atual) se
chamou “fase de reação” porque o corpo está reagindo à homotoxina. A atual “fase de
‘desdiferenciação” (contrária a diferenciação embrionária das células) se denominou “fase
neoplásica” devido a nova formação de tecido nos tumores.
Também é interessante o fato de que tivera 2 blocos de 3 classes cada um deles, separados por
uma divisão biológica. Ao lado esquerdo desta divisão estão todas as doenças nas quais as
homotoxinas causadoras ou seus efeitos são extra-celulares. Do lado direito da mesma a
presença ou o efeito da homotoxina é principalmente intra-celular.
A referência a matriz extra-celular, ou a Matriz Vivente, tal como se conhece na histologia
moderna atualmente, não existia no momento da elaboração desta tabela (1957) porque ainda
não se conhecia esta conceito. (Sistema da Regulação Basal, Pischinger, 1975). Embora
Reckeweg tenha se referido a mesma incluindo o nível mesenquimatoso como um nível separado
(o mesênquima deve estar debaixo da camada mesodérmica), a matriz só adquiriu importância
em uma nova tabela de seis fases no início da década de 1990. Atualmente sabemos que a
Matriz Vivente tem três níveis que atuam entre si: a matriz extra-celular, a matriz intra-celular e a
matriz intra-nuclear. Analisaremos esta última nesta conferência,e ainda, com mais detalhes no
tema “IAH AC Histologia e fisiologia da matriz vivente.”
Como o Dr. Reckeweg estava muito interessado na toxicologia, há poucas referências às
doenças relacionadas com a mente. Também isso é completamente diferente na última versão
da tabela.
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Nesta faixa vertical reconhecemos as 3 camadas embrionárias: o ectodermo, o
endodermo e o mesodermo. Como se afirmou no slide anterior, o mesênquima
se refere à fase prévia do que posteriormente de denominou matriz extra-celular.
De um ponto de vista embriológico puro deve-se classificar como mesodermo e
não aparecer como uma diferenciação tissular separada.
É importante a ordem em que se classificam as fases e as camadas
embrionárias (e os tecidos resultantes). È evidente que Reckeweg inspirou-se
em Hering porque ambos referem-se à lei de Hering em Homeopatia. A lei de
Hering afirma que as doenças evoluíram com o passar do tempo do exterior para
o interior, de órgãos e tecidos menos importantes para outros mais importantes e
de doenças não-celulares para doenças celulares.
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Segunda tabela das homotoxicoses
Saúde
Fases
humorais
Tecidos
Excreção
Inflamação
Ectodermo
Entodermo
Mesênquima
Mesodermo
Inter-celular
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Doenças
Fases
da matriz
Deposição
D
I
V
I
S
Ã
O
B
I
O
L
Ó
G
I
C
A
Impregnação
Fases
celulares
Degeneração
Desdiferenciação
Intra-celular
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Ao final da década de 1980 realizaram-se mudanças fundamentais na tabela
existente. Para compreendermos temos que recordar alguns aspectos
histológicos que se descobriram e colocaram em prática naquele momento. O
dado principal é que se acrescentaram as Fases matriciais ao conceito existente
de Reckeweg.
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O terreno do paciente
• «La bactérie n’est rien, c’est le terrain qui fait tout.»
• “As bactérias não são nada,
o terreno é tudo”
Claude Bernard
Século XIX
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No século XIX o histologista francês Claude Bernard elaborou a terminologia
“terreno interno” ou meio interno. Estava-se referindo ao ambiente direto da
célula, tanto estrutural como fisiológico. A qualidade de vida da célula se
relaciona diretamente com a pureza de seu ambiente direto, porque esta é a
zona de que toma seu alimento e sua energia e onde deposita seus produtos
finais.
Louis Pasteur, o descobridor dos microorganismos na medicina moderna,
referiu-se a Claude Bernard quando mencionou que uma infecção bacteriana
está mais relacionada com uma modificação do meio interno do paciente do que
com a presença de uma bactéria ou de outro microorganismo.
A bactéria não é a causa de uma infecção bacteriana, mas o meio interno do
paciente se converte em um meio de cultura que favorece a proliferação do
microorganismo. Por este motivo, os antibióticos, deste ponto de vista, não são o
tratamento causal para todos os pacientes (terreno individual) da mesma
maneira. Em um terreno adequado,um antibiótico pode ser um tratamento
puramente sintomático uma vez que muitas vezes náo houve necessidade para
ser administrado.
Os antibióticos inibem diretamente a proliferação das bactérias. O tratamento
causal deve ser limpar o terreno de tal forma que o mesmo se converta em um
terreno inadequado para as bactérias inibindo assim sua proliferação por
privação. Isso favorece o sistema de defesa, que deve eliminar menos
agressores e sobretudo, um terreno limpo dará menos chance para uma
recorrência.
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Célula de
parênquima
de um órgão
Membrana
basal
Célula de
defesa
Substância
basal
Elastina
Fibroblasto
Axón
Virchow
O sistema Pischinger
Colágeno
Axón
Mastócito
Capilar
Endócrinio
SNC
Pischinger
Biorritmo
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O meio interno de Claude Bernard é um feito histológico. Na histologia moderna
denomina-se atualmente a Matriz Vivente (MV), formada por diferentes níveis ou
componentes (extra-celular, intra-celular e intra-nuclear). A matriz extra-celular é
uma zona de transmissão entre todos os sistemas reguladores e a célula. Os
nervos, os capilares, os vasos linfáticos...todos terminam ou começam na matriz
extra celular (MEC). Nenhum deles termina nem se origina na célula. As
interações entre os diferentes sistemas (sistema nervoso, corrente sanguínea,
sistema de defesa, estrutura basal...) tem lugar nas trocas dos mediadores muito
diferenciados que encontram-se na matriz extra-celular (MEC). Desta forma a
célula se relaciona diretamente com a matriz extra-celular, e a qualidade da
função e sua capacidade dependem da pureza da matriz extra-celular e de suas
característica de transmissão.
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A própria matriz extra-celular está formada por uma rede tridimensional fina de
proteoglucanos e glucosaminoglucanos (mucopolissacarídeos). Um
proteoglucano está formado por uma molécula de ácido hialurônico sobre a qual
se fixa a proteína central, unidas mediante proteínas de união. Horizontalmente,
em uma estrutura arbórea, fixam-se proteínas transversais que transportam
complexos de açúcares (glucosaminoglucanos, por exemplo, condroitín sulfato).
Se deseja informações mais detalhadas sobre a estrutura da matriz, consulte
também o tema “IAH AC Histologia e fisiologia da matriz vivente.”
