Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial Ano 2010, Dezembro, n˚03 Informativo do Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial Entrevista Saiba mais sobre a importância e o funcionamento do Registro Brasileiro de Marcapassos, Desfibriladores e Ressincronizadores Cardíacos. Fique por dentro Gilberto Venossi Barbosa, presidente da SBCCV, faz um balanço de sua gestão apontando as conquistas e os desafios enfrentados. Reajuste de valores dos procedimentos pelo SUS Entenda o que levou ao reajuste dos valores pagos por procedimentos cardiovasculares realizados no SUS, entre eles o implante de marcapasso. Viagem: Para quem for a Porto Alegre, DECA indica lugares interessantes para conhecer nas Serras Gaúchas. Expediente Palavra do Presidente Caros colegas: Barbosa, atual presidente. Próximo ao encerramento de mais Além desses compromissos, continua- um ano de muito trabalho e mos trabalhando para promover maior realizações, é com muito aproximação com a Sobrac. Na gestão orgulho e grande satis- lação passada da Sobrac, já tivemos uma fação que transmitirei abertura maior, graças ao Dr. Cláudio ao Dr. Wilson Lopes Pinho, que presidiu o Congresso de Ar- Pereira a direção do ritmias em Campinas. Não me resta Departamento de Estimu- sombra de dúvida de que teremos um bom Cardíaca Artificial (DECA) da relacionamento tanto com a Sobrac, sob Sociedade Brasileira de Cirurgia Car- a presidência do Dr. Guilherme Fenelon, diovascular (SBCCV). quanto com a SBCCV, sob a direção do Dr. Minha participação na Diretoria do Walter Gomes. DECA iniciou-se há doze anos, em Por último, quero registrar aqui os 1998, durante a gestão do Dr. Paulo de meus sinceros agradecimentos aos co- Tarso Jorge Medeiros, que gentilmente me legas que apoiaram e acreditaram em convidou para secretariá-lo. Na função minha gestão e também aos nossos pa- de secretário, permaneci por mais duas trocinadores - Biotronik, Boston, Medtronic gestões, presididas pelo Dr. Luiz Antonio e St. Jude, que também nos agraciaram com Castilho e Dr. Roberto Costa. sua credibilidade. No período de 2004 a 2006, Aos colegas da Diretoria, agradeço fui convidado pelo então presidente do muitíssimo pela parceria e pelo em- DECA, Dr. Álvaro Roberto Barros Costa, penho que tiveram, sem medir esforços, para assumir a vice-presidência, a fim participando de adquirir consciência plena dos pro- contribuindo para a implementação das blemas que envolviam o Departamento, iniciativas e lutando para o bom an- preparando-me assim para assumir a damento do Departamento. gestão seguinte, com o apoio dele. Seis como anos como vice-presidente secretário e dois proporcionaram- me uma bagagem muito grande. Entre outras situações, tive a oportunidade de atravessar períodos de grave crise financeira no mundo, que obviamente atingiram “ ativamente das reuniões, Quero registrar aqui os meus sinceros ag radecimentos aos coleg as que apoiaram e acreditaram em minha g estão e também aos nossos patrocinadores. ” a área médica. Pude ainda lutar pela nossa classe junto ao Ministério da Saúde, em Finalmente, registro os meus agradeci- prol da liberação de dispositivos cardía- mentos às funcionárias do DECA, Débora, cos implantáveis pelo SUS. Márcia e Teresa, cujo trabalho competente Quando fui eleito, uma de minhas é marcado por simpatia e cordialidade. metas era reintegrar o cirurgião cardíaco Ao Dr. Wilson, dou as mais sinceras ao DECA, o que acredito ter conseguido. boas-vindas, com a certeza de que dará Hoje temos como sócios muitos cirurgiões continuidade aos trabalhos iniciados por cardíacos, titulares ou especialistas da esta Diretoria. Desejo-lhe muita sorte! SBCCV, o que também nos reaproximou Um forte abraço! da Sociedade, onde recebemos o apoio Dr.Vicente Avila Neto incondicional do Dr. Gilberto Venossi Presidente do Deca 02 Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular – SBCCV Departamento de Estimulação Cardíaca – DECA Gestão 2009-2010 Presidente: Vicente Avila Neto Vice-presidente: Cláudio José Fuganti Secretário: Wilson Lopes Pereira Diretor Financeiro: Ricardo Eloy Pereira Diretor Administrativo: Cândido Rodrigues Martins Gomes Diretor Científico: Antônio Vitor Moraes Júnior Diretor de Comunicação: José Carlos B. M. Ribeiro Diretor de Defesa Profissional: Emanoel Gledeston Dantas Licarião Diretor de Eventos: Giancarlo Grossi Mota Diretor da Memória do Deca: Celso Salgado de Melo Diretor de Registros: José Carlos Pachón Mateos Diretor de Relação Deca/Sobrac: Antônio Malan Cavalcanti Lima Diretor de Relações com Empresas: Silas dos Santos Galvão Filho Diretor da Relampa: Oswaldo Tadeu Greco O jornal do Deca é um publicação trimestral para seus associados. Tiragem: 1.500 exemplares Conselho Editorial: Dr. Antônio Vitor Moraes Júnior Dr. Cláudio José Fulganti Dr. Eduardo Rodrigues Bento Costa Dr. Emanoel Gledeston Dantas Licarião Consultoria de Comunicação: Avellar M&M Redação e Diagramação: Agora Comunicação Produção: A.R.T.E. Criação e Produção Impressão: Graftipo Ltda. Imagens: www.photoxpress.com Canal aberto com o DECA: Compartilhe sua opinião sobre esta publicação e contribua para torná-la cada vez mais agradável, abrangente e útil. Envie elogios, críticas e sugestões para: [email protected]. Ou entre em contato conosco pelo endereço: Rua Beira Rio, 45 – conj.73 – Vila Olímpia - São Paulo/SP – CEP 04548-050. Tel.: (11) 3842-1352/3045.4139. Visite nosso site: www.deca.org.br Índice Editorial Novos Tempos Prezados colegas, É com grande satisfação que lhes apresentamos a mais nova edição do Jornal do Fique por Dentro 04 Conquistas 05 Além da Medicina 07 Notícias do DECA 08 Nova Diretoria 10 Notícias do DECA 11 Dica de Turismo 12 Fique por Dentro 13 Entrevista 14 Galeria do DECA 16 Diretoria Científica 17 DECA Recomenda 18 DECA, totalmente reformulada e sob os auspícios de uma nova empresa, cujo patrocínio irá nos auxiliar nesta empreitada. A finalidade é manter nossos sócios e demais cardiologistas interessados em estimulação cardíaca sempre atualizados em relação às atividades, projetos e realizações desenvolvidos pela Diretoria. O Jornal foi acrescido das seções de curiosidades médicas, informativos e prestação de contas das várias áreas do DECA, entre outras, com destaque para entrevistas com médicos com atuação importante na área de estimulação cardíaca artificial: