1 A utilização da bandagem funcional como forma de tratamento para a gonartrose: revisão bibliográfica Bruno de Freitas Teles1 [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia2 Pós-graduação em traumato-ortopedia com ênfase em terapia manual – Faculdade Ávila Resumo Este artigo visa abordar os tratamentos fisioterapêuticos utilizados no diagnóstico de gonartrose e principalmente o uso da bandagem funcional. O joelho é um complexo formado por quatro ossos (fêmur, tíbia, fíbula e patela). Articulados formam três articulações: fêmorotibial, patelofemoral e tibiofemoral proximal, as quais são encerradas dentro de uma cápsula articular comum, apresentando dois graus de liberdade de movimento. Gonartrose, também chamada de osteoartrose de joelho é uma doença de caráter inflamatório e degenerativo, que provoca destruição da cartilagem articular e leva a uma deformidade da articulação. É uma doença prevalente, com tendência a aumentar em vista do prolongamento da vida e do incremento da obesidade, a qual traz sérias consequências físicas, emocionais, sociais e econômicas. A bandagem funcional pode ser utilizada em disfunções musculoesqueléticas agudas ou crônicas, e sua aplicabilidade não se restringe somente a lesões miofasciais podendo ser utilizada também em disfunções neurais e articulares. Com isso verificamos qual seria a influência da utilização da técnica de bandagem funcional na gonartrose. E através de uma revisão bibliográfica este estudo teve como objetivos identificar os tratamentos para gonartrose, esclarecer a diferença do tratamento conservador e o cirúrgico, e averiguar a eficácia da técnica de bandagem funcional na gonartrose. Palavras-chave: Gonartrose; Joelho; Bandagem Funcional; Tratamento Fisioterapêutico. 1. Introdução A articulação do joelho é considerada a maior do corpo humano. Trata-se de uma articulação intermediária dos membros inferiores por estarem localizadas entre as articulações do quadril e do tornozelo. O joelho é uma das articulações que mais sofrem lesões no corpo, já que é mantido e suportado quase que inteiramente por músculos e ligamentos, praticamente sem o auxílio das estruturas ósseas (MOREIRA et al., 2005). Segundo o Sobotta (2000) o joelho é uma articulação complexa entre a tíbia, o fêmur e a patela que possui dois graus de movimento e suporta o peso corporal na posição ereta sem a contração muscular. Participa das AVD’s como sentar, levantar, deambular e possibilita a rotação de tronco com os pés fixos e durante a marcha, o joelho reduz o dispêndio de energia ao diminuir as oscilações do centro de gravidade. A gonartrose ou osteoartrose de joelho é uma doença degenerativa articular, de etologia primária ou secundária. E tem um forte componente genético que pode afetar uma ou várias articulações, sendo caracterizada pela degeneração da cartilagem que facilita o movimento destas (SARAIVA et al., 2010). Segundo Radl et al. (2005), a osteoartrose do joelho é uma doença de caráter inflamatório e degenerativo que provoca a destruição da cartilagem articular e leva a uma deformidade da articulação. Existem teorias que dizem que esse processo se deve ao envelhecimento, pelo desgaste que ocorre durante a vida do paciente, mas também 1 2 Fisioterapeuta, Pós-graduando em Traumato-Ortopedia com ênfase em Terapia Manual. Fisioterapeuta, Especialista em Metodologia de Ensino Superior, Mestrando em Bioética e Direito em Saúde. 2 existem situações onde esse desgaste estrutural se inicia precocemente nos casos de doenças inflamatórias ou infecções. Sua prevalência aumentada com o envelhecimento da população, assim como pela exposição do indivíduo jovem a situações de traumatismo articular. As principais alterações cartilaginosas com o passar do tempo relacionam-se com a diminuição progressiva do número de condrócitos, desorientação das moléculas de colágeno, diminuição da espessura da cartilagem, da água e da quantidade de ácido hialurônico (diminuição da viscoelasticidade). Algumas doenças (displasias ósseas e cartilaginosas, acromegalias, doenças por deposição de cristais de urato monossódico e pirosfato de cálcio, artrite reumatoide, diabete mellitus, doença de Paget, arteriosclerose, necrose asséptica, homofilia e hipotireoidismo) e traumas (entorses, fraturas intra-articular e meniscectomia) podem induzir o aparecimento da osteoartrose (RADL et al., 2005). Segundo Mello Jr et al. (2009) a reabilitação no tratamento de