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Segunda tabela das homotoxicoses
Saúde
Fases
humorales
Tecidos
Excreção
Inflamação
Ectodermo
Entodermo
Mesênquima
Mesodermo
Inter-celular
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Doenças
Fases
da matriz
Deposição
D
I
V
I
S
Ã
O
B
I
O
L
Ó
G
I
C
A
Impregnação
Fases
celulares
Degeneração
Desdiferenciação
Intra-celular
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O principal motivo pelo qual na década de 1980 incorporou-se a matriz à tabela
de seis fases foi o fato de que naquele momento os homotoxicologistas
acreditavam que o depósito das homotoxinas acontecia na matriz. É claro que
atualmente temos dúvidas sobre este ponto.
Nesta versão da tabela permaneceu a classificação embriológica dos tecidos
(como na tabela do Dr. Reckeweg), mas as fases classificaram-se em 3 blocos
de 2 fases. De uma divisão incial da tabela em dois blocos (fases humoral e
celular) a tabela se dividiu em 3 blocos, integrando a matriz como um feito
histológico (fases humorais, matriciais e celulares).
Para ser mais corretos na terminologia da fases, a fase de Reação, se converteu
em uma fase de “Inflamação” porque a reação do sistema de defesa é uma
inflamação na segunda fase. A fase de “Neoplasia” se converteu na fase de
“Desdiferenciação” devido a característica das possibilidades onipontentes da
célula em processo de desdiferenciação (o contrário da célula embionária em
processo de diferenciação).
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Seis fases das homotoxicoses
• Excreção: expulsão dos produtos tóxicos
• Inflamação: inicia a limpeza mediante a ativação do
sistema de defesa
• Depósito: armazenamento dos produtos tóxicos no espaço
extra-celular
• Impregnação: o principal efeito da intoxicação se faz intracelular. Começa a alteração dos sistemas enzimáticos
• Degeneração: a intoxicação destrói a célula
• Fases de desdiferenciação: a célula se desdiferencia a uma
célula indiferenciada, se criam neoplasias
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Aqui vemos as principais características das seis fases da tabela.
Posteriormente estudaremos com mais detalhes as caracteríticas de cada uma
delas.
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A divisão biológica marca a
diferença entre a intoxicação extracelular e a intra-celular
Do ponto de vista orgânico a divisão
biológica é com frequência o ponto
sem retorno
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A divisão biológica (o corte biológico) é a linha imaginária que divide as fases de depósito e
impregnação da antiga tabela de seis fases do Dr. Reckeweg. Isso significa que encontra-se no
centro da tabela de seis fases e no meio das fases da matriz. Não é simplesmente uma linha
divisória. É simbólica e sua utilidade terapêutica estratégica é muito grande.
Todo efeito intoxicador que atravessa a divisão biológica produz uma lesão com freqüência
irreparável da célula, ou a própria homotoxina , por seu efeito, colocará em perigo a saúde da
célula, porque se produzirá uma interação destrutiva no núcleo celular e nas estruturas intercelulares.
Por este motivo a divisão biológica é a linha divisória entre as doenças com bom prognóstico e as
doenças com um prognóstico duvidoso, entre a pureza intra-celular relativa e uma situação
intacta, e uma intoxicação intra-celular ou um estado de deficiência, entre a inibição reparável da
função e a lesão irreparável. Em termos gerais também pode-se considerar que forma-se a linha
divisória entre as patologias principalmente agudas e as patologias principalmente crônicas.
Quando se cruza a divisão biológica, o tratamento deverá ser mais profundo. Afinal, as fases da
esquerda da divisão podem associar-se a recuperação completa se estimular-se corretamente o
mecanismo defensivo do próprio corpo e se conseguir uma drenagem e uma desintoxicação
adequados. Não só desaparecerão os sintomas clínicos, mas o terreno do paciente dará menos
oportunidade para que produzam novas agressões e intoxicações. À direita da linha divisória já
se pode observar a participação da célula, que jã vai estar lesionada. É aqui onde se devem
integrar os 3 pilares da homotoxicologia na estratégia terapêutica. Estes 3 pilares são: 1.
Drenagem e desintoxicação; 2. Imuno-modulação; e 3. Apoio orgânico e celular.
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A divisão biológica marca a
diferença entre a intoxicação extracelular e a intra-celular ou
seu efeito, entre a auto-regulação
e a compensação
Do ponto de vista orgânico,
a divisão biológica é o ponto
sem retorno
© IAH 2009
Á direita da divisão biológica o tratamento está focado em interromper a disfunção intracelular, devido aos processos de intoxicação observados pela presença intra-celular de
homotoxinas ou pela presença extra-celular destas com um efeito desestabilizador intracelular, (p. ex. estimulando a respiração celular mediante a utilização de catalisadores
do ciclo do ácido cítrico ou dando suporte aos órgãos mediante os princípios dos
medicamentos compositum), “purificando” o espaço intersticial (drenagem) e
compensando a lesão celular permanente produzida pela intoxicação intra-celular
avançada (na medida do possível). Além disso, com frequência devem-se aplicar
medidas terapêuticas imuno-moduladoras (p. ex. fármacos reguladores da inflamação) e
medidas de drenagem e desintoxicação (que formam os 3 pilares da homotoxicologia).
Ao final se tentará devolver o organismo a sua auto-regulação. As fases que estão em
contato com a divisão biológica à esquerda e à direita da tabela caracterizam-se por
períodos latentes de ausência de sintomas, o que permite que um organismo evolua
discretamente através da divisão. Por este motivo o tratamento das fases de depósito e
de impregnação são mais difíceis para o médico porque os sintomas nem sempre
expressam a gravidade da doença.
As oportunidades de uma avaliação terapêutica nestas fases medianas com frequência
são imprecisas e estão mascaradas pela ausência de sintomas. Ademais, também se
deverá tratar o paciente mesmo quando não tenha sintomas clínicos em absoluto, algo
que algumas pessoas consideram completamente desnecessário. Afinal, não é
necessário tratar alguém que não sente-se doente.
Além de ativar os mecanismos de defesa ao nível de espaço extra-celular, a drenagem
também é um fator crucial. Às vezes ainda pode-se estimular os processos inflamatórios
para conseguir a “purificação” rápida dos tecidos intoxicados. Esta inflamação também
pode aparecer espontaneamente como outra faceta do processo de cicatrização.
Chamamos isso de “avanço para a saúde” forçada ou espontânea, ou deslocamento
sintomático no bom sentido.