Dr. José Carlos Pachón Mateos, responsável pelo RBM, Dr. Gilberto Barbosa, Presidente da SBCCV, Dr. Cláudio Fuganti, vice-presidente do DECA, Dr. Emanoel Licarião, Diretor de Defesa Profissional e Dr. Oswaldo Tadeu Greco, editor da RELAMPA. Nesta gestão, por iniciativa do presidente Dr.Vicente Avila Neto, passamos a contar com o trabalho de um assessor de imprensa, que tem nos ajudado a redirecionar o DECA para novos caminhos, atuais e futuros, a fim de divulgar atividades que realizamos de forma mais adequada. A nova formatação do Jornal é um dos frutos dessa iniciativa. Publicamos também nesta edição a nova tabela do SUS, com os reajustes para implantes de marcapassos, ressincronizadores e cardiodesfibriladores, e também a relação dos procedimentos que não constavam e agora passam a integrar a tabela. No futuro, isso nos possibilitará lutar por reajustes nesses procedimentos. Estamos mais uma vez na época do Congresso Brasileiro de Arritmias Cardíacas, realizado por meio de parceria entre a SOBRAC e o DECA. Estamos certos de que este será novamente o grande evento da ritmologia nacional. Desejamos a todos um ótimo Congresso e uma estada prazerosa em Vitória, onde o Dr. Ricardo Kuniyoshi espera-nos com uma excelente programação científica, acompanhada de ótimos momentos de lazer e confraternização. Por último, apresentamos a prestação de contas final desta Diretoria, que realmente foi muito atuante, o que pode ser comprovado pela leitura do Jornal. Trabalhamos incansavelmente para colocar o DECA na posição merecida na estimulação cardíaca brasileira. Se muitas foram as batalhas, maiores ainda foram as vitórias nestes dois anos que agora se encerram. Parabéns a todos os membros da Diretoria que se despedem. Temos certeza que a nova diretoria que ora se inicia, sob o comando do Dr. Wilson Lopes, dará continuidade à brilhante administração do Dr.Vicente Avila Neto. Com votos de grande sucesso a todos, despedimo-nos desejando-lhes um feliz Natal e um Ano Novo de paz e prosperidade. Dr. Cláudio José Fuganti Vice-presidente A Diretoria do DECA deseja a todos Feliz Natal e um Ano Novo repleto de prosperidade 03 Fique por Dentro “Espero ter contribuído para o crescimento desta sociedade e de nossa especialidade” A frente da presidência da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV), Gilberto Venossi Barbosa, especialista em cirurgia cardiovascular, relata ao Jornal do DECA um balanço de sua gestão, apontando as conquistas e os desafios enfrentados durante sua administração. Jornal do DECA: Quais foram as o leque de opções por novos procedi- maiores dificuldades e desafios encontrados? mentos, aumentando a demanda de pa- J.D.: Qual é a importância do DECA Gilberto Venossi Barbosa: Não cientes. A melhora da remuneração, tanto para a SBCCV e em que pontos os associa- me queixo das dificuldades, elas existem ao nível público como na área da me- dos ao DECA podem contribuir para o desen- em todos processos de administração de dicina suplementar, vai estimular a procu- volvimento da sociedade como um todo? sociedades que congregam pessoas com ra maior de candidatos pela especialidade, G.V.B.: Este certamente é um dos visões e propósitos nem sempre iguais, os serviços vão ter maior capacidade de departamentos mais ativos e importantes mas que precisam convergir para o bem investimento e sobrevivência mais digna da nossa sociedade e também um dos comum. Ter um plano estratégico prévio, dos seus membros. A especialidade, além mais organizados tanto administrativa- com metas claras, e apresentado à de se tornar mais atrativa, continua- mente quanto cientificamente. Como a comunidade antes da eleição, ajudou a rá respeitada pelos colegas de outras comunidade de estimulistas entre nossos consolidar a nossa gestão. Fui acompa- especialidades e pelos pacientes que associados nhado por um grupo de competentes identificarão a importância social de uma pautar ações conjuntas para que to- e abnegados colegas de diretoria e de área que trata das doenças mais preva- dos os envolvidos com estimulação par- comissões que fizeram as coisas aconte- lentes da atualidade. ticipem mais da vida do DECA. Uma cerem, e a eles sou muito grato. Também “ tive a compreensão e apoio da nossa comunidade de cirurgiões, os quais têm manifestado, das mais diversas formas, a sua gratidão as conquistas conseguidas. Os desafios encontrados continuam Fui acompanhado por um grupo de competentes e abnegados colegas de diretoria e de comissões ” sendo a ferrenha competição com outras especialidades que adentraram na disputa de mercado de trabalho da nossa das solicitadas. é considerável, deveríamos parcela significativa da população tem indicações para os diferentes dispositivos disponíveis no mercado e o DECA deve ser o responsável em preparar cirurgiões competentes para ocupar este papel de grande relevância social, o que de alguma forma já o faz através de seus cursos de J.D.: Neste período, como se deu a parceria com o DECA? educação continuada pelo Brasil. Pode ainda auxiliar a SBCCV na estruturação especialidade, principalmente nas novas G.V.B.: Faço parte do grupo funda- da base de dados e seu registro por via formas de tratamento. Isto implica em dor do DECA, sou membro especialista eletrônica. Por 38 anos implantei estes mudarmos drasticamente o treinamento e tenho a maior estima por este departa- dispositivos para tratamento das arritmias dos futuros cirurgiões e de oportunizar mento. O entrosamento com os colegas e ensinei algumas gerações de estimulistas, o re-treinamento dos atuais, mudando os de sua diretoria foi imediato e produtivo. e foi sempre uma área de muita satisfação paradigmas da especialidade. A primeira ação solicitada foi a de inter- profissional. Completando esta entrevista J.D.: Quais os principais reflexos que mediar as negociações com a SOBRAC já ao final do nosso mandato, afirmamos esses avanços terão no dia a dia dos médicos para desenvolverem uma área de atuação que fizemos uma gestão centrada no nos próximos anos? conjunta, sem que houvesse prejuízos aos associado da SBCCV, para quem trabalhei G.V.B.: A aquisição das novas ha- nossos associados. A diretoria do Dr. Vi- com todo meu esforço e dedicação, ofe- bilidades para uso das novas tecnolo- cente foi muito atuante no processo e es- recendo todas as horas do meu dia em gias vão tornar nossos cirurgiões mais pero que ele obtenha êxito na conclusão todo este período. Espero ter contribuído competitivos no mercado de trabalho. do mesmo. Prestigiamos e fomos pres- para o crescimento desta sociedade e da A crescente demanda de tratamento in- tigiados pelo DECA em todo o tempo da nossa especialidade. Agradeço a con- vasivo na insuficiência cardíaca vai ampliar nossa gestão e apoiamos todas as deman- fiança e o carinho de todos, sem exceção. 