osteoartrose do joelho tem limites e o tratamento deve ser modificado nas situações ncontroláveis de dor, limitação funcional importante nas AVD’s, falta de motvação nos hábitos e condições clínicas limitantes para a prática de atividade física. A técnica da bandagem funcional pode ser utilizada nas disfunções musculoesqueléticas agudas quanto crônicas, sendo assim, sua aplicabilidade não se restringe somente a lesões miofasciais, seus efeitos também podem ser vistos em disfunções neurais e articulares. O uso da bandagem funcional permite manter curativos sobre feridas, comprimir regiões anatômicas, reduzindo os exudatos inflamatórios, imobilizar, oferecer suporte e proteção durante a reabilitação, minimizando a extensão da lesão (no caso de lesão aguda) e profilaxia de modo a evitar recidivas e oferecer limitação ao movimento, de acordo com o que se objetiva (CRUZ et al., s/a). Ela pode ser de grande utilidade na prática clínica, uma vez que o alinhamento das estruturas, proporcionado pela colocação correta das bandagens pode diminuir a dor, diminuir o impacto sobre a articulação, aliviando a pressão sobre os tecidos inflamados ao redor do joelho (CRUZ et al., s/a). Foi dado o início a este estudo por não haver muitas evidências científicas sobre a bandagem funcional, muitas das vezes são utilizadas como forma de tratamento para diversas patologias e tem tido um bom resultado, porém muitas das vezes não são relatados. E com isso através de uma revisão bibliográfica juntamos um material que inclui artigos e livros baseados no estudo da bandagem funcional na gonartrose para que com isso sirva de auxílio para outros estudos. Esse estudo visa abordar os tratamentos fisioterapêuticos quando há o diagnóstico de gonartrose e principalmente o uso da bandagem funcional. Com objetivo de verificar qual seria a influência da utilização da técnica de bandagem funcional na gonartrose. Tendo em vista os objetivos específicos identificar os tratamentos para a gonartrose, esclarecer a diferença entre o tratamento conservador e o tratamento cirúrgico, e averiguar a eficácia da técnica de bandagem funcional na gonartrose. Para que assim a bandagem funcional possa ser uma alternativa de utilizar uma terapia manual no tratamento de gonartrose. 2. Fundamentação Teórica 2.1. Anatomia do Joelho Basicamente a articulação do joelho é formada por quatro ossos: o fêmur, a tíbia, a patela e a fíbula. Dentre eles, apenas a patela é um osso de exclusividade do joelho, já que o fêmur também está relacionado com o quadril, e a tíbia e a fíbula estão relacionadas com o tornozelo. O fêmur é o osso mais longo e pesado do corpo humano. A patela é um osso sesamóide, possui forma triangular e está situada abaixo do tendão do músculo quadríceps. Apesar de muitos autores não fazerem referência da fíbula na articulação do joelho ela 3 pertence, pois se sabe que ela realiza conexões musculares e ligamentares nesse complexo. E a tíbia que é caracterizada por ser um osso longo assim como a fíbula (MOREIRA et al., 2005). A articulação do joelho possui dois graus de liberdade: flexão-extensão e rotação axial. A flexão é de 120º a 150º de pendendo do tamanho da massa muscular. Quando o quadril está em extensão, a amplitude da flexão de joelho diminui por causa da limitação pelo músculo biarticular reto da coxa, que tem a sua inserção proximal na espinha ântero-inferior do ílio. A hiperextensão é mínima e normalmente não excede a 15º (SMTH et al., 1997). Palastanga (2002) afirma que o joelho é uma articulação de sustentação apresentando considerável grau de estabilidade, particularmente na extensão. A articulação desempenha papel importante na locomoção, pois, ao se flexionar e estender permite um tocar suave dos pés no solo. A harmonia dos elementos citados favorece a participação nos esportes de grande movimentação e paradas bruscas. Outras estruturas importantes são os meniscos que são fibrocartilaginosos encaixados no espaço articular entre as superfícies da tíbia e fêmur, com o formato de cunhas, ligados entre si e a cápsula articular. A margem periférica é espessa, convexa e inserida na cápsula articular, enquanto a margem interna é fina, côncava e livre. As faces inferiores são côncavas e estão em contato com os côndilos femorais. As faces inferiores são planas e estão sobre os côndilos tibiais. Os cornos meniscais são os locais de fixação dos meniscos na tíbia, sendo regiões onde a fibrocartilagem