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O corpo maneja as homotoxinas de 6 formas diferentes. O Dr. H-H Reckeweg classificou as
homotoxicoses (doenças) neste quadro dinâmico, ou seja, a tabela de seis fases das
homotoxicoses, como a chamou. Com o tempo uma doença pode evoluir desde a fase de
excreção, através da inflamação (previamente as fases de reação), às fases de depósito.
Posteriormente há uma evolução das fases de impregnação, através das de degeneração, até as
de desdiferenciação (previamente as fases de neoplasia). O corpo pode omitir certas fases, ou
seja, a evolução pode ocorrer sem sintomas devidos a aparição destas fases.
O sistema da tabela de seis fases não somente nos permite conhecer a gravidade de uma
doença (nível de intoxicação e reação do corpo a esta intoxicação), mas também fazer
prognóstico terapêutico.
A tabela de seis fases dá ao médico uma classificação clara das doenças e lhe permite
interpretar corretamente qualquer alteração dos sintomas. Além de sua utilidade como ferramenta
de avaliação para o médico, possui também uma importância fundamental para determinar os
medicamentos anti-homotóxicos reais (a maioria dos produtos relaciona-se diretamente com uma
determinada situação do organismo) para estimular a evolução favorável no menor tempo
possível.
As seis fases em questão, se assignam a três grupos de dois (as fases humorais, matriciais e
celulares), que se dividem no meio do caminho entre as fases da matriz pela sua divisão
biológica. Uma vez que se cruza esta divisão, isso indica que as homotoxinas ou seus efeitos
evoluíram do meio extra-celular ao intra-celular, em outras palavras, as homotoxinas que
inicialmente estavam fora da célula podem avançar para o interior da célula, ou a homotoxina
está fisicamente fora da célula mas o efeito de intoxicação se produz principalmente dentro da
célula.
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As fases humorais são as fases de excreção e de inflamação Caracterizam-se
por esforços repetidos por parte do corpo de conseguir a desintoxicação
(eliminação) espontânea. As estruturas intra-celulares sempre permanecem
intactas, embora veremos que pode-se perder numerosas células no processo
de inflamação, se bem que serão substituídas por células intactas e sadias
posteriormente. Há um tendência espontânea rumo a melhora. Isso significa que
se impedir uma intoxicação adicional e o paciente estiver em uma situação em
que se favoreça a eliminação (p. ex. repouso), a doença desaparecerá, sempre
que não haja obstáculos mecânicos (p. ex. seio congestionado na sinusite). O
prognóstico das doenças nas fases humorais geralmente é favorável e o
processo de recuperação pode acelerar significativamente mediante o
tratamento com medicamentos anti-homotóxicos, com um risco insignificantes
de efeitos secundários.
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As fases matriciais são as fases de deposição e de impregnação. As doenças destas fases
produzem-se no nível da substância basal, o sistema básico de biorregulação (SBBR) o
denominado espaço de Pischinger ou o Sistema de regulação basal segundo Pischinger. Todos
estes termos são sinônimos.
As fases matriciais são cruciais na evolução do paciente porque nestas fases se produzem a
passagem real da presença ou o efeito extra-celular da homotoxina à presença ou o efeito intracelular. A importância de um sistema básico de biorregulação que funcione adequadamente, ou
seja, que não está intoxicado, é fundamental para a proteção do corpo contras as doenças
degenerativas crônicas.
As fases celulares são as fases de degeneração e de neoplasia ou de desdiferenciação. Estão do
outro lado da divisão biológica. Isso significa que a intoxicação se produziu não somente entre as
células mas também dentro das células, ou que a intoxicação extra-celular tenha efeitos intracelulares. De maneira lenta, mas segura, se inibem as funções das células até o ponto de sua
destruição. Os mecanismos de autorregulação fracassam e o corpo tenta compensá-los. A
eliminação das células mediante apoptose e a atividade dos linfócitos granulares grandes (LGG);
linfócitos citolíticos naturais (linfócitos NK, células NK ou células agressoras naturais) e linfócitos
citotóxicos (linfócitos Tc) é insatisfatória. A condensação ou o depósito das homotoxinas na
células é o princípio fundamental das fases celulares. Como já mencionado antes, pode ser a
presença de uma homotoxina intra-celular ou a presença de uma toxina extra-celular que tem um
efeito intra-celular. Neste momento a ruptura da passagem normal de mediadores para a célula
poderia produzir uma disfunção intra-celular. Portanto, a intoxicação do ambiente da célula e a
alteração da oxigenação celular também pode produzir a morte ou a disfunção celular. As
estruturas intra-celulares podem lesionar-se de maneira irreversível. Há uma tendência
espontânea ao agravamento dos sintomas (se não se administra nenhum tratamento a situação
do paciente se agravará, por exemplo um paciente com artrose que deixa de se mover se não
recebe nenhum suporte terapêutico) e o prognóstico geralmente será ruim. Ainda no caso de
uma drenagem completa (na medida do possível) das homotoxinas, o paciente permanece
doente de maneira latente. A lesão intra-celular segue existindo, mesmo quando o paciente já
não mostrar sintomas clínicos.
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Do ponto de vista homotoxicológico os sintomas do paciente podem ser aliviados, mas com
frequência não podem ser curados completamente. A lesão intra-celular e a morte celular são
irreversíveis e a cicatrização depois da lesão permanece para sempre. Além disso, qualquer nova
intoxicação significativa na zona ou órgão afetado dará lugar à criação acelerada de uma nova
fase celular em progressão. Isso significa que há uma probabilidade elevada de que um paciente
com artrose sempre siga sendo um paciente com artrose ao nível celular, mesmo quando estiver
assintomático, tendo melhor mobilidade, etc.. Podemos melhorar muito sua situação, mas ao
nível celular ficaram os tecidos da degeneração.
Deixando à parte as patologias mentais, esta tabela proporciona uma classificação
homotoxicológica surpreendentemente simples das doenças. A nova tabela estabelece
diferenças em relação com os diversos órgãos e sistemas orgânicos. Também inclui as doenças
psicológicas, como já havia feito pela primeira vez do médico e homotoxicologista italiano Dr. Ivo
Bianchi.
A tabela proporciona vários exemplos de homotoxicoses em cada quadrante. A classificação de
todos os milhares de doenças nesta tabela, com este tipo de letra, provavelmente daria lugar a
uma tabela de seis fases tão grande quanto uma quadra de tênis. Pretende-se que esta tabela
seja uma ajuda ao raciocínio, não uma enciclopédia. As doenças podem ser colocadas
corretamente na tabela mediante analogia. A tabela não contém sintomas porque é possível que
um mesmo sintoma apareça em várias doenças. Por exemplo, a dor pode fazer parte de uma
fase de inflamação (p. ex. na artrite), de uma fase de depósito (p. ex. formação de cálculos), de
uma fase de impregnação (p. ex. angina de peito), de uma fase de degeneração (p. ex. na
artrose) ou de uma fase de desdiferenciação (p. ex. câncer intestinal).