04 Conquistas As principais realizações e conquistas da sua gestão 11 A aprovação, em consenso, de um novo Es- de prover as diretrizes das tatuto com atualização de todos os Artigos e enfermidades tratadas pela respectivos Parágrafos, modernizando-os e adequandoos às recentes mudanças na especialidade. 22 33 44 A retirada do Estatuto do regramento das provas para concessão do título de especialista e a sua reestruturação técnica por uma comissão específica. 13 13 O projeto Transplante Brasil, firmado com o Ministério da Saúde, com a finalidade A inclusão dos departamentos que não co- de ampliar o número de cen- bram anuidade no rateio do resultado financeiro tros e profissionais transplantadores dos congressos. de coração no Brasil, e que propiciou a criação pelos O projeto Heparina, em parceria com as princi- Ministérios da Saúde e de Educação do programa de pais empresas produtoras e com a ANVISA, com Residência em Transplantes. a finalidade de dotar a cirurgia cardiovascular brasileira de um anticoagulante eficaz e seguro em substituição ao Liquemine retirado do mercado. 55 66 77 especialidade. O novo Programa de Ensino e Treinamento adaptado às novas normas solicitadas pela CNRM/AMB. Estruturação, aprovação e suporte financeiro à Confederação Nacional das Cooperativas Médi- cas de Cirurgia Cardiovascular. O projeto de Integração Internacional com a Sociedade Européia de Cirurgia Torácica e Car- diovascular (EACTS) com a realização de dois simpósios Internacionais conjuntos na Europa e dois no Brasil. 88 99 10 10 14 14 O projeto Certificação de Centros de Treinamento nas Novas Tecnologias que visa oportunizar aos cirurgiões adquirirem as qualificações necessárias ao seu domínio, qualificando-os a disputar o novo mercado de trabalho. 15 15 16 16 17 17 O crescimento no entrosamento com a SBC, colocando na diretoria futura, recentemente eleita a participação de 6 cirurgiões. A participação como Editores Associados e Autores em dois livros da SBC, na edição “Como Tratar”, e o Texto de Cardiologia da SBC. A indexação da nossa revista RBCCV no ISI-Thompson, o que a qualifica como a mais A realização da Techno College pela primeira vez importante publicação da especialidade na América do no Brasil durante o Congresso de Belém. Sul e a inserção da Educação Médica Continuada. Todos O projeto de treinamento em simuladores através estes avanços possíveis pelo competente e obstinado das sessões Hands On durante os congressos na- trabalho do Professor Braile. cionais e regionais. O projeto de desenvolvimento e construção dos simuladores para cirurgia cardiovascular, os quais foram utilizados pela primeira vez no Congresso de Belém com imenso sucesso, e que fazem parte agora do acervo da sociedade. 11 11 18 18 A eleição por via eletrônica que permitiu que toda comunidade pudesse participar e escolher os membros da futura diretoria, pela primeira vez na nossa história. 19 19 A histórica assinatura das portarias SAS -510(Transplante) e SAS-505 (cirurgias A aquisição de material cirúrgico e focos de congênitos e adultos) do Ministério da Saúde, que de iluminação pela SBCCV para qualificar as reajusta os honorários da Cirurgia Cardiovascular em estações de treinamento das sessões de Hands On de patamares jamais conseguidos na história da sociedade. forma permanente. Fruto de trabalho de um ano contínuo de negociações 12 12 O treinamento de 25 cirurgiões cardiovascu- de uma comissão da SBCCV. Muitas ações e projetos lares da SBCCV no Projeto Diretrizes da estão em andamento e terão reflexos no futuro da vida AMB, oficializando a nossa entrada e responsabilidade profissional dos nossos sócios. 05 Além da Medicina Corrida em busca de bem-estar e qualidade de vida A corrida de rua é o segundo esporte mais praticado no Brasil, com 4,5 milhões de adeptos. Entre seus benefícios estão o condicionamento físico e cardiovascular. Dr. Vicente Avila Neto, presidente do DECA, e outros médicos dão exemplo e hoje são praticantes dedicados do esporte. Dr. Vicente é corredor de rua há mais de oito anos Dr. Vicente já participou de três maratonas no e logo que passou a correr sentiu as mudanças. “Percebi Brasil e, recentemente, esteve na maratona de Nova York, maior disposição e satisfação na realização de minhas sua primeira prova fora do país. Ele também participa de atividades diárias”, afirma. corridas menores, de 10 e 15 quilômetros, mensalmente, e meia maratona uma vez por ano. Avila conta porque se interessou pela corrida: “a falta Para a maratona, que compreende 42 quilômetros, ele de tempo foi uma motivação já que a corrida traz explica, “o treino requer dedicação e preparação es- resultados rápidos. Cerca de 40 a 50 minutos correndo pecial, além da compreensão da família, pois são oito equivalem a uma hora e meia em aulas de localizada e meses ou mais de treinamentos”. Dr. Vicente concluiu a exercícios na academia. Outras motivações são a perda maratona de Nova York em menos de cinco horas. de peso e o bem-estar”. “O esporte se torna um vício”, afirma dr. Mar- Dra. Walkiria, depois de quatro meses correndo em cos Berlinck, que corre há 30 anos e teve como incentivo parques como o Ibirapuera, passou a se inscrever em inicial a perda de peso e o condicionamento físico. Para corridas de rua e sempre se destacou conquistando as ele, a corrida também incentiva a pessoa a ter hábitos primeiras posições. Há cerca de um ano ela investe em mais saudáveis. “Indico a corrida para aqueles que podem, musculação e corre de 10 a 12 quilômetros três vezes mas sempre monitorada por um médico e um educador por semana. físico”, conclui. Dr.Vicente Avila Neto na maratona de Nova York, em novembro. 