UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ DÉBORA THARIANE FERRARI Pra que time você torce? O Marketing e as Estratégias de Patrocínio Esportivo Balneário Camboriú 2008 DÉBORA THARIANE FERRARI Pra que time você torce? O Marketing e as Estratégias de Patrocínio Esportivo Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração – ênfase em Marketing, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú. Orientador: Prof. MSc. Ricardo Boeing da Silveira Balneário Camboriú 2008 Débora Thariane Ferrari Pra que time você torce? O Marketing e as Estratégias de Patrocínio Esportivo Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em Administração e aprovada pelo Curso de Administração – Marketing da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Balneário Camboriú. Área de Concentração: marketing esportivo Balneário Camboriú, 10 de julho de 2008. _________________________________ Prof. MSc. Ricardo Boeing da Silveira Orientador(a) ___________________________________ Prof. MSc. Márcio Daniel Kiesel Avaliador(a) ___________________________________ Prof. Dra. Rosilene Marcon Avaliador(a) EQUIPE TÉCNICA Estagiário(a): Débora Thariane Ferrari Área de Estágio: Financeira Professor Responsável pelos Estágios: Lorena Schröder Supervisor da Empresa: Airton Alberto Ferrari Professor(a) orientador(a): Ricardo Boeing da Silveira DADOS DA EMPRESA Razão Social: Airton A Ferrari e Cia. Ltda. Endereço: Rua Hercílio Luz, 620 sala 03 Centro Itajaí - SC Setor de Desenvolvimento do Estágio: Duração do Estágio: 120 horas Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Airton Alberto Ferrari, Gerente Carimbo do CNPJ da Empresa: A persistência é o caminho do êxito. Charles Chaplin. AGRADECIMENTOS A meu pai e melhor amigo por sua compreensão, carinho e apoio durante toda a minha vida, por ter me ensinado valores que em nenhum outro lugar ou com nenhuma outra pessoa eu poderia aprender; pela cumplicidade que transmite no olhar o que nenhuma palavra seria capaz de expressar; À minha amada mãe, por seu amor, cuidado, paciência e preocupação que somente uma mãe é capaz de ter. À minha amada avó Maria, por todo afago e amor despendido, por cada mimo, por cada oração; Aos meus queridos irmãos Cristhiane e Marco Aurélio, tão especiais e importantes na minha vida, pela melhor infância, que juntamente com nossos pais vocês me proporcionaram. Cris, sem vocês nada disso seria possível! Ao Alexandre pelo companheirismo, amor, compreensão, amizade (ufa!) e pelas “palavrinhas de efeito” quando eu mais precisei. Aos meus amigos, em especial a Ana Luíza, por toda a colaboração e amizade, por cada sorriso e brincadeira; A Eveline e Aelton pelo simples fato de me acompanharem e aturarem a tantos anos; à Rafaella e Robson pelos momentos de descontração e os lendários cafés dos intervalos das aulas; ao Thiago por sempre quebrar meus galhos; aos meus colegas de turma pelos momentos de alegria e de correria. Nunca vou esquecer vocês. Aos professores do curso, em especial ao Professor Márcio Kiesel, Marcelo Ardigó e Mércio Jacobsen por sua eterna paciência e gentileza; e à Professora Rosilene Marcon, a quem admiro por sua inegável inteligência e profissionalismo. Obrigada pelos intensos momentos de aprendizagem. Nas suas aulas aprendemos a pensar ao invés de dar respostas prontas. Ao professor e orientador Ricardo Boeing, não apenas por sua dedicação durante o processo de orientação, mas principalmente por suas aulas geniais, inovadoras e que “agregam valor”; sobretudo quando o exemplo para ilustrar o assunto em pauta provém de fatos de experiência própria ou exigem criatividade. Sua maneira diferente de abordar os contextos colabora para uma aprendizagem fácil, e estudar torna-se divertido e agradável. Suas aulas vão ficar para a história! À Ilton Teitelbaum, pela imensa colaboração com meu trabalho. Principalmente à Deus, por me permitir vivenciar todas as anteriores. RESUMO O segmento desportivo vem apresentando crescimento dentro do cenário do marketing. O futebol, como paixão nacional, é a escolha de diversas empresas que pretendem atingir um público diversificado e massificado. O objetivo do trabalho é identificar e analisar em meio ao ambiente futebolístico as estratégias de patrocínio esportivo das empresas que apóiam concomitantemente equipes rivais de futebol e times adversários que são patrocinados por companhias concorrentes. Foi utilizada a metodologia de pesquisa quantitativa, com abordagem descritiva, cuja coleta de dados se deu através de questionário estruturado destinado aos usuários de um site de relacionamento que são os torcedores das equipes estudadas. Houve ainda o uso de pesquisa qualitativa dirigida aos gestores de marketing das corporações. Tomou-se como base a percepção do torcedor enquanto consumidor, com relação às referidas estratégias. Os gestores das corporações que optam pelo segmento desportivo também apresentaram suas impressões sobre o retorno proporcionado e o retorno esperado com essa parceria. Com a análise dos resultados das duas pesquisas utilizadas nesse estudo percebeu-se que há grande visibilidade de marca e as conseqüências do patrocínio são bastante animadoras para as organizações. O patrocínio beneficia tanto a organização apoiadora quanto a equipe de futebol. Palavras-chaves: marketing, patrocínio esportivo, estratégias. ABSTRACT LISTA DE FIGURAS Figura 1 Conceito de Marketing ............................................................. Figura 2 O Papel do Agente de Comunicação nas Relações do Marketing Esportivo ................................................................. 23 37 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Áreas de decisão estratégica organizadas para os quatro P´s 26 Quadro 2 Clubes Rivais Patrocinados por Organizações Concorrentes.. 43 Quadro 3 Clubes Rivais Patrocinados pela mesma Organização ........... 44 Quadro 4 Legenda de Denominação das equipes do Grupo 1 nos gráficos...................................................................................... 54 Quadro 5 Legenda de Denominação das equipes do Grupo 2 - A nos gráficos ..................................................................................... 75 Quadro 8 Legenda de Denominação das equipes do Grupo 2 - B nos gráficos...................................................................................... 92 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Amostra Populacional da Comunidades do Orkut.................... 46 Tabela 2 Amostra Atingida em Percentual............................................... 47 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 Opinião dos Torcedores dos Times do Grupo 1 Quanto aos Times Rivais ............................................................................. 54 Gráfico 2 Percepção dos torcedores dos Times do Grupo 1 sobre seu próprio comportamento enquanto torcedor............................... 56 Gráfico 3 Preferência dos Torcedores dos Times do Grupo 1 no modo/meio de acompanhar os jogos do seu time.................... Gráfico 4 58 Percepção dos torcedores dos Times do Grupo 1 em observar a marca da empresa patrocinadora durante os eventos...................................................................................... 59 Gráfico 5 Percepção dos Torcedores dos Times do Grupo 1 em observar a marca do patrocinador da equipe adversária durante os eventos.................................................................... 61 Gráfico 6 Freqüência dos Torcedores dos Times do Grupo 1 enquanto consumidores dos produtos e/ou serviços da empresa patrocinadora do seu time do coração...................................... 63 Gráfico 7 Freqüência dos Torcedores dos Times do Grupo 1 enquanto consumidores dos produtos e/ou serviços da empresa patrocinadora da equipe rival.................................................... 65 Gráfico 8 Motivos que levam os torcedores dos times do Grupo 1 a não adquirirem os produtos comercializados pela empresa que patrocina o time rival................................................................. Gráfico 9 67 Motivos que levam os torcedores dos times do Grupo 1 a não adquirirem os produtos comercializados pela empresa que patrocina seu time do coração.................................................. Gráfico 10 70 Relação de Desempenho dos times do Grupo 1 versus motivação de compra dos torcedores enquanto consumidores 72 Gráfico 11 Opinião dos Torcedores dos Times do Grupo 2-A quanto aos Times Rivais.............................................................................. 76 Gráfico 12 Percepção dos torcedores dos Times do Grupo 2-A sobre seu próprio comportamento enquanto torcedor........................ 77 Gráfico 13 Preferência dos Torcedores dos Times do Grupo 2-A no modo/meio de acompanhar os jogos do seu time.................... Gráfico 14 78 Percepção dos torcedores dos Times do Grupo 2-A em observar a marca da empresa patrocinadora durante os eventos...................................................................................... 80 Gráfico 15 Percepção dos Torcedores dos Times do Grupo 2-A em observar a marca do patrocinador da equipe adversária durante os eventos.................................................................... 81 Gráfico 16 Freqüência dos Torcedores dos Times do Grupo 2-A enquanto consumidores dos produtos e/ou serviços da empresa patrocinadora do seu time do coração....................... 83 Gráfico 17 Conhecimento dos torcedores dos times do Grupo 2-A com relação aos patrocinadores simultâneos do time do coração e do time rival............................................................................... 84 Gráfico 18 Percepção dos torcedores dos times do Grupo 2-A em relação à estratégia da empresa de patrocinar simultaneamente equipes rivais do mesmo estado.................. Gráfico 19 85 Percepção dos torcedores dos times do Grupo 2-A com relação à imagem da empresa e seu comportamento de compra...................................................................................... Gráfico 20 87 Relação de Desempenho dos times do Grupo 2-A versus motivação de compra dos torcedores enquanto consumidores 89 Gráfico 21 Opinião dos Torcedores dos Times do Grupo 2-B quanto aos Times Rivais.............................................................................. 92 Gráfico 22 Percepção dos torcedores dos Times do Grupo 2-B sobre seu próprio comportamento enquanto torcedor........................ Gráfico 23 Preferência dos Torcedores dos Times do Grupo 2-B no modo/meio de acompanhar os jogos do seu time.................... Gráfico 24 94 96 Percepção dos torcedores dos Times do Grupo 2-B em observar a marca da empresa patrocinadora durante os eventos...................................................................................... 98 Gráfico 25 Percepção dos Torcedores dos Times do Grupo 2-B em observar a marca do patrocinador da equipe adversária durante os eventos.................................................................... 100 Gráfico 26 Freqüência dos Torcedores dos Times do Grupo 2-B em adquirir os produtos e/ou serviços da empresa patrocinadora do seu time do coração ............................................................ 102 Gráfico 27 Conhecimento dos torcedores dos times do Grupo 2-B com relação aos patrocinadores simultâneos do time do coração e do time rival............................................................................... 104 Gráfico 28 Percepção dos torcedores dos times do Grupo 2-B em relação à estratégia da empresa de patrocinar simultaneamente equipes rivais do mesmo estado.................. Gráfico 29 105 Percepção dos torcedores dos times do Grupo 2-B com relação à imagem que fazem da empresa e seu comportamento de compra com relação à estratégia da empresa patrocinadora............................................................. Gráfico 30 108 Relação de Desempenho dos times do Grupo 2-A versus motivação de compra dos torcedores enquanto consumidores 110 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 18 1.1 Tema .................................................................................................... 18 1.2 Problema de pesquisa .......................................................................... 19 1.3 Objetivo Geral ....................................................................................... 19 1.3.1 Objetivos Específicos ............................................................................ 19 1.4 Justificativa ........................................................................................... 20 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................... 22 2.1 Marketing .............................................................................................. 22 2.2 Administração Mercadológica ............................................................... 25 2.3 Composto Mercadológico – Mix de Marketing ...................................... 26 2.3.1 Produto – bem ou serviço destinado às necessidades do mercadoalvo ........................................................................................................ 27 2.3.2 Preço – Fixá-lo corretamente ................................................................ 27 2.3.3 Praça – Atingindo o alvo ....................................................................... 28 2.3.4 Promoção – Comunicando e Vendendo ao Consumidor....................... 28 2.3.4.1 Propaganda ........................................................................................... 29 2.3.4.2 Marketing de Patrocínio ........................................................................ 29 2.4 Segmentação de Mercado – Um processo de Agregação ................... 31 2.5 Posicionamento ..................................................................................... 33 2.6 Marketing Esportivo .............................................................................. 33 3 METODOLOGIA .................................................................................. 42 3.1 Tipologia de Pesquisa ........................................................................... 42 3.2 Sujeito do Estudo .................................................................................. 43 3.3 Instrumento de Pesquisa e Coleta de Dados......................................... 47 3.4 Análise e Tratamento dos Dados .......................................................... 50 3.5 Limitações da Pesquisa ........................................................................ 50 4 RESULTADOS ..................................................................................... 52 4.1 Análise dos Resultados dos Questionários Aplicados aos Torcedores dos Times do Grupo 1 e 2 referente às questões 1 a 4 ........................ 4.2 Análise dos Resultados dos Questionários Aplicados aos Torcedores dos Times do Grupo 1 ........................................................................... 4.3 75 Análise dos Resultados dos Questionários Aplicados aos Torcedores dos Times do Grupo 2 – B..................................................................... 4.5 53 Análise dos Resultados dos Questionários Aplicados aos Torcedores dos Times do Grupo 2 – A..................................................................... 4.4 52 91 Análise dos Resultados das Entrevistas Aplicadas aos Gerentes de Marketing das Empresas Patrocinadoras.............................................. 113 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................... 117 5.1 Conclusões ........................................................................................... 117 5.2 Sugestões para novos Trabalhos.......................................................... 120 6 REFERÊNCIAS............................................................................................... 121 APÊNDICES..................................................................................................... 128 Apêndice A........................................................................................................ 128 Apêndice B......................................................................................................... 129 Apêndice C......................................................................................................... 130 Apêndice D........................................................................................................ 131 1. INTRODUÇÃO O esporte, em especial o futebol, é uma das maiores paixões do brasileiro, e vem demonstrando crescimento e interesse pela sociedade como um todo. Um dos responsáveis por esse interesse é o patrocínio esportivo, que proporcionou divulgação e evolução de várias modalidades e empresas, o que tornou possível uma massificação do esporte, em termos de audiência como do número dos participantes. (POZZI, 1998). Os atletas já não jogam por amor à camisa, pois o esporte tornou-se profissionalizado e destes atletas são cobrados resultados diários (no que tange ao esporte) e postura (no que diz respeito à sua conduta) tanto dentro quanto fora de campo, não apenas pelo clube a qual pertencem, mas também pelas empresas que patrocinam a equipe e/ou jogadores. Neste estudo são apresentados pontos importantes do marketing esportivo e evidencia como a escolha das estratégias de marketing e patrocínio esportivo das empresas patrocinadoras é de fundamental importância para o sucesso ou não da promoção dos produtos das organizações em questão. 1.1 Tema: O marketing esportivo vem crescendo nos gramados brasileiros e as empresas disputam os consumidores numa luta constante. Segundo Afif (2000) há pessoas que acham perigoso patrocinar equipes de futebol. O argumento mais comum é de que os torcedores dos outros times poderão deixar de consumir produtos da marca patrocinadora se esta não estiver em seus clubes. Uma matéria veiculada no Portal da Revista Exame em 24 de julho de 2007 informa que empresas concorrentes patrocinam clubes rivais. Em contrapartida, há exemplos em que uma mesma companhia patrocina simultaneamente times rivais a fim de evitar a rejeição de torcidas inflamadas. Portanto, o tema a ser abordado neste estudo refere-se às estratégias das organizações, concorrentes ou não, em favorecer financeiramente, através de patrocínio, clubes rivais de futebol. 1.2 Problema de Pesquisa: As empresas investem quantias significativas em patrocínio esportivo e utilizam-se de estratégias inovadoras a fim de atingir o público alvo de maneira eficiente. Com o intuito de analisar quais são essas estratégias e qual o feedback esperado pelas organizações, será traçado um perfil dessas práticas. De acordo com Mullin, Hardy e Sutton (2004) no início dos anos 80, o marketing tornou-se disciplina envolvendo pesquisa séria, grandes investimentos e planejamento estratégico. Uma empresa, por meio do esporte, tenta atingir seus consumidores-alvos através dos seus estilos de vida. Há exemplos de organizações concorrentes que se utilizam de estratégias diferenciadas de marketing esportivo e optam por patrocinar equipes esportivas rivais a fim de conquistar como consumidor os torcedores desses clubes em questão. Há ainda, aquelas empresas que preferem patrocinar os clubes oponentes simultaneamente a fim e evitar qualquer tipo de rejeição por parte dos torcedores mais entusiasmados, que poderiam deixar de adquirir os produtos e/ou serviços oferecidos pela organização por saber que ela apóia a equipe rival. Com base nestas informações, formulou-se a seguinte pergunta de pesquisa: Quais as razões para o uso da estratégia de marketing esportivo da mesma empresa junto a times de futebol rivais e de corporações concorrentes junto à equipes adversárias do referido esporte, e, qual a percepção dos torcedores em relação à essas estratégias? 1.3 Objetivo Geral: Analisar o uso da estratégia de marketing esportivo da mesma empresa junto a times rivais de futebol, e, de corporações concorrentes junto à equipes adversárias do referido esporte. 1.3.1 Objetivos Específicos · Identificar as organizações que se utilizam da estratégia de patrocínio junto à clubes rivais de futebol com maior expressão no cenário futebolístico nacional; · Listar as empresas do mesmo segmento e concorrentes, que empregam a estratégia de patrocínio junto a clubes rivais de futebol com maior expressão nacional; · Verificar junto às empresas as causas para o uso da estratégia de patrocínio simultâneo ou não à clubes adversários de futebol; · Apontar a percepção da utilização de tal estratégia junto aos torcedores dos referidos times. 1.4 Justificativa: Cada vez mais as organizações procuram fixar sua imagem e marca na mente do consumidor e o marketing esportivo destaca-se hoje pelo modo com que atinge esse objetivo. De acordo com o conferencista americano Darren Marshal (apud Melo Neto, 2000) “... o retorno de uma marca ou produto envolvido em patrocínio de eventos esportivos é quatro vezes maior do que de uma boa campanha publicitária”. Sendo assim, esse estudo se faz necessário para que as empresas privadas descubram os benefícios desse filão de mercado. Os clubes buscam cada vez mais receitas alternativas, pela insuficiente demanda recolhida nas bilheterias dos estádios. Ademais, os times de futebol tornaram-se reféns das cotas televisivas. As estatais já encontraram o caminho do sucesso em esportes antes inexplorados, como o vôlei. A parceria do Banco do Brasil com essa modalidade tem representado retorno de imagem e marca bastante elevados conforme apurado no site do banco. A organização passou a atrair clientes jovens por conta do patrocínio do voleibol de quadra e praia e também do tenista Gustavo Kuerten, em que houve um aumento bastante significativo na abertura de contas universitárias. (BUDOLLA; SOUZA, 2005; CARDIA, 2004) Para Carrogio (apud Cardia 2004) e Cardia (2004) o patrocínio esportivo é uma relação jurídica entre patrocinador e patrocinado, em virtude da qual o primeiro colabora de forma tangível na organização ou celebração de um evento e, em contrapartida obtém do segundo facilidades para difundir mensagens favoráveis a um público mais ou menos determinado. Patrocínio esportivo é o investimento que uma entidade pública ou privada faz em evento, atleta ou grupos de atletas com a finalidade de atingir públicos e mercados específicos, recebendo uma série de vantagens, melhor imagem e simpatia do público. É um acordo profissional entre patrocinador e patrocinado para que sejam alcançados os objetivos predefinidos por ambas as partes. (CARDIA, 2004; POZZI, 1998). A notória figura do atleta também influencia no comportamento do consumidor. Os desportistas servem como espelho nos padrões do costume, da moda e até da formação do caráter do indivíduo. As organizações tiram proveito da admiração e por que não dizer fanatismo dos torcedores por seus ídolos, e, adotam essas estratégias para o fortalecimento da marca. Acabam por fazer uso do endosso de atletas consagrados em seus produtos, seja através da publicidade ou licenciamento de produtos, extraindo o máximo do poder de imagem que essa personalidade pode oferecer à empresa patrocinadora. Existem diversos trabalhos acerca do marketing e patrocínio de equipes de futebol, entretanto não foi localizado nenhum estudo que tratasse especificamente de times rivais que fossem patrocinados por empresas concorrentes ou uma única organização que apoiasse ao mesmo tempo clubes rivais, exceto pela matéria veiculada no Portal da Revista Exame. Sendo assim, pretende-se incrementar as informações obtidas através da matéria mencionada, elaborando uma pesquisa que permita obter dados mais concretos, que contribuirá para melhor entendimento das razões que levam as organizações a optar por esse tipo de ferramenta. Almeja-se descobrir com essa pesquisa se em meio ao regionalismo é notada certa discrepância nas relações das torcidas oponentes sobre a aceitabilidade de determinada marca empresarial, observando-se para isso as intenções das empresas ao utilizarem-se de tais estratégias e a percepção dos torcedores em relação a elas. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Neste capítulo serão abordados temas relacionados ao marketing e em especial ao marketing esportivo e patrocínio esportivo. 2.1 Marketing Muitas pessoas confundem marketing como uma expressão qualquer, relacionando-o mesmo exclusivamente com propaganda ou com venda, mas o marketing vai muito além disso. É o processo social e gerencial através do qual indivíduos e grupos obtêm aquilo de que necessitam e que desejam, criando e trocando produtos e valores com outros. É a tarefa assumida pelos gerentes, de avaliar necessidades, medir sua extensão e intensidade e determinar se existem oportunidades para lucros. A venda ocorre somente depois que um produto é fabricado. O marketing continua por toda vida do produto, tentando encontrar novos clientes, melhorar o poder de atração e o desempenho do produto, tirar lições dos resultados das vendas do produto e gerenciar as vendas repetidas aos mesmos clientes. Para atingir os objetivos de uma determinada empresa ou organização, é necessário determinar com antecedência as necessidades e anseios de um determinado grupo e oferecerlhes o que eles esperam de forma mais eficiente do que os competidores. (CARDIA, 2004; KOTLER; ARMSTRONG, 1997; KOTLER, 2002; ROCHA; CHRISTENSEN, 1995) O marketing tem sido uma das áreas que mais se desenvolveu ao longo do século XX, gerando assim, uma elevação do seu grau de importância. Podese dizer que o marketing possui basicamente três eras históricas. Na década de 20, as organizações, mesmo as mais desenvolvidas para a época, operavam com a visão voltada para a produção, isto é, produziam e depois saiam em busca de compradores. A orientação para o produto segue a lógica do fabricante e não a do consumidor. O sucesso dessas organizações resumia-se em vitórias de produção, qualidade, nos aspectos técnicos do produto, na melhoria do processo e no controle de custos. Henry Ford, responsável por implementar a linha de produção em massa, costumava dizer que os clientes poderiam comprar o carro da cor que quisessem, contanto que fosse preto. (BOONE; KURTZ, 1998). De meados da década de 20 até o início dos anos 50 a sofisticação dos meios de produção cresceu. Como todos estavam praticamente alinhados na produtividade, o enfoque do marketing voltou-se para vendas. O que originou essa mudança foi o surgimento dos primeiros sinais de excesso de oferta e os produtos acumulavam-se em estoques, a partir daí as empresas passaram a investir em agressividade nas vendas. (ROCHA; CHRISTENSEN, 1995; KOTLER; ARMSTRONG, 2000; BOONE; KURTZ, 1998). Entre 1925 e o início dos anos 50 as técnicas de produção dos países altamente industrializados se sofisticaram e a produção cresceu. Os fabricantes enfatizam a força de vendas tentando encontrar compradores para seus produtos. O conceito de vendas é muito utilizado com produtos não procurados, aqueles que o consumidor não pensam em comprar. (BOONE; KURTZ, 1998; KOTLER; ARMSTRONG, 2000). Satisfação do Consumidor Esforço Total da Empresa Conceito de Marketing Satisfação do Consumidor Figura 1: Conceito de Marketing Fonte: McCarthy & Perreault (1997, p. 36) Quando se analisam as orientações entre a empresa e seus consumidores podem ser identificadas três orientações da evolução do conceito de marketing. As empresas praticam o conceito de vendas quando tem excesso de capacidade de produção. Seu objetivo é vender o que fabricam e não o que o mercado deseja. Tipicamente, uma empresa orientada para vendas gera clientes insatisfeitos a longo prazo. Mas a empresa não está preocupada com isso, acredita que novos clientes serão atraídos e a empresa continuará a vender seus produtos. Esse tipo de marketing apresenta grandes riscos, pois se concentra em desenvolver transações de vendas e não em construir relacionamentos lucrativos de longo prazo com os clientes. Parte do princípio de que os clientes que são convencidos a comprar o produto gostarão dele, e que, se ocasionalmente não gostarem, esquecerão seu desapontamento e comprarão o produto mais tarde. Esse raciocínio é ultrapassado, pois estudos comprovam que clientes insatisfeitos não compram de novo, e ainda contam para cerca de dez pessoas sobre suas experiências desastrosas com o produto. (KOTLER; ARMSTRONG, 2000; ROCHA; CHRISTENSEN, 1995). De acordo com Las Casas (1997), a partir da década de 50, as empresas perceberam que, vender a qualquer custo não era uma maneira muito correta, pois o mais importante passou a ser a conquista e a manutenção de clientes, através de um relacionamento honesto e duradouro. Foi então que as organizações, para conseguirem manter-se no mercado com competitividade, passaram a utilizar os conceitos de marketing como ferramentas estratégicas. Baseado no conhecimento adquirido com os erros nas eras de produção e vendas, as organizações começaram a considerar o valor da informação de mercado como prioritárias para fazer planos para produção. Surge então a era do marketing, que, segundo Dickson et al (2001); Rocha e Christensen (1995); Richers (2000); Kotler e Armstrong (2000) é definida como a orientação de toda a empresa para o consumidor, com o objetivo de obter sucesso de longo prazo, entendendo e atendendo o mercado, e, servir não só as necessidades da empresa, como também as do consumidor e da sociedade. Satisfazer os desejos do consumidor é papel fundamental do marketing. E o êxito das suas mais diversas estratégias está relacionado com a eficiência na aplicação prática de seu objetivo principal. Para auxiliar o marketing no cumprimento de sua função, a administração de marketing se faz necessária para colaborar a conhecer melhor e compreender o mercado de atuação. 