cede a faixas de tecido fibroso (CASTRO et al., s/a). A articulação é uma articulação que se concentra entre a patela e o sulco troclear do fêmur. A patela, que é um osso sesamóide, assenta-se dentro da capsula da articulação, com as superfícies anterior e distal em forma de sela dos côndilos femorais. O movimento básico da articulação é o deslizamento da patela sobre o fêmur. A superfície posterior da patela esta coberta com a cartilagem mais espessa do corpo humano. Esse osso é conectado a tuberosidade da tíbia pelo forte ligamento patelar, e ao fêmur e a tíbia pelos pequenos ligamentos patelofemoral e patelotibial, que são espessamentos do retináculo extensor que cerca a articulação (MOREIRA et al., 2005). A articulação femorotibial é formada pelo encontro da superfície distal do fêmur e superfície proximal da tíbia. Segundo Ellenbecker (2002), a articulação tibiofemoral, é a maior articulação do corpo. É de natureza ginglimóide, ou em charneira modificada, propiciando grande grau de amplitude de movimento. Macnicol (2002) diz que ela é sustentada por sua cápsula, pelos ligamentos e músculos circunjacentes, com a ajuda dos meniscos e da articulação patelofemoral. A configuração das superfícies articulares femorais e tibial está voltada principalmente para a sustentação do peso e o movimento de charneira (dobradiça). E apresenta três graus de liberdade. A articulação menos citada nas literaturas. É a articulação tibiofibular proximal. Ela tem capacidade de deslizar no sentido ântero-posterior, para cima e para baixo, e em algumas situações chega a fazer rotações, dependendo da movimentação da tíbia e das estruturas do tornozelo. Devido à inter-relação do ligamento colateral lateral e da inserção do músculo bíceps femoral, a fíbula, assim como a articulação tibiofibular proximal, tem participação ativa no joelho (MOREIRA et al., 2005). 2.2. Gonartrose ou Osteoartrose de Joelho A osteoartrose do joelho, também chamada de gonartrose, é a consequência de alterações morfológicas, funcionais e estruturais das deformidades angulares adquiridas ao longo dos anos, associadas ao excesso de compressão articular devido à obesidade e à má postura, acarretando diminuição da amplitude de movimento, espasmo muscular e crepitação articular, chegando a afetar uma em cada três pessoas a cima e quarenta anos. Trata-se de 4 uma afecção degenerativa que afeta articulações sinoviais levando a destruição e tentativa desordenada de reparo da cartilagem. Posteriormente ocorre lesão na superfície óssea articular, com consequente remodelação e atrito entre as superfícies que levam a inflamação secundária. Este desgaste da cartilagem pode levar a formação de osteófitos nas margens articulares, uma vez que o osso tende a remodelar a superfície óssea e aumentar a superfície de apoio (PRENTICE, 2003). A osteoartrose pode ser classificada como primária ou secundária. A primária inclui várias afecções diferentes, a mais comum das quais é a nodal generalizada. Mulheres brancas são mais frequentemente afetadas, durante a quinta e sexta década, por envolvimento poliarticular. E a secundária pode ser de forma congênita, traumática, metabólica, inflamatória, endócrina, hemofílica ou neuropática. Suas manifestações clínicas poder ser dor, limitação dos movimentos, deformidades, crepitações e rigidez (DANDY, 2000). A osteoartrite (osteoartrose) é a forma mais comum de artrite. Sua prevalência aumenta com a idade. Verifica-se o envolvimento do joelho igualmente nos dois sexos entre os 55 e 64 anos. A osteoartrose grave de joelho é vista com mais frequência em mulheres com 65 e 74 anos (6,9% versus 2%) (DELISA et al., 2002). Traumas excessivos levam a uma lesão na cartilagem articular > liberação de enzimas proteolíticas – condrócitos > degradação do colágeno e proteoglicanos > pressões aplicadas diretamente no osso trabecular > esclerose subcondral (eburnifcação), osteófitos e cistos. Levando assim a cinco fases para o desenvolvimento da osteoartrose: 1- quebra da superfície articular; 2- irritação sinovial; 3- remodelamento; 4- eburneação do osso e formação de cistos e 5- desorganização. Greve et al. (1999) enfatizam que às alterações mecânicas da osteoartrose se associam as bioquímicas, visto que o espasmo muscular e as microfraturas provocam liberação, pelo tecido isquêmico e inflamado, de irritantes químicos, tais como o lactato, as cininas, e prostaglandinas, os quais enviam sinais nociceptivos às terminações nervosas livres periarticulares, gerando incômodo quadro álgico. Enfatizando que os grandes comprometimentos à função do joelho podem ocorrer em virtude de degeneração osteoartrósica, chegando à perda de função de flexão em 30% a 50% nas atividades cotidianas. Figura 1 – Desenvolvimento de gonartrose: a) articulação do joelho normal; b) quebra da superfície articular, irritação sinovial e remodelamento; c) eburneação do osso, formação do cisto e desorganização. 