06 crédito das fotos: Arquivo pessoal Corredora há mais de 10 anos, Dra. Walkiria Samuel Notícias do DECA Marcapasso multissítio incluído no rol de procedimentos da Anvisa D esde junho deste ano os planos de saúde são obrigados a cobrir 70 novos procedimentos, como descrito na Resolução Normativa 211, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), publicada no Diário Oficial da União dia 12 de janeiro de 2010. No campo da cardiologia, a maior conquista foi a inclusão do implante de marcapasso multissítio nesse rol de procedimentos. Dr. Emanoel Licarião, diretor de Defesa Profissional do DECA, explica: “nessa luta pela inclusão do procedimento tivemos gestões políticas junto à Associação Médica Brasileira, com o apoio da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, no intuito de mostrar a importância do procedimento à população à luz dos grandes estudos multicêntricos publicados, mostrando que na verdade a utilização além de ser um meio terapêutico que reduz a morbimortalidade e promove melhora da qualidade de vida, tem grande impacto positivo no custo nesse segmento da assistência médica”. Para a mudança, Dr. Emanoel Licarião destaca que, além das parcerias com a AMB e a SBCCV, tor: “implementamos parcerias com gestores do Sistema Nacional Unimed, além da própria ANS e de parlamentares ligados ao nosso Departamento”. Ele conclui, “a inclusão do método mostra a importância de se utilizarem as diretrizes para as indicações dos procedimentos, pelo impacto nos custos e na consolidação e evolução do método”. QUEM NÃO É VISTO NÃO É LEMBRADO Seja nosso parceiro e anuncie aqui! (11) 3045-4139 / [email protected] foto: cedida pela Boston Scientific também foram firmadas parcerias com gestores do se- 08 1 Nova Diretoria Em janeiro de 2011, uma nova diretoria estará à frente do DECA. Em eleição realizada em março deste ano, em Belém/PA, durante o 37º Congresso da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, os seguintes membros foram eleitos: WILSON LOPES PEREIRA, SP - Presidente. Médico pós-graduado pela UNIFESP. Atuante na área de estimulação cardíaca na região do ABC. Professor da Disciplina de Cirurgia Cardíaca da Santa Casa de São Paulo. Especialista do Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial. EMANOEL GLEDESTON DANTAS LICARIÃO, RRDiretor de Defesa Profissional. Médico cardiologista da Universidade Federal de Roraima. Especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pelo DECA/SBCCV. Responsável pelo Serviço de Eletrofisiologia e Marcapasso do Hospital Geral de Roraima e Hospital Unimed Boa Vista. Presidente da Federação das Unimeds da Amazônia. CLAUDIO JOSÉ FUGANTI, PR - Vice-presidente. Cardiologista, com título de especialista pela SBC. Especialista em Estimulação Cardíaca Artificial (DECA/SBCCV). Atualmente, trabalha no Hospital Universitário de Londrina, na Santa Casa de Londrina, no Hospital Evangélico de Londrina, no Hospital Mater (Londrina) e Hospital João de Freitas (Arapongas). GIANCARLO GROSSI MOTA, MG - Diretor de Eventos. Cirurgião cardiovascular do Hospital Luxemburgo - BH/MG. Pós-graduação “latu sensu” em Auditoria em Saúde pela Universidade Gama Filho. CELSO SALGADO DE MELO, MG JOSÉ CARLOS PACHÓN MATEOS, SP Diretor de Registros. Diretor do Serviço de Marcapasso do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Diretor do Serviço de Arritmias, Eletrofisiologia e Marcapasso do Hospital do Coração. Especialista do DECA. OSWALDO TADEU GRECO, SP - Diretor da Relampa. Médico Cardiologista. Diretor do Departamento Científico e Responsável pelo Setor de Marcapasso e do Laboratório de Terapia Celular do IMC – Instituto de Moléstias Cardiovasculares. EDUARDO RODRIGUES BENTO COSTA, SP - Diretor de Relação Institucional. Especialista em Estimulação Cardíaca pelo DECA. Especialista em Eletrofisiologia pela SOBRAC. Responsável pelo Serviço de Eletrofisiologia e Marcapasso dos Hospitais Policlin, Pio XII e Santa Casa de São José dos Campos. LUIZ PAULO RANGEL GOMES DA SILVA, PA Diretor Administrativo. Professor Adjunto da Universidade do Estado do Pará para Clínica Cirúrgica. Cirurgião e Diretor do Hospital do Coração do Pará. CÂNDIDO RODRIGUES MARTINS GOMES, DF Diretor Financeiro. Chefe do Serviço de Estimulação Cardíaca do Incor - Taguatinga/ Hospital Anchieta, Cardiocentro/ Hospital Santa Lúcia e Hospital de Base - Brasília - DF. Especialista em estimulação cardíaca pelo DECA/SBCCV. Diretor de Memória do Deca. Chefe da equipe de estimulação cardíaca da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Autor do livro “ Temas de Marcapasso”. Especialista do DECA. ANTÔNIO VITOR DE MORAES JÚNIOR, SP Diretor Científico. Especialista do DECA. Diretor do Centro de Marcapasso e Eletrofisiologia da Santa Casa de Ribeirão Preto. Mestre Doutor em Cardiologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. CECÍLIA MONTEIRO BOYA BARCELLOS, SP - Secretária. Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Atualmente, é médica assistente do Instituto de Arritmias Cardíacas. Tem experiência na área de Cardiologia, com ênfase em Arritmias Cardíacas Intervencionistas. ANTÔNIO MACEDO DO NASCIMENTO JÚNIOR, PE - Diretor de Comunicação. Formado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Residência em Cardiologia, com Especialização em Marcapasso, no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Chefe do Serviço de Arritmia e Marcapasso do Prevencor e dos Hospitais Prontolinda, em Olinda e Esperança, em Recife. Chefe do Ambulatório de Marcapasso do Hospital da Universidade de PernambucoUPE. CONSELHO DELIBERATIVO Vicente Avila Neto Alvaro Roberto Barros Costa Stela Maria Vitorino Sampaio Antonio Malan Cavalcanti Lima Silas dos Santos Galvão Filho Notícias do DECA Reajuste de valores dos procedimentos pelo SUS O s valores pagos por procedimentos Segundo Dr. Fuganti para conseguir o reajuste houve cardiovasculares realizados no Sistema uma ameaça nacional de paralisação dos cirurgiões Único de Saúde (SUS) sofreram reajuste cardiovasculares. “A solução foi rápida, até por causa e diversos procedimentos cirúrgicos também tive- da proximidade das eleições. No entanto, não fomos ram aumento, entre eles o implante de marcapasso. convidados a participar da negociação, sendo a nossa Dr. Cláudio José Fuganti, vice-presidente do DECA, diz que o aumento foi uma boa conquista, apesar de não ter atingido o imaginado. 