2.2 Administração Mercadológica Para os autores Aaker (2001), Dickson et al (2001), e Ferrell et al (2000) a administração estratégica de mercado é um sistema concebido para auxiliar a administração tanto na antecipação quanto na tomada de decisões, assim como na criação de visões estratégias. Uma decisão estratégica envolve criação, mudança ou manutenção de uma estratégia. A estratégia de marketing leva em consideração mudanças nos ambientes interno (micro) e externo (macro) da empresa. Identificando as mudanças e tendências em andamento no ambiente, um profissional pode tentar prever futuras mudanças e como elas podem afetar a efetividade dos programas de marketing da empresa. No processo, podem ser identificadas novas oportunidades para ela. Em contrapartida, ameaças potenciais podem ser identificadas, evitadas e transformadas em oportunidades. Em geral o ambiente do marketing de uma empresa é formado por seis componentes. Primeiro, o ambiente de marketing interno da firma, consiste nos próprios objetivos e recursos dela. O ambiente externo consiste dos ambientes competitivo, político-legal, sociocultural, econômico e tecnológico. (FERRELL et al, 2000; DICKSON et al, 2001). Aaker (2001) subdivide a análise externa em: análise de clientes, análise da concorrência, análise de mercado e análise de ambiente; e a análise interna em: análise de desempenho e determinantes das opções estratégicas. A maioria das organizações enfrenta ambientes externos cada vez mais turbulentos, complexos e globalizados. Segundo Hitt et al (2002), Aaker (2001), Ferrell et al (2000), a análise externa envolve um exame dos elementos relevantes exteriores a uma organização: clientes e suas motivações e necessidades não atendidas; concorrência atual e potencial; mercado e ambiente. A análise interna proporciona uma compreensão detalhada dos aspectos estrategicamente importantes para a organização, pois trata dos objetivos, metas e recursos da empresa. Sem objetivos ela não tem direção. Se eles não estão definidos a empresa desperdiçará tempo, dinheiro e esforços perseguindo o que pode ser uma estratégia não-lucrativa ou irrealista. Os recursos da empresa incluem finanças e capacidades tecnológicas e de produção e assim por diante. (DICKSON et al, 2001; AAKER, 2001). 2.3 Composto Mercadológico – Mix de Marketing Na sua função básica de atender as necessidades do cliente, o marketing foi explorado e estudado mais profundamente a fim de encontrar formas mais fáceis de classificar as atividades empresariais que possam ser controladas e que auxiliem e influenciem o consumidor. No início da década de 60, o professor Jerome McCarthy (apud Kotler, 2002) propôs um mix de marketing que consistia em quatro Ps: produto, preço, praça e promoção. Cada P, por sua vez, abrange várias atividades, conforme quadro 2. Todos os quatro Ps são necessários em um composto de marketing. Eles devem estar vinculados entre si, e não há um mais importante do que o outro, pois todos contribuem para o conjunto. Quando um composto de marketing está sendo desenvolvido, todas as decisões finais sobre os Ps devem ser tomadas ao mesmo tempo. (MCCARTHY; PERREAULT, 1997). Quadro 1: Áreas de decisão estratégica organizadas para os quatro Ps: Produto Preço Praça Ponto-de-venda Bem físico Serviço Características Nível de qualidade Objetivos Flexibilidade Nível do ciclo de vida do produto Objetivos Tipo de canal Exposição de mercado Tipos de intermediários Acessórios Instalação Instruções Garantia Termos geográficos Descontos Condições especiais Tipos e localizações de lojas Como lidar com transporte e armazenagem Níveis de serviços Linhas de produtos Embalagem Marca Recrutamento de intermediários Administração de canais Promoção Objetivos Composto de Promoção Vendedores Tipos Número Seleção Treinamento Motivação Propaganda Alvos Tipos de anúncios Tipo de mídia Definição de texto Promoção de vendas Publicidade Fonte: McCarthy & Perreault (1997, p. 45) 2.3.1 Produto – bem ou serviço destinado às necessidades do mercadoalvo Griffin et al (2001) define de maneira bastante sucinta que produto é o conjunto de atributos, funções e benefícios que os clientes compram. Podem consistir de atributos tangíveis ou intangíveis, como aqueles associados com serviços, ou uma combinação de tangíveis e intangíveis. A base de qualquer ramo de negócio é um produto ou serviço. Eles são a essência da organização. Pode-se afirmar que produtos ou bens e serviços têm praticamente o mesmo significado, pois o cliente consome os serviços da mesma forma como consome os produtos. A grande maioria das empresas definem-se pelo produto ou serviço que oferecem. Uma empresa tem por objetivo oferecer algo de maneira diferente ou melhor, para que o mercado-alvo venha a preferi-lo e até mesmo pague um preço mais alto por ele. (KOTLER, 2002; KOTLER, 2003; GRIFFIN et al, 2001). O produto é algo que compõe o núcleo de estratégia de marketing, é mais que um bem tangível. Geralmente apresenta uma amálgama de bens físicos, serviços, ou um composto de ambos, idéias e até pessoas. A melhor forma de visualizar um produto é como um conjunto de características e vantagens que têm a capacidade de satisfazer às necessidades e aos desejos dos consumidores, entregando, assim, benefícios valiosos. As áreas de decisão do produto cuidam do desenvolvimento do produto certo para o mercado-alvo. Em geral, é oferecido aos clientes um pacote de atributos que podem incluir o próprio produto, sua embalagem e o nome da marca, o serviço que apóia o desempenho do produto, a prontidão, as relações efetivas e corteses com a clientela, uma garantia adequada e assim por diante. (KOTLER, 2003; GRIFFIN et al, 2001; FERREL et al, 2000; MCCARTHY; PERREAULT, 1997). 2.3.2 Preço – fixá-lo corretamente Uma gama muito importante de fatores que influenciam o cliente está na área de preço, ele pode ser o elemento mais crítico, mais visível e mais manipulado do composto de marketing. O que o difere dos demais elementos do composto mercadológico é que ele é o único que gera receita, e os demais geram custos. (MORSE, 1988; FERREL et al, 2000; KOTLER, 2002). De um modo geral, as pessoas são sensíveis aos preços dos produtos ou dos serviços, e na prática, devido a várias circunstâncias, cada consumidor acaba formando o seu próprio conceito de valor. Ao fixar o preço, deve ser considerado o tipo de concorrência no mercado-alvo e o custo total do composto mercadológico, tentando elevar o preço até onde o nível de diferenciação permite. Devem também tentar estimar a reação do consumidor a possíveis preços. Além disso, é importante que conheçam práticas atuais como markup, descontos e outras condições de vendas. (KOTLER, 2002; MCCARTHY; PERREAULT, 1997) 2.3.3 Praça – atingindo o alvo A decisão sobre o ponto-de-venda envolve as tarefas de levar o produto certo ao local onde está o consumidor. Um produto não é bom o bastante para o cliente se não estiver disponível quando e onde for desejado. (MCCARTHY; PERREAULT, 1997). Por praça subentendem-se todos os aspectos de distribuição, incluindo não só os canais de venda do produto, mas também a disponibilidade do produto através destes canais, máquinas de vendas, agentes, distribuidores, reembolso postal, quaisquer que sejam, e, no caso de um produto físico ou serviço, a confiabilidade da remessa. A distribuição é a atividade de marketing que representa o maior custo para muitos produtos. Entretanto a boa distribuição é essencial porque pode fazer grande diferença em como os consumidores são bem atendidos. (MORSE, 1988; FERREL et al, 2000). 2.3.4 Promoção – comunicando e vendendo ao consumidor A promoção é responsável por comunicar ao público-alvo o produto certo. Inclui força de vendas, promoção de vendas, propaganda e/ou publicidade, relações públicas, marketing direto, comunicação no ponto de venda e marketing de patrocínio. (MCCARTHY; PERREAUL, 1997; KOTLER, 2002; FERREL et al, 2000; SHIMP et al, 2001). 2.3.4.1 Propaganda É a ferramenta mais poderosa para promover a conscientização das pessoas sobre uma empresa, produto, serviço ou uma idéia, deve estar ligada aos anseios dos clientes-alvos. Seu objetivo não é só descrever fatos sobre o produto, e sim vender sonhos ou soluções e contribuir para influenciar o cliente na escolha do produto ou marca em questão. (KOTLER, 2002; KOTLER, 2003; SHIMP et al, 2001) 2.3.4.2 Marketing de Patrocínio O marketing de patrocínio representa uma oportunidade para uma organização e suas marcas focarem sua comunicação para públicos restritos, específicos e altamente desejáveis. O patrocínio não é substituto de nenhum dos conceitos anteriores do mix promocional, mas pode ser usado como forma de propaganda, a promoção de vendas, e, certamente como elemento de relações públicas. (SHIMP et al, 2001; CARDIA, 2004) Shanoum (apud CARDIA, 2004) adverte que o “patrocínio é uma ferramenta de comunicação que permite ligar uma marca ou uma empresa a um acontecimento que atrai um público determinado”. Já Danbron (apud CARDIA, 2004) afirma que patrocínio “é uma técnica de comunicação que permite à empresa à associação a determinadas atividades que provocam um impacto publicitário sobre sua notoriedade e imagem e um efeito proporcional sobre suas vendas.”. Para Contursi (2003), patrocínio é a aquisição dos direitos de afiliar, ou associar produtos, eventos e/ou marcas, com o intuito de diversificar, e/ou ampliar os benefícios obtidos com esta associação. Em geral, não se espera que a utilização do marketing de patrocínio substitua as formas mais tradicionais de comunicação, e sim que as complemente. (SHIMP et al, 2001). Costa (2004) diz que o patrocínio difere de outras formas de comunicação em vários sentidos, incluindo controle, encaminhamento da mensagem e implementação: · em termos de controle, difere da propaganda pois o patrocinador tem pouco controle sobre a cobertura dada ao evento patrocinado; · o encaminhamento da mensagem é mais passivo nas ações de patrocínio que na comunicação tradicional; · as distinções quanto à implementação referem-se aos gastos com a realização do patrocínio. A imissão feita normalmente inclui somente o direito de o patrocinador associar seu nome ao evento. Shimp et al (2001) mostra que um dos aspectos da comunicação de marketing com maior crescimento tem sido o patrocínio, e, pelo menos quatro fatores respondem por esse crescimento, conforme especificado a seguir: · Ligando seus nomes a eventos e causas especiais, as empresas podem evitar o ruído intrínseco à publicidade nos meios de comunicação de massa; · os patrocínios ajudam as empresas a reagir às variações de hábitos de mídia dos consumidores; · contribuem com as empresas a serem aprovadas por vários públicos; · o patrocínio de eventos a causas especiais permite, aos profissionais, pelo marketing, direcionar seus esforços de comunicação de promoção a regiões específicas e/ou grupos de estilos de vida específicos. De acordo com Contursi (2003) o patrocínio pode incluir os seguintes pontos, não devendo, no entanto, limitar-se apenas a eles: · Os direitos de utilização de logotipos, nomes, marcas e/ou representações gráficas, significando uma conexão do produto com o evento. Estas regalias podem ser utilizadas em publicidade, promoções, propagandas ou outras atividades de divulgação que sejam empregadas pelo proprietário; · o direito de exclusividade na associação de um produto ou categoria de serviços; · o direito de intitular um evento ou instalação esportiva; · a vantagem de utilizar várias designações na conexão com um produto ou evento, tal como “patrocinador oficial”, “fornecedor oficial”, “produto oficial”, “apoio”, etc. · o direito sobre a utilização de um serviço ou produto, ou o direito do proprietário do produto em deliberar sobre o evento ou produto; · o direito de conduzir determinadas ações promocionais, de acordo com o contrato de licenciamento, tais como sorteios ou vendas dirigidas. As empresas estão dispostas a empregar altas quantias em dinheiro para colocar seus nomes em instalações públicas como estádios, universidades e edifícios, a fim de mantê-lo bem visível. Patrocinam também causas importantes como, por exemplo, rejeição às drogas, melhor alimentação, etc. acreditando que se relacionarem à empresa e/ou marca à causas que muitas pessoas acreditam, melhora a reputação da empresa, reforça a consciência da marca, aumenta a fidelidade dos clientes, promove as vendas e amplia favoravelmente a cobertura pela imprensa. (KOTLER, 2002; KOTLER, 2003; SHIMP et al, 2001, MULLIN et al, 2004). Não basta o conhecimento e a boa utilização do composto mercadológico para atingir o cliente. É necessário também, definir o públicoalvo através da segmentação de mercado, para que todo o esforço promocional e de comunicação de marketing não sejam em vão e não haja perda de tempo ou dinheiro. 2.4 Segmentação de Mercado – um processo de agregação Para Morse (1988), a segmentação ganhou corpo no campo do marketing por conta da conscientização de que se direcionar os produtos para os mercados de massa, é perdido grande parte do esforço feito para tentar promovê-los. Richers e Lima (1991, p.16) acreditam que segmentação é “a concentração consciente e planejada de uma empresa em parcelas específicas de seu mercado.”. A maioria das empresas usa alguma forma de segmentação de mercado ao dividir o mercado total em grupos de consumidores com necessidades relativamente comuns ou homogêneas, tentando desenvolver um composto de marketing que atraia um ou mais desses grupos. Quando há diferenças entre as necessidades ou os desejos dos clientes ou entre suas atitudes e predisposições com relação às ofertas disponíveis no mercado há a necessidade de segmentá-lo. É um processo de agregação – conglomerado de pessoas com necessidades semelhantes em um segmento de mercado, que é um grupo de consumidores relativamente homogêneos que reagirão a um composto mercadológico de maneira similar. Essa abordagem pode ser exigida quando as necessidades dos consumidores são similares em um grupo isolado, mas diferem entre os demais grupos, fornecendo àqueles segmentos um produto desenvolvido sob uma perspectiva competitiva, de maneira mais adequada do que seus concorrentes. Algumas empresas adotam a abordagem de concentração de mercado ainda mais e focam seus esforços de marketing em um segmento pequeno e bem definido que possui um conjunto de necessidades específicas e exclusivas, essa abordagem é conhecida como marketing de nicho. (GRACIOSO, 2005; HOLLEY et al, 2005; AAKER, 2001; RICHERS; LIMA, 1991; MCCARTHY, PERREAULT, 1997; SIMPSON et al, 2001 ; FERREL et al, 2000). A segmentação geográfica costuma ser o primeiro passo que as empresas adotam para iniciar um projeto de segmentação. Ele é relativamente fácil de ser executado porque se baseia na coleta e interpretação de dados secundários disponíveis e facilmente acessíveis numa sociedade. As regiões geográficas são utilizadas para segmentar mercados para esforços de marketing especializados. Os tipos e marcas de produtos adquiridos variam pelas regiões do mundo, países, estados, cidades ou mesmo vizinhanças. (RICHERS; LIMA, 1991; SIMPSON et al, 2001; HITT et al, 2002). Em seguida vem a segmentação demográfica. Idade, renda, ocupação, sexo, nível de instrução e nacionalidade são características demográficas comumente usadas para segmentar os mercados e propor direcionamento. A principal desvantagem das características demográficas é que não se pode garantir que elas resultarão em segmentos internamente homogêneos, mas externamente heterogêneos, de uma forma relevante para o profissional de marketing. (HOOLEY et al, 2005; SIMPSON et al, 2001; RICHERS; LIMA, 1991). Após selecionar um mercado-alvo e desenvolver um composto dos elementos de marketing para satisfazer as necessidades dos clientes, é hora de diferenciar o produto das ofertas dos concorrentes e posicioná-lo de modo que possua as características desejadas pela maioria dos consumidores. 2.5 Posicionamento O posicionamento de uma empresa parte de sua missão estratégica, e, significa definir seu lugar, imagem e atitude perante o mercado; trata-se de criar as bases para definir sua estratégia competitiva a longo prazo. Uma parte importante do posicionamento do mercado consiste em examinar a área de cobertura deste mercado e sua penetração. Referindo-se à posição da empresa frente ao mercado, há necessidade de se tomar decisões para estabelecer se a empresa irá aumentar sua área de cobertura ou intensificar sua penetração no mercado. Posicionamento não é o eu você faz com o produto, e sim o que você faz na mente do cliente em perspectiva, ou seja, você posiciona o produto na mente do comprador em potencial. O modo fácil de penetrar na mente de uma pessoa consiste em ser o primeiro. (GRACIOSO, 2005; MORSE, 1988; HOOLEY et al, 2005; RIES; TROUT, 2002 ). De maneira bastante simplificada Dickson et al (2001, p. 31) informa que “posicionamento refere-se a como o produto é percebido pelos clientes no mercado em relação aos concorrentes.”. Ries e Trout (2002) esclarecem que o nome é o gancho que fixa a marca na escada do produto existente na mente do cliente potencial e que para ter sucesso é necessário manter os dois pés no chão e viver na realidade. E a única realidade que conta é aquela que já está na mente do prospect 2.6 Marketing Esportivo O termo Marketing Esportivo surgiu em meados de 1978, pela Advertising Age (membro-associada da Associação Americana de Marketing) para descrever a utilização de técnicas de marketing dentro do esporte. Desde então os estudos no campo do Marketing Esportivo cresceram em grande quantidade, a ponto de se tornar uma área específica de pesquisa, acompanhando o mercado e o volume de movimentação financeira gerada pelo esporte em todo o mundo.(PITTS e STOTLAR, 2002). É possível citar trabalhos elaborados por Cardia, Budolla, Melo Neto e Teitelbaum no Brasil, e no exterior, cita-se como principais trabalhos os escritos por Roy,Cornwell, Pitts e Stotlar. Os maiores responsáveis pela popularização do marketing esportivo em todo o mundo foram as indústrias de cigarros e bebidas alcoólicas, como alternativa à proibição pelo Congresso Americano da veiculação de propagandas em determinados horários. Não por acaso empresas como Marlboro e Camel (cigarros), Campari e Fosters (bebidas) apresentaram um longo e bem-sucedido histórico de associação com o esporte, especialmente o automobilismo. (SHANNON, 1999; POZZI, 1998; AFIF, 2000). Sílvio Lancelloti (apud Pozzi, 1998), informa que a história dos patrocínios no futebol teve início na Itália, em 1952, quando uma empresa de bebidas colocou anúncios em todos os estádios do país e garantiu uma cota bastante elevada na época, a cada clube da Série A. A definição do marketing esportivo não pode ser muito diferente do marketing propriamente dito – ela apenas deve estar relacionada à disciplina do esporte. Assim como no marketing, no esporte ele deve estar vinculado a algumas premissas básicas da disciplina: produto, demanda, desejo, necessidade, valor, satisfação, qualidade e mercado. Esses conceitos fundamentais do marketing, sobre o qual é alicerçada a matéria, também se aplicam ao marketing esportivo. (CARDIA, 2004). Segundo Meenaghan e O´Sullivan (1999), o marketing esportivo representa a mais nova, a mais dinâmica e potencialmente mais importante área de expansão. O marketing esportivo é uma das estratégias, dentro de um planejamento, que utilizam o esporte para atingir suas metas. É o processo de elaborar e implementar atividades de produção, formação de preço, promoção e distribuição de um produto esportivo para satisfazer as necessidades ou desejos de consumidores através do processo de troca, e, realizar os objetivos da empresa. (AFIF, 2000; PITTS; STOTLAR, 2002; MULLIN; HARDY; SUTTON, 2004). Rebello [on-line] apud Zunino, 2006 afirma que devido ao contexto brasileiro, as estratégias de investimento em Marketing Esportivo aumentaram na mesma proporção que os resultados positivos eram alcançados, principalmente em termos de mídia, a ponto de empresas dos mais variados segmentos terem associado seus nomes e suas marcas ao esporte profissional. Diversos valores atribuídos ao esporte, como saúde, competição e participação social, além de fatores e características pessoais dos atletas, estão sendo relacionados à imagem da empresa patrocinadora. Os resultados geralmente são gratificantes: uma imagem forte e consistente na sociedade consumidora, além de um retorno sobre as vendas dos produtos da empresa. Shannon (1999) informa que o crescente interesse no desporto profissional tem dado enfoque no esporte como um grande negócio rentável. As enormes quantias empregadas nos mais diversos setores de marketing esportivo não deixam dúvidas de que o esporte é uma grande empresa de negócios milionários. Zunino (2006) informa ainda que, no futebol, freqüentemente considerado como o esporte brasileiro de maior atração, a estratégia de associação de marcas ao esporte vem crescendo e aumentando as relações entre empresas e consumidores esportivos. Segundo o autor Melo Neto (1997) é vasto o campo de atuação e abrangência do marketing esportivo – desde projetos de eventos até projetos de venda de patrocínio, franchising, licenciamento e de marketing para clubes, federações, ligas e confederações esportivas. Afif (2000) discorre sobre algumas ações que as empresas podem efetuar com o marketing esportivo: · Alternativa à Mídia Convencional: para companhias que almejam atingir um público específico, o marketing esportivo é um meio eficiente de comunicação, pois alcança excelentes resultados, trabalhando com verbas menores se comparada com o custo de uma campanha televisiva. Outra conveniência é que a marca participa do ambiente do jogo, por meio da publicidade estática ou mais ativamente, se estiver patrocinando alguma equipe ou atleta. · Reforço ou construção da imagem institucional: A imagem institucional de uma empresa é largamente favorecida quando se associa ao esporte por tudo aquilo que representa como força, aventura, emoção, etc. As alegrias que o esporte oferece ao torcedor (consumidor) acabam se transferindo à imagem da empresa. · Incremento nas Vendas: Não basta apenas desenvolver um bom produto, determinar corretamente seu preço e torná-lo facilmente acessível ao cliente. Toda empresa é forçada pela própria natureza dos clientes e da concorrência a adotar em seu plano de marketing formas criativas de comunicação, e o marketing esportivo é uma dessas formas. · Segmentação do Público-alvo: As empresas poderão empregar o marketing esportivo na segmentação de seu público-alvo, componha-se ele de homens ou mulheres, jovens ou adultos, pessoas de baixo ou alto poder de compra. Assim, se quiserem buscar atingir um público em especial, basta escolher a melhor modalidade, aquela que tenha maior ligação com o público pretendido. · Rejuvenescimento da Imagem: Cada vez mais empresas se utilizam do esporte para a comunicação, pois além de ser ferramenta de marketing, constrói e rejuvenesce um produto ou marca de uma companhia. Um dos cases clássico é o do Banco do Brasil que passava por problemas financeiros e funcionários desmotivados. Assim que passou a patrocinar o Voleibol, obteve novas parcerias com seus clientes e a conquista de novos clientes. Teitelbaum e Luce (1997) tratam o agente de comunicação como importante instrumento na promoção das trocas realizadas entre os atores do esporte (atletas), os investidores e o público-consumidor (torcedores), e trazem a figura 2 para representar a atuação desse agente de comunicação, que, segundo os autores, podem atuar basicamente de duas formas distintas: · como intermediário entre os investidores e os atores do esporte – gerando atração, casando interesses e adaptando necessidades e desejos de ambas as partes; · pode intervir nas relações entre os atores do esporte e o públicoconsumidor do esporte, atuando como divulgador, promotor de eventos ou como mediador, conjugando as ações e mensagens oriundas de entidades e atletas aos desejos emanados por seus mercados. Patrocinado/ Investidor Comunicação O Esporte e seus Atores Comunicação Consumidor do Esporte Figura 2: O Papel do Agente de Comunicação nas Relações do Marketing Esportivo Fonte: Teitelbaum e Luce (1997, p. 2). Feita a análise dessa representação, pode-se dizer que programas e ações de marketing ocorrem nos dois sentidos do processo, partindo sempre do elemento central: o esporte e seus atores. Desta forma, por um dos lados, o foco está em oferecer o produto esportivo e obter, em troca, o respaldo dos consumidores; no outro, o esforço é voltado para a colocação do esporte no composto promocional de um investidor que, em troca de seus recursos, passa a contar com o esporte e seus atores como veículos na condução de suas mensagens em busca da preferência do referidos consumidores, agora compartilhados. (TEITELBAUM; LUCE, 1997). Almeida et al (2000) destaca que, diferentemente do que ocorre na Europa, onde os recursos do marketing esportivo do futebol são provenientes principalmente da bilheteria, no Brasil, os recursos disponibilizados através da modalidade em questão são, em sua maioria, oriundos da televisão. Barros et al (2007) diz que a principal força por trás do marketing esportivo é o patrocínio e que o patrocínio esportivo é uma oportunidade de alcançar uma audiência maciça e das empresas patrocinadoras anteciparem a exposição de sua marca a uma platéia que vai incrementar suas vendas. Sendo assim, é necessário conhecer um pouco mais sobre o patrocínio esportivo, essa ferramenta de comunicação e de marketing para poder entender qual sua real importância tanto para a empresa patrocinadora quanto para a empresa e/ou atleta patrocinado. No Brasil, o patrocínio de equipes é fato recente, já que essa prática teve início nos anos 80, quando os clubes começaram a divulgar o nome de empresas em suas camisas. Até aquele momento o patrocínio ainda encontrava muita resistência por parte das agremiações e dos torcedores. O vôlei teve papel importante nesse aspecto, pois foi o esporte que saiu na frente na área. (AFIF, 2000). Cardia (2004) define patrocínio esportivo como sendo o investimento que uma entidade pública ou privada faz em um evento, atleta ou grupo de atletas com a finalidade precípua de atingir públicos e mercados específicos, recebendo, em contrapartida, uma série de vantagens encabeçadas por incremento de vendas, promoção, melhor imagem e simpatia do público. D. Sandler e D. Shani apud Pozzi (1998) atestam que patrocínio esportivo pode ser definido como a “provisão de recursos (financeiro, humano e físico) por uma organização diretamente a um evento ou atividade esportiva em troca de uma associação direta com o mesmo. A organização provedora poderá então usar essa associação direta para atingir seus objetivos corporativos, como de marketing e de comunicação.”