5 O aspecto radiológico reflete algumas alterações patológicas. Os espaços articulares se estreitam a superfície de sustentação do peso fica esclerótica, formam-se osteófitos em torno das margens articulares e são vistos cistos no osso subcondral. A forma do osso altera-se lentamente a esta deformidade e pode ser visível radiograficamente, bem como clinicamente (DANDY, 2000). Figura 2 – Exames radiológicos (radiografa de um joelho com osteoartrose) Clinicamente a osteoartrose se manifesta por dor, que varia de leve a muito intensa, piorando com os movimentos e ao levantar peso (partículas de desgastes causam sinovite depois que o exercício foi suspenso); rigidez articular, que se agrava pelo repouso (após as atividades); limitação de movimentos (vai perdendo o movimento quando se formam os osteófitos e a articulação muda de forma) e crepitações (PORTO, 2005). 2.3. Tratamentos Como tratamento conservador podem se envolver medidas como mudança no estilo de vida, perda de peso, atividades físicas adequadas e fisioterapia. Há também o tratamento medicamentoso através de uso de condroprotetores, analgésicos e anti-inflamatórios. Mas a progressão da artrose leva à perda progressiva da independência e da qualidade de vida do indivíduo. E o tratamento cirúrgico que inclui o alinhamento do tipo osteotomia e substituição articular do tipo artroplastia, no entanto são poucos discutidos assim como a sua aplicabilidade (ZABEU et al., 2007). 2.3.1. Tratamento Conservador Inclui diversas medidas: explicação da afecção e tranquilização; aconselhamento para que o paciente se mantenha ativo, mas modifique as atividades para evitar aquelas coisas que machucam ou agravam o problema ou a sobrecarga da articulação; bengala e recursos auxiliares em casa; fisioterapia para manter o volume muscular e o movimento articular, evitando assim a rigidez; analgésicos e anti-inflamatórios intermitentes (DANDY, 2000). A terapia com gelo pode ser benéfica, tanto subjetivamente, para diminuir a dor, quanto objetivamente, controlando o edema, embora de modo temporário. O gelo também pode ser usado em casa. E durante esse período é importante preservar a amplitude de movimento da articulação com cinesioterapia simples aplicada diariamente às articulações afetadas e as próximas a elas (DAVID et al., 2001). Segundo David et al., (2001) pode ser utilizado como forma de tratamento para o alívio de dor a diatermia por ondas curtas, o ultrassom, a estimulação nervosa transcutânea, a acupuntura, o esparadrapo (como bandagem funcional). Todas estas técnicas além de aliviarem a dor, apresentou ganho de amplitude de movimento e até melhora na marcha. 6 De acordo com Plaper et al., (1999), os exercícios ativos na osteoartrose servem para manter ou aumentar a amplitude de movimento articular. Para eles os exercícios isométricos são úteis para estabilizar a articulação e no fortalecimento dos músculos com mínimo envolvimento do complexo articular, sendo o exercício de fortalecimento mais adequado para o tratamento da osteoartrose de joelho. Segundo Bertolucci (1999) os exercícios isométricos tem uma grande capacidade de produzir o fortalecimento muscular. Os exercícios para pacientes com osteoartrose devem visar à posição de sobrecarga da articulação para ajudar a preservar a integridade da cartilagem articular, e manter a mineralização óssea. Podem ter efeito de aumentar temporariamente a resposta inflamatória, mas em longo prazo melhorarão as atividades de vida diária. Pois esses exercícios tem objetivo de aumentar e manter a amplitude de movimento, aumentar a força muscular, aumentar a resistência, aumentar a capacidade aeróbica e aumentar a capacidade de realização das atividades de vida diária (DAVID et al., 2001). Segundo Singh (2003), as metas primárias de terapias para osteoartrose são controle da dor, melhorando e/ou preservando a função e mobilidade e melhorar a qualidade de vida. Para Dias et al., (2003) a