10 participação indireta via SBCCV. Não tivemos a possibilidade de rever esses valores, que vieram determinados pelo Ministério”, esclarece. “Fazia tempo que não havia nenhum reajuste”, Havia uma defasagem nos valores e sua alteração explica. “Nós aproveitamos o reajuste e consegui- proporciona a valorização do trabalho, de acordo mos que o SUS colocasse um valor para cada código com Dr. Fuganti “Foi um reajuste bem grande para de procedimento”, afirma. Agora, como todos cirurgia cardíaca. Para o marcapasso foi bem menor, mas os procedimentos de estimulação cardíaca artificial mesmo assim foi um avanço”, acrescenta. relacionados na tabela SUS têm um valor de- Entre os planos para as próximas conquistas, Dr. terminado, os profissionais terão menos problemas Fuganti é claro: “continuaremos negociando para para a cobrança de honorários médicos relacionados receber pelo SUS o mesmo que recebemos pelo a essas cirurgias. convênio”. PORTARIA SUS 505 (28/9/2010) CÓDIGOS DE CIRURGIA DE MARCAPASSO DO SUS COM VALORES REAJUSTADOS Código Cirurgia 406010650 406010641 406010676 406010668 406010560 406010587 406010633 IMPLANTE DE MP DUPLA-CÂMARA TRANSVENOSO( DDD ) IMPLANTE DE MARCAPASSO BICAMERAL EPIMIOCÁRDICO IMPLANTE DE MP UNICAMERAL TRANSVENOSO (VVI) IMPLANTE DE MP UNICAMERAL EPIMIOCÁRDICO IMPLANTE DE CDI UNICAMERAL TRANSVENOSO IMPLANTE DE CDI BICAMERAL TRANSVENOSO IMPLANTE DE MARCAPASSO MULTISSÍTIO TRANSVENOSO Valor Antigo R$ 392 R$ 346 R$ 353 R$ 346 R$ 607 R$ 607 R$ 607 Valor Atual R$ 557,48 R$ 491,55 R$ 502,53 R$ 491,55 R$ 861,80 R$ 861,80 Procedimentos que não possuíam valor definido pelo SUS anteriormente 406010579 406010609 406010617 406010627 406010633 406010854 406010870 406011010 406011028 406011052 406011079 406011060 406011109 406011125 406011133 406011168 406011184 406011192 406010790 406010862 406010919 406011001 406011036 406011044 406011117 406011141 406011150 406011176 IMPLANTE DE CDI MULTISSÍTIO COM TORACOTOMIA( IMPLANTE ELETRODO VE) R$ 861,80 IMPLANTE DE CDI MULTISSÍTIO IMPLANTE DE MP MULTISSÍTIO ENDO COM REVERSÃO PARA EPI IMPLANTE DE MP MULTISSÍTIO EPIMIOCÁRDICO POR TORACOTOMIA IMPLANTE DE MP MULTISSÍTIO TRANSVENOSO REPOSICIONAMENTO DE ELETRODOS DE CDI REPOSICIONAMENTO DE ELETRODOS DE MP MULTISSÍTIO TROCA DE ELETRODOS DE CDI NO CDI TRANSVENOSO TROCA DE ELETRODOS DE CDI NO CDI MULTISSÍTIO TROCA DE ELETRODOS DE MARCAPASSO NO CDI DDD TRANSVENOSO TROCA DE ELETRODOS DE MARCAPASSO NO CDI MULTISSÍTIO TROCA DE ELETRODOS DE MARCAPASSO NO MP MULTISSÍTIO TROCA DE GERADOR DE CDI CÂMARA ÚNICA/DUPLA TROCA DE GERADOR DE MARCAPASSO DDD TROCA DE GERADOR DE MARCAPASSO VVI TROCA DE GERADOR E ELETRODOS DE CDI TROCA DE GERADOR E ELETRODOS DE MARCAPASSO DUPLA-CÂMARA TROCA DE GERADOR E ELETRODOS DE MARCAPASSO MULTISSÍTIO PLÁSTICA DE LOJA DE GERADOR DE SISTEMA DE ESTIMULAÇÃO CARDÍACA ARTIFICIAL REPOSICIONAMENTO DE ELETRODOS DE MARCAPOASSO RETIRADA DE SISTEMA DE ESTIMULAÇÃO CARDÍACA ARTIFICIAL TROCA DE CONJUNTO DE SEIO CORONÁRIO NO MP MULTISSÍTIO TROCA DE ELETRODOS DE MARCAPASSO DUPLA-CÂMARA TROCA DE ELETRODOS DE MARCAPASSO UNICAMERAL TROCA DE GERADOR DE CDI MULTISSÍTIO TROCA DE GERADOR DE MARCAPASSO MULTISSÍTIO TROCA DE GERADOR E ELETRODOS DE MARCAPASSO UNICAMERAL TROCA DE GERADOR E ELETRODOS DE CDI MULTISSÍTIO R$ 613,56 R$ 613,56 R$ 861,80 R$ 459,81 R$ 459,81 R$ 459,81 R$ 459,81 R$ 459,81 R$ 459,81 R$ 459,81 R$ 459,81 R$ 473,38 R$ 473,14 R$ 459,81 R$ 473,29 R$ 459,81 R$ 395,23 R$ 473,14 R$ 217,61 R$ 525,83 R$ 473,14 R$ 473,14 R$ 459,81 R$ 459,81 R$ 473,14 R$ 459,81 11 Dicas de Turismo Vá ao congresso e conheça as Serras Gaúchas O 38º Congresso Brasileiro de Cirurgia Cardiovascular, entre 31 de março e 2 de abri de 2011, será em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Por isso, o Jornal do DECA dá algumas dicas de passeios para fazer pela região. Vale a pena planejar uma agradável viagem e conhecer as Serras Gaúchas. Passear pelas Serras Gaúchas sempre serão um convite ao romantismo, boa comida, bons vinhos e suas deslumbrantes paisagens. É uma viagem pela história da imigração italiana e alemã. GRAMADO O clima agradável é realçado pelo cuidado paisagístico da cidade, muito arborizada e repleta de parques e lagos. Durante o verão, as hortências dominam a paisagem. CANELA Os arredores estão repletos de atrações naturais, com destaque para a Cascata do Caracol, com 131 metros. BENTO GONÇALVES Apresenta atrações bem diversificadas, como as vinícolas do Vale dos Vinhedos, o roteiro Caminhos de Pedra (casas centenárias construídas pelos italianos), rafting no Rio das Antas, passeio de jipe por trilhas da região e a viagem de maria-fumaça até Carlos Barbosa, com degustação de queijos e vinhos e apresentação de shows folclóricos. Conheça também: Garibaldi, Caxias do Sul e Nova Petrópolis! QUANDO IR: De junho a agosto, quando as temperaturas estão mais baixas, pode nevar. Para quem vai visitar a região das vinícolas, a melhor época é entre janeiro a abril, quando os parreirais estão carregados e pode-se observar a colheita da uva. Adimilson Tel.: 55 11 3752 8582 Celular: 55 11 9953 4366 e - mail: [email protected] Portal de Gramado e Bento Gonçalves 12 foto: Portal de Gramado - fonte: www.sxc.hu Fique por Dentro DECA: O anos de conquistas Departamento de Estimulação Cardíaca tado pelo DECA”. Artificial (DECA) completa 25 anos de Dr. Paulo Gauch foi vice-presidente do DECA, e, conquistas e benefícios para os profis- por dez anos, foi editor da publicação Relampa (Revista sionais da categoria. Latino-Americana de Marcapasso e Arritmia). Dentro Dr. Ricardo Eloy, diretor financeiro do DECA, é um da revista, ele foi um dos responsáveis pela expansão da dos fundadores do Departamento e analisa qual foi a publicação na América Latina. Dr. Gauch elenca como maior mudança que o DECA trouxe para a categoria: as principais conquistas do Departamento o Registro “a grande conquista foi transformar e validar a Brasileiro de Marcapasso (RBM), a Relampa e os cursos estimulação elétrica cardíaca como uma verdadeira de atualização pelo Brasil. Para ele, a maior mudança foi especialidade, que, de fato, levou a medicina bra- a presença muito marcante de clínicos cardiologistas e sileira a um patamar de destaque”. eletrofisiologistas nas atividades do DECA, que antes Para Dr. Paulo Gauch, membro fundador e era quase exclusiva de cirurgiões cardiovasculares. especialista do departamento, a principal mudança foi Dr. Ricardo Eloy participou das duas primeiras quando o DECA tornou-se Departamento da So- diretorias do DECA