. As organizações continuam a intensificar, mundialmente, o patrocínio esportivo. Uma variedade de atividades desportivas como segmento da indústria do esporte, tem beneficiado financeiramente empresas e clubes a partir da vontade de estabelecer uma parceria com empresas particulares, agências governamentais ou eventos desportivos. (BENNETT, HENSON, ZHANG, 2002). O patrocínio esportivo tornou-se uma ferramenta de comunicação, sendo útil na construção de reconhecimento da marca, imagem da marca e imagem corporativa. (JAVALGI et al., 1994; MCDONALD, 1991; QUESTER, 1997; TURCO, 1995; WITCHER et al., 1991 apud CORNWELL; ROY, STEINARD II, 2001). Conforme Stotlar (2004 apud AMIS, PANT e SLACK, 1997) o patrocínio esportivo revela-se eficaz ao formular vantagens competitivas de mercados colaborando também para a realização dos objetivos corporativos. De acordo com Budolla e Souza (2005) o patrocinador pode conquistar interesse e respeito do consumidor e, até mesmo, chegar a obter gratidão por parte do mesmo. Isto se dá pelo fato de ele viabilizar a realização de um evento esportivo, o incentivo a um atleta, a contribuição para com uma causa social ou cultural que, sem o seu apoio, poderia não ser realizada. Stotlar (2004) afirma também que a medida mais adequada da eficácia do patrocínio esportivo não é aquela da qual emana os patrocínios gerados, mas sim de saber se os objetivos específicos do marketing da organização foram cumpridos. Uma faceta importante do marketing de patrocínio esportivo é, segundo Lough e Irwin (2001), o tamanho do mercado potencial, ou seja, a probabilidade de que existe um significativo consumo básico que irá associar o patrocinador da mensagem com o acontecimento desportivo, e, inversamente irá associar o esporte com a propriedade da imagem do patrocinador. Crompton (apud BUDOLLA; SOUZA, 2005) aponta alguns fatores que incentivaram o crescimento do patrocínio esportivo por parte das empresas: · aumento do custo da propaganda em televisão; · perda da eficiência dos anúncios nas mídias tradicionais; · crescimento do número de veículos de comunicação; · desenvolvimento da comercialização do esporte; · aumento da competitividade. Tais fatores resultaram da necessidade do desenvolvimento de canais diferenciados de comunicação. Segundo Afif (2000), no Brasil, o futebol é a modalidade que possui os maiores investimentos em patrocínio esportivo, já que ele é considerado a paixão nacional. Bennett (apud BARROS et al, 2007) identificou em seus estudos que expectadores de futebol percebem com maior sensibilidade a marca patrocinadora e que mais de vinte por cento dos torcedores estão dispostos a adquirir produtos da empresa patrocinadora. No futebol, o patrocínio esportivo apresenta-se principalmente através da publicidade e propaganda nos fardamentos dos clubes, nas dependências esportivas (estádios, centros de treinamento, ônibus da equipe), e no endosso e fornecimento de equipamentos esportivos a jogadores individuais de renome. (ZUNINO, 2006). Os clubes de futebol são excelentes veículos de comunicação , (BUDOLLA; SOUZA, 2005) são mais baratos que a mídia televisiva, enquanto geram mais tempo de imagem do que se iguais valores fossem pagos diretamente para as emissoras na forma de comerciais. Cardia (2004) cita alguns conceitos e formas usuais de patrocínio esportivo. São eles: · Patrocinador Exclusivo: é a categoria mais desejada por qualquer marca, mas é também a menos usual em razão dos custos. Um patrocinador exclusivo tem uma gama quase infindável de oportunidades de ligar sua marca seus negócios ao esporte. O patrocinador exclusivo tem o direito de usar a logomarca, o nome e os símbolos que evidenciam a relação do patrocinador com o evento. Esses direitos são extensivos a publicidade, promoção e quaisquer outras que o patrocinador resolva utilizar para marcar sua estreita ligação com o evento; · Patrocinador Oficial: esse módulo pressupõe a existência de outros patrocinadores no mesmo nível de importância. Os patrocinadores oficiais têm basicamente um pacote de direitos similar ao patrocinador exclusivo, mas não detêm o evento para si unicamente; · Official Supplier: essa categoria de patrocínio pode ser traduzida por fornecedor oficial. Dependendo do pacote de patrocínio montado para a operação esportiva em questão, tal modalidade pode ser muito representativa ou ser uma modalidade acessória. O mais comum é dar a essa modalidade uma posição acessória dentro do mix de patrocinadores no qual o fornecedor vai entregar ao evento, clube ou atleta um determinado produto ou serviço em troca de visibilidade; · Parceiro sem fins lucrativos: essa fórmula difere das demais por não visar o lucro, não buscar ganho de imagem ou gerar vendas; · Apoiador: Dentre as fórmulas de patrocínio, o apoiador é o de menor representatividade, mas, mesmo assim, faz parte dos modelos conceituais de patrocínio esportivo. O apoiador deseja contribuir na forma de apoio, mas quer o retorno como se patrocinador fosse. Cada companhia deve definir qual o melhor tipo de patrocínio para cada situação a fim de obter o retorno esperado, seja o incremento de vendas, segmentação de público-alvo, construção, retorno ou rejuvenescimento de imagem. 3. METODOLOGIA Pretende-se aqui levantar as principais teorias e conceitos que permeiam a tipologia de pesquisa, observando o emprego de técnicas específicas para a idealização da pesquisa de forma correta e assertiva, explanando o sujeito de pesquisa, contextualizando o ambiente no qual está inserido e identificando-o, bem como demonstrar a estratégia e os meios que serão utilizados, assim como será o tratamento dos dados. 3.1 Tipologia de Pesquisa Este trabalho objetiva realizar uma pesquisa qualitativa e quantitativa, de caráter exploratório descritivo. Exploratório pois o investigador não dispõe de informação prévia sobre a estrutura das relações envolvendo os fenômenos a serem analisados, pois existe pouco ou nenhum estudo sobre o tema, possibilitando assim que o pesquisador familiarize-se com o problema, aperfeiçoando idéias ou reafirmando intuições, enquanto a descrição ocorre na intenção de esmiuçar as características e estabelecer uma relação entre as variáveis. (GIL, 1996; MALHOTRA, 2006; BALASSIANO, 2006; COLLIS; HUSSEY, 2005; AAKER et al, 2001; HAIR et al, 2005). O formato qualitativo permite um conhecimento mais aprofundado das motivações e opiniões dos entrevistados ao pesquisador, porém, sua particularidade essencial ocorre sobre uma amostra reduzida. A pesquisa qualitativa envolve o estudo do uso e a coleta de uma variedade de materiais empíricos – estudo de caso; experiência profissional; entrevista, etc. Os pesquisadores dessa área utilizam ampla variedade de práticas interpretativas interligadas. Já o formato quantitativo é objetivo por natureza, e, oferece uma melhor análise das informações obtidas através da coleta de dados numéricos e delineadas por estatísticas matemáticas, permitindo um maior número de indivíduos pesquisados. A maioria dos investigadores acredita que é mais fácil conduzir e redigir a análise de uma pesquisa quantitativa por ela ser altamente estruturada. (MCDANIEL; GATES, 2004; GOLDENBERG, 2000; MINAYO, 2000; DENZIN et al, 2006; COLLIS; HUSSEY, 2005). 3.2 Sujeito do Estudo A matéria veiculada no dia 24 de julho de 2007, no Portal da Revista Exame traz equipes do futebol brasileiro, localizas no mesmo estado, com patrocinadores de um mesmo segmento de mercado, que são concorrentes entre si. Por outro lado a edição revela times rivais que possuem a mesma empresa como patrocinadora. Foi possível a partir disso, determinar algumas equipes de futebol do país que serviram como sujeito do estudo. As outras equipes do referido esporte foram encontradas através de pesquisa feita nos sites dos clubes, a partir do site do Clube dos 13 – União dos Grandes Clubes do Futebol Brasileiro, associação que abriga os maiores clubes do Brasil. Os clubes foram selecionados além do fator determinante dos patrocinadores e suas estratégias, mas também por outros critérios julgados importantes, como por exemplo, os times estarem inseridos na série A do Campeonato Brasileiro, salvo raras exceções onde um dos clubes estava inserido na série A e o maior rival estar na série B e ambos apresentarem patrocinadores que se enquadravam no objeto de estudo dessa monografia; times com grandes torcidas organizadas, ou pelo fato do clube estar sempre presente na mídia, seja por seu desempenho vitorioso nos campeonatos ou não. Dos clubes de futebol brasileiros e rivais, que têm como patrocinadoras organizações do mesmo segmento, e que são concorrentes foram localizadas as seguintes equipes e empresas conforme apresentadas no quadro 3 a seguir: Quadro 3: Clubes Rivais patrocinados por Organizações Concorrentes: Equipes Rivais Estado (UF) Empresas Patrocinadoras 1 Cruzeiro MG Construtora Tenda 2 Atlético Mineiro MG MRV Engenharia 3 São Paulo Futebol Clube SP LG 4 Corinthians SP Samsung 5 Santos SP Semp Toshiba Fonte: Adaptado do Portal da Revista Exame de 24/07/07 Como foi possível observar através das linhas de número 1 (um) e 2 (dois), Cruzeiro e Atlético Mineiro são equipes arqui-rivais do estado de Minas Gerais que possuem como patrocinadoras empresas concorrentes, Construtora Tenda e MRV Engenharia, respectivamente, ambas do setor da construção civil. A MRV Engenharia patrocinou o Clube Atlético Mineiro até o final do ano passado, ou seja, no início desse estudo ainda era a empresa que patrocinava o referido. time Foi percebido também, através das linhas de número 3 (três), 4 (quatro) e 5 (cinco), que os clubes São Paulo, Corinthians e Santos, também oponentes, ambos do estado de São Paulo, apresentam como patrocinadores as empresas LG, Samsung e Semp Toshiba, respectivamente, ambas do setor de eletro-eletrônicos e concorrentes entre si. A Samsung patrocinou o Corinthians até o final do ano passado, enquanto esse estudo já estava em andamento. Dos clubes de futebol rivais, que apresentam como patrocinadora a mesma companhia, foram encontradas as seguintes equipes e empresas, conforme quadro 4 a seguir: Quadro 3: Clubes rivais patrocinadas pela mesma Organização Equipes Rivais 1 2 Bahia Grêmio Vitória Internacional Juventude Estado (UF) BA Empresas Patrocinadoras Fiat Canal Jeans RS Banrisul Minasgás 3 Sport Náutico PE 4 Figueirense Avaí SC 5 Atlético PR Coritiba PR Unimed Ambev Fiat Fonte: Adaptado do Portal da Revista Exame de 24/07/07 e dos site dos clubes acima descritos. Foi possível perceber através da linha de número 1 (um), que as equipes Bahia e Vitória, rivais do estado da Bahia, apresentam dois patrocinadores iguais, a Fiat, montadora de veículos e Canal Jeans, empresa do segmento têxtil da região. Através da linha de número 2 (dois), é possível destacar três grandes rivais do estado do Rio Grande do Sul, Grêmio, Internacional e Juventude, que são patrocinados pelo Banco do Estado do Rio Grande do Sul, o Banrisul. Representados pela linha de número 3 (três) observou-se que no estado de Pernambuco, duas equipes oponentes, o Sport e o Náutico são patrocinados simultaneamente pelo Minasgás, empresa do ramo de gás. Por meio da linha de número 4 (quatro) notou-se que os dois maiores rivais do estado de Santa Catarina, Figueirense e Avaí são patrocinados concomitantemente pela Unimed, empresa de plano de saúde particular e pela Ambev, empresa do setor de bebidas. Percebeu-se através da linha de número 5 (cinco) que os times adversários do estado do Paraná, Atlético Paranaense e Coritiba que constituem a maior rivalidade no futebol paranaense são patrocinados pela montadora de veículos Fiat. Utilizou-se algumas comunidades do site de relacionamento Orkut, as quais serviram de base para aplicação dos questionários da pesquisa quantitativa. (AÑANÃ et al, 2006). Foram determinadas para a coleta as comunidades com maior número de membros de cada equipe citada nos quadros anteriores, as quais foram consultadas no dia 26 de março de 2008, estão listadas a seguir: · Cruzeiro Esporte Clube; · Clube Atlético Mineiro – Galo; · São Paulo FC – Tricolor; · Corinthians – O poderoso Timão; · Santos Futebol Clube; · Esporte Clube Bahia; · Esporte Clube Vitória; · Sport Club Internacional; · Grêmio; · Esporte Clube Juventude; · Sport Clube do Recife; · Clube Náutico Capibaribe; · Figueirense Futebol Clube; · Avaí Futebol Clube; · Atlético Paranaense – Furacão; · Coritiba Foot Ball Club – Coxa. Para a realização dessa pesquisa, foi coletado aleatoriamente e individualmente o login dos membros usuários de cada uma das comunidades acima descritas. Foram postados também tópicos informativos a respeito dessa pesquisa nos fóruns1 das comunidades, como forma de atingir o público supracitado de maneira mais efetiva, abordando um número maior de participantes, para os quais os questionários estruturados foram enviados, conforme quadro das comunidades de futebol a seguir. Segundo Barbetta (2001) utiliza-se para o erro amostral de 5% no cálculo de aproximação de uma primeira amostra de 400 pesquisados. Tabela 1: Amostra populacional das comunidades do Orkut: População em Amostra 26/03/08 Cruzeiro Esporte Clube 313.224 399 Clube Atlético Mineiro – Galo 183.359 399 São Paulo FC – Tricolor 856.843 399 Corinthians – O poderoso Timão 633.549 399 Santos Futebol Clube 231.363 399 Esporte Clube Bahia 120.658 398 Esporte Clube Vitória 65.022 397 Sport Club Internacional 203.961 399 Grêmio 347.937 399 Esporte Clube Juventude 7.069 378 Sport Clube do Recife 94.716 398 Clube Náutico Capibaribe 38.833 395 Figueirense Futebol Clube 33.826 395 Avaí Futebol Clube 19.234 391 Atlético Paranaense – Furacão 91.518 398 Coritiba Foot Ball Club – Coxa 37.306 395 Comunidade do Orkut 1 Local onde os membros das comunidades interagem, emitindo e publicando sua opinião com relação aos mais diversos temas, geralmente relacionados às equipes de futebol às quais fazem parte. O quadro de número 6 a seguir revela o percentual de respondentes atingidos das referidas comunidades e usuários pesquisados. Tabela 2: Amostra atingida em percentual Comunidade do Orkut Amostra Total de Respondentes Percentual de Respondentes Atingido Cruzeiro Esporte Clube Clube Atlético Mineiro – Galo São Paulo FC – Tricolor Corinthians – O poderoso Timão Santos Futebol Clube Esporte Clube Bahia Esporte Clube Vitória Sport Club Internacional Grêmio Esporte Clube Juventude Sport Clube do Recife Clube Náutico Capibaribe Figueirense Futebol Clube Avaí Futebol Clube Atlético Paranaense – Furacão Coritiba Foot Ball Club – Coxa Total: 399 399 399 399 399 398 397 399 399 378 398 395 395 391 398 395 6338 100 189 136 100 100 201 102 100 129 180 103 100 144 124 224 137 2169 25,06 47,36 34,08 25,06 25,06 50,5 25,69 25,06 32,33 47,61 25,87 25,31 36,45 31,71 56,28 34,68 34,22 Para a pesquisa qualitativa, foram realizadas entrevistas semiestruturadas para os gerentes de marketing das empresas patrocinadoras já descritas anteriormente. 3.3 Instrumentos de Pesquisa e Coleta de Dados Um dos instrumentos para coleta dos dados para a pesquisa foi o questionário estruturado dirigido aos integrantes das comunidades já mencionadas, do site de relacionamento Orkut. O questionário estruturado foi elaborado com base em Budolla e Souza (2005) que afirmaram que os torcedores, enquanto consumidores criam uma relação de gratidão com a organização patrocinadora pelo simples fato de ela apoiar a causa esportiva. Essa gratidão é traduzida quando esses torcedores adquirem os produtos/serviços da empresa apoiadora como forma de agradecimento pela contribuição oferecida. O instrumento de coleta de dados foi elaborado com base também em Afif (2000) que acredita que pode ser perigoso para uma companhia patrocinar uma equipe de futebol, já que os torcedores das equipes adversárias podem não adquirir seus produtos pelo fato de ela apoiar a equipe arqui-rival. Na pesquisa quantitativa foi utilizado a ferramenta disponível no site Survey Monkey, que proporciona o acompanhamento das respostas durante a entrevista, e um link específico para cada time de futebol, além de dados já tabulados e gráficos prontos. Foram elaborados dois questionários. Um específico para os clubes cujos rivais são patrocinados por empresas concorrentes, que são: Cruzeiro, Atlético Mineiro, São Paulo Futebol Clube, Santos e Corinthians, e outro questionário, específico para os torcedores das equipes rivais que são patrocinadas simultaneamente pela mesma empresa, que são: Bahia, Vitória, Grêmio, Internacional, Juventude, Sport Club do Recife, Clube Náutico Capibaribe, Figueirense, Avaí, Atlético Paranaense e Coritiba Foot Ball Club. O início da coleta dos dados se deu no dia 12 de maio de 2008, após fazer parte das comunidades já citadas anteriormente e começar a divulgar quer seja individualmente, usuário por usuário, aleatoriamente, quer seja publicando nos fóruns. Como forma de incentivo para a participação dos usuários do Orkut e integrantes das comunidades na pesquisa quantitativa, foi deliberado que seria necessário o sorteio de 3 camisas oficiais das equipes estudadas. Após a divulgação dessa informação, os resultados começaram a surgir aumentando o número de respostas dos questionários. Já para os gerentes de marketing das organizações supracitadas, foi definido como instrumento de pesquisa o roteiro estruturado de entrevista. Foram realizadas duas entrevistas. Uma para as empresas que patrocinam simultaneamente times rivais da mesma região e outra para as corporações concorrentes, do mesmo segmento, que patrocinam equipes rivais da mesma região. A entrevista foi adaptada de Ilton Teitelbaum (1997). Esta opção consiste em objetivos e problemas claramente definidos, mas possui uma flexibilidade quanto às respostas do entrevistado, permitindo uma sensibilidade na pesquisa a fim de representar uma captação de informações mais precisa. (MATTAR, 1996; GOLDENBERG, 2000; FLICK, 2004; DENZIN, 2006). As entrevistas foram enviadas para o e-mail dos responsáveis pelo departamento de marketing das empresas. Algumas empresas afirmaram não poder ceder informações com relação à estratégia e não responderam a entrevista, e com algumas não foi possível estabelecer contato por telefone ou e-mail. Os contatos iniciais com as companhias começaram no dia 29 de março de 2008. Percebeu-se que a maioria das empresas, com exceção da Samsung, não retornou o e-mail, sendo assim iniciou-se os contatos telefônicos a partir do dia 24 de abril, quando não se obteve o resultado esperado, já que a maioria das pessoas responsáveis pelas definições das estratégias de marketing esportivo das empresas encontrava-se em viagem de negócios, reunião ou em férias. Esses contatos efetivamente começaram a surtir efeito a partir do dia 21 de maio quando os entrevistados, contatados novamente por telefone, aceitaram responder ao questionário que foi enviado para o e-mail dos mesmos ou informaram que não seria possível responder a entrevista por tratar-se de informação sigilosa da empresa. As organizações com as quais não se obteve qualquer tipo de resposta foram: Tenda Construtora, MRV Engenharia, LG e Canal Jeans. Com relação à Fiat, as diversas vezes em que foi tentado contatar o responsável pelo departamento, informaram que ele encontrava-se em reunião ou em viagem. Com o Banrisul foi feito contato telefônico com uma colaboradora de uma agência em Santa Catarina que forneceu o e-mail do departamento de Propaganda e Marketing da empresa, para o qual foi enviada a entrevista. Entretanto não houve retorno positivo da instituição. Com a Samsung o contato foi feito por e-mail para a Relações Públicas que prontamente atendeu a solicitação e informou que o responsável pelas estratégias de marketing esportivo da empresa estava em férias, mas conseguiu ceder algumas informações que serão dispostas mais adiante. As empresas com as quais se obteve resultados positivos após algumas tentativas de localizar os responsáveis foram Unimed e Minasgás, que responderam a entrevista através de e-mail, cujos resultados serão interpretados e apresentados. 3.4 Análise e Tratamento dos Dados Para fins de tratamento de dados foi utilizada na pesquisa qualitativa a categorização simples, que permitiu compreender os motivos que levaram as organizações pesquisadas a patrocinar as equipes de futebol em questão, quais os objetivos que as empresas pretendem atingir com essa parceria, qual o papel do marketing nessa relação, entre outros fatores determinantes para a continuidade do apoio ao clube de futebol. Na pesquisa quantitativa utilizou-se a média, que permite verificar através das porcentagens geradas as diferenças nas opiniões dos torcedores dos diferentes times pesquisados, permitindo assim uma melhor identificação dos grupos formados através das respostas semelhantes, o que facilitou a elaboração do perfil desses torcedores. A confrontação dos resultados alcançados com a pesquisa quantitativa e qualitativa se dará através das médias obtidas nas questões e as respostas adquiridas com os entrevistados. Posteriormente será realizada uma análise comparativa, o que possibilitará um entrosamento maior entre a opinião dos torcedores dos times estudados e dos gestores de marketing das companhias patrocinadoras. Essa análise permitirá verificar se as estratégias das organizações têm dado certo com os torcedores enquanto consumidores, e se a marca tem ganhado visibilidade. 3.5 Limitações da Pesquisa Como limitações de pesquisa podem-se destacar cinco pontos fundamentais. Inicialmente houve a dificuldade de se conseguir o número de respondentes requerido, por equipe, para o questionário. Como a pesquisa deu-se através do Orkut, onde havia a divulgação dos links referentes a cada clube pesquisado, muitos usuários desse site de relacionamento acreditavam tratar-se de vírus, já que essa prática de enviar links maliciosos é bastante comum no meio virtual, e, optavam por não clicar no referido link, e conseqüentemente não respondiam a pesquisa. Um dos fatores que dificultou a efetivação da pesquisa foi o fato das empresas patrocinadoras não fornecerem informações através das entrevistas, alegando que são informações de estratégia e que as mesmas eram confidenciais. Outro ponto que impediu a perfeita realização dessa pesquisa foi a dificuldade de se contatar os responsáveis pelo marketing das empresas patrocinadoras. Quando o contato com a empresa era possível, o responsável pelas decisões de marketing esportivo estava em reunião, ou em viagem de negócios ou em férias, conforme relatado anteriormente. Com algumas empresas não foi possível o contato por telefone ou os e-mails enviados não obtiveram resposta. Duas empresas que patrocinam times rivais simultaneamente responderam a entrevista, o que possibilitou o alcance do terceiro objetivo específico. Pode-se citar ainda como limitação, o estudo ter-se dado através do Orkut, o que limita a pesquisa aos torcedores que se utilizam desse site. Foram localizados outros times de futebol cujos patrocinadores se utilizam da estratégia de patrocinar ao mesmo tempo, equipes rivais, entretanto por se tratar de equipes menores e por estarem na segunda divisão do futebol brasileiro, não se utiliza como objeto do estudo, o que limitou a pesquisa a apenas 16 clubes de futebol. 4. RESULTADOS Este capítulo apresenta os resultados obtidos nas pesquisas quantitativa e qualitativa realizadas através de questionário estruturado, junto aos torcedores de cada clube pesquisado, e, das entrevistas enviadas às empresas patrocinadoras das equipes em questão. Apresenta ainda o resultado obtido através da interpretação das entrevistas realizadas junto aos responsáveis pelas estratégias de marketing de cada empresa patrocinadora que respondeu à entrevista. Será demonstrada também a análise dos resultados e comentários pertinentes a cada processo da pesquisa. Os assuntos estão descritos de acordo com os objetivos do trabalho, conforme já apresentados e descritos no capítulo 1. Com relação à análise dos questionários aplicados aos torcedores serão divididos em dois grandes grupos: · Grupo 1: clubes rivais patrocinados por empresas concorrentes; · Grupo 2: clubes rivais patrocinados simultaneamente pela mesma empresa. Do Grupo 2 haverá 2 subgrupos que serão agregados por região. Times pertencentes à Região Nordeste (Grupo 2-A) e Times pertencentes à Região Sul (Grupo 2-B). A seguir serão dispostas as mesmas questões para cada clube dos grupos, em seguida será feita a análise. 