análise comportamental de indivíduos de onça parda (puma

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ANÁLISE COMPORTAMENTAL DE INDIVÍDUOS DE ONÇA PARDA (PUMA
CONCOLOR) PARA CONFECÇÃO DE ETOGRAMA DA FUNDAÇÃO
ZOOLÓGICO DO RIO DE JANEIRO- RIOZOO- RJ
Olinda Olegário da Silva Valente¹, Jéssica Elaine da Silva Perreira¹, Anderson Mendes
Augusto² & Rodrigo Guerra Carvalheira¹.
1- Curso de Ciências Biológicas na Universidade Castelo Branco
[email protected].
2- Gerência de Biologia da Fundação Zoológico RIOZOO, Rio de Janeiro- RJ
–
RJ,
Palavras-chave: Etologia, Felinos neotropicais, Onça-parda.
Ambientes cativos como os zoológicos funcionam como grandes centros de conservação ex
situ de espécies sem refúgio, extintas ou ameaçadas na natureza atendendo também as
finalidades científicas e educativas. Entretanto animais cativos podem apresentar variações
em seus comportamentos em função de não estarem em seus ambientes naturais. O
trabalho consistiu em fazer observações etológicas de um casal de onças pardas (Puma
concolor), mantidas no plantel da Fundação RIOZOO- RJ, identificando os padrões
comportamentais, quantificando e qualificando-os para montar um etograma. Foram
realizadas seis observações (sete horas por dia) entre os meses de outubro e novembro,
através do método ad libitum (ALTMAN, 1974), totalizando 35 horas de observações. O
etograma consistiu das seguintes categorias comportamentais: Manutenção (MA),
Exploração (EX), Observação (OB), Locomoção (LO), Estereotipia (EX), Descanso (DE) e
Comportamento Social Agonístico (CSA). Para o cálculo da frequência da ocorrência dos
comportamentos realizados pelos indivíduos foi utilizado o método de amostragem scan
sampling (SOUTO, 2003) em que se caracteriza fazer rápidas observações do momento,
realizada durante um minuto a cada cinco minutos, tendo duração de dezoito dias (quatro
horas por dia), totalizando 72 h de observações. Foram elaborados os mapas ambulatórios
para verificar o grau de utilização territorial, do espaço do recinto, dividindo o mesmo em
quadrantes. Sendo identificados os seguintes resultados: o comportamento que mais se
expressou na fêmea foi Descanso 73% seguido de Observação 25%, sendo o quadrante
mais utilizado o 1F (cama) com 675 vezes de uso durante as observações. Já o macho
passou a maior parte do tempo observado em Descanso 48%, quando não, estava fora do
alcance da visão 34%, sendo o espaço mais utilizado o 1F, embaixo da cama da fêmea,
com 196 vezes de uso, numa escala de 0-196. Segundo ALMEIDA (2007), na natureza, os
felídeos são predadores de topo de cadeia precisando de uma parte do dia para caçar sua
presa, o restante do tempo é gasto em atividades sociais, em descanso ou em patrulha de
território. Poucas variações de comportamentos podem estar relacionadas também a
ambientes pobres em estímulos, como ambientes cativos, gerando nesses animais
comportamentos tediosos (Young, 2003). Dessa maneira fica evidente a importância de
trabalhos como este a fim de obter um grau comparativo mais preciso para avaliar o impacto
da vida em cativeiro nas espécies de grandes felídeos e estabelecer estratégias que ofereça
maior bem estar a estes animais
Referências:
Livro: ALTMANN, J. Observational Study of Behavior: Sampling Methods. Behaviour, v.49 p227-242-248.
1974SOUTO, A. Os principais tipos ou métodos de observação. In: SOUTO, A: Etologia: princípios e reflexões.
Recife: Universitária – UFPE, 2003 p.47-49
ALMEIDA, R.; MELO C. Etologia de Puma concolor (Carnivora: Felidae) em cativeiro: diagnóstico e
propostas de enriquecimento comportamental, Universidade Federal de Uberlândia, MG. (In: VIII
Congresso de Ecologia do Brasil), Caxambu- MG, 2007. Disponivel em: http//www.seb
ecologia.org.br/viiiceb/pdf/805.pdf. Acessado em: outubro de 2014.
Livro:YONG, R.J. Environmental Enrichment for Captive Animals. Blackwell Science: Oxford, 2003. 228p
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