hidroterapia é a utilização dos efeitos físicos, fisiológicos e cinesiológicos, advindos da imersão do corpo, ou parte dele, em meio aquático, como recurso auxiliar na reeducação musculoesquelética, visando o restabelecimento da saúde, sua manutenção ou ainda na prevenção de uma alteração funcional orgânica. Conforme Hall et al., (2001) a piscina é um excelente ambiente para realizar os exercícios de mobilidade, para normalizar a marcha e iniciar os exercícios de equilíbrio e de fortalecimento delicado. A flutuabilidade da água minimiza os efeitos do apoio do peso corporal enquanto a pressão hidrostática controla o derrame. As caminhadas, o alinhamento fisiológico, os chutes, as reversões com apoio nos artelhos, o equilíbrio unipodal e os mini agachamentos podem ser realizados facilmente na piscina. 2.3.2. Tratamento Cirúrgico O tratamento cirúrgico só será considerado se as medidas conservadoras tiverem falhado. As cirurgias podem ser divididas em quatro: debridamento, artrodese, osteotomia e artroplastia (DANDY, 2000). Debridamento ocorre quando os osteófitos obstruem gravemente o movimento articular, para isso é razoável que ele seja extirpado. Embora os osteofítos sejam removidos, eles retornam rapidamente e o benefício desse procedimento se torna transitório (DANDY, 2000). Artrodese, é a fusão de uma articulação, é uma das cirurgias mais antigas da ortopedia, e converte uma articulação dolorosa rígida, em má posição, em uma articulação rígida indolor em boa posição. Utilizando sempre quando houver lesão articular irreversível (LIANZA, 2001). Osteotomia é mais comumente realizada no joelho para ajudar a corrigir as deformidades reduzindo cargas anormais das articulações, alterar a arquitetura no local da cicatrização e seccionar vasos intraósseos (DELISA et al., 2002). A artroplastia significa a criação de uma articulação, existem vários tipos. A artroplastia de exérese que substitui a articulação normal por uma anquilose fibrose com menos movimento e estabilidade do que uma articulação normal. A artroplastia de interposição que pode ser incentivada a formação de uma pseudoartrose por colocação de algum material entre as extremidades ósseas. A artroplastia de molde que é um material duro, como o metal, colocado entre as extremidades ósseas, e pode atuar como um molde para dar forma a uma nova articulação. E a artroplastia de substituição quando as superfícies articulares desgastadas são removidas e substituídas por próteses, e cria-se uma articulação estável e indolor, semelhante à original (DANDY, 2000). 7 A artroplastia total do joelho é um procedimento cirúrgico de alta complexidade, realizado, na maioria das vezes, em pacientes com idade acima de 65 anos ou portador de doenças inflamatórias. A dor e a dificuldade de deambulação são queixas frequentes e podem causar perda substancial na autonomia e na qualidade de vida dos pacientes. A espera pela cirurgia de artroplastia de joelho é penosa e desgastante para os pacientes. Um programa de readaptação educacional e funcional para esses pacientes, enquanto aguarda a cirurgia, melhora a função do joelho e diminui o impacto negativo dessa situação. Esse programa deve contem exercícios para manter e melhorar o alongamento da musculatura do joelho, o arco de movimento e a função do joelho. Exercícios gerais para mobilizar outras articulações e alongamento do corpo, em geral, são também incluídos nesse programa (NUÑES et al., 2006). 2.4. Bandagem Funcional A bandagem funcional tem sido utilizada de várias formas como técnicas de tratamento, mas somente nos últimos 20 anos têm sido usados, principalmente, como uma prática da fisioterapia. A aplicabilidade clínica da bandagem é muita ampla e pode ser usada no tratamento de disfunções neuro-musculoesqueléticas agudas e crônicas em todas as regiões do corpo (THOMPSON, 2010). Cruz (s/a) apud Kazemi (2004) define bandagem funcional, como uma técnica que tem por objetivo modificar a mecânica dos segmentos alterados e/ou não rígidos, proporcionando repouso às estruturas danificadas, reforçando os aspectos com alterações estruturais e/ou fisiológicas, melhorando a funcionalidade dos segmentos tratados com as bandagens. A bandagem funcional promove imobilização, podendo manter o ganho da correção, agindo no organismo por mais tempo, mantêm o funcionamento mecânico correto, evita sobrecarga nas estruturas, proporciona estabilidade e mobilidade seletiva (BOVÉ, 2000). Segundo