4.1 Análise dos Resultados dos questionários aplicados aos torcedores dos Times do Grupo 1 e 2 referente às questões 1 a 4 Na seqüência serão dispostos os principais resultados obtidos através das respostas dos torcedores dos clubes pertencentes aos Grupos 1 e 2 com relação à sexo, faixa etária, estado civil e grau de escolaridade. O perfil dos respondentes das dezesseis equipes pesquisadas compreende a maioria de torcedores do sexo masculino, com idade até 25 anos, solteiros e com escolaridade entre Nível Médio e Superior Incompleto. Imaginou-se que a maioria dos respondentes seria de torcedores do sexo masculino. Entretanto o futebol demonstra estar crescendo no gosto do público feminino. Essa informação é comprovada pelo destaque que a Seleção Brasileira de Futebol Feminino vem apresentando através das vitórias em campeonatos mundiais e também por prêmios individuais que algumas atletas do referido esporte receberam nos últimos anos. Com todo esse destaque há um incentivo e interesse maior pelo esporte. Entretanto nem sempre foi assim. Voltando um pouco na história pode-se encontrar indícios de que a prática de esporte tinha domínio masculino, como comprova o Decreto-Lei 3.199, de 1941, vigente até 1975, que, em seu artigo 54, estabelece que "às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza". E, em 1965, o Conselho Nacional de Desportos delibera que as entidades desportivas devem seguir a seguinte norma em relação à prática esportiva das mulheres: "Não é permitida a prática de lutas de qualquer natureza, futebol, futebol de salão, futebol de praia, pólo, halterofilismo e beisebol". Hoje, essas normas não têm validade, mas ainda há muito que mudar (BRUHNS, 2000). Com relação à idade, o público atingido foi bastante jovem, de até 25 anos. Uma justificativa para isso pode ser o fato de a pesquisa ter-se dado pelo site de relacionamento Orkut, o que notadamente possui uma parcela maior de usuários nessa faixa etária. Foi percebido que a maioria dos torcedores dos clubes pesquisados são solteiros. Isso muito provavelmente se deve ao fato da idade da maioria desses torcedores ser de até 25 anos. No que tange à escolaridade, onde os respondentes encaixam-se nas parcelas de Ensino Médio e Ensino Superior, a justificativa também se dá pela faixa etária atingida. 4.2 Análise dos resultados dos questionários aplicados aos torcedores dos Times do Grupo 1 A legenda a seguir deverá ser utilizada para entendimento e dos gráficos de número 1 a 10. Quadro 4: Legenda de denominação das equipes do Grupo 1 nos gráficos TIME DENOMINAÇÃO CRUZEIRO ESPORTE CLUBE CRU CLUBE ATLÉTICO MINEIRO CAM SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE SPO SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA COR SANTOS FUTEBOL CLUBE SAN Será analisada a opinião dos torcedores dos clubes de futebol pertencentes nessa pesquisa ao Grupo 1, ou seja, grupo de times de futebol rivais cujos patrocinadores são empresas concorrentes, com relação ao time rival ao seu time do coração. Foi perguntado aos torcedores qual o time, na opinião deles, seria o maior rival do seu time do coração. As respostas estão a seguir, no gráfico 1 subseqüente. Na sua opinião qual dos times abaixo é o maior rival do seu? (Times do Fut. Brasileiro) 90 84 83,8 80 70 60 60 52,2 48,5 50 45,5 40 30,9 30 30 20 10 11,7 9,1 7 0,72,2 1,6 0,51,6 1 8,1 5,9 5,1 1 2 4 1 1 0 CRU São Paulo CAM Santos SPO Palmeiras Corinthians COR Atlético MG SAN Cruzeiro Outro Gráfico 1: Opinião dos Torcedores dos Times do Grupo 1 Quanto aos Times Rivais Fonte: Dados Primários Nota-se através do gráfico 1 que 9,1% dos torcedores do Cruzeiro relataram que seu maior rival seja o São Paulo, 1% afirma que o Santos é o maior rival do clube, 5,1% dos respondentes têm como maior rival a equipe do Palmeiras, a grande maioria, cerca de 83,8% dos cruzeirenses acreditam que o maior rival seja a equipe do Atlético Mineiro, o que já era esperado, haja visto ser uma equipe de expressão no estado de Minas Gerais e apenas 1% dos torcedores tem outra equipe como rival. Nenhum torcedor mencionou o Corinthians como rival ao Cruzeiro. Conforme é possível perceber através do gráfico 1 uma parcela de 84% dos torcedores do Atlético Mineiro acreditam que o Cruzeiro Esporte Clube seja seu principal rival, 1,3% dos respondentes acham que o São Paulo seja o maior rival do Atlético MG, 1,6% dos pesquisados informam que o Corinthians seja o maior rival do Galo2, Santos e Palmeiras aparecem com parcela de 0,5% cada, dos votos como o maior rival do Clube Atlético MG, e 11,7% dos respondentes acham que outro time seja o maior rival do Atlético Mineiro. Conforme foi possível perceber a maior parte dos torcedores do São Paulo acreditam que seu arqui-rival seja o Corinthians, com 52,2% dos votos, o Palmeiras aparece em segundo lugar, com 30,9% na opinião dos sãopaulinos como o maior rival, 8,1% dos torcedores acreditam que outro time seja o maior rival do São Paulo, 5,9% dos torcedores afirmam que o Santos seja o maior rival, 2,2% dos respondentes julgam que o Cruzeiro seja o time de maior rivalidade com o São Paulo e 0,7% acham que o maior rival é o Atlético Mineiro. Após analisar o gráfico 1 é possível constatar que na opinião dos corintianos o Palmeiras é o maior rival do time, com 60% dos votos, já 30% dos respondentes dessa pesquisa acreditam que o São Paulo seja o maior rival do Corinthians, Santos aparece com 7% dos votos, 1% dos torcedores afirma que o Atlético Mineiro seja o time de maior rivalidade com o Corinthians, nenhum dos pesquisados citou o Cruzeiro Esporte Clube como rival. Notou-se que a opinião dos santistas ficou praticamente empatada quanto ao rival. 48,5% dos santistas acreditam que o Corinthians seja seu maior rival, 45,5% dos pesquisados afirmam que o São Paulo é o maior rival do 2 Como o time é conhecido, por conta de seu mascote. Santos; o Palmeiras recebeu apenas 4% dos votos, Atlético MG e “outro” receberam 1% dos votos cada. Analisando as respostas dessa questão foi percebido que o maior rival do Cruzeiro Esporte Clube é o Clube Atlético Mineiro e vice-versa no estado de Minas Gerais. Mas quando se trata de equipes de futebol do estado de São Paulo, o Corinthians ficou em primeiro lugar como rival absoluto do São Paulo Futebol Clube e do Santos, confirmando a opinião pública e ditos populares de que o Corinthians é o time mais execrado do futebol brasileiro. Informação essa confirmada através da matéria veiculada pelo jornalista Rogério Micheletti [on line] no blog do jornalista e apresentador de televisão Milton Neves: “Atualmente o alvinegro do Parque (Corinthians) não sei se por sua torcida ou por sua grandeza, ou pelos dois motivos é o time mais detestado do país, mesmo estando na Série B. Para tricolores e alviverdes paulistas, principalmente, o prazer é ilimitado quando o fracasso corintiano se confirma”. E em se tratando da opinião dos corintianos, o Palmeiras é sem dúvida o maior rival do time, talvez seja o símbolo maior da rivalidade entre os times paulistanos. O gráfico 2 a seguir serve para mensurar o grau de amor do torcedor pelo clube, aqui descrito como “fanatismo”. Sou um torcedor "fanático" 90 81,6 79,8 80 71 66 70 57 60 50 40 28,9 30 10 21 17,6 20 13,3 2 3,1 19 10 8,1 5,9 4 3 1,6 1,1 6 0 CRU CAM Nunca SPO Raramente COR Ás vezes SAN Sempre Gráfico 2: Percepção dos torcedores dos Times do Grupo 1 sobre seu próprio comportamento enquanto torcedor Fonte: Dados Primários Percebeu-se através do gráfico de número 2 que a grande maioria, ou seja, 81,6% dos torcedores do Cruzeiro consideram-se fanáticos sempre, 13,3% dos cruzeirenses consideram-se fanáticos ás vezes, cerca de 3,1% dos respondentes julgam-se fanáticos raramente, enquanto apenas 2% dos torcedores consideram que nunca são fanáticos. Observou-se através do gráfico 2 que 1,6% do total de torcedores do Atlético Mineiro que responderam a pesquisa consideram que nunca são fanáticos, 1,1% dos respondentes informaram que raramente são fanáticos, 17,6% declararam-se fanáticos ás vezes, e, a grande maioria, ou seja, 79,8% dos torcedores atleticanos respondentes consideram-se fanáticos sempre. Notou-se que a maioria dos sãopaulinos, ou seja, 57%, consideram-se fanáticos sempre, 28,9% são fanáticos ás vezes, 5,9% dos torcedores afirmam que raramente são fanáticos, enquanto 8,1% dos respondentes informam que nunca são fanáticos. A maior parte dos corintianos, 66%, julga-se fanático sempre, já 21% dos torcedores que responderam o questionário alegam que ás vezes são fanáticos, 10% dos respondentes informaram que raramente são fanáticos e 3% dos corintianos disseram que nunca são fanáticos. Observou-se que 71% dos santistas consideram-se fanáticos sempre, 19% dos respondentes julgam-se fanático ás vezes, do total de respondentes, 6% informaram que raramente são fanáticos, enquanto que 4% dos torcedores disseram que nunca são fanáticos. Analisando o gráfico 2 dos times do Grupo 1 pode-se dizer que todos eles têm maioria de torcedores fanáticos. Essa informação poderá ser de grande valia para as empresas que se utilizam das técnicas de patrocínio esportivo, já que o amor do torcedor pelo clube é algo que pode ser explorado pelas organizações que, nas entrelinhas, diz que ela é uma empresa que apóia o seu time do coração e deve ser visualizada como especial perante as demais organizações. A seguir será apresentado o gráfico 3 que demonstra qual o meio que os torcedores utilizam para acompanhar os jogos de futebol do seu time do coração. Eles deveriam informar se costumam acompanhar os jogos no estádio, pela televisão, pelo rádio ou pela internet. Geralmente acompanho aos jogos do meu time do coração: 80 70 71,6 71 65 61 59,9 60 50 40 36,9 31 26 30 20,1 19 20 10 3 8 7,5 5 1,1 2,1 0,7 2 5 4 0 CRU CAM No Estádio SPO Pela Televisão COR Pelo Rádio SAN Pela Internet Gráfico 3: Preferência dos Torcedores dos Times do Grupo 1 no modo/meio de acompanhar os jogos do seu time Fonte: Dados Primários O gráfico 3 descreve onde ou como os cruzeirenses costumam acompanhar os jogos do seu time. A grande maioria, com 61%, prefere assistir aos jogos no estádio, em segundo lugar a preferência dos cruzeirenses é pela televisão, com 31%, a internet é a terceira opção mais votada, com 5% enquanto a preferência pelo rádio é de somente 3% dos respondentes. Verificou-se através do gráfico de número 3 que quase 60% dos torcedores do Atlético MG têm o hábito de assistir aos jogos do seu time no estádio, a segunda opção na preferência dos atleticanos, com quase 37% dos votos é a televisão, o rádio fica com 1,1% e a internet corresponde a 2,1% da preferência dos torcedores respondentes. Percebeu-se que a preferência dos sãopaulinos é assistir os jogos de futebol do seu time pela televisão, pois contou com 71,6% dos votos; o estádio esta em segundo lugar com a preferência de 20,1% dos torcedores; alguns respondentes, cerca de 7,5%, tem o hábito de acompanhar o jogo do São Paulo pela internet e apenas 0,7% dos sãopaulinos geralmente acompanham o jogo pelo rádio. Uma parcela de 71% de torcedores corintianos tem o hábito de assistir os jogos pela televisão; 19% dos respondentes informaram que geralmente acompanham o jogo direto do estádio, a internet foi a terceira opção mais votada dos corintianos, com 8% da preferência, e o rádio teve somente 2% dos votos. Verificou-se que 65% dos santistas geralmente assistem os jogos pela televisão, já 26% dos respondentes alegaram que geralmente vão ao estádio para assistir os jogos do Santos, uma parcela de 5% de santistas geralmente acompanham os jogos pelo rádio e a internet apresentou 4% na preferência dos santistas. Após a análise individual de cada um dos times do Grupo 1 nessa questão, foi possível perceber que a maioria dos torcedores das equipes pertencentes ao estado de Minas Gerais geralmente assistem aos jogos de seus times do coração diretamente do estádio de futebol. Em contrapartida a maior parte dos torcedores dos times pertencentes ao estado de São Paulo tem o hábito de assistir aos jogos de futebol pela televisão. Com essa questão verifica-se qual a preferência dos torcedores quando dispõe de opções para escolher como acompanhar aos jogos ou ainda é possível analisar qual a opção que os torcedores têm, independente da preferência, haja vista muitos torcedores não poderem ir aos estádios por quaisquer que sejam os motivos, ou ainda quando o jogo não é transmitido por nenhum canal de TV. O gráfico 4 seguir é importante para verificar se os patrocinadores têm visibilidade por parte dos torcedores do time, ou seja, se durante a partida de futebol os torcedores visualizam a marca da empresa que apóia seu time. Costuma observar os patrocinadores do time que você torce? (Durante o jogo) 65 70 60 50 40 48,9 48,4 46 41,843,9 40,4 34 Sempre 33,3 Ás vezes 30 20 Raramente 23 Nunca 13 12,6 7 10 8 13,3 5,2 3,2 11 1 1 0 CRU CAM SPO COR SAN Gráfico 4: Percepção dos torcedores dos Times do Grupo 1 em observar a marca da empresa patrocinadora durante os eventos Fonte: Dados Primários Notou-se no gráfico 4 que 46% dos torcedores do Cruzeiro Esporte Clube tem o hábito de sempre observar os patrocinadores durante os jogos, enquanto 34% dos respondentes afirmaram que ás vezes observa os patrocinadores, 13% do total dos torcedores que responderam a pesquisa, afirmaram que raramente visualizam os patrocinadores do clube e somente 7% asseguram que nunca reparam nos patrocinadores da equipe durante a partida. Verificou-se que a maior parte dos torcedores do Clube Atlético Mineiro que responderam a pesquisa, ou seja, 48,4% sempre observam o patrocinador durante a partida; 40,4% dos respondentes disseram que as vezes observam o patrocinador do clube; 8% dos torcedores afirmaram que raramente notam o patrocinador e 3,2% dos participantes afirmaram nunca perceber ou observar o patrocinador do seu time do coração. Verificou-se a partir do gráfico 4 que quase metade, ou seja, 48,9% dos torcedores do São Paulo Futebol Clube que responderam a pesquisa sempre notam os patrocinadores do seu time do coração; já 33% desses informaram que ás vezes repara nos patrocinadores, uma parcela de 12,6% dos participantes da pesquisa afirmou que raramente observam a marca da empresa que apóia seu time e somente 5,2% dos torcedores alegaram que nunca notam os patrocinadores. Notou-se que houve praticamente um empate entre os torcedores do Corinthians que responderam que sempre notam o patrocinador, que são 41,8% do total, e entre os torcedores que afirmaram que ás vezes visualiza os patrocinadores, que são 43,9% do total; uma parcela de 13,3% dos respondentes corintianos alegou que raramente percebem os patrocinadores durante o jogo e apenas 1% dos pesquisados disseram nunca reparar no patrocinador durante a partida. Analisando o gráfico 4 foi possível perceber que do total de santistas que responderam o questionário, uma parcela bastante alta, ou seja, 65% dos torcedores informaram que sempre observam o patrocinador durante o jogo, os torcedores que responderam “às vezes” somam 23% do total, 11% dos santistas afirmam que raramente percebem os patrocinadores e apenas 1% disse não notar o patrocinador durante o evento esportivo. Após verificar cuidadosamente o gráfico 4, percebeu-se que todas as equipes inseridas no Grupo 1 apresentaram cerca de 80% dos torcedores afirmando que sempre ou ás vezes notam e observam a marca patrocinadora durante a partida do seu time do coração. Esse número de indivíduos que percebem a marca patrocinadora é bastante alto, e confirma o que Pozzi (1998) disse com relação à alta visibilidade que a marca ganha ao patrocinar equipes ou eventos esportivos. O próximo gráfico, de número 5, traz a informação referente a percepção dos torcedores com relação aos patrocinadores das equipes rivais. Quer-se descobrir através dessa questão se os torcedores notam também as marcas que patrocinam os times rivais e se elas têm a mesma visibilidade para esses torcedores quanto tem com relação às marcas que patrocinam o seu time do coração. Costuma observar os patrocinadores das equipes adversárias? (Durante o jogo) 50 45 40 42,9 41,8 40,4 39,4 36,4 35 30 25 28,3 26,3 25,5 22,9 21,2 22,9 22,4 22,4 20,9 18,2 20 13,1 15 17,2 14,9 13,8 9,2 10 5 0 CRU CAM Sempre SPO Ás Vezes Raramente COR SAN Nunca Gráfico 5: Percepção dos Torcedores dos Times do Grupo 1 em observar a marca do patrocinador da equipe adversária durante os eventos. Fonte: Dados Primários Entendeu-se a partir do gráfico de número 5 que a maioria dos torcedores do Cruzeiro, com 39,4% dos votos, ás vezes observa o patrocinador do time rival; 26,3% dos torcedores afirmaram que raramente observam os patrocinadores da equipe arqui-rival, cerca de 21,2% dos respondentes informaram que sempre visualizam a marca patrocinadora do time rival durante os jogos, enquanto 13,1% dos cruzeirenses alegam nunca observar o patrocinador do time rival durante os jogos. Com relação aos torcedores do Clube Atlético Mineiro percebeu-se que 40,4% dos torcedores ás vezes nota os patrocinadores da equipe rival; 22,9% dos torcedores disseram sempre e raramente notar os patrocinadores do time rival; 13,8% dos respondentes alegaram nunca observar o patrocinador do adversário. Observou-se ainda, através do gráfico 5 que 41,8% dos torcedores do São Paulo Futebol Clube ás vezes repara no patrocinador do time rival; 22.4% dos respondentes sempre notam o patrocinador do time rival; 20,9% disseram raramente observar a organização patrocinadora do time adversário e 14,9% afirmou nunca notar tal patrocinador. Com relação ao Corinthians, foi possível perceber que 36,4% dos torcedores ás vezes repara na marca patrocinadora do time rival durante o evento; 28,3% dos corintianos disseram raramente observar o patrocinador do time adversário; 18,2% dos respondentes alegaram sempre reparar na marca do patrocinador da equipe oponente e 17,2% alegou nunca notar o patrocinador que apóia o time rival. Notou-se pelo gráfico 5 que 42,9% dos torcedores do Santos ás vezes repara nos patrocinadores da equipe rival; 25,5% alegou raramente notar tal patrocinador; 22,4% disse sempre reparar no patrocinador do time oponente durante os jogos; enquanto 9,2% dos santistas alegaram nunca observar os patrocinadores rivais no decorrer da partida. Foi possível perceber após a análise do gráfico 5 que todos os clubes inseridos no Grupo 1 tiveram como opção mais respondida “ás vezes” , e em segundo lugar houve quase um empate entre raramente e sempre. De qualquer forma é possível concluir que mesmo se tratando do patrocinador da equipe concorrente a empresa tem visibilidade perante a torcida e os indivíduos que assistem aos jogos de futebol. A visibilidade da marca patrocinadora do time rival é menor se comparada a visibilidade da marca patrocinadora do time do coração, mas isso acontece, segundo essa pesquisa, com todos os times. Mas as empresas têm visibilidade da marca das duas formas, através dos dois tipos de torcedores. O gráfico 6 demonstra se os torcedores, enquanto consumidores, adquirem os produtos ou serviços das empresas que patrocinam o seu clube do coração. Essa questão é de suma importância para as empresas descobrirem se o fato de apoiar as equipes, gera, além de visibilidade de marca, lucro com a aquisição, pelos torcedores, dos produtos comercializados por ela e com que freqüência isso ocorre. Adquire os produtos/serviços dos patrocinadores do seu time do coração? 70 63,3 59,7 56,1 55,1 60 58,2 50 40 30 20 10 26,5 23,5 21,9 15,5 13,3 8,2 14,3 13,4 8,2 6,4 20,4 18,7 8,2 7,1 2 0 CRU CAM Nunca SPO Raramente Ás Vezes COR SAN Sempre Gráfico 6: Freqüência dos Torcedores dos Times do Grupo 1 enquanto consumidores dos produtos e/ou serviços da empresa patrocinadora do seu time do coração. Fonte: Dados Primários Observou-se analisando o gráfico 6 que 55,1% dos torcedores do Cruzeiro afirmaram que ás vezes compra os produtos ou contratam os serviços da empresa que patrocina seu time do coração, em segundo lugar com 23,5% dos votos, os respondentes atestaram que raramente adquirem os produtos ou serviços da empresa que patrocina a equipe do Cruzeiro, 13,3% dos respondentes afirmaram que sempre adquirem os produtos da empresa patrocinadora enquanto cerca de 8,2% nunca adquirem os produtos da empresa que apóia o seu clube. Com relação aos torcedores do Atlético Mineiro notou-se que a maior parte dos respondentes, ou seja, 56,1%, ás vezes compra os produtos da empresa patrocinadora, 21,9% dos respondentes afirmaram que sempre compram os produtos da empresa que apóia financeiramente seu time, 15,5% dos atleticanos raramente compram os produtos ou serviços comercializados pela empresa que patrocina o clube e 6,4% dos pesquisados alegaram nunca adquirir os produtos da MRV Engenharia. Dos torcedores do São Paulo Futebol Clube que responderam essa questão, 59,7% afirmaram que às vezes compram os produtos da LG, 18,7% dos respondentes disseram que sempre compram os produtos eletrônicos da empresa, 12,4% dos sãopaulinos afirmaram raramente adquirir os produtos da empresa patrocinadora e, 8,2% dos torcedores alegaram nunca comprar os produtos da empresa apoiadora. Os corintianos, em sua maioria, com 58,2% dos votos informaram que às vezes compram os produtos da empresa patrocinadora; 20,4% dos respondentes alegaram sempre adquirir produtos ou serviços da empresa que patrocina o time, 14,3% dos corintianos raramente se utilizam dos serviços ou compram os produtos oferecidos pela empresa que patrocina seu time do coração, e, 7,1% dos torcedores disseram nunca comprar os produtos da empresa patrocinadora. Percebeu-se que 63,3% dos santistas às vezes compram os produtos da empresa que patrocina seu time; 26,5% dos torcedores alegaram sempre comprar os produtos da Semp Toshiba; 8,2% dos respondentes disseram raramente comprar os produtos da empresa patrocinadora e 2% afirmaram nunca comprar tais produtos. Zunino (2006), relata que o grau de envolvimento do consumidor é que determina a resolução de problemas no que tange ao processo de decisão de compra do consumidor. Dependendo do seu nível de envolvimento, os consumidores tendem a ser mais ativos ou passivos ao receberem estímulos de comunicação (publicidade, propaganda, promoção, venda direta). Observou-se a partir do gráfico 6 que o potencial de venda dos produtos ou serviços das empresas patrocinadoras dos clubes acima mencionados é bastante elevado, já que de 60 a mais de 80% dos respondentes de todos os clubes do Grupo 1 responderam que adquirem os produtos das empresas patrocinadoras “às vezes ou sempre”. Esse número é significativo e deve ser explorado pelas empresas que buscam atingir ainda mais esse público através de suas estratégias diferenciadas. O gráfico 7 refere-se ao comportamento dos torcedores dos times inseridos no Grupo 1 enquanto consumidor dos produtos oferecidos pela empresa que patrocina seu rival, onde eles deveriam responder se adquirem e com qual freqüência, os produtos da empresa patrocinadora da equipe rival. O intuito da questão é descobrir se os torcedores dessas equipes fazem aquisição dos produtos oferecidos pela empresa patrocinadora da equipe rival, e perceber se a rivalidade entre os times seria fator determinante para a aquisição ou não dos produtos. Segue o gráfico 7 que colaborará na visualização dos resultados. Adquire os produtos/serviços da em presa que patrocina a equipe rival? 45 42,6 41 40 38,1 35,1 40 35 40,6 31,4 30 34,3 32,3 31,3 31,3 24,5 27,1 24,6 25 20 18 15 10 5 2,2 1,6 1 2 1 0 CRU CAM Nunca SPO Raram ente Ás vezes COR SAN Sem pre Gráfico 7: Freqüência dos Torcedores dos Times do Grupo 1 enquanto consumidores dos produtos e/ou serviços da empresa patrocinadora da equipe rival Fonte: Dados Primários Percebeu-se através da representação gráfica de número 7 que 41% dos torcedores do Cruzeiro nunca compram os produtos da empresa que patrocina a equipe adversária; 40% afirmaram que raramente o fazem; 18% dos cruzeirenses disseram que ás vezes adquire os produtos do patrocinador da equipe rival e apenas 1% dos respondentes alegaram sempre comprar tais produtos ou serviços. Analisando o gráfico 7 notou-se que 42,6% do total de torcedores do Atlético Mineiro que responderam o questionário, afirmaram que nunca compram os produtos da empresa que apóia o time rival; 31,4% dos torcedores informaram que raramente fazem aquisição dos produtos ou serviços comercializados pela empresa que patrocina o time adversário; 24,5% dos respondentes informaram que ás vezes o fazem; 1,6% dos torcedores disseram que sempre compram os produtos da empresa que apóia o time rival. Com relação aos torcedores do São Paulo Futebol Clube, percebeu-se que 24,6% dos torcedores disseram que nunca compram os produtos do patrocinador do time adversário; 35,1% dos sãopaulinos afirmaram que raramente adquirem os produtos do patrocinador do seu time rival; 38,1% dos respondentes disseram que ás vezes o fazem e 2,2% dos torcedores alegaram que sempre adquirem os produtos da empresa que patrocina o time rival. Verificou-se através da análise do gráfico 7 que 27,1% dos corintianos nunca compram os produtos dos times adversários; 40,6% dos respondentes raramente adquirem os produtos da empresa que patrocina seu rival; 31,3% dos corintianos ás vezes fazem aquisição dos produtos ou serviços comercializados pelo patrocinador da equipe rival; 1% dos pesquisados sempre compram tais produtos. Observou-se através da representação gráfica de número 7 que 32,2% dos santistas nunca compram os produtos comercializados pelo patrocinador do time rival; 34,3% dos torcedores raramente adquirem tais produtos; 31,3% dos santistas ás vezes compra os produtos da empresa que patrocina o time rival ao seu e 2% dos torcedores disseram que sempre compram os produtos comercializados pela empresa que patrocina a equipe adversária. Foi possível observar que os clubes do Cruzeiro e Atlético Mineiro foram os mais radicais quanto a adquirir os bens comercializados pela organização patrocinadora da equipe rival. Cerca de 70 a 80% dos torcedores das equipes afirmaram que nunca ou raramente fazem aquisição desses produtos e/ou serviços. Imagina-se que seja pela extrema rivalidade existente entre os clubes e também pelo fanatismo de seus torcedores, conforme apresentado no gráfico de número 6, onde as duas equipes em questão apresentaram proporcionalmente o maior número de torcedores fanáticos. Esta informação é confirmada por Afif (2000) que diz ser perigoso patrocinar equipes de futebol pois pode haver rejeição dos torcedores das outras equipes. As equipes do estado de São Paulo já apresentaram resultados mais amenos e divididos, onde a maior parte dos torcedores afirmou que adquirem raramente ou ás vezes os produtos da empresa que patrocina a equipe rival. O Santos foi o que apresentou resultados bastante distribuídos entre nunca, raramente e ás vezes. A representação gráfica de número 8, a seguir, demonstra qual a razão que leva os torcedores das equipes do Grupo 1 a não adquirirem os produtos da organização que apóia o time rival. Por que não adquire ou deixaria de adquirir os produtos/serviços dos patrocinadores da equipe adversária? 