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A importância do espaço extra-celular tornou-se evidente a partir da descrição do
sistema da regulação basal de Prof. Alfred Pischinger. Por este motivo se
integrou à tabela de seis fases. Como o depósito e a impregnação das toxinas
ou seus efeitos à distância da célula se relacionam com a localização das
homotoxinas (presentes na MEC), ambas fases de denominam fases matriciais.
A alteração da regulação da matriz tem um efeito direto sobre a matriz extracelular e intra-celular. Se os mecanismos de reparação e os mecanismos
reguladores já não podem compensar o efeito das toxinas sobre a matriz, se
produzem doenças ao nível celular. Por este motivo as doenças que somente
afetam as enzimas reguladoras e produzem depósitos na matriz extra-celular se
encontram nas fases de deposição e fases de impregnação, respectivamente.
Deste forma criaram-se 3 blocos de 2 fases cada um no lugar de 2 blocos de 3
fases, como aparecia na tabela original de seis fases do Dr. Reckeweg.
Se deseja mais informação sobre a MEC, estude o tema “IAH AC Histologia e
fisiologia da matriz”.
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Tabela da Evolução
da Doença
(TED)
Ano 2007
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Na versão da década de 1990 da tabela de seis fases, os diferentes tecidos não
se denominaram de acordo com sua origem embrionára. Os nomes dos tecidos
se referiam a nomenclatura que se utiliza na medicina moderna. Devido a isso
perdeu-se a importância da origem embrionária do tecido. Era muito necessário
combinar a precisão da origem embrionária com a terminologia tissular moderna
tal e como se utiliza na prática diária. Por este motivo em 2006 especialistas em
homotoxicologia trabalharam juntos para elaborar esta nova tabela de seis fases,
denominada agora Tabela de Evolução da Doença ou TED. Há muitas
mudanças em comparação com as tabelas anteriores. Ademais se tem
atualizado os exemplos das doenças que aparecem nesta tabela.
A tabela atual inclui ou classifica os tecidos novamente segundo sua origem
embrionária, fazendo referência a suas vicariações mais plausíveis na mesma
camada embriológica. O princípio das seis fases segue sendo o mesmo, embora
tenha-se acrescentado um código de cores para simbolizar, do branco ao preto,
a pureza de um organismo excretor e o prognóstico sombrio da morte celular e a
desdiferenciação. Ao contrário da tabela original do Dr. Reckeweg, o
mesênquima se classifica no mesmodermo porque do ponto de vista
embriológico origina-se nele mesmo. Não é nada mais do que classificá-lo
corretamente do ponto de vista histológico.
Segundo a abordagem homeopática do paciente, e em relação com a materia
medica, a “mente” está na parte superior da tabela, e já não na inferior.
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Ectodérmico
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Em primeiro lugar, vemos que desapareceu a classificação das fases humorais,
da matriz e celulares da parte superior da tabela. O motivo disso é deixar muito
claro que esta tabela de nenhum modo quer referir-se a posição topográfica da
homotoxina no corpo, mas unicamente a localização de seu principal efeito e a
reação do corpo ante esse efeito. Como a maioria das fases dilui-se entre si,
como também os diversos níveis da matriz vivente se diluiam entre si, qualquer
referência a localização topográfica da homotoxina em si mesma poderia dar
lugar a conclusões falsas porque uma doença poderia ser produzida devido ao
efeito de uma homotoxina muito longe do ponto em que está alojada a própria
homotoxina.
O principais tecidos que se originam na camada ectodérmica são a pele, as vias
respiratórias superiores, o sistema nervoso, o olho e o sistema nervoso
autônomo. As doenças relacionadas com estes tecidos encontram-se nesta
parte da tabela de seis fases.
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Endodérmico
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O tecidos endodérmicos são o aparelho respiratório inferior, o tubo digestivo e
aparelho urogenital (não os rins). Além deste tecidos, também se encontram aqui
os tecidos exócrinos (sexuais, digestivos e respiratórios) e o sistema endócrino
com suas glândulas. As doenças relacionadas com estes tecidos encontram-se
nesta parte da tabela de seis fases.
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Mesodérmico
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A maior parte da tabela está formada pelos tecidos mais profundos. Como já se
mencionou antes, e ao contrário da classificação do Dr.Reckeweg, o
mesênquima (nome antigo do tecido conectivo) pertence a camada
mesodérmica. Os tecidos que se originam na camada mesodérmica são o tecido
conectivo, o tecido ósseo, o sangue, o sistema cardiovascular, o sistema
linfático, as articulações (estrutura intra-articular), os rins, o tecido seroso, os
tecidos germinais (ambos os sexos) e os músculos.
As doenças relacionadas com estes tecidos encontram-se nesta parte da tabela
de seis fases.
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O Dr. H-H Reckeweg recebeu formação em homeopatia tradicional. Um dos
pilares do ensino desta medicina é a lei de Hering.
Esta lei afirma que uma doença que evolui até a recuperação da saúde, o fará
do interior para o exterior, dos órgãos vitais até os órgãos menos vitais, do
tronco até as extremidades (de maneira centrífuga). Uma doença que se reprime
ou se torna crônica tende a mover-se até os tecidos (órgãos) mais profundos (de
maneira centrípeda).
O Dr. Reckeweg incorporou essa lei e esta idéia a sua homotoxicologia, como se
define em sua tabela de seis fases. Ao deslocamento dos sintomas o chamou
“vicariação”. Atualmente tem-se abandonado o termo “vicariação” devido a sua
origem etimológica. O termo antigo “vicariação progressiva” denomina-se
atualmente “a evolução da doença”. A evolução da doença indica o que
realmente é: o movimento dos efeitos da intoxicação da esquerda para a direita
e da parte superior até a parte inferior da tabela.
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Evolução da doença
A progressão de uma doença, na qual o movimento se dirige da fase da esquerda para a fase de
direita na tabela de seis fases, se chama evolução da doença. Para o paciente isso significa um
agravamento da situação, porque as homotoxinas estão tendendo a uma fase de depósito,
possivelmente da zona extra-celular para a intra-celular, ao invés de serem processadas e
eliminadas. Uma vez mais queremos enfatizar o fato de que não é crucial a localização
topográfica de uma homotoxina, mas o efeito que tem. Na evolução da doença os efeitos da
intoxicação se movem da esquerda para a direita da tabela e da parte superior à parte inferior. A
evolução da doença induz doenças crônicas. Com frequência existe um tratamento supressor
atrás desta evolução. Quando se trata uma doença aguda com tratamento supressor, as
homotoxinas poderiam condensar ou poderiam unir-se à matriz extra-celular. Depois de algum
tempo as toxinas poderiam alterar os processo de regulação interativos ao nível da MEC,
poderiam entrar na célula ou alterar a função celular do exterior e interferir com a comunicação
entre as células e a matriz e com a comunicação intra-celular, dando lugar a doenças celulares e
ainda a genotoxicidade, que produz câncer.