e analisa a atuação do De- ciedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV). partamento: “o DECA conseguiu congregar correntes “A aprovação pela SBCCV de admitir o Departamento diferentes, clínicos e cirurgiões, sobre uma mes- como seu agregado foi o primeiro grande feito. Outra ma atividade médica, complementando-se de forma a grande evolução foi aprovar junto às fontes pagadoras praticar uma medicina de ponta, de alta tecnologia e governamentais a necessidade de que os procedimen- avanços constantes que tem como finalidade maior, o tos para implante de marcapasso somente poderiam bem-estar e qualidade de vida de nossos pacientes”, ser realizados por um membro especialista ou habili- conclui. Dedicação, cuidado e carinho Há 25 anos trabalhamos para você manter o rítmo www.deca.org.br Entrevista “O preenchimento correto do registro é de grande valia pessoal e coletiva” D r. José Carlos Pachón Mateos esclarece J. C. P. M.: Temos registra- ao Jornal do DECA algumas dúvidas das 225.836 cirurgias e, sobre a importância e o funcionamento nos últimos anos, têm do Registro Brasileiro de Marcapassos, Desfibriladores sido incluídas no re- e Ressincronizadores Cardíacos (RBM). gistro entre 16 e 18 Jornal do DECA: Desde quando existe o RBM? Por que foi criado? mil novas cirurgias por ano. Estima-se José Carlos Pachón Mateos: O RBM existe ainda uma perda de desde 1994 e foi criado pela necessidade de ter uma informação de cerca de informação precisa de todas as cirurgias envolvendo 30%. Entretanto, 70% de essas próteses cardíacas no território nacional. Além registros positivos é uma ex- disso, o sistema também funciona como um importante celente amostragem em relação aos bancos de da- meio de comprovação da atividade profissional de cada dos similares internacionais. J. D.: Quais os principais motivos desses registros não membro habilitado e especialista em nosso meio. J. D.: Quais são os principais benefícios que o registro J. C. P. M.: Uma parte da perda de infor- traz aos pacientes e ao Ministério da Saúde? J. C. P. M.: Os pacientes são beneficiados na medida em que constatam estarem com sendo tratados dispositivos moder- nos implantados em todos “ serem feitos? mação se deve ao hospital que, muitas vezes, deixa ” O DECA tem a finalidade e o dever de zelar pelo bom desempenho da preenchidos pelos médicos. Adicionalmente, certa parcela de profis- os grandes centros mun- estimulação cardíaca artificial sionais ainda não tem diais. Os médicos, além de em nosso meio. a consciência da impor- uma detalhada estatística e pesquisa científica permitida gratuitamente tância do registro e da pelo necessidade de comprovação profissional. Todos esses banco de dados, dispõem nesse sistema de uma problemas serão resolvidos com o advento do RBM- comprovação oficial de atividade profissional, in- Eletrônico e com a conscientização profissional, metas dispensável para renovação dos títulos de membros que estão sendo trabalhadas pela atual diretoria em habilitados e especialistas. O Ministério da Saúde conjunto com o RBM. dispõe de uma fotografia detalhada da especialidade em nosso país com todos os dados de implantes por região com as referidas etiologias. Esses dados J. D.: De quem é a responsabilidade pelo preenchimento e encaminhamento? J. C. P. M.: A responsabilidade é do médico que epidemiológicos são fundamentais para as ações de realiza o governo. Além disso, pode acompanhar possíveis dis- uma comprovação valiosa de atividade profissional e funções de próteses e avaliar garantia dos aparelhos de elemento estatístico. Dessa forma, o preenchimento em uso no país. correto do registro é de grande valia pessoal e coletiva. J. D.: Quantos registros são feitos por ano? E quantos, em média, são deixados de fazer? 14 de enviar os formulários procedimento, já que cada registro é Muitos médicos mantêm um modelo no qual o assessor técnico preenche o RBM e o hospital o envia Notícias da Relampa ao DECA. Entretanto, recomendamos que essas duas etapas sejam feitas diretamente pelo médico para evitar erros e extravios. J. D.: Essa participação dos médicos no preenchimento da ficha tem aumentado com os anos? J. C. P. M.: Sim, porém de uma forma ainda pouco expressiva. Tem havido um interesse cada vez maior de fortalecer o registro da atividade profissional e de expandir a base de dados. J. D.: Quais foram as principais ações do DECA para contribuir com o estímulo a esse preenchimento? J. C. P. M.: O DECA e o RBM estão trabalhando nos seguintes projetos, todos já bastante adiantados: desenvolvimento do RBM-Eletrônico, que já se encontra em fase de testes; revalidação do título profissional que deverá considerar os procedimentos registrados no RBM; simplificação do formulário; extensão da parceria com o Ministério da Saúde e parceria com a Anvisa. J. D.: Qual a finalidade da carta que foi enviada aos hospitais e médicos informando quais profissionais eram habilitados para realização de procedimentos de estimulação cardíaca artificial? J. C. P. M.: O DECA tem a finalidade e o dever de zelar pelo bom desempenho da estimulação cardíaca artificial em nosso meio e se dispõe a contribuir na formação e habilitação de todos os profissionais envolvidos nessa especialidade. J. D.: Qual o procedimento para o envio correto dos dados para o Registro? J. C. P. M.: Preenchimento correto do formulário do RBM após cada cirurgia e envio diretamente ao DECA O ano de 2010 tem sido de transição na procura de uma nova fase de recrutamento para publicação mais robustas. Com a constante intenção de atrair os seus leitores através de temas atuais que possam solidificar seus conhecimentos, com isto norteando uma melhor orientação aos pacientes portadores de marcapasso cardíaco artificial. Por isto que neste ano tomamos algumas condutas respaldadas pela diretoria do DECA na intenção de fortalecer este item sempre discutido por nós. Já começamos a receber artigos de colegas portugueses, da sociedade de Arritmia e Estimulação Cardíaca, trabalho realizado por nós, quando lá estivemos no início do ano num evento promovido pelas sociedades lusas, teremos a chance de publicá-los em breve na Relampa. Outro trabalho iniciado neste mesmo período, através de uma maior aproximação das diretorias do DECA e da SOBRAC, com uma parceria efetiva para aprimorar publicações em temas relacionados às Arritmias Cardíacas, onde poderão ser discutidos com mais detalhamento por convidados experientes nesta área. Isto deverá acontecer já na edição 23.4, com a publicação de revisão da literatura sobre o tema muito discutido em nosso dia a dia, que é a fibrilação atrial. Nesta mesma edição, além destes importantes artigos de revisão serão publicados simultaneamente o resumo dos trabalhos científicos do XXVII Congresso Brasileiro de Arritmia, a ser realizado em Vitória-ES no início de dezembro de 2010. Como o leitor pode perceber o ano de 2010 foi um ano de muita luta na produção das edições da Relampa, sempre com a melhor boa vontade de publicar artigos de alta qualidade para nortear o diagnóstico e conduta destes complexos pacientes na área de arritmia cardíaca e estimulação cardíaca artificial. Um forte abraço Oswaldo Tadeu Greco via correio. 