Bové (2000), a técnica de bandagem funcional é produto da aplicação do conhecimento de anatomia e biomecânica que essa pode promover uma limitação, contenção ou inibição. As principais técnicas da bandagem funcional são de contenção, de imobilização, mista ou combinada. A técnica de contenção é aquele que limita o movimento que produz a dor, que utiliza como materiais vendas elásticas puras, vendas elásticas coesivas e vendas elásticas adesivas; a técnica de imobilização é aquela que anula o movimento que produz a dor, e o principal material utilizado nesta técnica é o esparadrapo (tape); técnica mista ou combinada que utilizam os mesmos princípios das anteriores, que os materiais para está técnica são as vendas elásticas adesivas ou coesivas que reforçam as tiras de esparadrapo. Sendo imprescindível ao fisioterapeuta o conhecimento da anatomia funcional, do processo de cicatrização e do mecanismo e fisiopatologia da lesão, a fim de que possa direcionar o tratamento, aplicando a bandagem de forma correta e modificando a mesma conforme a evolução, levando-se sempre em conta a biomecânica individual, o controle neuromotor e a extensão da lesão (CRUZ et al., s/a). Supõe-se que a aplicação da bandagem a nível patelar pode reduzir a inibição neural do quadríceps e modular a dor através das fibras aferentes o que pode ser atribuído ao fato de que as fibras aferentes chegam mais rapidamente ao cérebro do que os sinais de dor. Pickar et al., (2001) acreditam que, estimular o sistema nervoso central com aferências sensoriais dos proprioceptores musculares, permite através de pontos gatilhos de dor, reduzir a aferência nociceptiva e, portanto, a dor. Os mecanismos biomecânicos são produzidos tendo em vista que cada tecido, quando sujeito a uma carga ou tensão, irá deformar-se, e se essa tensão for aplicada de forma muito rápida e ou prolongada, ele irá entrar em sobrecarga, comprometendo a habilidade do tecido em se adaptar e cicatrizar, o que dará origem a lesão e consequentemente a dor. Então, o uso correto 8 da bandagem irá permitir de forma preventiva a distribuição de forças, prevenindo a sobrecarga no tecido, no caso da já existente, a bandagem irá permitir além dos efeitos já ditos anteriormente, a diminuição os efeitos do exudato inflamatório e a redução o stress tecidual local, posicionando o membro numa posição confortável e protegida (CRUZ et al., s/a). Os efeitos mais comuns da bandagem funcional são afetar o controle neuromotor pela alteração da mecânica articular, afetar o feedback proprioceptivo e o balance, redução da dor, limitação da ADM, diminuição dos exudato inflamatório, redução do stress tecidual local. Nos efeitos mecânicos pode proporcionar limitação, correção de posturas, redução de tensão e melhora funcional (HEWETSON et al., 2010). A bandagem funcional é indicada nas distensões ligamentares de primeiro grau e alguns casos de segundo grau; prevenção das luxações ligamentosas; rotura de fibras musculares; distensões musculares; fissuras dos metatarsianos, fissuras das costelas, intercostais e neuralgias de intercostais; após a retirada da escápula para iniciar período de reabilitação; descarga nas tendinites; descarga nas facites plantares. E são contra indicadas nas roturas tendinosas, musculares e ligamentares, nas fraturas, edemas, problemas de circulação, e processo alérgico a fitas (BOVÈ, 2000). Os materiais necessários para aplicação de uma bandagem funcional são spray adesivo, vendas elásticas puras, adesivas e coesivas, esparadrapo (tape), vaselinas, cremes hidratantes, taping Box, e liquido para retirada das bandagens (HEWETSON et al., 2010). De acordo com Silva (1999), experiências mostram que as bandagens de compressão, imobilização e estabilização quando associadas ao tratamento fisioterapêutico, são capazes de acelerar o processo de cura e evitar traumas ou recidivas. Acredita-se assim, que a bandagem pode reduzir a tensão no tecido mole ao redor do joelho inflamado, melhorar o conhecimento do paciente da posição do corpo (propriocepção), melhorar o torque do quadríceps e ajudar a controlar o movimento. Antes da colocação da bandagem é necessário fazer a higienização da área, a ordem de colocação das faixas deve obedecer ao objetivo do tratamento. Recomenda-se permanecer com a bandagem por um período de 3 a 5 dias, dependendo da região e do estado de conservação da bandagem. No caso de tratamentos mais longos, é aconselhável