Leopardus wiedii, SCHINZ, 1821

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AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL DE GATO-MARACAJÁ (Leopardus wiedii,
SCHINZ, 1821) EM CATIVEIRO UTILIZANDO TÉCNICAS DE ENRIQUECIMENTO
AMBIENTAL
Simone Rodrigues Lazzaretti1, Márcia Maria Dosciatti de Oliveira2
Palavras-chave: estímulos; condições ambientais; felídeos.
As técnicas de enriquecimento ambiental são importantes para animais cativos pois
amenizam comportamentos anormais e estresse que possam advir do ambiente restrito,
melhorando seu bem-estar (1). Através delas, os indivíduos, em geral, passam a apresentar
comportamentos típicos da espécie em ambiente natural (2). O objetivo desse trabalho foi
verificar o comportamento do exemplar de gato-maracajá (Leopardus wiedii, Schinz, 1821) em
cativeiro, existente no Jardim Zoológico da Universidade de Caxias do Sul, RS, mediante
técnicas de enriquecimento ambiental (EA) físico, alimentar e olfativo.
A observação do
comportamento do Leopardus wiedii ocorreu de 14 de março de 2013 a 18 de agosto de 2013,
com duração de 58 horas. O método utilizado foi a amostragem de todas as ocorrências, por
duas horas, no período vespertino. Como técnicas de EA utilizou-se bolas de tênis suspensas
no recinto, canela em casca inserida dentro de garrafas pet e pedaços de carne dentro de
caixas de ovos (2, 3, 4). Avaliou-se o comportamento entre as fases pré, durante e pósenriquecimento, analisando ainda com qual delas houve maior interação. Para os resultados,
aplicou-se a análise de variância (ANOVA) e, nos resultados significativos, efetuou-se o teste
post-hoc de Tukey. Observou-se que houve diferenças significativas entre a fase de EA e as
fases pré e pós-enriquecimento nas categorias exploração (pré-EA e EA → p = 0,001; pós-EA e
EA → p = 0,002) e interação (pré-EA e EA; e, pós-EA e EA, ambas com p = 0,000), sendo p <
0,05 (considerando α = 0,05). A análise estatística da interação com os diferentes tipos de
enriquecimento oferecidos, não apresentou diferenças significativas (p > 0,05), apesar de
apontar uma propensão do animal para o enriquecimento físico. Pode-se constatar que o EA
aumentou seus comportamentos exploratórios; e, foi efetivo, pois houve grande interação com
os objetos ofertados, sendo importante a inovação, pois após sequências iguais de EA, o
indivíduo diminuiu a interação com os itens.
1
2
Universidade de Caxias do Sul – RS. E-mail: [email protected]
Coordenadora do Jardim Zoológico e Professora da Universidade de Caxias do Sul – RS. E-mail:
[email protected]
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Byk, J. (2011). Enriquecimento Ambiental para Animais de Zoológicos. En: Torezan-Silingardi,
H. M.; Stefani, V. (Org.). Etologia 2011: Temas Atuais em Etologia e Anais do XXIX
Encontro Anual de Etologia. 08 a 11-2011, Uberlândia, MG, Brasil, pp. 171-176.
Silva, D. (2009). Serapico, E. O. (Or.) Enriquecimento Ambiental com duas espécies de
Felídeos cativos do gênero Panthera (Oken, 1816). 12º Congresso de Iniciação Científica e
6ª Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação. 23 a 25 de novembro de 2009, Universidade de
Santo Amaro. São Paulo, SP, Brasil, PP. 169 - 176.
Skibiel, A. L.; Trevino, H.S; Naugher, K. (2007). Comparison of several types of enrichment for
captive felids. Zoo Biology. 26 (5): 371-381.
Wells, D.L.; Eggli, J.M. (2004). The influence of olfactory enrichment on the behavior of captive
black-footed cats, Felis nigripes. Applied Animal Behaviour Science. Vol. 85 (2), 107-119
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