15 Galeria DECA H Prone 2010 á mais de cinco anos o DECA promove o PRONE - Programa Nacional de Ensino, levando conhecimentos sobre temas relacionados à insuficiência cardíaca e morte súbita a profissionais da área médica em cidades de norte a sul do Brasil. Mais de 15 cidades e cerca de mil pessoas já participaram do PRONE. Em 2010, o PRONE foi realizado no ABC Paulista/SP, Goiânia/GO, Palmas/TO, Natal/RN, Juiz de Fora/MG. Informe-se sobre os locais e datas dos próximos eventos no site do DECA: www.deca.org.br Natal / RN - 45 participantes ABC Paulista / SP - 79 participantes Goiânia / GO - 85 participantes 16 Palmas / TO - 211 participantes Crédito das fotos: Arquivo do Deca Juíz de Fora / MG - 83 participantes Diretoria Científica Balanço final e realizações da Diretoria A o final de mais uma gestão do Cirurgia Cardiovascular (SBCCV), inclusive com Departamento de Estimulação Car- um hands-on, realizado em paralelo, também com díaca Artificial (Deca), sempre cabem grande sucesso; reflexões sobre o que foi possível realizar, • A redação do memorial descritivo para in- dentre as metas inicialmente planejadas. No rol clusão do implante de marcapassos multissítio no das incumbências da Diretoria Científica, é pos- rol dos procedimentos da Agência Nacional da sível destacar: Saúde. Entre as mais de 3.000 solicitações, a nossa • As provas para os títulos de membro Habilitado ou Especialista do Deca, realizadas por esteve entre as pouco mais de 40 aceitas este ano na área médica, e; • Por último, mas não menos importante, inúmeros colegas; • Os vários PRONEs – Programa Nacional o Congresso Brasileiro de Arritmias Cardíacas de Ensino, abordando os temas da insuficiência (CBAC), cuja realização requereu grande es- cardíaca e da morte súbita. Tais eventos têm se revelado extremamente importantes para a divul- “ gação do conhecimento em diversas regiões do Ao enumerar todas essas atividades, somos invadidos pela agradável sensação do dever cumprido e de que valeu muito a pena. ” forços, mas que foi incentivada pelo apoio incondicional de nosso Presidente, Dr. Vicente Avila Neto que encabeçou um grupo de relacionamento Brasil. A esse respeito, com cabe destacar a valiosa parceria dos coordena- a SOBRAC, visando ampliar e nortear a partici- dores locais, que muito nos ajudaram na escolha pação do Deca nesse importante Congresso, que dos palestrantes, colegas de alto nível, cuja partici- ocorreu em Campinas, com mais de 900 inscritos. pação abrilhantou os eventos; A participação do Deca ocorreu em várias áreas • O Jornal do Deca que, sob a liderança do Dr. referentes à estimulação cardíaca, tal como no Cláudio Fuganti, promete crescer cada vez mais, Simpósio Dr. José Carlos de Andrade, que ocorre com novas idéias e formatação, iniciativas que a durante o CBAC. Com isso, abriu-se uma janela Diretoria Científica terá prazer em continuar de conversação amigável, responsável e produtiva apoiando; entre as duas Diretorias e, com certeza, nós do • O Simpósio Dr. Décio Kormann, realizado Deca faremos o máximo para que o CBAC de em Belo Horizonte em 2009 e em Belém em Vitória presenteie a todos com o melhor da es- 2010, que alcançou enorme sucesso, pela quali- timulação cardíaca atual. dade do temário e dos especialistas convidados. Ao enumerar todas essas atividades, somos No evento de 2010, foi possível abordar mais de invadidos pela agradável sensação do dever 30 temas de atualização em arritmias e estimu- cumprido e de que valeu muito a pena. Agra- lação cardíaca, com apresentações comparáveis decemos a todos os que colaboraram conosco àquelas vistas em congressos internacionais. A nessa trajetória de muito trabalho, mas plena de qualidade da programação fez jus ao envolvimento realizações. de todos os que lotaram o local e se propuseram a participar de um sábado diferente e produtivo Dr. Antônio Vitor Moraes Júnior durante o Congresso da Sociedade Brasileira de Diretor Científico do DECA 17 DECA Recomenda Fatores determinantes de longevidade dos geradores de marcapasso O CAPTURE (Complete Automatic Pacing Threshold na longevidade dos geradores. O uso de eletrodos de alta im- Utilization Recorded) foi um estudo multicêntrico pedância (>1000 Ohms) determinou uma melhora de 0,8 anos que avaliou a acurácia dos algoritmos de medidas na longevidade, enquanto um aumento de 1 cc no tamanho do automáticas de limiares atrial e ventricular, assim como outras dispositivo associou-se com aproximadamente 2 anos de adi- características dos modernos geradores de marcapasso na lon- cional na longevidade. gevidade dos mesmos. Conclusões: Os algoritmos automáticos foram confiáveis Métodos: As medidas automáticas de limiar foram com- em todos os eletrodos testados. Controle dos limiares, paradas com as medidas manuais durante um seguimento de redução da estimulação ventricular, e eletrodos de alta 6 meses. Adicionalmente, avaliou-se o efeito do percentual de impedância resultaram em aumento da longevidade dos estimulação, tamanho (capacidade) da bateria e impedância geradores. A capacidade da bateria foi o mais forte deter- dos eletrodos na longevidade projetada do gerador. minante do aumento projetado da longevidade. Resultados: As medidas manuais e automáticas de limiares Comentários: Todas as medidas visando aumento de atrial e ventricular foram equivalentes em 683 de 691 p (98,8%) longevidade e facilidade no seguimento dos portadores de e 736 de 746 p (98,7%), respectivamente. Os limiares foram