40 35 30 32,7 31,7 28 26,5 28 24,2 25 19 20 15 38 36,6 13,3 11,2 10,2 10 16 14,5 15,3 13 15,6 11,3 12,4 18 17 13 13 10 9 6,1 4,8 4,6 4 3 5 0 CRU CAM SPO COR SAN Porque a empresa contribui financeiramente com o time que eu mais detesto Porque a empresa não têm produtos/ serviços que satisfaçam minhas necessidades Porque a marca fica atrelada ao time rival ao meu Não há uma razão especial O fato da empresa patrocinar a equipe rival não influencia minha decisão de compra Outra razão Gráfico 8: Motivos que levam os torcedores dos times do Grupo 1 a não adquirirem os produtos comercializados pela empresa que patrocina o time rival. Fonte: Dados Primários O gráfico 8 demonstra após sua análise que a maior parte dos torcedores do Cruzeiro Esporte Clube, ou seja, 32,7% disseram não comprar os produtos oferecidos pela empresa patrocinadora do clube concorrente porque essa empresa contribui financeiramente com o time que eles mais detestam; 10,2% dos cruzeirenses disseram não adquirirem os produtos da MRV Engenharia porque a empresa não tem produtos/ serviços que satisfaçam as necessidades desses torcedores; 11,2% dos respondentes disseram que o motivo maior é porque a marca fica atrelada ao time adversário; 13,3% dos torcedores disseram não haver uma razão especial; 26,5% dos torcedores responderam que o fato da empresa patrocinar a equipe rival não influencia a decisão de compra deles e uma parcela de 6,1% dos respondentes disseram que não adquirem tais produtos por outra razão não disponível entre as respostas anteriores. Após analisar o gráfico de número 8 foi possível concluir que 14,5% dos torcedores do Clube Atlético Mineiro disseram que não fazem aquisição dos produtos oferecidos pela empresa que patrocina a equipe rival porque essa empresa colabora financeiramente com o time que os atleticanos mais detestam; 11,3% dos torcedores disseram que não compram os produtos da Tenda Construtora porque a empresa não possui produtos que satisfaçam as necessidades dos atleticanos; 15,6% dos atleticanos disseram não fazer aquisição dos bens comercializados pela empresa que apóia o Cruzeiro porque a marca fica atrelada ao time rival; 12,4% dos torcedores informaram não haver uma razão especial para adquirir tais produtos; 24,2% dos atleticanos disseram que o fato da empresa patrocinar a equipe rival não influencia a decisão de compra deles e 4,8% dos respondentes disseram haver outra razão para não adquirir os produtos da empresa que patrocina a equipe rival. Observou-se a partir do gráfico 8 que 14,5% dos torcedores do São Paulo Futebol Clube disse não fazer aquisição dos produtos da empresa que patrocina a equipe rival porque ela colabora financeiramente com o time que eles mais detestam; 13% dos sãopaulinos informou que não compram produtos ou serviços da empresa que patrocina a equipe rival por ela não apresentar produtos que satisfaçam suas necessidades; 15,3% dos respondentes alegou que não adquirem tais produtos por ela ficar atrelada ao time rival; 16% dos torcedores disse que não há uma razão especial para não comprar tais produtos; 36,6% dos sãopaulinos disse que o fato da empresa patrocinar a equipe rival não influencia sua decisão de compra e 4,6% dos respondentes disse haver outra razão para não adquirir os produtos da empresa que apóia financeiramente o time rival. O gráfico 8 informa ainda que 19% dos torcedores do Sport Club Corinthians Paulista disse não comprar os produtos oferecidos pela empresa que patrocina a equipe rival por ela colaborar financeiramente com o time que eles mais detestam; 13% dos corintianos alegou que não adquirem tais produtos por eles não apresentarem produtos que satisfaçam as necessidades destes corintianos; 9% dos respondentes não compram os produtos da empresa que apóia o time rival porque a marca fica atrelada ao time oponente; 18% dos corintianos disseram que não há uma razão especial para não adquirirem tais produtos; 38% dos respondentes alegaram que o fato da empresa patrocinar a equipe rival não influencia a decisão de compra destes torcedores e 3% dos corintianos não adquirem os bens das empresas patrocinadoras dos clubes rivais por outra razão que não foi apresentada como opção de resposta. Observou-se que 28% dos torcedores do Santos Esporte Clube não faz aquisição dos bens comercializados pela empresa patrocinadora do clube rival porque essa empresa colabora financeiramente com o time que eles, torcedores, mais detestam; 10% dos santistas não compram esses produtos porque a empresa não comercializa bens que satisfaçam suas necessidades; 28% dos respondentes disseram não comprar os produtos da empresa que patrocina a equipe oponente porque a marca desse produto está atrelada ao time rival; 13% dos torcedores disseram que não há uma razão especial para não adquirirem esses produtos, 17% dos santistas afirmou que o fato da empresa patrocinar o clube rival não influencia na decisão de compra deles e 4% do total de respondentes disse que não compram os produtos da empresa patrocinadora por outra razão não especificada nessa pesquisa. Após análise do gráfico de número 8 pode-se constatar que a maioria dos torcedores dos dois clubes mineiros em questão, foi categórica ao afirmar que o fato da empresa patrocinar a equipe rival e colaborar financeiramente com ela, é fator determinante para a rejeição dos torcedores enquanto consumidores dos produtos oferecidos pela empresa que patrocina o time rival, por outro lado, muitos torcedores dessas equipes informaram que o fato da empresa patrocinar o time rival não influencia na decisão de compra desses torcedores Dois clubes paulistas, o São Paulo Futebol Clube e o Corinthians apresentou maioria de torcedores que informou que o fato da empresa patrocinar o time rival não influencia a decisão de compra deles, e o restante dos torcedores teve respostas bastante divididas entre as outras opções. Entretanto os torcedores do Santos Futebol Clube ficaram divididos entre duas respostas que definem a razão de não adquirirem os produtos da empresa patrocinadora do time rival: a empresa colabora financeiramente com o time que eles mais odeiam e a marca fica atrelada ao time rival. Os torcedores santistas demonstraram “vestir a camisa” do time, e não suportam a idéia de ver o rival sobressaindo-se ou tirando vantagem deles através de seus patrocinadores. A seguir apresenta-se o gráfico de número 9, que evidencia as razões pelas quais os torcedores adquirem ou viriam a adquirir os produtos da empresa que patrocina seu time do coração. Por que adquire ou viria a adquirir os produtos da empresa que patrocina o seu time do coração? 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 45,2 39 32,7 32,7 31,6 23,5 17,3 12,2 11,2 23,7 22,1 15,4 14,9 12,8 10,2 20 18 14 13,7 12,2 5,3 4,1 CRU 22,9 13,3 7 2 1,6 CAM SPO COR 10,2 8,2 3,1 SAN Porque a em presa colabora financeiram ente com m eu tim e do coração Porque a em presa têm produtos que m e interessam e satisfazem m inhas necessidades Porque a m arca do produto/serviço está atrelada a m eu tim e do coração Não há um a razão especial O fato da em presa patrocinar m eu tim e do coração não influencia m inha decisão de com pra Outra razão Gráfico 9: Motivos que levam os torcedores dos times do Grupo 1 a não adquirirem os produtos comercializados pela empresa que patrocina seu time do coração Fonte: Dados Primários Observou-se através do gráfico 9 que 31,6% dos torcedores do Cruzeiro Esporte Clube adquirem os produtos da empresa que patrocina o time por ela colaborar financeiramente com seu time do coração; 17,3% dos cruzeirenses disseram que o fato da empresa comercializar produtos que satisfazem suas necessidades é fator determinante para aquisição dos produtos dela; 13,2% dos respondentes informaram que o fato da marca ficar atrelada ao seu time do coração é um fator importante e, por conta disso, eles compram os produtos da empresa patrocinadora; 11,2 do total de cruzeirenses respondentes alegou não haver uma razão especial para adquirirem os produtos da empresa patrocinadora do seu time do coração; 23,5% dos torcedores disseram que o fato da empresa patrocinar seu time do coração não influencia a decisão de compra deles e 4,1% do total de respondentes disse existir outra razão para adquirirem esses bens. Verificou-se também pelo gráfico 9 que 45,5% dos torcedores do Clube Atlético Mineiro adquirem os produtos da empresa patrocinadora por ela colaborar financeiramente com seu time do coração; já, cerca de 15,4% dos atleticanos adquirem tais produtos por eles satisfazerem suas necessidades; 14,9 % dos torcedores informaram que o fato da marca do produto ficar atrelada a seu time do coração é importante e decisivo para adquirirem os produtos da empresa patrocinadora; 10,2% dos respondentes disseram que não há uma razão especial para adquirirem os bens comercializados pela instituição patrocinadora do seu time do coração; 12,8% dos atleticanos alegaram que o fato da empresa patrocinar seu time do coração não influencia sua decisão de compra e apenas 1,6% dos torcedores disseram existir outra razão que não foi exposta na pesquisa para comprarem os produtos comercializados pela empresa patrocinadora. Analisou-se o gráfico 9 com relação aos torcedores do São Paulo Futebol Clube e percebeu-se que 22,1% dos torcedores adquirem os produtos comercializados pela empresa patrocinadora por ela colaborar financeiramente com seu time do coração; 23,7% dos torcedores adquirem os produtos da empresa patrocinadora pelo fato de ela comercializar produtos que satisfaçam suas necessidades; 12,2% dos sãopaulinos informaram não existir uma razão especial para isso; para 22,9% dos respondentes o fato da empresa patrocinar seu time do coração não influencia na sua decisão de compra e para 5,3% existe uma outra razão para eles adquirirem os produtos da empresa que patrocina o time para o qual eles torcem. Verificou-se através do gráfico 9 que 39% dos torcedores do Sport Club Corinthians Paulista adquirem os produtos da empresa patrocinadora do seu time do coração justamente por ela colaborar financeiramente com a equipe; 18% dos corintianos disseram que a razão para eles adquirirem ou virem a adquirir tais produtos é pelo fato da empresa comercializar bens que satisfaçam suas necessidades; 14% do total de respondentes compra ou compraria os produtos pelo fato da marca ficar atrelada ao seu time do coração; 7% dos torcedores disseram não existir uma razão especial para isso; 20% dos respondentes informaram que o fato da empresa patrocinar seu time do coração não influencia na sua decisão de compra e 2% disseram que é por outra razão. O gráfico 9 trouxe a informação que empatados em 32,7% os torcedores do Santos Esporte Clube informaram que o fato da empresa colaborar financeiramente com seu time do coração e o fato da marca ficar atrelada ao time que eles torcem, no caso o Santos, é importante para que eles adquiram ou venham a adquirir os produtos comercializados pela empresa patrocinadora; 13,3% dos santistas adquirem os produtos da Semp Toshiba por ela comercializar bens que satisfazem as necessidades dos torcedores enquanto consumidores; 10,2% dos torcedores disseram não existir uma razão especial para isso; 8,2% alegaram que o fato da empresa patrocinar seu time do coração não influencia na sua decisão de compra e 3,1% dos respondentes disseram que há outra razão. Concluiu-se após a análise do gráfico de número 9 que a maioria dos torcedores dos times do Grupo 1, com exceção do São Paulo, adquire ou viria a adquirir os produtos comercializados pelas empresas patrocinadoras do seu time do coração, como se isso fosse uma relação de troca ou mesmo de gratidão entre os torcedores e a empresa patrocinadora. A seguir será demonstrado o gráfico 10 que trata da relação de desempenho do time nos jogos versus motivação de compra dos torcedores. O bom desempenho do meu time nos jogos e campeonatos faz com que eu me sinta __________ em adquirir os produtos da empresa patrocinadora: 45 39,8 40 36,4 34 35 31,3 29 30 24,6 25 10 24,2 19,5 19 20 15 36,4 34,6 15 14 14,1 12,3 10,9 9,5 8 16,2 15,6 11,1 16,2 12,2 9,1 7,1 5 0 CRU Nada Motivado(a) CAM Pouco Motivado(a) SPO Motivado(a) COR Muito Motivado(a) SAN Extremamente Motivado(a) Gráfico 10: Relação de Desempenho dos times do Grupo 1 versus motivação de compra dos torcedores enquanto consumidores Fonte: Dados Primários Observou-se a partir do gráfico 10 que 14% dos torcedores do Cruzeiro Esporte Clube não sentem-se motivados em adquirir os produtos da empresa patrocinadora por conta do bom desempenho do time nos jogos de futebol; 8% afirmou o bom desempenho do time nos campeonatos faz com que sintam-se pouco motivados em comprar os produtos da empresa que patrocina seu time do coração; 34% dos cruzeirenses sentem-se motivados a adquirir os bens da empresa que patrocina seu time por conta do bom desempenho durante as partidas; 15% dos respondentes sentem-se muito motivados pelo bom desempenho do Cruzeiro nos jogos em adquirir os bens da empresa que patrocina seu time e 29% dos torcedores sentem-se extremamente motivados em adquirir os produtos ou serviços oferecidos pela empresa patrocinadora se o seu time for bem nos campeonatos. O gráfico 10 apresentou que 12,3% dos torcedores do Clube Atlético Mineiro não se sentem motivados na aquisição de bens do patrocinador do seu time por conta do desempenho do seu time nos campeonatos; 9,5% dos atleticanos afirmaram que o fato do Atlético Mineiro ir bem nas partidas faz com que eles se sintam pouco motivados em adquirir os produtos da MRV Engenharia; a maioria, ou 34,6% dos torcedores sentem-se motivados a comprarem os produtos da empresa que patrocina seu time por conta do bom desempenho do time nos jogos; 19% dos respondentes sentem-se muito motivados com o bom desempenho do Atlético Mineiro em adquirir bens da instituição patrocinadora e 24,6% dos torcedores alegaram sentir-se extremamente motivados com o bom desempenho do seu time no coração nas partidas de futebol, em adquirir os produtos oferecidos pela empresa em questão. Observou-se a partir do gráfico 10 que 19,5% dos torcedores do São Paulo Futebol Clube não se sentem motivados em fazer aquisição de produtos comercializados pela patrocinadora da equipe por conta do seu time ir bem nas partidas de futebol; 14,1% dos sãopaulinos alegaram sentir-se pouco motivados em adquirir produtos da empresa patrocinadora por conta do bom desempenho do clube nos campeonatos; 39,8%, a grande maioria dos torcedores, sente-se motivados em adquirir produtos da empresa patrocinadora por conta do bom desempenho do clube nos jogos e campeonatos; 15,6% dos respondentes sentem-se muito motivados a comprarem produtos do patrocinador com o bom desempenho do time e para 10,9% dos torcedores o bom desempenho do São Paulo Futebol Clube nos campeonatos faz com que sintam-se extremamente motivados em adquirir os produtos oferecidos pela LG. Através do gráfico 10 percebeu-se que 11,1% dos torcedores do Sport Club Corinthians Paulista não se sentem motivados pelo bom desempenho do time em adquirir produtos comercializados pela empresa que apóia seu time do coração; 12,2% dos respondentes disseram sentir-se pouco motivados pelo bom desempenho do time, em comprar os produtos da empresa que patrocina o clube; 36,4% dos corintianos afirmaram que o bom desempenho do time nos jogos faz com que eles sintam-se motivados em comprar produtos dos patrocinadores do time; 16,2% dos torcedores disseram sentir-se muito motivados com o bom desempenho do time em adquirir produtos do patrocinador da equipe e 24,2% alegaram que o desempenho favorável do time durante os campeonatos faz com que eles sintam-se extremamente motivados em adquirir os bens da empresa que patrocina o Corinthians. Verificou-se que uma parcela de 9,1% dos torcedores do Santos Esporte Clube afirmou que o fato do time ir bem nos jogos não faz com que os torcedores comprem os produtos da empresa que apóia o seu time do coração; 7,1% dos torcedores disseram que sentem-se pouco motivados com as vitórias do Santos a fazer aquisições dos bens comercializados pela Semp Toshiba; 36,4% dos santistas sentem-se motivados com o bom desempenho do time a comprarem produtos oferecidos pela empresa patrocinadora; uma parcela de 16,2% dos respondentes afirmaram que sentem-se muito motivados a comprar os produtos da empresa patrocinadora se o time estiver se saindo bem nos jogos e campeonatos, e, 31,3% dos torcedores disseram sentir-se extremamente motivados com o bom desempenho do time em fazer aquisição dos produtos oferecidos pela empresa que aposta e colabora com o seu time. Percebeu-se que os torcedores dos times pertencentes ao Grupo 1, na sua maioria, sentem-se motivados ou extremamente motivados a comprar os produtos comercializados pela empresa que patrocina e apóia financeiramente seu clube do coração se o seu time apresentar vitórias nos jogos e campeonatos. Essa informação é de grande valia não apenas às empresas que devem apoiar clubes vencedores, e precisam explorar esse bom desempenho das equipes incentivando de alguma forma os torcedores que sentem-se motivados a comprarem os produtos oferecidos por elas, como também aos clubes que devem ficar atentos ao desempenho da equipe nos campeonatos, pois podem perder o(s) patrocinador(es) se a equipe não estiver apresentando bons resultados, como aconteceu com o Corinthians, que perdeu o patrocínio da Samsung no final do ano passado quando “caiu” para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. 4.3 Análise dos resultados dos questionários aplicados aos torcedores dos Times do Grupo 2-A Na seqüência serão dispostos os gráficos correspondentes às respostas dos torcedores dos seguintes clubes: Esporte Clube Bahia, que contou com a resposta de 201 pessoas, Esporte Clube Vitória, que contou com a resposta de 102 torcedores, Sport Club do Recife, que contou com a resposta de 103 pessoas e Clube Náutico Capibaribe, que teve 100 respondentes. A legenda a seguir deverá ser utilizada para entendimento dos gráficos de número 11 a 20. Quadro 5: Legenda de denominação das equipes do Grupo 2-A nos gráficos TIME DENOMINAÇÃO ESPORTE CLUBE BAHIA BAH ESPORTE CLUBE VITÓRIA VIT SPORT CLUB DO RECIFE SPT CLUBE NÁUTICO CAPIBARIBE NAU A seguir o gráfico de número 11 que trará a opinião dos torcedores dos times pertencentes ao Grupo 2-A com relação a seus rivais. Na sua opinião qual dos times abaixo é o maior rival do seu? (Time do Futebol Brasileiro) 2 8 NAU 87 3 7,8 37,9 SPT 49,5 1 11,9 1 5,9 VIT 2 1 91,2 2,5 BAH 3 0,5 0 94 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Vitória Bahia Internacional Grêmio Juventude Sport Náutico Santa Cruz Figueirense Avaí Atlético PR Coritiba Outro 100 Gráfico 11: Opinião dos Torcedores dos Times do Grupo 2-A quanto aos Times Rivais Fonte: Dados Primários Notou-se através do gráfico 11 que 3% dos torcedores do Esporte Clube Bahia acredita que seu maior rival seja o Sport, 0,5% dos torcedores afirma ser o Internacional; a maioria, ou seja, 94% dos respondentes têm como maior rival a equipe do Vitória. Conforme foi possível perceber através do gráfico 19 uma parcela de 91,2% dos torcedores do Esporte Clube Vitória acredita que o Bahia seja seu principal rival; 1% dos respondentes acham que o Grêmio seja o maior rival do Vitória; 2% dos pesquisados informam que o Sport seja o maior rival e 2,5% dos respondentes acham que outro time seja o maior rival do Esporte Clube Vitória. Conforme foi possível perceber a maior parte dos torcedores do Sport Club do Recife acredita que seu arqui-rival seja o Náutico com 49,5% dos votos; o Santa Cruz aparece em segundo lugar, com 37,9% na opinião dos rubro-negros3 como o maior rival; Atlético Paranaense, Grêmio e Bahia foram citados por 1% dos torcedores, cada; 1,9% dos torcedores afirmam que o Internacional seja o maior rival do Sport; 5,9% dos respondentes julgam que outra equipe seja o time de maior rivalidade com o Sport. Notou-se a partir do gráfico 11 que 87% dos torcedores do Clube Náutico Capibaribe acredita que seu maior rival seja o Sport, 8% dos torcedores afirmam ser o Santa Cruz; 3% dos respondentes têm como maior rival a equipe do Grêmio e 2% dos torcedores do Náutico tem outro time como maior rival. Observou-se pelo gráfico 11 que a maior rivalidade existente entre os times baianos é mesmo o “Bavi”4 e com relação aos times pernambucanos a rivalidade é maior entre Sport e Náutico, com Santa Cruz em segundo lugar. O gráfico 12 a seguir serve para mensurar o grau de amor dos torcedores pelo clube, aqui descrito como “fanatismo”. Sou um torcedor "fanático"? 80 70 60 50 40 30 20 10 0 74,6 73,3 65 61 32 27 22,9 1,5 1 18,8 7 BAH 4 VIT Nunca Raramente 4 3 SPT Ás Vezes 5 NAU Sempre Gráfico 12: Percepção dos torcedores dos Times do Grupo 2-A sobre seu próprio comportamento enquanto torcedor Fonte: Dados Primários Percebeu-se através do gráfico de número 12 que a grande maioria, ou seja, 74,6% dos torcedores do Bahia consideram-se fanáticos sempre, 22,9% dos torcedores consideram-se fanáticos ás vezes; cerca de 1% dos 3 4 Como são conhecidos os torcedores do Sport Club do Recife Como é conhecido o clássico Bahia e Vitória respondentes julgam-se fanáticos raramente, enquanto 1,5% dos torcedores consideram que nunca são fanáticos. Observou-se através do gráfico 12 que 7% do total de torcedores do Vitória que responderam a pesquisa consideram que nunca são fanáticos; 32, declararam-se fanáticos ás vezes, e, a grande maioria, ou seja, 61% dos torcedores do Vitória consideraram-se fanáticos sempre. Notou-se que a maioria dos torcedores do Sport, ou seja, 73,3%, considera-se fanático sempre; 18,8% são fanáticos ás vezes, 4% dos respondentes informam que raramente ou nunca são fanáticos. A maior parte dos torcedores do Náutico, 65%, julga-se fanático sempre, já 27% dos torcedores que responderam o questionário alegam que ás vezes são fanáticos, 5% dos respondentes informaram que raramente são fanáticos e 3% dos alvirrubros5 disseram que nunca são fanáticos. Analisando o gráfico 12 dos times do Grupo 2-A pode-se dizer que todos eles têm maioria de torcedores fanáticos. A seguir será apresentado o gráfico 13 que demonstra qual o meio que os torcedores utilizam para acompanhar os jogos de futebol do seu time do coração. Geralmente acompanho aos jogos de futebol do meu time: 80 69,7 66,7 70 63,1 60 45 50 40 40 26,2 30 20 14,6 10,8 10,1 13,7 5,6 10 8,8 6,8 10 5 3,9 0 BAH VIT No Estádio Pela Televisão SPT Pelo Radio NAU Pela Internet Gráfico 13: Preferência dos Torcedores dos Times do Grupo 2-A no modo/meio de acompanhar os jogos do seu time Fonte: Dados Primários 5 Como são conhecidos os torcedores do Clube Náutico Capibaribe O gráfico 13 descreve onde ou como os torcedores do Esporte Clube Bahia costumam acompanhar os jogos do seu time. A grande maioria, com 69,7%, prefere assistir aos jogos no estádio; em segundo lugar a preferência dos torcedores é pela televisão, com 14,6%; o rádio é a terceira opção mais votada, com 10,1% enquanto a preferência pela internet é de 5,6% dos respondentes. Verificou-se através do gráfico de número 13 que 66,7% dos torcedores do Esporte Clube Vitória têm o hábito de assistir aos jogos do seu time no estádio, a segunda opção na preferência dos torcedores, com quase 11% dos votos é a televisão, o rádio fica com 13,7% e a internet corresponde a 8,8% da preferência dos torcedores respondentes. Percebeu-se que a preferência dos torcedores do Sport Club do Recife é assistir os jogos de futebol do seu time no estádio, com 63,1% da preferência; a televisão é segunda opção, pois contou com 26,2% dos votos; alguns respondentes, cerca de 3,9%, tem o hábito de acompanhar o jogo do Sport pela internet e 6,8% dos torcedores geralmente acompanham o jogo pelo rádio. Uma parcela de 40% de torcedores do Clube Náutico Capibaribe tem o hábito de assistir os jogos pela televisão; 45% dos respondentes informaram que geralmente acompanham o jogo direto do estádio, a internet foi a opção menos votada dos torcedores do Náutico, com 5% da preferência, e o rádio teve 10% dos votos. Após a análise individual de cada um dos times do Grupo 2-A no gráfico 13, foi possível perceber que a maioria dos torcedores das equipes pertencentes a este grupo geralmente assistem aos jogos de seus times do coração diretamente do estádio de futebol. Com essa questão verifica-se que a empresa patrocinadora deve dar um destaque maior às mídias disponíveis no estádio e se possível efetuar algum tipo de divulgação diferenciada, como a distribuição de brindes com a marca da empresa e o escudo do time para os torcedores presentes do estádio. O gráfico 14 a seguir é importante para verificar se os patrocinadores têm visibilidade por parte dos torcedores do time, ou seja, se durante a partida de futebol os torcedores visualizam a marca da empresa que apóia seu time. Costuma observar os patrocinadores do time que você torce? 80 70 67 65,7 64,2 60 50 44 47 40 29,1 28,9 30 23,5 20 10 1,5 5,5 3,9 8 6,9 2,9 1 1 0 BAH VIT Nunca Raramente SPT Ás Vezes NAU Sempre Gráfico 14: Percepção dos torcedores dos Times do Grupo 2-A em observar a marca da empresa patrocinadora durante os eventos Fonte: Dados Primários Nota-se no gráfico 14 que 64,2% dos torcedores do Esporte Clube Bahia tem o hábito de sempre observar os patrocinadores durante os jogos, enquanto 28,9% dos respondentes afirmaram que ás vezes observa os patrocinadores, 5,5% do total dos torcedores que responderam a pesquisa, afirmaram que raramente visualizam os patrocinadores do clube e somente 1,5% asseguram que nunca reparam nos patrocinadores da equipe durante a partida. Verificou-se que a maior parte dos torcedores do Vitória que responderam a pesquisa, ou seja, 65,7% sempre observam o patrocinador durante a partida; 23,5% dos respondentes disseram que as vezes observam o patrocinador do clube; 6,9% dos torcedores afirmaram que raramente notam o patrocinador e 3,9% dos participantes afirmaram nunca perceber ou observar a marca do patrocinador do seu time do coração. Verificou-se que bem mais da metade, ou seja, 67% dos torcedores do Sport Club do Recife que responderam a pesquisa sempre notam os patrocinadores do seu time do coração; já 29,1% desses informaram que ás vezes repara nos patrocinadores, uma parcela de apenas 1% dos participantes da pesquisa afirmou que raramente observam a marca da empresa que apóia seu time e somente 2,9% dos torcedores alegaram que nunca notam os patrocinadores. Notou-se que houve praticamente um empate entre os torcedores do Náutico que responderam que sempre notam o patrocinador, que são 47% do total, e entre os torcedores que afirmaram que ás vezes visualiza os patrocinadores, que são 44% do total; uma parcela de 8% dos respondentes alegou que raramente percebem os patrocinadores durante o jogo e apenas 1% dos pesquisados disseram nunca reparar no patrocinador durante a partida. No momento da identificação de compra, os patrocinadores com maior recordação de marca levam vantagem de serem inclusos na lista de compra dos consumidores. (ZUNINO, 2006). Por essa razão, o fato das marcas serem visualizadas durante as partidas colabora para que em momento oportuno sejam lembradas e escolhidas no momento da compra. Após verificar o gráfico 14, percebe-se que todas as equipes inseridas no Grupo 2-A apresentaram maioria de torcedores afirmando que sempre e observam a marca patrocinadora durante a partida do seu time do coração. O próximo gráfico, de número 15, traz a informação referente a percepção dos torcedores com relação aos patrocinadores das equipes rivais. Quer-se descobrir através dessa questão se os torcedores notam além das empresas que patrocinam o seu time, as marcas que patrocinam os times rivais e se elas têm a mesma visibilidade para esses torcedores quanto tem com relação às marcas que patrocinam o seu time do coração. Costuma observar os patrocinadores das equipes adversárias? 