Se por exemplo, se suprime um eczema (p. ex. utilizando uma pomada de corticóides de uso
externo), as homotoxinas que produziram o eczema (o eczema é a defesa biologicamente
eficiente contra as homotoxinas que se apresentam no nível da pele) se moveram pelo corpo até
um canal de eliminação alternativo. Isso se pode realizar pelo SBBR, a circulação sanguínea e o
sistema linfático. Se estas homotoxinas se depositam nas células dos brônquios com a intenção
de serem eliminadas através do aparelho respiratório, afetarão o sistema respiratório e, por
exemplo, podem produzir asma brônquica.
A evolução da doença pode durar décadas. Isso significa que pode haver anos de saúde
aparente entre duas fases da doença. Isso porque as fases de depósito quase sempre passam
desapercebidas.
Muitas doenças aparentemente leves como a gripe, as doenças virais da infância, o herpes labial,
etc., são mais graves do ponto de vista homotoxicológico que outras doenças inflamatórias
aparentemente graves e agudas do ponto de vista da medicina tradicional como a artrite, a nefrite
ou a inflamação purulenta da bexiga. Afinal de contas, o primeiro grupo é viral e portanto
atravessa imediatamente a parede celular, produzindo uma intoxicação intra-celular que supõe
um risco real de lesão celular irreparável. O segundo grupo que inclui todas as fases da
inflamação, que pode ser acompanhada de dores parecem mais graves, mas nas quais a
intoxicação tem lugar entre as células. As estruturas intra-celulares não correm risco de lesão
salvo se houver complicações.
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A comparação anterior mostra a necessidade de adotar uma atitude diferente se
quiser que um resultado seja uma avaliação homotoxicológica correta da
gravidade da doença. Não devemos concentrar simplesmente nos sintomas
subjetivos do paciente, mas também devemos determinar sua posição na Tabela
de Evolução da Doença e, o que é mais importante, em que medida é provável
que esta doença se mova para a direita ou para a esquerda nesta tabela.
A supressão dos mecanismos de defesa corporais orientados biologicamente,
como a febre em caso de infecções virais, só é aceitável se a situação realmente
parece estar escapando das mãos. A supressão nunca deve ser a resposta aos
primeiros sintomas. Este tipo de abordagem terapêutica não é recomendada
para a prevenção em nenhuma circunstância. A possível complicação bacteriana
de uma rinitis vírica raras vezes justifica um antibiótico de amplo espectro. Sem
dúvida, muitos médicos gerais prescrevem antibióticos de maneira rotineira, Do
ponto de vista homotoxicológico isso é uma catástrofe.
Se reservamos os tratamentos supressores dos sintomas (antibióticos,
corticóides, fármacos para reduzir a febre) para as situações potencialmente
mortais, atuaremos muito bem nestes momentos. Se já temos usado de maneira
extensa em um paciente, encontraremos que os mesmos terão perdido sua
eficácia e será necessário aumentar consideravelmente a dose (tóxica).
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As doenças que se movem da direita para a esquerda na Tabela de Evolução da
Doença se denominam evolução para a saúde. O termo anterior era “vicariação
regressiva”. Eliminou-se este termo devido à origem etimológica que não diz nada
sobre o que realmente está ocorrendo no corpo. As evoluções para a saúde aparecem
em um corpo em “recuperação” e tem um único objetivo: a eliminação.
O paciente se é referido acima com sua asma brônquica, que já não tem mais crises
depois de certo tempo, mas que apresenta eczema, está apresentando uma evolução
para a saúde. As homotoxinas estão evoluindo dos tecidos mais profundos para a
superfície. O homotoxicológico terá a intenção de tratar o eczema bioterapeuticamente,
de modo que de estimulem os mecanismos de defesa localmente na MEC e as
homotoxinas se tornem inofensivas e sejam eliminadas.
A evolução para a saúde nem sempre é mais agradável para o paciente do que a
doença prévia. A artrite é mais dolorosa que a artrose, o eczema é visível e a asma nem
sempre é evidente, a diarréia depois de uma constipação crônica pode ser uma benção
do ponto de vista homotoxicológico mas pode ser um inferno para o paciente.
Portanto, é essencial proporcionar o paciente o suporte adequado para motivá-lo e
explicá-lo porque são tão importantes as fases de reação e eliminação. Em qualquer
caso, o tratamento supressor dos sintomas devidos à evolução para a saúde está
absolutamente contra-indicado pelos motivos que já foram explicados. É necessário
proporcionar suporte bioterapêutico aos mecanismos de defesa do corpo e não querer
controlá-los. Este último possivelmente significaria que estaríamos atuando contra os
próprios mecanismos de defesa orientados do corpo, algo que deve-se evitar por todos
os meios.
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Como classificar as
doenças na Tabela da Evolução da
Doença?
Árvore de decisão
© IAH 2009
Nesta perte da conferência vão ser analisadas com detalhes as características
de cada uma das fases. Ao final se apresenta uma árvore de decisão mediante a
qual se seleciona a fase correta da doença atual com perguntas simples.
Como a terapia anti-homotóxica depende da fase em que está o paciente, é
obrigatória uma classificação correta das doenças por parte do estudioso.
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• A Tabela da Evolução da Doença
é uma classificação
homotoxicológica dinâmica das
doenças. As seis fases se
referem à forma na qual o
organismo maneja os diferentes
tecidos com as homotoxinas
presentes.
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A principal característica da Tabela de Evolução da Doença é que leva em
consideração o aspecto dinâmico de uma doença. A mesma homotoxina pode,
com o passar do tempo, criar doenças em diferentes fases. Para avaliar o nosso
paciente hoje devemos olhar as evoluções da doença que houveram no passado
(história do paciente) e as evoluções da doença que provavelmente poderiam
ocorrer (abordagem profilática).
A reação do corpo à presença das homotoxinas determina a fase na qual está o
paciente. Portanto, o parâmetro principal não é a própria homotoxina , mas a
forma na qual o corpo a maneja.
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Fases de excreção
• O organismo está em um estado
de hiperexcreção, sem nenhuma
mobilização das defesas.