trocar a bandagem de 3 em 3 dias. Passo a passo do nome das partes das manobras da bandagem funcional. Âncora – manobra inicial para aplicação da técnica, cujo objetivo é oferecer um ponto de fixação para futuras aplicações de outras trás de bandagens. Tiras – tiras empregadas com o objetivo de estabilizar o segmento e/ou articulação, têm origem e fixação no sentido médio / lateral ou proximal / distal. Travas e “figuras-oito” – trás utilizadas no travamento específico de determinada articulação com intuito de evitar movimentos articulares excessivos, tem a origem e fixação no mesmo ponto. Trava em “X” – duas tiras em forma de “X”, com intuito de evitar movimentos articulares excessivos, têm origem e fixação cruzadas. Fechamento – manobra final da aplicação da bandagem para finalizar o procedimento, com objetivo estético. Colocação de bandagem para disfunções fêmoro-patelares: colocam-se ancoras na borda medial e lateral da patela; tira para imobilização patelar; tensão medial e fixação na ancora medial; ancoragem de estabilização lateral e medial. 3. Metodologia O presente trabalho trata-se de um estudo qualitativo bibliográfico com objetivo de identificar nas bibliografias disponíveis e atualizadas o material de pesquisa, bem como em sua revisão integrativa (GONÇALVES, 2004). Contribuindo para o processo de síntese e análise dos resultados de vários estudos e por tanto, criando um corpo de literatura compreensível. O levantamento bibliográfico propriamente dito foi realizado através dos sites SCIELO, MEDLINE, PUBMED e LILACS, utilizando as palavras-chave como gonartrose, joelho, 9 bandagem funcional e tratamento fisioterapêutico. Foi também efetuado, um levantamento manual de capítulos texto de livros e periódicos nas bibliotecas da Universidade Federal de Roraima (UFRR) e da Faculdade Cathedral de Ensino Superior de Roraima (FACES). Os livros, periódicos e artigos científicos foram adotados a partir do ano de 1997 progredindo até o ano 2010 e que estivessem relacionadas ao tema, bibliografias anteriores ao ano de 1997 foram excluídas desta revisão bibliográfica. 4. Discussão A literatura ainda é insuficiente quanto aos estudos que comprovem de forma definitiva a atuação da bandagem na gonartrose. Porém, entre os estudos realizados, alguns deles comprovaram a redução significativa da dor na gonartrose com o uso da bandagem. O primeiro, publicado na edição de Março de 1994 do British Medical Journal, utilizou um grupo composto por 14 participantes, todos portadores de gonartrose que foram submetidos a técnica onde aplicou-se bandagens primeiramente puxando a patela para medial, depois para a lateral e finalmente deixando-a em posição neutra, sem pressão. Cada posição durou quatro dias com intervalo de 3 dias entre uma e outra. Os participantes que ficaram com a bandagem que alinhava a patela na direção medial, obtiveram redução significativa da dor , comparado com aqueles que colocaram a patela alinhada para a lateral ou em posição neutra. David et al., (2001) apud Cushnaghan (1994) mostrou um método de baixo custo e eficaz para alivar a dor, fazendo a colocação de esparadrapo na região medial da patela para posicionar a patela no seu alinhamento correto, que pode ser auto-administrada, é simples, segura e contribui para melhorar a subluxação patelar e, assim, o funcionamento do quadríceps. Em geral, a face lateral da articulação patelofemoral degenera, e esse método alivia a compressão, permitindo um signifcativo alívio da dor. O esparadrapo patelar deve ser administrado em combinação com exercícios de fortalecimento para melhorar a movimentação articular. De acordo com o autor supracitado podemos ver a influência da bandagem funcional que já vinha sendo utilizada no tratamento para a gonartrose, porém não era difundida. Pois ele relata que é uma forma de tratamento fácil, prático e eficaz. Já outro estudo, publicado na edição de julho de 2003 do British Medical Journal, envolveu 87 participantes com gonartrose, que foram aleatoriamente designados para as bandagens terapêuticas, grupo controle, ou grupos sem nenhum uso de bandagem. O estudo durou três semanas e teve um período de três semanas de acompanhamento. Doze fisioterapeutas foram treinados para a aplicação correta da bandagem. Com este estudo, concluiu-se que a bandagem terapêutica reaplicada semanalmente e usada durante 3 semanas reduziu significativamente a dor em 38 a 40% e a deficiência