70 57,8 60 50 44 43,6 40,7 40 29,1 20 30 26,7 30 21,8 18,6 11,6 14,7 7,9 10 20,6 13 13 6,9 0 BAH VIT Nunca Raramente SPT Ás Vezes NAU Sempre Gráfico 15: Percepção dos Torcedores dos Times do Grupo 2-A em observar a marca do patrocinador da equipe adversária durante os eventos. Fonte: Dados Primários Entendeu-se a partir do gráfico de número 15 que a maioria dos torcedores do Bahia, com 40,7%, dos votos afirmaram que ás vezes observa o patrocinador do time rival, 29,1% dos torcedores afirmam que raramente observam os patrocinadores da equipe arqui-rival, cerca de 18,6% dos respondentes informam que sempre visualizam a marca patrocinadora do time rival durante os jogos, enquanto 11,6% dos respondentes alegam nunca observar o patrocinador do time rival durante os jogos. Com relação aos torcedores do Vitória percebeu-se que 43,6% dos torcedores ás vezes nota os patrocinadores da equipe rival; 26,7% dos torcedores disseram raramente notar os patrocinadores do time rival durante a partida; 21,8% dos torcedores do Vitória disseram sempre reparar no patrocinador do time oponente durante o evento e 7,9% dos respondentes alegaram nunca observar o patrocinador do time adversário. Observou-se ainda, através do gráfico 15 que 57,8% dos torcedores do Sport ás vezes repara no patrocinador do time rival; 20,6% dos respondentes raramente notam o patrocinador do time rival; 14,7% disseram sempre observar a organização patrocinadora do time adversário e 6,9% afirmou nunca notar tal patrocinador. Com relação ao Náutico, foi possível perceber que 44% dos torcedores ás vezes repara na marca patrocinadora do time rival durante o evento; 30% dos torcedores disseram raramente observar o patrocinador do time adversário; 13% dos respondentes alegaram sempre reparar na marca do patrocinador da equipe oponente e 13% alegou nunca notar o patrocinador que apóia o time rival. Foi possível perceber que todos os clubes inseridos no Grupo 2-A tiveram como opção mais respondida “ás vezes”, e em segundo lugar responderam raramente. Sendo assim foi possível concluir que mesmo se tratando do patrocinador do time oponente a empresa tem visibilidade perante a torcida e os indivíduos que assistem aos jogos de futebol. O gráfico 16 demonstra se os torcedores, enquanto consumidores, adquirem os produtos ou serviços das empresas que patrocinam o seu clube do coração. Essa questão é de suma importância para as empresas descobrirem se o fato de apoiar as equipes, gera, além de visibilidade de marca, lucro com a compra, pelos torcedores, dos produtos comercializados por ela e com que freqüência ocorre. Adquire os produtos/serviços dos patrocinadores do seu time do coração? 60 56,6 52,5 49,5 45,6 50 40 29,3 24,8 30 7,1 10 17,2 15,8 14,1 20 27,2 22,3 6,9 4,9 22,2 4 0 BAH VIT Nunca Raramente SPT Ás Vezes NAU Sempre Gráfico 16: Freqüência dos Torcedores dos Times do Grupo 2-A enquanto consumidores dos produtos e/ou serviços da empresa patrocinadora do seu time do coração. Fonte: Dados Primários Observou-se analisando o gráfico 16 que 49,5% dos torcedores do Bahia afirmaram que ás vezes compram os produtos ou contratam os serviços da empresa que patrocina seu time do coração; em segundo lugar com 29,3% dos votos, os respondentes atestaram que sempre adquirem os produtos ou serviços da empresa que patrocina a equipe do Bahia, 14,1% dos respondentes afirmaram que raramente adquirem os produtos da empresa patrocinadora enquanto cerca de 7,1% nunca adquirem os produtos da empresa que apóia o seu clube. Com relação aos torcedores do Vitória notou-se que a maior parte dos respondentes, ou seja, 52,5%, ás vezes compra os produtos da empresa patrocinadora, 24,8% dos respondentes afirmaram que sempre compram os produtos da empresa que apóia financeiramente seu time, 15,8% dos torcedores raramente compram os produtos ou serviços comercializados pela empresa que patrocina o clube e 6,9% dos pesquisados alegaram nunca adquirir os produtos da empresa que patrocina o clube do coração. Dos torcedores do Sport que responderam essa questão, 45,6% afirmaram que às vezes compram os produtos da empresa que patrocina seu time, 27,2% dos respondentes disseram que sempre compram os produtos da empresa em questão, 22,3% dos torcedores afirmaram raramente adquirir os produtos da empresa patrocinadora e, 4,9% dos torcedores alegaram nunca comprar os produtos da empresa apoiadora. Os torcedores do Náutico, em sua maioria, com 56,6% dos votos informaram que às vezes compram os produtos da empresa patrocinadora; 22,2% dos respondentes alegaram sempre adquirir produtos ou serviços da empresa que patrocina o time, 17,2% dos torcedores raramente se utilizam dos serviços ou compram os produtos oferecidos pela empresa que patrocina seu time do coração, e, 4% dos torcedores disseram nunca comprar os produtos da empresa patrocinadora do time do coração. Observou-se após análise do gráfico 16 que o potencial de venda dos produtos ou serviços das empresas patrocinadoras dos clubes acima mencionados é bastante elevado, já que a maioria dos respondentes de todos os clubes do Grupo 2-A respondeu que adquirem os produtos das empresas patrocinadoras “às vezes ou sempre”. Segundo Kevin Mason (2005) uma coisa que parece ser conhecida é a certeza de que o patrocínio está altamente envolvido com os torcedores, e esses parecem mais receptivos ao patrocinador, que, por sua vez, podem ter conseqüências positivas em mercados selecionados. O gráfico 17 trata do conhecimento e percepção dos torcedores dos times inseridos no Grupo 2-A. Eles deveriam informar se sabiam que a mesma empresa que patrocina seu time do coração também patrocina seu time rival. Você tem conhecimento que a mesma empresa que patrocina o seu time do coração também patrocina seu maior rival? 100 80 60 40 20 0 84,6 79,2 61,2 52,5 38,8 15,4 BAH 47,5 20,8 VIT SPT Sim NAU Não Gráfico 17: Conhecimento dos torcedores dos times inseridos no Grupo 2-A com relação aos patrocinadores simultâneos do time do coração e do time rival. Fonte: Dados Primários Percebeu-se através da análise do gráfico de número 17 que 84,6% dos torcedores do Esporte Clube Bahia tinham conhecimento que a mesma empresa que apóia seu time do coração também apóia o time rival enquanto que 15,4% dos torcedores não tinham essa informação. Dos torcedores do Vitória 79,2% conheciam essa informação e 20,8% não. Com relação aos torcedores do Sport, 61,2% dos torcedores sabiam que a mesma empresa que patrocina seu time do coração também patrocina seus rivais e 38,8% desconheciam essa informação. Com relação aos torcedores do Náutico pouco mais da metade, ou seja, 52,5% dos torcedores detinham essa informação, enquanto que 47,5% dos torcedores não sabiam que a mesma empresa que patrocina o Náutico também patrocina seus rivais. Na seqüência o gráfico 18 que traz a opinião dos torcedores dos times inseridos no Grupo 2-A com relação à estratégia da instituição que patrocina seu time do coração também patrocinar o time rival. Essa informação é importante para as empresas perceberem qual a percepção dos torcedores com relação à sua estratégia. O que acha do fato da mesma empresa que patrocina seu clube do coração patrocinar também a(s) equipe(s) rival(ais)? 70 60 50 40 30 20 10 0 62,1 43 33,5 18 5,5 BAH 44,4 38,2 37,3 32,3 22,3 16,7 7,8 VIT 12,6 2,9 SPT 9,1 14,1 NAU Não tem importância Ruim. A empresa não consegue agradar nem os torcedores do meu clube e nem os torcedores da equipe rival Bom. A empresa consegue agradar os torcedores de ambos os clubes A empresa deveria optar por apenas um dos clubes Gráfico 18: Percepção dos torcedores dos times inseridos no Grupo 2-A em relação à estratégia da empresa de patrocinar simultaneamente equipes rivais do mesmo estado. Fonte: Dados Primários Percebeu-se através do gráfico 18 que 43% dos torcedores do Esporte Clube Bahia mostrou-se indiferentes à estratégia da empresa, afirmando não ter importância o fato de ela patrocinar simultaneamente o time do coração e o rival; 5,5% dos torcedores disse que essa estratégia é ruim, pois a empresa não agrada nem os torcedores do time do coração do torcedor respondente, e nem ao seu time rival; 18% acredita ser uma estratégia boa, pois a empresa agrada os torcedores de ambos os clubes e 33,5% afirmou que a empresa deveria optar por apenas um dos clubes para patrocinar. Já com relação aos torcedores do Esporte Clube Vitória, notou-se que 38,2% dos respondentes alegaram que a empresa deveria optar por apenas um dos clubes; 37,3% afirmaram não ter importância o fato de a empresa patrocinar simultaneamente equipes rivais; 16,7% dos torcedores disseram que a estratégia é boa, pois consegue agradar os torcedores de ambos os times e 7,8% dos respondentes achou a estratégia ruim, pois assim a empresa não consegue agradar nem os torcedores de um clube e nem do outro. Observou-se pelo gráfico 18 que 62,1% dos torcedores do Sport Club do Recife acham que não tem importância a empresa patrocinar concomitantemente o seu clube do coração e os times rivais; 2,9% dos torcedores acham essa estratégia de patrocinar ao mesmo tempo equipes rivais ruim, pois a empresa não agrada os torcedores de nenhum dos dois clubes; 12,6% dos torcedores rubro-negros afirmaram que essa é uma boa estratégia da empresa, pois ela atinge favoravelmente os torcedores dos dois times e 22,3% dos torcedores acreditam que a empresa deveria optar por um dos times. Verificou-se através do gráfico 18 que 44,4% dos torcedores do Clube Náutico Capibaribe acreditam que não tem importância a empresa patrocinar simultaneamente times rivais; 9,1% dos torcedores acharam essa estratégia ruim, pois a empresa não atinge favoravelmente os torcedores de nenhuma das equipes patrocinadas; 32,3% dos torcedores acreditam que essa seja uma boa estratégia da empresa pois a organização atinge os torcedores de ambos os clubes e 14,1% dos torcedores acham que a empresa deveria optar por apenas um dos clubes da região. Observou-se que a maior parte dos torcedores dos times do Grupo 2-A acha que não tem importância a empresa patrocinar simultaneamente as equipes rivais da mesma região. Como segunda resposta mais votada observou-se que, com exceção do Clube Náutico Capibaribe as demais equipes do Grupo 2-A acreditam que a empresa deveria optar por apenas um dos times da região para patrocinar. Talvez essa estratégia de patrocinar as equipes concomitantemente não esteja surtindo o efeito esperado perante os torcedores, entretanto deve-se aguardar para analisar a entrevista da empresa Minasgás, patrocinadora das equipes do Sport, Náutico e também do Santa Cruz. O gráfico de número 19 traz à tona a opinião dos torcedores após saberem que a empresa patrocina simultaneamente o time do coração e o seu rival. Pretende-se descobrir com essa questão se os torcedores sentiram-se influenciados com essa informação, se foi uma influência positiva ou negativa e se isso poderá afetar o comportamento de compra dos torcedores. Os torcedores deveriam responder se o fato da empresa patrocinar seu time do coração e a equipe rival concomitantemente mudou alguma coisa com relação à imagem que ele fazia da empresa. Algumas alternativas de resposta davam a opção do torcedor responder se continuaria ou não adquirindo os produtos da empresa patrocinadora ou não. Agora que você sabe que a mesma empresa que patrocina seu time do coração patrocina também seu maior rival, mudou alguma coisa com relação à imagem que você fazia da empresa? 80 40 20 28 14,9 4,5 51 32 25,2 24,8 16 61,2 52,5 51,4 60 7,9 8,7 4,9 14 3 0 BAH VIT SPT NAU Não. Acho até que é uma boa estratégia da empresa. Sim. Não gostei de saber que ela patrocina a equipe oponente, mas se eu precisar vou adquirir seus produtos Sim. Não gostei de saber que ela patrocina meu rival e não pretendo adquirir seus produtos daqui para frente. O fato de ela patrocinar meu time e/ou meu rival não interfere em nada na minha decisão de compra. Gráfico 19: Percepção dos torcedores dos times inseridos no Grupo 2-A com relação à imagem da empresa e seu comportamento de compra Fonte: Dados Primários Através do gráfico 19 percebeu-se que a maioria, ou seja, 51,4% dos torcedores do Esporte Clube Bahia disseram que o fato da empresa patrocinar seu time e/ou seu rival não interfere na sua decisão de compra; 28% dos torcedores acham que essa é uma boa estratégia da empresa; 16% dos torcedores não gostaram de saber que a empresa patrocina o time rival, mas se precisarem vão comprar seus produtos e apenas 4,5% dos torcedores disseram que não gostaram de saber que a empresa patrocina também seu time rival e não pretendem comprar seus produtos daqui por diante. O gráfico 19 trouxe a informação que 24,8% dos torcedores do Vitória acredita que essa é uma boa estratégia da empresa; 7,9% dos torcedores disseram que não gostaram de saber que a empresa patrocina também seu time rival e não pretendem comprar seus produtos daqui por diante; 52,5% dos torcedores afirmaram que o fato da empresa patrocinar seu time do coração ou seu rival não interfere na sua decisão de compra e 14,9% dos torcedores do Vitória disseram que mudaram a imagem que faziam da empresa, não gostaram de saber que ela patrocina seu time rival, mas que se precisarem continuarão comprando seus produtos. Analisou-se o gráfico 19 e foi possível perceber que 25,2% dos torcedores do Sport Club do Recife acreditam que a estratégia de patrocinar times rivais do mesmo estado simultaneamente é uma boa estratégia; 8,7% dos respondentes não gostaram de saber que a empresa patrocina também o seu rival, mas se precisarem vão continuar comprando os produtos comercializados pela empresa; 4,9% dos torcedores não gostaram de saber que a empresa patrocina também seu rival e não pretendem continuar comprando os produtos comercializados por ela e 61,2% dos torcedores do Sport disseram que fato da empresa patrocinar seu time do coração ou seu rival não influencia sua decisão de compra. Através do gráfico 19 percebeu-se que 32% dos torcedores do Clube Náutico Capibaribe disseram que o fato da empresa patrocinar seu time e/ou seu rival não interfere na sua decisão de compra; 51% dos torcedores acham que essa é uma boa estratégia da empresa; 14% dos torcedores não gostaram de saber que a empresa patrocina o time rival, mas se precisarem vão comprar seus produtos e apenas 3% dos torcedores disseram que não gostaram de saber que a empresa patrocina também seu time rival e não pretendem comprar seus produtos daqui por diante. Percebeu-se pela análise do gráfico 19 que a maioria dos torcedores dos times pertencentes ao Grupo 2-A não sentem-se influenciados pelo fato da organização apoiar não apenas seu time, como também o time rival e acham que essa é uma boa estratégia da empresa, confirmando o que já foi apresentado no gráfico de número 18. O gráfico 20, seguinte demonstra a relação desempenho do time versus motivação dos torcedores em adquirir os produtos da empresa patrocinadora. O bom desempenho do meu time nos jogos e campeonatos faz com que eu me sinta ______ em adquirir os produtos da empresa patrocinadora: 45 41,2 40 38,3 37,9 34 35 30 26,2 24,5 25 21,4 19,4 20 17 15,9 15 20 19 14,714,7 13,4 10,9 10 8,7 10 7,8 4,9 5 0 BAH VIT SPT Nada Motivado(a) Pouco Motivado(a) Muito Motivado(a) Extremamente Motivado(a) NAU Motivado(a) Gráfico 20: Relação de Desempenho dos times do Grupo 2-A versus motivação de compra dos torcedores enquanto consumidores Fonte: Dados Primários Observou-se a partir do gráfico 20 que 13,4% dos torcedores do Esporte Clube Bahia não se sentem motivados em adquirir os produtos da empresa patrocinadora por conta do bom desempenho do time nos jogos de futebol; 10,9% afirmou que o bom desempenho do time nos campeonatos faz com que sintam-se pouco motivados em comprar os produtos da empresa que patrocina seu time do coração; 38,3% dos respondentes sentem-se motivados a adquirir os bens da empresa que patrocina seu time por conta do bom desempenho durante as partidas; 15,9% dos respondentes sentem-se muito motivados pelo bom desempenho do Bahia nos jogos em adquirir os bens da empresa que patrocina seu time e 21,4% dos torcedores sentem-se extremamente motivados em adquirir os produtos ou serviços oferecidos pela empresa patrocinadora se o seu time for bem nos campeonatos. O gráfico 20 apresentou que 24,5% dos torcedores do Esporte Clube Vitória não se sentem motivados na aquisição de bens do patrocinador do seu time por conta do desempenho do seu time nos campeonatos; 4,9% dos torcedores afirmou que o fato do Vitória ir bem nas partidas faz com que eles se sintam pouco motivados em adquirir os produtos da Fiat; a maioria, ou 41,2% dos torcedores sentem-se motivados a comprarem os produtos da empresa que patrocina seu time por conta do bom desempenho do time nos jogos; 14,7% dos respondentes sentem-se muito motivados com o bom desempenho do Vitória em adquirir bens da instituição patrocinadora e 14,7% dos torcedores alegaram sentir-se extremamente motivados com o bom desempenho do seu time no coração nas partidas de futebol, em adquirir os produtos oferecidos pela empresa em questão. Observou-se a partir do gráfico 20 que 8,7% dos torcedores do Sport Club do Recife não se sentem motivados em fazer aquisição de produtos comercializados pela patrocinadora da equipe por conta do seu time ir bem nas partidas de futebol; 7,8% dos rubro-negros alegaram sentir-se pouco motivados em adquirir produtos da empresa patrocinadora por conta do bom desempenho do clube nos campeonatos; 37,9%, a grande maioria dos torcedores, sente-se motivados em adquirir produtos da empresa patrocinadora por conta do bom desempenho do clube nos jogos e campeonatos; 19,4% dos respondentes sentem-se muito motivados a comprarem produtos do patrocinador com o bom desempenho do time e para 26,2% dos torcedores o bom desempenho do Sport nos campeonatos faz com que sintam-se extremamente motivados em adquirir os produtos oferecidos pela Minasgás. Através do gráfico 20 percebeu-se que 10% dos torcedores do Clube Náutico Capibaribe não sentem-se motivados pelo bom desempenho do time em adquirir produtos comercializados pela empresa que apóia seu time do coração; 19% dos respondentes disseram sentir-se pouco motivados pelo bom desempenho do time, em comprar os produtos da empresa que patrocina o clube; 34% dos torcedores afirmaram que o bom desempenho do time nos jogos faz com que eles sintam-se motivados em comprar produtos dos patrocinadores do time; 17% dos torcedores disseram sentir-se muito motivados com o bom desempenho do time em adquirir produtos do patrocinador da equipe e 20% alegaram que o desempenho favorável do time durante os campeonatos faz com que eles sintam-se extremamente motivados em adquirir os bens da empresa que patrocina o Náutico. Através da análise do gráfico 20 percebeu-se que os torcedores dos times pertencentes ao Grupo 2-A, com exceção do Vitória, na sua maioria, sentem-se motivados ou extremamente motivados a comprar os produtos comercializados pela empresa que patrocina e apóia financeiramente seu clube do coração se o seu time apresentar vitórias nos jogos e campeonatos. Confirmando o que foi demonstrado nesse gráfico, o fator desempenho é determinante para a satisfação e motivação do cliente, nesse caso, do torcedor. Conforme Leeuwen, Quick e Daniel (2002), três fatores são decisivos para a satisfação do cliente: expectativas, desempenho e percepção. 4.4 Análise dos resultados dos questionários aplicados aos torcedores dos Times do Grupo 2-B Na seqüência serão dispostos os gráficos correspondentes às respostas dos torcedores dos seguintes clubes: Figueirense Futebol Clube, que contou com a resposta de 144 pessoas, Avai Futebol Clube, que contou com a resposta de 124 torcedores, Clube Atlético Paranaense, que contou com a resposta de 224 pessoas, Coritiba Foot Ball CLub, que teve 137 respondentes, Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, que contou com a resposta de 129 pessoas, Sport Club Internacional, que teve 100 respostas e Esporte Clube Juventude, que teve 180 respondentes. A legenda a seguir deverá ser utilizada para entendimento dos gráficos de número 21 a 30. Quadro 6: Legenda de denominação das equipes do Grupo 2-B nos gráficos TIME DENOMINAÇÃO FIGUEIRENSE FUTEBOL CLUBE FIG AVAÍ FUTEBOL CLUBE AVA CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE CAP CORITIBA FOOT BALL CLUB CTB GRÊMIO FOTT-BALL PORTO ALEGRENSE GRE SPORT CLUB INTERNACIONAL INT ESPORTE CLUBE JUVENTUDE JUV O gráfico 21 relata qual a opinião dos torcedores do Grupo 2-B com relação aos rivais. Na sua opinião qual dos times abaixo é o maior rival do seu? (Times do Futebol Brasileiro) 120 100 95,1 98,4 97,7 94,9 91,9 91 80 60 48,9 37,8 40 20 12,8 7,2 2,1 0,7 2,1 0,80,8 0,4 0,4 6 2,2 0,7 0,7 1,5 0,8 0,8 0,8 3 0,6 0 FIG AVA CAP CTB GRE INT Bahia Vitória Grêmio Internacional Juventude Sport Santa Cruz Figueirense Avaí Atlético PR Coritiba Outro JUV Náutico Gráfico 21: Opinião dos Torcedores dos Times do Grupo 2-B quanto aos Times Rivais Fonte: Dados Primários Notou-se através do gráfico 21 que 95,1% dos torcedores do Figueirense acredita que seu maior rival seja o Avaí, 2,1% dos torcedores afirma ser o Internacional; 0,7%% dos respondentes têm como maior rival a equipe do Grêmio e 2,1% tem outro time como rival. Conforme foi possível perceber uma parcela de 98,4% dos torcedores do Avaí acredita que o Figueirense seja seu principal rival; 0,8% dos respondentes acham que o Atlético Paranaense seja o maior rival do Avaí e 0,8% dos respondentes acham que outro time seja o maior rival do Avaí Futebol Clube. Observou-se que a maior parte dos torcedores do Atlético Paranaense acredita que seu arqui-rival seja o Coritiba com 91,9% dos votos; o Grêmio aparece com 0,4% na opinião dos atleticanos como o maior rival; Figueirense foi citado por 0,4% dos torcedores; 7,2% dos respondentes julgam que outra equipe seja o time de maior rivalidade com o Clube Atlético Parananense. Notou-se através do gráfico 21 que 94,9% dos torcedores do Coritiba acredita que seu maior rival seja o Atlético Paranaense; 2,2% dos torcedores afirma ser o Grêmio; 0,7% dos respondentes têm como maior rival a equipe do Vitória e Náutico, também com 0,7% dos votos e 1,5% dos torcedores do Coritiba tem outro time como maior rival. Conforme foi possível perceber através do gráfico 21 cerca de 97,7% dos torcedores do Grêmio acredita que o Internacional seja seu principal rival; 0,8% dos respondentes acham que o Juventude é o maior rival do Grêmio e 0,8% dos respondentes acham que o Figueirense seja o maior rival; e outro foi citado por 0,8% dos respondentes como sendo o maior rival do Grêmio. Notou-se que a maior parte dos torcedores do Internacional acredita que seu arqui-rival seja o Grêmio com 91% dos votos; o Juventude aparece em segundo lugar com 6% da opinião dos colorados como o maior rival; 3% dos respondentes julgam que outra equipe seja o time de maior rivalidade com o Internacional. Observou-se que 48,9% dos torcedores do Juventude acredita que seu maior rival seja o Grêmio; 37,8% dos torcedores afirma ser o Internacional; 0,6% dos respondentes têm como maior rival a equipe do Atlético Paranaense e 12,8% dos torcedores do Juventude tem outro time como maior rival. Através do gráfico 21 pode-se perceber nitidamente a rivalidade existente entre as equipes da capital dos 3 estados entre si. O Grenal 6 é um jogo onde nota-se a rivalidade entre as equipes. Os torcedores do Grêmio e Internacional têm fama de serem extremamente fanáticos a ponto de não usarem roupas com as cores do clube adversário. O clássico Atletiba7 é um exemplar da rivalidade existente entre as duas equipes da capital paranaense. Observou-se também que na capital catarinense a rivalidade fica por conta de Avaí e Figueirense. A seguir será exibido o gráfico de número 22 que representa o amor e o “fanatismo” dos torcedores dos times inseridos no Grupo 2-B com relação o seu time do coração. Sou um torcedor "fanático"? 85,7 90 77,5 80 85 76,4 75,4 70 72,7 62,5 60 50 40 30 20 10 17,6 19,1 16,4 12,1 2,82,1 6,6 1,6 23,2 15,4 2,9 1,80,4 18,1 12,2 4,7 0,8 2 2 1,11,7 0 FIG AVA CAP Nunca CTB Raramente GRE Ás Vezes INT JUV Sempre Gráfico 22: Percepção dos torcedores dos Times do Grupo 2-B sobre seu próprio comportamento enquanto torcedor Fonte: Dados Primários Percebeu-se através do gráfico de número 22 que a grande maioria, ou seja, 77,5% dos torcedores do Figueirense consideram-se fanáticos sempre, 17,6% dos torcedores consideram-se fanáticos ás vezes; cerca de 2,1% dos respondentes julgam-se fanáticos raramente, enquanto 2,8% dos torcedores consideram que nunca são fanáticos. 