• Além do aumento da excreção
não há nenhum sinal clínico de
doença.
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As fases de excreção incluem todas as hipersecreções (endócrinas) e
hiperexcrecões que o paciente realiza em seus diferentes órgãos e tecidos.
Como todas estas secreções e excreções são mais altas em comparação com
os valores normais da população, devem-se ver como um primeiro estado da
doença. É claro, a presença de homotoxinas é um perigo latente e é necessária
a eliminação e a desintoxicação, mas em condições normais os órgãos
desintoxicadores e os sistemas de excreção as eliminarão sem que se manifeste
nenhum sintoma clínico.
Embora a forma de vida normal traz uma carga de intoxicação, o corpo a maneja
sem que se produza nenhuma manifestação de defesa. Portanto, a eliminação
das toxinas passa por um processo normal de aumento da excreção e o paciente
não tem nenhum outro sintomas clínico em absoluto.
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Fases de inflamação
• Mobilização das defesas
• O processo de inflamação é
uma limpeza da MEC
• -itis
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Uma vez que as homotoxinas se acumulam, se mobilizará a defesa ao nível da
MEC para neutralizar a situação de intoxicação. Uma manifestação local de
defesa de denomina “inflamação”, o motivo pelas quais nas inflamações agudas
o paciente está em uma fase de inflamação. Todas as inflamações agudas
classificam-se nesta fase.
É importante que vejamos esta inflamação com uma vontade do organismo de
libertar-se das toxinas. Pode-se considerar que a fagocitose é o primeiro passo
da desintoxicação.
Poderiam estar presentes todas as características de inflamação: inchaço,
vermelhidão, dor, aumento da temperatura e perda do tecido afetado.
Se deve considerar a inflamação como uma “turbo limpeza” da matriz. A célula
não está afetada, embora os processos de inflamação possam lesionar a célula
(p. ex. os radicais livres liberados por neutrófilos frustrados).
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Fases de deposição
• As homotoxinas se armazenam
na MEC
• Sem sintomas clínicos graves,
poucas queixas
• Risco grave de transtorno da
função celular e de intoxicação a
longo prazo pelo armazenamento
próximo à célula
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Se as vias de inflamação se bloqueiam ou se a quantidade de homotoxinas
escapa das mãos, o organismo elegerá um processo de armazenamento
(temporal) ou depósito das homotoxinas. Em última análise isto se realizará ao
nível da MEC. Literalmente as homotoxinas unem-se à rede tridimensional de
proteoglucanos. Desta maneira se produz uma situação bastante perigosa,
porque nas fases de depósito se vêem poucos sinais clínicos com muito poucos
sintomas (a princípio) por parte do paciente, mas ao mesmo tempo o
armazenamento desta carga tóxica ameaçará a célula viva e colocará em perigo
seu funcionamento adequado. É somente questão de tempo para as
homotoxinas impregnarem o interior da célula ou interferirem desde o exterior da
célula com a função celular, onde pode ter muitos efeitos sobre as funções
celulares.
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Fases de impregnação
• As homotoxinas impregnan o
interior da célula ou permanecem
fora da célula, mas tem efeitos de
intoxicação intra-celular
• As doenças aparecem com
frequência em crises, com
grandes períodos de latência
• Podem-se dar situações agudas
potencialmente mortais
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Uma vez que as homotoxinas impregnam da MEC até o interior da célula ou tem
efeito ao nível intra-celular ,aparecerão as doenças das fases de impregnação.
Uma célula após outra apresenta uma maior ou menor obstrução intra-celular de
seus processos metabólicos. Observa-se um funcionamento inadequado da
célula, e as reações do organismo contra as homotoxinas freqüentemente já não
são ,mais orientadas.. Com frequência vemos períodos de latência prolongados
enquanto uma carga mínima de uma homotoxina específica produz uma reação
excessiva das defesas do organismo (asma, febre do feno, enxaqueca, úlcera
gástrica...).
Se pode chegar às fases de impregnação em um período muito curto. Depende
das características das homotoxinas. A maioria dos vírus tentará entrar em uma
célula hospedeira para proliferar. Se produz rapidamente e embora o organismo
tente elaborar uma defesa específica (Ig) (eliminação induzida pela atividade dos
linfócitos T e NK), a situação aguda é uma fase de impregnação devida a
presença intra-celular da homotoxina. Ainda se posteriormente se produzir a
restauração completa do tecido e se substituirem as células perdidas, a situação
viral permanece na fase de impregnação durante todo o tempo que está
presente o vírus, porque o vírus se incorpora ao material genético da célula. Nas
síndromes pós virais esta situação pode durar um período prolongado, inclusive
anos.
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Fases de degeneração
• A célula morre por intoxicação
• Transtornos degenerativos
• -osis
• Perda e endurecimento de tecido
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A intoxicação intra-celular pelas homotoxinas ou por seu efeito de intoxicação
intra-celular está no nível em que a célula morre. A progressão da intoxicação
produz perda de função da célula afetada até sua morte. A longo prazo vemos
perda tissular e declínio da função de todo tecido afetado.
Por definição, as fases de degeneração incluem doenças degenerativas
crônicas, a maioria delas irreversíveis com o tempo.
44
Fases de desdiferenciação
• Crescimento celular incontrolado
• Omnipotência das novas células
(de regreso as origens antes da
diferenciação)
• Câncer, tumores
• Perda das funções tissulares
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As fases de desdiferenciação incluem todas as doenças nas quais a principal
característica é a proliferação celular (crescimento tissular). As células perdem
sua especificidade e se desdiferenciam a células onipotentes (especificidade
embrionária invertida) que podem migrar facilmente a outras localidades do
corpo (metástases). Todos os tumores malignos, os cânceres, classificam-se
aqui.
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Nos slides seguintes analisaremos algumas perguntas mediante as quais é mais
fácil classificar a doença de um Tabela de Evolução da Doença. A árvore de
decisão nem sempre é conclusiva, embora na maioria dos casos será de grande
ajuda.
As perguntas podem ser respondidas começando com os dados clínicos, e
permite sua classificação na fase correta. Como se verá em outras
conferências, a classificação da doença do paciente na tabela tem
conseqüências tanto sobre a gravidade da doença como sobre o plano
terapêutico que se deve aplicar para tratar a situação atual.
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Árvore de decisão
Dados
Características da fase
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Tratamento
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Em primeiro lugar devemos analisar as características que apresenta o paciente,
compará-las com as características das fases da Tabela de Evolução da Doença
e extrair estas conclusões para determinar a estrutura de nosso tratamento. Nem
todas as fases são tratadas, da mesma maneira e portanto, deve-se utilizar esta
árvore de decisão.