melhorou em pacientes com osteoartrite do joelho, esta redução foi mantida por três semanas depois que o uso da bandagem foi interrompido, o que caracteriza o estudo como o primeiro que evidência os efeitos prolongados bandagem, usada por um curto espaço de tempo. Um estudo mais recente, realizado em 2008, baseado numa revisão de bases de dados a fim de avaliar a evidência do uso da bandagem e da órtese no tratamento de dor crônica do joelho, comprovou que há evidências de que bandagens utilizadas para exercer uma força dirigida medialmente na patela produzem uma redução significativa na dor crônica no joelho ocasionada pela osteoartrose, quando comparada a não aplicação da bandagem, assim como evidências preliminares de que o controle do joelho melhorou durante a marcha em associação com a bandagem patelar. Acredita-se que a bandagem patelar melhora a propriocepção e estabilidade mecânica da patela do joelho por promover funcionalidade. Tomando por base o estudo de Cooke et al. (2009), a bandagem funcional promove suporte no tratamento de entorse de tornozelo, e como já foi exposto que os efeitos são os mesmos em 10 qualquer seguimento do corpo humano, a bandagem pode ser utilizada no tratamento de lesões e/ou correções do joelho. Mostrando assim que não é somente na articulação do joelho que tem uma resposta positiva, diversos artigos já estão sendo utilizados como base, mostrando que em outros segmentos também há uma resposta positiva em relação a bandagem funcional. Embora mais estudos sejam necessários para entender o mecanismo de ação da bandagem, a melhora da biomecânica articular do joelho, dos ângulos de flexão do joelho e do torque do quadríceps, favorecendo o movimento de extensão, onde foi relatado em vários estudos. A aplicação desta técnica requer o conhecimento do profissional que vai aplicá-la. Pois pode variar no comprimento, ângulo e força de aplicação, o que pode resultar em diferenças ao ser comparado a resultados de outros estudos. Seria interessante considerar a padronização da técnica a ser empregada para um maior controle da validade dos resultados. De acordo com o Colégio Americano de Reumatologia, a bandagem de joelho está entre as opções de tratamento recomendada para osteoartrose do joelho, estudos mostram que a terapêutica utilizada têm se mostrado eficaz na redução da dor e da incapacidade associada com esta patologia. Algumas pesquisas mostraram que a técnica desenvolvida por McConnel, de bandagem funcional na patela, é capaz de aumentar a relação da atividade motora do vasto medial oblíquo e aliviar a dor, porém em outros estudos não ficou comprovado o realinhamento patelar através do uso da bandagem, tanto do ponto de vista estático quanto dinâmico, mas este mesmo estudo reforça a teoria de que a bandagem funcional promove melhoras significativas na dor decorrente do desalinhamento patelar. 5. Conclusão Durante a realização do estudo notou-se que existe sim a melhora da gonartrose em pacientes que utilizam a bandagem funcional como forma de tratamento. Vimos que as bandagens estão sendo cada vez mais utilizadas por fisioterapeutas e principalmente na área esportiva. Por isso, devido aos efeitos biomecânicos e neurofisiológicos da bandagem, a mesma técnica pode ser aplicada por razões bem diferentes, em diferentes regiões do corpo e em estágios diferentes da recuperação do paciente após uma lesão. Não existem muitos estudos com base científica comprovando esta eficácia, porém já vem sendo feito alguns como foi citado acima. Além do joelho já foram realizadas também tratamentos em outros segmentos do corpo. Mas fica a sugestão para a realização de novos estudos, com pesquisas de campo e com uma amostra grande, para que assim possamos ter como referência. E traçar um protocolo de tratamento para que todos os fisioterapeutas possam seguir. Referências BERTOLUCCI, L. F. Cinesioterapia. In: GREVE, J. M. A.; AMATUZZI, M. M. Medicina de Reabilitação Aplicada a Ortopedia e Reumatologia. São Paulo: Editora Roca, 1999. BOVÉ, T. El Vendaje Funcional. 3º Edição. Madrid: Editora Harcourt, 2000. CASTRO, D. M.; VIERA, L. C. R. Joelho: Revisão de Aspectos Pertinentes à Fisioterapia. Artigo entregue ao curso de Pós-graduação em Fisioterapia Trauma Ortopedia com Ênfase em Terapia Manual. Faculdade Ávila. s/a. COOKE, M. W.; MARSH, J. L.; CLARK, M.; NAKASH, R.; JARVIS, R. M.; HUTTON, J. 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