6 7 Clássico entre os times do Grêmio e Internacional Como é conhecido o jogo clássico entre Atlético Paranaense e Coritiba Observou-se através do gráfico 22 que 6,6% do total de torcedores do Avaí que responderam a pesquisa consideram que nunca são fanáticos; 1,6% dos avaianos raramente são fanáticos; 16,4% declararam-se fanáticos ás vezes, e, a grande maioria, ou seja, 75,4% dos torcedores do Avaí consideraram-se fanáticos sempre. Notou-se que a maioria dos torcedores do Atlético Paranaense, ou seja, 85,7%, considera-se fanático sempre; 12,1% são fanáticos ás vezes, 0,4% dos respondentes informam que raramente são fanáticos e 1,8% dos atleticanos nunca são fanáticos. A maior parte dos torcedores do Coritiba, ou seja, 62,5%, julga-se fanático sempre, já 15,4% dos torcedores que responderam o questionário alegam que ás vezes são fanáticos, 2,9% dos respondentes informaram que raramente são fanáticos e 19,1% dos coxas-brancas8 disseram que nunca são fanáticos. Observou-se que a maioria dos torcedores do Grêmio, ou seja, 76,4%, considera-se fanático sempre; 18,1% são fanáticos ás vezes, 4,7% dos respondentes informam que raramente são fanáticos e 0,8% dos gremistas nunca são fanáticos. A maior parte dos torcedores do Internacional, ou seja, 72,7%, julga-se fanático sempre, já 23,2% dos torcedores que responderam o questionário alegam que ás vezes são fanáticos, 2% dos respondentes informaram que raramente são fanáticos e 2% dos colorados disseram nunca ser fanáticos. Observou-se através do gráfico 22 que 1,1% do total de torcedores do Juventude que responderam a pesquisa consideram que nunca são fanáticos; 1,7% dos respondentes raramente são fanáticos; 12,2% declararam-se fanáticos ás vezes, e, a grande maioria, ou seja, 85 % dos torcedores do Juventude consideraram-se fanáticos sempre. Analisando o gráfico 22 dos times do Grupo 2-B pode-se dizer que todos eles têm maioria de torcedores fanáticos. Pôde-se observar também que os torcedores do Coritiba foram os menos “eufóricos” em declarar-se fanáticos. Isso foi possível notar durante o processo de divulgação da pesquisa onde alguns torcedores do Coritiba criticaram esta questão, pois o termo “fanático” 8 Como são popularmente conhecidos os torcedores do Coritiba. refere-se a uma das torcidas organizadas de seu principal rival, o Atlético Paranaense. Alguns torcedores mais inflamados entenderam a questão de forma errônea, entretanto contribuíram para que fosse possível compreender como a rivalidade entre os dois times é grande e como de fato os torcedores são apaixonados por seu time do coração. A seguir será apresentado o gráfico 23 que demonstra qual o meio que os torcedores utilizam para acompanhar os jogos de futebol do seu time do coração. Geralmente acompanho aos jogos de futebol do meu time: 100 80 85,9 84,1 83,7 71,8 66,4 60 56 50,4 40 33 30,2 21,7 20 6,3 5,6 11,39,7 7,3 5,4 4,1 6,8 4,5 6,1 5,3 CAP CTB 11,67,8 6 5 5,1 2,8 6,2 0 FIG AVA No estádio Pela televisão GRE Pelo rádio INT JUV Pela internet Gráfico 23: Preferência dos Torcedores dos Times do Grupo 2-B no modo/meio de acompanhar os jogos do seu time Fonte: Dados Primários O gráfico 23 descreve onde ou como os torcedores do Figueirense costumam acompanhar os jogos do seu time. A grande maioria, com 66,4%, prefere assistir aos jogos no estádio; em segundo lugar a preferência dos torcedores é pela televisão, com 21,7%; o rádio é a terceira opção mais votada, com 6,3% enquanto a preferência pela internet é de 5,6% dos respondentes. Verificou-se através do gráfico de número 23 que 71,8% dos torcedores do Avaí têm o hábito de assistir aos jogos do seu time no estádio, a segunda opção na preferência dos avaianos, com 11,3% dos votos é a televisão, o rádio fica com 8,7% e a internet corresponde a 7,3% da preferência dos torcedores respondentes. Percebeu-se que a preferência dos torcedores do Atlético Paranaense é assistir os jogos de futebol do seu time no estádio, com 83,7% da preferência; a televisão é segunda opção, pois contou com 5,4% dos votos; alguns respondentes, cerca de 6,8%, tem o hábito de acompanhar o jogo do Atlético Paranaense pela internet e 4,1% dos torcedores geralmente acompanham o jogo pelo rádio. Uma parcela de 4,5% de torcedores do Coritiba tem o hábito de assistir os jogos pela televisão; 84,1% dos respondentes informaram que geralmente acompanham o jogo direto do estádio, a internet fiou com 5,3% da preferência, e o rádio teve 6,1% dos votos. Verificou-se através do gráfico de número 23 que 30,2% dos torcedores do Grêmio têm o hábito de assistir aos jogos do seu time no estádio, com 50,4% dos votos é televisão é a opção mais votada, o rádio fica com 11,6% e a internet corresponde a 7,8% da preferência dos torcedores respondentes. Observou-se que uma parcela de 56% de torcedores do Internacional tem o hábito de assistir os jogos pela televisão; 33% dos respondentes informaram que geralmente acompanham o jogo direto do estádio, a internet fiou com 5% da preferência, e o rádio teve 6% dos votos. Para os torcedores do Juventude, a opção preferida é o estádio, com 85,9% dos votos; 5,1% dos torcedores do Juventude preferem a televisão; 2,8% dos respondentes escolheram o rádio para acompanhar o jogo do seu time e 6,2% dos torcedores escolhem a internet para acompanhar os jogos do Juventude. Após a análise dos times do Grupo 2-B no gráfico 23, foi possível perceber que os torcedores dos times dos estados do Paraná e Santa Catarina e a equipe do Juventude, preferem assistir aos jogos diretamente do estádio de futebol, as equipes de Grêmio e Internacional tiveram uma maioria optante pela televisão. Isso pode ser explicado pelo fato das equipes de Avaí, Figueirense, Atlético Paranaense, Coritiba e Juventude apresentar maioria de torcedores na própria capital do estado a que pertencem, enquanto as equipes de Grêmio e Internacional possuem torcidas espalhadas por vários estados brasileiros, principalmente nos estados do Sul, por serem equipes maiores e com títulos mais importantes. Na seqüência será demonstrado o gráfico de número 24 que relata se os torcedores das equipes do Grupo 2-B têm o hábito de observar os patrocinadores do time do coração e com que freqüência isso ocorre. Costuma observar os patrocinadores do time que você torce? 80 71,1 70 66,1 62,3 64,6 56,3 60 54 49 50 44 34,5 40 32,5 28,7 30 25,8 28,1 22,2 20 10 7,7 1,4 4,94,1 6,3 1,8 3 3,7 8,7 4,8 2 5 7,3 INT JUV 0 FIG AVA CAP Nunca CTB Raramente GRE Ás vezes Sempre Gráfico 24: Percepção dos torcedores dos Times do Grupo 2-B em observar a marca da empresa patrocinadora durante os eventos Fonte: Dados Primários Notou-se no gráfico 24 que 56,3% dos torcedores do Figueirense Futebol Clube tem o hábito de sempre observar os patrocinadores durante os jogos, enquanto 34,5% dos respondentes afirmaram que ás vezes observa os patrocinadores, 7,7% do total dos torcedores que responderam a pesquisa, afirmaram que raramente visualizam os patrocinadores do clube e somente 1,4% asseguram que nunca reparam nos patrocinadores da equipe durante a partida. Verificou-se que a maior parte dos torcedores do Avaí que responderam a pesquisa, ou seja, 62,3% sempre observam o patrocinador durante a partida; 28,7% dos respondentes disseram que às vezes observam o patrocinador do clube; 4,1% dos torcedores afirmaram que raramente notam o patrocinador e 4,9% dos participantes afirmaram nunca perceber ou observar o patrocinador do seu time do coração. Verificou-se a partir do gráfico 24 que 66,1% dos torcedores do Clube Atlético Paranaense que responderam a pesquisa sempre notam os patrocinadores do seu time do coração; já 25,8% desses informaram que ás vezes repara nos patrocinadores, uma parcela de 6,3% dos participantes da pesquisa afirmou que raramente observam a marca da empresa que apóia seu time e somente 1,8% dos torcedores alegaram que nunca notam os patrocinadores. Notou-se que entre os torcedores do Coritiba que responderam que sempre notam o patrocinador são 71,1% do total, e entre os torcedores que afirmaram que ás vezes visualiza os patrocinadores são 22,2% do total; uma parcela de 3,7% dos respondentes alegou que raramente percebem os patrocinadores durante o jogo e apenas 3% dos pesquisados disseram nunca reparar no patrocinador durante a partida. Percebeu-se no gráfico 24 que 54% dos torcedores do Grêmio tem o hábito de sempre observar os patrocinadores durante os jogos, enquanto 32,5% dos respondentes afirmaram que ás vezes observa os patrocinadores, 8,7% do total dos torcedores que responderam a pesquisa, afirmaram que raramente visualizam os patrocinadores do clube e somente 4,8% dos gremistas asseguraram que nunca reparam nos patrocinadores da equipe durante a partida. Verificou-se que 49% dos torcedores do Internacional que responderam a pesquisa sempre observam o patrocinador durante a partida; 44% dos respondentes disseram que ás vezes observa o patrocinador do clube; 5% dos torcedores afirmaram que raramente notam o patrocinador e 2% dos participantes afirmaram nunca perceber ou observar o patrocinador do seu time do coração. Verificou-se através do gráfico 24 que 64,6% dos torcedores do Juventude que responderam a pesquisa sempre notam os patrocinadores do seu time do coração; já 28,1% desses informaram que ás vezes repara nos patrocinadores e uma parcela de 7,3% dos participantes da pesquisa afirmou que raramente observam a marca da empresa que apóia seu time. Após verificação do gráfico 24, percebeu-se que todas as equipes inseridas no Grupo 2-B apresentaram maioria de torcedores afirmando que sempre e ás vezes observam a marca patrocinadora durante a partida do seu time do coração. O próximo gráfico, de número 25, traz a informação referente a percepção dos torcedores dos times pertencentes ao Grupo 2-B com relação aos patrocinadores das equipes rivais. Quer-se descobrir através dessa questão se os torcedores notam além das empresas que patrocinam o seu time, as marcas que patrocinam os times rivais e se elas têm a mesma visibilidade para esses torcedores quanto tem com relação às marcas que patrocinam o seu time do coração. Costuma observar os patrocinadores das equipes adversárias? 45,9 50 43 39,4 40 20 29,3 24,6 13,4 18 16,9 11,5 24,3 22,1 19,9 16,2 14 37,4 33,8 31,1 30,3 30 43 38,7 19,5 14,1 26,3 23,4 15,2 19,6 18,2 11,2 10 0 FIG AVA CAP Nunca CTB Raramente Ás Vezes GRE INT JUV Sempre Gráfico 25: Percepção dos Torcedores dos Times inseridos no Grupo 2-B em observar a marca do patrocinador da equipe adversária durante os eventos. Fonte: Dados Primários Entendeu-se a partir do gráfico de número 25 que a maioria dos torcedores do Figueirense, com 39,4%, dos votos afirmaram que ás vezes observa o patrocinador do time rival, 30,3% dos torcedores afirmam que raramente observam os patrocinadores da equipe arqui-rival, cerca de 16,9% dos respondentes informam que sempre visualizam a marca patrocinadora do time rival durante os jogos, enquanto 13,4% dos respondentes alegam nunca observar o patrocinador do time rival durante os jogos. Com relação aos torcedores do Avaí percebeu-se que 45,9% dos torcedores ás vezes nota os patrocinadores da equipe rival; 24,6% dos torcedores disseram raramente notar os patrocinadores do time rival durante a partida; 18% dos torcedores avaianos disseram sempre reparar no patrocinador do time oponente durante o evento e 11,5% dos respondentes alegaram nunca observar o patrocinador do time adversário. Observou-se ainda, através do gráfico 25 que 38,7% dos torcedores do Atlético Paranaense ás vezes repara no patrocinador do time rival; 31,1% dos respondentes raramente notam o patrocinador do time rival; 16,2% disse sempre observar a organização patrocinadora do time adversário e 14% afirmou nunca notar tal patrocinador. Com relação ao Coritiba, foi possível perceber que 33,8% dos torcedores ás vezes repara na marca patrocinadora do time rival durante o evento; 24,3% dos torcedores disseram raramente observar o patrocinador do time adversário; 22,1% dos respondentes alegaram sempre reparar na marca do patrocinador da equipe oponente e 19,9% alegou nunca notar a empresa que apóia o time rival. Entendeu-se a partir do gráfico de número 25 que a maioria dos torcedores do Grêmio, com 43%, dos votos afirmaram que ás vezes observa o patrocinador do time rival, 19,5% dos torcedores afirmam que raramente observam os patrocinadores da equipe arqui-rival, cerca de 23,4% dos gremistas informam que sempre visualizam a marca patrocinadora do time rival durante os jogos, enquanto 14,1% dos respondentes alegam nunca observar o patrocinador do time rival durante os jogos. Com relação aos torcedores do Internacional percebeu-se que 37,4% dos torcedores ás vezes nota os patrocinadores da equipe rival; 29,3% dos colorados disseram raramente notar os patrocinadores do time rival durante a partida; 18,2% dos torcedores gremistas disseram sempre reparar no patrocinador do time oponente durante o evento e 15,2% dos respondentes alegaram nunca observar o patrocinador do time adversário. Observou-se ainda, através do gráfico 25 que 43% dos torcedores do Juventude ás vezes repara no patrocinador do time rival; 26,3% dos respondentes raramente notam o patrocinador do time rival; 19,6% disse sempre observar a organização patrocinadora do time adversário e 11,2% afirmou nunca notar tal patrocinador. Foi possível perceber que todos os clubes inseridos no Grupo 2-B tiveram como opção mais respondida “ás vezes” , e em segundo lugar responderam raramente. Sendo assim foi possível concluir que mesmo se tratando do patrocinador do time oponente a empresa tem visibilidade perante a torcida. O gráfico 26 a seguir demonstra se os torcedores, enquanto consumidores, adquirem os produtos ou serviços das empresas que patrocinam o seu clube do coração. Essa questão é importante para as empresas descobrirem se o fato de apoiar as equipes, gera, além de visibilidade de marca, lucro com a compra, pelos torcedores, dos produtos comercializados por ela e com que freqüência ocorre essa compra. Adquire os produtos/serviços dos patrocinadores do seu time do coração? 60 51,7 54,1 50,5 49,8 46,7 50 40 30 31,3 26 21,7 21,7 19,5 21,6 22,5 5,7 4,9 21,7 26,3 24,8 20,4 19,4 16,3 20 10 51,4 44,2 5,9 5,4 9,3 20,7 6,1 1,7 0 FIG AVA CAP Nunca CTB Raramente GRE Ás Vezes INT JUV Sempre Gráfico 26: Freqüência dos Torcedores dos Times do Grupo 2-B em adquirir os produtos e/ou serviços da empresa patrocinadora do seu time do coração Fonte: Dados Primários Observou-se analisando o gráfico 26 que 51,7% dos torcedores do Figueirense Futebol Clube afirmaram que ás vezes compram os produtos ou contratam os serviços da empresa que patrocina seu time do coração; em segundo lugar, empatado com 21,7% dos votos, os respondentes atestaram que sempre e raramente adquirem os produtos ou serviços da empresa que patrocina a equipe do Figueirense e quase 5% nunca adquirem os produtos da empresa que apóia o seu clube. Com relação aos torcedores do Avaí notou-se que a maior parte dos respondentes, ou seja, 49,8%, ás vezes compra os produtos da empresa patrocinadora, 26% dos avaianos afirmaram que sempre compram os produtos da empresa que apóia financeiramente seu time, 19,5% dos torcedores raramente compram os produtos ou serviços comercializados pela empresa que patrocina o clube e 5,7% dos pesquisados alegaram nunca adquirir os produtos da empresa que patrocina o clube do coração. Dos torcedores do Atlético Paranaense que responderam essa questão, 50,5% afirmaram que às vezes compram os produtos da empresa que patrocina seu time, 22,5% dos respondentes disseram que sempre compram os produtos da empresa em questão, 21,6% dos torcedores afirmaram raramente adquirir os produtos da empresa patrocinadora e, 5,4% dos torcedores alegaram nunca comprar os produtos da empresa apoiadora. Os torcedores do Coritiba, em sua maioria, com 46,7% dos votos informaram que às vezes compram os produtos da empresa patrocinadora; 31,3% dos respondentes alegaram sempre adquirir produtos ou serviços da empresa que patrocina o time, 16,3% dos torcedores raramente se utilizam dos serviços ou compram os produtos oferecidos pela empresa que patrocina seu time do coração, e, 5,9% dos torcedores disseram nunca comprar os produtos da empresa patrocinadora do time do coração. Observou-se analisando o gráfico 26 que 44,3% dos torcedores do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense afirmaram que ás vezes compram os produtos ou contratam os serviços da empresa que patrocina seu time do coração; em segundo lugar com 24,8% dos votos, os respondentes atestaram que sempre compram os produtos da empresa que patrocina seu time; 21,7% dos gremistas disseram que raramente adquirem os produtos ou serviços da empresa que patrocina a equipe do Grêmio e 9,3% nunca adquirem os produtos da empresa que apóia o seu clube. Com relação aos torcedores do Sport Club Internacional notou-se que a maior parte dos respondentes, ou seja, 54,1%, ás vezes compra os produtos da empresa patrocinadora, 19,4% dos colorados informaram que sempre compram os produtos da empresa que apóia financeiramente seu time, 20,4% dos torcedores raramente compram os produtos ou serviços comercializados pela empresa que patrocina o clube e 6,1% dos pesquisados alegaram nunca adquirir os produtos da empresa que patrocina o clube do coração. Dos torcedores do Juventude que responderam a pesquisa, 51,4% afirmaram que às vezes compram os produtos da empresa que patrocina seu time, 26,3% dos respondentes disseram que sempre compram os produtos da empresa em questão, 20,7% dos torcedores afirmaram raramente adquirir os produtos da empresa patrocinadora e, 1,7% dos torcedores alegaram nunca comprar os produtos da empresa apoiadora Observou-se após a análise do gráfico 26 que o potencial de venda dos produtos ou serviços das empresas patrocinadoras dos clubes acima mencionados é bastante elevado, já que a maioria dos torcedores de todos os clubes do Grupo 2-B responderam que adquirem os produtos das empresas patrocinadoras “às vezes”. Entretanto seria interessante intensificar o trabalho de divulgação (ou verificar qual a razão que leva os torcedores a não adquirir tais produtos) para que os torcedores que responderam raramente ou nunca passassem a comprar os produtos da empresa. O gráfico 27 trata do conhecimento e percepção dos torcedores dos times inseridos no Grupo 2-B que deveriam informar se sabiam que a mesma empresa que patrocina seu time do coração também patrocina seu time rival. Você tem conhecimento que a mesma empresa que patrocina o seu time do coração também patrocina seu maior rival? 100 80 60 40 20 0 87,6 62,7 37,3 58,1 41,9 59,6 40,4 78,8 62,6 55,6 44,4 37,4 21,2 12,4 FIG AVA CAP CTB Sim GRE INT JUV Não Gráfico 27: Conhecimento dos torcedores dos times inseridos no Grupo 2-B com relação aos patrocinadores simultâneos do time do coração e do time rival. Fonte: Dados Primários Percebeu-se através da análise do gráfico de número 27 que 37,3% dos torcedores do Figueirense tinham conhecimento que a mesma empresa que apóia seu time do coração também apóia o time rival enquanto que 62,7% dos torcedores não tinham essa informação. Dos torcedores do Avaí 41,9% conheciam essa informação e 58,1% não. Com relação aos torcedores do Atlético Paranaense, 40,4% dos torcedores sabiam que a mesma empresa que patrocina seu time do coração também patrocina seus rivais e 59,6% desconheciam essa informação. Com relação aos torcedores do Coritiba, 44,4% dos torcedores detinham essa informação, enquanto que 55,6% dos torcedores não sabiam que a mesma empresa que patrocina o Coritiba também patrocina seus rivais. Com relação ao Grêmio, percebeu-se que 87,6% dos torcedores sabiam que o Banrisul patrocina também outros times rivais do estado do Rio Grande do Sul e apenas 12,4% não sabiam. Quanto aos torcedores do Sport Club Internacional 78,8% dos colorados já sabiam que eram patrocinados em conjunto com as equipes rivais e 21,2% dos torcedores não tinham essa informação. Já com relação ao Juventude, verificou-se que 37,4% dos torcedores sabiam que eram patrocinados pela mesma empresa que patrocina as equipes rivais e 62,6% dos torcedores não sabiam. Analisando o gráfico 27 notou-se que, com exceção dos torcedores de Grêmio e Internacional, a maioria dos torcedores dos outros times inseridos no Grupo 2-B não faziam idéia de que o time do seu coração e a equipe rival era patrocinado concomitantemente pela mesma empresa. Na seqüência o gráfico 28 demonstra a opinião dos torcedores dos times inseridos no Grupo 2-B com relação à estratégia da organização que patrocina seu time do coração também patrocinar o time rival. O que acha da empresa patrocinar o seu time do coração e simultaneamente o seu time rival? 60 50 53,6 48 46,5 40,7 40 40,7 41,4 39,3 33,8 33,3 32,1 33,3 30 20 10 25,8 14,8 14 9,88,9 4,9 16,3 11,1 27,3 27,3 22,3 19 19,5 13,3 12,1 5,9 5 0 FIG AVA CAP CTB GRE INT JUV Não tem im portância Ruim . A em presa não consegue agradar nem os torcedores do m eu clube e nem os torcedores da equipe rival Bom . A em presa consegue agradar os torcedores de am bos os clubes A em presa deveria optar por apenas um dos clubes Gráfico 28: Percepção dos torcedores dos times inseridos no Grupo 2-B em relação à estratégia da empresa de patrocinar simultaneamente equipes rivais do mesmo estado. Fonte: Dados Primários Percebeu-se através do gráfico 28 que 46,5% dos torcedores do Figueirense Futebol Clube mostraram-se indiferentes à estratégia da empresa, afirmando não ter importância o fato de ela patrocinar simultaneamente o time do coração e o rival; 4,9% dos torcedores disse que essa estratégia é ruim, pois a empresa não agrada nem os torcedores do time do coração do torcedor respondente, e nem ao seu time rival; 14,8% acredita ser uma estratégia boa, pois a empresa agrada os torcedores de ambos os clubes e 33,8% afirmou que a empresa deveria optar por apenas um dos clubes para patrocinar. Já com relação aos torcedores do Avaí Futebol Clube, notou-se que 40,7% dos respondentes alegaram que a empresa deveria optar por apenas um dos clubes; 40,7% afirmaram não ter importância o fato de a empresa patrocinar simultaneamente equipes rivais; 8,9% dos torcedores disseram que a estratégia é boa, pois consegue agradar os torcedores de ambos os times e 9,8% dos respondentes achou a estratégia ruim, pois assim a empresa não consegue agradar nem os torcedores de um clube e nem do outro. Observou-se que 48% dos torcedores do Clube Atlético Paranaense acham que não tem importância a empresa patrocinar concomitantemente o seu clube do coração e os times rivais; 5,9% dos torcedores acham essa estratégia de patrocinar ao mesmo tempo equipes rivais ruim, pois a empresa não agrada os torcedores de nenhum dos dois clubes; 14% dos torcedores afirmaram que essa é uma boa estratégia da empresa, pois ela atinge favoravelmente os torcedores dos dois times e 32,1% dos torcedores acreditam que a empresa deveria optar por um dos times. Verificou-se através do gráfico 28 que 39,3% dos torcedores do Coritiba Foot Ball Club acreditam que não tem importância a empresa patrocinar simultaneamente times rivais; 11,1% dos torcedores acharam essa estratégia ruim, pois a empresa não atinge favoravelmente os torcedores de nenhuma das equipes patrocinadas; 16,3% dos torcedores acreditam que essa seja uma boa estratégia da empresa pois a organização atinge os torcedores de ambos os clubes e 33,3% dos torcedores acham que a empresa deveria optar por apenas um dos clubes da região. Com relação aos torcedores do Grêmio Footb-Ball Porto Alegrense, notou-se que 25,8% dos respondentes alegaram que a empresa deveria optar por apenas um dos clubes; 41,4% afirmaram não ter importância o fato de a empresa patrocinar simultaneamente equipes rivais; 19,5% dos torcedores disseram que a estratégia é boa, pois consegue agradar os torcedores de ambos os times e 13,3% dos gremistas achou a estratégia ruim, pois assim a empresa não consegue agradar nem os torcedores de um clube e nem do outro. Observou-se que 33,3% dos torcedores do Sport Club Internacional acham que não tem importância a empresa patrocinar concomitantemente o seu clube do coração e os times rivais; 12,1% dos torcedores acham essa estratégia de patrocinar ao mesmo tempo equipes rivais ruim, pois a empresa não agrada os torcedores de nenhum dos dois clubes; 27,3% dos torcedores afirmaram que essa é uma boa estratégia da empresa, pois ela atinge favoravelmente os torcedores dos dois times e 27,3% dos torcedores acreditam que a empresa deveria optar por um dos times. Verificou-se através do gráfico 28 que 53,6% dos torcedores do Juventude acreditam que não tem importância a empresa patrocinar simultaneamente times rivais; 5% dos torcedores acharam essa estratégia ruim, pois a empresa não atinge favoravelmente os torcedores de nenhuma das equipes patrocinadas; 19% dos torcedores acreditam que essa seja uma boa estratégia da empresa pois a organização atinge os torcedores de ambos os clubes e 22,3% dos torcedores acham que a empresa deveria optar por apenas um dos clubes da região. Após analisar o gráfico 28 observou-se que a maior parte dos torcedores dos times do Grupo 2-B acha que não tem importância a empresa patrocinar simultaneamente as equipes rivais da mesma região. Como segunda resposta mais votada observou-se que, com exceção do Internacional, onde houve um empate entre os torcedores acharem que a empresa deveria optar por apenas um clube, e outros que acharam que a estratégia é boa, pois agrada os torcedores de ambos os times, as demais equipes do Grupo 2-B acreditam que a empresa deveria optar por apenas um dos times da região para patrocinar. O gráfico de número 29 exibe a opinião dos torcedores após saberem que a empresa patrocina simultaneamente o time do coração e o seu rival. Pretende-se descobrir com essa questão se os torcedores dos times inseridos no Grupo 2-B sentiram-se influenciados com essa informação, se foi uma influência positiva ou negativa e se isso poderá afetar o comportamento de compra dos torcedores. Os torcedores deveriam responder se o fato da empresa patrocinar seu time do coração e a equipe rival concomitantemente mudou alguma coisa com relação à imagem que ele fazia da empresa. Algumas alternativas de resposta davam a opção do torcedor responder se continuaria ou não adquirindo os produtos da empresa patrocinadora ou não. Agora que você sabe que a m esm a em presa que patrocina seu tim e do coração patrocina tam bém seu m aior rival, m udou algum a coisa com relação à im agem que você fazia da em presa? 