47
Dano cromossômico,
células atípicas, neoplasia
maligna franca
Neoplasia maligna
presente
Pré-neoplasia
maligna presente
SIM:
Tratamento
GPP, GPM;
GPC, GPOR
NÃO
Destruição tissular
Degeneração presente
SIM:
Tratamento
GPP, GPM;
GPC, GPOR
NÃO
Dano enzimático,
lesão funcional
Piora com
períodos de normalidade
Transtorno funcional
a nível tissular
SIM:
Tratamento
GPP, GPM;
GPC, GPOR
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Na árvore de decisão iniciamos à partir de um cenário do pior caso para o melhor.
Em primeiro lugar olhamos de uma abordagem médica convencional pura se há uma neoplasia
maligna ou uma lesão pré-cancerosa. Ao nível da célula isso significa que há uma lesão
cromossômica, que poderia haver células atípicas ou uma neoplasia maligna evidente pura. Se
ocorre isso, estamos na fase de desdiferenciação e o tratamento serão os 3 pilares completos da
homotoxicologia que são: 1. Drenagem e desintoxicação; 2. Imuno-modulação; e 3. Apoio
orgânico e celular. Estes 3 pilares se constroem com medicamentos que contém grupos de
preparados de plantas (GPP), grupos de preparados de minerais (GPM), grupos de preparados
de catalisadores (GPC) e grupos de preparados de órgãos (GPOR).
Se não há uma neoplasia maligna, descemos pela árvore até a fase seguinte e olhamos se há
degeneração. Clinicamente encontraremos destruição tissular. Se ocorre isso, estamos na fase
de degeneração e de novo é necessário a abordagem dos 3 pilares, porque além do tratamento
da MEC, o sistema de defesa deve recuperar sua capacidade de regulação, o suporte das células
e o suporte dos órgãos deve compensar a lesão celular.
Se tampouco há degeneração deve-se buscar uma desordem funcional ao nível tissular. Poderse-ia descobrir a lesão de uma enzima, uma lesão funcional, períodos de piora com períodos de
normalidade. Se ocorre isso, o paciente está na fase de impregnação e devem-se incluir os 3
pilares do tratamento homotoxicológico no protocolo terapêutico.
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Tecidos agregados em
crescimentos benignos
anormais, ou as substâncias se
agregaram para formar
um depósito
Depósito presente
SIM:
Tratamento
GPP, GPM;
NÃO
Processo inflamatório,
processo único
Inflamação aguda
presente
SIM:
Tratamento
GPP, GPM;
NÃO
Aumento da secreção
de um processo fisiológico
normal ante a presença
de uma homotoxina
© IAH 2009
Aumento da
excreção de líquidos,
neurotransmisores
SIM:
Tratamento
GPP, GPM
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Se não há nenhuma lesão enzimática nem tissular, deve-se buscar se há
depósito. Clinicamente poder-se-iam encontrar tecidos agregados em
crescimentos benignos anormais ou substâncias que se agregaram para formar
depósitos. Se ocorre isso, o paciente está na fase de depósito e deve-se tratar
com os 2 primeiros pilares (drenagem e desintoxicação por um lado e imunomodulação por outro lado). Não se utilizam grupos de preparados de órgãos nem
grupos de preparados de catalisadores.
Se não há depósitos, deve-se buscar uma inflamação aguda. Clinicamente
deveríamos encontrar um processo de inflamação evidente. Se ocorre isso, o
paciente está na fase de inflamação. Também aqui são necessários os dois
primeiros pilares do tratamento homotoxicológico.
Se não há inflamação mas vemos um aumento da excreção de líquidos,
neurotransmissores ou outras substâncias do corpo, o paciente encontra-se em
uma fase de excreção. Neste caso será suficiente principalmente o primeiro pilar
do tratamento homotoxicológico (a drenagem deveria ser suficiente para
proporcionar suporte ao paciente). Em alguns casos poderia ser interessante a
imuno-modulação para acelerar o processo de limpeza e para evitar a
recorrência.
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Três Pilares da homotoxicologia:
MARCOS TEMPORAIS DO TRATAMENTO
DESINTOXICAÇÃO
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IMUNOMODULAÇÃO
REGULAÇÃO
ORGÂNICA
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Uma vez que estamos à direita da Divisão de Regulação / Compensação da
Tabela de Evolução da Doença, devemos saber que uma simples drenagem,
combinado com uma terapia imuno-moduladora, não será suficiente devido ao
caráter celular da doença. À direita da divisão, a célula está afetada ao nível
intra-celular. Para evitar uma lesão adicional à célula (do tecido e portanto
também do órgão) é necessário adicionar suporte das células e dos órgãos.
Na medicina antihomotóxica o suporte dos órgãos realiza-se mediante a
aplicação de medicamentos compositum. O suporte das células se consegue
principalmente mediante a aplicação de catalisadores (isolados ou incorporados
aos medicamentos compositum).
50
Perguntas básicas em homotoxicologia (1)
• Qual é o diagnóstico clínico hoje?
• Onde eu situaría esse diagnóstico na Tabela de Evolução da
Doença?
• Que dados clínicos me dá a história do paciente?
• O diagnóstico atual provavelmente relaciona-se com um ou
mais dados de sua histária?
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As perguntas dos slides seguintes devem nos ajudar a estabelecer uma
abordagem terapêutica, começando com a história do paciente e sua situação
atual e com as evoluções anteriores da Tabela de Evolução da Doença.
A seqüência lógica das perguntas deve levar a eleição correta do tipo de
medicamentos anti-homotóxicos que deveriam figurar no protocolo terapêutico
final.
51
Perguntas básicas em homotoxicologia (2)
• Que tipo de evolução está se produzindo neste paciente: para a
saúde ou para a doença?
• Quais são as consequências terapêuticas desta evolução?
• Como se integrarão no protocolo para o tratamento da doença
atual?
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Perguntas básicas em homotoxicologia (3)
• Quais medicamentos se deve levar em consideração?
• Medicamentos para a drenagem
• Fármacos reguladores da inflamação
• Suporte celular
• Suporte da função orgânica
• Qualidade de vida
• Sintomatologia
• Que aspecto tem o protocolo final?