es- marcapasso são válidas e confiáveis. Destaca-se o fato a escolha táveis com 99,6% das medidas atriais e 99,2% das ventriculares de um gerador com bateria com capacidade de 1,2 Ah possa dentro de 0,25V. Os algoritmos para controle automático de durar 2 anos a mais que um correspondente com 0,8 Ah, com limiar, redução da estimulação ventricular, e redução da estimu- aumento apenas de 1 cc no tamanho do dispositivo. lação atrial associa-ram-se com melhora de 0,8, 0,9 e 0,2 anos Rosenthal LS e cols. PACE 2010;33(8):1020-30 Participação da distância inter-eletrodos e o atraso elétrico do eletrodo VE no remodelamento reverso durante terapia de ressincronização cardíaca (TRC) T anto a separação anatômica inter-eletrodos de VD e que mais eficazmente correlacionou-se com AEVE (p=0,001). VE (DIE) e o atraso elétrico do eletrodo de VE (AEVE) Após seguimento médio de 4 meses, os pacientes com AEVE são fatores importantes na resposta à TRC. Porém, a corrigido ≥75% e um índice de distância ≥15cm demonstraram relação entre esses 2 fatores na evolução pós-operatória dos maior remodelamento reverso do VE, comparativamente com pacientes não havia sido descrita previamente, e foi o objetivo os que tiveram apenas um ou nenhum de tais critérios de posi- deste estudo realizado na Universidade de Harvard. tividade de resposta. Métodos: 61p foram submetidos à TRC por indicações Conclusões: Identificou-se uma significante correlação en- convencionais. Todos foram submetidos à avaliação intra- tre a distância inter-eletrodos VD-VE e AEVE; adicionalmente, operatória do AEVE, através da medida entre o início do ECG ambos os parâmetros atuaram de modo sinérgico para predizer de superfície e o sinal de VE no canal de marca simultâneo. As remodelamento reverso. distâncias inter-eletrodos na horizontal (DH), vertical (DV), e Comentários: Além dos métodos convencionais para direta (DD) foram medidas no Rx pós-operatório. Os índices obter-se o ideal posicionamento dos eletrodos de VE e VD, de remodelamento (FE, DDFVE, DSFVE) foram feitos por eco- os critérios descritos de análise anatômica da DIE e o AEVE cardiogramas seriados. são perfeitamente factíveis de serem realizadas. São necessários Resultados: Houve uma correlação positiva entre AEVE e estudos adicionais, com o objetivo de estudo das possíveis DH no Rx lateral (p=0,004), e uma correlação negativa entre transposições de resultados entre medidas ao Rx e aquelas AEVE e DV no Rx em PA (p=0,028). Um índice de distância obtidas à fluoroscopia no intra-operatório. anatômica foi desenvolvido (DH Rx lateral – DV Rx PA), 18 Merchant FM, ET al. PACE 2010;33:575-582 Acontece FDA aprova novas indicações para TRC-D (cardiodesfibrilador multissítio) O FDA expandiu as indicações para implante Unimed Boa Vista promove palestra sobre “Morte Súbita” de cardiodesfibriladores com terapia de ressincronização cardíaca (TRC-D) para in- cluir pacientes com BRE e classe funcional II da NYHA ou classe funcional I na presença de miocardiopatia isquêmica, com FEVE ≤30% e duração do QRS ≥130ms. Estas novas indicações, solicitadas pela companhia Boston Scientific, basearam-se no estudo MADIT-CRT (Multicenter Automatic Defibrillator Implantation with Cardiac Resynchronization Therapy), que mostrou que pacientes com terapia médica otimizada, em classes I e II da NYHA, FEVE ≤30% e duração do QRS ≥130ms, a TRC-D determinou uma redução de 57% na mortalidade por todas as causas ou no primeiro evento de insuficiência cardíaca, quando comparados a pacientes com CDIs convencionais, em seguimento de 2,5 anos (p<0,001). Segundo o FDA, a taxa de complicações foi considerada aceitável para este dispositivo; contudo, os clínicos devem informar adequadamente para potenciais complicações. Como condição para aprovação; a Boston Scientific concordou em conduzir 2 estudos pós-aprovação: um estudo para avaliar os benefícios de mortalidade a longo prazo e riscos de complicações da TRC-D em pacientes com BRE, e um estudo de seguimento de pacientes originais do MADIT-CRT por 5 anos para comparar os benefícios de mortalidade a longo prazo da TRC-D x CDI isoladamente. Comentários: Esta aprovação do FDA, expandindo as indicações de TRC-D provavelmente direcionará as novas Diretrizes da AHA/ACC/HRS. Em seu recente congresso em Estocolmo, a Sociedade Européia de Cardiologia adicionou em suas diretrizes de TRC-D pacientes em classe funcional II da NYHA, porém não incluiu IC classe I da NYHA, nem teve restrições baseadas no BRE. Food and Drug Admnistration. FDA approves devices for heart failure patients [press release]. September 16, 2010. A Fonte: Ascom Unimed Boa Vista Unimed Boa Vista, em parceira com a Biotronik Brasil, promoveu no mês de outubro a palestra “Morte Súbita: Estágio atual e perspectivas futuras”, ministrada pelo médico cardiologista Celso Salgado de Melo, profissional de renome na área médica, chefe do serviço de marcapassos da Universidade Federal do Triângulo Mineiro de Uberaba/MG e autor do livro “Marcapasso de A a Z”, que teve seu lançamento estadual realizado no mesmo evento. O livro é um glossário completo, que reune terminologias da área de marcapasso, arritmias cardíacas e eletrofisiologia, que foram organizadas em ordem alfabética. Dentre os profissionais que contribuíram com o livro, se destaca a colaboração do médico cardiologista Emanoel Licarião, presidente da Federação das Unimeds dos Estados da Amazônia - FAMA, único profissional do estado de Roraima a contribuir com a obra. O evento fez parte das atividades em comemoração ao dia do Médico. A palestra teve a presença da comunidade médica, fisioterapeutas, enfermeiros, acadêmicos de medicina, enfermagem e fisioterapia, e também dos demais profissionais da área de saúde. “É de suma importância a realização de eventos científicos em Roraima, devido à carência destas atividades e a distância dos grandes centros. A possibilidade de oferecer tal palestra é imensurável para nós”, explica o presidente, Emanoel Licarião. Na oportunidade exemplares do livro “Marcapasso de A a Z” foram distribuídos para todos os participantes, e o autor fez questão de autografar todos. “É uma honra estar em Roraima, discutindo sobre este tema tão carente de exposição. Agradeço a Unimed Boa Vista pelo honroso convite e grande oportunidade”, assim se manifestou o palestrante, Celso Salgado de Melo. 19