70 60 50 40 30 20 10 0 64,3 62,1 56,7 51,1 43 28,4 13,5 7,1 FIG 24,8 21,5 10,7 AVA 43,9 38,8 29,1 21,5 16,4 CTB 28,1 27,1 17,2 14,9 CAP 40,8 5,43,1 8,27,1 7,37,9 GRE INT JUV Não. Acho até que é um a boa estratégia da em presa. Sim . Não gostei de saber que ela patrocina a equipe oponente, m as se eu precisar vou adquirir seus produtos. Sim . Não gostei de saber que ela patrocina a equipe oponente e não pretendo adquirir os produtos dela daqui pra frente. O fato de ela patrocinar m eu tim e e/ou m eu rival não interfere em nada na m inha decisão de com pra. Gráfico 29: Percepção dos torcedores dos times inseridos no Grupo 2-B com relação à imagem que fazem da empresa e seu comportamento de compra com relação à estratégia da empresa patrocinadora Fonte: Dados Primários Através do gráfico 29 percebeu-se que a maioria, ou seja, 51,1% dos torcedores do Figueirense disseram que o fato da empresa patrocinar seu time e/ou seu rival não interfere na sua decisão de compra; 28,4% dos torcedores acham que essa é uma boa estratégia da empresa; 13,5% dos torcedores não gostaram de saber que a empresa patrocina o time rival, mas se precisarem vão comprar seus produtos e 7,1% dos torcedores disseram que não gostaram de saber que a empresa patrocina também seu time rival e não pretendem comprar seus produtos daqui por diante. O gráfico 29 trouxe a informação que 24,8% dos torcedores do Avaí Futebol Clube acredita que essa é uma boa estratégia da empresa; 10,7% dos torcedores disseram que não gostaram de saber que a empresa patrocina também seu time rival e não pretendem comprar seus produtos daqui por diante; 43% dos torcedores afirmaram que o fato da empresa patrocinar seu time do coração ou seu rival não interfere na sua decisão de compra e 21,5% dos torcedores avaianos disseram que mudaram a imagem que faziam da empresa, não gostaram de saber que ela patrocina seu time rival, mas que se precisarem continuarão comprando seus produtos. Analisou-se o gráfico 29 e foi possível notar que 21,5% dos torcedores do Atlético Paranaense acreditam que a estratégia de patrocinar times rivais do mesmo estado simultaneamente é uma boa estratégia; 16,4% dos torcedores não gostaram de saber que a empresa patrocina também seu rival e não pretendem continuar comprando os produtos comercializados por ela e 62,1% dos torcedores atleticanos disseram que o fato da empresa patrocinar seu time do coração ou seu rival não influencia sua decisão de compra. Através do gráfico 29 percebeu-se que 38,8% dos torcedores do Coritiba Foot Ball Club disseram que o fato da empresa patrocinar seu time e/ou seu rival não interfere na sua decisão de compra; 29,1% dos torcedores acham que essa é uma boa estratégia da empresa; 14,9% dos torcedores não gostaram de saber que a empresa patrocina o time rival, mas se precisarem vão comprar seus produtos e apenas 17,2% dos torcedores disseram que não gostaram de saber que a empresa patrocina também seu time rival e não pretendem comprar seus produtos daqui por diante. Através do gráfico 29 percebeu-se que a maioria, ou seja, 64,3% dos torcedores do Grêmio disseram que o fato da empresa patrocinar seu time e/ou seu rival não interfere na sua decisão de compra; 27,1% dos torcedores acham que essa é uma boa estratégia da empresa; 6,4% dos torcedores não gostaram de saber que a empresa patrocina o time rival, mas se precisarem vão comprar seus produtos e 3,1% dos torcedores disseram que não gostaram de saber que a empresa patrocina também seu time rival e não pretendem comprar seus produtos daqui por diante. O gráfico 29 trouxe a informação que 43,9% dos torcedores do Internacional acredita que essa é uma boa estratégia da empresa; 7,1% dos torcedores disseram que não gostaram de saber que a empresa patrocina também seu time rival e não pretendem comprar seus produtos daqui por diante; 40,8% dos torcedores afirmaram que o fato da empresa patrocinar seu time do coração ou seu rival não interfere na sua decisão de compra e 8,2% dos torcedores colorados disseram que mudaram a imagem que faziam da empresa, não gostaram de saber que ela patrocina seu time rival, mas que se precisarem continuarão comprando seus produtos. Analisou-se o gráfico 29 e foi possível notar que 28,1% dos torcedores do Juventude acreditam que a estratégia de patrocinar times rivais do mesmo estado simultaneamente é uma boa estratégia; 7,3% dos torcedores disseram que não gostaram de saber que a empresa patrocina simultaneamente seu time do coração e seu rival, mas se precisarem continuarão comprando os produtos da referida empresa; 7,9% dos torcedores não gostaram de saber que a empresa patrocina também seu rival e não pretendem continuar comprando os produtos comercializados por ela e 56,7% dos torcedores disseram que o fato da empresa patrocinar seu time do coração ou seu rival não influencia sua decisão de compra. Percebeu-se que a maioria dos torcedores dos times pertencentes ao Grupo 2-B não sentem-se influenciados pelo fato da organização apoiar não apenas seu time, como também o time rival e acham que essa é uma boa estratégia da empresa. Na seqüência o gráfico 30 que traz a relação motivação de compra versus desempenho dos times do Grupo 2-B. O bom desempenho do meu time nos jogos e campeonatos faz com que eu me sinta _______ em adquirir os produtos da empresa patrocinadora: 42,7 45 38,2 40 35 36,7 35,6 35 30,1 15 27,8 29,9 28,3 23,3 25 20 30,2 28,9 30 18,2 17,5 11,2 10,5 10 15,4 17,7 14,515 14,5 11,4 8,1 14,8 11,9 8,9 17,1 19,6 1415,5 15,6 11,3 11,3 10,6 8,9 5 0 FIG Nada Motivado(a) AVA CAP Pouco motivado(a) CTB Motivado(a) GRE Muito motivado(a) INT JUV Extremamente motivado(a) Gráfico 30: Relação de Desempenho dos times do Grupo 2-A versus motivação de compra dos torcedores enquanto consumidores Fonte: Dados Primários Observou-se a partir do gráfico 30 que 17,5% dos torcedores do Figueirense não se sentem motivados em adquirir os produtos da empresa patrocinadora por conta do bom desempenho do time nos jogos de futebol; 11,2% afirmou que o bom desempenho do time nos campeonatos faz com que sintam-se pouco motivados em comprar os produtos da empresa que patrocina seu time do coração; 42,7% dos respondentes sentem-se motivados a adquirir os bens da empresa que patrocina seu time por conta do bom desempenho durante as partidas; 10,5% dos respondentes sentem-se muito motivados pelo bom desempenho do Figueirense nos jogos em adquirir os bens da empresa que patrocina seu time e 18,2% dos torcedores sentem-se extremamente motivados em adquirir os produtos ou serviços oferecidos pela empresa patrocinadora se o seu time for bem nos campeonatos. O gráfico 30 apresentou que 8,1% dos torcedores do Avaí não sentemse motivados na aquisição de bens do patrocinador do seu time por conta do desempenho do seu time nos campeonatos; 11,4% dos torcedores afirmou que o fato do Avaí ir bem nas partidas faz com que eles se sintam pouco motivados em adquirir os produtos da empresa patrocinadora; a maioria, ou 35% dos torcedores sentem-se motivados a comprarem os produtos da empresa que patrocina seu time por conta do bom desempenho do time nos jogos; 15,4% dos respondentes sentem-se muito motivados com o bom desempenho do time em adquirir bens da instituição patrocinadora e 30,1% dos torcedores alegaram sentir-se extremamente motivados com o bom desempenho do seu time no coração nas partidas de futebol, em adquirir os produtos oferecidos pela empresa em questão. Observou-se a partir do gráfico 30 que 14,5% dos torcedores do Clube Atlético Paranaense não se sentem motivados em fazer aquisição de produtos comercializados pela patrocinadora da equipe por conta do seu time ir bem nas partidas de futebol; 15% dos torcedores alegaram sentir-se pouco motivados em adquirir produtos da empresa patrocinadora por conta do bom desempenho do clube nos campeonatos; 38,2%, a grande maioria dos atleticanos, sentemse motivados em adquirir produtos da empresa patrocinadora por conta do bom desempenho do clube nos jogos e campeonatos; 14,5% dos respondentes sentem-se muito motivados a comprarem produtos do patrocinador com o bom desempenho do time e para 17,7% dos torcedores o bom desempenho do Atlético Paranaense nos campeonatos faz com que sintam-se extremamente motivados em adquirir os produtos oferecidos pela empresa apoiadora. Através do gráfico 30 percebeu-se que 8,9% dos torcedores do Coritiba não sentem-se motivados pelo bom desempenho do time em adquirir produtos comercializados pela empresa que apóia seu time do coração; 11,9% dos respondentes disseram sentir-se pouco motivados pelo bom desempenho do time, em comprar os produtos da empresa que patrocina o clube; 35,6% dos torcedores afirmaram que o bom desempenho do time nos jogos faz com que eles sintam-se motivados em comprar produtos dos patrocinadores do time; 14,8% dos torcedores disseram sentir-se muito motivados com o bom desempenho do time em adquirir produtos do patrocinador da equipe e 28,9% alegaram que o desempenho favorável do time durante os campeonatos faz com que eles sintam-se extremamente motivados em adquirir os bens da empresa que patrocina o Coritiba. O gráfico 30 apresentou que 17,1% dos torcedores do Grêmio não sentem-se motivados na aquisição de bens do patrocinador do seu time por conta do desempenho do seu time nos campeonatos; 23,3% dos torcedores afirmou que o fato do Grêmio ir bem nas partidas faz com que eles se sintam pouco motivados em adquirir os produtos da empresa patrocinadora; a maioria, ou 30,2% dos torcedores sentem-se motivados a comprarem os produtos da empresa que patrocina seu time por conta do bom desempenho do time nos jogos; 14% dos respondentes sentem-se muito motivados com o bom desempenho do time em adquirir bens da instituição patrocinadora e 15,5% dos torcedores alegaram sentir-se extremamente motivados com o bom desempenho do seu time no coração nas partidas de futebol, em adquirir os produtos oferecidos pela empresa em questão. Observou-se a partir do gráfico 30 que 11,3% dos torcedores do Internacional não se sentem motivados em fazer aquisição de produtos comercializados pela patrocinadora da equipe por conta do seu time ir bem nas partidas de futebol; 11,3% dos torcedores alegaram sentir-se pouco motivados em adquirir produtos da empresa patrocinadora por conta do bom desempenho do clube nos campeonatos; 27,8%, a grande maioria dos colorados, sentem-se motivados em adquirir produtos da empresa patrocinadora por conta do bom desempenho do clube nos jogos e campeonatos; 19,6% dos respondentes sentem-se muito motivados a comprarem produtos do patrocinador com o bom desempenho do time e para 29,9% dos torcedores o bom desempenho do Internacional nos campeonatos faz com que sintam-se extremamente motivados em adquirir os produtos oferecidos pela empresa apoiadora. Através do gráfico 30 percebeu-se que 8,9% dos torcedores do Juventude não sentem-se motivados pelo bom desempenho do time em adquirir produtos comercializados pela empresa que apóia seu time do coração; 10,6% dos respondentes disseram sentir-se pouco motivados pelo bom desempenho do time, em comprar os produtos da empresa que patrocina o clube; 36,7% dos torcedores afirmaram que o bom desempenho do time nos jogos faz com que eles sintam-se motivados em comprar produtos dos patrocinadores do time; 15,6% dos torcedores disseram sentir-se muito motivados com o bom desempenho do time em adquirir produtos do patrocinador da equipe e 28,3% alegaram que o desempenho favorável do time durante os campeonatos faz com que eles sintam-se extremamente motivados em adquirir os bens da empresa que patrocina o clube. Foi realizada uma análise do gráfico 30 e notou-se através dele que os torcedores dos times pertencentes ao Grupo 2-B, na sua maioria, sentem-se motivados a comprar os produtos comercializados pela empresa que patrocina e apóia financeiramente seu clube do coração se o seu time apresentar vitórias nos jogos e campeonatos. Como segunda opção mais votada aparece a resposta “extremamente motivado”, com exceção do Grêmio onde boa parte dos torcedores disse não sentir-se motivados ou pouco motivados a adquirir os produtos da empresa que apóia seu time do coração por conta das vitórias da equipe nos campeonatos. 4.5 Análise dos Resultados das Entrevistas aplicadas aos gerentes de marketing das empresas patrocinadoras Para a realização da pesquisa foi elaborado um roteiro de entrevista que foi aplicado junto aos gerentes de marketing das empresas patrocinadoras dos clubes pesquisados. A primeira entrevista a ser analisada é a da empresa Minasgás, patrocinadora das equipes do Sport Club do Recife, Clube Náutico Capibaribe e Santa Cruz. A primeira questão referia-se à aproximação entre a empresa e os clubes e como havia se dado essa aproximação. Verificou-se que a iniciativa de parceria se deu inicialmente através do Vice-presidente do Santa Cruz, com uma proposta que veio de encontro com a estratégia da empresa de ter presença e proximidade com os consumidores do Norte e Nordeste do país. O segundo ponto questionado foi com relação ao patrocínio simultâneo de equipes rivais de futebol. O gerente informou que a Minasgás não patrocina equipes rivais e sim equipes de futebol, um time popular do país. E as equipes de Recife apoiadas pela empresa, segundo o gerente de marketing da Minasgás, tem grande apelo popular e tradição no nordeste do Brasil. Quando indagado sobre o uso dessa estratégia, se teria sido para evitar algum tipo de rejeição por parte dos torcedores/ consumidores aos produtos da empresa o gerente de marketing informou que não. Que antes de patrocinar o Náutico e o Sport a empresa já patrocinava o Santa Cruz há dois anos. Ele acredita que patrocinar mais de uma equipe é uma ótima oportunidade. Indagou-se qual o resultado esperado com o patrocínio das equipes de futebol do Recife e a empresa informou que o objetivo é divulgar a marca da Minasgás aproximando-se da sua torcida e admiradores. O gerente de Marketing da Minasgás, Fábio Brêtas, retratou os negócios decorrentes da relação entre empresa e clubes de futebol. Ele espera oportunidades de vendas de camisa e materiais esportivos dos times com a logomarca do grupo e aproximação com os consumidores da região. Também deixou claro o que deve ser feito pelo departamento de marketing/comunicação da Minasgás para fortalecer a parceria. A pretensão é de divulgar a marca e, com isso, capturar valor no capital investido. O setor avalia as possíveis parcerias, discute formatos e colabora na visibilidade da proposta. A mídia também tem papel fundamental nesta relação, na opinião do gerente. Cabe ao segmento a divulgação da marca da empresa, sendo que a mídia mais relevante é a espontânea, derivada do sucesso dos clubes nas competições que participam. O desempenho dos times, no entanto, não é determinante para a continuidade de uma parceria. O gerente cita como exemplo o contrato com o Santa Cruz de Recife, o qual foi estendido mesmo com a decadência do clube para a Série C. O patrocínio também tem a missão de dar condições aos times para melhorar o próprio desempenho nas competições. Esta é uma ambição comum entre os parceiros. As expectativas futuras do contrato com os clubes parceiros são constantemente avaliadas pela Minasgás. A idéia é buscar o casamento ideal entre a necessidade dos times e da empresa. No momento, a companhia trabalha com os parceiros para alcançar os melhores resultados possíveis. O mercado das parcerias futebolísticas é considerado importante pelo gerente da Minasgás, Brêtas. E, na opinião do mesmo, merece uma atenção contínua. A segunda entrevista foi feita com o gerente de Marketing da Unimed/Florianópolis, Leonardo Scheidt. Ele ponderou sobre o relacionamento entre a empresa florianopolitana e os parceiros. A iniciativa partiu do grupo em apoiar os times Avaí e Figueirense. O gerente de Marketing pontuou os fatores determinantes para se patrocinar equipes rivais ao mesmo tempo. Na visão da empresa, que conta com uma atuação local (Grande Florianópolis), patrocinar apenas um dos clubes seria como dividir a cidade em duas partes. O foco é prestigiar a questão cultural de ambas as torcidas, e não privilegiar apenas uma das equipes. Foi seguido ainda um padrão enraizado nas correntes empresariais: o alto retorno de investimento no futebol, considerado o maior esporte do país. Scheidt negou que a estratégia seja para evitar a rejeição por parte dos torcedores/consumidores de um determinado filão. Na realidade, o grupo acredita ter grande identidade com o público florianopolitano e, baseado neste princípio, almeja transmitir uma imagem que remeta à saúde e qualidade de vida. Os resultados esperados pela empresa na parceria com Avaí e Figueirense é obter o retorno oferecido pelo investimento em futebol, associar a prática de esportes à saúde (ramo da empresa) e fortalecer a marca do grupo. A Unimed/Florianópolis explora a imagem de jogadores e técnicos dos clubes patrocinados em eventos promovidos, ligados a área de Saúde. São usados ainda como material promocional da empresa tabelas de jogos dos campeonatos, personalizados com as logomarcas dos clubes e da empresa, além de viseiras e outros materiais esportivos. O Marketing da Unimed/Florianópolis é responsável por administrar todas as demandas decorrentes da parceria com os clubes. Desde ações de divulgação e estudos a respeito dos retornos (planilhas, acompanhamento de resultados, etc.) até a gestão do uso de serviços da empresa pelos clientes. O gerente de Marketing da Unimed/Florianópolis, Leonardo Scheidt, considera fundamental o papel da mídia na relação. Ele considera o instrumento capaz de delinear a imagem que a empresa pretende passar. A mídia é utilizada para ressaltar os benefícios advindos da parceria. O desempenho de Avaí e Figueirense nos campeonatos que disputam não é determinante para a continuidade da parceria. A expectativa da Unimed/Florianópolis é de manter a parceria com os clubes e fortalecer ainda mais essa união que já dura seis anos. Com a Samsung não foi possível a entrevista completa, entretanto, a Relações Públicas da empresa, Rosângela Pádua, pôde fornecer algumas informações relevantes com relação ao futuro do marketing esportivo da empresa, já que a Samsung não patrocina mais o Sport Club Corinthians Paulista. Rosângela informou que a empresa não é mais parceira do clube em questão, entretanto a Samsung mantém seu compromisso com o desenvolvimento do esporte nacional e anunciou no início do ano o acordo de patrocínio com a Federação Paulista de Futebol (FPF). O contrato, válido por um ano, prevê o apoio da empresa a todas as divisões e categorias de campeonatos organizados pela FPF, entre eles a série A1, A2, A3, Copa FPF e Campeonato Paulista Feminino. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nesse capítulo são apresentadas as conclusões sobre as análises dos resultados da pesquisa aplicada nesse trabalho. São classificados os pontos analisados pelo estudo, assim como as justificativas que contribuem para a conclusão final. 5.1 Conclusões Neste estudo foi determinado quatro objetivos específicos e um objetivo geral. A pergunta de pesquisa relacionada foi a de identificar quais as razões para o uso da estratégia de marketing esportivo da mesma empresa junto a times de futebol rivais e de companhias concorrentes entre si junto à equipes adversárias do referido esporte, e, qual a percepção dos torcedores com relação às estratégias. Os resultados da pesquisa quantitativa destinadas aos torcedores do Grupo 1 revelaram, de maneira sucinta que, o perfil dos torcedores que participaram dessa pesquisa são, em sua maioria, de homens, solteiros, com idade entre 18 e 25 anos, com Ensino Médio ou Ensino Superior Incompleto, consideram-se fanáticos sempre, que sempre observam os patrocinadores do clube do coração e ás vezes o dos rivais, o que comprova a informação de Marshal (apud Melo Neto, 2000) e Pozzi (1998) com relação a visibilidade e o retorno que a marca recebe com o patrocínio esportivo; e acompanham os jogos do seu time do coração no estádio ou pela TV. Sabendo qual o hábito dos torcedores quanto à assistir os jogos pela televisão ou diretamente no estádio as empresas conseguem determinar quais as melhores formas de tornar sua marca visível e, se há necessidade de algum outro tipo de divulgação durante as partidas para aproximar-se do público em questão. Percebeu-se ainda que a maior parte dos torcedores dos times inseridos no aqui denominado Grupo 1, ás vezes adquirem os produtos dos patrocinadores do seu time do coração e com relação aos produtos da empresa rival há uma indecisão maior, podendo-se citar três opções como mais votadas: nunca, raramente e às vezes. A maior parte dos torcedores dos times do Grupo 1 disse que não adquire os produtos das organizações apoiadoras do clube rival por ela contribuir financeiramente com o time que eles (torcedores) mais detestam. Outros disseram que a marca fica atrelada ao time adversário e uma relativa parcela de torcedores respondeu que o fato da empresa patrocinar a equipe rival não interfere na decisão de compra deles. Para as empresas que apóiam a equipe rival, é considerada uma informação relevante. Os torcedores disseram ainda, sentir-se motivados ou extremamente motivados à adquirir os produtos das empresas patrocinadoras quando seu time do coração apresenta um desempenho bem-sucedido nos jogos e campeonatos. Por essa razão compreende-se o motivo que levou a Samsung a encerrar a parceria no final do ano passado com o Corinthians. Além dos diversos escândalos envolvendo a diretoria do clube, o Timão9 apresentou uma campanha de baixo aproveitamento e com muitas derrotas o que lhe rendeu a participação na série B do Campeonato Brasileiro 2008. Com relação aos torcedores das equipes pertencentes ao Grupo 2-A pôde-se verificar que a maioria são pessoas do sexo masculino, solteiros, com idade entre 18 e 25 anos, com Ensino Médio ou Superior Incompleto, são fanáticos sempre, costumam assistir aos jogos diretamente do estádio de futebol, sempre percebem a marca da empresa patrocinadora do seu clube do coração e às vezes a do time adversário; a maior parte dos torcedores do Grupo 2-A disse ás vezes adquirir produtos comercializados pela corporação apoiadora do seu time do coração e sabem que seu time e o rival são patrocinados simultaneamente pela mesma empresa. Verificou-se também que os torcedores desse grupo têm uma percepção diferenciada quando questionados sobre o que acham da estratégia da empresa de apoiar conjuntamente o seu time e o adversário. As respostas foram bastante divididas e notou-se que para boa parte desses torcedores a empresa deveria optar por uma única equipe, para alguns não tem importância a empresa patrocinar simultaneamente o seu time e o rival e para outros a estratégia é boa, pois a empresa agrada os torcedores de ambos os clubes. Quando perguntados sobre a imagem que faziam da empresa com relação a essa estratégia, os torcedores informaram que o fato de ela 9 Como são conhecidos os torcedores do Sport Club Corinthians Paulista. patrocinar o seu time do coração ou o seu rival não interfere na decisão de compra deles, e, alguns torcedores acreditam que essa seja uma boa estratégia, e que não mudaram a imagem que faziam da empresa. Eles sentem-se motivados com o bom desempenho do time nas partidas de futebol, a fazer aquisição dos produtos ou serviços oferecidos pela empresa patrocinadora do seu time. O perfil da maior parte dos torcedores dos clubes introduzidos no Grupo 2-B é de homens solteiros, com idade até os 25 anos, com Ensino Médio e Ensino Superior, consideram-se fanáticos sempre e preferem assistir os jogos diretamente no estádio ou pela televisão. Os torcedores deste grupo sempre observam o patrocinador do seu time do coração e ás vezes o patrocinador da equipe adversária. A maior parte dos torcedores disse às vezes adquirir os bens negociados pela companhia parceira do seu clube do coração. A maioria desses torcedores, exceto os do Internacional e Grêmio, não tinham conhecimento que a empresa que colabora financeiramente com seu time do coração é parceira também do arqui-rival. Entretanto, acreditam que não tem importância a empresa se utilizar desse tipo de estratégia. Na segunda opção mais votada, os torcedores acham que a empresa deveria optar por apenas um dos clubes. Na questão seguinte os torcedores entram em contradição, quando boa parte afirma que esta é uma boa estratégia. A maioria disse que o fato dos clubes rivais terem o mesmo patrocínio, não interfere em sua decisão de compra. Uma parcela significativa dos entrevistados sente-se motivada com as vitórias do seu time a comprar os produtos comercializados pela corporação que patrocina o seu clube do coração. No que tange à pesquisa qualitativa houve certa dificuldade de conseguir as informações necessárias para resolução da pergunta de pesquisa deste estudo, e como somente duas instituições responderam a entrevista têm-se a posição apenas das empresas que patrocinam simultaneamente equipes rivais de futebol. Isso fez com que os objetivos específicos fossem atingidos parcialmente. As informações extraídas das entrevistas foram relatadas e serviram para confirmar ou confrontar as respostas obtidas através dos questionários. Os gerentes de marketing, tanto da Minasgás quanto da Unimed/Florianópolis negaram que se utilizam da referida estratégia para evitar algum tipo de rejeição por parte dos torcedores/consumidores. E relataram que apóiam as equipes rivais ao mesmo tempo por ser uma excelente oportunidade de divulgar a marca e aproximar-se dos torcedores e admiradores dos times patrocinados. Os gerentes de marketing das duas empresas de que se obteve resposta acreditam que o marketing tem papel fundamental nessa relação, pois permite acessar um público diferenciado e transmitir a imagem que a empresa pretende passar. Essas informações são confirmadas através dos resultados obtidos com as pesquisas quantitativas direcionadas aos torcedores. De todo modo foi possível perceber que o patrocínio às equipes de futebol é uma ferramenta que o marketing disponibiliza às organizações que pretendem utilizar-se de estratégias diferenciadas e capazes de atingir um público específico e, ao mesmo tempo, massificado. Isso é percebido tanto com as empresas que apóiam os clubes do Grupo 1, de maneira focada; como com as empresas parceiras que dão apoio aos clubes do Grupo 2, de maneira simultânea. 5.2 Sugestões para novos trabalhos Através das conclusões obtidas neste trabalho, novos estudos podem ser realizados a fim de enriquecer as correlações conceituais iniciadas por esta pesquisa. Faz-se possível incluir outros clubes rivais do país que possuam os mesmos parceiros. Outra sugestão é aplicar uma técnica/estatística mais apurada, para que se confirmem a significância dos dados relatados nesse estudo. É possível também focar no âmbito do regionalismo e, aproveitar o intervalo das partidas do futebol catarinense, para fazer abordagens diretas aos torcedores em resposta aos questionários científicos. 6. REFERÊNCIAS AAKER, David A. Administração Estratégica de Mercado. Porto Alegre: Bookman, 2001. AFIF, Antonio. A Bola da Vez: O Marketing Esportivo como Estratégia de Sucesso. 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(Pelo fato dos torcedores de outros clubes não comprarem os produtos da empresa por ela patrocinar a equipe rival) d) Acredita que alguns torcedores/ clientes podem não adquirir os produtos ou serviços da empresa por ela patrocinar a equipe rival? e) Se acreditar que a estratégia pode ser arriscada, existe alguma outra estratégia da empresa para atingir esse público? Qual? f) Quais os resultados esperados em patrocinar a equipe “x” , 2) Relação Investidor X Entidade Esportiva a) Cite alguns negócios decorrentes da relação (eventos / material esportivo / licenciamentos); b) Qual o papel do marketing / comunicação como viabilizadores e/ ou mantenedores da relação? 3) Durabilidade da Relação a) Qual o papel da mídia na (manutenção da) relação? b) O desempenho da equipe nos campeonatos é determinante para a continuação ou não da parceria entre empresa e clube? c) Expectativas futuras sobre a relação. d) Expectativas futuras sobre o mercado. (Adaptada de Ilton Teitelbaum, 1997) Apêndice D Entrevista (Equipes Concorrentes – Mesma Empresa) 4) Efetivação do relacionamento: g) Como se deu a aproximação? (De quem partiu a iniciativa, da empresa ou do clube de futebol?) h) A que se deve o uso da estratégia de patrocinar equipes rivais simultaneamente? i) Essa estratégia foi utilizada para evitar algum tipo de rejeição por parte dos torcedores/ consumidores aos produtos da empresa? j) Quais os resultados esperados em patrocinar a(s) equipe(s) “x” e “y”? 5) Relação Investidor X Entidade Esportiva c) Cite alguns negócios decorrentes da relação (eventos / material esportivo / licenciamentos); d) Qual o papel do marketing / comunicação como viabilizadores e/ ou mantenedores da relação? 6) Durabilidade e Futuro da Relação e) Qual o papel da mídia na (manutenção da) relação? f) O desempenho da equipe nos campeonatos é determinante para a continuação ou não da parceria entre empresa e clube? g) Expectativas futuras sobre a relação (prazo); h) Expectativas futuras sobre o mercado. (Adaptada de Ilton Teitelbaum, 1997)