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Biblioteca de suporte
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Hans-Heinrich Reckeweg
• Nasceu em 9 de maio de 1905 em Herford
• 1924-1930 Estudos de medicina em
Würzburg, Berlín, Münster e de novo em
Berlim
• 1930 Obteve o doutorado com uma tese
sobre o tratamento dietético da úlcera de
estômago
• 1930-1932 Médico residente em
Völklingen e Harburg
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Nascido em Herford, Westphalia, Alemanha, em 1905, Hans-Heinrich foi o filho
mais velho de uma família de cinco filhos. Teve interesses muito variados. HansHeinrich interessou-se por música (piano) que praticou até ter experiência que
lhe permitia muitas vezes ganhar elogios de seu público ocasional. Mais tarde
começou a pintar em seu tempo livre. Seu pai, Heinrich-Friedrich Reckeweg, era
professor da escola, mas posteriormente tornou-se homeopata, e ficou muito
satisfeito pela fato de seu filho menor escolher a medicina como profissão.
Estudou nas Universidades de Würzburg, Berlim e Münster., para finalizar em
Berlim. Durante seus estudos em medicina, já estava muito interessado em
toxicologia e em medicina natural. Especialmente nas aulas do Prof. August Bier,
que o levaram a decisão de praticar uma medicina suave, o que o levou a
aprofundar os estudos na homeopatia.
Suas primeiras experiências práticas como médico, foram nos dois anos em que
foi médico residente em Vöklingen y Harburg.
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Hans-Heinrich Reckeweg
• Em 1º de maio de 1935 iniciou seu
exercício como médico em Berlim com
direitos de dispensação
• 1936 Fundou a Heel (Herba est ex luce)
• 26 produtos próprios: Gotas Heel
• 1948-1949 Desenvolveu a teoria das
homotoxinas
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Depois de 2 anos como residente abriu seu próprio consultório em 1935. Como
era hábito naquela época, também dispensava fármacos. Como também estava
utilizando suas próprias fórmulas homeopáticas, necessitava de um laboratório
pata tê-las a disposição. Por este motivo em 1936 fundou a Heel. O nome é a
abreviatura de Herba Est Ex Luce que significa “as plantas medicinais obtém seu
poder curativo da luz”. Inicialmente criou 26 produtos que denominou “Heel´s
Tropfen”, que em alemão quer dizer “gotas de Heel”. Posteriormente ampliou
muito a gama de produtos até a variedade que conhecemos atualmente.
Em 1948 e 1949 finalizou a teoria das homotoxinas como causadoras das
doenças.Embora já houvesse artigos e conferências anteriores sobre os
princípios básicos da homotoxicologia, em 1955 foi publicado sua obra básica
sobre homotoxicologia, denominada: “Homotoxinas e homotoxicose: princípios
de uma síntese em medicina”.
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Hans-Heinrich Reckeweg
• 1945-1955 Exerceu em Triberg
• 1952 Publicação no Münchener Medizinische Wochenschrift
• “As homotoxinas e as opções para tratar as homotoxicoses”
• 1955 “Homotoxinas e homotoxicoses: Princípios de uma síntese
em medicina”
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O Dr. Reckeweg foi um grande palestrante e tinha a capacidade de convencer
muitas pessoas de seu público para que seguissem o caminho da medicina
suave e integradora que defendia. Depois de anos de prática, de muitas
conferências e artigos, finalmente publicou sua abordagem integradora em um
livro de 1955. Esta obra básica segue inspirando a muitos estudantes a obter um
conhecimento mais profundo da homotoxicologia.
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Hans-Heinrich Reckeweg
• 1955 Mudou-se para Baden-Baden
• 1961 Fundou a Sociedade Internacional
de Homotoxicologia
• 1962 “Homotoxin-Journal” (Diário das
homotoxinas)
• Fundou a SociedadeInternacional de
Medicina Biológica
• 1972 Iniciou a publicação
periódica “Biologische Medizin”
(Medicina Biológica)
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Depois de mudar-se para Baden-Baden, Alemanha, a expansão dos remédios
Heel foi um feito. Ali as instalações cresceram rapidamente.
Em 1961 o Dr. Reckeweg fundou a Sociedade Internacional de Homotoxicologia
para agrupar os médicos homotoxicológicos, primeiro somente em território
alemão e posteriormente também no exterior. A revista “Homotoxina “ era um
instrumento para informar os médicos dos protocolos eficazes, os congressos,
etc. Em 1972 desaparecia a revista “Homotoxina” que foi substituída pela revista
médica “Biologische Medizin” (Medicina Biológica).
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Hans-Heinrich Reckeweg
• 1976 “Homotoxicologia, visão exaustiva
de uma síntese em medicina”
• 1978 “Problemas de câncer”
• 1977 e 1981 Homeopatia Antihomotóxica
• 1978 Vendeu a empresa Heel à Quandt
• 1978 Imigrou para os Estados Unidos
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Nos anos seguintes, o Dr. Reckeweg publicou inúmeros livros sobre diferentes
temas homotoxicológicos. Inclusive publicou uma matéria medica e um repertório
dedicado exclusivamente aos componentes que utilizava em suas fórmulas.
Em 1978 o Dr. Reckeweg vendeu sua empresa, que até então tinha sido uma
empresa familiar a Delton Gruop, cujo principal acionista é o Sr. Stefan Quandt.
Com grandes investimentos foi possível desenvolver o Laboratório Heel, que
nos anos seguintes disponibilizava seus produtos em mais de 70 países em todo
o mundo.
O Dr. Reckeweg e sua família, mudaram-se para os Estados Unidos, onde em
Albuquerque, no estado do Novo México, fundou uma nova empresa, BHI
(Biological Homeopathic Industries), para conquistar os Estados unidos com a
homotoxicologia. Criou uma gama de 52 novos produtos, conhecidos como
produtos BHI. Atualmente também esta empresa tornou-se propriedade
completa e subsidiária de Ego-Pharm, um braço farmacêutico do portfólio
financeiro “Delton”, propriedade de Stephan Quandt. BHI mudou seu nome para
Heel Inc.
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Hans-Heinrich Reckeweg
• 1978 Fundou a BHI, desenvolveu 52
novos fármacos homeopáticos
• 13 de junho de 1985 morreu no hospital
Bircher-Benner, Zürich
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No princípio da década de 1980 o Dr. Reckeweg sofreu em acidente vascular
cerebral do que nunca se recuperou completamente. Transferiu a propriedade de
sua empresa norte-americana para sua filha Mônica Doerper-Reckeweg e a seu
genro Friedrich Doerper.
O Dr. Hans-Heinrich Reckeweg morreu aos 80 anos de idade em Zurich, Suíça.
Entretanto, a empresa que fundou tornou-se a número 2 mundial em medicina
complementar. A homotoxicologia é atualmente um conceito na medicina que é
estudado e seguido por milhares de médicos generalistas e especialistas de todo
o mundo. Um de cada dois medicamentos homeopáticos complexos que se
utilizam em todo mundo é da Heel.
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